PORTFÓLIO DE ARQUITETURA - PROJETO 2

PORTFÓLIO DE ARQUITETURA Isadora Gonçalves Nogueira 2019.2 - 4º Período

CONTEÚDO

OFICINA 1 Corpo, tempo, atividade, espaço e dispositivos intercorporais

OFICINA 2 Brincantes espaciais: ensaio fotográfico performático e desenvolvimento da proposta de brincante

INDÚSTRIA CRIATIVA Pesquisas (estudos de similares e lugar), propostas para o lugar, estratégias arquitetônicas, partido, estudo preliminar

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OFICINA 1 A Oficina 1 traz uma série de exercícios em grupo a fim de desenvolver experimentos que provoquem a reflexão a respeito da relação entre corpo e espaço e, além disso, desenvolver também habilidades de “design thinking”

OFICINA 1: objetivos EXERCÍCIO 1

SOMBRAS E CORPOS

Atividade: projetar corpos sobre o papel para desenhá-los, com o objetivo de investigar proporções, relações e articulações

EXERCÍCIO 2 ATIVIDADE REFLEXIVA Atividade: separar grãos por cores em uma posição confortável ou desconfortável, com o objetivo de refletir sobre fazer algo demorado e repetitivo e ampliar a consciência corporal

EXERCÍCIO 3

DISTORÇÃO TEMPORAL Atividade: caminhar o mais lento possível em um percurso, com o objetivo de ampliar a consciência corporal e distorcer a relação usual entre corpo, atividade, tempo e espaço

EXERCÍCIO 5 DISPOSITIVO ESPACIAL EXERCÍCIO 4

CEGO, GUIA, TOMA NOTAS Atividade: colocar a venda em um aluno, depois definir um guia e um toma notas, com o objetivo de ampliar a consciência corporal e experimentar o espaço com outros sentidos.

Atividade: desenvolver dispositivos espaciais-corporais com papelão e fita adesiva, a fim de desenvolver habilidades de “design thinking”, ampliando a consciência corporal e distorcendo a relação usual entre corpo e espaço

EXERCÍCIO 5 Dispositivos Espaciais

A primeira etapa foi a criativa, onde as primeiras ideias sobre o Dispositivo Espacial apareceram, levando em consideração as reflexões obtidas com os exercícios preliminares.

A segunda etapa foi a de execução, onde testou-se o material e suas limitações. A partir disso, é possível entender como o material se comporta e se é possível desenvolver corretamente as ideias.

Por fim, escolheu-se qual seria o Dispositivo Espacial final para executá-lo de forma correta e precisa.

EXERCÍCIO 5 Dispositivos espaciais “O trabalho foi inspirado pela crença da artista de que estender a duração de uma performance além das expectativas serve para alterar nossa percepção do tempo e promover um envolvimento mais profundo na experiência. Sentada em silêncio em uma mesa de madeira em frente a uma cadeira vazia, ela esperou enquanto as pessoas se revezavam sentadas na cadeira e encarando-a. Ao longo de quase três meses, durante oito horas por dia, ela encontrou o olhar de mil estranhos, muitos dos quais foram às lágrimas.”

"The artist is present" - Marina Abramović (2010, MoMA)

As relações e experiências humanas distanciaram-se das vivências, levando a uma degradação da experiência corporal e à elevação da experiência virtual. Essas experiências são conduzidas pelos sentidos humanos; a visão é considerada o sentido mais abstrato, mistificável e o mais propenso à alienação em imagens.

Em uma cultura de consumo saturada de imagens, há carência de experiências capazes de conectar-nos uns com os outros e também com o espaço em que estamos inseridos. Marina Abramovic, em sua performance “Artist Is Present” levanta questões como essa, em que há uma necessidade de olharmos nos olhos a fim de abrir espaço para uma aproximação e interação, que são necessidades humanas. Dessa forma, o objeto produzido busca reestabelecer essa relação ao conduzir duas pessoas a olhar diretamente nos olhos uma da outra.

OFICINA 2: BRINCANTES ESPACIAIS A Oficina 2 traz atividades em grupo, divididas em Ensaio Fotográfico Performático (Atividade 1) e Desenvolvimento de Proposta de Brincante Espacial (Atividade 2), a fim de desenvolver reflexão crítica sobre a ergonomia e seu papel no projeto de arquitetura, e também refletir sobre as relações que o espaço media entre corpo, espaço-tempo e atividades.

DEFINIÇÃO “Os artistas populares se autodenominam brincantes porque brincam uma ‘brincadeira’ ou ‘folguedo’ quando performam dentro de manifestações culturais.”

Rosane Almeida

ORIGENS “Suas origens remontam à brincadeiras que foram reivindicadas [...] em cenários de infrações da dignidade humana, como processos coloniais de escravidão e genocídio. Ou seja, conclamadas por pessoas que não podiam e não distinguiam seu fazer artístico de de sua vida áspera.”

Rosane Almeida

OBJETIVO “[...] o objetivo final de dançar ou encenar um personagem fantástico no cavalo-marinho deve ser a manutenção de uma integridade psíquica e de um ganho emocional. A perseguição de uma inteireza do ser.”

Rosane Almeida

ENSAIO FOTOGRÁFICO PERFORMÁTICO

OCUPAR O VAZIO Os espaços públicos estão cada vez mais inapropriados para proporcionar uma experiência urbana corporal satisfatória; tornam-se meros cenários do cotidiano de grandes cidades predominantemente cinzas. Sem uma relação entre o urbanismo e o corpo, não há ocupação, levando a espaços vazios.

Dessa forma, buscou-se preencher, com o próprio corpo e utilizando roupas coloridas, espaços e vãos vazios em analogia à problemática apresentada.

Analisando por outro ponto de vista, percebe-se como a arquitetura também é formada por espaços vazios e como eles, muitas vezes, são importantes para a ergonomia.

OFICINA 2 Ensaio Fotográfico Performático

DESENVOLVIMENTO DE PROPOSTA DE BRINCANTES ESPACIAIS REFERÊNCIAS: Arco Inclinado, Richard Serra, 1981

Uma chapa de aço inclinada, de 4 metros de altura e 40 metros de comprimento, foi colocada em meio à Federal Plaza, em Nova York, a qual é envolvida por prédios do governo. A intervenção convida os passantes a vivenciarem uma nova experiência espacial daquele local, deixando seu caminho acelerado do cotidiano para seguirem uma rota diferente.

Expressada como um verdadeiro muro, a colocação da chapa modela o espaço ao seu redor, gerando efeitos ao espaço do mundo que o margeia. Portanto, a obra não se restringe ao espaço da chapa; configura-se, então, uma obra de exterioridade, que, inalterando estruturalmente o espaço real, induz o espectador a vivenciá-lo no mundo cotidiano.

DESENVOLVIMENTO DE PROPOSTA DE BRINCANTES ESPACIAIS REFERÊNCIAS: Penetráveis, Hélio Oiticica, 1972

É um espaço em forma de labirinto no qual o espectador entra e, nele, passa por experiências sensoriais referentes ao tato, olfato, audição, e até paladar, além da experiência visual. O intuito é que, através das sensações corpóreas, o indivíduo toma consciência de si corporalmente.

Não é uma obra de arte para ser apenas observada, sua proposta é ser vivenciada. Torna o observador parte integrante de sua obra, a qual adquire uma nova dimensão com a interação ativa e direta do público: uma extensão da obra artística.

DESENVOLVIMENTO DE PROPOSTA DE BRINCANTES ESPACIAIS PROPOSTA FINAL: (re) transitar

A proposta de desenvolver uma reflexão crítica sobre a ergonomia e seu papel no projeto de arquitetura nos conduziu a criar brincantes espaciais que transformam a relação entre corpo, espaço e movimento.

Elaboramos, então, três painéis sequenciais penetráveis que propõem um questionamento acerca de uma atividade condicionada diária: o caminhar.

A provocação se dá pela delimitação de rasgos, que induz à consciência corporal.

Sustentabilidade Questões ambientais tornam-se pautas importantes, dando uma imagem positiva à indústria.

INDÚSTRIA CRIATIVA A Indústria Criativa tem sua produção focada na diferenciação e adaptabilidade.

São formadas por sistemas complexos e flexíveis, com interconexões globais e em redes. O espaço de trabalho deixa de ser especializado e passa a ser um espaço onde a criatividade, o aprendizado contínuo e as interações dinâmicas estão no centro do processo produtivo. Há também uma crescente preocupação ambiental.

01 Inovação Há geração de soluções inovadoras para problemas comuns, resultando em melhores serviços e produtos. Exercita-se a imaginação a fim de explorar seu valor.

02

2

Inclusão social

05

Oferece condições dignas de trabalho a todos e busca impactar positivamente comunidades ao redor.

04 Interconexões Conexões com várias pessoas e empresas de forma dinâmica, permitindo o compartilhamento de informações.

03

Criatividade É uma indústria criada a partir da criatividade, junto com o conhecimento e o capital intelectual gerarão valor econômico.

01 02 03

PESQUISAS

PROPOSTAS PARA O LUGAR ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

04

PARTIDO

05

ESTUDO PRELIMINAR

PESQUISAS: ESTUDO DE SIMILARES E ESTUDO DO LUGAR MALHA (2016) Tavares Duayer Arquitetura Rio de Janeiro

CENTRO PENNOVATION (2016) Hollwich Kushner, KSS Architects Filadélfia, EUA

POTENCIAL PAISAGÍSTICO áreas de maior potencial paisagístico

USO E OCUPAÇÃO área verde residencial institucional

VIAS E TRANSPORTE via coletora

industrial comércio/serviços

via local via expressa via arterial ponto de ônibus

POLOS DE ATRAÇÃO UFG - Campus Samambaia (1) Parque Itatiaia (2) Indústrias (3)

PROPOSTAS PARA O LUGAR EDIFÍCIOS edifícios existentes portaria tipologia 1: edifício em L com pilotis

ÁREAS DE CONVIVÊNCIA tipologia 2: edifício em L sem pilotis área de lazer comunitário tipologia 3: edifício linear jardins de convivência

CIRCULAÇÃO entrada principal

calçadas

entrada de serviço

via de entrada

áreas de estacionamento

PROPOSTA FINAL

vias externas via principal (ciclovia+automóveis vias de caminhões

TIPOLOGIA 1 edifício em L com pilotis cerca de 1000m² 2 pavimentos

tipologia escolhida para o projeto

TIPOLOGIA 1 TIPOLOGIA 1 edifício em L sem pilotis cerca de 1000m² 2 pavimentos

edifício linear cerca de 550m² 2 pavimentos

ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

Lavanderia

42m²

Tinturaria

42m²

Modelagem

55m²

Copa

15m²

Costura

38,5m²

Reunião

15m²

Passadoria

28,9m²

Banheiro

18m²

Espaço de descanso

19,5m²

Vestiário

18m² Loja

20m²

DML

4m² 42m²

Salas administrativas

85,6m²

Sala de aula Café

10m²

DOCA

68m²

Planejamento

15m²

Depósito

20m²

Recepção

9m²

Coworking

60m²

Sala de qualidade

57m²

ESTUDO PRELIMINAR INDÚSTRIA CRIATIVA DE DESIGN DE INTERIORES

A indústria de design de interiores, com foco na produção de móveis e utensílios cotidianos, busca gerar soluções inovadoras para problemas comuns, resultando em melhores serviços e produtos. A fim de estabelecer interconexões dinâmicas, a indústria possui espaços de coworking, espaços de leitura e de estudos em grupo e espaços de convivência.

Por ser uma indústria criada a partir da criatividade, priorizou-se oferecer espaços que permitam a troca de ideias e informações. Para impactar positivamente a comunidade ao redor, a indústria possui uma galeria de exposição onde o indivíduo pode ver o resultado de todo o trabalho produzido ali e participar mais de perto.

IMPLANTAÇÃO

FACHADA SUDESTE

IMPLANTAÇÃO

FACHADA NOROESTE

PRIMEIRO PAVIMENTO: - café; - adminsitração; - depósito; - galeria; - banheiros.

FACHADA SUDOESTE

SEGUNDO PAVIMENTO - copa; - espaço de descanso; - espaço para leitura e estudos; - coworking; - salas de reunião; - espaço de convivência; - banheiros.

TERCEIRO PAVIMENTO - marcenaria; - depósito.

FACHADA NORDESTE