Kacau tiamo calor latente #4 indomável #1

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– Oi, amor, eu estou aqui. Está se sentindo bem? – passei a mão em seus cabelos e olhei em seus olhos, preocupada. – O que aconteceu? Porque estou no hospital... outra vez? E por que tudo isso? – ele disse, olhando em volta e levantando o braço onde estava o soro. – Você teve uma febre superalta e chamei o Guilherme. Eles te trouxeram pra cá, fizeram alguma coisa no seu ferimento da perna e te colocaram no soro. Deram antibiótico também, ou está no soro, eu não entendi direito, mas foi isso – saí tagarelando como uma doida. – E você, está bem? Eu te conheço, Pimentinha... quando você começa a falar sem controle, é porque alguma coisa está te preocupando. – Claro que estou preocupada com você. No meio da noite, você estava queimando em febre... – as malditas lágrimas apareceram de novo. Ai meu Deus! – Calma, minha Anne. Eu sou forte como um cavalo. Logo estarei bem e fora dessa cama – ele me puxou para um abraço. – Venha cá, se deite comigo. Subi na cama e ele me ajeitou contra seu corpo. – Falando em se deite comigo, quando eu cheguei aqui no quarto, uma enfermeira baixinha, lazarenta, safada... – respirei fundo. – Então, a tal da enfermeira estava deitada aqui, agarrada em você. Eu teria arrancado ela pelos cabelos e arrastado para fora do quarto, se os três não estivessem do lado de fora. O que eles pensariam de mim, né? – ele riu e me abraçou mais forte. – Por sorte, Guilherme abriu a porta e os três entraram, a fulaninha saiu com o rabinho no meio das pernas. Você pegou meio hospital, né? – Não... eu devo ter pego uns ¾ das funcionárias desse hospital. Você sabe como eu era –disse rindo. – Ainda bem que você disse era – Brinquei com ele. – Sim, porque agora eu sou seu e só seu, minha Anne, minha Pimentinha malagueta. Me aconcheguei em seu peito e a imagem de um bebezinho, um mini Leãozinho tomou meus pensamentos. Acordei e saí devagar do abraço dele... precisava dar um passadinha no banheiro. Devagar, fechei a porta atrás de mim. Abaixei minha calça e a calcinha, de olhos fechados. Ai, caramba! Nunca fui covarde, mas nesse momento era tudo o que eu estava sendo. Abri um olho só e olhei para minha calcinha. Nada! Fiz xixi e me sequei. Olhei o papel e nada! Caramba, caramba, CARAMBA! Meu Deus, eu estava ficando meio lesada da cabeça, pois caramba era a única palavra que eu repetia.


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