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O uso de energia solar pode reduzir até 80% do custo operacional com irrigação
from Irrigazine #82
O Brasil está caminhando para dar mais um passo rumo à sustentabilidade. Com 8,2 milhões de hectares irrigados, vai poder substituir motores à diesel por fontes limpas de energia, como o lítio, para rodar os sistemas de pivô central, o mais utilizado na irrigação de grandes áreas com monocultura de grãos.
Essa solução foi apresentada durante a Bahia Farm Show pela Bauer do Brasil e Micropower. A tecnologia promete reduzir em até 80% o uso do combustível fóssil, evitando até 150 toneladas de CO² ao ano emitidas com irrigação. Além disso, se mostra como um recurso importante na irrigação que, em algumas regiões, é fundamental para viabilizar a produção.
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De acordo com o CO-CEO da Bauer do Brasil, Rodrigo Parada, a proposta da empresa foi desenvolver uma solução de irrigação que abranja todo o processo, incluindo a disponibilidade de energia, desde a aquisição dos equipamentos até o funcionamento do sistema de irrigação.
“Permitimos hoje que uma fazenda opere em locais sem disponibilidade de rede elétrica, sem depender diretamente de recursos externos e que possa aumentar a produtividade com um custo baixo ao produtor rural”, explica o executivo. “A grande sacada com a energia solar é o incremento da bateria, onde se pode gerenciar a energia de tal maneira que, em alguns casos, nem precisa do diesel”, explica o engenheiro comercial da Micropower, Eugênio Gorgulho.
Investimento
Apesar de custar quatro vezes mais do que os sistemas à diesel, a economia com o combustível gerada pelo uso da energia solar, segundo a empresa, permite ter um retorno sobre o valor investido em até três anos. “Com o diesel a R$ 7, em três anos usando o combustível, você vai gastar a mesma coisa que o investimento na bateria de energia solar, só que com ela roda três anos ainda”, detalha Gorgulho. Ele vê o oeste baiano como uma “cereja do bolo” do mercado de energia solar no Brasil.

Apesar de custar 4 vezes mais do que os sistemas à diesel, a economia com o combustível permite ter um retorno sobre o valor investido em até três anos
Informações e imagem: Valor Econômico