

Exposição “Alfândega
Nova: o Sítio e o Signo”
O Museu integra coleções que depois de estarem em exposição, recolhem ao espaço das Reservas onde repousam largas temporadas em especiais condições de luz, temperatura e humidade, que visam a sua preservação e salvaguarda futura. De um espaço de luz, as peças passam para um tempo de sombra, de recolhimento, de silêncio.
Neste contexto, o Museu buscou nas sombras das suas Reservas, uma coleção desejosa de saltar de novo para a ribalta digital: a coleção “Alfândega Nova: o sítio e o signo”.
Dá-se assim a conhecer de novo a Alfândega do Porto através de imagens intemporais e ilustrativas de um tempo e lugar também ele intemporal: o Edifício da Alfândega e o seu espaço envolvente
Nomes incontornáveis do panorama fotográfico nacional e internacional como Gabriele Basilico (Itália 1944-2013), Paul den Hollander (Holanda 1950), Debbie Fleming-Caffery (EUA 1948), José Manuel Rodrigues (Portugal 1951), Humberto Rivas (Argentina 1937-2009), registaram em 1994, imagens de espaços, paisagens, rostos, instrumentos e memórias associadas à Alfândega e à sua função aduaneira no período que antecedeu a recuperação do Edifício para acolher as novas funções culturais enquanto Museu e Centro de Congressos
Do catálogo, editado em 1995, recordamos as palavras de Maria Teresa Siza: “Poder e glória de uma instituição, debruçada sobre o que foi a sua abertura para o mundo, de costas voltadas para os arrabaldes mais antigos da cidade, tudo se lê no peso das suas colunas, no alçado das suas cúpulas. Mas arriscamos esquecer que o que define as instituições são os homens que cumprem as regras que os edifícios materializam São as tramas do quotidiano, os gestos do trabalho, a quantificação dos homens e das mercadorias que estas fotografias relatam, enquanto percorrem as salas e os corredores, de dentro e de fora da Alfândega Nova ”
As imagens plenas de sombra e de luz, assim como o Edifício da Alfândega, anseiam pelo vosso olhar e por novas interpretações.
Humberto Rivas
Humberto Rivas (Buenos Aires, 1937 – Barcelona, 2009) foi um fotógrafo argentino reconhecido pela profundidade dos seus retratos e pela sensibilidade com que captou paisagens urbanas e o passar do tempo.
Formado em pintura e desenho, começou a trabalhar com fotografia nos anos 1960 e dirigiu o departamento de Fotografia do Instituto Torcuato Di Tella em Buenos Aires. Exilou-se em Barcelona em 1976, após o golpe militar na Argentina, onde continuou a sua carreira e retratou figuras como Joan Miró e Antoni Tàpies.
Recebeu o Prémio Nacional de Fotografia de Espanha (1997) e a Medalla de Oro al Mérito Artístico (2009). É considerado um dos grandes nomes da fotografia contemporânea pela sua abordagem intimista e poética da imagem.

Vista noturna do Porto e de Vila Nova de Gaia. 1994
Alfândega Nova: o Sítio e o Signo
Coleção Museu dos Transportes e Comunicações

Vista do cais do Edifício da Alfândega Nova do Porto. 1994
Alfândega Nova: o Sítio e o Signo
Coleção Museu dos Transportes e Comunicações

Pormenor das Arcadas das Furnas. 1994
Alfândega Nova: o Sítio e o Signo Coleção Museu dos Transportes e Comunicações

Vista noturna da fachada sul do edifício da Alfândega com guindaste à direita.
1994
Alfândega Nova: o Sítio e o Signo
Coleção Museu dos Transportes e Comunicações

Vista noturna da fachada sul do Edifício da Alfândega Nova do Porto. 1994
Alfândega Nova: o Sítio e o Signo
Coleção Museu dos Transportes e Comunicações