Boletim Informativo da D. R. de Viana do Castelo
N.º 39 - II Série MAIO / JUN. 2012
EDITORIAL orientado para a participação cidadã, capaz de mobilizar os trabalhadores, para além da esfera meramente laboral. No entanto, esta mudança nunca poderá ser operada sem que os trabalhadores se consciencializem de que são também cidadãos e não apenas força de trabalho para enriquecimento de alguns que desde há muitos anos desejam fazer um acerto de contas com a democracia e as conquistas de Abril. É preciso que se retome o valor da solidariedade para com o outro: trabalhador, desempregado, aposentado, estudante… uma vez que todos, sem exceção, são vítimas desta crescente submissão do poder político ao poder económico. É preciso pois, que os trabalhadores, como outrora, partilhem coletivamente a sua indignação, não compactuando… não calando! É preciso que se consciencializem de já não se pode manter a posição do: “o que vier para os outros vem para mim”. E se durante muitos anos a luta se centrou na negociação (por parte dos representantes sindicais) e na obtenção de mais esta ou aquela melhoria das condições de trabalho, agora deve centrar-se na não destruição das condições de vida dos trabalhadores e dos cidadãos. Não se trata apenas de direitos laborais, mas sim do direito à cidadania. Há um longo e penoso caminho a percorrer… Caminhemos pois… Juntos! Participando!
Caros colegas: O STAL é um dos maiores, se não o maior dos sindicatos nacionais. E os sindicatos, o movimento sindical, em si mesmo, muito para além da defesa dos direitos conquistados, tem a solidariedade como valor fundamental. Com as profundas alterações laborais que se tem verificado desde 2008, o trabalho passou a ser percebido, não como o garante dos direitos sociais e, consequentemente, do acesso à cidadania mas sim como fator de incerteza, instabilidade e degradação da qualidade de vida de trabalhadores e cidadãos. Esta instabilidade faz com que se crie uma individualização do trabalho, que desestrutura a vida pessoal e social fragilizando os laços de solidariedade entre os trabalhadores, criando cada vez mais o sentimento do “salve-se quem puder”… Esta fragilização crescente dos trabalhadores, visa não só a demissão do Estado da sua função primordial, a destruição do Estado Social, dos direitos laborais duramente conquistados, mas também o enfraquecer dos sindicatos enquanto parceiros sociais. E é aqui que há que repensar o papel dos sindicatos. É preciso criar um sindicalismo de movimento social, - Editorial - Tomada de Posse dos Corpos Gerentes - Congresso CGTP - Dia Internacional da Mulher - Greve Geral 22 de Março - Que Tipo de Chefe Possui? - Reforma Territorial Administrativa - Manifestação das Freguesias
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- Trabalho… Arte… Intervenção Social - Manifestação Nacional de 11 de Fevereiro - Arcos de Valdevez - Democracia - Combate ao Assédio Moralno Trabalho - Agenda Sindical - Consultório Jurídico - Serviços Municipalizados de Saneamento Básico de VC
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TOMADA DE POSSE DOS CORPOS GERENTES PARA QUADRIÉNIO 2012/15 Em cerimónia realizada na Biblioteca Municipal de Caminha, tomaram posse os atuais dirigentes da direção regional de Viana do Castelo para os próximos quatro anos, com a presença de Flamiano Martins e Gaspar Martins, Vereadores das Câmaras Municipais de Caminha e Ponte de Lima, respetivamente, bem como o Presidente Francisco Brás e o coordenador da DR de Braga, Manuel Mendes. José Emílio, ex dirigente Nacional, regional e Presidente da finda mesa da assembleia regional, num discurso eloquente, como foi sempre seu hábito ao longo de muitas jornadas sindicais, praticamente desde a criação do STAL, reforçou a importância da afirmação sindical no atual cenário social, desejando aos novos ativistas os maiores êxitos que se refletiram nos interesses dos trabalhadores, em dissertação que mereceu fortes aplausos dos presentes na sessão. Também José Manuel Lima, coordenador da direção cessante, enalteceu o trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, bem como reconheceu os esforços da equipa Continua na pág. 2