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Sumário.

2. Palavra do Editor 4. A Ordem do Santíssimo Redentor De Crostarosa à Ordem do Santíssimo Redentor 9. História da Ordem do Santísssimo Redentor A Origem e Primeiras Experiências Nascimento de Maria Celeste Crostarosa aos Céus Ordem do Santíssimo Redentor celebra a memória de Madre Maria Celeste Crostarosa Irmã Maria Celeste Crostarosa – Cronologia 16. Escritos sobre Maria Celeste Crostarosa Maria Celeste Crostarosa – Testemunho Irradiante do Amor de Deus 17. Maria Celeste Crostarosa – Espiritualidade Uma Mística da Eucaristia no Século XVIII O Itinerário de Vida, Espiritualidade e Missão 24. As Irmãs Redentoristas hoje Decálogo 26. Onde encontrar as Irmãs Redentoristas Hoje 29. Cerimônia de beatificação Carta do Superior Geral Programação das celebrações 31. Oração a Madre Maria Celeste Crostarosa 32. Beatificação de Madre Maria Celeste

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1. Palavra do Editor

Testemunho irradiante do amor de Deus No dia 14 de dezembro de 2015, o Papa Francisco recebeu em audiência o Prefeito da Sagrada Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato. No decorrer da audiência, o Santo Padre autorizou a Congregação a promulgar 17 decretos, entre os quais o do reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Madre Maria Celeste Crostarosa, fundadora da Ordem do Santíssimo Redentor, irmãs conhecidas como “Monjas Redentoristas” ou Irmãs Redentoristas. Com o decreto a religiosa se torna beata da Igreja Católica, com data da cerimônia de beatificação já marcada para o dia 18 de junho deste ano. É o fim de um longo processo que atravessou décadas. Esse reconhecimento e a cerimônia de beatificação, marcada para a cidade de Foggia-Itália, onde faleceu, em 1755, marcarão o encerramento da 4

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primeira parte de seu processo, depois de tanto tempo, uma vez que foi iniciado em 1879, 124 anos após sua morte. Sua beatificação só se tornou possível pela constatação do milagre realizado na vida da Irmã Maria Celeste Lagonigro, acontecido no ano de 1955. Publicamos este Informativo Provincial Especial, contando um pouco de sua vida, de sua espiritualidade e de seu contributo para que a Copiosa Redenção possa se propagar ainda mais. E, quem sabe um dia, se outro milagre acontecer e se tudo contribuir, posamos tê-la reconhecida como uma santa da Igreja Católica. Rezamos para que essa certeza propicie uma renovação da Ordem Redentorista e a constante atualização de sua missão Profética na Igreja. Pe. Inácio Medeiros, C.Ss.R. Redator pe.inacio@gmail.com


Capa.

Expediente. INfORMATIVO DA PROVíNCIA  EDIçãO ESPECIAl  BEATA CElESTE CROSTAROSA  jUNHO DE 2016 Órgão da Província Redentorista de São Paulo Superior Provincial Pe. Rogério Gomes, C.Ss.R. Coordenador Editorial Pe. Mauro Vilela da Silva, C.Ss.R. Editor Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R. Revisão Ana Lúcia de Castro Leite Design e Diagramação Henrique Baltazar

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2. A Ordem do Santíssimo Redentor

De Crostarosa à Ordem do Santíssimo Redentor Venerável Maria Celeste Crostarosa Maria Celeste (nome de família Julia Crostarosa) nasceu em Nápoles, terra de uma beleza extraordinária e contrastes trágicos. Sua gente apaixonada como vulcão; alegre como o sol e sonhadora como o mar. O Sol está presente em sua espiritualidade como imagem da vida do Cristo em quem crê e nele vive, e lhe faz dizer: “... outra vez lhe foi dado a entender como Jesus Cristo é o nosso sol divino na luz da eterna glória no céu, e como ele é, semelhantemente, o Sol interior da alma justa”. E ainda: “No contemplar o céu e sua amplidão, era-lhe comunicado interiormente pelo Senhor o reconhecimento da imensidão de Deus sem limites em seu ser incriado e eterno”. Do sol que surge pela manhã, passa ao Cristo ressuscitado: “Jesus morre 6

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para viver ressuscitado em suas criaturas por semelhança e vida da verdadeira VIDA”. Maria Celeste viveu intensamente o plano de salvação. Como mulher, soube superar as dificuldades de seu tempo, e sua obra merece um lugar de relevo na história da espiritualidade cristã. Possuía dotes para o governo, era firme nas decisões, entusiasta no empreendimento de sua obra; com notável capacidades de análise e síntese, coragem e ardor, que se acentuavam ainda mais nas dificuldades e obstáculos, encontrava meios geniais para não desistir de realizar o que o Senhor lhe pedia. Verdadeira mestra da vida espiritual e religiosa. “Exercício” e “Memória” são termos seus, cheios de sabedoria e experiência


contemplativa. A “Memória” (pensamento permanentemente em Cristo) sem “Exercícios” (prática evangélica) é vazia e os “Exercícios” sem “Memória” são infecundos e tornam a vida individual e comunitária artificial e difícil. A base da vida espiritual ela a coloca no conhecimento pleno e experimental do Cristo, não tanto como exemplo de virtudes a praticar, mas como “mistério”, isto é, “acontecimento histórico-salvífico” da caridade de Deus. Para ela, pela comunhão de vida pessoal e comunitária com o Cristo, tudo se torna existencialmente “memória” teologal, eclesial, eucarística, salvífica. Todo o Instituto torna-se também, pela vida atuante e transparente, Instituto do Santíssimo Redentor. Maria Celeste, Mulher com Luz Própria Maria Celeste nasceu em Nápoles, aos 31 de outubro de 1696. Era a décima entre doze filhos de uma família cristã e nobre, de alta magistratura. Eram cinco irmãos e sete irmãs. Seu pai foi o Dr. José Crostarosa; laureado em ambos os direitos e revestido de alto grau de magistratura na capital; sua mãe foi Paula Batista, da nobre família Caldari.

No dia 1º de novembro de 1696, festa de “Todos os Santos”, na Igreja Paroquial, foi batizada e recebeu o nome de Giulia Marcela Santa. Era uma criança normal em suas brincadeiras na convivência com seus irmãos. Era de natureza tipicamente napolitana: sensível, alegre, viva e de inteligência precoce. Também era atenta às leituras da vida dos Santos, feitas em família. Aos vinte e um anos de idade, Júlia, com sua irmã mais velha, Úrsula, entra no Carmelo de Marigliano, em abril/maio de 1718. Dois anos mais tarde, sua irmã mais jovem, Joana, faz o mesmo. No dia 21 de novembro de 1718, festa da “Apresentação de Maria ao Templo”, as duas primeiras recebem o hábito religioso; Júlia passa a chamar-se Ir. Maria Cândida do Céu e no ano seguinte faz a Profissão Religiosa. Deus reservava para Júlia um caminho todo especial. Cada vez mais, Cristo vai conduzindo-a para Ele, no interior de si mesma. Nesse processo evolutivo, descobre o mistério de Cristo, vivendo em sua alma. Pouco tempo depois de sua tomada de hábito, escreve uma Regra de candura para si mesma, dada pelo Espírito da Verdade. Deus a introduzia na vida espiritual, confiava-lhe suas aspirações divinas e a acostumava-a, por sua familiaridade, à vida íntima com Ele. Informativo da Província-Edição Especial

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Assim, certo dia, depois da Santa Comunhão, penetrada pelo Olhar Divino, teve uma grande luz interior e o Senhor lhe disse: “Quero fazer-te mãe de muitas almas que desejo salvar por teu intermédio”. O Carmelo em que vivia, no entanto, ia desaparecer: sua fundadora – a duquesa de Marigliano – Isabel Mastrilli, tomara tal autoridade sobre o Mosteiro que reduziu as pobres Carmelitas a incríveis tribulações. Foi tal a situação que o Bispo aconselhou a fechar o Mosteiro e que as religiosas procurassem outro lugar para viver. As três irmãs Crostarosa, a conselho do Pe. Thomaz Falcoia, já relacionado com as carmelitas, como pregador de retiro e diretor espiritual, resolveram ingressar no Mosteiro de Scala, que era dirigido por este religioso e seu Superior. Em novembro, as três irmãs Crostarosa entram no Mosteiro de Scala; quinze dias depois, recebem o hábito de Visitandinas. Júlia recebe o nome de Ir. Maria Celeste do Santo Deserto.

Ordem Do Santíssimo Redentor Madre Maria Celeste Crostarosa, mulher de cabeça e coração, sobretudo uma mística, foi a escolhida por Deus para dar ao mundo esta nova família religiosa. Em 25 de abril de 1725, Ir. Maria Celeste, no silêncio da oração percebe, como experiência forte de fé, que Deus deseja uma nova família religiosa na Igreja, que faça presente no meio da humanidade a expressão do Amor que Ele tem por seus filhos. Compreendeu que um novo Instituto seria fundado por seu intermédio, e que as Regras e leis que nele se deviam observar, seriam uma imitação de Jesus. Ele devia ser a Pedra Fundamental; os conselhos evangélicos de Sua Divina Doutrina seriam o cimento; o coração dela devia ser a terra em que se elevaria este edifício; e o Divino Pai, seria o obreiro. Maria Celeste, fazendo-se eco a voz que, com clareza, percebe em seu interior, revela-nos o porquê deste projeto religioso: “O Pai escolheu este Insttuto para que seja para o mundo recordação viva de tudo que seu filho Unigênito operou para sua 8

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salvação”. É o que, em sua Regra, ela denomina “O Desígnio do Pai Eterno”. Sem perder tempo, Irmã Maria Celeste escreveu as Regras como Nosso Senhor colocara em seu coração. Pe. Falcoia examinou o manuscrito das Regras e, sem perda de tempo, comunicou que iria a Scala examinar o caso. Enquanto as religiosas de Scala e o Pe. Falcoia lutavam com as dificuldades, Nápoles se edificava com a admirável piedade de um jovem sacerdote, que vivia dentro de seus muros. Todos repetiam a história desse advogado que renunciara ao fórum para se retirar ao seminário dos chineses. Era ele: Afonso Maria de Ligório que, em 21 de dezembro de 1726, fora ordenado sacerdote. Dada a celebração da consagração Episcopal de Pe. Falcoia, sua estadia aí se prolongaria; por isso resolveu enviar a Scala seu amigo Afonso de Ligório, como Confessor e Pregador dos exercícios espirituais. As Religiosas poderiam dirigir-se a este com inteira liberdade e confiança.


Pe. Afonso aceitou o encargo e dirigiu- -se ao Mosteiro em setembro de 1730. Essa foi a primeira e decisiva entrevista do Santo Doutor com a Venerável. Ela nada ocultou, e Santo Afonso compreendeu essa alma e os desígnios de Deus sobre ela. Ali em Scala, cada um em seu momento, descobriu a vocação à qual eram chamados: dar à Igreja uma família religiosa que, seguindo o Redentor, se convertesse em Memória Viva de sua vida e sua obra durante os anos em que peregrinou pelos caminhos do mundo. Maria Celeste, assessorada por Santo Afonso, deu forma a uma comunidade que se esforça para viver plenamente o Evangelho de Cristo em todas as dimensões de sua vida humana e religiosa, para ser na Igreja e no mundo um testemunho visível e um memorial vivo do Mistério Pascal da Redenção, no qual o Pai realizou seu desígnio de amor pelo Cristo e no Espírito Santo. Terminado o exame da proposta de Maria Celeste, Santo Afonso declarou a todas as Religiosas que a nova Regra tinha sido dada por Deus, e com Informativo da Província-Edição Especial

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a graça do Senhor em 13 de maio de 1731, dia de Pentecostes, deu-se finalmente princípio ao novo Instituto, com o nome de “Ordem do Santíssimo Salvador”. E aos 6 de agosto, festa da “Transfiguração do Senhor”, do mesmo ano de 1731, as irmãs receberam o Hábito da ordem. Paralelamente à Ordem, Santo Afonso fundou, em 1732, a Congregação do Santíssimo Redentor para os homens, os missionários. Por suas origens, por seu nome e por sua espiritualidade, a Ordem do Santíssimo Redentor está ligada à Congregação do Ssmo. Redentor. Os Institutos são chamados a realizar um fim comum de maneira complementar. Ambos têm por missão ser testemunhas fiéis do amor do Pai e continuar assim, com a graça do Espírito Santo, o Mistério do Cristo Jesus, nascido da Virgem Maria, para a salvação da humanidade. Como Jesus, a vida de Maria Celeste foi sempre cheia de sofrimentos e dificuldades. Por

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dificuldades com o bispo Falcoia e a comunidade, foi expulsa do mosteiro de Scala. Indo para Pareti, com sua irmã. Ali, de 1733-1735, a pedido do Bispo, reforma o Convento da Anunciação. De 1735-1738, com sua irmã, inicia “o convento Mater Domini”, no qual vivem, tanto quanto possível, as normas e estilo de vida da revelação de Scala. Dali vai para Foggia, onde, dia 9 de março de 1738, fundou um Mosteiro, ocupando provisoriamente o Colégio de Orti, dos Padres Jesuítas. Dia 4 de outubro de 1739, Madre Maria Celeste, sua irmã Iluminata e 6 jovens vão para o Mosteiro definitivo em Foggia. Lá mantém grande amizade com São Geraldo. No dia 14 de setembro de 1755, Madre Maria Celeste, com a idade de 59 anos, faleceu às 15h.


História da Ordem do Santísssimo Redentor 3.

A Origem e Foggia, Itália - Interior da catedral

Primeiras Experiências

A Ordem do Santíssimo Redentor tem como fonte principal as experiências místicas de sua fundadora, a venerável Madre Maria Celeste Crostarosa. As revelações se deram no dia 25 de abril de 1725, num mosteiro de Scala, na Itália. A partir dessas revelações a venerável escreveu as regras e recebeu o título de fundadora do novo instituto. Teve como pessoas importantes na fundação o bispo Dom Thomas Falcoia e Santo Afonso. No mês de setembro do ano 1730, após minuciosa avaliação das regras e imbuído do Espírito Santo, o fundador da Congregação dos Missionários Redentoristas reconhece a revelação como verdadeira e orienta a comunidade a aceitar as novas regras. E no dia 13 de maio de 1731, solenidade de Pentecostes, sob as bênçãos do céu e após mudanças nas regras, por Thomas Falcoia, dá-se origem à Ordem. Obrigada a deixar o mosteiro de Scala, madre Celeste funda em Foggia, Itália, o

Mosteiro do Santíssimo Salvador, que seguiria as regras primitivas. Esse foi a primeira fundação da Ordem, mesmo em meios conturbados. No ano de 1749, recebe a aprovação eclesiástica de Bento XIV o instituto dos padres e irmãos Redentoristas (sendo esse fundado um ano após as irmãs), tendo de trocar de nome por já existir um instituto do Santíssimo Salvador. Um ano após aprovação dos missionários, as irmãs recebem sua aprovação e seu novo nome. Após a eleição de Santo Afonso como bispo de Sant’Agata dei Goti, ele faz o convite para as irmãs fazerem uma fundação em sua diocese, em 1766. Com a ajuda do missionário Redentorista padre Joseph Passerat, vigário-geral dos transalpinos, dá-se a fundação do primeiro mosteiro fora da Itália, em Viena, no ano de 1831. Depois dessa fundação, a Ordem teve um grande crescimento em número, fazendo fundações na Europa (Bélgica, 1841; Holanda, 1848; Irlanda, 1859; França, 1875 e Inglaterra, 1879). No século XX, houve a revisão das Informativo da Província-Edição Especial 11


Catedral Foggia - Itália

regras, conforme o Código de Direito Canônico, tendo aprovação no dia 31 de janeiro de 1931. Nesse século, expande-se para a Espanha (1904), Canadá (1905), Brasil (1921), Alemanha (1934). Na segunda metade do século XX, ocorrem novas fundações, como na Argentina e no Japão (1949), nos Estados Unidos (1957), Burkina Faso (1963), Austrália (1965), Venezuela e Peru (1976) e nas Filipinas (1980). A partir do Concílio Vaticano II, foi realizada uma revisão nas regras, com aprovação definitiva em 6 de março de 1985. No final desse século, embora com poucas vocações, surgem novos mosteiros com esperanças renovadas 12 Informativo da Província-Edição Especial

Foggia - Mosteiro atual

para o futuro, a saber, na Colômbia (1987), Polônia (1989), África do Sul (1991) e México (1992). Do ano 2000 até os dias de hoje, ocorreram algumas novas fundações como no Cazaquistão (2001), na Eslováquia (2007) e uma mais recente na Tailândia (2011). Agora existe o desejo de duas novas fundações: no Vietnã e na Ucrânia. Segundo a última estatística, houve uma queda no número de irmãs (em 40 mosteiros existem 432 irmãs professas). Mas ainda existe a esperança de manter vivo o Carisma de Maria Celeste com as novas vocações, principalmente da África e Ásia.


Nascimento de Maria Celeste Crostarosa aos Céus Na festa da exaltação da Santa Cruz, dia 14 de setembro, a ordem celebra a festa de nossa fundadora Maria Celeste Crostarosa. Motivo de festa por lembrar daquela que foi muito mais do que uma simples fundadora, mas sim Mãe. Mãe de nossa ordem e mãe dos missionários Redentoristas, aqueles a quem ela muito amava. UM POUCO DE ESPIRITUAlIDADE (...) No dia 14 de setembro de 1755, na festa da exaltação da Santa Cruz, nada fazia prever a proximidade de sua morte. No entanto, lá pelo meio do dia, ela sente suas forças declinarem estranhamente. Pede que chamem um padre. (...) Ela recebe então a unção dos enfermos e a eucaristia como viático, isto é, como o diz a

palavra, como alimento para sua última viagem. Pede em seguida que o padre leia em voz alta a paixão de Jesus, segundo o evangelho de João. Em silêncio, ela escuta a palavra do Crucificado: “Tudo está consumado! E, inclinando a cabeça, entregou o espírito (Jo 19,30)”. Nesse momento, Maria Celeste, unida ao sacrifício pascal de seu amigo, inclina a cabeça e dá o último suspiro. Era por volta das três da tarde. Uma sexta-feira. Informativo da Província-Edição Especial 13


Um misterioso perfume, um perfume de rosas, tomou conta do quarto da morta. Era como que sua assinatura: “Crosta-Rosa”, rosa de fogo! Era também uma mensagem. A última: o evangelho da rosa. Esse era o evangelho que Gandhi gostava de apresentar desta maneira: “Deixai, pois, vossa vida nos falar. A rosa absolutamente não fala, ela se contenta em espargir seu perfume. E, então, mesmo o cego, sem ver a rosa, sente seu perfume. É este todo o segredo do evangelho da rosa”. Este é também o evangelho de Maria Celeste: sua vida e sua morte nos fazem ver, como por uma transparência, a vida e a morte de Jesus, a quem ela tanto amou.

Nessa mesma hora, em Materdomini, a uma centena de quilômetros dali, seu amigo Geraldo, muito doente – ele morrerá no mês seguinte –, exclama diante do irmão Estevão Sperduto, enfermeiro que o assistia: “Meu irmão, hoje Maria Celeste voou para o Céu, para receber a recompensa de seu grande amor por Jesus e por Maria”. Um santo, Geraldo Majela, acabava de “canonizar”, por assim dizer, aquela a quem, já havia anos, o povo chamava “a santa priora”. É por isso que, nos dias que seguiram a sua morte, o povo de Foggia e dos arredores fazia vigília em torno de seu caixão, repetindo com tristeza: “A santa priora morreu! A santa priora morreu!”

Do livro “Orar 15 dias com Maria Celeste Crostarosa” Jean-Marie Ségalen Editora Santuário – Aparecida, SP 14 Informativo da Província-Edição Especial


Ordem do Santíssimo Redentor celebra a memória de Madre Maria Celeste Crostarosa No dia 14 de setembro, a Ordem do Santíssimo Redentor está em festa. A data celebra a memória da data de morte de Madre Maria Celeste Crostarosa, fundadora da ordem religiosa. Madre Maria Celeste morreu em Foggia, na Itália, no dia 14 de setembro de 1755, aos 59 anos, depois de uma vida de entrega aos desígnios divinos. Fundadora das Monjas Redentoristas, Madre Maria Celeste Crostarosa conheceu

Santo Afonso e com ele descobriu a vocação para a fundação da ordem religiosa. Com ele, fundou a ordem no dia 13 de maio de 1731 e deu forma a uma comunidade que se esforça para viver plenamente o Evangelho de Cristo em todas as dimensões de sua vida humana e religiosa, para ser na Igreja e no mundo um testemunho visível e um memorial vivo do Mistério Pascal da Redenção, no qual o Pai realizou seu desígnio de amor pelo Cristo e no Espírito Santo. Informativo da Província-Edição Especial 15


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4. Escritos sobre Maria Celeste Crostarosa

Maria Celeste Crostarosa Testemunho Irradiante do Amor de Deus Maria Celeste exerce um fascínio naqueles que a conhecem. Isso podemos constatar na história e no momento atual. Sempre perguntam: Por que é desconhecida? Ou pior: Por que se tem medo dela? Nascida em Nápoles, no dia 31 de outubro de 1696, foi tomada pelo belo sol mediterrâneo e pelo irradiante Cristo Sol, a ponto de dizer: “Ele é meu solo e meu sol”. Pequena em tamanho, mas de estatura humana e espiritual. É uma pérola escondida. Agora, com o reconhecimento da heroicidade de suas virtudes, temos a esperança que se reconheça seu valor para a Igreja e para a Congregação. Recebeu a missão de aprofundar o Evangelho na dimensão de transformação e de gerar uma nova família religiosa que se funda no amor recíproco que faz dela uma viva memória. Sua contribuição para a espiritualidade está na linha do ser viva memória de tudo o que Cristo fez para nossa salvação em sua vida terrestre. O 18 Informativo da Província-Edição Especial

Redentor continua em nós, e por nós, sua obra de salvação para ser o que Paulo ensina: “Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Maria Celeste tem uma espiritualidade feminina que ensina a mulher a se relacionar com Deus e com os outros como mulher. Ensina a todos a respeitar a própria condição e torná-la meio de santificação. As inspirações que levou adiante têm caráter evangélico, compreendidas na dimensão mística. Contou com o apoio de Santo Afonso e de São Geraldo. A Ordem do Santíssimo Redentor tem 400 religiosas em diversos países. É oportuno o conhecimento sempre maior desta que continua sua missão entre nós. Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R. Seminário São Geraldo Sorocaba, SP


Maria Celeste Crostarosa – Espiritualidade 5.

Uma Mística da Eucaristia no Século XVIII Maria Celeste é uma mística do século XVIII, o Século das Luzes e da Razão, caracterizado pela rejeição a qualquer misticismo. Numa época em que as mulheres pouco valem na sociedade, e mesmo na Igreja, Maria Celeste é uma mulher forte, perseverante, enérgica, decidida. Sabe dizer sempre “sim” a Deus. E quando necessário sabe dizer “não” aos homens, inclusive aos homens da Igreja. Seus escritos não são muitos, e são pouco conhecidos. Certamente, ela aprendeu a ler em sua juventude, mas jamais aprendeu a escrever, como, aliás, muitas jovens de seu tempo. Isso, entretanto, não a impede de escrever a pedido de seu confessor, de seu diretor espiritual e, sobretudo, a mando do próprio Senhor: Bem-amada de meu Coração, escreva a meu respeito; o que eu lhe comuniquei em segredo diga-o publicamente, pois é vontade minha que publique todas as verdades recebidas de minha sabedoria, como também as revelações sobre minha Encarnação e a grandeza das obras que fiz, quando assumi a natureza humana (L, cap. VII).

Maria Celeste não escreveu para ser editada, ao contrário de seu amigo Afonso, que considerava seus livros como instrumentos de evangelização. A isso ele havia sido encorajado pelo bem-aventurado Januário Sarnelli, seu companheiro de apostolado, que, com humor, gostava de dizer: “Com meus livros, eu pregarei até os confins do mundo”. São mais modestas as ambições de Maria Celeste. Apenas quer colaborar com o esforço de esclarecer a respeito de sua vida espiritual e da fundação do novo Instituto, para a qual, desde 1725, o Senhor a convoca. Erros de ortografia e pontuação, bem como termos do dialeto napolitano, são abundantes em sua pena. Simplesmente conta o que se passa entre ela e seu “Amigo bem-amado”, o Senhor Jesus. Ela fala “com o arrebatamento de uma mística, e se inflama como um vulcão, cuja lava incandescente se solidificou na massa de um dialeto napolitano do século XVIII, sob a pena de uma mulher que praticamente não estudara, e para quem o único livro, parece, era a Bíblia. Mas que fez descobertas surpreendentes, para a época, no Informativo da Província-Edição Especial 19


oceano mais profundo da Palavra de Deus” (Marie-Christine, O.Ss.R., Ma vie c’est le Christ, les écrits de Mère Marie Celeste Crostarosa, Landser, p. 2). Os escritos de Maria Celeste revelam uma espiritualidade simplesmente espantosa sobre a eucaristia. Como outros contemplativos, ela sabe mais sobre esse mistério que célebres teólogos. Ela é bem consciente de que cada comunhão não é somente um encontro com o Cristo, mas uma união transformadora, a um tempo dolorosa e feliz: sem deixar de ser ela mesma, ela se torna “corpo de Cristo”, e pode dizer com Paulo: “Cristo vive em mim” (Gl 2,20). Narrando sua vida espiritual, Maria Celeste ilumina a nossa. Não com sábias definições, mas com imagens. Belíssimas! Que evocam o mistério, especialmente os mistérios trinitário e eucarístico. Imagens que convidam à viagem da fé cristã. Entretanto, não se pode tomar ao pé da letra todas as suas declarações a respeito de visões ou mensagens: nada disso poderia ser filmado por uma câmera oculta ou gravado em fita magnética. Na verdade, não se trata de audições concretas ou de visões físicas, e sim – ela mesma o afirma – de intuições místicas, bem reais todavia, que a deslumbram. Com sinceridade e humildemente, ela tenta prestar contas disso com palavras do dia a dia e imagens próprias suas. Revela-nos assim seu diálogo interior com o Cristo, especialmente na hora da comunhão diária. Consequentemente, Maria Celeste não escreve palavra por palavra, como se copiasse um ditado do Senhor, mas procura, com humildade e com amor, traduzir em sua linguagem de mulher aquilo que o Senhor lhe revela. Ela ouve, depois escreve. E isso é extraordinário, porque Maria Celeste não é uma teóloga, mas uma napolitana de coração ardente. Amante do Cristo desde a infância, ela nos faz confidências sobre seu amor apaixonado pelo Senhor. Há, sob sua pena, não menos de noventa vezes a expressão “a ternura de Deus”, e mais de 550 vezes a palavra “amor”.

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Uma mística para nossos dias Maria Celeste é uma mística da eucaristia. Uma mística para nossos dias. Os 250 anos de sua entrada no céu coincidiram com o ano de 2005, proclamado “Ano Eucarístico” por João Paulo II. Feliz coincidência! Sua mensagem, com efeito, e sobretudo sua mensagem eucarística, não é reservada aos contemplativos: é dirigida a todos os cristãos. Por sua vida e seus escritos, Maria Celeste nos convida a descobrir, não novas receitas para a oração ou devoções particulares, mas Alguém, o próprio Jesus, que vem ao nosso encontro na eucaristia para nos falar, purificar de nossas faltas, comunicar sua vida, revelar seu amor, transformar-nos e nos enviar ao mundo para continuar sua obra de salvação. Orar com Maria Celeste nos arrebata, pois, para a contemplação e para a missão. Com fé, com alegria, com fogo, o fogo do amor por Jesus, que lhe falava na intimidade de sua ação de graças após a comunhão: “Eu vim trazer fogo à terra.” Para que você se inflame, eu venho, neste dia, colocar em seu coração dois tipos de fogo, ou melhor, dois de seus efeitos, pois o fogo de minha caridade é um só. O primeiro é a transformação de sua vida em meu Ser... Como eu, trabalhe unicamente para a glória de meu Pai, e assim viverá de minha vida e eu viverei na sua. O segundo efeito desse fogo é o zelo pela salvação das almas: você brilhará para o bem e utilidade delas; você me dará assim grande prazer e me mostrará um amor autêntico (ES, Dixième jour). Do livro “Orar 15 dias com Maria Celeste Crostarosa” Jean-Marie Ségalen Editora Santuário – Aparecida, SP.


O Itinerário de Vida, Espiritualidade e Missão Ir. Maria Celeste Crostarosa, O.Ss.R. (1696-1755), a décima filha do nobre casal napolitano: Giuseppe Crostarosa e Batistina Caldara. Fez-se monja carmelita e posteriormente se tornou a fundadora da Ordem das Irmãs Redentoristas, em 13 de maio de 1731. Esta foi uma mulher de profunda espiritualidade, inteligência aguçada, visão cristológica abrangente e de bom senso nas práticas cristãs. Escreveu algumas obras teológicas, ascéticas e místicas, dentre elas, “Os Entretenimentos com Jesus Cristo”. Em seu “Diário” de experiências de vida com Cristo, em Cristo e por Cristo, ela usa expressão “alma”, isto é, a pessoa por inteira. Essa obra constitui um escrito de grande valor no panorama da Literatura Mística do século XVIII. Por meio de seus escritos conhecemos uma parte importante do caminho interior dessa

grande mística e fundadora, que por uma série de circunstâncias, ainda hoje, é desconhecida. A doutrina contida em seus escritos está enraizada no Salvador. Dele recebemos a participação na vida divina. Aqueles que acreditam nele devem cooperar com a graça que salva: dom gratuito e essencial. Sabendo que os valores dessa doutrina residem em seu duplo fundamento, evangélico e experiencial. O processo de caminhada (conversão) cristã nos conduz à essência e despojamentos (distacco) de pessoas e das superestruturas. Assim, o seguimento nos faz testemunhas vivas da presença e obras contínuas do Jesus Cristo itinerante (missionário), que sofreu a Paixão, morreu na Cruz e Ressuscitou. A linha da espiritualidade de Crostarosa, ainda que com mais de 260 anos de história, faz harmonia com alguns conteúdos do Concílio Informativo da Província-Edição Especial 21


Bispos e cardeais reunidos no Vaticano II

Vaticano II, conforme a Lumen Gentium (1964), sobretudo em seus cinco primeiros capítulos: a santidade humana como participação na santidade de Deus. E também com a Exortação Apostólica Vita Consecrata (1996). A saber, que a consagração religiosa equilibra-se no testemunho-serviço-sinal, porque a causa é de Cristo. “Os Entretenimentos” são diálogos da pessoa (alma) com Jesus, quando mutuamente se declaram muitos planos de vida, recebidos e ministrados pelo Espírito Santo, num processo de união com Deus. São modos de vida para ser experienciados na condição esponsal, isto é, de um casamento entre “a alma” (= pessoa) e o Cristo: quando e onde as experiências são confrontadas num constante diálogo. Esses diálogos foram transcorridos e registrados, entre 1724 a 1751, quando ela faz esta profunda caminhada espiritual integral (corpo, emoção, alma e razão), descrevendo suas experiências espirituais e práticas cristãs. Esta sua união com Cristo a faz corajosa e iluminada, com personalidade forte e cheia de entusiasmo. Suas referências sobre Jesus Cristo são aquelas, sobretudo, contidas no Evangelho de João e nas Cartas de São Paulo Apóstolo. Portanto, esse seu Diário Espiritual e campo de reflexão moral são apresentados como proposta original de vida 22 Informativo da Província-Edição Especial

cristã. Neles contêm muitas sugestões, exercícios e profundas reflexões sobre as atitudes cristãs. Por essa razão, eles focão nas Normas Religiosas das Monjas Redentoristas. E desses seus escritos poderemos considerar verdadeiramente, em sua substância e qualificante, moderno e atual, que servem para todos os tempos. É uma Escola de Espiritualidade útil e necessária para toda pessoa cristã. Assim sendo, segundo Crostarosa, ao assimilar passo a passo a realidade da pessoa divina, somos transformados em “imagens vivas”, em “retratos vivos e animados” do Salvador, semelhantes a Deus. O Cristo Redentor continua a ser “peregrino” (missionário) salvífico na história daqueles e daquelas que nele acreditam, pessoal e comunitariamente, sendo Igreja. No Primeiro Diálogo com o Verbo de Deus Irmã Maria Celeste Crostarosa fala de suas revelações (nunca de visões) recebidas de Jesus, o Verbo de Deus. Ele é o primeiro fundamento da santidade. Por que Deus, “como o segredo da mão do escultor, com o qual vem impressa nas almas (pessoas) justas a forma de santidade. Deste seu


Foggia - Visita de João Paulo II

segredo de amor acena muitas almas eleitas, se fazendo e se tornando imagens viventes do vosso único Amor”. Deus quer transmitir “uma beleza que transcende qualquer possibilidade da pessoa humana, porque é substância vossa, participação em vosso ser”. Então, Jesus se mostra “um ser perfeito e simples, no qual se encontram todas as virtudes, uma única substância e plenitude”. Ele foi “humilde, obediente, paciente, clemente ...” e quer distribuir estas e outras qualidades, “como belo maço de flores” para as pessoas. E Jesus insiste que as qualidades e valores (virtudes) humanos procedem da sua essência divina e simplicidade. “Convença-te que é próprio assim.” O Filho de Deus foi e continua paciente, obediente e humilde. Saiu do céu e veio à terra, tomando a carne, obedecendo ao comando do Pai. Foi humilde ao descer à condição humana, sem deixar de ser divino, aceitando voluntariamente os sofrimentos, insultos e humilhações, que Ele continua a receber de muitas pessoas ingratas ainda hoje, mas que as aceita com mansidão e clemência. O Cristo é clemente, paciente, humilde e obediente, no atributo da misericórdia, para com o gênero humano, comunicando-lhe as

qualidades morais, por meio de sua condição de Verbo de Deus, sua natureza humana, doa-se a todos os justos da Terra. Com sua Justiça nos concede generosamente as quatro virtudes cardeais: Temperança, Fortaleza, Prudência e Justiça. E com sua Graça concede a todas as criaturas, com bondade essencial, as virtudes teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade. Numa pessoa, quando tudo for amor e bondade de Deus, então tudo será virtude e bondade perfeita. Porque Cristo é virtude infinita por essência e torna-se reflexo naquelas pessoas que se deixam ser amadas por Ele. As quais Ele as ama infinitamente. O amor para com o próximo O Verbo ensina: “Eu gosto de amar a minha imagem em ti, ao mesmo tempo me comprazo que essa seja amada por ti, com o mesmo amor que tenho por ela. Por isso, quero que tu cases com as minhas almas (meu povo), e tenhas pelas pessoas as mesmas complacências que Eu experimento. Por isso, entra em meu coração para ver a beleza destas imagens criadas a minha semelhança, mas, não assustes mais que Eu, que desci do Céu e fui morto na Cruz por elas. Meu amor fez tudo isto para que nestas se manifestasse minha sabedoria, Informativo da Província-Edição Especial 23


minha onipotência, meu ser inteligente de puro espírito. Com todas aquelas belezas das quais vistes enfeitando meu coração, que não podem ser explicadas: o linguajar humano não pode exprimir aquilo que agora compreendes”. De fato, Cristo veio para restaurar integralmente a imagem e semelhança de Deus na pessoa humana! O amor de Cristo não faz distinção de pessoas E o Verbo esclarece dizendo que os astutos do mundo dizem que Ele tem preferências no amar, como se Ele tivesse paixão semelhante a dos humanos e se seu amor fosse associado à simpatia. Pensam assim porque Ele é generoso e diferente no modo de distribuir os dons e as graças extraordinárias ou especiais às criaturas. No entanto, diz o Esposo: “a razão de ser das criaturas é a minha glória, e em si se deve manifestar sobre a Terra a minha grandeza, sabedoria e bondade, sendo objeto de minha complacência, os outros dela participar”. Assim sendo, quem se une a Cristo, sua graça realiza maravilhas em suas vidas, porque conhecem a verdade de seu Ser, ama-o, louva-o e o respeita. Por isso, os pecadores, os decaídos, os abatidos e confusos, os temerosos e desacreditados, serão recuperados pela redenção de Cristo. Na concepção e experiência de vida de Crostarosa, o Cristo “ama a todos com amor igual e infinito”. Pois, as distinções de pessoas são feitas “pela dureza de coração” dos humanos. Mas, de acordo com os ensinamentos do Verbo, em Deus não há preconceitos. Deus é amor e quem ama conhece a Deus. Por conseguinte, o Verbo reafirma: “Recorda-te o que Eu fiz a todas as criaturas o máximo dos dons, doando a mim mesmo na Encarnação e na Eucaristia. É aqui que se encontram todos os tesouros de meu ser: eu entro nas bocas sacrílicas tanto quanto naquelas de minhas almas amantes, porque desejo causar o bem em todos os corações, a custo de sofrer as ingratidões e mil injúrias”. Para Crostarosa, em seu modo de ver e experienciar, 24 Informativo da Província-Edição Especial

Jesus deseja o “bem particular das pessoas”, porque sua bondade é infinita, não depende das interpretações que se dão a elas. Mesmo àquelas pessoas que não foram concedidas “as graças e os dons extraordinários, as amo igualmente como as pupilas de meus olhos: amo a mim mesmo na imagem impressa nelas”, isto é, Jesus Cristo ama as pessoas (por inteiras) independentemente dos dons, privilégios, vontades e capacidades humanas. “No céu as almas serão glorificadas à medida do amor e não à medida dos dons!” Os dons são concedidos às pessoas para servir e amar ao próximo, com alegria, fazendo as pessoas felizes.


Nossa soberba nos prejudica As pessoas se prejudicam por causa da própria soberba. Primeiramente, porque esquecemos da vontade de Deus. Segundo, porque só pensamos em nós mesmo. Somos egoístas: cheios do amor próprio. Esta atitude humana atrapalha a retidão de espírito. É um modo de resistir à Bondade divina. É necessário que entremos em nosso interior para “avaliar a mobília do nosso ser” e tomar consciência de nossos limites e apegos, egoísmos e fechamentos pessoais. E tomar as atitudes que o Verbo de Deus nos ensina: “Eu devo viver no ato puro de amor, com tranquila generosidade, amando tudo com o vosso dispor, como se tudo o resto não existisse”. Então, o desprendimento (distacco) é necessário. A vida cristã, em todas as suas dimensões, deve estar sempre centralizada no Cristo. O Redentor é o ponto de união de tudo e de todos. A distância das criaturas para com seu Deus dificulta esta união. Por isso, Ele suporta as imperfeições, ilumina nossa ignorância, espera com paciência, como amoroso Pai. Que “com solicitude amorosa quer amarrar a minha vida à sua bela simplicidade divina, transportando-me nele, minha vida bem-aventurada”. É Ele quem nos “faz compreender o amor com o qual se dispõe todas as coisas para o bem maior”: servir e amar do jeito de Jesus. Em suma, a Irmã Maria Celeste Crostarosa nos ensina, nesse seu primeiro “Diálogo”, em sua experiência de fé e práticas cristãs, que o ser humano precisa se convencer de sua necessidade de Deus: ser humilde e se reconhecer pequeno, limitado. E a amar a Deus com todas as suas forças de corpo, de emoção, de inteligência e de espírito, e ao próximo como a si mesmo. Somente assim será capaz de experimentar o amor de Deus. Afinal, quem crê é fiel e a fidelidade mostra em quem acreditamos! Assim, o verdadeiro amor cristão é bemaventuralizante! Ir. José Mauro Maciel, C.Ss.R. Noviciado Santa Teresinha Tietê, SP Informativo da Província-Edição Especial 25


6. As Irmãs Redentoristas hoje

Decálogo Irmãs Redentoristas

Nosso ideal Seguir o Cristo que reza, continuando pela Oração e Doação a Deus a Obra do Cristo Redentor, da Salvação do mundo – Cristo Vivo no Evangelho é o fundamento de nossa vida e nosso modelo, incluindo o chamado universal à santificação, ao qual todo cristão é convidado. Nossa vida Vivemos em mosteiros contemplativos, empenhadas na imitação de Cristo orante a interceder junto ao Pai pelo Bem e pela Salvação da Humanidade. Vivemos nossa Consagração a Deus, por Votos Solenes, em Comunidade; e por nossas Orações e Vida de União com Deus, cooperamos na Obra Missionária da Igreja, para que Deus abra os corações dos homens para a Riqueza de sua Graça. 26 Informativo da Província-Edição Especial

Nossa vida de oração Nossa vocação de orantes na Igreja deve tornar presente a oração incessante de Cristo, e, segundo o modo próprio de nossa vida contemplativa, fazer nosso esse elemento essencial de sua missão redentora. Nossa vida de oração e de intimidade com o Senhor nos disporá a acolher as iniciativas do Pai, que se comunica a nós no Mistério de sua Palavra Encarnada, o Cristo Jesus. Essa contemplação silenciosa, culto de fé e de amor no mais íntimo da alma, abre-nos à experiência pessoal de Deus e nos faz entrar plenamente no Plano da Redenção. Apoiando-se na participação da Eucaristia e na Reza ou Canto do Ofício Divino, que são as colunas de nossa Consagração e que há de ser o apoio e a força dos que trabalham diretamente no Apostolado Missionário. (Const. 42).


O trabalho em nossa vida Jesus nasceu numa família operária. Durante longos anos trabalhou com suas mãos e esse trabalho do filho de Deus tinha valor redentor (J. Paulo II. Lab. Ex. 1981). Dedicamo-nos também a trabalhos condizentes com nossa Vida e Vocação, em espírito de Pobreza e de Serviço, para manutenção de nossa Comunidade. Por nosso trabalho nos unimos, a nosso modo, aos que sofrem, e testemunhamos a estima que lhes é devida. Com eles, participamos no acabamento da criação e colaboramos na construção de um mundo melhor (Const. 68 e 69). Nosso apostolado Faz-se pela Oração e pela Entrega a Deus, em união com Cristo, em prol da Salvação e da Santificação do Mundo. Deixaremos o Cristo reviver em nós seu Mistério, contemplando-o em toda a sua vida. Unidas a Ele pela força do Espírito Santo, rezaremos “sempre, sem jamais nos cansar” ([Lc 18,1], Const. 43).

Comunidade - Scala

Horas de lazer Todo o nosso empenho em seguir o Cristo, que reza e se doa pela Salvação do Mundo, e nossa dedicação aos trabalhos diários são acompanhados de tempo de descanso e lazer, no jardim e no quintal ou no salão comunitário (recreação) do mosteiro, horas de que nos valemos para um papo e para refazer nossas forças. Nossa União “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). O amor fraterno é inseparável do amor para com Deus, a caridade em nós é participação do amor infinito, que desde toda a eternidade une o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A amizade evangélica que deve reinar entre nós e que é um memorial de Deus Pai por nós dá a nossa vida comunitária, seu verdadeiro sentido. Pe. Flávio Cavalca de Castro, C.Ss.R. Julho de 2005 Site Redemptor

Informativo da Província-Edição Especial 27


7. Onde encontrar as Irmãs Redentoristas Hoje

Mosteiro - Itu, SP

Atualmente, no Brasil, são dois mosteiros que vivem o carisma deixado por Madre Maria Celeste. O Mosteiro de Itu (SP), que é ligado por laços à Congregação do Santíssimo Redentor, e o Mosteiro da Santa Face e do Puríssimo e Doloroso Coração de Maria de São Fidélis (RJ), que por seguir a regra afonsiana antiga é ligado aos Filhos do Santíssimo Redentor, conhecidos como Redentoristas Transalpinos. Em Itu, são sete religiosas, e em São Fidelis, quatro irmãs. Um número reduzido que expressa o desafio vivenciado pela ordem na área da animação vocacional. Na cidade de São Fidélis (RJ), o Mosteiro da Santa Face e do Puríssimo e Doloroso Coração de Maria vive uma vida de simplicidade e dedicação. MOSTEIRO DA IMACUlADA CONCEIçãO  ITU, SP A Ordem do Santíssimo Redentor foi fundada na Itália, em 1731. No Brasil, a ordem monástica atualmente mantém dois mosteiros, um em São Paulo, o Mosteiro da Imaculada Conceição, em Itu, e outro no Rio de Janeiro, o Mosteiro Santa Face e Puríssimo e Doloroso Coração de Maria, em São Fidélis. 28 Informativo da Província-Edição Especial

A Ordem do Santíssimo Redentor, por meio de todos os seus mosteiros, como os dois do Brasil, é um instituto religioso da mesma família da Congregação do Santíssimo Redentor, fundada por Santo Afonso Maria de Ligório. O mosteiro de Itu é ligado por laços afetivos e institucionais à Congregação do Santíssimo Redentor, e o de São Fidélis, por seguir a regra afonsiana antiga, está ligado aos Filhos do Santíssimo Redentor, conhecidos como Redentoristas Transalpinos.


No Mosteiro de Itu, as monjas podem manter contato com o exterior, em raros momentos, por exemplo, numa missa; as monjas de São Fidélis, diferentemente dos mosteiros que vivem sob a regra pós-conciliar, não têm nenhum contato fora dos muros do mosteiro, a não ser por uma grade, pequena abertura na entrada do convento que possibilita o contato, nas visitas familiares, por exemplo. Em Itu são oito as monjas, todas com voto solene (perpétuo). Um desafio muito preocupante é a falta de vocações, pois segundo Madre Luisa do Sagrado Coração de Jesus, responsável pelo Mosteiro de Itu, desde o ano 2006 não aparecem jovens interessadas na proposta da vida monástica redentorista. “Ficamos sempre na expectativa de uma nova vocação”, relata a monja. Segundo ela, a ordem mantém um site para divulgar o mosteiro,

Monjas - Itu, SP

mas acredita que a ausência de divulgação e animação vocacional contribui para a falta de conhecimento sobre o modo de vida de uma monja redentorista. “Não somos muito conhecidas, mesmo em Itu. É preciso estudar um modo de nos tornarmos conhecidas”, frisou a Madre. O carisma da ordem religiosa é manter “a viva memória de Jesus Redentor na vida oculta, contemplativa e na vida ativa com o povo”. Os Missionários Redentoristas de São Paulo colaboram com os mosteiros, exercendo a direção espiritual, sendo confessores das religiosas, dando palestras e aulas, pregando retiros espirituais e até com contribuições financeiras. “Em nossa ordem ajudamos os Missionários Redentoristas com a oração, afinal, eles são os missionários. Estamos em comunicação com a missão deles na oração, que é nossa missão”, explica.

Irmãs - Itu, SP

Para manter contato com as Monjas Redentoristas de Itu, no Mosteiro da Imaculada Conceição, o endereço é: Rua Capitão Silvio Fleming, 146, Centro, CEP 13309-010, Itu-SP, e ainda pelo telefone (11) 4023-3253 ou pelo e-mail: madresredentoristasimc@gmail.com Informativo da Província-Edição Especial 29


MONjAS DO MOSTEIRO SãO fIDÉlIS NO RIO Por volta das quatro e meia da manhã, o sol ainda não apareceu, mas o dia já começa para as Monjas Redentoristas. Rapidamente, a pequena comunidade de quatro monjas se organiza e se dirige para a Igreja, é o momento da oração do Ângelus. Pela manhã, são pelo menos três horas de momentos de meditação e contemplação da Palavra e Celebração Eucarística. O dia, que começa de madrugada só termina às nove horas da noite, depois da última oração. “A vida dentro de um mosteiro é vocação”, diz a monja redentorista Madre Maria da Penha. Ao ser perguntada sobre qual a experiência que fez em todos esses anos de vida monástica, a religiosa diz que “não é uma experiência, é a

nossa vida”. O mosteiro da Ordem do Santíssimo Redentor é um instituto religioso da mesma família da Congregação do Santíssimo Redentor, fundada por Santo Afonso Maria de Ligório. No Brasil, estão presentes com dois mosteiros, um em Itu (SP) e outro em São Fidélis. O mosteiro de Itu é ligado por laços à Congregação do Santíssimo Redentor, e o de São Fidélis, por seguir a regra afonsiana antiga, está ligado aos Filhos do Santíssimo Redentor, conhecidos como Redentoristas Transalpinos. As monjas de São Fidélis receberam aprovação do Papa Paulo VI, para usar a Regra Antiga com os ritos litúrgicos e disciplinares tradicionais, utilizados antes da reforma do Concílio Vaticano II. Segundo Madre Maria da Penha a vida monástica é uma entrega radical ao serviço do Reino de Deus.

Monjas do mosteiro São Fidélis, RJ

Para manter contato com as Monjas Redentoristas em São Fidélis, no Mosteiro Santa Face e Puríssimo e Doloroso Coração de Maria, rua Armando Marques, S/N, CEP 28400-000, São Fidélis (RJ), telefone (22) 2751-5770 e e-mail: madresredentoristas@yahoo.com.br 30 Informativo da Província-Edição Especial


Cerimônia de beatificação 8.

Carta do Superior Geral

Roma, 3 de março de 2016 Prot. n. 0000 023/2016

Queridos irmãos e irmãs redentoristas, associados e amigos: A Congregação do Santíssimo Redentor recebeu, com grande alegria, a notícia de que o santo Padre, o papa Francisco, aprovou a Beatificação da Madre Maria Celeste Crostarosa. Então, finalmente, posso comunicar o programa das celebrações e festejos desse importante acontecimento. A Beatificação se dará no sábado dia 18 de junho de 2016, em Foggia, na Itália. Nas próximas semanas, enviarei-lhes uma carta sobre a importância que tem esse acontecimento para as Irmãs da Ordem do Santíssmo Redentor, para os missionários redentoristas, para nossos Associados e para outras Irmãs com as quais partilhamos o Carisma e o espírito de nossa Congregação. Ouvi que alguns mosteiros das Irmãs da Ordem do Santíssimo Redentor têm planos para participar dessa celebração. Convido todos os mosteiros, que pensam enviar representantes, a se colocarem em contato com o Pe. Emilio Lage, para nos preparar melhor e coordenar da melhor maneira possível essas celebrações. Alguns coirmãos redentoristas também manifestaram seu desejo de participar na celebração. Peço aos redentoristas, que tenham a intenção de vir a Roma para essas celebrações, que se ponham em contato o mais rápido possível, de preferência antes do dia 31 de março, com o Pe. Artur Martínez, superior da Comunidade da Casa Santo Afonso. O espaço na casa é limitado e faremos todo o possível para facilitar sua estadia, porém necessitamos saber logo quem e quantos têm a intenção de vir. A Beatificação da Madre Maria Celeste Crostarosa é muito importante para todos os que compartilhamos o carisma, a tradição e a espiritualidade do Santíssimo. Redentor. Mesmo que sejam somente alguns os que possam participar pessoalmente nessas celebrações, a realizar em Foggia, animo todas as Comunidades Redentoristas que celebrem essa ocasião preparando-se com oração e celebrando uma Eucaristia especial de Ação de Graças. Convido cada comunidade Redentorista, cada Paróquia, Igreja ou Santuário, a celebrar esse acontecimento com uma comunicação e reconhecimento público durante os dias 18 e 19 de junho, e a celebrar uma Eucaristia de ação de graças, depois da Beatificação. Em comunhão com a Madre Maria Celeste Crostarosa, peço que esse grande acontecimento seja ocasião de muitas bênçãos e de renovação espiritual na Ordem e na Congregação. Que Maria, nossa Mãe do Perpétuo Socorro, continue a nos acompanhar em nossa vocação para viver e anunciar a “Copiosa Redenção”, como “Viva Memória” do Redentor. Michael Brehl, C.Ss.R. Seu irmão em Cristo Redentor, Via Merulana 3 l – 00185 ROMA – ITALIA CP 2458 – 00100 ROMA - ITALIA Informativo da Província-Edição Especial 31


Programação das Celebrações Foggia: sábado 18 de junho de 2016, às 20h30min

NA BASÍLICA E CATEDRAL Maria Assunta ao céu, solene Beatificação da Madre Maria Celeste Crostarosa, presidida por sua Eminência o cardeal Angelo Amato, delegado de sua santidade o Papa Francisco e Prefeito da Congregação para as causas dos santos.

Foggia: sábado 18 de junho, às 18h30min

Na Igreja do Monastério Redentorista do Santíssimo Salvador, solene vigília de oração, com o canto das vésperas, presidida pelo reverendo Padre Michael Brehl, superior geral da Congregação do Santíssimo Redentor.

Foggia: domingo 19 de junho, às 10h

No seminário diocesano, solene celebração Eucarística de ação de graças, presidida por sua Eminência o Cardeal Salvatore de Giorgi, arcebispo emérito de Palermo.

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Oração a Madre Maria Celeste Crostarosa 9.

Oração Confiantes em vossa intercessão e sustentados pelo exemplo de vossa vida, nós vos invocamos, ó Beata Madre Maria Celeste. Vós, que conhecestes o Cristo Redentor como Palavra de vida no seu Evangelho, vós que o assimilastes como Salvador na contemplação de seus mistérios, vós vos revestistes dele como viva memória na participação na Eucaristia, obtende, para quem busca a verdade a paz, a graça de encontrá-lo na misericórdia da Igreja, na alegria fraterna e na caridade para com os pobres e sofredores. Assim todos se encontrem unidos no abraço do amor do Pai. Amém. Nihil obstat † Vincenzo Pelvi Arcebispo de Foggia-Bonino Foggia, 3 de março de 2016 Informativo da Província-Edição Especial 33


Beatificação de Madre Maria Celeste fOGGIA (ITálIA)  18 DE jUNHO DE 2016 A Comunidade das Irmãs Redentoristas de Itu tem a honra de convidar você, sua Família ou sua Comunidade para participar do Tríduo em Ação de Graças pela Beatificação de Madre Maria Celeste - Fundadora da Ordem do Santíssimo Redentor. Neste momento orante, vamos unir nossos corações para agradecer esta dádiva de Deus para toda a Igreja. MOSTEIRO DA IMACUlADA CONCEIçãO - ITU-SP Dias 26 a 28 de junho de 2016

Dia 26, domingo

18:30: Missa Tema: A vida de Madre Maria Celeste. Animação: Comunidade Redentorista de Sorocaba, SP

Dia 27, segunda-feira

18:30: Missa Tema: A fundação da Ordem do Santíssimo Redentor Animação: Comunidade Redentorista de Santa Bárbara D’Oeste, SP

Dia 28, terça-feira

18:30: Missa Tema: A espiritualidade da Maria Celeste. Animação: Noviciado Redentorista – Tietê, SP

Dia 29, quarta-feira

15:00: Missa solene Presidente: Revmo. Pe. Rogério Gomes, Superior Provincial de São Paulo Tema: A missão de Madre Maria Celeste na Igreja

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Mosteiro da Imaculada Conceição Rua Capitão Fleming, 146 – Centro 13309-010 – Itu/SP mosteiroredentoristaimc@gmail.com CEP 13.309-010 – Itu/SP


Dica de leitura De Jean-Marie Ségalen ORAR 15 DIAS COM MARIA CElESTE CROSTAROSA  UMA MíSTICA DA EUCARISTIA NO SÉCUlO XVIII Ir. Maria Celeste Crostarosa é uma pérola escondida. Escondida por mais de duzentos anos. Somente lá pela metade do século passado começou a ser descoberta, dada a conhecer. Para alegria e felicidade dos que estamos vivendo estes tempos do Senhor. Descobrir um tesouro nem sempre é fácil. Mesmo quando se sabe onde ele está. É preciso apalpar, raspar sujeiras que o tempo encalacrou, burilar bem, tirar até o pó, para que se possa aquilatar toda a intensidade de seu brilho. É o que o padre Ségalen faz com sabedoria de mestre


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