Information Week Brasil - Ed. 206

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Indústria a compensação automática de cheques e de dinheiro depositados nos caixas. Com uma boa taxa de compressão, e mantendo a qualidade da imagem gerada, os terminais, desenvolvidos pela própria ATP, eliminam a interferência humana na compensação, pois conseguem verificar pontos de segurança e liberar os depósitos automaticamente. Internamente, a ATP também está apostando no uso de placas de conexão à internet. Segundo Franceschi, até meados de agosto, os 25 gerentes-comerciais da empresa terão o equipamento. Para o pessoal de campo, uma novidade também está prevista. Além da já utilizada caneta digital para a captura de contratos, com os aparelhos 3G eles poderão tirar fotos com maior resolução dos documentos apresentados para a concessão de crédito e aprovar a operação na hora. “As limitações técnicas ficam reduzidas”, comenta.

Maior comodidade Unindo as redes Wi-Fi e 3G, a Vex pretende reduzir o tempo que seus clientes ficam parados em hotspots. Pensando nisso, ela desenvolveu o Wi-Fi 3G. “A idéia é que ele possa estar conectado 100% do tempo, com um sistema onde as tecnologias se complementam”, destaca Camila Junqueira, gerente de marketing da empresa. Inicialmente, o VexBox – ponto de acesso desenvolvido pela Vex no começo deste ano – será oferecido a empresas de transporte executivo. Instalado nos ônibus fretados, o equipamento permitirá que, enquanto estiver em deslocamento, o usuário aproveite a mobilidade da 3G. Parado, ele contará com as maiores velocidades oferecidas pela rede Wi-Fi. Até o fim do ano, Camila acredita que um contra-

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to seja fechado. Para 2009, pelo menos quatro por semestre devem ser feitos. No Banco BMG, o gerente de tecnologia, Renato Almeida, está com a casa pronta para a 3G, e os testes com aparelhos já começaram a ser feitos. “Eu sei que a 3G vai dar mais velocidade às aplicações”, comenta. Segundo ele, entre as aplicações que podem ser adotadas estão a teleconferência entre o pessoal de crédito, o envio de vídeo de um veículo para a aprovação de uma proposta ou mesmo o armazenamento de informações em um servidor central, acessadas pelo dispositivo móvel. “Não é o caso de se reescrever aplicações, mas elas têm de ser readaptadas”, comenta. Para o seu projeto de mobilidade corporativa, o BMG desenvolveu um framework, batizado de BMG Mobile, no qual as novas aplicações se encaixam. Na construção do sistema, o banco contou com o apoio de uma empresa especializada em soluções de mobilidade e um desenvolvedor foi integrado à equipe interna. “Com a plataforma .Net, é fácil migrar aplicações. Além disso, o desenvolvimento fica mais próximo do mundo dos desktops por conta dos melhores recursos de hardware”, avalia Almeida. De acordo com o presidente da Qualcomm, Marco Aurélio Rodrigues, a 3G, com suas evoluções, ainda deve figurar como a tecnologia da telefonia celular pela próxima década. A empresa está trabalhando para aumentar a velocidade dos atuais 14 Mpbs para 84 Mbps (no Brasil, as operadoras oferecem velocidades máximas de 7,2 Mbps). Já que a banda larga nos dispositivos móveis é uma realidade, é melhor começar a planejar com quais aplicações sua empresa iwb tirará melhor proveito dela.

Operadoras e desenvolvedores “As limitações para os desenvolvedores caíram. É possível ser mais rico em apresentação para o usuário”, resume Jacques Benain, gerente-nacional de venda de soluções da Claro. Para ele, aplicações como o acesso a redes virtuais privadas (VPNs, na sigla em inglês) e de automação, que tinham de ter o mínimo de transmissão de dados e de interação com o usuário, serão mais exploradas com a chegada da 3G. Benain acredita que com a chegada do protocolo High Speed Uplink Packet Access (HSUPA), no ano que vem, provavelmente, novas aplicações ainda poderão surgir. “A Web 2.0 está entrando no mundo corporativo”, avalia Renato Ciuchini, diretor de planejamento estratégico e novos negócios da TIM, explicando que com a 3G esta integração será muito mais fácil, pois há uma grande melhora na experiência com aplicações multimídia. “A 3G é um rompimento com o passado”, diz. O executivo acredita que uma tendência cada vez mais forte é a substituição das redes sem fio das empresas pelo uso das placas 3G. Ele reforça ainda a necessidade de trabalhar com integradores para o desenvolvimento de aplicações completas e de nicho. E eles estão correndo para explorar a 3G. Na Abacomm, por exemplo, o diretorcomercial, Kleber Meira, explica que o sistema de “pílulas de conhecimento” está sendo desenvolvido. “As empresas têm problemas de comunicação, de distribuir informações. A idéia é usufruir os recursos dos smartphones e oferecer isso com velocidade”, diz. A demanda surgiu de um cliente, que queria passar a seus vendedores, instruções e campanhas de como expor corretamente um produto, vendê-lo melhor. Por videoaulas, envio de material sobre o tema e até mesmo de um questionário, o conteúdo é transmitido de forma eletrônica, mas ser necessário ficar na frente de um computador. “Ao final de tudo, o gestor ainda recebe um log do que foi feito, como, e se, os profissionais acessaram o conteúdo”, conta Meira.

InformationWeek Brasil

8/11/08 6:22:31 PM


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