Infor Channel - Mar2017 #02

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Edição 02 / Março 2017

sar fora da caixa, ter visão analítica e trabalhar em ambientes sem hierarquia rígida. Ramon Bez avalia que entender de tecnologia da informação e conhecer métodos científicos para realização de testes também são fundamentais. Uma equipe de growth hacking, geralmente, tem um gerente, designer, programador, analista de dados, redator e profissional que vai comprar mídia. Mas atenção: Souza alerta que atualmente há no mercado muitos profissionais sem experiência se autodenominando growth hacker e lembra que este segmento ainda está se estruturando. “Não precisa contratar um growth hacker, mas montar o departamento de crescimento com cientista de dados, gerente de produtos, desenvolvedor de software e designer de experiência. Não dá para achar que uma pessoa será muito boa em tudo”, ressalta. No Brasil, poucas empresas sabem a importância de contar com um departamento de growth hacking ou um profissional especializado no tema. Mesmo nos Estados Unidos, especialmente em São Francisco, onde conceito está mais difundido, ainda não chegou às grandes corporações, diz Bez. Segundo ele, empresas com viés tecnológico, como Facebook, Uber e Snapchat, estão liderando o processo de adoção. Ainda que incipiente, o consultor acredita que cedo ou tarde as empresas terão um departamento de growth hacking à parte da área de marketing. “O marketing ficará com a geração de conteúdo para redes sociais, e-mails e campanhas, fazendo tudo para o dia a dia da empresa, gerenciando os assets e os pontos de contato com consumidor. O growth vai ter equipe testando coisas novas e muito diferentes, buscando alternativas, que podem até ser campanhas. Quando provarem que uma alternativa é viável, esta ação será repassada para o marketing colocar em prática”, detalha Ramon Bez.

MAIOR BENEFÍCIO É OBTER CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL DOS CLIENTES E DAS RECEITAS Sean Ellis, autor do livro “Hacking Growth”

Sean Ellis é tido como o criador do termo growth hacking, ainda que não se sinta à vontade para colocar-se como o “pai” do conceito. Confira trechos de um breve questionário que ele topou responder para Infor Channel: O que levou você a criar o termo e o conceito de growth hacking? Eu realmente não me considero o pai do conceito. Mas, porque eu dei-lhe um nome, a maioria das pessoas associa o growth hacking a mim. Muitos dos grandes profissionais merecem crédito em ajudar a avançar a ciência do crescimento, mais notavelmente Andrew Chen e Ed Baker, da Uber, e Alex Schultz, do Facebook. Além do meu coautor Morgan Brown, que me ajudou a escrever Hacking Growth, a ser lançado em abril. Alguns especialistas entrevistados têm diferentes definições de growth hacker e hacking. Como você define? Growth hacking para mim é um processo de experimentação ágil para impulsionar a melhoria contínua no crescimento de clientes e receitas. É a interseção de dados, experiência do usuário, produto e marketing. Geralmente, o processo é chamado de growth hacking e growth hacker se refere a qualquer pessoa que execute o processo. O que mudou desde que você usou o termo pela primeira vez? Falei sobre isso pela primeira vez em um post no meu blog direcionado para startups. Desde então, eu pensei muito mais sobre como growth hacking se aplica a empresas maiores e pode ser executado por uma equipe. Mas o processo e os princípios fundamentais ainda são os mesmos. Vejo que mais empresas se abriram para a forma como elas executam o processo de crescimento e um conjunto de melhores práticas surgiu. Uma que costumava guardar segredo sobre a equipe e o processo de growth hacking foi o Facebook. Eles foram pioneiros em muitos avanços para a execução de crescimento por meio de uma equipe, por isso estou feliz que esta informação está se tornando disponível para nós. As empresas abraçaram o conceito e efetivamente estão usando? Ou ainda é restrito a companhias de tecnologia? A maioria das startups agora está usando growth hacking muito bem. É muito mais difícil para as grandes empresas adotarem a abordagem de uma equipe funcional e horizontal; isto tem sido melhor trabalhado em startups. Mas as vantagens são tão grandes que eu estou confiante de que mais companhias irão fazê-lo. Por exemplo, treinei vários gerentes regionais da L’Oréal sobre os princípios de growth hacking. Por que as empresas devem adotar growth hacking? O maior benefício é obter um crescimento mais sustentável dos clientes e das receitas. Ele dá também à equipe a agilidade necessária para prosperar quando os canais de aquisição de clientes se tornam hipercompetitivos e mudam quase diariamente.

ansen e Wagner Avlis ujo, Larissa Coelho e Rafael Pereira s Abreu

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Foto: Divulgação

Growth hacker o profissional

Growth hacking a profissão em si ou a área

Growth hack a ação de crescimento

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