Revista Informativo dos Portos 171

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INFORMATIVO DOS PORTOS

Diário de Bordo Offshore Investimento em embarcações A infraestrutura portuária disponível no país não será suficiente para atender aos fornecedores das petroleiras, com o crescimento da produção no pré-sal. Só o campo de Libra, o primeiro ir a leilão, deverá requerer entre 12 e 15 plataformas de produção. Cada plataforma é servida por cerca de quatro barcos de apoio marítimo, que transportam insumos e mantimentos. Libra, portanto, deverá demandar, no mínimo, mais 48 embarcações, que vão se juntar à frota de apoio marítimo em operação no Brasil, formada por 453 barcos. O mercado estima, com base em números da Petrobras, que até o fim da década essa frota possa situar-se em cerca de 750 embarcações, um crescimento de 65%.

Itaoca Offshore (1)

Itaoca Offshore (2)

O terminal portuário Itaoca Offshore, que será construído no distrito de Itaipava, em Itapemirim, no Litoral Sul do Espírito Santo, obteve a aprovação da licença prévia (LP), a primeira das várias licenças ambientais necessárias aos empreendimentos que se instalarão no Espírito Santo. Os integrantes do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) aprovaram a emissão da LP mediante o cumprimento de 51 condicionantes estabelecidas pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema). Várias dessas condicionantes precisarão ser cumpridas pelo empreendedor para a obtenção da licença de instalação (LI), que permitirá o início das obras de implantação.

O foco do Itaoca é o atendimento à demanda de serviços de solução logística offshore para atendimento à indústria de exploração e produção de petróleo e gás. O projeto preliminar prevê a construção de 12 berços, sendo 11 berços de atracação para navios tipo suplly boats, quatro estruturados com ponte rolante e um para dique flutuante. Ainda, a construção de uma ponte de 800 metros e de um heliponto. O local escolhido para o empreendimento, no município de Itapemirim, está distante 130 quilômetros da Região Metropolitana de Vitória e 250 quilõmetros da região de Macaé, no Rio de Janeiro, que hoje é o maior polo da indústria petrolífera offshore do Brasil. O terminal poderá servir, também, como base de apoio às empresas que vão explorar o campo de Libra.

Tecnologia hidráulica

Gás não convencional

A Faxe Drilling, empresa com sede em Macaé (RJ) apresentou, durante a Offshore Technology Conference Brasil (OTC) a Sonda Faxe, modelo Drillmec, que está pela primeira vez no país. O equipamento possui tecnologia internacional e introduz um conceito de tecnologia hidráulica aplicada à perfuração de petróleo e gás, com capacidade de prospectar óleo e gás a 4 mil metros de profundidade ou 300 toneladas de tração em terra. A marca conta com duas dessas sondas, a Faxe 1 e a Faxe 2, operando em Minas Gerais desde 2012, nas cidades de João Pinheiro e Presidente Olegário. Na região, fazem a perfuração de poços pioneiros, nos blocos da operadora Petra Energia, e, ambas as sondas, têm operado a 99% de sua capacidade, sem Down Time.

A produção brasileira de gás não convencional deve começar pelas bacias do Recôncavo Baiano e de Sergipe-Alagoas, segundo expectativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência fará, nos dias 28 e 29 de novembro, a 12ª Rodada de Licitação, específica para a concessão de áreas com grande potencial de gás natural convencional e não convencional. Serão oferecidos 240 blocos em sete bacias sedimentares, sendo as duas bacias maduras e mais cinco bacias de novas fronteiras (Acre -Madre de Dios, Paraná, Parecis, Parnaíba e São Francisco). Em Sergipe-Alagoas, estão sendo oferecidos 80 blocos. Já no Recôncavo são 50 blocos. Os vencedores da licitação terão, no máximo, quatro anos para explorar a área.


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