Revista Informativo dos Portos 268

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Setembro/2022 - Edição nº 268 - Ano XXII - Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Itajaí/SC OPERAÇÕES ESTÃO GARANTIDAS DURANTE O PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO PORTO DE ITAJAÍ Complexo Portuário de Itajaí movimenta mais de 70% da corrente de comércio de Santa Catarina e quase 5% do total nacional (US$ 16 bilhões ao ano) e possui a maior capacidade de infraestrutura para cargas refrigeradas
2 CURITIBA - PRITAJAÍ - SC SÃO PAULO - SP CAMPINAS - SP RIO DE JANEIRO - RJ PORTO ALEGRE - RS MANAUS - AM SANTOS - SP NAVEGANTES - SC COM A ALLOG, VOCÊ TEM TODAS AS SOLUÇÕES QUE PRECISA EM UMA SÓ EMPRESA

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA PORTUÁRIO PARA A ECONOMIA NACIONAL

TRANSFORMAÇÃO NOS AEROPORTOS

A infraestrutura é um dos maiores desafios para o desenvolvimento da econo mia nacional. Um dos equipamentos que minimiza esse problema de infraes trutura é o sistema portuário catarinense. E nesse sentido, o Porto de Itapoá, que garante escoamento de diferentes produtos para o mundo, é motivo de orgulho para o estado, pois proporciona maior competitividade para as empre sas que atuam na região Sul.

A alta movimentação nos aeroportos do país vem estimulando e amplian do a malha área nacional. Prova disso é que a CCR Aeroportos quer ex pandir o transporte de cargas no Aeroporto de Navegantes. A intenção de ampliar a movimentação de cargas no terminal foi apresentada durante a Logistique 2022, maior feita de logística e negócios multimodais do Sul do Brasil.

O fato é que graças à eficiência, Itapoá acaba de assumir o primeiro lugar en tre os portos movimentadores de contêineres de Santa Catarina e o terceiro do Brasil, conforme os dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Os dados, como mostra reportagem de capa desta edi ção da revista Informativo dos Portos, refletem o crescimento do terminal nos últimos anos. Segundo a Antaq, o incremento em Itapoá foi o maior entre os seis maiores portos brasileiros, de 15,92%, com 735 mil TEUs movimentados em 2019. Desde o segundo semestre de 2019, apresentava uma retomada no crescimento do volume, especialmente com cargas de importação e trans bordo. No ano, o incremento foi de 25% e 46%, respectivamente, em relação a 2018, performando, somente nessas duas operações, mais de 217 mil uni dades.

Em 2021, quando o Aeroporto de Navegantes ainda era administrado pela Infraero, a movimentação de cargas no terminal – incluindo importação e exportação – totalizou 3.392,9 toneladas. Além de Navegantes, a CCR opera os aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu e Joinville. Entidades em presarias de Santa Catarina entendem, no entanto, que o Navegantes pre cisa também de uma nova pista, o que inicialmente não está prevista pela CCR. Nos próximo três ou quatro anos, os quatro aeroportos vão passar por diversas obras estruturais. Em Curitiba, está prevista a construção de uma terceira pista.

Outra notícia positiva que vem do sistema portuário catarinense é o anúncio de que um dos maiores entraves para a eficiência logística nos portos brasilei ros — a demora para a liberação de cargas que dependem de vistoria do Mi nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) — pode estar com os dias contados. O Ministério e a APM Terminals Itajaí acabam de lançar o novo Sistema Informatizado de Fiscalização – Suportes e Embalagens de Madeira, que pode reduzir a demora da liberação das cargas a índices nunca vistos no país.

A modernização dos aeroportos nacionais é essencial para que o Brasil possa suprir a demanda presente e futura por transporte aéreo, seja em viagens de negócios, seja para transporte de cargas, seja para fortalecer o turismo. Os investimentos até então realizados já estão mudando a rea lidade aeroportuária do país, como é o caso do Floripa Airport, que depois de confirmar o segundo voo regular e direto para os Estados Unidos com transporte de cargas, deu um passo importante em busca de uma nova li gação internacional com a capital ca tarinense.

Soma-se a isso o anúncio da reabertura do mercado estadunidense para a carne bovina brasileira, que deve representar um novo im pulso à economia nacional em 2020.

Boa leitura!

venham os novos negócios!

precisa

PUBLICAÇÃO

Perfil Editora

DIRETORA

Elisabete Coutinho

elisabete@informativodosportos.com.br

DIRETORA ADMINISTRATIVA

Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br

REPORTAGEM

Adão Pinheiro e Luciana Zonta

REVISÃO

Izabel Mendes

COMERCIAL comercial@informativodosportos.com.br

FOTO DE CAPA

Hector Rico Suarez

PROJETO GRÁFICO

Elaine Mafra| (47) 98443-0569

DIAGRAMAÇÃO E CAPA

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PERFIL EDITORA

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*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

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PORTUÁRIA

PORTUÁRIOS

PORTUÁRIA

INTEÇÕES

Í N D I C E 08 OPERAÇÕES ESTÃO GARANTIDAS DURANTE O PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO PORTO DE ITAJAÍ DIÁRIO DE BORDO 06 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado MOVIMENTAÇÃO
10 Complexo de Itajaí e Navegantes tem crescimento movimentação de contêineres cheios TERMINAIS
13 Porto Itapoá tem resultado histórico na exportação de cargas refrigeradas em agosto COBERTURA LOGISTIQUE 14 Norsul investe em eficiência energética e preservação do meio ambiente ADMINISTRAÇÃO
15 Secretário nacional de Portos assume presidência do Conselho dos Portos do Paraná NOVOS EQUIPAMENTOS 16 TCP reforça infraestrutura portuária em Paranaguá PROTOCOLO DE
17 ATP e Antaq assinam acordo para promover a cooperação técnica nos terminais privados INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA..........................................................18 Porto de Imbituba prevê salto de 50% na movimentação de cargas a partir de 2024 MODAL AÉREO.............................................................................19 Frete aéreo consolidado: por que trabalhar com agentes que têm este serviço? RANKING MUNDIAL.......................................................................20 PIB do Brasil pode aumentar US$ 1,040 trilhão em cinco anos MERCADO EXTERNO......................................................................22 Comércio exterior brasileiro tem três grandes desafios nos próximos anos EVENTO INTERNACIONAL................................................................24 Participantes do Congresso Latino-Americano de Portos visitarão terminais de Santos MODAL AÉREO 25 Floripa Airport investe na ampliação de rotas para cargas aéreas SUPLEMENTO AGRO NEWS 29 Receita com exportação de ovos apresenta alta de 20,5% ARTIGO 32 Valoração aduaneira na importação, por Wagner Antônio Coelho Aeroportos da CCR no Sul vão passar por obras estruturais 12 Setor agropecuário brasileiro já pode receber investimentos estrangeiros 28

DIÁRIO DE BORDO

WILSON SONS É MEMBRO

DO TIC 4.0

A Wilson Sons foi selecionada e aprovada como novo membro do TIC 4.0 (Terminal Industry Committee ou Comitê da Indús tria de Terminais) que coordena a implementação da 4ª revolu ção industrial no setor de movimentação de cargas. Com mais de 180 anos de experiência e investindo em novas tecnologias e inovação, a Wilson Sons é a primeira companhia da América Latina a ingressar no TIC 4.0, que reúne players globais tanto da indústria de operadores de terminais quanto de fabricantes e fornecedores de equipamentos e tecnologia de ponta por tuários. O TIC 4.0 é um comitê internacional essencial para as empresas fomentarem novos saltos tecnológicos, criando padrões em bloco de automação, comunicação de dados e in formações eletrônicas nos portos.

IRANI GANHA PRÊMIO DA MAIORES E MELHORES

A Irani Papel e Embalagem S.A., uma das principais indústrias de papel e embalagens sustentáveis do Brasil, foi reconhecida, como a melhor empresa do ano na categoria papel e celulose, no prêmio Melhores e Maiores, realizado pela revista Exame. O reconhecimento é dado às empresas de capital aberto que apresentaram maior crescimento em indicadores financeiros e nas práticas sociais, ambientais e de governança em 2021. Esta foi a primeira vez que a Irani foi agraciada com o prêmio. Na última edição, a companhia ficou em segundo lugar em sua categoria.

NOVA DIREÇÃO COMERCIAL NA ALTENBURG

A centenária Altenburg, que figura como uma das principais empresas têx teis do país, apresenta Luiz Carlos de Souza como novo diretor comercial da companhia. O profissional sucede Tiago Altenburg que, desde fevereiro, assumiu o posto de vice-presidente da Altenburg e vinha gerenciando as funções concomitantemente. Luiz Carlos ocupava, até então, o cargo de gerente nacional de vendas na empresa, onde já trabalha há 17 anos. Luiz já passou por empresas ramo têxtil como Teka e Artex antes de ocupar o primeiro cargo na Altenburg como supervisor de vendas. O novo diretor é formado em administração de empresas e pós-graduado em gestão de pessoas.

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DIÁRIO DE BORDO

ÔNIBUS ELÉTRICOS PARA SALVADOR

Fortalecendo cada vez mais sua participação em iniciativas de energia limpa para o transporte coletivo urbano, a Marcopolo, em parceria com a BYD, gigante chinesa de veículos elétricos, fez a entrega de 20 novos ônibus Torino 100% elétricos para Salvador, na Bahia. Os veículos começaram a ser utilizados em setembro, em linhas na região metropolitana da capital. “A Marcopolo tem como estratégia colaborar com a descarbo nização e desenvolver soluções sustentáveis de transporte. Participamos de diversas iniciativas, com destaque para a es treita parceria com a BYD no fornecimento de veículos 100% elétricos para diversas cidades brasileiras”, destaca Ricardo Portolan, diretor de Operações Comerciais Mercado Interno e Marketing da Marcopolo.

RTE RODONAVES É GPTW

A RTE Rodonaves, primeira empresa do Grupo Rodonaves e referência nacional em transporte de carga no país, foi contemplada, pela 7ª vez, com a certificação Great Place to Work (GPTW), com base nos relatos e pesquisas com colaboradores. Com a certificação, a empresa é reconhecida mais uma vez pelo seu comprometimento com a valorização do time, um dos pilares que sempre fez parte da cultura da companhia. “O pilar de valorização de pessoas sempre fez parte da nossa cultura. Com isso, nossos colaboradores passam a multiplicar nossos valores, fazendo do ambiente de trabalho um local prazeroso, onde todos se respeitam e vestem a camisa da companhia”, diz João Naves, fundador e presidente do Grupo Rodonaves.

GOMES DA COSTA APOSTA NO MERCADO DE BAIXO TEOR DE SÓDIO

Atenta a um mercado crescente alimentação com baixo teor de só dio, a Gomes da Costa, marca líder do segmento de peixes enlata dos, lançou a linha Light Gomes da Costa. Composta pelas versões Atum sólido ao natural e Atum sólido em óleo, os produtos têm uma redução de até 81% no teor de sódio em comparação aos pescados da linha tradicional, já que são armazenados em embarcações frigo ríficas, sem adição de salmoura. Antes denominada Baixo Sódio, a linha agora passa a se chamar Light Gomes da Costa, categoria que denomina alimentos com teor reduzido de sódio, açúcares, gordu ras ou colesterol. No caso de alimentos light, existem importantes benefícios associados à saúde, como controle da pressão e preven ção de doenças cardiovasculares.

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OPERAÇÕES ESTÃO GARANTIDAS DURANTE O PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO PORTO DE ITAJAÍ

As operações no Porto de Itajaí durante o período de transição, decorrente do processo de concessão, estão garantidas. A superintendência do Porto de Itajaí acaba de apresentar à Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq) a documentação complementar da CTIL Logística - empresa vencedora do processo seletivo simplificado do arrendamento transitório da área operacional A, que compreende os berços 1 e 2, enquanto o Ministério da Infraestrutura não finaliza a desestatização do terminal portuário.

O prazo da delegação da União ao município de Itajaí, bem como o contrato de arrendamento com a APM Terminals, termina em dezembro deste ano. Nas entrelinhas, existe um temor do setor produtivo catarinense em relação à operação do porto, no período de transição, comprometendo a geração de renda e emprego no município, além de prejuízos para as empresas exportadoras.

Fábio da Veiga, superintende do Porto de Itajaí, explica, no entanto, que todas as ações que estão sendo tomadas são no

sentido de manter a operação normal do porto. O contrato de arrendamento transitório da área operacional A terá validade de seis meses, prorrogável por até dois anos, a partir de janeiro de 2023, estipulado na prorrogação do convênio de delegação ao Município de Itajaí, ou até que se encerre o processo licitatório de desestatização pela União. “Estamos trabalhando para dar celeridade no processo de transição”, acrescenta Fábio.

MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA

Atualmente, o Complexo Portuário de Itajaí movimenta mais de 70% da corrente de comércio de Santa Catarina e quase 5% do total nacional (US$ 16 bilhões ao ano) e possui a maior capacidade de infraestrutura para cargas refrigeradas. O complexo é também, desde 2003, o segundo em movimentação de cargas conteinerizadas no país, atrás apenas do Porto de Santos. Além disso, a atividade portuária proporcionou o crescimento do PIB dos municípios de Itajaí e de Navegantes em mais de 50% e é responsável por mais 30% de todos os empregos formais das regiões geoeconômicas de Santa Catarina.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 8 ESPECIAL
O prazo da delegação da União ao município de Itajaí, bem como o contrato de arrendamento com a APM Terminals, termina em dezembro deste ano CRÉDITO: LUCIANO SENS

A CTIL já está em negociação com armadores que têm interesse em operar linhas no Porto de Itajaí. Com sede em Rio Grande (RS), a empresa fundada em 1922 com o nome de Cranston Transportes Integrados Ltda, a CTIL, tem tradição no setor logístico. Somando terminais de contêineres, transporte rodoviário e logística, a empresa oferece hoje um amplo leque de produtos e serviços para atender o crescente desenvolvimento e a complexidade da cadeia de suprimentos.

APRESENTAÇÃO DOS INTERESSADOS

Para promover e ampliar o diálogo com as empresas e consórcios de empresas que têm interesse em participar do processo referente à concessão do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia (Seppi), o Ministério da Infraestrutura (Minfra) e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) estão realizando reuniões de apresentação do projeto.

A concessão do Porto de Itajaí – qualificada na 13ª reunião do Conselho do PPI por meio da Resolução nº 121, de 10 de junho de 2020, convertida no Decreto nº 10.484, de 10 de setembro de 2020 – prevê a permissão da administração do porto somada à operação de contêineres, podendo o futuro concessionário realizar as operações diretamente.

O projeto visa não só modernizar o modelo de gestão portuária, mas também atrair novos investimentos em infraestrutura na ordem de R$ 2,9 bilhões. Os principais investimentos têm como objetivo o desenvolvimento do terminal, a compra de equipamentos e a promoção de melhorias nos sistemas de acostagem e aquaviário.

O contrato tem o prazo de 35 anos, prorrogável sucessivas vezes até o limite de 70 anos, a critério do Ministério da Infraestrutura. O critério de julgamento do leilão será o maior valor de outorga.

Por meio da consulta pública realizada pela Antaq foram recebidas diversas contribuições da sociedade civil. Após avaliação das necessidades e oportunidades de melhorias no empreendimento, o processo passou por aperfeiçoamentos. Nesse sentido, as reuniões de apresentação do projeto têm a finalidade de detalhar a proposta atualizada, bem como oportunizar que as empresas interessadas coloquem seus questionamentos e eventuais sugestões.

Atualmente, a concessão do Porto de Itajaí está em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Após a aprovação pelo Tribunal, o edital será publicado, com o agendamento da data do leilão. n

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Rua Samuel Heusi, 190 - 10 andar - Centro - Itajaí/SC - (47) 3349-7280 - operations@scportos.com.br Especializada na movimentação de carga geral diversificada através do Complexo Portuário de Itajaí

REVISÃO ADUANEIRA E CLASSIFICAÇÃO FISCAL

por Wagner Antônio Coelho

OPERAÇÃO NO PORTO DE IMBITUBA INAUGURA NOVA FASE DO SISTEMA PORTUÁRIO DE SC

Um dos institutos específicos do Direito Aduaneiro brasileiro consiste na revisão aduaneira, procedimento pelo qual a Aduana brasileira realiza a apuração da regu laridade dos pagamentos e a exatidão das informações prestadas pelo importador/ adquirente na declaração de importação, após o desembaraço, no prazo de cinco anos contados da data do registro da declaração de importação.

COMPLEXO DE ITAJAÍ E NAVEGANTES TEM CRESCIMENTO MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES CHEIOS

enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul.

Dentre os temas mais fiscalizados nas revisões aduaneiras está a classificação fiscal das mercadorias. A utilização da correta classificação fiscal da mercadoria é importante para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação e exportação, e de saída de produtos industrializados, bem como, em especial no comércio exterior, para fins de controle estatístico e determinação do tratamento administrativo, o que inclui a necessidade ou não de licença de importação.

Navio RIK Oldendorff deixou o

terminal catarinense com 104,9 mil toneladas de minério de ferro em direção ao Porto de Tianjin, na China

Crescimento das operações com equipamentos cheios na exportação e importação foi de 3% em relação ao mesmo período de 2021

No caso das importações de mercadorias realizadas por pessoas físicas ou jurídi cas no Brasil, estas devem seguir à classificação fiscal de acordo com a Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, celebrada em Bruxelas.

O Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes alcançou a movimen tação de 1.589.556 toneladas em 85 escalas, totalizando a mo vimentação anual para 646 escalas com 11.457.703 toneladas. Na movimentaOo de contêineres cheios e suas respectivas ope rações, o crescimento foi de 3%, em comparação a 2021, com 1.470.384 toneladas.

No entanto, verifica-se uma divergência na jurisprudência brasileira quanto à possibilidade de reanálise da classificação fiscal na revisão aduaneira. A gran de maioria dos julgados entende pela impossibilidade de utilização desse pro cedimento nos casos em que a mercadoria foi parametrizada para os canais de conferência aduaneira, amarelo, vermelho ou cinza (hipóteses em que a autoridade aduaneira analisa a documentação fiscal e a verificação física da própria mercadoria), pois nesses casos a autoridade fiscal anuiu com as infor mações prestadas pelo importador.

com 21.238 em tonelagem. O Terminal Barra do Rio registrou 3 escalas com 11.949 em tonelagem; O Teporti registrou 1 escala com 8.467 toneladas; e a Poly Terminals evidenciou 1 escala com 5.000 toneladas.

O maior embarque de granel sólido já realizado no Sul do Brasil, conforme dados estatísticos da Agência Nacional de Transpor tes Aquaviários (Antaq), inaugura uma nova era nas operações do Porto de Imbituba. O navio RIK Oldendorff deixou o terminal catarinense com 104,9 mil toneladas de minério de ferro em dire ção ao Porto de Tianjin, na China. É a segunda vez em 2020 que Imbituba atinge uma marca histórica. Em janeiro, um embarque de 89,5 mil toneladas se tornou o recorde local, até ser superado por este novo carregamento.

O Sistema Harmonizado (SH) é um método internacional de classificação de mer cadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições, o qual segue às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI) e às Re gras Gerais Complementares (RGC), que também fazem parte da referida Conven ção Internacional. Devem ser observadas ainda as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH).

Ocorre que, em recentes julgados do Superior Tribunal de Justiça, o entendimento consistiu na possibilidade de reanálise da classificação fiscal, mesmo nos casos com conferência aduaneira documental e/ou física da mercadoria realizada pela Aduana. Segundo fundamentação, a revisão aduaneira permite que o Fisco revisi te todos os atos celeremente praticados no primeiro procedimento – conferência aduaneira durante o processo de despacho aduaneiro –, e, acaso verificada a hipó tese de reclassificação, efetuará o lançamento de ofício previsto no art. 149, do CTN.

No mesmo mês, também foi registrada a sexta atracação de na vio com carga de celulose, movimentando 14.694 toneladas. A operação foi realizada por meio do navio Cosco Shipping Zhou Yue, de bandeira chinesa, medindo 201 metros de comprimento por 32.26 de largura. No mesmo mês, também ocorreu a sexta atracação com navio Roll on Roll Off, contabilizando 465 veículos importados da montadora alemã BMW. A embarcação seguiu com destino marítimo ao Porto Delta Dock-Lima, na Argentina. n

No segmento de cargas contêinerizadas em Itajaí, durante agos to, somaram a quantidade de 36.283 TEU’s com 378.395 tone ladas, somando a movimentação anual para 245.281 TEUs com 2.939.275 toneladas. Na movimentação de contêineres cheios de exportação, a APM Terminals e cais público registraram 7.065 TEU’s. Com relação à importação, este número foi de 7.774 TEU’s. Ao longo do mês de agosto, a some ototal de exportação e impor tação foi de 14.839 TEU’s.

No Brasil, a classificação fiscal de mercadorias está vinculada à Nomenclatura Co mum do Mercosul (NCM), adotada no Mercosul desde a sua criação em 1995 e aprovada no Brasil em 1997. A estrutura da NCM é composta por um código de oito dígitos, dentre os quais, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado,

O minério de ferro embarcado é de Imbituba, a partir de um pro cesso industrial de uma extinta indústria carboquímica da cidade. O produto é utilizado na produção de aço, tintas, entre outras apli cações. Este é o terceiro navio de um projeto de exportação que reiniciou em dezembro do ano passado. A embarcação RIK Olden dorff foi atendida pela agência marítima Friendship e a operação foi realizada pela empresa Imbituba Logística Portuária (ILP).

Importante ressaltar que o posicionamento do STJ se baseia em situações fáti cas anteriores à utilização do Siscomex, com base nas disposições do Decreto nº 91.030/85 - RA/85, no qual o prazo para conclusão do despacho aduaneiro era de cinco dias, em total descompasso com as realidades da fiscalização moderna do atual comércio exterior brasileiro.

recebimento e envio de navios com maior capacidade de cargas. O governador Carlos Moisés considera o bom momento da ativi dade portuária uma demonstração do potencial que Santa Catari na tem para explorar esse modal. “Estamos qualificando a gestão dos portos catarinenses e os resultados já aparecem. Trabalha mos para marcas importantes como esse recorde de Imbituba e, principalmente, fazer dos terminais portuários um instrumento para o desenvolvimento local”, diz.

Desse modo, observa-se ausência de um posicionamento sólido e pacífico adotado pelos Tribunais, que acompanhe a dinâmica do comércio exterior, para um tema extremamente importante para os importadores brasileiros.g

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Asso ciados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

“O crescimento do complexo é constante e isso demonstra que nós temos um potencial ainda maior, por meio de um modelo de gestão eficiente e utilizada nos maiores portos do mundo. A pro pensão é que o complexo portuário continue inovando, certamente isso contribuirá para a crescente demanda na movimentação de cargas”, conclui Fábio da Veiga, superintendente do Porto de Itajaí.

No mesmo mês, também ocorreu a sexta atracação com navio Roll on Roll Off, contabilizando 465 veículos importados da montadora alemã

FACILIDADE DE ACESSO

Há oito anos, o Porto de Imbituba é administrado pelo governo catarinense, através da SCPAR Porto de Imbituba, estatal sub sidiária da holding SCPAR, braço empreendedor do estado. Ca racterísticas como a facilidade de acesso, com uma ampla bacia de manobras e a profundidade nos cais têm contribuído para o

O diretor presidente da SCPAR Porto de Imbituba, Jamazi Alfre do Ziegler, diz que o terminal está alinhado para propiciar o de senvolvimento econômico sustentável, buscando constantemen te melhores condições comerciais para o mercado. “Diante de conquistas como estas que estamos registrando juntamente à comunidade portuária, vemos dia a dia o cumprimento de nossa missão enquanto estatal de qualificar o Porto de Imbituba para operações cada vez mais eficientes”, destaca.

BMW. A embarcação seguiu com destino marítimo ao Porto Delta

Nos demais TUPs, a Portonave registrou em agosto 53 atracações com a movimentação de 80.830 TEUs e 1.132.786 toneladas. As movimentações no terminal da Braskarne apontaram 4 escalas

Dock-Lima, na Argentina.

Aflexibilidade operacional e o baixo tempo de espera para atra cação são alguns dos excelentes diferenciais de Imbituba no atendimento às necessidades do mercado. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 10 INFORMATIVO DOS PORTOS / 24 INFORMATIVO DOS PORTOS / 42
ARTIGO
MINÉRIO DE FERRO
MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA

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AEROPORTOS DA CCR NO SUL VÃO PASSAR POR OBRAS ESTRUTURAIS

Os quatro terminais sob o comando da CCR foram o foco do diálogo com o trade na Logistique 2022 para aumentar a malha cargueira na região

A CCR Aeroportos quer expandir o transporte de cargas no aeroporto de Navegantes. A intenção de ampliar a movimentação de cargas no terminal foi apresentada durante a Logistique 2022, maior feita de logística e negócios multimodais do Sul do Brasil. Em 2021, quando o Aeroporto de Navegantes ainda era administrado pela Infraero, a movimentação de cargas no terminal – incluindo importação e exportação – totalizou 3.392,9 toneladas.

Além de Navegantes, a CCR opera os aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu e Joinville. Entidades empresarias de Santa Catarina entendem que o Navegantes precisa também de uma nova pista, o que inicialmente não está previsto pela CCR. Nos próximo três ou quatro anos, os quatro aeroportos vão passar por diversas obras estruturais. Em Curitiba, está prevista a construção de uma terceira pista.

Os quatro terminais sob o comando da CCR foram o foco do diálogo com o trade para aumentar a malha cargueira na região. Hoje, esse transporte já acontece, com peças da indústria automotiva, maquinários e de tecnologia de alto valor agregado, segmentos onde a demanda atual já supera a do período pré-pandemia.

“Estamos atuando para proporcionar mais agilidade ao transporte de cargas destinadas ao Paraná e Santa Catarina, onde há potencial para novas rotas de voos internacionais, seja de cargueiros ou no porão das aeronaves de passageiros”, diz Maria Fan, gerente executiva de Carga da CCR Aeroportos.

“Com um ritmo forte de aperfeiçoamento tecnológico e disponibilidade de recursos, os aeroportos estão cada vez mais preparados para aumentar a participação no transporte de mercadorias pelo modal aéreo, em combinação com as vias rodoviária e marítima”, afirma.

A localização estratégica do Aeroporto de Navegantes faz com que o terminal tenha capacidade para receber três voos semanais diretos dos Estados Unidos e da Europa. Em Curitiba, por exemplo, a quantidade de voos cargueiros e de material transportado tem potencial para ser dobrada no aeroporto, resultando na nacionalização de 100% das mercadorias destinadas ao estado, conforme a concessionária.

NOVA PISTA EM NAVEGANTES

Apesar de pedido antigo de organizações civis, como a Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina) e do próprio governo do estado, a construção de uma nova pista não entrou no edital de concessão do Aeroporto de Navegantes. A CCR também não fala na expansão. O edital de concessão prevê investimentos na casa dos R$ 600 milhões, além de chegar a oito milhões de passageiros por ano. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 12 It jaí COBERTURA LOGISTIQUE 2022

PORTO ITAPOÁ TEM RESULTADO HISTÓRICO NA EXPORTAÇÃO DE CARGAS REFRIGERADAS EM AGOSTO

Ásia foi o destino de 48% do total de contêineres com proteína animal que saiou de Itapoá.

A Europa e as Américas corresponderam a 40% e 12%, respectivamente.

A exportação de um total de 3.144 contêineres com cargas refrigerados garantiu uma movimentação histórica deste tipo de produto no Porto Itapoá, no litoral de Santa Catarina, em agosto. Esse é o maior número já operado no terminal desde 2016, época em que operações dedicadas à Venezuela foram encerradas por causa da crise no país, em 2017.

Para o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Experiência do Cliente do Porto Itapoá, Roberto Pandolfo, o resultado se deve à excelente infraestrutura do terminal, bem como à sinergia entre equipe e os armadores. “A garantia de regularidade de embarque é um diferencial da nossa operação”, explica.

Itapoá também é o único porto de Santa Catarina com o serviço ASAS, da Maersk, desde setembro de 2021. “Hoje temos o menor transit time de importação da Ásia entre todos os portos do Sul do Brasil”, reforça Pandolfo. No Brasil, este serviço só faz double call (parada do navio na ida e na volta do trajeto) em Itapoá e Santos.

CARNE PARA A ÁSIA

A carga refrigerada exportada em agosto pelo Porto Itapoá foi composta sobretudo por proteína animal: primeiramente frango,

seguido por carne suína e depois bovino. Segundo Roberto Pandolfo, a origem das cargas foi, quase na totalidade, a região Sul do Brasil.

O destino foi todo internacional, sobretudo para a Ásia, para onde foi destinado 48% do total de contêineres. A Europa e as Américas corresponderam a 40% e 12% do total, respectivamente.

SOBRE O PORTO ITAPOÁ

O Porto Itapoá iniciou suas operações em junho de 2011, sendo considerado um dos terminais mais ágeis, eficientes e sustentáveis da América Latina e um dos maiores e mais importantes do país na movimentação de cargas conteinerizadas, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Situado no litoral norte de Santa Catarina, o Porto Itapoá está posicionado entre as regiões mais produtivas do Brasil, contemplando importadores e exportadores de diversos segmentos empresariais.

Sua localização privilegiada, na Baía da Babitonga, proporciona condições seguras e facilitadas para a atracação dos navios. Com águas calmas e profundas, a Baía é ideal para receber embarcações de grande porte, uma tendência cada vez mais adotada na navegação mundial. n

www.informativodosportos.com.br 13 TERMINAIS PORTUÁRIOS

NORSUL INVESTE EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

A estratégia ESG (Environmental, Social and Governance ou, em português Ambiental, Social e Governança) tem incentivado uma mudança de comportamento que, além de mitigar os efeitos da mudança global do clima, confere destaque às empresas no mercado. Com base neste propósito e na otimização da eficiência energética de suas embarcações, a Norsul está investindo em tecnologia pioneira na navegação comercial.

A empresa de navegação e integração logística, com soluções inovadoras de Norte a Sul, se prepara para zerar as emissões de carbono de suas operações até 2050. Há 59 anos no mercado, a marca já realizava ações de ESG antes mesmo de a sigla existir, tendo a sustentabilidade como um valor.

Em sua estreia na Logistique 2022, principal feira do setor de logística do Sul, a Norsul participou do painel de ESG na conferência do evento, discussão crucial no meio de transporte de cargas internacionais. Desde 2020, a Norsul oferece aos clientes a possibilidade de neutralizar 100% das emissões de carbono das operações de transporte de carga por meio do Programa Carbono Neutro Norsul.

A empresa utiliza créditos gerados pela preservação de mata nativa (Floresta em Pé) e também gerados em aterros sanitários que capturam metano e o transformam em biometano e que, futuramente, poderá ser utilizado como combustível alternativo para embarcações de emissão zero.

Recentemente, a empresa desenvolveu uma rota inédita de cabotagem para o transporte de biodiesel da BSBIOS com neutralização de 100% das emissões de gases de efeito estufa. “Desenvolvemos soluções e projetos logísticos, de acordo com os desafios e diferentes tipos de transporte para cada cliente, segmento e indústria”, destaca Gustavo Paschoa, diretor comercial da Norsul.

A SUSTENTABILIDADE NA LOGÍSTICA

A Norsul participa ativamente de discussões a respeito da sustentabilidade por meio de instituições como a IMO (International Maritime Organization) que é a Organização Marítima Internacional, e o Getting to Zero Coalition – uma aliança de mais de 150 empresas apoiada por governos e organizações intergovernamentais importantes. A meta da empresa de zerar emissões de CO2 até 2050 está de acordo com as expectativas da comunidade marítima internacional. Além disso, a empresa estuda combustíveis alternativos junto com

organizações do segmento e fora dele também, para que possa não somente neutralizar, mas reduzir drasticamente as emissões. Em paralelo, a marca está se empenhando para tornar a frota e a operação mais eficientes energeticamente e, num futuro não muito distante, descarbonizar as fontes de energia utilizadas para mover a frota como um todo.

Com o Propeller Boss Cap Fin (PBCF), é possível melhorar a eficiência energética do navio e a empresa foi a primeira a testar o dispositivo em uma embarcação de granel no país. A Norsul desenvolve também um plano de pintura especial, que diminui a resistência no avanço do navio na água, reduzindo o consumo de combustível. As duas iniciativas são pioneiras no Brasil dentro da navegação comercial e reduzem o consumo de energia das embarcações e as emissões de CO2. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 14 COBERTURA LOGISTIQUE
Em sua estreia na Logistique 2022, empresa participou do painel de ESG no evento, discussão crucial no meio de transporte de cargas internacionais Gustavo Paschoa, Diretor Comercial ad Norsul, na Logistique 2022

SECRETÁRIO NACIONAL DE PORTOS ASSUME PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DOS PORTOS DO PARANÁ

Mário Povia é servidor efetivo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) onde atuou como superintendente de Portos e diretor-geral da agência

O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Mario Povia, assu miu a presidência do Conselho de Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Consad) para complementar o mandato 2021/2023 na vaga de re presentante da União, ocupada anteriormente por Diogo Piloni.

Povia é servidor efetivo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (An taq) onde atuou como superintendente de Portos e diretor-geral da agência. Foi presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) do Porto de São Sebas tião e na Companhia Docas do Rio de Janeiro.

Na área acadêmica, possui graduação em tecnologia operacional elétrica e bacharelado em direito, pós-graduação em administração de empresas e em regulação de serviços públicos.

O Conselho de Administração é um órgão de deliberação colegiada responsável pela orientação geral dos negócios da empresa pública Portos do Paraná e com posto por 9 integrantes. As reuniões são mensais na sede da Portos do Paraná.n

15 TEM PRA VOCÊ, PRA NÓS!
ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA

TCP REFORÇA INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA EM PARANAGUÁ

Cada um dos novos equipamentos tem capacidade de içamento de 41 toneladas sob spreader, capacidade de empilhamento de 6+1

O setor portuário do Paraná segue atraindo investimentos. Um bom exemplo é a compra de compra de 11 RTGs (Rubber Tyred Gantry), popularmente conhecidos no setor portuário como transtêineres pelo Terminal de Contêineres do Paranaguá (TCP) – empresa que administra o terminal de contêineres de Paranaguá.

Cada um dos novos equipamentos tem capacidade de içamento de 41 toneladas sob spreader, capacidade de empilhamento de 6+1. Possuem design ergonômico e sensores de segurança preventiva de última geração, proporcionando mais conforto aos operadores e segurança operacional. A previsão de chegada dos novos guindastes é para dezembro de 2023.

O investimento faz parte de um pacote maior de aportes na infraestrutura do terminal de contêineres, que é hoje o maior da América do Sul, e contempla novos equipamentos, aumento na capacidade de recepção e armazenagem de contêineres refrigerados, e novos acessos e sistemas. O terminal é controlado pelo grupo chinês CMPort e os novos maquinários fazem parte de um plano maior de investimentos. Uma segunda leva de 10 guindastes RTGs será comprada até 2025.

Além da aquisição dos equipamentos, a TCP está ampliando a capacidade para armazenagem de contêineres refrigerados em 43% - atualmente já a maior da América Latina - passando de 3.624 para 5.178 tomadas para contêineres de congelados. Também ocorrerá a renovação dos gates de acesso, implementação de aplicativo exclusivo para caminhoneiros e janelas operacionais mais longas para caminhões bitrens, melhorando o serviço para caminhões terceiros.

Segundo o CEO da TCP, James Cao, “estamos comprometidos em reforçar a infraestrutura do terminal e impulsionar a nossa produtividade, atendendo as demandas dos nossos clientes. Como membros da China Merchants Port Holdings Company Limited (CMPort), o nosso objetivo é transformar a TCP em uma vanguarda na América do Sul para soluções logísticas”.

Além de ser o maior corredor de exportação de frango congelado do mundo, a TCP é também o terminal de contêineres com a maior oferta de serviços marítimos do Brasil, contando com 16 linhas de longo curso regulares. O terminal movimentou 1,1 milhão de TEUs em 2021 (um TEU representa um contêiner de 20 pés), o equivalente a 9% de toda movimentação nacional. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 16 NOVOS EQUIPAMENTOS

ATP E ANTAQ ASSINAM ACORDO PARA PROMOVER A COOPERAÇÃO TÉCNICA NOS TERMINAIS PRIVADOS

e foi criado em 2000, por meio de termo de cooperação técnica entre a Antaq e os portos do Brasil, mas ainda não era efetiva a presença dos TUPs.

De acordo com o protocolo assinado, o objetivo é reunir “esforços necessários para promover o desenvolvimento de projetos e ações”, além do intercâmbio de informa

ções e de boas práticas entre as diversas empresas e entidades do setor portuário do Brasil, área acadêmica e órgãos públicos.

As ações englobam as áreas de governança, gestão de qualidade, gestão ambien tal, gestão de saúde e segurança do trabalho, responsabilidade social, operações portuárias, pesquisa, desenvolvimento e inovação. A atuação conjunta também tem como foco o ESG, sigla em inglês relacionada a boas práticas ambientais, sociais e de governança.

Ações englobam as áreas de governança, gestão de qualidade, gestão ambiental, responsabilidade social, operações portuárias, pesquisa e inovação

A Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) e a Agência Nacional de Trans portes Aquaviários (Antaq) oficializaram um acordo para esforço conjunto de ações voltadas ao crescimento das atividades dos portos organizados e instalações portuá rias de Terminais de Uso Privado (TUPs). O presidente da ATP, Murillo Barbosa, assi nou o protocolo de intenções durante a abertura do 29º CooperaPortos.

O Cooperaportos é um evento de referência nacional em gestão ambiental portuária

“A sustentabilidade é um tema especial para a ATP, e o intercâmbio intenso que proporcionamos entre os TUPs, via comitê, é essencial. O termo de cooperação vai estimular uma série de ações e indicadores importantes. Quero agradecer aos idea lizadores do Cooperaportos, à Antaq e ao Porto do Açu, que dedica 40 Km² à preser vação ambiental e agora investe em energia limpa. Então, nada mais propício do que esse exemplo”, disse Barbosa.

O diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, ressaltou a importância dos TUPs para o setor portuário. “Para nós, o ingresso dos TUPs vai agregar muito ao CooperaPortos, pois os terminais são exemplos de inovação em sustentabilidade, que é um tema funda mental para a nossa agência”, afirmou. No país em que os portos foram responsáveis por 98,1% do total de exportações em toneladas no ano passado, a ATP reúne 31 em presas associadas e congrega 61 TUPs, que respondem por 60% da movimentação portuária brasileira. n

www.informativodosportos.com.br 17
PROTOCOLO DE INTENÇÕES

PORTO DE IMBITUBA PREVÊ SALTO DE 50% NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS A PARTIR DE 2024

Incremento será possível com a finalização do trecho de 8 quilômetros no RS que conectará a produção agrícola do noroeste gaúcho ao litoral de SC

A construção de um trecho de 8 quilômetros da BR-285, em São José dos Au sentes, no Rio Grande do Sul, poderá representar um salto de 50% na movi mentação de cargas no Porto de Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina. O trecho gaúcho da rodovia será conectado às obras do Lote 2, do lado catari nense, em Timbé do Sul (SC), contribuindo para o desenvolvimento regional.

Com a conclusão da rodovia, a movimentação atual pelo terminal portuário de Imbituba deve ter incremento de cerca 2,5 milhões de toneladas/ano a partir de 2024, segundo prevê o diretor da SC Par Porto de Imbituba, Fábio Riera. É que ela permitirá que a produção agrícola do noroeste, norte e nordeste do Rio Grande do Sul seja escoada para exportação por Imbituba, mais perto que a opção atual, o porto de Rio Grande, no extremo sul gaúcho.

Com o término das obras haverá uma economia de 400 quilômetros de dis tância, criando um corredor bioceânico entre Imbituba e Chile. A BR-285 tem 744,3 quilômetros de extensão entre Araranguá (SC) e São Borja (RS). Na fron teira com a Argentina, a rodovia se conecta com a Ruta Nacional 14 por meio da Ponte Internacional sobre o Rio Uruguai.

OBRAS NO CAIS 3

Imbituba também projeta as obras e recuperação e reforço do cais 3 como part do plano de expansão e incremento da movimentação portuária. Será um dos maiores investimentos da história do porto, fundamental para ampliar a capacidade de recebimento de navios e equipamentos portuários de maior porte.

O investimento será de R$ 200 milhões. O cais 3 foi construído há cerca de 40 anos e ainda hoje é responsável por cerca de 30% da movimentação do Porto. Seu reforço vai permitir a instalação de um shiploader (equipamento au tomatizado para carregamento e descarregamento de cargas), possibilitando aumentar sua produtividade operacional para 2,5 mil toneladas/hora.

A previsão é de que a obra seja realizada em até 30 meses e dividida em 4 fases. Dentre as melhorias previstas no cais, a empresa vencedora deverá realizar reparos superficiais e profundos no concreto, colocar pavimento rígido em parte da retroárea, fazer o reforço estrutural das estacas de sustentação, o que alargará o berço em aproximadamente 2,5 metros, readequar a drenagem e construir dois dolfins de atracação/amarração de embarcações.

Os dolfins vão possibilitar a continuidade da operação de navios no local du rante as fases 1, 2 e 3. A previsão é que as atividades portuárias no cais 3 somente sejam interrompidas na última etapa da obra, pois abrangem o tre cho central do berço. Ao final, a instalação de dolfins viabilizará a ampliação da capacidade de recebimento de navios até 271 metros de comprimento. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 18 SUA CONTABILIDADE MAIS QUALIFICADA Rua Almirante Barroso, 559 Centro - Itajaí/SC contato@exatus.cnt.br 47 99971-6090 Nossos contatos *Assessoria Tributária no Comércio Exterior; *Benefícios na Importação por SC via TTD
INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA

FRETE AÉREO CONSOLIDADO: POR QUE TRABALHAR COM AGENTES QUE TÊM ESTE SERVIÇO?

Vantagem principal é a redução de valores, já que a consolidação permite obter tarifas baseadas em faixas de peso diferentes do que se fossem enviadas separadamente

Assim como em qualquer decisão de negócios, os custos da logística internacional precisam ser levados em consideração na hora de esco lher como enviar uma mercadoria de um país a outro. As consolidações de frete aéreo disponibilizadas pelo Grupo Allog, por exemplo, oferecem benefícios como maior eficiência, entrega mais rápida e custos opera cionais reduzidos.

As consolidações de cargas do Grupo Allog são focados na importação de produtos ao Brasil e têm origens nos aeroportos de Miami (EUA), Frankfurt (Alemanha), Milão (Itália) e Shangai (China), com destino aos aeroportos de Guarulhos (São Paulo) e Viracopos (Campinas).

CARGA CONSOLIDADA

Vanessa Carolina da Silva, analista de produto aéreo do Grupo Allog, lembra que, na carga consolidada, diferentes volumes são agrupados para serem enviados para o mesmo destino. Desta maneira, podem ser enviadas duas ou mais cargas no mesmo voo e no mesmo Air Waybill (AWB), o conhecimento de embarque aéreo. Além disso, esses volumes

podem ou não serem unitizados em um único volume maior (pallet).

Especialistas em comércio exterior avaliam também que a consolida ção de fretes pode ser crucial para o sucesso dos negócios, já que con siderável fatia dos custos de um produto importado está na logística internacional. Conforme Vanessa, a vantagem principal é a redução de valores do transporte, já que a consolidação de cargas permite obter ta rifas baseadas em faixas de peso diferentes do que se fossem enviadas separadamente – o que o setor chama de embarque back to back.

PAPEL DO AGENTE DE CARGAS NESTE CENÁRIO

A analista do Grupo Allog destaca que o agente de carga é muito impor tante na consolidação de cargas no frete aéreo. Pelo fato de ele estar de posse de vários embarques, tem o poder de trabalhar de diferentes maneiras com o manuseio das cargas, a fim de estrategicamente reduzir custos para toda a cadeira logística.

“Vale lembrar que o frete internacional representa uma fatia significativa na formação de preço de venda de uma mercadoria. Desta forma, qual quer redução nesse custo pode impactar diretamente no valor final do produto”, acrescenta Vanessa. “Ou seja, se o serviço consolidado aten der a necessidade de timing do processo logístico e de vendas, é uma excelente opção de frete para o importador”, completa Vanessa. n

www.informativodosportos.com.br 19 a n o sEXPERTISE EM COMÉRCIO EXTERIOR D E S E M B A R A Ç O A D U A N E I R O P A R A I M P O R T A Ç Õ E S E E X P O R T A Ç O E S A S S E S S O R I A E M C O M É R C I O E X T E R I O R E L O G Í S T I C A A v . M i n i s t r o V i c t o r K o n d e r , 1 0 6 4 F a z e n d a I t a j a í / S C C E P : 8 8 3 0 1 7 0 1 ( 4 7 ) 2 1 0 4 2 0 0 0
MODAL AÉREO

PIB DO BRASIL PODE AUMENTAR US$ 1,040 TRILHÃO EM CINCO ANOS

Estudo da Firjan mostra que país pode subir da 12ª para a 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo até 2027

O Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) pode ter um aumento de US$ 1,040 trilhão nos próximos cinco anos, aponta estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Com o crescimento de US$ 1,804 trilhão para US$ 2,821 trilhões cor rentes, o país pode subir da 12ª para a 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo até 2027.

O estudo serviu de base para a federação elaborar a “Agenda de Propostas Firjan para um Brasil 4.0”. O documento, com propos tas nas esferas federal e estadual, mostra que historicamente o país registra baixa produtividade e que, nos últimos anos, o crescimento do PIB esteve relacionado a fatores que não se re petirão no futuro, como o rápido crescimento da população em idade ativa em relação à população total do país.

“O mundo redescobriu a importância da indústria. Indústria produ tiva é sinônimo de economia forte. Produtividade é a chave para o avanço da indústria. A Agenda de Propostas Firjan para um Brasil 4.0 é uma contribuição do empresariado fluminense ao planejamen to de políticas públicas para os governos federal e estadual. E a apresentação deste documento reitera o compromisso de nossa federação com o fortalecimento do setor industrial. E um dos pri meiros passos para que isso ocorra é a recriação do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços”, defende Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.

A “Agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0” contempla 62 pro postas de abrangência nacional e 41 propostas estaduais. Na agen da nacional, um dos principais pontos destacados no pilar “Ambien te de negócios” é a aprovação de reforma tributária que altere o imposto sobre o consumo, transfira a tributação para o destino, sim plifique o sistema e equalize a carga entre os setores econômicos.

Entre as propostas do pilar “Infraestrutura” está a modernização do setor elétrico, além da redução do custo e do aumento da qualidade da energia. Em “Capital humano”, a agenda destaca a importância de avanços na reforma trabalhista, de modo a adequar a legisla

ção aos novos parâmetros econômicos, tecnológicos e sociais. Já no pilar “Eficiência do Estado”, a reforma administrativa é um dos principais pontos.

Destacam-se ainda no documento federal a reinstituição do Mi nistério da Indústria, Comércio e Serviços; a concessão conjun ta dos aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont; o apoio à im plantação da infraestrutura para o 5G em todo o país; a política industrial para o mercado de petróleo e gás; a interligação da EF-118 (Vitória – Minas) ao Porto do Açu; o crédito para micro e pequenas empresas; ensino médio em tempo integral com itine rário de formação técnica em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); independência das agências reguladoras; e o combate à corrupção.

Nas duas esferas, a “Agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0” ressalta ainda a necessidade de fomentar setores estratégicos de modo a fortalecer a competitividade industrial e reduzir o risco da dependência em relação às longas cadeias globais, em particular aqueles responsáveis por insumos-base da produção industrial do país; estruturação do mercado de carbono; redução da impunidade para roubo de cargas e de comercialização de produtos ilícitos; e compromisso com a segurança jurídica.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 20
n RANKING MUNDIAL
21 21

COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO TEM TRÊS GRANDES DESAFIOS NOS PRÓXIMOS ANOS

Aumentar a base de empresas exportadoras, diversificar a pauta de produtos vendidos para o exterior e ampliar o número de países com os quais o Brasil mantém relações comerciais. Esses são os três grandes desafios para o comércio exterior brasileiro, na opinião do embaixador Augusto Pestana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

O embaixador participou como palestrante do II Seminário de Negócios Internacionais do Paraná, organizado pelo World Trade Center (WTC) Curitiba, em parceria com a Fedetação das Indústrias do Paraná (Fiep), por meio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN).

Pestana ressaltou que a ApexBrasil está disponível para atender qualquer empresa que tenha interesse em ingressar no mercado internacional. “As portas da Apex estão abertas, tanto em Brasília quanto nos escritórios que temos pelo mundo, uma rede enxuta, que trabalha muito em sintonia com o Ministério das Relações Exteriores e com as embaixadas e consulados. Temos escritórios também nas cinco regiões brasileiras; então sintam-se todos em casa na Apex e usem nossas ferramentas e mecanismos”, afirmou.

Conforme o embaixador, o primeiro dos três grandes desafios para o comércio exterior brasileiro é a necessidade de ampliar a base de empresas exportadoras. “Hoje, na Apex, nossos clientes estão

INFORMATIVO DOS PORTOS / 22 MERCADO EXTERNO
Embaixador da ApexBrasil diz que é necessário ampliar a base de empresas exportadoras, diversificar a pauta de produtos e buscar novos destinos

na casa de 13 a 14 mil empresas que recebem algum tipo de apoio. Algumas dessas empresas estão em processo de qualificação, então não necessariamente exportam. Mas quando a gente olha o potencial do Brasil e pensa nesse mar de CNPJs que tem condições de exportar, a gente vê o grande tamanho do desafio”, declarou.

junto à APM Terminals o desenvolvimento de um sistema mais eficiente para a vistoria das embalagens de madeira usadas na importação de cargas. Com a utilização dos novos procedimentos, o Mapa será informado com relação às unidades que contêm madeiras (pallets, entre outros tipos de embalagens), de cinco a sete dias antes da atracação do navio por meio de sistema totalmente informatizado.

Segundo ele, esse processo passa, principalmente, pelo ingresso de empresas de pequeno porte no mercado internacional, uma realidade já observada em países desenvolvidos.

De posse dessas informações, o Mapa informará quais contêineres deverão ser vistoriados antes do desembarque e o terminal fará o posicionamento dos contêineres, facilitando a vistoria e agilizando os processos. O sistema utiliza do até então também limitava o agendamento a determinados dias da semana, fazendo com que as vistorias fossem adiadas para o próximo dia disponível. O novo processo vai eliminar essas limitações, visando à vistoria das unidades conforme a ordem de descarga no pátio do terminal. Isso fará com que o núme ro de dias entre a descarga da unidade e a vistoria seja reduzido.

O segundo grande desafio, na opinião de Pestana, é a diversificação da pauta de produtos, bens e serviços exportados pelo Brasil. “E quando a gente pensa nessa diversificação, algo a que a Apex atribui grande importância é a ideia de agregação de valor. Somos um país gigantesco em termos de área, população e economia, e com uma base muito diversificada, então é natural que dessa base diversificada venha também um perfil exportador diversificado”, justificou. “É muito positivo que sejamos um grande ator na exportação de commodities, mas é essencial que tenhamos uma indústria pujante e que seja internacionalizada, assim como o setor de serviços”, completou.

Luiz Gustavo explica que os portos do Paraná e São Paulo até utilizam um sistema informatizado de informação, mas é menos eficiente que o acaba de entrar em operação na APM Terminals Itajaí. Depois do período de testes e ajustes do novo sistema, a intenção do Mapa é começar a utilizar em todos os terminais do Complexo Portuário do Itajaí.

Já o terceiro desafio está ligado à diversificação dos destinos dos produtos brasileiros. “Na história do Brasil, houve vários momentos em que havia um predomínio grande de algum um parceiro comercial. Já tivemos o Reino Unido e os Estados Unidos nessa condição, hoje é a China. Mas é inegável que, do ponto de vista do interesse brasileiro, é importante diversificar essa lista de parceiros. Na Apex, algo que fazemos muito bem com os empresários e associações é estabelecer prioridades para cada setor, não dá para querer abraçar o mundo”, explicou.

O POTENCIAL DA ÍNDIA

De acordo com diretor-superintendente da APM Terminals, Aristides Russi Ju nior, um dos maiores entraves do antigo sistema era a movimentação dos con têineres para fiscalização. Na maioria das vezes, a empresa precisava fazer vários movimentos com equipamentos pesados dentro do pátio para que o contêiner fosse fiscalizado. “Com este novo sistema nosso objetivo é melhorar a experiência do cliente da APM Terminals, a eficiência dos serviços anuentes e adequação da operação, facilitando a liberação da carga em um tempo me nor”, dz Aristides. A estimativa é de que o novo método reduza o custo de arma zenagem de 40% a 50% para o importador, além do ganho de ter a mercadoria mais cedo em sua planta industrial.

O Mapa atua direta ou indiretamente em 100% das cargas de importação. Somente no ano passado foram realizadas 59 interceptações de cargas com possível presença de embalagem e ou suportes de madeira que poderiam ter algum tipo de praga. Em alguns casos, conforme a legislação, o produto pode até mesmo ser devolvido para o país de origem. n

Nesse processo de busca por novos mercados, Pestana apontou o Oriente Médio e o Sudeste Asiático como regiões com grande potencial para produtos brasileiros. Em especial, disse que a Índia deve estar no radar dos empresários do país. “Pelas estatísticas, a gente vê que a Índia hoje já tem a população da China. Tem um índice menor de desenvolvimento, em termos de renda per capita, mas está crescendo em ritmo de 8% a 9% ao ano, e continuará crescendo”, destacou. “Há uma comparação de que a Índia é hoje o que a China era há 20 anos. A China não era um parceiro econômico relevante do Brasil, era um processo que começava. E, daqui a 20 anos, não tenho a menor dúvida de que a Índia será um dos maiores, senão o maior parceiro comercial do Brasil”, afirmou.

Quanto à atração de investimentos estrangeiros para o Brasil – outra linha de ação da Apex – Pestana chamou a atenção para um movimento de realocação de cadeias produtivas globais, que vem sendo observado após a pandemia e o conflito no Leste Europeu. “Os Estados Unidos e a América do Norte talvez ofereçam uma oportunidade única pelas consequências de longo prazo da pandemia e das tensões geopolíticas. As cadeias globais de valor se espalharam, com forte exposição em mercados asiáticos. Agora há a percepção de que o alongamento dessas cadeias é uma fragilidade e várias empresas estão procurando encurtálas”, explicou.

Para ele, o Brasil surge como um país que tem todas as condições para aproveitar esses novos fluxos de comércio. “É algo em que a Apex tem procurado trabalhar, que pode ser uma verdadeira revolução na economia brasileira, e não tenho dúvidas de que o Paraná vai se beneficiar muito disso”, concluiu. Em sua opinião, as indústrias farmacêutica e de semicondutores, além do setor de energia, estão entre os que têm maior potencial para atração de investimentos com essa nova realidade. n

www.informativodosportos.com.br 23 www.informativodosportos.com.br

PARTICIPANTES DO CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE PORTOS VISITARÃO TERMINAIS DE SANTOS

Os participantes do XXX Congresso Latino-Americano de Portos, que ocorrerá em Santos nos dias 28, 29 e 30 de novembro, terão oportunidade de visitar terminais do complexo portuário ou fazer um tour embarcado pelo estuário, conhecendo por mar as instalações. As visitas integram a programação do congresso, que é promovido pela Associação Americana de Autoridades Portuárias (Aapa) e tem Santos como porto anfitrião desta edição.

O congresso será realizado no Centro de Convenções Blue Med, incluindo debates e apresentações sobre o futuro da atividade no continente, e terá entrada paga. Oito empresas portuárias que movimentam diferentes tipologias de cargas receberão visitantes nacionais e internacionais: ADM, Bracell, Brasil Terminal Portuário (BTP), Citrosuco, Louis Dreyfus Company (LDC), Santos Brasil, Terminal Exportador de Santos (TES) e Terminal XXXIX.

As visitas técnicas serão feitas no primeiro dia do evento (28 de novembro), com vagas limitadas. Os congressistas poderão escolher o terminal a ser visitado ou optar pela visita embarcada, que será feita em um catamarã partindo da Ponte Edgar Perdigão, na Ponta da Praia.

Além das visitas e dos painéis sobre as questões que afetam o comércio marítimo, a programação terá ações paralelas de networking e premiação para os portos de destaque no ano, além de abertura e encerramento que ocorrerão no centro da cidade (Casa da Frontaria Azulejada e Arcos do Valongo, respectivamente).

O CONGRESSO

O Congresso Latino-Americano de Portos (mais conhecido cAmo AAPA Latino) conta com 29 edições realizadas, reunindo líderes portuários e referências internacionais, e visa oportunizar o conhecimento e a discussão dos principais projetos portuários em âmbito internacional, além de incluir atividade social e de networking.

Mais de 50 palestrantes de classe mundial, da academia, gestão de terminais e portos, consultores e executivos de organizações internacionais farão parte deste programa que abordará as grandes questões que definirão os rumos da indústria – em um contexto pós-pandemia – nos meses e anos seguintes. Um tema central da trigésima edição da AAPA Latino 2022 será o financiamento portuário e como a busca por fontes de investimento -com instrumentos de médio e longo prazo para apoiar o desenvolvimento da infraestrutura logística e marítima- surge como motor para a recuperação do setor.

A Aapa é uma entidade composta por mais de 500 membros, que congrega os principais portos, operadores portuários e terminais privados das Américas. Confira a programação completa e como se inscrever no site

O Congresso Latino-americano

Portos conta com 29 edições realizadas, reunindo líderes portuários e referências internacionais, e visa oportunizar o conhecimento e a discussão dos principais projetos portuários em nível internacional

INFORMATIVO DOS PORTOS / 24 EVENTO INTERNACIONAL
https://www.aapalatino.com/es/.n
Congressistas poderão escolher o terminal a ser visitado ou optar pela visita embarcada, feita em um catamarã partindo da Ponte Edgar Perdigão
de

FLORIPA AIRPORT INVESTE NA AMPLIAÇÃO DE ROTAS PARA CARGAS AÉREAS

O terminal de cargas movimentou 1,15 mil toneladas de cargas no primeiro semestre deste ano, com avanço de 13% sobre igual período do ano passado

Depois de confirmar o segundo voo regular e direto para os Estados Unidos com transporte de cargas, a Floripa Airport deu um passo importante em busca de uma nova ligação internacional com a capital catarinense para passageiros. A vinda de executivos da companhia aérea Copa Airlines a Santa Catarina pode gerar uma nova pareceria, em breve, para um voo direto entre Florianópolis e Cidade do Panamá, na América Central.

Por três dias, os representantes da empresa panamenha visitaram cidades catarinenses e fizeram uma imersão no Aeroporto de Florianópolis a convite da Floripa Airport. O objetivo foi justamente fazer com que a Copa possa escolher o estado como um de seus futuros destinos. Um termo de intenção foi assinado por representantes catarinenses com executivos para a divulgação dos destinos turísticos nos mercados do Caribe e da América do Norte. Segundo Davi Piza, gerente de negócios logísticos do Floripa Airport, existe a possibilidade de aCopa passar a operar em Florianópolis a partir de janeiro de 2024.

Consolidado como um hub no Sul do Brasil, o Floripa Airport Cargo participou como expositor da Logistique 202. O CEO da empresa, Ricardo Gesse, também integrou o painel Encontro de líderes – Perspectivas e tendências para o setor de logística, dentro da programação da Conferência de Logística Abralog Sul.

Atualmente, o aeroporto opera duas frequências semanais da rota Miami x Florianópolis. A concessionária busca desenvolver cada vez mais o Floripa Airport Cargo e as ações englobam a expansão do terminal de cargas e o desenvolvimento de novas rotas cargueiras.

O terminal de cargas (Teca) é operado pela Zurich Airport Brasil e movimentou 1,15 mil toneladas de cargas no primeiro semestre deste ano, com avanço de 13% sobre igual período do ano passado. No entanto, com os investimentos e acordos operacionais que o operador está fazendo para incrementar as

rotas de aviões cargueiros na capital catarinense, estima-se que o índice ultrapasse 30%. A expectativa para este ano é o embarque e desembarque de 2,6 mil toneladas de cargas.

Desde que a Zurich Airport Brasil assumiu as operações do Aeroporto Internacional de Florianópolis em 2018 e fez investimentos substanciais na infraestrutura, o Terminal de cargas do Aeroporto de Florianópolis apresenta números recordes de crescimento. Isso também reflete no aumento e na diversificação da carteira de clientes da empresa. Hoje o Floripa Airport Cargo opera cargas de diversos segmentos industriais, no entanto, o setor eletrônico lidera as operações.

“Seguimos trabalhando continuamente para fortalecer o setor logístico e consolidar Florianópolis como um polo da Região Sul do país. A Logistique contribuiu fortemente nesse propósito, criando um ambiente pulsante de negócios entre os principais players do setor e em diferentes regiões do estado”, explicou Davi.n

www.informativodosportos.com.br 25 MODAL AÉREO

A LOGÍSTICA DAS COISAS

EUA E ARGENTINA IMPULSIONAM VENDAS EXTERNAS DO RIO GRANDE DO SUL

PUBLICAÇÃO

Perfil Editora

DIRETORA

Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br

DIRETORA ADMINISTRATIVA

Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br

Dos 23 segmentos exportadores da indústria de transformação gaúcha, 13 subiram em agosto. Em primeiro lugar ficou o setor de Alimentos.

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br

A indústria mundial tem passado por transformações ao longo dos últimos séculos. A cada grande mudança pela qual a indústria passa, a história denomina de Revolução Industrial. A Internet das Coisas, que viabiliza, cada vez mais, as trocas de informações em tempo real, é uma das grandes responsáveis por essa nova revolução. Mas vale a pena destacar aqui a evolução do conceito de “fábrica inteligente”, na qual a integração em tempo real com as demandas e a flexibilidade de responder de forma ágil e eficiente marcam mais esta revolução.

As vendas externas da indústria de transformação do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 1,5 bilhão em agosto. O valor representa uma alta de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo a vigésima alta consecutiva das vendas externas do estado e de 33% (+US$ 371 milhões) na comparação com agosto de 2019, anterior ao da pandemia.

REPORTAGEM

MONITORAMENTO DE NAVEGAÇÃO NO COMPLEXO DO ITAJAÍ: REVOLUÇÃO NA OBTENÇÃO DE DADOS METEOCEANOGRÁFICOS

Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta

FOTOS

Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem

REVISÃO

Estamos vivendo a era da indústria e a logística tecnológica, como bem evidência a reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos. A complexidade que muitos já não conseguem mais acompanhar, que inclui sistemas de otimização, monitoramento e simulação, ainda está limitada aos projetos ou às fábricas e armazéns, mas, no cenário da Indústria 4.0, esses limites serão ampliados para a cadeia de suprimentos e acontecerá provavelmente mais uma revolução: a integração total. Definitivamente, a tecnologia faz os negócios caminharem em um ritmo inédito.

No acumulado do ano de 2022 até o oitavo mês, as exportações somaram US$ 11,3 bilhões, um crescimento de 27,4% em relação ao mesmo período do ano passado. “A econoeia mundial ainda aquecida tem favorecido o aumento substancial dos embarques para parceiros comerciais importantes, como os Estados Unidos e a Argentina, além do acréscimo de países como o Irã, a Índia e a Coreia do Sul, que acabam compensando a diminuição das compras chinesas”, explica o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porceleo Petry

Izabel Mendes

COMERCIAL

Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br

Após implantação do SIMPORT, Itajaí avalia positivamente operações, que contam com dados em tempo real sobre as condições de navegação

PROJETO GRÁFICO

Elaine Mafra |Magic Arte

No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas movimentou US$ 1,35 bilhão em 2016, sendo que a indústria automotiva e manufatura foram as mais relevantes, de acordo com um estudo da Frost & Sullivan. Com grande potencial de transformação, especialistas estimam que esse mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e uso de materiais.

Quando comparado o desempenho com a indústria de transformação nacional, as exportações brasileiras de janeiro a agosto (US$ 223 bilhões) cresceram 18,2%, menos do que as gaúchas, em relação ao mesmo período do ano passado.

DIAGRAMAÇÃO E CAPA

Elaine Mafra |Magic Arte - @magicartedigital elaine@informativodosportos.com.br

Ainda temos muito a evoluir, mas existe um ambiente favorável ao fortalecimento da economia para, quem sabe, finalmente o Brasil seja o país do futuro.

PERFIL EDITORA

Em 2019, o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes ganhou adequações e melhorias na sinalização náutica, que serviram de bases para a instalação de um moderno sistema de monitoramen to meteorológico e oceanográfico do canal de acesso aos portos. O propósito da licitação aberta pela Superintendência do Porto de Itajaí na ocasião era, entre outras perspectivas, o de modernizar suas operações, além de obter dados sobre os ecossistemas de seu entorno.

Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br

*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

Dos 23 segmentos exportadores da indústria de transformação gaúcha, 13 subiram em agosto, em relação ao mesmo mês de 2021. Em primeiro lugar ficou o setor de Alimentos, com mais US$ 156,9 milhões, o que corresponde a uma elevação de 48,4%. As vendas de carne de frango in natura (+US$ 32,2 milhões), farelo de soja (+US$ 63,3 milhões) e óleo de soja (+US$14,6 milhões) foram as principais responsáveis pelo incremento mensal, especialmente os embarques para a Índia, Coreia do Sul e Espanha.

Boa leitura!

46,2milhões ou -26,9%) e Máquinas e Equipamentos (-US$ 69,5 milhões ou -39,8%). A respeito dos principais destinos das exportações totais do Estado, as vendas para o Irã foram as que mais avançaram no último mês, totalizando US$ 97,9 milhões. A demanda por soja, que chegou a US$ 94 milhões, teve um aumento atípico e explica esse fenômeno. As compras dos Estados Unidos (+US$ 62,5 milhões), principalmente tabaco em folhas, também foram destaques.

IMPORTAÇÕES GAÚCHAS

Na segunda colocação, o setor de Tabaco aumentou em 105,1% suas vendas, mais US$ 86,7 milhões. Veículos Automotores também seguiram trajetória positiva no mês, subindo mais US$ 66,9 milhões. Vale destacar também Couro e calçados (+US$ 12,2 milhões).

Já os destaques negativos do mês ficaram por conta dos setores de Celulose e Papel, que caíram US$ 13 milhões, ou 9,1%, Químicos (-US$

Quase um ano após a implantação do SIMPORT (Sistema de Ocea nografia Operacional em Áreas Portuárias), os resultados são con siderados positivos pelo Porto de Itajaí. “O sistema tem sido muito bem utilizado pela Autoridade Portuária, Marinha e Praticagem no gerenciamento das manobras. Essa transmissão dos dados em tempo real é um excelente instrumento gerenciador de risco, por que, juntamente com batimetrias, dragagens e sinalização náuti ca, é mais um braço que vem auxiliar na segurança da navegação”, explica o engenheiro Andre Luiz Pimentel Leite da Silva Junior, di retor técnico do Porto de Itajaí.

O SIMPORT já opera com sucesso na baía da Babitonga e no Porto de Imbituba, em Santa Catarina, no Terminal Portuário de Paranaguá (TCP), no Paraná, e no Complexo do Porto-Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. Ele monitora e informa os usuários em tempo real sobre as condições meteorológicas e oceanográficas que afetam di retamente a navegação. “Monitorar essas variações tem importância fundamental no planejamento e na execução das manobras portuárias (atracação, desatracação e navegabilidade), auxiliando a praticagem local na navegação e manobras de navios”, explica o oceanógrafo Emi lio Dolichney, sócio da Acquaplan, empresa responsável pelo sistema.

Em agosto, o Rio Grande do Sul importou US$ 1,6 bilhão, um aumento de 36,9% comparando-se com o mesmo mês de 2021. Esse aumento devese, principalmente, ao setor de Combustíveis e Lubrificantes (+US$ 140,9 milhões, ou +81,2%).

Segurançaemonitoramento24h aLocalizaçãoestratégiaa8kmdaPortonave aArmazenagemdecargassoltaseconteinerizadas

Segundo o engenheiro André, anteriormente à implantação do SIM PORT, a obtenção dos dados hoje dispostos pelo sistema era diferen te. “Tudo era muito empírico: ligava-se para o navio para saber como estava o tempo lá fora, a correnteza era medida pela praticagem, mas hoje gerenciamos a abertura e o fechamento de barra com dados téc nicos mais precisos e com maior agilidade, tendo certeza de que as condições ambientais estão propícias para a realização das manobras com segurança”.

No acumulado entre janeiro e agosto de 2022, o Estado importou US$ 9,5 bilhões, um aumento de 35,4% com relação ao acumulado de 2021. As importações de Combustíveis e Lubrificantes e Bens Intermediários somaram US$ 1,2 bilhão e US$ 6,3 bilhões, com variação anual de 75,2% e 40,6%, respectivamente.n

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SIMPORT INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Suplemento

Responsável por agregar valor ao produto originário do campo, a agroindústria é uma das parcelas mais importantes da economia brasileira. O crescimento do setor tem feito a diferença dentro e fora do Brasil, expandindo fronteiras e gerando negócios

O “Levante é uma homenagem a um tipo de vento que sopra do leste, próprio das ilhas Baleares, um arquipélago do Mediterrâneo ocidental, e do sudeste da Península Ibérica. Caracteriza-se por ser úmido e suave. Além do “Aliança Levante, outros quatro rebocadores já foram batizados. São eles: “Aliança Minuano”, “Aliança Aracati”, “Aliança Pampeiro” e “Aliança Mistral”.

22 MATRIZ SANTOS/SP: (13)3023-6161 - (13)99631-4327 FILIAL ITAJAÍ/SC: contato@mesquitaloc.com.br www.mesquitaloc.com.br Para batizar o “Aliança Levante”, a companhia escolheu Rosilene Carvalho de Sen na como madrinha. Rosi, como é carinhosamente chamada por todos, ingressou na Aliança em 1986 como programadora. Passou pelos departamentos Finan ceiro, Documentação e Controladoria, até chegar à gerência da área de Recursos Humanos, na qual atua desde 2012. Para celebrar o momento, ela foi à cerimônia
internacionais
AGRO NEWS

Suplemento AGRO

Setor agropecuário brasileiro já pode receber investimentos estrangeiros

Ministério da Agricultura promoverá a divulgação em países com potencial de investimento estrangeiro direto e reportará interesse aos produtores e empresas

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autori zou projetos de produtores rurais e de empresas do setor agropecuá rio nacional interessados em receber investimentos estrangeiros a se cadastrarem no Portfólio de Investimentos no Agronegócio Brasileiro, no site do Ministério.

A partir do cadastramento, os projetos ficarão disponíveis para con sulta direta por potenciais investidores interessados no setor agro pecuário brasileiro, consolidando joint ventures, fusões, aquisições, parcerias tecnológicas, investimentos em participação, dentre outras modalidades.

O Ministério da Agricultura promoverá a divulgação do portfólio em paí ses com potencial de investimento estrangeiro direto e reportará aos produtores e empresas sobre eventual interesse de investidores no projeto apresentado. A ideia da iniciativa é dar condições às empresas nacionais de ampliar a capacidade produtiva, modernizar instalações ou ainda implantar projetos de interesse do setor agropecuário a partir de investimentos externos, permitindo que as empresas ou proprieda des beneficiadas tenham aumento da capacidade de produção e com petitividade e promoção do desenvolvimento regional local.

Como benefício indireto, a medida possibilita que a empresa acesse mercados no exterior e amplie a participação do país no comércio in ternacional de produtos agropecuários, seja do ponto de vista da pro dução, processamento ou comercialização.

Os projetos cadastrados serão divulgados para as embaixadas e con sulados, nos diversos eventos de promoção comercial em que o Mapa participa, tais como feiras agropecuárias internacionais, reuniões e se minários voltados para a atração de investimentos. Servirá ainda como importante ferramenta para a atuação dos adidos agrícolas brasileiros na identificação de potenciais investidores na cadeia do agronegócio.

COMO FAZER O CADASTRO

Ao cadastrar os projetos, os produtores e representantes deverão preencher dados básicos como: a área de atuação da empresa, a natu reza do investimento pretendido e informar o interlocutor da empresa para contato. Os cadastrados poderão receber notificações sobre as missões internacionais, rodadas de investimentos e outros eventos or ganizados pelo Ministério da Agricultura.

Para fazer o cadastro basta acessar https://sistemas.agricultura.gov. br/agroform/ e clicar na aba “Portfólio de Investimentos”.

Como benefício indireto, medida possibilita que a empresa acesse mercados no exterior e amplie a participação do país no comércio internacional de produtos agropecuários, seja do ponto de vista da produção, processamento ou comercialização.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 28
NEWS
n

Receita com exportação de ovos apresenta alta de 20,5%

Os Emirados Árabes Unidos seguem como principais destinos das exportações brasileiras de ovos, importando 4,332 mil toneladas entre janeiro e agosto

A receita das exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produ tos, entre in natura e processados) totalizaram em agosto US$ 1,499 milhão de dólares, resultado 20,5% superior ao registrado no mesmo período de 2021, com US$ 1,243 milhão de dólares. Os dados são da Associação Brasi leira de Proteína Animal (ABPA).

As vendas brasileiras de ovos ao mercado externo alcançaram 446 toneladas no oitavo mês deste ano, desempenho 21,5% menor que o alcançado em 2021, com 568 toneladas. No acumulado entre janeiro e agosto, as vendas brasileiras totalizaram receita de US$ 16,270 milhões, número 61,7% maior que o efetivado no mesmo período de 2021, com US$ 10,060 milhões.

Em volume, a alta acumulada é de 13,5% nos oito primeiros meses deste ano, com 7,583 mil toneladas em 2022, contra 6,678 mil toneladas em 2021. Os Emirados Árabes Unidos seguem como principais destinos das exportações brasileiras de ovos, importando 4,332 mil toneladas entre janeiro e agosto, volume 2,2% superior ao efetivado em 2021, com 4,231 mil toneladas. Em se gundo lugar, o Japão foi destino de 728 toneladas no mesmo período, número 40,9% maior que o volume embarcado em 2021, com 517 toneladas.

“Há indicativos de que, pela primeira vez, deveremos fechar este ano com em barques equivalentes a 1% da produção total brasileira, um marco importante para o setor que vem crescendo de forma sustentável, com vendas para a Ásia e Oriente Médio”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.

EXPORTAÇÃO DE FRANGO

A ABPA prevê que a exportação de frango deve crescer 6%, chegan

do a 4,9 milhões de toneladas, até o fim deste ano. Isso acontece porque o mercado internacional busca o produto brasileiro, livre de gripe aviária, enquanto focos da doença são localizados em países da União Europeia e os Estados Unidos.

Para 2023, as expectativas continuam altas para a carne de frango. A entidade estima que a exportação pode crescer mais 6%, atingin do o patamar de 5,2 milhões de toneladas.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação do preço do frango inteiro foi de 16% nos últimos 12 me ses. Já o frango em pedaços aumentou 22,1%. O IPCA acumulado do mesmo período foi de 11,89%.

“Os produtores têm mantido a disponibilidade interna de produtos, o que sustentou os níveis per capita. Os programas de auxílio à ren da que chegarão ao mercado ainda este ano deverão incrementar o poder de compra da população, com consequente impacto nas ven das internas de produtos avícolas”, analisa o presidente da ABPA.

Do outro lado, a aposta dos produtores de carne suína é o mercado interno. Este ano, cada brasileiro deve consumir 18 quilos do produ to, o maior número já registrado desde a década de 1990, quando a Associação começou a medir o consumo. A disponibilidade da carne suína no mercado interno ainda este ano deve subir 9%, com 3,9 milhões de toneladas. A proteína teve variação de –5,2% no acumu lado do IPCA dos últimos 12 meses. n

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Porto se torna opção para a movimentação de alimentos em navios break bulk

Produtos alimentícios que anteriormente eram movimentadas em contêineres estão sendo embarcados, principalmente, para a Venezuela como carga geral

O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, no litoral do Paraná, está se tornado uma referência na movimentação de carga geral em navios break bulk. Os alimentos, que ante riormente eram movimentadas em contêineres, estão sendo embarcadas em break bulk, principalmente, para a Venezuela como carga geral.

Só no início do mês de agosto, foram enviadas 11.747 toneladas destes produtos para o exterior. Outras 11 mil toneladas estão previstas para serem movimentadas nas próximas semanas. De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviá rios (Antaq), a carga geral nos portos públicos cresceu 18,6% nos primeiros seis meses do ano. No período, o setor portuário brasileiro movimentou 581,3 milhões de toneladas, de acordo com o levantamento da agência.

A carga movimentada no Ponta do Félix inclui açúcar, trigo, ar roz, feijão, creme vegetal, macarrão, fubá e outros. Para o trans porte, os alimentos são colocados em sacarias, que variam de 1

Por navio, são transportadas em média 10 mil toneladas de alimentos. Operação conta com a gestão direta do line up de navios, o que permite a previsibilidade de atracação e, consequentemente, melhor planejamento de toda a cadeia logística

INFORMATIVO DOS PORTOS / 30 Suplemento AGRO NEWS

Apoio da Federação

Em recente visita às instalações da Pasa, em Paranaguá, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter Mar tins Pedro, reafirmou seu apoio à indústria, destacando o apoio ao setor portuário.

Kg a 15 Kg. Na sequência, estas embalagens são acondicionadas em big bags. São alimentos pooduzidos nas indústrias dos estados do Paraná, São Paulmacarrão e fubáe Goiás, que têm como destino o Porto de La Guaira, na Venezuela.

“Não sabia que tínhamos índices de produtividade tão expressivos no Por to de Paranaguá. Acredito que temos a responsabilidade de disseminar es sas informações para a mentalização do industrial paranaense em relação ao valor do nosso porto. Eu fiquei pessoalmente impressionado com a sua eficácia. Isso nos motiva a valorar os investimentos que estão sendo feitos em relação à indústria do Paraná. A atividade portuária está na pauta da Fiep”, considerou o presidente da Federação.

“Estamos investindo cada vez mais na customização do serviço, para aten der a demanda dos clientes e conforme o exportador ganha novos merca dos, aumenta também a diversidade dos itens movimentados”, afirma o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan. Segundo ele, o transporte de alimentos é uma carga muito complexa à me dida que tem pesos, tamanhos e dimensões diferentes. “Nós recebemos os produtos soltos. Os alimentos vêm em embalagens originais e o nosso pessoal faz o acondicionamento dentro dos big bags”, explica Birkhan.

Segundo Paulo Meneguetti a expectativa é grande junto à atual gestão da Fiep porque houve uma dinâmica na Federação consoante à retomada de crescimento nacional. “Entre as forças de defesa da indústria, a Fiep é uma trincheira muito importante para o setor industrial do Paraná. Nos cabe apresentar as demandas e buscar apoio para nossas necessidades, seja nas reformas em andamento, como a trabalhista, a fiscal ou a tributá ria. O Brasil precisa ser passado à limpo e a Fiep tem poder para centrali zar esse debate no Paraná”, frisou Meneguetti. n

O big bag se mostra como uma opção mais econômica e apresenta diver sos benefícios no processo de logística. Ele é feito por compostos de alta resistência e tem o formato semelhante a uma grande sacola, que pode acondicionar até 2.000 kg de carga. “Esta embalagem tem boa aplicação para produtos a granel ou embalados em sacos, mantendo-os melhor aco modados e protegidos”, conclui.

ARMAZÉNS ALFANDEGADOS

Até o momento do embarque, os produtos ficam armazenados pelo perío do de 30 a 40 dias, dentro do próprio porto, o que representa diminuição de custo para o exportador. Os insumos são acondicionados seguindo as características de cada item e são controlados por lote e por fabricante. O cliente ainda envia um plano de carga. Neste documento, há a indica ção de quais são as cargas que vão em cada porão do navio e a ordem de embarque. O processo garante a qualidade do produto no destino final e também facilita o processo de descarga.

Por navio, são transportadas em média 10 mil toneladas de alimentos. A operação conta com a gestão direta do line up de navios, o que permite a previsibilidade de atracação e, consequentemente, melhor planejamento de toda a cadeia logística. “Este mesmo cliente tem projeto de expansão para outros continentes, para converter cargas em contêiner para carga geral. Estamos há um ano fazendo a operação. Renovamos o contrato re centemente por mais dois anos. Isso demonstra o sucesso da operação”, finaliza Birkhan.

CRESCIMENTO

O Porto Ponta do Félix superou a expectativa de crescimento na movimen tação de cargas, em 2021, com aumento de 70%. Os números se devem à ampliação do seu portfólio de operações, melhorias da estrutura marítima e investimentos em obras de ampliações. Para 2022, a projeção é de 30% de aumento na movimentação de cargas no porto, que deverá seguir sendo um grande gerador de empregos e renda no litoral paranaense.

Birkhan considera que o avanço dos últimos anos também se deve ao fato de o porto de Antonina ser multipropósito. “Reencontramos a nossa voca ção de trabalhar com cargas especializadas, fazendo operações comple mentares ao Porto de Paranaguá. O Ponta do Félix é um porto multipropó sito, que atua com cargas diversas e especiais”, destaca Birkhan. n

A Pasa é especializada na movimentação e embarque de granéis sólidos. Nossa empresa encontra-se preparada para atender à crescente demanda da exportação de granéis sólidos, originados do Paraná, como também de outros estados, executando as atividades com a mais alta tecnologia de infraestrutura portuária, segurança e responsabilidade socioambiental.

Av. Bento Rocha,

Bairro

31
67,
D. Pedro II Paranaguá/PR - Fone: (41) 3420-5700
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