Revista Informativo dos Portos 263

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Abril/2022 - Edição nº 263 - Ano XXII - Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Itajaí/SC

SETOR PORTUÁRIO PROJETA R$ 2,67 BILHÕES EM INVESTIMENTOS PRIVADOS NOS PRÓXIMOS ANOS A desestatização dos portos pela União é justificada pela pouca eficiência, pela baixa capacidade gerencial e pela falta de investimentos nos portos públicos


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24/03/2021 - 24/03/2022

CURITIBA - PR

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SÃO PAULO - SP

RIO DE JANEIRO - RJ


ECONOMIA NACIONAL

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EXPEDIENTE

A infraestrutura é um dos maiores desafios para o desenvolvimento da economia nacional. Um dos equipamentos que minimiza esse problema de infraestrutura é o sistema portuário catarinense. E nesse sentido, o Porto de Itapoá, que garante escoamento de diferentes produtos para o mundo, é motivo de orgulho para o estado, pois proporciona maior competitividade para as empresas que atuam na região Sul.

NOVOS CAMINHOS, NOVOS RESULTADOS

O fato é que graças à eficiência, Itapoá acaba de assumir o primeiro lugar entre os portos movimentadores de contêineres de Santa Catarina e o terceiro do Brasil, conforme os dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes O leilão da Companhia Docas do Espírito Santos (Codesa), realizado na primeira semana Aquaviários (Antaq). Os dados, comoprivatizações mostra reportagem de capa desta edide abril, servirá de exemplo para outras que o governo quer realizar ainda ção daano revista o crescimento doacelerar terminal nos este e que,Informativo em conjuntodos comPortos, medidasrefletem como o BR do Mar, podem o desenvolvimento do modal marítimo nacional. Os estudos do que há potencial últimos anos. Segundo a Antaq, o incremento emBNDES Itapoámostram foi o maior entre os para dobrar a movimentação de carga em Vitória ao longo das próximas três décadas e seis maiores portos brasileiros, de 15,92%, com 735 mil TEUs movimentados meia, de 7 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas anuais. em 2019. Desde o segundo semestre de 2019, apresentava uma retomada noEvidentemente crescimentoque, do volume, com cargas de importação e trabalho transalém dos especialmente investimentos no sistema portuário, há um enorme a ser feito todos os modais, pois de nada em sistema de transporte mabordo. No em ano, o incremento foi de 25%adianta e 46%,investir respectivamente, em relação rítimo se as rodovias, por exemplo, que abastecem a movimentação desses equipamentos a 2018, performando, somente nessas duas operações, mais de 217 mil unilogísticos, não apresentarem boas condições de trafegabilidade. dades. Ao mesmo tempo que o Brasil avança em investimentos há também uma retomada da

Outra notícia positiva que vem do sistema é oAmérica. anúncioAo economia, como mostraram os resultados da 26ªportuário edição dacatarinense Intermodal South todo, foram mais de 200 marcas expositoras, mais de 60 palestrantes e um número de que um dos maiores entraves para a eficiência logística nos portos brasilei-de visitantes qualificados a 20 mil, contribuindo para o fechamento diferenros — a demora parasuperior a liberação de todos cargas que dependem de vistoriadedo Mites tipos de negócios. nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) — pode estar com os dias contados. O Ministério e ade APM Itajaí de lançar o novo Presente na Intermodal, o Porto SãoTerminals Francisco do Sul,acabam por exemplo, mostrou a força Sistema Informatizado deum Fiscalização Suportes e Embalagens demil Madeira, de sua pujança ao assinar protocolo de–intenções para movimentar 150 quilos de açúcar aoreduzir longo dea2022. A carga é a mais nova que pode demora da liberação das cargas a índices nunca vistos no commodity incluída na pauta de exportação do país. complexo portuário. A combinação de todos esses fatores que estão diretamente ligados ao Soma-se a isso o anúncio da reabertura desempenho econômico nacional mostra que édo hora de seestadunidense fazer protagonista e remover amarras mercado para a carne bovina desnecessárias para alavancar o desenvolvibrasileira, que deve representar um novo immento do Brasil.

PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro e Luciana Zonta REVISÃO Izabel Mendes

MARÍTIMO COMERCIAL comercial@informativodosportos.com.br

FOTO DE CAPA Hector Rico Suarez

AÉREO

DESEMBARAÇO

PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra| (47) 98443-0569 DIAGRAMAÇÃO E CAPA Elaine Mafra| (47) 98443-0569 PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br

Abril/2022 - Edição nº 263 - Ano XXII - Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Itajaí/SC Edição nº 245 - Ano XX - Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

SETOR PORTUÁRIO PROJETA UM GIGANTE EM CRESCIMENTO:

R$ 2,67PORTO BILHÕES EMDE INVESTIMENTOS ITAPOÁ JÁ É O MAIOR SC PRIVADOS NOS PRÓXIMOS ANOS A desestatização dos portos pela União é justificada pela pouca eficiência, pela baixa capacidade gerencial e pela falta de investimentos nos portos públicos

*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

2020 ANUÁRIO

ANUÁRIO

2022

pulso à economia nacional em 2020.

4Mapa e APM Terminals reduzem tempo de vistoria de embalagens de madeira

4Portonave se habilita para mercado islâmico

ANUÁRIO BILÍNGUE BILINGUAL YEARBOOK

Boa leitura!

Que venham os novos negócios!

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MATRIZ ITAJAÍ - SC

FILIAL CAMP

Fone: 55 47 3241.1700

Fone: 55 19 31

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ÍNDICE 08 GOVERNO PROJETA R$ 2,67 BILHÕES EM INVESTIMENTOS PRIVADOS NOS PRÓXIMOS ANOS DIÁRIO DE BORDO.......................................................................06 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL..................................................12 Acordo prevê movimentar 150 mil quilos de açúcar no porto catarinense PORTOS GAÚCHOS........................................................................13 Governo quer atrair novos investimentos para Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre

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SISTEMA DE TRANSPORTES............................................................16 País precisa investir 4,5% do PIB ao ano em infraestrutura nos próximo 10 anos

Cresce importação de vinhos do leste europeu para o Brasil

LOGÍSTICA EFICIENTE....................................................................17 Rocha se torna maior terminal privado de grãos do Porto de Paranaguá INTERMODAL SOUTH AMERICA........................................................18 26ª edição da Intermodal reaproximou o mercado na retomada dos grandes eventos ENTREVISTA: LEANDRO CARELLI BARRETO.........................................20 “Tão logo os gargalos sejam equacionados, os valores dos fretes cederão”

17 Rocha se torna maior terminal privado de grãos do Porto de Paranaguá

LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS..........................................................22 Mesquita projeta aumentar em 20% oferta de equipamentos rodoviários SUPLEMENTO AGRO NEWS.............................................................24 Emirados Árabes assumem a liderança na importação de frangos ARTIGO.....................................................................................28 Não incidência do AFRMM para importadores do Simples Nacional, por Wagner Antônio Coelho


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DIÁRIO DE BORDO ÔNIBUS PARA INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO Os ônibus rodoviários Mercedes-Benz O 500 RS conquistaram uma ampla preferência no transporte de funcionários de empresas de mineração do Chile. Diversas operadoras que prestam esse serviço de fretamento adquiriram 328 chassis para renovação de frota, sendo 253 do modelo O 500 RS 1941 com motor de 410 cv e 75 unidades do O 500 RS 1936 com motor de 360 cv. A negociação com os operadores chilenos foi conduzida em parceria com o Grupo Kaufmann, representante da Mercedes-Benz no Chile. Os primeiros novos ônibus começaram a ser entregues em janeiro deste ano, sendo destinados para a região central do país.

PARCERIA ENTRE CODEBA E ENERGIA SOLAR PORTOS DE PORTUGAL Um protocolo de intenções assinado entre a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) e o Porto de Sines (Portugal) buscam a dinamização das relações comerciais entre os dois complexos portuários. A oficialização da parceria aconteceu durante a 26ª Intermodal South America 2022, em São Paulo. O documento foi assinado pelo diretor-presidente da Codeba, Carlos Autran Amaral, que recebeu o presidente do Porto de Sines (Portugal), José Luís Cacho. Em missão empresarial, organizada pelo Brasil Export, no início de março, e coordenada pela Associação dos Portos de Portugal, os terminais portugueses se apresentaram aos investidores brasileiros como aposta para a dinamização das relações comerciais. A Codeba esteve presente alinhando o incremento das negociações entre Portugal e Bahia, por meio dos portos organizados de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus.

A Sun Mobi, enertech especializada no modelo inovador de energia solar via assinatura, inaugura em abril um novo complexo de 4 megawatts (MW) na usina solar localizada em Porto Feliz, interior de São Paulo, com investimentos da ordem de R$ 16 milhões. A aposta da companhia é democratizar ainda mais o acesso à tecnologia fotovoltaica para consumidores de 27 municípios do estado paulista dentro da área de concessão da CPFL Piratininga, incluindo Sorocaba, Santos e Jundiaí, e ao mesmo tempo ajudar no alívio das altas na conta de luz em tempo de inflação energética e reajustes tarifários.


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CLÁUDIO NEVES/DIVULGAÇÃO.

DIÁRIO DE BORDO LUXO NO MAR Os fabricantes catarinenses de embarcações de luxo conquistam cada vez mais novos investidores e movimentam milhões para a economia do setor no estado. Para apresentar o potencial de Santa Catarina a diversos consumidores, três marcas do estado participaram do Rio Boat Show 2022, considerado um dos maiores eventos da América Latina. Entre os destaques apresentados na feira deste ano estava a exposição da luxuosa Azimut Grande 27 Metri, mesmo modelo adquirido pelo craque Cristiano Ronaldo. Fabricada pela italiana Azimut Yachts, que tem parque fabril em SC, único fora da Itália, o modelo impressiona pelo tamanho e valor, já que custa mais de R$ 50 milhões e tem 350m², uma verdadeira mansão sobre as águas.

ENERGIA LIMPA

DESEMBARQUE DE AVIÕES DE CAÇA

A Intelbras, empresa brasileira desenvolvedora de tecnologias com 46 anos de história, inova mais uma vez ao diversificar sua linha de produtos com o lançamento dos drives solares off grid, modelos DS 3220 e DS 5380. As soluções tecnológicas, que convertem a energia limpa e sustentável gerada pelos painéis solares em energia utilizável, são ideais para o acionamento de motores e bombas em sistemas de irrigação. Esses são os primeiros produtos desenvolvidos pela empresa com foco específico no agronegócio.

Com operação reforçada de segurança e mão de obra, os dois tão aguardados caças Gripen F-39 da Força Aérea Brasileira (FAB) foram descarregados pela Portonave, em Santa Catarina. O navio holandês Marsgracht, que carregou as aeronaves, partiu do Porto de Norrkoping, na Suécia, e atracou no início de abril em Navegantes. Fabricados pela Saab, empresa criadora de sistemas de segurança aeroespacial, os caças vieram no porão do navio e foram descarregados pelo berço 3 da Portonave. Após o período de liberação aduaneira, foram levados até o aeroporto, a cerca de 2km do Terminal.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

ESPECIAL

GOVERNO PROJETA R$ 2,67 BILHÕES EM INVESTIMENTOS PRIVADOS NOS PRÓXIMOS ANOS A desestatização dos portos pela União é justificada pela pouca eficiência, pela baixa capacidade gerencial e pela falta de investimentos nos portos públicos.

A Companhia Docas do Espírito Santo receberá R$ 850 milhões em investimentos privados nos próximos anos. A Codesa foi arrematada pelo fundo de investimentos da gestora Quadra Capital, durante leilão de desestatização (venda da empresa portuária + concessão dos ativos). Esta foi a primeira desestatização portuária do Brasil. O grupo apresentou proposta de R$ 106 milhões em outorga inicial, com o compromisso de adquirir por R$ 326 milhões as ações da companhia, além de pagar R$ 186 milhões em 25 outorgas anuais e investir R$ 855 milhões no prazo de 35 anos. A modelagem inédita no Brasil foi estruturada pela Fábrica de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em apoio ao Ministério da Infraestrutura (Minfra). Nesse modelo, os portos seguem como ativos da União, mas passam a ser inclusos em um contrato de concessão junto à agora privatizada Codesa. O modelo preserva a titularidade do patrimônio público e as prerrogativas do Ministério da Infraestrutura em relação ao planejamento portuário de longo prazo, mas viabilizará um aporte inédito de investimentos privados para a mo8

dernização do complexo portuário, além de estabelecer um novo modelo de governança e práticas de mercado na gestão de contratos junto a terminais, armadores e demais usuários. Somados os investimentos na Codesa, o leilão de três terminais e a assinatura de contratos de arrendamento de sete diferentes áreas, o governo projeta garantir R$ 2,67 bilhões em investimentos privados nos próximos anos em diversos estados brasileiros. De acordo com o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, o desafio do projeto de privatização da Codesa foi equilibrar uma série de obrigações atribuídas ao concessionário ao interesse público, sem gerar falta de atratividade para a iniciativa privada. “O resultado do leilão confirma que conseguimos encontrar o equilíbrio, com um contrato que atinge o objetivo de política pública com o interesse da iniciativa privada”, acentua. A desestatização dos portos pela União é justificada pela pouca eficiência, pela baixa capacidade gerencial e pela falta de investimentos nos portos pú-


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blicos. O secretário afirma ainda que o leilão foi uma confirmação de premissa e que o êxito do modelo deve dar celeridade aos certames dos portos de Itajaí (SC), São Sebastião (SP) e Santos (SP), que serão realizados ainda em 2022, e da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), previsto para 2023. “Logicamente esses projetos têm suas peculiaridades, mas a base do que modelamos se mantém, e com o sucesso de hoje, estamos tranquilos para prosseguir”, completa Piloni. TERMINAIS Após o leilão de desestatização da Codesa, houve a concessão de três terminais portuários. O primeiro foi do PAR32, do Porto de Paranaguá, arrematado pela empresa FTS Participações, do grupo Fortesolo, com um único lance. A área situada no maior porto exportador de produtos agrícolas do Brasil será arrendada por 10 anos, período em que serão feitos investimentos na casa da R$ 4,1 milhões para melhoria dos armazéns e na instalação de novos equipamentos. Já o consórcio SUA Granéis vai investir R$ 59,8 milhões no terminal SUA07, do Porto de Suape, durante os 25 anos de contrato. A área movimenta e armazena granéis vegetais como trigo, milho, açúcar e, especialmente, malte e cevada, além de granéis minerais como de coque de petróleo e carga geral. Com sua movimentação de carga representada principalmente pelas exportações de grãos, como soja, milho e farelo de soja, o terminal STS11, do Porto de Santos, foi arrendado para a Cofco Internacional Brasil, empresa de processamento de alimentos, que vai investir R$ 764,8 milhões em 25 anos de contrato. Segundo estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de 2000 a 2019, menos de 30% dos recursos destinados pela União para investimentos nos portos brasileiros foram executados pelas administrações portuárias. Ao

todo, R$ 14,6 bilhões deixaram de ser aplicados no período, de acordo com levantamento da CNI. No caso específico da Codesa, a União investiu 29% dos recursos disponíveis no período de 2010 a 2020, ou seja, R$ 754 milhões dos R$ 2,6 bilhões autorizados, de acordo com a CNI. PORTO DE SANTOS A privatização do maior porto da América Latina é um desejo antigo do governo, que inclui o complexo portuário na agenda de desestatizações para 2022. A expectativa é que a venda do porto paulista gere investimentos de mais de R$ 16 bilhões, sendo R$ 1,5 bilhão diretamente no porto com a transferência do ativo da União para a iniciativa privada. O certame tende a ocorrer até novembro e a assinatura do contrato é prevista pela União para os primeiros meses de 2023. Embora trate-se do porto mais importante do Brasil, o governo acredita que o processo seja mais ágil que a desestatização da Codesa, já que é estudado há mais de quatro anos. A justificativa é que muitas barreiras já foram quebradas e, embora cada porto seja único, em linhas gerais, os processos são semelhantes. Após essas etapas, caberá ao governo federal elaborar o edital de licitação e encaminhá-lo para análise do Tribunal de Contas da União (TCU). Quem vencer o leilão vai administrar o porto por 35 anos, gerando quase 23 mil empregos diretos, indiretos e efeito-renda. Para os técnicos do Ministério da Infraestrutura, as resistências “naturais” não devem atrapalhar a agenda da pasta. “Projeto de desestatização sempre gera uma série de resistências. Faz parte do jogo. Isso não foi razão para obstrução do processo da Codesa”, destaca Diogo Piloni. No entanto, ele concorda que, pelo fato de Santos ser um porto de maior representatividade, certamente haverá uma resistência ainda maior. “Mas resistências são vencidas por um bom diálogo.”

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

ESPECIAL

PRIVATIZAÇÃO TOTAL EM ITAJAÍ A privatização completa do Porto de Itajaí é um caminho sem volta. A estimativa de investimentos, segundo o Minfra, está na casa dos R$ 2,8 bilhões nos 35 anos de contrato, renováveis por igual período, o que considera também os gastos com a dragagem do porto. O valor mínimo de outorga está estimado em R$ 603 milhões e o vencedor também terá que indenizar a companhia que hoje está na administração do porto, a empresa estatal do município, em valores estimados em R$ 44 milhões. A modelagem feita para Itajaí pela Empresa de Planejamento Logístico (EPL), contratada pelo Minfra para a elaborações dos estudos de privatização de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, prevê a delegação tanto da operação portuária quanto da gestão para a iniciativa privada. A justificativa de Diogo Piloni para a completa privatização é que os cofres da União estão zerados para investimentos em infraestrutura portuária e que essa é a única alternativa para a cidade permanecer no cenário portuário brasileiro no futuro. “A concessão da APM Terminals encerra em dezembro de 2022 e a delegação do porto ao município em janeiro de 2023. Esse é o momento de promovermos uma mudança significativa no modelo de gestão e garantirmos que o porto de Itajaí seja um dos mais produtivos do país”, ressalta. Ele pontua que essa é a oportunidade de se planejar para Itajaí um porto modelo na estrutura portuária brasileira.

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Segundo estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de 2000 a 2019, menos de 30% dos recursos destinados pela União para investimentos nos portos brasileiros foram executados pelas administrações


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No outro extremo estão os atuais gestores do porto, que até a aprovação da modelagem pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) não mediram esforços para se manterem no controle. Para Piloni, a total privatização não vai prejudicar nem o porto e nem o município. “Mesmo que concedamos à iniciativa privada a gestão e a operação portuária, esse porto não deixará de ser de Itajaí e da sua gente. Pelo contrário. O município terá inúmeros benefícios com relação a arrecadação de impostas, geração de riquezas, emprego e renda”. SÃO SEBASTIÃO Para o leilão do Porto de São Sebastião, em São Paulo, a Antaq encerrou em fevereiro o recebimento das contribuições, por meio de formulário eletrônico. O próximo passo será a realização de uma audiência para debater as contribuições recebidas pela agência. O leilão de privatização do porto deverá ser realizado na bolsa de valores B3 com investimentos de aproximadamente R$ 574 milhões. De acordo com a minuta do edital de concessão, o prazo do contrato será de 25 anos, prorrogáveis por mais cinco. Atualmente, o porto é operado pela Companhia Docas de São Sebastião, administradora e Autoridade Portuária do Porto de São Sebastião. Já para a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), qualificada em fevereiro do ano passado no PPI, não haverá tempo hábil para realização do certame em 2022. A expectativa é que a venda desses portos ocorra no próximo ano. A Codeba engloba os portos de Salvador, Ilhéus e Aratu-Candeias.de Salvador, Ilhéus e Aratu-Candeias.

Armazém Geral

Transporte Rodoviário

Terminal de contêineres

15 unidades de norte a sul

2 mil colaboradores

1,3 mil equipamentos

TERMINAL RETROPORTUÁRIO EM ITAJAÍ (SC) • 57.000 m² de área total; • 7.700 m² de armazém geral.

OPERAÇÃO PORTUÁRIA EM SANTOS (SP) • Movimentação por modal ferroviário e rodoviário; • Armazenagem e movimentação (Operação IN HOUSE); • Embarque de celulose nos navios.

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INFORMATIVO DOS PORTOS PORTOS // INFORMATIVO DOS

MINÉRIO FERRO PORTO FRANCISCO DO SUL ARTIGODEDESÃO

OPERAÇÃOPREVÊ NO PORTO ACORDO REVISÃO ADUANEIRA E MOVIMENTAR 150 FISCAL DE IMBITUBA INAUGURA CLASSIFICAÇÃO MIL NOVAQUILOS FASE DODESISTEMA AÇÚCAR NODE PORTO PORTUÁRIO SC CATARINENSE por Wagner Antônio Coelho

Um dos institutos específicos do Direito Aduaneiro brasileiro consiste na revisão aduaneira, procedimento pelo qual a Aduana brasileira realiza a apuração da regularidade dos pagamentos e a exatidão das informações prestadas pelo importador/ adquirente na declaração de importação, após o desembaraço, no prazo de cinco anos contados da data do registro da declaração de importação.

Dentre os temas mais fiscalizados nas revisões aduaneiras está a classificação fiscal das mercadorias. A utilização da correta classificação fiscal da mercadoria é importante para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação e exportação, e de saída de produtos industrializados, bem como, em especial no comércio exterior, para fins de controle estatístico e determinação do tratamento administrativo, o que inclui a necessidade ou não de licença de importação.

Navio RIK Oldendorff deixou o terminal catarinense mil Protocolo de intenções com para 104,9 que São toneladasdo deSul minério de ferro em Francisco movimente açúcar ao longo de 2022 foi assinado direção ao Porto de Tianjin, na China No caso das importações de mercadorias realizadas por pessoas físicas ou jurídidurante a 23ª edição da Intermodal cas no Brasil, estas devem seguir à classificação fiscal de acordo com a Convenção South América Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de

O maior embarque de granel sólido já realizado no Sul do Brasil, Mercadorias, celebrada em Bruxelas. conforme estatísticos danoAgência Nacional de TransporO Porto dedados São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina, tes Aquaviários inaugura uma nova Ade era nas deve exportar 150(Antaq), mil(SH) quilos demétodo açúcarinternacional em 2022. carga é aoperações mais O Sistema Harmonizado é um classificação denova merdo Porto de Imbituba. O navio RIK Oldendorff deixou o terminal commodity incluído de exportação complexo portuário. Em cadorias, baseado em na umapauta estrutura de códigos e do respectivas descrições, o qual catarinense 104,9 milexportação toneladas de minério em dire2021, portocom realizou teste de 19 de milferro toneladas de segue àsoRegras Gerais parauma Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI) e às Reção ao Porto de Tianjin, na China. É a segunda vez em 2020 que açúcar provenientes de São Paulo para avaliação do potencial para gras Gerais Complementares (RGC), que também fazem parte da referida Conven-o Imbituba atinge uma marca histórica. Em janeiro, um embarque embarque do produto. ção Internacional. Devem ser observadas ainda as Notas Explicativas do Sistema de 89,5 mil toneladas se tornou o recorde local, até ser superado Harmonizado (NESH). por este novo carregamento. A moderna infraestrutura e as boas condições operacionais foram deter-

enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul. No entanto, verifica-se uma divergência na jurisprudência brasileira quanto à possibilidade de reanálise da classificação fiscal na revisão aduaneira. A grande maioria dos julgados entende pela impossibilidade de utilização desse procedimento nos casos em que a mercadoria foi parametrizada para os canais de conferência aduaneira, amarelo, vermelho ou cinza (hipóteses em que a autoridade aduaneira analisa a documentação fiscal e a verificação física da própria mercadoria), pois nesses casos a autoridade fiscal anuiu com as informações prestadas pelo importador. Ocorre que, em recentes julgados do Superior Tribunal de Justiça, o entendimento movimentar a carga pelo O açúcar que seráfiscal, movimentado São consistiu na possibilidade deporto. reanálise da classificação mesmo nosem casos Francisco do Sul será embalado eme/ou sacos deda 50mercadoria quilos e big bag. pela com conferência aduaneira documental física realizada Aduana. Segundo fundamentação, a revisão aduaneira permite que o Fisco revisiPORÕES te todos osDOS atos NAVIOS celeremente praticados no primeiro procedimento – conferência aduaneira durante o processo de despacho aduaneiro –, e, acaso verificada a hipóO projeto da consultoria prevê movimentar também nos do porões tese de reclassificação, efetuará o lançamento de ofício previstoaçúcar no art. 149, CTN.

do navio, o que já tem o apoio do operador portuário. “Todo o respaldo

recebimento e envio navios com de cargas. do porto eressaltar da Zeport excepcional para começar a movimentação de Importante quefoi ode posicionamento domaior STJ secapacidade baseia em situações fátiO governador Carlos Moisés considera o bom momento da ativiaçúcar no porto”, destaca Marcelo.com base nas disposições do Decreto cas anteriores à utilização do Siscomex, nº dade portuária demonstração do potencial queaduaneiro Santa Catari91.030/85 - RA/85,uma no qual o prazo para conclusão do despacho era de na tem para explorar esse modal. “Estamos qualificando a gestão De acordo com Felipe de Oliveira, diretor de Zeport, cinco dias, em totalLuiz descompasso com as realidades daoperações fiscalizaçãoda moderna doa dos comércio portos exterior catarinenses e os resultados já aparecem. Trabalhamovimentação de açúcar representa a possibilidade de trazer novas caratual brasileiro.

mospara para marcas importantes comoque esse recorde de Francisco Imbitubado e, minantes tornar ofiscal Porto São Francisco do Sul numa opção ágil gas o porto. “Fazia quase 20 anos o Porto de São No Brasil, apara classificação dede mercadorias está vinculada à Nomenclatura Co-e O minério deo escoamento ferro embarcado de Imbituba, a partir proprincipalmente, fazer terminais um instrumento segura de produtos oriundos região Sudeste do Sul não operava este tipodos de carga. umportuários desafiosólido no primeiro momento Desse modo, observa-se ausência de um Foi posicionamento e pacífico adotado mum dopara Mercosul (NCM), adotada no é Mercosul desde a da sua criaçãode emum 1995 e cesso de1997. extinta indústria carboquímica dauma cidade. paraTribunais, o desenvolvimento local”, país. A industrial expectativa é uma de que o porto torne, em atépor4 um anos, das pelos para todos osque envolvidos, mas foi diz. fundamental apoio da autoridade acompanhe a dinâmica do comércioo exterior, para um tema aprovada no Brasil em A estrutura dase NCM é composta código de oito O produto é utilizado na produção de aço, tintas, entre outras apliprincipais rotas da exportação de açúcar no Brasil. portuária e dos trabalhadores”, acentua. Este ano foram extremamente importante para os importadores brasileiros. dígitos, dentre os quais, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, g feitas algumas cações. Este é o terceiro navio de um projeto de exportação que O diretor presidente SCPAR de Imbituba, Jamazi Alfrealterações na operação da para ganharPorto em agilidade e mobilidade. reiniciou em dezembro do ano passado. A embarcação RIK Oldendo Ziegler, diz que o terminal está alinhado para propiciar O protocolo de intenções para que São Francisco do Sul movimente açúWagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Asso- o dedorff foi atendida pela marítima Friendship edaaIntermodal operação senvolvimento econômico sustentável, buscando constantemenciados OAB-SC Consultor de TradingsaCompanies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador ComissãoVieira, de Direito Aduaneiro, Marítimo e de car ao– longo de1042-2005, 2022 foi agência assinado durante 23ª edição Conforme o presidente do porto,da Cleverton a assinatura do protocolo Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador daPortuários, Comissão Estadual Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de“Diante Gestão de foi realizada pela empresa Imbituba Logística Portuária (ILP). te melhores condições comerciais para o mercado. South América entre a Zeport Operadores Portode Commodiintenções para movimentar 150 mil quilos de açúcar é um momento histórico Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro à conquistas como estas quedeestamos registrando juntamente ties e a Furente Eireli. A Intermodal foi realizada e 17 para São Francisco Sul. “Além ser a retomada de uma operação, é uma e Comércio Exterior;Consultoria Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantisde na 15 Especialização em Direito Aduaneiro,do Marítimo e Portuário. FACILIDADE DE ACESSO comunidade portuária, vemos dia a dia o cumprimento de nossa de março, no São Paulo Expo, e reuniu mais de 200 empresas do segcarga nova que está sendo agregada ao mix de carga”, destaca. Segundo Clemissãoa operação enquanto estatal de qualificar o que Porto de Imbituba mento de logística. verton, também sinaliza ao mercado o porto é eficiente,para tem Há oito anos, o Porto de Imbituba é administrado pelo governo operações mais eficientes”, destaca. e seus trabalhadores diferencial emcada razãovez da eficiência de seus operadores catarinense, da Marcelo SCPAR Furente, Porto dea movimentação Imbituba, estatal subDe acordo comatravés o consultor de açúcar portuários, comungando com os investimentos que a autoridade portuária sidiária da São holding SCPAR, braço empreendedor do estado. CaAflexibilidade operacional e ovalor baixo tempo de espera parao Porto atrano Porto de Francisco do Sul é uma nova oportunidade para fomenvem fazendo. “Tudo isso agrega um muito significativo e recoloca racterísticas como a facilidade de acesso, com do uma ampla bacia cação são alguns dos excelentes diferenciais de Imbituba no tar a exportação do produto. Ele explica que depois embarque teste de São Francisco do Sul na rota de uma carga que é bastante importante para de manobras a profundidade nos caisde têm contribuído paraemo atendimento às necessidades do mercado.n realizado no anoe passado, houve o interesse outros exportadores o país”, completa.

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PORTOS GAÚCHOS

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GOVERNO QUER ATRAIR NOVOS INVESTIMENTOS PARA RIO GRANDE, PELOTAS E PORTO ALEGRE

junto à APM Terminals o desenvolvimento de um sistema mais eficiente para a vistoria das embalagens de madeira usadas na importação de cargas. Com a utilização dos novos procedimentos, o Mapa será informado com relação às unidades que contêm madeiras (pallets, entre outros tipos de embalagens), de cinco a sete dias antes da atracação do navio por meio de sistema totalmente informatizado. De posse dessas informações, o Mapa informará quais contêineres deverão ser vistoriados antes do desembarque e o terminal fará o posicionamento dos contêineres, facilitando a vistoria e agilizando os processos. O sistema utilizado até então também limitava o agendamento a determinados dias da semana, fazendo com que as vistorias fossem adiadas para o próximo dia disponível. O novo processo vai eliminar essas limitações, visando à vistoria das unidades conforme a ordem de descarga no pátio do terminal. Isso fará com que o número de dias entre a descarga da unidade e a vistoria seja reduzido.

Projeto Rio Grande – Porto Indústria faz parte do

Luiz Gustavo explica que os portos do Paraná e São Paulo até utilizam um programa transversal Avançar, dentro do eixo Avançar sistema informatizado de informação, mas é menos eficiente que o acaba de entrar em operação na APM Terminals Itajaí. Depois do período de testes e pelo Crescimento ajustes do novo sistema, a intenção do Mapa é começar a utilizar em todos os terminais do- Complexo Portuário do Itajaí. O Rio Grande Porto Indústria e os leilões de áreas nos portos gaúchos são as principais apostas do governo gaúcho para atrair novos investimentos para o distrito industrial De acordo com da APM Judo Rio Grande, nadiretor-superintendente zona portuária, e para os portos deTerminals, Porto AlegreAristides e Pelotas.Russi No local, nior, dos maiores entraves do antigodosistema era a movimentação dos conestãoum instaladas as principais companhias complexo portuário. têineres para fiscalização. Na maioria das vezes, a empresa precisava fazer vários movimentos equipamentos do pátio paradeque O distrito industrial decom Rio Grande é o maiorpesados do estado,dentro com 2.580 hectares áreao contêiner fosse “Com este pela novoSecretaria sistema nosso objetivo é melhorar total. O projeto foifiscalizado. articulado em conjunto de Desenvolvimento Econôa experiência da APMaTerminals, a durante eficiência dosedição serviços anuentes mico e a Portosdo RScliente e apresentado investidores a 26ª da Intermodal e adequação South America.da operação, facilitando a liberação da carga em um tempo menor”, dz Aristides. A estimativa é de que o novo método reduza o custo de armazenagem de 40%Almeida, a 50% diretor para odos importador, além do a mercadoria Bruno Gonçalves Portos Interiores daganho Portos de RS,ter explica que o promais cedo em suatrabalhado planta industrial. jeto começou a ser no começo do atual governo. O estado vem trabalhando incentivos fiscais para a instalação dessas empresas. “O distrito tem um zoneamento O atua diretaéou emna100% cargas de importação. e oMapa requisito principal ter indiretamente um processo fabril área”,das acentua. O local também tem Somente noaano passado foram realizadas 59 interceptações deé que cargas com espaço para instalação de empresas de apoio logístico e a expectativa o distrito possível embalagem e ou suportes de madeira queepoderiam ter traga maispresença carga paradeo porto além o aumento da geração de emprego renda. algum tipo de praga. Em alguns casos, conforme a legislação, o produto pode até devolvido para país do de programa origem. ntransversal Avançar, ddentro do O Riomesmo Grandeser – Porto Indústria fazoparte eixo Avançar pelo Crescimento. A Portos RS estima que o impacto do projeto compreenda 434 lotes, 338 hectares com sistema viário implantado, 700 quilômetros de vias navegáveis ligando o porto do Rio Grande ao interior, um terminal público, quatro terminais de uso privado e 31 berços para atracação. ARRENDAMENTOS

De acordo com Bruno Almeida, foram concluídos os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) das áreas POA01, POA11 e RIG71. Com a conclusão, o próximo passo será o envio à Antaq para análise final e encaminhamento para leilão. A previsão é de que as áreas sejam leiloadas até setembro deste ano. Os EVTEAs realizados apontam um volume de investimentos previstos que são superiores a R$ 48 milhões. A área POA01 possui 13.500 m² e se destina à movimentação e ao armazenamento de graneis sólidos vegetais. A área POA11 conta com 3.380 m² e se destina à movimentação de granéis sólidos vegetais ou minerais. Já a área RIG71 se refere ao Terminal Logístico do Arroz, que possui 11.480 m². O objetivo é resgatar as operações de terminais que atualmente estão inoperantes, trazendo maior disponibilidade de armazenagem e garantindo maior eficiência nas operações.n 13 17


INFORMATIVO DOS PORTOS /

LOGÍSTICA INTERNACIONAL

CRESCE IMPORTAÇÃO DE VINHOS DO LESTE EUROPEU PARA O BRASIL A busca por novos sabores e experiências tem impulsionado a importação da bebida de outros países além de Portugal, Itália, França, Argentina e Chile Ofuscados por mercados mais conhecidos de outras regiões do mundo ou desprezados por diferentes motivos geopolíticos e econômicos, vinhos do leste europeu começam a despontar como novidade nas gôndolas de supermercados e casas especializadas e incrementam a pauta de importação da bebida. Para apreciadores que procuram diferentes sabores e uvas, a Europa Oriental é uma das novas fronteiras quando se fala em vinhos. O vinho tem se tornado uma bebida mais acessível ao brasileiro, com informação disponível em sites, plataformas de vendas e mídias sociais, que

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trazem a oportunidade de se aventurar por novas uvas e sair do óbvio. A busca por novos sabores, experiências e harmonização, bem como a abertura de diversos clubes de vinho, têm impulsionado a importação da bebida de outros países além de Portugal, Itália, França, Argentina, Chile e Uruguai. Desde 2021, o Grupo Allog vem contribuindo para a importação de vinhos de países como Ucrânia, Romênia, Líbano, Macedônia, Croácia, República Tcheca e Rússia para o mercado brasileiro. Neste ano, a relação de países


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PESSOAS E EXPERIÊNCIA GLOBAL

com exportação de vinhos para o Brasil fora da rota dos tradicionais inclui também o Marrocos e a África do Sul, do continente africano; Turquia, da Euro-Asia; e Moldávia, do leste europeu. “A representatividade em volume ainda é baixa perante o total de garrafas importadas, mas é interessante perceber o aumento e a diversificação de países” avalia Tatiana Piazza, analista de desenvolvimento de mercado do Grupo Allog. EM BUSCA DE NOVOS HORIZONTES

com o objetivo de fornecer maior segurança, competitividade e know how para auxiliar o mercado na consolidação de pedidos de diversas regiões do mundo. Muitas vezes, os importadores não possuem grande quantidade para trazer de países como Eslovênia, Hungria, República Tcheca. “Sendo assim, estudamos a melhor logística para consolidar pedidos que os importadores possam ter de outros países em que há maior demanda, como França e Itália, e consolidamos em nosso armazém, na origem, vinhos de diversos países, otimizando espaço, custo e tempo”, explica Tatiana.

Conforme Tatiana, o Oriente Médio, a África e a Ásia dominam as estatísticas de países exóticos dos quais a companhia movimenta vinhos. “E é muito Em relação ao mercado do vinho como um todo, 2020 e 2021 foram Esses são das fundamentos que fazem Grupo Janem que Nossas soluções modernas e inovadoras coninteressante ver o anseio dessas regiões pelo crescimento vendas. Veanosdohistóricos houve um aumento expressivo do já consumo e De Nul um sucesso fenomenal. Graças a funcioconfiança de todos nesse negócio. mos, por exemplo, a ação de associações internacionais como a Asian Wi- importação de vinhosquistaram no Brasil.aEsse aumento muito se deu por conta altamente capacitados mais moderna Seja pandêmica com relaçãoem à construção das novas com- sair nes Association, que é uma aliança de produtoresnários asiáticos de vinho que se edoa lockdown e a situação que as pessoas evitaram frota, o Grupo jan De Nul é o maior especialista portas no Canal do Panamá ou um novo compleuniram buscando a democratização e divulgação dos vinhos de produtores para tomar um vinho e criaram o hábito de consumi-lo em suas casas. xo portuário no oeste da Austrália, juntos com indianos, tailandeses, indonésios e japoneses”, diz.em atividades de dragagem e construção naval, bem como em serviços especializados para a nossos clientes, contribuímos para o desenvolviPara a especialista, este hábito veio para ficar, porém, com a queda nos indústria offshore de petróleo, gás e energia mento econômico responsável. Um fato interessante é a diversificação de uvas plantadas no mercado india- números relacionado à pandemia e a abertura dos bares e restaurantes renovável. A combinação das atividades de engeno. Castas como a Chenin Blanc, Cabernet Sauvignon, Shiraz, Nero d’Avola, em todas as regiões do país, as pessoas voltaram a sair, impactando nharia civil e ambientais torna o Grupo completo. Sangiovese, Malbec e Zinfandel ganham espaço a cada dia. diretamente nos números de encomendas de vinhos para consumo em casa. “Ao mesmo tempo, esses dois anos trouxeram à população a vonNul do Brasil Dragagem Ltda FOCOJan NODeMERCADO DE VINHOS tade de descobrir novos sabores, aromas e se aventurar mais no munAv. das Américas, 3500, Edifício Londres, Bloco 1, Salas 515 e 516 do dowww.jandenul.com vinho, buscando por vinhos de regiões e países menos comuns, 22640-102 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ I Brazil T +55 21 2025 18 50 I F +55 21 2025 18 70 I E brasil.office@jandenul.com A Allog conta com uma equipe especializada na importação de vinhos como Ucrânia, Romênia, Líbano, Macedônia, Georgia, Rússia”, conclui.35

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INFORMATIVO INFORMATIVODOS DOSPORTOS PORTOS // SISTEMA SIMPORT DE INFORMATIVO DOS PORTOS /

TRANSPORTES

EXPEDIENTE

PAÍS PRECISA DE A LOGÍSTICA MONITORAMENTO INVESTIR 4,5% NAVEGAÇÃO NO DO DAS COISAS PIB AO ANODOEM COMPLEXO ITAJAÍ: INFRAESTRUTURA REVOLUÇÃO NA NOS PRÓXIMO OBTENÇÃO DE DADOS 10 ANOS METEOCEANOGRÁFICOS PUBLICAÇÃO Perfil Editora

DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta

FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem

A indústria mundial tem passado por transformações ao longo dos últimos séculos. A cada grande mudança pela qual a indústria passa, a história denomina de Revolução Industrial. A Internet das Coisas, que viabiliza, cada vez mais, as trocas de informações em tempo real, é uma das grandes responsáveis por essa nova revolução. Mas vale a pena destacar aqui a evolução do conceito de “fábrica inteligente”, na qual a integração em tempo real com as demandas e a flexibilidade de responder de forma ágil e eficiente marcam mais esta revolução. Estamos vivendo a era da indústria e a logística tecnológica, como bem evidência a reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos. A complexidade que muitos já não conseguem mais acompanhar, que inclui sistemas de otimização, monitoramento e simulação, ainda está limitada aos projetos ou às fábricas e armazéns, mas, no cenário da Indústria 4.0, esses limites serão ampliados para a cadeia de suprimentos e acontecerá provavelmente mais uma revolução: a integração total. Definitivamente, a tecnologia faz os negócios caminharem em um ritmo inédito. que reflete perda de dinamismo do setor. “Nós precisamos fazer com que

UmREVISÃO dos focos da Fiesp está em fomentar a Izabel Mendes Após implantaçãodo dopaís, SIMPORT, reindustrialização já que Itajaí a indústria a indústria de transformação volte a crescer, e falar em reindustrialização No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas movimentou US$ 1,35 de transformação responde hoje por COMERCIAL avalia positivamente operações, queapenas sem sendo infraestrutura é impossível, pois a precede o desenvolbilhão em 2016, que a indústria automotiva e infraestrutura manufatura foram as mais Thaísado Michelle Santos vimento em qualquer região”, enfatizou. 11% PIB brasileiro relevantes, de acordo com um estudo da Frost & Sullivan. Com grande contam com dados em tempo real comercial@informativodosportos.com.br potencial de transformação, especialistas estimam que esse mercado movimentará US$ 15 trilhões nos próximos promovendo as condições deao navegação Osobre Brasil precisaria investir 4,5% do PIB ano em infraestrutura, ao longo dos A cerca ideia de é, junto com entidades do setor15 deanos, infraestrutura, eaontrar camiPROJETO GRÁFICO

ganhos consideráveis de eficiência com e produtividade, atuando na Elaine 10 Mafra |Magic Arte próximos anos. A constatação é do presidente da Federação das Indústrias nhos de investimento um novo modelo detambém política industrial que perredução de custos, consumo energético e uso de materiais. do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva. Nas últimas décadas, o mita a integração às cadeias globais de valor, proporcionando aumento DIAGRAMAÇÃO E CAPA PIB Brasil registrou modestos avanços, pouco se reverteu emganhou melhoprodutividade e inovação. Neste sentido, o Senai-SP irá apoiar cerca de Emdo 2019, o |Magic Complexo Portuário demas Itajaí e Navegantes Omuito SIMPORT já mas opera comum sucesso nafavorável baía daaoBabitonga e no Porto Elaine Mafra Arte - @magicartedigital Ainda temosde a evoluir, existe ambiente elaine@informativodosportos.com.br rias na infraestrutura do país. na sinalização náutica, que serviram 40 mileconomia pequenas eSanta médias indústrias em consultorias para auadequações e melhorias de de da Imbituba, empara, Catarina, no paulistas Terminal de Paranaguá fortalecimento quem sabe, finalmente o Portuário de produtividade, melhoria de ganhos tecnologia. Brasil seja omento país dono futuro. bases para a instalação de um moderno sistema de monitoramen(TCP), Paraná, e no Complexo doprocessos Porto-Açu,eem São de João da Barra, PERFIL EDITORA Otochamado tudo de queacesso o país possui em rometeorológico edeoceanográfico do écanal aos portos. no Rio de Janeiro. Ele monitora e informa os usuários em tempo real Fone: (47)estoque 3348.9998 |infraestrutura, (47) 3344.5017que Boa leitura! dovias, hidrelétricas, ferrovias, portos,pela aeroportos, entre outros, do quePorto já reprewww.informativodosportos.com.br AEROPORTOS O propósito da licitação aberta Superintendência de sobre as condições meteorológicas e oceanográficas que afetam diinformativodosportos@informativodosportos.com.br sentou o equivalente a 56% do PIB – patamar semelhante ao de países da Itajaí na ocasião era, entre outras perspectivas, o de modernizar retamente a navegação. “Monitorar essas variações tem importância Organização a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) – está Edital de chamamento público lançado pelo Ministério da Infraestrutura suas além obter dados sobreEconômico os ecossistemas de fundamental no planejamento e na execução das manobras portuárias *Osoperações, artigospara assinados são dede inteira responsabilidade hoje em cerca de 36%. busca atrair interessados em apresentar estudos de viabilidade técnica, seude entorno. (atracação, desatracação e navegabilidade), auxiliando a praticagem seus autores e não representam a opinião da revista. econômica e ambiental que subsidiem a modelagem concessão Emipara local na navegação e manobras de navios”, explica oda oceanógrafo Para Josué o poder público perdeu a capacidade de investir e não Quase umGomes, ano após a implantação do SIMPORT (Sistema de OceaDolichney,exploração sócio da Acquaplan, empresa responsável pelo Dumont sistema.e alioexpansão, e manutenção dos aeroportos Santos criou formas de a iniciativa compensar essa queda. Hoje, país nografia Operacional em privada Áreas Portuárias), os resultados sãoo conGaleão, no Rio de Janeiro (RJ). O leilão conjunto dos dois terminais aéreos investe apenas 1,7% dopelo PIB em infraestrutura, insuficiente paramuito atensiderados positivos Porto de Itajaí. “Onível sistema tem sido Segundovai o engenheiro implantação do SIMcariocas marcar a 8ª André, rodada anteriormente de concessões àaeroportuárias, prevista der asutilizado necessidades Brasil. “Sem mais investimento, muito difícil bem pela do Autoridade Portuária, Marinha eserá Praticagem no PORT,2023. a obtenção dos dados hoje dispostos pelo sistema era diferenpara recuperarmos os níveis de infraestrutura qualidade para gerenciamento das manobras. Essa de transmissão dospermitirmos dados em te. “Tudo era muito empírico: ligava-se para o navio para saber como e monitoramento um desenvolvimento saudável da indústria”, afirma o empresário. tempo real é um excelente instrumento gerenciador de risco, aSegurança poro tempoéládirecionada fora,24h a correnteza era medida pela praticagem, mas Aestava convocação a pessoas físicas ou jurídicas de direito que, juntamente com batimetrias, dragagens e sinalização náuti-estratégia hoje gerenciamos a abertura e o fechamento barra com dados técaLocalização a 8km Portonave privado. Os da interessados devem apresentar de documentação à SecreSegundo Josué, um dos focos sua gestão na Fiesp será, justamente, ca, é mais um braço que vemdeauxiliar na segurança da navegação”, nicos mais precisos e com maior agilidade, tendo certeza de que as taria Nacional de Aviação Civil (SAC) do Ministério da Infraestrutura aArmazenagem de cargas soltas e conteinerizadas fomentar reindustrialização país, pois a indústria transformação explica oaengenheiro Andredo Luiz Pimentel Leite dadeSilva Junior, dicondições estão com propícias para aderealização das podem manobras (Minfra). A ambientais íntegra do edital as regras participação ser retor técnico do Porto Itajaí. responde hoje por apenasde11% do PIB, menor percentual em décadas, o com segurança”. conferidas no site do Ministério. www.flarmazenagem.com.br - BR 470 - km 7 - Volta Grande - Navegantes/SC - (47) 3319-6400

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Edição nº 227 - Ano XVIII - Av. Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

NOVOS TEMPOS a indústria e a logística tecnológica A adoção da internet das coisas pela indústria brasileira está mais acelerada. Soluções ajudam o setor logístico a ser mais eficiente e com menor custo

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ANUÁRIO BILÍNGUE BILINGUAL YEARBOOK

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Empresas catarinenses apostam no aumento das exportações

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Movimentação deve chegar a 5 milhões de toneladas em Imbituba

INFORMATIVO DOS PORTOS

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INFORMATIVO DOS PORTOS / REFORÇO

LOGÍSTICA EFICIENTE

NA FROTA

Para batizar o “Aliança Levante”, a companhia escolheu Rosilene Carvalho de Senna como madrinha. Rosi, como é carinhosamente chamada por todos, ingressou na Aliança em 1986 como programadora. Passou pelos departamentos Financeiro, Documentação e Controladoria, até chegar à gerência da área de Recursos Humanos, na qual atua desde 2012. Para celebrar o momento, ela foi à cerimônia acompanhada do marido, Luís, e dos filhos Lucas e Clara. g

ROCHA SE TORNA MAIOR TERMINAL PRIVADO DE GRÃOS DO PORTO DE PARANAGUÁ

A MELHOR OPÇÃO EM LOCAÇÃO DE DoisEQUIPAMENTOS novos armazéns são dedicados ao embarque de grãos do complexo soja e RODOVIÁRIOS estão preparados para o atendimento de outras demandas durante o ano

Focada em soluções para tornar o armazenamento de grãos mais eficiente, a Rocha Terminal Portuários e Logísticos S/A se tornou o maior terminal privado de grãos do Porto de Paranaguá (PR). A estrutura conta com capacidade para armazenar 270 mil toneladas e capacidade estática para exportar 5 milhões de toneladas por ano. A nova capacidade foi alcançada em março com a inauguração da segunda fase do terminal de Granéis Sólidos de Exportação (Gexpo). O novo complexo representa um aumento de 46% na sua capacidade estática interligada ao Corredor de Exportação. “Os estudos para a implantação do Gexpo tiveram início há sete anos a partir MATRIZ das demandas dos clientes e análises de mercado. Buscamos ouvir os setores SANTOS/SP: (13)3023-6161 - (13)99631-4327 produtivos e desenhar um complexo logístico moderno, diversificado e com alta FILIAL produtividade. Nosso propósito oferecer condições para que o agronegócio ITAJAÍ/SC: écontato@mesquitaloc.com.br exporte sua safrawww.mesquitaloc.com.br com maior eficiência”, declara Juliano Mattar Dell’Agnolo, diretor-presidente (CEO) da Rocha. 22

O NOME LEVANTE O “Levante é uma homenagem a um tipo de vento que sopra do leste, próprio das ilhas Baleares, um arquipélago do Mediterrâneo ocidental, e do sudeste da Península Ibérica. Caracteriza-se por ser úmido e suave. Além do “Aliança Levante, outros Os dois novos armazéns que compõem o Gexpo são dedicados ao quatro rebocadores já foram batizados. São embarque de grãos do complexo soja e estão preparados para o atendimento de outras demandas durante o ano, como os embarques de eles: “Aliança Minuano”, “Aliança Aracati”, milho e farelo. MODAIS

“Aliança Pampeiro” e “Aliança Mistral”.

Com as instalações recém-inauguradas, a estrutura para recebimento de caminhões teve sua capacidade duplicada e hoje conta com quatro tombadores para atendimento de 24 caminhões por hora, o equivalente a aproximadamente 21 mil toneladas de grãos descarregados por dia. “Ela possibilita a descarga rodoviária de dois produtos diferentes, simultaneamente, gerando valor agregado nas transições das safras de soja e milho, além do incremento no atendimento ao farelo”, comenta Daniel Camargo, 40 ANOS 650 gerente de Logística da Rocha. DE TRADIÇÃO

EQUIPAMENTOS EM QUATRO CATEGORIAS

NA LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS

Os investimentos aplicados no novo complexo logístico também abrangeram as operações no modal ferroviário. A recepção das composições segue o definido no chamado Projeto Asa Leste, com a criação de conexões PORTA-CONTÊINERES sinérgicas. O número de encostes simultâneos passou de 70 vagões (3,8 mil toneladas) para 88 vagões (4,9 mil toneladas), permitindo, assim, a recepção de até 250 vagões por dia (13,7 mil toneladas por dia). Com o Gexpo, a empresa se tornou o único terminal de grãos do Porto de Paranaguá com quatro linhas para embarques de grãos, com capacidade FURGÕES BAÚS total de 8 mil toneladas por hora. TECNOLOGIA

PRANCHAS REBAIXADAS

Os clientes da Rocha têm à disposição uma importante ferramenta para acompanhar o andamento das operações em todo o complexo logístico da empresa. O aplicativo Gexpo LOG disponibiliza informações como line up, fluxo de cargas e estoque de um modo simples, o que pode aumentar a CARRETAS previsibilidade na tomada de decisões do cliente. A Rocha investiu igualmente na automatização das balanças rodoviárias. Segundo a empresa, as melhorias proporcionam mais velocidade nas operações e facilitam as contratações de frete por parte dos clientes. “Priorizamos o cuidado ativo, a performance, a disponibilidade, a qualidade e os custos. A partir desses elementos, temos a gestão completa da área, através de relatórios disponibilizados para toda a equipe e diretoria, de modo a garantir a excelência nas operações”, frisa.n


INFORMATIVO DOS PORTOS /

INTERMODAL SOUTH AMERICA

26ª EDIÇÃO DA INTERMODAL REAPROXIMOU O MERCADO NA RETOMADA DOS GRANDES EVENTOS Edição 2022 contou com mais de 200 marcas expositoras, mais de 60 palestrantes e com um número de visitantes qualificados superior a 20 mil

A 26ª edição da Intermodal South America 2022 – evento que é o principal ponto de encontro dos setores logístico, intralogístico, de transporte de cargas e comércio exterior da América Latina – foi um marco para esses segmentos ao celebrar o retorno do evento aos pavilhões e ao cravar o reencontro das cadeias de abastecimento, distribuição e suprimentos com os mercados nacional e internacional. O evento aconteceu simultaneamente à NT Expo, encontro de negócios dedicado ao transporte metroferroviário.

Para o diretor do portfólio de infraestrutura da Informa Markets Brasil, promotora e organizadora da Intermodal e da NT Expo, Hermano Pinto Jr., o êxito dos eventos – realizados de 15 a 17 de março, no São Paulo Expo – deve-se ao alto nível de profissionais e empresas presentes nas feiras. Ao todo, foram mais de 200 marcas expositoras, mais de 60 palestrantes e um número de visitantes qualificados superior a 20 mil.

A Intermodal se transformou em uma plataforma de negócios completa para os setores de logística, intralogística, transporte de cargas e comércio exterior, gerando negócios, relacionamentos e entregando conteúdos de qualidade em todos os ambientes: digital e físico, sinergicamente.

“Saímos desta edição com a sensação de dever cumprido e felizes com os diversos feedbacks positivos que recebemos. Afinal, vimos expectativas sendo superadas e a satisfação de estar de volta estampada na expressão de nossos expositores, que seguiram fazendo networking, gerando conhecimento e trazendo oportunidades de negócios aos nossos visitantes”, afirmou.

Atualmente, possui uma base de dados qualificada, com mais de 150 mil contatos de profissionais do setor e diversos canais, como plataforma digital, website, redes sociais e uma plataforma de conteúdos e negócios exclusivos, com os quais consegue promover marcas, lançar produtos, gerar leads e realizar ações personalizadas para obtenção de um melhor retorno dos investimentos, com mais foco e assertividade. 18

FEEDBACKS POSITIVOS

Sucesso reconhecido também pelos próprios expositores, que levaram à Intermodal as últimas novidades, soluções e tecnologias para os setores contemplados pelo evento, como o Grupo Martins, operador logístico internacional, que apresentou o novo posicionamento de mercado da marca. Agora, a empresa passa a fazer parte de um restrito grupo de operadores logís-


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ticos que atua, com estrutura própria, em todas as etapas do comércio exterior, oferecendo soluções logísticas e de supply chain ‘porta a porta’. Foi o que dis se o presidente e fundador do Grupo, Lourival Mar tins, que reconheceu a impor tância da Intermodal para os negócios da companhia. “A Intermodal deste ano foi emble mática porque nos aproximou dos clientes e parceiros, depois de quase dois anos de pandemia da Covid-19 sem contato presencial. Es sa proximidade com o mercado é fundamental para a retomada dos negócios. Recebemos muitos pedidos de cotação de novas empresas, interes sadas em terceirizar a logística internacional, a maior par te para impor tação de produtos e transpor te de cargas”. Quem também valorizou a presença no evento foi a G2L Logística, companhia do Grupo Gerdau, que fez sua estreia na Intermodal e aproveitou a participação na feira para posicionar a marca no mercado como operador logístico digital, além de ressaltar o grande crescimento da empresa no último ano, de 300% . Segundo o CEO da G2L, Marlos Tavares, a participação da companhia na Intermodal reflete o fortalecimento da marca, assim como reforça o desejo da empresa em expandir suas operações para outros segmentos. “Com a logística multimodal, a G2L se destaca pela tecnologia e inovação que oferece,

atendendo todas as regiões e setores do país, e não somente a siderurgia”, destacou. A mesma empolgação com o retorno da feira aos pavilhões foi demonstrada pelo diretor de produtos para a logística da Senior Sistemas, Anderson Benetti. “A Intermodal é um evento superimportante para a empresa. E este ano ficamos até receosos, a princípio, já que seria a primeira edição pós-pandemia, mas o resultado foi fantástico. No nosso estande, trouxemos um assunto bem relevante, que é a tecnologia para a logística e para o transporte, em um momento em que as empresas estão precisando da inovação para melhorar a eficiência operacional, reduzir custos e manter a competitividade no mercado”, ressaltou. Opinião semelhante tem o gerente comercial da Portonave, Rodrigo Gomes. “Entendemos que a Intermodal é, justamente, um espaço para aquecermos as relações de negócios e estamos satisfeitos com os resultados deste ano, que superaram nossas expectativas”, salientou. Em três dias de evento, foram contabilizados mais de 500 visitantes diretos no estande da empresa, entre clientes, fornecedores, parceiros e jornalistas, comunicou o executivo. “Estávamos ansiosos pela volta da feira na modalidade presencial e, mais uma vez, foi uma oportunidade fundamental para fortalecermos nossa marca, além de apresentarmos nosso positivo crescimento dos últimos anos”, complementou.

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ENTREVISTA: LEANDRO CARELLI BARRETO

“TÃO LOGO OS GARGALOS SEJAM EQUACIONADOS, OS VALORES DOS FRETES CEDERÃO” Exportações do setor registraram alta de 14,9% em 2021. Produtos para cabelos se mantêm na liderança das categorias mais vendidas ao exterior A pandemia de Covid-19 causou uma desorganização sem precedentes na logística do comércio internacional, que começou no início de 2020 e parece não ter fim. O resultado disso ainda impacta o mercado da navegação e as principais “sequelas” do novo coronavírus que prevalecem no transporte marítimo de cargas ainda são a falta de equipamentos e valores de frete altos. Diversos setores produtivos interromperam suas atividades, o que pressionou as empresas de navegação a adotarem medidas, como o cancelamento de escalas e serviços de transporte. No entanto, a progressiva retomada da economia no planeta levou a uma disparada de encomendas por insumos e mercadorias do comércio exterior em níveis acima das projeções e da capacidade logística dos armadores e terminais. Como exemplo, os fretes no mercado spot, que estavam em uma média de US$ 2 mil por contêiner antes da pandemia, alcançaram valores próximos

a US$ 10 mil, no caso da rota para o Brasil, tornando o frete mais caro com origem na China. E a escalada dos valores de fretes para as diferentes rotas deve permanecer nos próximos meses. Quem fala com propriedade dessa nem tão nova realidade do mercado do transporte marítimo é o consultor-sócio da Solve – Shipping Intelligence Specialists, . Com matriz na capital paulista, a empresa é hoje uma das mais conceituadas no segmento no qual está inserida. Leandro é administrador de empresas especializado em economia internacional pela Universidade de Grenoble e em inteligência competitiva pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Atua há mais de 20 anos em logística internacional, já foi gerente de Inteligência de Mercado na HamburgSüd, professor e conselheiro do Ibramerc, diretor de análises da Datamar Consulting e articulista de publicações de projeção no Brasil e exterior.

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Também é professor da pós-graduação em logística da FIA e de inteligência competitiva no Centro Universitário Municipal de Franca (Uni-Facep). Como o senhor vê o atual momento pelo qual estamos passando? Leandro Carelli Barreto: Estamos passando um momento atípico e sem precedentes, não apenas na história da navegação, como também da humanidade. Fatores que acabam culminando em muitas incertezas e volatilidade. Dá para dizer que a pandemia ocasionou grandes mudanças na navegação em todo o planeta? De que forma isso ocorreu? Leandro: A pandemia catalisou uma série de transformações pela qual o setor já vinha passado, tais como a consolidação, o fim do overcapacity, a digitalização, o end-to-end, a descarbonização, entre muitas outras. No entanto, mesmo que a pandemia não tivesse acontecido, os fretes já tinham tendência de alta em 2020, diante da redução das encomendas de novos navios, em virtude dos recorrentes prejuízos dos armadores que se acentuaram em 2016. Diante de tudo isso, dá para prever como será o ano de 2022 e os próximos anos para esse mercado? Leandro: O que já dá para dizer é que 2022 ainda será de fretes altos, falta de equipamentos e níveis de serviços ruins. Para os próximos anos, embora os novos navios previstos para 2023 e 2024 representem um importante incremento de capacidade, se os gargalos “em terra” não forem resolvidos, esses problemas podem até piorar. A crescente concentração das empresas de navegação de poucos gigantes globais tem contribuído para mudanças que o mercado vem enfrentando? Leandro: A concentração é fruto de anos de fretes irracionalmente baixos por causa de um excesso de capacidade que teve origem na crise internacional de 2008 e se arrastou por praticamente uma década. Com isso, muitos armadores não aguentaram os recorrentes prejuízos e ficaram pelo caminho. E de que forma essa concentração está ocorrendo? Leandro: Não se pode negar que tanto a consolidação quanto os consórcios (joint services) proporcionaram aos armadores uma melhor gestão da oferta de capacidade, sobretudo nos momentos de quedas acentuadas da demanda. Isso pôde ser observado no início da pandemia, quando os armadores simplesmente estacionaram centenas de navios por falta de demanda e estancaram uma possível gigantesca queda dos fretes.

Quais os impactos dessa consolidação sobre custos dos fretes? Isso não tira a competitividade do modal marítimo? Leandro: Tão logo os gargalos sejam equacionados e os novos navios saiam dos estaleiros, os fretes certamente cederão. Contudo, é difícil imaginar que voltaremos a ter os fretes irracionais de US$ 50/TEU que tivemos em 2015 na rota Ásia - Brasil. Por outro lado, se os armadores “pesarem a mão” nos fretes, correm o sério risco de estimular ainda mais o reshoring (renacionalização da produção) ou o nearshoring (comércio regional). Muitas empresas perceberam durante a pandemia os riscos da dependência da China e já estão buscando diversificar suas carteiras. No caso específico do Brasil, que tem grandes limitações operacionais com relação aos tamanhos dos navios, quais as perspectivas? Leandro: Diante dessas transformações do transporte marítimo, nos próximos cinco ou 10 anos o Brasil será especialmente impactado já que, ou terá infraestrutura nos portos e demanda no comércio exterior para receber os navios neo-panamax ou passará a se conectar com o mundo via hub ports do Caribe e Mediterrâneo, uma vez que os navios de 7 mil a 12 mil TEUs (que representam quase 2/3 da frota operando por aqui) não estão sendo encomendados há alguns anos, por conta da ineficiência energética e pegada de carbono. Portanto, gradativamente, eles desaparecerão dos oceanos nos próximos anos. Outro ponto bastante discutido é com relação à emissão de gases poluentes pelos grandes navios e a intenção dos gigantes da navegação investirem em navios híbridos ou elétricos. Isso não vai encarecer ainda mais o transporte marítimo? Leandro: A recente escalada do custo do barril de petróleo ou as propostas de criação de fundos para pesquisa e desenvolvimento para novos propulsores e combustíveis tendem a equilibrar essa equação. Do contrário, novamente, não apenas os armadores, como também os fornecedores de combustíveis, catalisarão o reshoring/nearshoring. O que os portos brasileiros precisarão fazer para se adequarem a essa realidade mais sustentável? Leandro: Ainda que a autonomia dos navios costume ser grande, é fato que o Brasil, que é um grande produtor de combustíveis e biocombustíveis, precisará estar atento às oportunidades que podem surgir para o desenvolvimento de novas cadeias de abastecimento: hidrogênio, amônia, metanol, biodiesel, entre outros. Mas antes disso, precisará decidir se vai ou não receber os navios neo-panamax. n

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LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

MESQUITA PROJETA AUMENTAR EM 20% OFERTA DE EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS Com matriz em Santos e filial em Itajaí, empresa tem quase 48 anos de mercado e mais de 400 equipamentos rodando em diferentes regiões do país A Mesquita Locações – empresa especializada em locação de implementos rodoviários – está ampliando a oferta de modelos para oferecer, principalmente, a clientes com agendas voltadas a atender o segmento portuário nacional. Atenta aos movimentos de mercado, a Mesquita moderniza continuamente sua frota, seja pela aquisição dos melhores semirreboques de renomados fabricantes ou pela adequação dos equipamentos, conforme as necessidades do mercado. Rogério Russo, gerente geral da Mesquita, explica que a intenção da empresa é fazer fortes investimentos, ainda no primeiro semestre deste ano, na aquisição e ampliação de novas unidades de implementos rodoviários, com ênfase para porta-contêineres de 20 e 40 pés. Com isso, a previsão é ter um aumento de pelo menos 20% na frota de equipamentos rodoviários. “A Mesquita é uma empresa que aposta e acredita em muito no Brasil”, acrescenta Rogério. A empresa esteve presente na 26ª edição da Intermodal South America 2022, em São Paulo. O evento se transformou em uma plataforma de negócios completa para os setores de logística, intralogística, transporte de cargas e comér-

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cio exterior, gerando negócios, relacionamentos e entregando conteúdos de qualidade em todos os ambientes: digital e físico, sinergicamente. Com matriz em Santos, no litoral paulista, e filial em Itajaí (SC), a Mesquita tem mais de 45 anos de mercado e mais de 400 implementos rodoviários rodando em diferentes regiões do país. Atualmente, conta com semirreboques de quatro categorias: baús para atender carga seca, pranchas rebaixadas para movimentação de cargas com pesos e dimensões extra e os porta-contêineres de 20 e 40 pés, convencionais e rebaixados. Conforme Rogério Russo, os investimentos realizados no litoral catarinense têm dado à empresa uma resposta bastante satisfatória. “Fomos agraciados com um retorno de mercado que está sendo muito bom em Itajaí”, explica. Com o resultado alcançado na região, a empresa já avalia a possiblidade de abrir uma nova filial em local a ser definido. “A empresa vem mantendo sua posição de destaque no mercado, buscando aperfeiçoamento e melhoria contínua em seus processos internos, administrativos e de manutenção, agregando qualidade em seus semirreboques”, conclui.


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AGRO NEWS Responsável por agregar valor ao produto originário do campo, a agroindústria é uma das parcelas mais importantes da economia brasileira. O crescimento do setor tem feito a diferença dentro e fora do Brasil, expandindo fronteiras e gerando negócios internacionais 23


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AGRO NEWS

Emirados Árabes assumem a liderança na importação de frangos Níveis de compra destas regiões devem se manter nos próximos meses, especialmente porque a Ucrânia deve deixar de exportar os volumes habituais

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Os Emirados Árabes Unidos ganharam forte protagonismo nas exportações brasileiras de carne de frango dos últimos meses e foram decisivos, assim como o reforço das vendas ao México e à União Europeia. Em fevereiro, o país assumiu, pela primeira vez, a liderança na importação de carne de frango do Brasil, de acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

volume s habituais por c aus a da guerra com a Rús sia.

O país do Golfo pas sou a China, que era o maior comprador do produto até ent ão. O s Emirados adquiriram 42,8 mil tone ladas em frango brasileiro, com aumento de 89,9% sobre o me smo mê s de 2021. Luís Rua, diretor de merc ado da ABPA , explic a que é e sperado que os níveis de compra de st as re giõe s se mantenham nos próximos me se s, e specialmente porque a Ucrânia, que é for te concorrente do Brasil em fornecimento de frango a de stinos como a União Europeia, Ará bia Saudit a e paíse s do Golfo, deve deixar de expor t ar os

A China, agora segundo maior importador de frango do Brasil, comprou 42,3 mil toneladas no mês passado, com queda de 8,4% sobre fevereiro de 2021. Em terceiro lugar, a África do Sul importou 30,7 mil toneladas. A ABPA também destacou o crescimento das vendas para destinos como México, com alta de 358% para 19,6 mil toneladas, e União Europeia, com 16,5 mil toneladas compradas e aumento de 35,1%.

No total, as exportações de carne de frango do Brasil cresceram 7,4% em fevereiro e ficaram em 348,8 mil toneladas. O volume leva em conta todos os produtos, entre in natura e processados. Em receita, as exportações resultaram em US$ 663 milhões no mês passado, com alta de 27,1%.

No primeiro bimestre, as exportações de carne de frango so-


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maram 723,7 mil toneladas, volume 13% maior que o total exportado em 2021, com 640,4 mil toneladas. Em receita, houve aumento de 33,9%, com US$ 1,280 bilhão neste ano, contra US$ 956,1 milhões em 2021. MERCADO HALAL A avicultura brasileira também vê crescer significativamente a representação do mercado de produtos halal (em português, “permitido”) entre os destinos de exportação de carne de frango do país, segundo a ABPA. De acordo com a entidade, o Brasil exportou 1,915 milhão de toneladas de carne de frango para o mercado islâmico em 2021, quase a metade de toda a exportação brasileira do setor – de 4,6 milhões de toneladas no ano passado. No primeiro bimestre de 2022, o volume de carne de frango halal já aumentou 5,17% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 310,4 mil toneladas. As vendas de produtos para as 58 nações importadoras de carne de frango halal do Brasil geraram em 2021 quase US$ 3 bilhões em divisas – número que deve crescer em 2022, já que as exportações para os destinos registraram receita total no bimestre de US$ 509,7 milhões, número 25% superior ao alcançado nos dois primeiros meses de 2021. “As nações islâmicas foram os primeiros destinos das exportações brasileiras de carne de frango, em 1975. Temos uma sólida parceria construída, que projeta para incrementos no longo prazo. Prova disso foi uma ação recente que realizamos em uma feira em Dubai, a Gulfood, onde foram projetados US$ 1 bilhão em exportações nos próximos meses, apenas a partir das tratativas estabelecidas no evento. A avicultura brasileira é uma nação dedicada ao cumprimento do halal e isto nos colocou em uma posição estratégica para apoiar a segurança alimentar das nações árabes”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. NOVOS MERCADOS

lista de promoção comercial da ABPA, Nayara Dalmolin, lideraram em março uma ação setorial com potenciais clientes e stakeholders no mercado do Panamá. Realizada na Cidade do Panamá, a iniciativa teve a participação de Clóvis Serafini, da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, e Jônathas Silveira, do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores. A ação, realizada em parceria com a Embaixada local do Brasil, focou na construção de laços estratégicos entre os produtores de proteína animal do Brasil e o mercado panamenho. Na ocasião, os representantes da ABPA e membros do governo brasileiro discutiram oportunidades de cooperação e comércio entre as duas nações. Entre as principais pautas, esteve a possibilidade de abertura do mercado panamenho para as exportações brasileiras de carne de aves e de suínos, além de material genético avícola. “Em um momento em que o quadro sanitário da avicultura internacional é severamente impactado por diversos focos de influenza aviária e peste suína africana, o Brasil, que é o único grande exportador a não ter registros das enfermidades, se coloca à disposição do Panamá para contribuir com o fornecimento estável e confiável de proteína animal de alta qualidade”, avaliou Luís Rua, diretor de mercados da ABPA. A programação contou ainda com outras reuniões com stakeholders locais, em meio à missão brasileira dos ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Panamá.

A ABPA também destacou o crescimento das vendas para destinos como México, com alta de 358% para 19,6 mil toneladas, e União Europeia, com 16,5 mil toneladas compradas e aumento de 35,1%.

Em busca de novos mercados internacionais, Luís Rua e a ana-

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Feira internacional voltará a movimentar o mercado agro brasileiro Agrishow 2022 representará uma oportunidade de realizar negócios e estreitar relacionamento com as mais de 800 marcas do Brasil e do exterior

O mercado do agronegócio voltará a se encontrar de forma presencial no final de abril. Entre os dias 25 e 29 de abril, Ribeirão Preto, interior de São Paulo, receberá a 27ª edição da Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, evento que movimenta fortemente o agrobusiness nacional. Segundo os organizadores, a Agrishow 2022 espera receber um público constituído por agricultores (42%), engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas (18%), consultores (10%), veterinários (4%), administradores e gerentes de fazendas (3%), pecuaristas (3%) e outros (20%). A Agrishow 2022 representará uma oportunidade de realizar negócios e estreitar relacionamento com as mais de 800 marcas do Brasil e do exterior, nos segmentos: máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, agricultura de precisão, irrigação, armazenagem, pecuária, sementes, corretivos, fertilizantes, defensivos agrícolas, insumos diversos, sacarias, embalagens, tecnologia em software e hardware, agricultura familiar, financiamento, seguro, peças, autopeças, pneus, válvulas, bombas, motores e transportes. A feira contará também com a participa26

ção dos principais bancos direcionados ao agro. GRANDE EVENTO DE NEGÓCIOS Apesar das restrições que a pandemia impõe, a Agrishow 2022 pode apresentar resultados semelhantes aos que ocorreram na edição de 2019, que recebeu mais de 159 mil visitantes do Brasil e do exterior. Naquela ocasião foram gerados R$ 2,9 bilhões em negócios, volume que pode ser repetido agora. Havia no evento em 2019 nada menos de 800 marcas nacionais e estrangeiras, incluindo Estados Unidos, Argentina, França, Turquia, China e Índia. Estão entre os expositores empresas e entidades relacionados ao setor automotivo, como Anfavea, Agrale, Ford (Caminho Veículos), DAF, Honda, Jacto, Jaguar Land Rover, John Deere, Komatsu, Mahindra, Massey Ferguson, Mitsubishi Motors, Nissan, Scania, Valtra e Yanmar. “Não é um salão do automóvel. Vamos mostrar caminhões, caminhonetes, tratores, máquinas agrícolas e implementos, além de aviões para o setor agrícola”, diz


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Apoio da Federação Em recente visita às instalações da Pasa, em Paranaguá, o presidente da Francisco Maturro, presidente da Agrishow e secretário executivo da AgriFederação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter Marcultura do Estado de São Paulo. tins Pedro, reafirmou seu apoio à indústria, destacando o apoio ao setor portuário. “Será uma oportunidade única para testar as inovações e demonstrações de campo e ainda conhecer as novidades em tecnologia”, afirma Maturro, “Não sabia que tínhamos índices de produtividade tão expressivos no Porlembrando a possibilidade de ampliar as chances de negócios, adquirir to de Paranaguá. Acredito que temos a responsabilidade de disseminar esnovas tecnologias e ampliar o networking. “Vamos mostrar tudo que há sas informações para a mentalização do industrial paranaense em relação em matéria de inovação e modernidade para o pequeno, médio e grande ao valor do nosso porto. Eu fiquei pessoalmente impressionado com a sua agricultor. Reuniremos um volume gigantesco de novidades. Depois de três eficácia. Isso nos motiva a valorar os investimentos que estão sendo feitos anos longe do evento, que ocorreu pela última vez em 2019, os agricultoem relação à indústria do Paraná. A atividade portuária está na pauta da res estão sedentos por informação”. Fiep”, considerou o presidente da Federação. Ele afirma que não só os agricultores serão beneficiados pelo evento – os Segundo Paulo Meneguetti a expectativa é grande junto à atual gestão expositores também vão descobrir o que precisa ser melhorado em termos da Fiep porque houve uma dinâmica na Federação consoante à retomada de produtos e tecnologia. de crescimento nacional. “Entre as forças de defesa da indústria, a Fiep é uma trincheira muito importante para o setor industrial do Paraná. Nos APAIXONADOS PELO AGRONEGÓCIO cabe apresentar as demandas e buscar apoio para nossas necessidades, seja nas reformas em andamento, como a trabalhista, a fiscal ou a tributáA Agrishow é considerada pelos organizadores a maior feira de tecnologia ria. O Brasil precisa ser passado à limpo e a Fiep tem poder para centralido Brasil e um dos maiores eventos do gênero do mundo. Alguns dos prinzar esse debate no Paraná”, frisou Meneguetti. n cipais atrativos para visitar a iniciativa são ficar por dentro de todas as novidades do setor, estabelecer contato com as principais instituições de crédito, possibilitando o fechamento de grandes negócios, participar das apresentações da Arena do Conhecimento, conhecer a área de hortifruticultura, familiarizar-se com as novidades da conectividade no campo e conhecer tecnologias recentes para o cultivo da cana-de-açúcar. Como nas edições anteriores, a Agrishow promete ser um evento destinado aos apaixonados pelo agronegócio, que podem participar de um acontecimento grandioso, que conta com a presença de pequenos, médios e grandes fabricantes, com mix de produtos para atender todos os tipos de produtores rurais, independentemente da cultura e tamanho de propriedade. A feira é inteiramente cabeada com fibra óptica, colocando à disposição dos expositores a tecnologia necessária para divulgação e comunicação.

A Pasa é especializada na movimentação e embarque de granéis sólidos. Nossa empresa encontra-se preparada para atender à crescente demanda da exportação de granéis sólidos, originados do Paraná, como também de outros estados, executando as atividades com a mais alta tecnologia de infraestrutura portuária, segurança e responsabilidade socioambiental.

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E O REINTEGRAARTIGO

INFORMATIVO DOS PORTOS /

INFORMATIVO DOS PORTOS / ARTIGO por Wagner Antônio Coelho

REVISÃO ADUANEIRA E NÃO INCIDÊNCIA DO AFRMM PARA CLASSIFICAÇÃO FISCALNACIONAL IMPORTADORES DO SIMPLES

O Brasil possui uma pequena participação no comércio interde um crédito tributário correspondente até três por cento da renacional. No que tange às exportações, segundo dados da ceita de exportação para as empresas produtoras que exportem OMC/2018, o Brasil ocupa a 27ª posição, com 240 bilhões mobens e que cumulativamente (i) tenham sido industrializados no vimentados, valores abaixo de países com dimensões muito inpaís; (ii) estejam classificados em código da Tabela de Incidência feriores ao Brasil, tais como Vietnã, Taipei, Tailândia, Malásia, do IPI; e (iii) tenham custo total de insumos importados não supepor Wagner Antônio Cingapura, Polônia, e, muito Coelho distante dos valores movimentados rior ao limite percentual do preço de exportação. por Wagner Antônio Coelho pela China ( 2487 bilhões), Estados Unidos (1664 bilhões ), Aleenquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos Um dos institutos específicos do Direito Aduaneiro brasileiro consiste na revisão manha (1561 bilhões). De acordo com a lei 13.043/14, cabe ao Poder Executivo definir atribuídos no âmbito do Mercosul. aduaneira, procedimento pelo qual a Aduana brasileira realiza a apuração da reguo percentual de crédito, que pode variar de 0,1% a 3%, sendo que As breves linhas desta seção têm objetivo de abordar alguns pontos no Porte (SIMPLES Nacional), instituído pela Lei Complementar nº. laridade dos pagamentos e a exatidão das informações prestadas pelo importador/ Dentre diversas variáveis que dificultam um melhor ambiente de 123/2006, esse percentual ser acrescido emmediante até 2% caso se verifique sobre a não incidência da contribuição de intervenção no domínio ecoimplicapode o recolhimento mensal, documento único No entanto, verifica-se uma divergência na jurisprudência brasileira quanto à adquirente na declaração de importação, após o desembaraço, no prazo de cinco negócios, especialmente para a indústria brasileira no comércio a ocorrência dederesíduo que CSLL, justifique a devolução nômico (CIDE) do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Merde arrecadação, até oitotributário tributos - IRPJ, PIS/Pasep, Cofins, adiIPI, possibilidade de reanálise da classificação fiscal na revisão aduaneira. A grananos contados da data do registro da declaração de importação. internacional, estáoperações a alta carga tributáriadeque incide indiretamencional, por Patronal estudo ou levantamento realizado concante (AFRMM), nas de descarga mercadorias em portos ICMS, ISScomprovado e a Contribuição para a Seguridade Social destinade maioria dos julgados entende pela impossibilidade de utilização desse prote sobre os produtos exportados. forme critérios eSocial parâmetros definidos emdeclarados regulamento. brasileiros oriundas da brasileiros navegação de longo curso, em operações de da à Previdência (CPP) -, os quais são no PGDAS-D cedimento nos casos em que a mercadoria foi parametrizada para os canais Dentre os temas mais fiscalizados nas revisões aduaneiras está a classificação importação de mercadorias realizadas pote, empresas enquadradas e pagos numa mesma guia de recolhimentos, o DAS - Documento de de conferência aduaneira, amarelo, vermelho ou cinza (hipóteses em que a fiscal das mercadorias. A utilização da correta classificação fiscal da mercadoria Isso porque, em que pese tenhamos alíquotadezero no imposto de Arrecadação No entanto,do com o passar dos anos, observam-se inúmeros deno Regime Especial Unificado de Arrecadação Tributos e ContriSimples. autoridade aduaneira analisa a documentação fiscal e a verificação física da é importante para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação exportação, imunidade do Imposto edeEmpresas ProdutosdeIndustrializados safios para viabilizar a utilização dos créditos previstos na Lei buições devidos pelas Microempresas Pequeno Porte própria mercadoria), pois nesses casos a autoridade fiscal anuiu com as infore exportação, e de saída de produtos industrializados, bem como, em especial no Intermodal South America Evento: SouthdoAmerica (IPI) eIntermodal a não-incidência Imposto sobre Circulação de Mercado- Além 13.043/14, inclusive com reduçãoprevistos, significativa em123, 2015 de 3% (SIMPLES Nacional).Evento: dos oito tributos expressamente a LC nº de 2006, mações prestadas pelo importador. comércio exterior, para fins de controle estatístico e determinação do tratamento rias ea Serviços (ICMS), temos incidência de 2020 PIS-Cofins Evento: sobre o XXVI para 1%prevê pelo 8.415/15 e, atualmente, aSupply redução do pertambém aDecreto possibilidade de incidência de- outros impostos e conEvento: XXVI Fórum Internacional Chain Data: 17 a 19 de Março, Fórum Internacional Supply Chain Data: 17 19 de Março, 2020 administrativo, o que inclui a necessidade ou não de licença de importação. da indústria e incidência dos tributos inter- tribuições centual de 2%deverão para 0,1% pelo Decreto Afaturamento receita do AFRMM é destinada a atenderreflexa aos encargos da intervenque ser pagos de forma9393/18. separada, como por exemOcorre que, em recentes julgados 2020. do Superior Tribunal de Justiça, o entendimento Expo.Logística Expo.Logística 2020. Local: São Paulo Local: São Paulo nosda sobre matéria prima e outros insumosdautilizados pela indúsção União no apoio ao desenvolvimento marinha mercante e plo o imposto de importação. Ocorre que, a referida norma declara que consistiu na possibilidade de reanálise da classificação fiscal, mesmo nos casos No caso das importações de mercadorias realizadas por pessoas físicas ou jurídiINFORMATIVO DOS PORTOS /de 2020 INFORMATIVO DOS PORTOS / Data: 5empresas a 7 importante de Outubro Mais informações: Data: 5 a as 7Porde Outubro 2020 Mais informações: https://www.intermodal.com.br tria nacional. outro lado,de uma interpretação da indústria de construção e reparação https://www.intermodal.com.br naval brasileiras, e constitui microempresas e empresas de pequeno jurisprudencial porte optantes com conferência aduaneira documental e/ou física da mercadoria realizada pela cas no Brasil, estas devem seguir à classificação fiscal de acordo com a Convenção São Paulo/SP Local: Paulo/SP inerente àLocal: utilização dos créditos previstosdas no demais Reintegra foi defonte básica do Fundo da Marinha Mercante (FMM). A incidência do Sãopelo SIMPLES NACIONAL ficam “dispensadas” contribuiAduana. Segundo fundamentação, a revisão aduaneira permite que o Fisco revisiInternacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Diante desse contexto queMeeting resulta na cumulatividade tributos cidida pela Primeira Turma do Superior de Justiça (STJ) AFRMM analisada neste artigo está vinculada às2020 operaçõesdedeMais impor-Informações: ções instituídas pela União (inclusive aquelasTribunal que especifica). Mais Informações: Evento: Comex www.forumilos.com Evento: Meeting Comex 2020 te todos os atos celeremente praticadoswww.forumilos.com no primeiro procedimento – conferência Mercadorias, celebrada em Bruxelas. não recuperáveis pelo produtivo e (ainda do cusno sentido de que os créditos apurados no âmbito do Regime não tação empresas que na função de aduaneira durante o processo de despacho aduaneiro –, e, acaso verificada a hipóData: 14 eimportadoras 15 de Abrilno deincremento 2020 Data: 14realizadas e 15 depor Abril desetor 2020 to final dosnas produtos exportados, 2014, o governooptantes federal Dessa compõem a base de cálculo do Imposto Renda Pessoa Jurídiadquirentes operações por conta eem ordem de terceiros) forma, verifica-se a caracterização dade não incidência tributária tese de reclassificação, efetuará o lançamento de ofício previsto no art. 149, do CTN. O Sistema Harmonizado (SH) é Centro um método internacional de classificação de mer- Missões Missões Técnicas Internacionais Local: de e Exposições Evento: Internacionais Local: Centro de convenções e Exposições criou o Regime Especial de Reintegração detransporte Valores Tributários ca CIDE (IRPJ)Técnicas eEvento: da Contribuição Social sobre o do Lucro Líquido (CSLL) do SIMPLES Nacional, por intermédio doconvenções modo de marítimo, da AFRMM para as empresas optantes SIMPLES Nacional, cadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições, o qual Data:da11 aprevisão 16 de outubro651/2014, Expoville -das Joinville/SC Data: 16 de outubro Expoville - Joinville/SC paranecessidade as Empresas Exportadoras (“Reintegra”), previsto na Lei11 a mesmo Medida Provisória que afastou do com de descarga mercadorias importadas em porto posto queantes ausente sua txpressa dentre os tribuàos previstos Importante ressaltar que o posicionamento do STJ se baseia em situações fátisegue às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI) e às Re13.043/14. cômputo dos tributos os valores obtidos por meio do programa. brasileiro. para pagamento unificado, bem como, dos demais tributos dispostos Local: Holanda, Bélgica e Alemanha Mais informações: meeting@acij.com.br Local: Holanda, Bélgica e Alemanha Mais meeting@acij.com.br cas anteriores à utilização do Siscomex, com base nas disposições do Decreto nº grasinformações: Gerais Complementares (RGC), que também fazem parte da referida Convenpara pagamento em separado, e, o principal, dispõe expressamente 91.030/85 - RA/85, no qual o prazo para conclusão do despacho aduaneiro era de ção Internacional. Devem ser observadas ainda as Notas Explicativas do Sistema finalidade do incidência Programa do é permitir recuperação do resíduo tri- sobre Apesar de boa intenção na previsão legalcontribuições que criou o instituídas Reintegra, AAregra geral de AFRMM adevtria se aplicarêa todas as a dispensa do pagamento das demais cinco dias, em total descompasso com as realidades da fiscalização moderna do Harmonizado (NESH). Evento: AAPA -Americano Congresso Latino Americano Evento: Missões Técnicas Evento: AAPA - Congresso Latino de Evento: Missões Técnicas Internacionais butário decorrente da que cadeia de exportação e,Internacionais assim, contornar observam-se empecilhos criados administrativamente parade difiempresas importadoras realizam suas operações de importação pela União Federal. atual comércio exterior brasileiro. as 19 dificuldades enfrentadas pelas empresas exportadoras e imcultar sua utilização, com necessidade de discussões judiciais por intermédio do julho transporte marítimo e, por consequente necessitam Portos Data: 19 a 24 de julho Portos Data: a 24 de HDO ARMAZÉNS GERAIS HDO ARMAZÉNS GERAIS No Brasil, a classificação fiscal de mercadorias está vinculada à Nomenclatura CoEvento: pulsionar exportações. Paraetanto, a possibilidade para viabilizar finalidade pretendida pelo nAgille da operaçãoasportuária para descarregar afoicarga nas instalações porChallenges - O FA Assim, diante daa 900 identificação da não 900 incidência dae CIDE AFRMM Rua: Alfredo Eick Júnior, - Imaruí -Evento: Itajaí/SC Rua: Eick Júnior, -a Imaruí - Itajaí/SC Data: 18 202020 de Novembro deRegime. 2020 Local: Estados Unidos -prevista Reno/NV e Silicon Valley/CA 20Alfredo de Novembro de Local: Unidos -adotada Reno/NV Silicon Valley/CA Desse modo, observa-se ausência de um posicionamento sólido pacífico adotado mumEstados do Mercosul (NCM), no Mercosul desde a sua criação emData: 1995 e18 a Fone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 Data: Fone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 Data: 13 13 e 14 Setembro tuárias brasileiras. sobre as operações realizadas por importadoras enquadradas no pelos Tribunais, que acompanhe a dinâmica do comércio exterior, para um tema aprovada no Brasil em 1997. A estrutura da NCM é composta por um código de oitoCartagena Local: Cartagena de Indias - Colombia Local: de Indias - Colombia www.hdogerais.com.br www.hdogerais.com.br Florianópolis/SC SIMPLES Nacional, verifica-se a possibilidade de Local: discussão judicial, Local: Fl extremamente importante para os importadores brasileiros. dígitos, dentre os quais, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, g hdogerencia@hdoagerais.com.br hdogerencia@hdoagerais.com.br Mais Informações: www,aapalatinoamerica.com/ Mais info Mais Informações: Mais informações: Por sua vez, o ​Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos para tentarwww,aapalatinoamerica.com/ viabilizar a restituição de eventuais pagamentos realiza- www.agilep e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequedos de forma indevida. Evento: Logistique Evento: Logistique

AGENDAAGENDA DE EVENTOS DE EVENTOS

GUIA DE SERVIÇOS GUIA DE SERVIÇOS

AGENDAAG DE DE EVENT

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados AssoWagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005,

Evento: X Evento: XXIII Fórum Internaciona

ciados OAB-SC 1042-2005, deligadas Tradings Companies e2020 empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de DireitoItajaí-SC, Aduaneiro, Marítimo e Data:Consultor 01 a2020 de ao Setembro, Data: 01–Antonio a Tradings 03Coelho, de Setembro, Consultor de Companies einscrito empresas Comércio Exterior, Membro fundador da ComissãoExterior, de Direito Aduaneiro, Marítimo da OAB/SC fundador Wagner advogado na03 OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio sócio do escritório Gueroee Portuário Coelho Advogados Associados –Membro OAB-SCa1042-2005, Data: 18 Data: 20 de da setembro Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC,deProfessor da UNIVALI: no Curso18 de Gestão Comissão de Direito Portuário, Marítimoligadas e Aduaneiro da OAB/SC, Professor dafundador UNIVALI: da no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas LegislaçãodaAduaneira Direito Marítimo; nos Cursos Consultor Estadual de Tradings Companies e empresas ao Comércio Exterior, Membro Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário OAB/SC eItajaí-SC, Membro fundador da Local: Sã Local: Joinville Local: São Paulo/SP Local: Joinville Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro de Especialização em Importação e Internacionalização de OAB/SC, Empresas;Professor Direito Aduaneiro e Comércio Direito Marítimo e Portuário; na Faculdade Avantisena Especialização em Direito Comissão Estadual- MBA de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da da UNIVALI: no CursoExterior; de Gestão Portuária, nas disciplinas dee,Legislação Aduaneira Direito Marítimo; nos Cursos eAduaneiro, Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário. Mais informações: www.forum Marítimo- MBA e Portuário. de Especialização em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Mais info Mais informações: http://www.logistique.com.br Mais informações: http://www.logistique.com.br Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

DOS PORTOS / INFORMATIVO DOS PORTOSINFORMATIVO /

GUIA DE SERVIÇOS GUIA DE SERVIÇOS GUIA DE SERVIÇOS GUIA DE SERVIÇOS 30

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Evento: Evento: 107ª Convenção Anua1

ITACEX ADUANEIROS COMISSÁRIA DE DESPACHOS Data: ADUANEIROS LTDA. ITACEX COMISSÁRIA DE DESPACHOS LTDA. Data: 7 7 a 10 de outubro 100 - Sala 602 - Local: Centro - Itajaí/SC Rua: Gil Stein Ferreira, 100 - SalaRua: 602Gil- Stein CentroFerreira, - Itajaí/SC Local: Va Valparaiso - Chile Fone: (47) 2104.2000 - 2104.2001 Mais informações: www.aapav Fone: (47) 2104.2000 - 2104.2001 Mais info www.itacex.com.br www.itacex.com.br edson@itacex.com.br edson@itacex.com.br

AGENDAAGENDA DE EVENTOS DE EVENTOS

Evento: Evento: Logistique – Feira de L Data: 23 Data: 23 a 25 de outubro Local: Jo Local: Joinville/SC Mais info Mais informações: www.logist

Evento: C Evento: Cidesport - Congresso Data: 30 de outubro aData: 1 de 30 no Local: Fl Local: Florianópolis/SC HDO ARMAZÉNS GERAIS HDO ARMAZÉNS GERAIS Mais info Mais da informações: Evento: Agille Challenges Logística www.cides - O Futuro da Logística- O Futuro Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí -Evento: Itajaí/SC Agille Challenges Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC LTDA. LTDA. Data:SUL Fone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 Data:SUL Fone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 13AMÉRICA e 14 Setembro 13AMÉRICA e 14 Setembro Rua: Lauro Muller, 325 - Centro - Itajaí/SC Rua:Florianópolis/SC Lauro Muller, 325 - Centro - Itajaí/SC www.hdogerais.com.br www.hdogerais.com.br Evento: 5 Evento: 5º Encontro ATP Local: Florianópolis/SC Local: (47) 3348.1495www.agileprocess.com.br (47) 3348.1495www.agileprocess.com.br hdogerencia@hdoagerais.com.brhdogerencia@hdoagerais.com.br MaisFone: Data: 8 de novembro Data: 8 MaisFone: informações: informações: Local: Br Local: Brasília/DF info informações: www.porto Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain & Expo -Mais Logística Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain & Expo -Mais Logística


www.informativodospor tos.com.br

Dia do Despachante Aduaneiro

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