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INFORMATIVO DOS PORTOS

Agosto/2014 - Edição nº 179 - Ano XIV - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205 - The Office Business Center - Itajaí/SC

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EDITORIAL O quanto um porto pode mudar um estado, uma cidade, uma casa, um indivíduo? O que, afinal, representa um movimento que inclui uma série de mudanças na economia e até no comportamento de uma comunidade? Aqui na revista Informativo dos Portos, a gente costuma dizer que o universo portuário é um mundo à parte, uma outra dimensão, um outro “planeta”. Caminhões, guindastes, contêineres, cargas de diversas partes do mundo, gente de diferentes países, muitos idiomas, tudo junto e misturado conferem a um terminal portuário uma aura atraente, quase cosmopolita. Nossa matéria de capa mostra um pouco disto: o quanto a instalação da Portonave impactou na economia e na vida de Navegantes e como uma cidade inteira hoje respira o porto de múltiplas formas. Se observados apenas os números de arrecadação de impostos ou de movimentação de mercadorias que entram e saem pelo terminal portuário, o reflexo fica ainda mais evidente. Maior arrecadador de Imposto Sobre Serviço (ISS) do município, a Portonave responde por 51% do volume total. Somente no ano passado, o porto recolheu R$ 8.865.000,00 em Navegantes. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, se levado em consideração o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade em 2010 (último levantamento realizado), o crescimento de Navegantes foi de 182% se comparado com 2006, antes da operação da Portonave. Além disso, o terminal emprega atualmente 1.025 colaboradores diretos. Estas são apenas algumas mostras do quanto a cadeia logística traz riqueza ao país nas muitas regiões onde há portos movimentando a economia nacional. Boa leitura!

Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Fotos: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem Foto da capa: João R. Scharf Projeto gráfico: Solange González Bock Diagramação: Elaine Mafra - (47) 3046.6156 (serviço terceirizado) Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

ÍNDICE 14.

CNI apresenta prioridades sobre eixos logísticos aos presidenciáveis

24.

PM Despachos Aduaneiros completa 20 anos no mercado nacional

30.

ESPECIAL: Atividade portuária gera salto econômico gigante em Navegantes

36.

Suplemento SEP

40.

Vendas à Rússia devem chegar a R$ 700 milhões em 2014

42.

Suplemento Porto de Itajaí

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GOVERNO FEDERAL

Portal único pode reduzir gastos em R$ 50 bilhões em comércio exterior As exportações também serão beneficiadas com o lançamento do portal Brasil Export Guia de Comércio Exterior e Investimento que unifica as informações sobre o setor O Portal Único do Comércio Exterior lançado pelo governo federal pode reduzir em até R$ 50 bilhões os custos das empresas com exportação e importação. “O portal visa facilitar os passos de exportação e importação, desburocratizando o processo e reduzindo os prazos, tanto nas exportações como nas importações. Isso, pelos nossos cálculos, vai gerar uma redução de custos para as empresas brasileiras e está em linha com os esforços que a comunidade internacional vem fazendo no sentido de simplificar e facilitar o comércio exterior”, explica o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ricardo Schaefer. As exportações também serão beneficiadas com o lançamento do portal Brasil Export–Guia de Co-

mércio Exterior e Investimento que unifica as informações sobre o setor. A ferramenta dá acesso, às empresas brasileiras, a informações privilegiadas, e também aos estrangeiros que desejam conhecer a produção exportável do Brasil e as oportunidades de negócios, reunidas um único portal. As medidas estão previstas no Plano Brasil Maior, que define uma ação transformadora no padrão de investimento e de competitividade da política industrial, tecnológica e de comércio exterior do país, criando novas competências, consolidando um ambiente mais favorável aos negócios e permitindo maior produtividade da indústria. De acordo com o secretário, a situação mundial aponta dificuldades que começaram com o início da crise econômica global, em 2008, e ainda não

se resolveu completamente. “Recentemente, o próprio FMI (Fundo Monetário Internacional) reconheceu que as dificuldades na Europa e nos Estados Unidos vão continuar. São mercados importantes para as exportações brasileiras. Isso tudo vem afetando o país de maneira importante”, disse.g


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AVIAÇÃO CIVIL

Brasil amplia aeroportos em condições de operar por instrumento As cidades de Porto Alegre e Joinville receberam o ILS com previsão de reduzir em até 60% o fechamento do terminal por causa do mau tempo Referência na América do Sul no sistema aeroportuário em operação com instrumento, o Brasil está equipando novos aeroportos em 2014. O ministrochefe da Aviação Civil, Moreira Franco, comemora esses avanços. “O brasileiro terá de se acostumar com a nova realidade do Brasil, em que os aeroportos vão receber melhorias constantes. Essa modernização coloca a aviação civil do nosso país no século 21”, disse. A operação com instrumento se dá quando as condições climáticas não são boas e o ILS (Sistema de Pouso por Instrumentos, na sigla em inglês) entra em ação. O sistema, que auxilia o piloto durante o pouso quando a visibilidade é baixa, está implantado em 32 aeroportos do Brasil. A previsão é que Londrina (PR), Campina Grande (PB) e Vitória (ES) passem a contar com o aparelho em breve. O próximo a receber a tecnologia é o de Vitória. Existem três tipos de ILS (categorias 1, 2 e 3), que são instalados conforme a necessidade e as características de cada região. Vinte e oito aeroportos contam com o equipamento de categoria 1 e quatro com o de categoria 2. Os aeroportos de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Curitiba (PR) serão os primeiros do país a receberem o ILS categoria 3. Guarulhos, o maior aeroporto do país, deve ser o primeiro deles a receber o moderno aparelho utilizado em vários aeroportos ao redor do mundo. Até 2015, Curitiba deve concluir a ampliação do seu sistema e poderá diminuir em pelo menos 13% o tempo em que

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permanece fechado. A melhora no Galeão, no Rio de Janeiro, que também chegará à categoria 3 de ILS, poderá diminuir em 50% esse tempo.

auxílio do ILS categoria 1 e a expectativa é reduzir em pelo menos 60% o fechamento do aeroporto por causa de mau tempo.

Os últimos que receberam investimentos em relação ao ILS foram os de Porto Alegre (RS) e Joinville (SC). O ILS categoria 2 do Aeroporto Internacional Salgado Filho (RS) começou a funcionar em 20 de junho, após homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Assim como os demais aeroportos do Sul do Brasil, o terminal de Porto Alegre sofre com intenso nevoeiro entre os meses de maio e agosto. Com a novidade, o aeroporto deve diminuir em pelo menos 30% o tempo em que permanece fechado devido ao mau tempo. Joinville também recebeu o primeiro voo com

Guia do piloto O ILS é um sistema composto por equipamentos eletrônicos instalados na pista e nos aviões, que praticamente guia o piloto até o pouso quando a névoa encobre o horizonte. A instalação desse aparelho requer grande investimento. É necessária uma série de melhorias na infraestrutura do aeroporto, além da aquisição de equipamentos de suporte e mudanças na área operacional. Além disso, as tripulações e as aeronaves devem acompanhar as mudanças para estarem compatíveis com o novo aparelho. g


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POLÍTICA & LOGÍSTICA

CNI apresenta prioridades sobre eixos logísticos aos presidenciáveis Estudo apresenta os projetos considerados urgentes aos candidatos à Presidência da República em quatro regiões do país. Dados sobre o Sudeste serão finalizados em novembro A baixa qualidade dos serviços logísticos no Brasil repercute diretamente na competitividade do produto nacional e na atração de novos investimentos no país. Estradas de má qualidade, portos ineficientes, cabotagem pequena, falta de ferrovias e de áreas de armazenagem, entre outros fatores, afetam a indústria e a sua capacidade de se integrar às cadeias globais de produção. Para ajudar o poder público no planejamento da logística nacional e regional, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) identificou os projetos prioritários de quatro regiões do país de forma a integrá-las, física e economicamente, num sistema logístico eficiente. As sugestões estão no estudo Eixos Logísticos: os Projetos Prioritários da Indústria, que foi entregue aos candidatos à Presidência da República. Segundo o relatório, o setor precisa, urgentemente, de redes integradas de transportes e sistemas logísticos eficientes. Com os estudos, a entidade pretende ajudar o poder público a planejar, no médio e longo prazos, o sistema logístico para integrar os estados e reduzir o pesado ônus dos custos de transporte no Brasil. A principal contribuição do documento é apontar quais obras que, se fossem concluídas, reduziriam de forma mais significativa os gargalos logísticos para grandes cadeias produtivas. Com esses subsídios, o governo pode orientar o seu planejamento para a execução

de projetos que mais contribuiriam para a recuperação da competitividade do país. Problemas antigos Os problemas são antigos e conhecidos. Entre os principais entraves estão, por exemplo, baixo volume de investimentos públicos e privados; modelo de gestão do Estado no setor de transportes fragmentado e ineficiente; pouca articulação entre os diversos órgãos de governo e empresas estatais da área; demora na conclusão das obras e dificuldades no planejamento.

Os eixos foram definidos com base nos Estudos Regionais de Competitividade, patrocinados pela CNI e por federações estaduais da indústria. Os trabalhos oferecem subsídios para o planejamento de sistemas logísticos que permitam a redução dos custos de transporte do Brasil. Os estudos sobre as regiões Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que já foram concluídos, comparam as rotas existentes e fazem projeções para rotas potenciais que estão em fase de planejamento ou de projeto. Também mostram a opção mais econômica para as cadeias produtivas de cada região. Um trabalho está


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em andamento sobre o Sudeste e deve ser divulgado em novembro deste ano. Juntos, os projetos beneficiam 31 cadeias produtivas do país. Essa economia decorreria da eliminação dos gargalos logísticos que, nos próximos anos, podem travar o escoamento da produção nacional para os mercados interno e externo. Os eixos logísticos consolidam rotas que permitem um escoamento mais eficiente da produção, tanto para exportação quanto para a movimentação

doméstica de bens para abastecer as linhas de produção. Para o analista de Políticas e Indústria da CNI, Matheus Castro, a integração da malha de transporte vai dar mais competitividade ao setor produtivo brasileiro. Um encontro coordenado pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, teve a participação da presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, e dos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O evento, que teve a

REGIÃO NORTE

presença de mais de 700 empresários de todo o país, foi pautado pelos 42 estudos que a CNI organizou com a ajuda de líderes empresariais, especialistas e representantes das associações e federações da indústria. “Ao apresentar esse conjunto de propostas aos candidatos, pretendemos ajudar o país a ampliar a capacidade de crescimento”, afirma o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes. Desde a eleição de 1994, a CNI entrega propostas aos candidatos à Presidência.

No Norte do Brasil, diversas modalidades de transporte apresentam carências e oportunidades de investimento. No entanto, a modalidade hidroviária, por seu elevado potencial, exige mais atenção. As vias navegáveis interiores estão subutilizadas. As hidrovias dos rios Juruena, Tapajós e Teles Pires, assim como seus portos, são importantes exemplos e apresentam retorno social do investimento em cerca de dois anos. Nessa região, foram priorizados 71 projetos, que totalizam recursos necessários de R$ 30 bilhões até 2020, com retorno em até 6 anos. São 17 projetos rodoviários, 27 hidroviários, 9 ferroviários e 18 portuários. A região Norte gasta, atualmente, R$ 17 bilhões com transportes, incluindo custos com frete interno, pedágios, transbordo e de terminais, tarifas portuárias e frete marítimo. O modal hidroviário representa 33% do valor das obras consideradas prioritárias pelo Projeto Norte Competitivo. Os investimentos em ferrovias concentram 30% do valor estimado, as rodovias, 19%, e o sistema portuário, 18%. Caso sejam consolidados, esses sistemas logísticos podem resultar numa economia anual de R$ 3,8 bilhões em gastos com transporte, com base na movimentação de cargas projetada para 2020, o que representaria uma redução de 11,3% no custo logístico.

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REGIÃO NORDESTE

Para o Nordeste brasileiro, os investimentos se concentram nos setores ferroviário e portuário, segundo estudo apresentado pela CNI aos presidenciáveis. Esses dois segmentos, que reúnem 68 dos 83 projetos prioritários, representam 90% dos recursos estimados. As obras preferenciais somam R$ 25,8 bilhões. Merecem destaque a Hidrovia São Francisco, as BRs 020 e 116, a Ferrovia Transnordestina e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste. São 12 projetos rodoviários, 3 hidroviários, 18 ferroviários e 50 portuários. Os projetos prioritários dessa região apresentam um payback médio de 4,4 anos. A região Nordeste gasta R$ 30,2 bilhões anualmente com transportes, incluindo custos com frete interno, pedágios, transbordo e de terminais, tarifas portuárias e frete marítimo. Caso fossem concluídas, essas obras proporcionariam uma economia anual de R$ 6 bilhões por ano, tomando como base a movimentação de cargas projetada para 2020. Os portos da região exigem 43% dos investimentos previstos no estudo e as ferrovias, 47%.

REGIÃO CENTRO-OESTE

A região Centro-Oeste precisa de R$ 36,4 bilhões em investimentos até 2020 para garantir o escoamento ágil e eficiente da produção. Esse é o valor necessário à execução de 106 projetos prioritários para ampliar e modernizar a infraestrutura de transportes do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Conforme o estudo, o setor produtivo da região gasta R$ 31,6 bilhões atualmente por ano com o transporte de cargas, o equivalente a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Centro-Oeste. A execução dos projetos prioritários para a construção de uma malha logística mais ágil e eficiente trará uma economia anual de R$ 7,2 bilhões no escoamento da produção aos mercados interno e externo, considerando-se o volume de cargas projetado para 2020. De acordo com o Centro-Oeste Competitivo, apenas 19 das 106 obras prioritárias estão em andamento, o que equivale a 16,4% dos investimentos necessários na região. Outras 70 estão em fase de projeto ou apenas nos planos do poder público. Essas 106 obras, quando concluídas, formarão 10 eixos logísticos integrados.


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REGIÃO SUL

No Sul do Brasil, também são necessárias obras urgentes. Em algumas rodovias, como o trecho da BR-116 que liga Curitiba a São Paulo, a utilização já está acima da capacidade limite, o que mostra o esgotamento da estrutura atual. Outro destaque é a ligação de Buenos Aires a São Paulo, a via São Borja (BR-285 e BR-153), que teria retorno econômico do investimento inferior a um ano. Nessa região, serão necessários R$ 15,2 bilhões para a execução dos 51 projetos prioritários, com retorno médio de apenas 4,5 anos. São 19 projetos rodoviários, 14 ferroviários e 18 portuários. O Sul gasta, atualmente, R$ 30,6 bilhões com transportes, incluindo custos com frete interno, pedágios, transbordo e de terminais, tarifas portuárias e frete marítimo. As obras mais urgentes têm potencial para reduzir os gastos anuais com transporte em R$ 3,4 bilhões. Esses investimentos consolidariam oito grandes eixos de integração, permitindo a 18 cadeias produtivas da região Sul escoar sua produção de forma mais rápida e eficiente. g

Localização Previlegiada

AMP

ARMAZÉNS // SALAS SALAS COMERCIAIS COMERCIAIS ARMAZÉNS

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TECON IMBITUBA

Novo serviço leva carga do Sul para portos do Norte e Nordeste Com a novidade, três escalas semanais regulares passam a ser oferecidas a importadores e exportadores, ampliando a movimentação do terminal no mercado

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O Tecon Imbituba, terminal de contêineres administrado pela Santos Brasil no litoral Sul de Santa Catarina, passou a receber mais um serviço de cabotagem oferecido pela Hamburg Süd/Aliança. O novo serviço faz o transporte semanal de contêineres da região Sul para alguns dos principais portos do Norte e Nordeste do país. Com a novidade, três escalas semanais regulares passam a ser oferecidas a importadores e exportadores em Imbituba, ampliando a movimentação e participação deste terminal no mercado. “Uma das principais vantagens do novo serviço é a redução do tempo de viagem, garantindo maior agilidade no atendimento às demandas de clientes e aumento da produtividade no Tecon”, anunciou a empresa em nota. Até então, as cargas da região eram transportadas aos portos de Salvador (BA), Suape (PE), Pecém (CE), Manaus (AM) e São Luís (MA), apenas após o transbordo no Porto de Santos, onde se realizava troca de navios para seguir seu destino. Além da linha que liga Imbituba aos portos do Norte e Nordeste, a unidade conta com outros dois serviços regulares da Hamburg Süd - o primeiro proveniente da região do Golfo do México e Caribe e o segundo com destino ao Uruguai e à Argentina. Para o gerente comercial da Santos Brasil em Imbituba, Paulo Pegas, o Tecon é hoje uma alternativa viável para o transporte de cargas conteinerizadas de empresas dos estados da região Sul. “Com a ampliação do número de linhas de navegação, nosso terminal se torna uma opção altamente competitiva aos produtores e indústrias catarinenses e rio-grandenses, que contam com um terminal com tecnologia de ponta e de fácil acesso”, reforça. Capacidade de movimentação O Tecon Imbituba possui capacidade de movimentação de 650 mil TEU/ano. Situado em uma enseada de mar aberto, tem calado de 15 metros de profundidade e está estrategicamente localizado no Sul de Santa Catarina, a 360 quilômetros de distância de Porto Alegre (RS) e de Curitiba (PR), com fácil acesso rodoviário pela BR-101 e à malha ferroviária regional. g


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FM Logistic ultrapassa 1 bilhão de euros de faturamento Em se tratando do crescimento orgânico, foram 115 milhões de euros de faturamento, gerados graças à assinatura de novos contratos A FM Logistic, prestadora de serviços de logística interna­ cional, teve, segundo seu presidente Jean-Christophe Machet, um ano bastante sa­t isfatório em termos de fatura­ mento e desempenho financei­ro, marcados principalmente por duas operações importan­tes de crescimento externo na Rússia e no Brasil. Durante o último exercício financeiro (1º de abril de 2013 a 31 de março de 2014), a FM Logistic registrou um faturamento de 1,043 bilhões de euros, com um cres­cimento de 17,6 % em relação ao exercício anterior.

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Jean-Christophe Machet, presidente da FM Logistic

Paralelamente, seu resultado operacional (36,4 milhões de euros) avançou 23,5%. No plano do crescimento externo, a FM Logistic realizou, com sucesso, duas aquisições de envergadura: a Univeg na Rússia, em junho de 2013, e a Mclane no Brasil, em julho do mesmo ano, que lhe permitiram atuar em novos territórios como a América do Sul e agregando novas competências, como a logística dos custos. Em se tratando do crescimento orgânico, foram 115 milhões de euros de faturamento, gerados graças à assinatura de novos contratos nas áreas de armazenagem, manutenção, transportes e embalagem. Para prosseguir com a transformação, atingir os objetivos esperados até 2022 e responder aos desafios do mercado da logística mundial, a FM Logistic se dedica a novos projetos. O grupo tem a ambição de cobrir a totalidade da cadeia logística, elaborando uma proposta de transporte ainda mais ampla, a fim de acompanhar, particularmente, as estratégias cross-canal de seus clientes. Por outro lado, investir nas equipes permite preparar o futuro nas melhores condições. A FM Logistic concentra mais do que nunca seus esforços no recrutamento e formação de seus futuros gerentes, por intermédio, entre outras coisas, da criação de um pool de jovens colaboradores e de seu programa de formação interna, a FM University. Criada em 1967, em Lorena, na França, a FM Logistic é um dos players de referência nas áreas de armazenagem, transportes, co-packing e supply chain. O grupo internacional, independente e familiar, é especializado nos mercados de logística do setor agroalimentar, da grande distribuição, dos produtos de beleza, dos produtos de limpeza doméstica, do luxo, da saúde e da indústria. No Brasil, a companhia atua desde 2013, com quatro unidades operacionais que, juntas, somam mais de 200 mil metros quadrados e contam com 1.500 colaboradores em São Paulo (duas), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. g



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PORTO DE PARANAGUÁ

Operadores fecham negócios de olho em 2015 Os prêmios positivos pela soja exportada vêm sendo pagos com preferência de embarque no Corredor de Exportação para operadores com melhor produtividade Os operadores de soja do Porto de Paranaguá já começam a fechar os contratos para a exportação do grão em 2015. O que tem contribuído para essa negociação antecipada é o prêmio que vem sendo pago pela soja comercializada, devido aos bons índices de produtividade do chamado Corredor de Exportação. Alexandro Cruzes, gerente da Indústria de Óleo do Terminal Portuário, da Coamo, em Paranaguá, é um dos operadores que já começa a negociar. “Já vendemos FOB (embarcado), sendo que a produção é da região de atuação da Coamo, ou seja, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul”, confirma. Sobre o prêmio positivo pago pela soja de Paranaguá, ele afirma que, além da volta da China ao mercado, as novas regras aplicadas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) colaboraram. “A diferença de preço com outros portos diminui bastante, pois as novas regras ordenaram bem a chegada dos navios e o fluxo dos embarques, melhorando os preços de venda da soja”, afirma Cruzes. A Cotriguaçu também já começou a receber os contratos entre exportadores e importadores da soja do ano que vem. “Desde maio esses contratos já estão chegando e os compromissos já estão firmados. A procura pelos nossos serviços para a operação também já existe”, confirma o gerente do Terminal Portuário, em Paranaguá, Rodrigo Coelho. Os prêmios positivos pela soja exportada pelo porto paranaense vêm sendo pagos desde que a Ordem de Serviço 126 começou a valer. A ordem estabelece preferência de embarque em um dos três berços

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do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá para os operadores de grãos que apresentarem melhores índices de produtividade. “A melhora foi significativa. Hoje o comprador não precisa mandar o navio com muita antecedência para garantir o lugar na fila, pois sabe que só entra no line-up o navio que tiver carga pronta para embarque”, garante o gerente da Coamo em Paranaguá. Melhores produtividades A medida, adotada no início deste ano foi resultado de um estudo estatístico que mostrou que as melhores produtividades são conseguidas por navios que operam com três terminais com consignação mínima de 18 mil toneladas cada, exatamente o que a ordem de serviço estabelece como

prioridade. “Os exportadores garantem que o tempo de espera, que chamamos de ‘lay time’, está bem melhor que a média histórica, o que torna o Porto de Paranaguá mais competitivo em relação aos outros terminais”, completa o gerente da Cotriguaçu. A configuração do Corredor de Exportação – que interliga nove terminais, sete privados e dois públicos, ao sistema de correias conectadas a seis shiploaders – permite que os navios operem cargas de todos os terminais existentes. No entanto, as paradas operacionais causadas para a troca de terminal acabavam atrasando a operação. Hoje, isso não ocorre mais. “A liquidez das operações no Porto de Paranaguá, por esse formado do corredor, permite mais margem de negociação aos exportadores”, afirma Coelho. g


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Porto Alegre/RS (51) 3226 2878

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LOGÍSTICA E TRANSPORTE

PM Despachos Aduaneiros completa 20 anos no mercado nacional Empresa se transformou em uma plataforma de serviços logísticos capaz de suportar as operações internacionais de clientes, com diversidade de serviços e produtos

A PM Despachos Aduaneiros, empresa 100% nacional de serviços e soluções para cadeia logística de ar, terra e mar, acaba de completar 20 anos de fundação como uma das empresas mais conceituadas do setor no território nacional. Com matriz em Uruguaiana (RS) e filiais em São Borja e Porto Alegre, também no Rio Grande do Sul, Itajaí (SC), Santos (SP) e Foz do Iguaçu (PR) a PM conta com uma estrutura planejada para atuar de forma ágil e dinâmica com atividades que envolvam a execução dos serviços de despa-

chos aduaneiros. A estrutura dedicada para soluções aos clientes coloca à disposição toda a profissionalização da PM. “Queremos aumentar a participação no mercado baseados na qualidade dos nossos serviços”, destaca o diretor geral da empresa, Paulo Cesar Maia de Oliveira. Os profissionais atuam nas mais variadas áreas de comércio exterior, logística e transporte para garantirem um suporte seguro nos eventuais entraves burocráticos legais da área aduaneira.

A PM também conta com um eficiente sistema de informações para garantir as melhores soluções com o máximo de transparência na instrução, apresentação e acompanhamento dos processos. Fundada em agosto de 1994 para atender inicialmente a demanda de negócios com os países do Mercosul, a direção da empresa visualizou a possibilidade de atuar em outros segmentos do despacho aduaneiro e ampliar o volume de negócios, principalmente atuando no despacho marítimo.


Paulo explica que os principais diferenciais da PM são a transparência nos relacionamentos, confiança e sigilo de dados de informações. A empresa também preza pelo compromisso com a satisfação dos clientes, valorização do quadro de colaboradores e responsabilidade socioambiental. A PM Despachos Aduaneiros conta com um sistema operacional que possibilita a gestão total dos processos, além de reduzir o lead time. Diretor geral da empresa, Paulo Cesar Maia de Oliveira “Gerimos de forma integrada e centralizada todas as informações de segurança e confiabilidade dos dados”, completa Paulo. Segundo o empresário, os estudos e planejamentos adotados na PM visam à definição de um sistema de trabalho organizado que vá de encontro às expectativas dos clientes. GZ Transportes Em 20 anos de atuação, a PM Despachos Aduaneiros deixou de atender apenas o transporte rodoviário entre os países do Mercosul e se transformou em uma plataforma de serviços logísticos capaz de suportar as operações internacionais de clientes, com uma diversidade de serviços e produtos, incluindo o transporte de cargas. Comprometida com a entrega de soluções completas para os clientes, a PM Despachos investiu em veículos próprios para realização de transporte internacional, dando origem à GZ Transporte. Além da frota própria, também possui parcerias com transportadoras selecionadas que permitem o agenciamento de fretes. A diversificação de atividades deu origem ao Grupo PM, que nasce com o objetivo de colocar à disposição dos clientes, além do desembaraço aduaneiro de mercadorias, o transporte rodoviário em todos os países que fazem divisa com o Brasil, em veículos próprios ou de empresas parcerias. A empresa desenvolve ainda projetos logísticos, habilitação de frotas, representações legais e demais necessidades do mercado. g

adão pinheiro

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REDUÇÃO DE CUSTOS

Maersk e CSV fecham acordo para troca de espaços em navios O VSA irá melhorar a eficiência das duas redes através de uma melhor utilização da capacidade das embarcações e economias de escala

As 21 rotas do acordo: Ásia/Norte da Europa: 6 Ásia/Mediterrâneo: 4 Ásia/Costa Oeste dos EUA: 4 Ásia/Costa Leste dos EUA: 2 Norte da Europa/EUA: 3 Mediterrâneo/EUA: 2

A dinamarquesa Maersk Line acaba de celebrar uma parceria de para troca de espaços de navios (VSA na sigla em inglês) com a Mediterranean Shipping Company (MSC) nas operações Ásia-Europa, transatlânticas e transpacíficas. O acordo incluirá 185 navios, com uma capacidade estimada de 2,1 milhões de TEUs em 21 rotas. O objetivo global da cooperação é compartilhar infraestrutura.

pacidade dos navios e economias de escala. O acordo está previsto para começar no início de 2015. O VSA será conhecido como 2M e substitui todos os VSA existentes e contratos de compra de slot que a Maersk Line tem nestes trades. A VSA 2M difere da aliança proposta anterior, P3, em dois aspectos: a quota de mercado combinada é muito menor e a cooperação é um VSA puro, pois não será de propriedade de uma entidade independente.

O VSA irá melhorar a eficiência das redes Maersk Line e MSC através de uma melhor utilização da ca-

A Maersk Line vai contribuir com cerca de 110

navios com capacidade nominal de 1,2 milhão de TEUs. A MSC entra com cerca de 75 navios, com uma capacidade nominal de 0,9 milhão de TEUs. O acordo não inclui operações marítimas conjuntas. Cada uma das partes executa suas próprias operações, incluindo operações de estivagem, de planificação da viagem e portuárias. O VSA não inclui quaisquer tarefas ou responsabilidades comerciais.Cada armador continuará a ter vendas independentes, preços, marketing e funções de atendimento ao cliente. g

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INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA

Antaq autoriza Trocadeiro a funcionar como Terminal de Uso Privado O acordo compreende a movimentação e armazenagem de granéis líquidos, especificamente um plastificante que serve de matéria-prima à indústria de linha branca e automóveis A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizou a empresa Trocadeiro Portos e Logística a explorar a instalação portuária localizada em Itajaí (SC) como Terminal de Uso Privado (TUP). Segundo Fernando Fonseca, diretor da Antaq, a assinatura do contrato de adesão traz maior segurança jurídica às empresas para a exploração dessas instalações portuárias privadas, que são de extrema importância para o comércio exterior brasileiro. “Só para se ter um ideia, grande parte das nossas commodities são escoadas pelos terminais privados”, observa. O acordo com o Trocadeiro compreende a movimentação e armazenagem de granéis líquidos, especificamente um plastificante que serve de matéria-prima à indústria

de linha branca (geladeiras) e automóveis. O produto é proveniente do Chile e tem como destino o mercado brasileiro. A área autorizada para exploração da instalação portuária corresponde a 19.903,64 metros quadrados. Fonseca informou que a Antaq vem procurando fazer as adequações dos terminais privados à nova legislação portuária no menor prazo possível. A Trocadeiro é a terceira empresa a assinar contrato de adesão com a União, desde que essa atribuição foi delegada à agência no início de junho (Portaria SEP nº 182, de 5 de junho de 2014). A autorização do terminal terá vigência por 25 anos contados da data de assinatura do contrato de adesão, prorrogável por períodos sucessivos mediante a

manutenção da atividade pela empresa e realização dos investimentos necessários à expansão e modernização das instalações portuárias. g


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ESPECIAL

Atividade portuária gera salto econômico gigante em navegantes Responsável por 51% da arrecadação de ISS da cidade em 2013, a Portonave é hoje o terminal que mais movimenta contêineres no estado e responsável por expressivo crescimento na geração de empregos em SC O impulso econômico que a movimentação de cargas e navios pode gerar em uma cidade ou região tem um clássico exemplo cravado no litoral de Santa Catarina. Maior arrecadador de Imposto Sobre Serviço (ISS) do município de Navegantes, respondendo por 51% do total arrecadado em 2013, a Portonave é hoje o terminal que mais movimenta contêineres no estado. Somente no ano passado, o porto da cidade recolheu R$ 8.865.000,00 em ISS para Navegantes. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, se levado em consideração o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade em 2010 (último levantamento

realizado), o crescimento de Navegantes foi de 182% se comparado com 2006, antes da operação da Portonave. Somente de 2009 a 2010, o PIB local cresceu 53,5%. O sucesso nos negócios portuários e o visível avanço no cenário econômico de Navegantes e região contribuíram para o início, em junho deste ano, das obras da segunda fase do terminal. A nova etapa, segundo o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, faz parte do planejamento da companhia desde a sua fundação. A empresa dobrará a capacidade estática do pátio de 15 mil para 30 mil TEUs. A área

a ser ampliada fica no lado direito do terminal. O pátio, que tem hoje 270 mil m², passará para cerca de 400 mil m². A obra tem prazo de até 15 meses para conclusão e o valor de investimentos no projeto é aproximadamente de R$ 120 milhões. Com a expansão, a Portonave ganhará mais 810 tomadas para contêineres reefer utilizados para cargas congeladas e refrigeradas. Somadas às 1.890 tomadas já existentes, a capacidade do terminal será de 2.700 contêineres refrigerados, importante diferencial de mercado,


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tendo em vista que a carga congelada, principalmente frango, representa cerca de 50% da movimentação da Portonave no sentido da exportação. O terminal também investirá em uma nova subestação de energia, com capacidade para 10 MVA, o que é mais do que suficiente para atender toda a demanda da empresa. Ainda nesta etapa, a Portonave ampliará o armazém para inspeção de cargas e a área de DTA (Despacho de Trânsito Aduaneiro). O armazém e a área de DTA passarão de 2 mil m² para 3.900 mil m².

Geração de empregos A Portonave emprega atualmente 1.025 colaboradores diretos, segundo dados atualizados de julho de 2014. Longe da preocupação com o baixo crescimento econômico que afeta o país, Navegantes figura entre as 12 cidades catarinenses com melhores condições para montar um negócio ou investir na carreira, segundo le-

vantamento de dados da consultoria brasileira especializada em base de dados Urban Systems. Na geração de empregos, a cidade com melhor resultado é Navegantes. Com o porto em operação desde 2007, os setores de logística e da indústria naval criam oportunidades e as vagas se concentram justamente nestas áreas. Para driblar a escassez de mão de obra qualificada no mercado nacional, situação também verificada no setor logístico, a Portonave vem desenvolvendo o seu próprio grupo de colaboradores. “Assim como se verifica na economia brasileira, temos observado uma maior restrição na captação de colaboradores para algumas funções neste momento. Para enfrentar esta tendência, temos intensificado ainda mais o ritmo de treinamento interno e criado condições para que os profissionais invistam no próprio desenvol-

vimento”, observa Castilho. Pensando na qualificação, a empresa criou o Programa Excelência Operacional, que tem como objetivo desenvolver os colaboradores,

MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS (Contêineres) 2008: 293.312 TEUs 2009: 413.968 TEUs 2010: 582.139 TEUs 2011: 545.158 TEUs 2012: 620.026 TEUs 2013 : 705.790 TEUs 2014 /1º SEM: 329.333 TEUs

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Marcos Porto/Especial

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PRINCIPAIS MERCADORIAS MOVIMENTADAS NA PORTONAVe

exportação Carnes : 38,47% Madeiras e derivados : 32,33% Preparados de carne, peixes e crustáceos: 4,73% Móveis, aparelhos de iluminação e pré-fabricados: 3,40% Reatores nucleares, caldeiras e máquinas: 2,63% formando um banco de talentos para atender as futuras vagas que venham a ser abertas na Portonave. Desde 2008, o terminal também mantém uma Política de Incentivo à Educação Continuada. Com o objetivo de incentivar a continuidade dos estudos, a política fornece subsídio de 50% do valor da mensalidade para a educação de ensino técnico profissionalizante, ensino superior, pós-graduação e idiomas. Outro destaque é o Programa Adolescente Aprendiz e de Estagiários, com elevado índice de retenção e desenvolvimento. Responsabilidade social Somente em 2013, o terminal de Navegantes investiu mais de R$ 1,1 milhão em projetos e ações por meio de leis de incentivo. Em Navegantes fo-

ram cerca de R$ 168 mil em ações como doação de chocolates e brinquedos para as crianças da rede pública de ensino e doação de 80 cobertores para o Hospital de Navegantes. Por meio de leis de incentivo foram cerca de R$ 983 mil em projetos como a doação de R$ 100 mil para a construção do Centro Integrado de Cultura (CIC).

Tabacos e derivados manufaturados: 2,46% Cerâmica: 2,12% Papel: 1,28% Frutas e nozes: 1,22%

Entre as ações sociais desenvolvidas pela empresa o destaque fica por conta dos projetos Contém Cultura e Onda. Criado em 2012, o Contém Cultura nasceu a partir de uma parceria entre a Portonave e o Instituto Caracol. O projeto é um equipamento cultural itinerante composto por uma biblioteca e sala de cinema adaptado em um contêiner de 12 metros com acervo literário e filmográfico. Com o êxito do contêiner cultural, foi desenvolvido o Es-

Equipamentos eletrônicos, de som e vídeo: 1,11% Demais produtos: 10,25%

importação

acervo portonave

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Plásticos e derivados: 18,44% Têxtil: 9,28% Cerâmica: 5,97% Borracha: 5,77% Produtos Químicos: 5,43% Bebidas: 5,14% Eletrônicos: 4,19% Maquinários: 3,97% Papel: 2,88% Aço: 2,33% Demais Produtos: 36,61%

Formatura do Projeto Onda


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MARKET SHARE DE SANTA CATARINA

so foi o reconhecimento como Operador Portuário do Ano 2013 pela publicação inglesa Lloyd’s List, destacando-se entre os grandes portos do mundo. O compromisso socioambiental também faz parte da empresa. Na área ambiental, o terminal ganhou prêmios como o Expressão de Ecologia em 2010 e 2011 e o Empresa Cidadã da ADVB/SC em 2013 e 2014.

30% 45%

1%

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4%

Na parte de equipamentos portuários, o terminal conta com três empilhadeiras de contêiner vazio, três reach stackers, scanner HCVM-T, seis portêineres post panamax, 25 terminal tractors, 18 transtêneires e um guindaste MHC. Em maio, a empresa adquiriu mais 15 terminal tractors que entrarão em operação neste mês de agosto. g

20%

Jan - Dez/13 Fonte: Datamar

Já o Projeto Onda: Por um Mundo Melhor foi criado em 2013 e busca compartilhar conhecimento e conceitos de cidadania nas escolas municipais de Navegantes. A iniciativa já formou mais de 200 crianças. Após três meses de aulas as crianças são intituladas “Oficiais do Bem” e devem passar os ensinamentos que aprenderam para outras crianças. As aulas têm duração de 50 minutos a 1 hora, uma vez por semana, para turmas de alunos com idade entre 6 e 10 anos. Os temas abordados são situações do cotidiano, como respeito, gratidão, honestidade, importância de estudar e trabalhar e cidadania.

sete anos. Desde então, movimentou mais de 3,3 milhões de TEUs e recebeu mais de 3,5 mil escalas de navios. Em 2013, movimentou 705.790 TEUs, um crescimento de 13,8% comparado a 2012. O terminal responde por 45% de toda carga conteinerizada operada pelos portos de Santa Catarina. Os 55% restantes são divididos entre outros quatro terminais do estado. Em 2014, no primeiro semestre, a empresa já movimentou 329.333 TEUs.

Infraestrutura portuária

Preparada para receber grandes navios, a Portonave dispõe de três berços de atracação, cais com 900 metros, bacia de evolução de 400 metros e um canal em aprofundamento para 14 metros. O terminal possui ainda uma área coberta de 2.000 m² para o fim específico de inspeções da Receita Federal. A companhia ainda controla a Iceport, uma câmara frigorífica anexa ao terminal portuário com capacidade estática de 16 mil posições pallets, o que proporciona um importante diferencial competitivo.

Localizada na margem esquerda do Rio Itajaí-Açu, a Portonave iniciou as operações há quase

A Portonave busca alinhar a excelência operacional com o desenvolvimento sustentável. Resultado dis-

acervo portonave

paço Contém Cultura. O objetivo foi implantar um novo equipamento cultural para aulas de dança, canto coral, artes visuais, teatro e ações de incentivo à leitura. Todas as atividades são gratuitas, atendendo principalmente crianças e adolescentes que estudam em escolas públicas de Navegantes.

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MERCADO EM ASCENÇÃO

Paranaguá exporta 23% a mais de carne em 2014 Além da carne bovina e de frango, terminal paranaense também embarcou carne suína, peru, carne equina e de caprinos e outros animais O volume de carne exportada pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, cresceu 23% nos primeiros seis meses do ano. No primeiro semestre, foram 684 mil toneladas exportadas. Em relação à carne bovina, este aumento foi ainda maior: 71,5%. No total, as exportações de carne do Porto de Paranaguá geraram uma receita cambial de quase US$ 1,47 bilhão, quase 18% a mais que a receita arrecadada no primeiro semestre de 2013. De janeiro a junho, foram quase 63 mil toneladas de carne de boi exportadas principalmente para Hong Kong, China, Venezuela, Egito, Rússia e Irã. Em 2013, no mesmo período, foram 36,7 mil toneladas. As exportações do produto geraram mais de US$ 279 milhões de receita. “As vendas da carne bovina aumentaram bastante, porém, em volumes, o destaque continua para as exportações do frango que geraram mais de um bilhão de dólares de receita cambial”, afirma o diretor comercial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Lourenço Fregonese. Além da carne bovina e de frango, também foram exportadas carne suína (mais de 25 mil toneladas), peru (14 mil toneladas), carne equina (488 toneladas) e de caprinos e outros animais (mais de 23 mil toneladas). Da carne de cavalo, a mais exótica para os padrões brasileiros, os principais destinos foram a Rússia (477 toneladas) e a Itália (quase 11 toneladas). Quase toda carne equina exportada é produzida no próprio estado. O volume exportado este ano, no primeiro semestre, foi quase 144% maior que o movimentado no mesmo período de 2013. Foram quase 557 mil toneladas de frango exportadas em seis meses, 20,5% a mais

do que no ano passado. A carne bovina exportada pelo Porto de Paranaguá foi produzida em estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Goiás e Santa Catarina. Mais da metade do volume de frango exportado pelo terminal paranaense foi produzida no próprio estado. O restante veio de estados como Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas, Mato Grosso, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Infraestrutura especial Em Paranaguá, as carnes congeladas são exportadas em contêineres que chegam até o porto de duas maneiras: ou vêm já prontos para exportação (estufados e lacrados nas unidades produtoras) ou são estufados em armazéns locais. Neste se-

gundo caso, o principal operador da carne congelada é a empresa Martini Meat Armazéns Gerais. A estrutura da empresa funciona como apoio logístico retroportuário, tanto na parte de armazéns (com capacidade de 27 mil toneladas) e com habilitação para os principais mercados mundiais, quanto com pátio de contêineres com tomadas para os refrigerados. De acordo com o diretor comercial da empresa, Marcelo Ostrowski, Paranaguá vem se destacando entre os demais terminais, o que explica esse aumento na movimentação. “Tem uma série de facilidades que o torna atrativo. Além do Estado ser um dos principais produtores de frango e suíno, a gente consegue trazer produtos vindos do centro-oeste, do Interior de São Paulo e de Santa Catarina”, afirma. g


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Suplemento News PORTOS E LOGÍSTICA

China reforça interesse em investir em infraestrutura portuária no Brasil Ministro dos Portos coloca à disposição informações sobre as oportunidades de investimento que contemplam licitações previstas no Programa de Investimento em Logística (PIL Portos) A China tem grande interesse em fortalecer as parceiras com o Brasil. A afirmação é do vice-presidente da China Communication Construction Company LTD (CCCC) ao ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, César Borges. A estatal chinesa é líder mundial em projetos de infraestrutura logística que incluem portos, aeroportos, ferrovias e rodovias em vários países. No Brasil, a CCCC atua em parceria com empresas brasileiras em obras de dragagem em Santos, Paranaguá e Rio de Janeiro.

ferrovias brasileiras. “O entendimento do governo é que devemos trabalhar em parceria com o setor privado. Queremos atrair investimentos e fico satisfeito em saber que empresas desse porte já investem e estão interessadas em investir mais. Queremos que as empresas continuem participando dos nossos leilões, que sejam remuneradas corretamente e de forma que todos ganhem e obviamente na forma das leis brasileiras”, disse.

Sun Ziyu ressaltou que o Brasil reconheceu a importância do setor portuário quando criou uma secretaria para cuidar exclusivamente desse segmento. Ele lembrou as oportunidades de investimento que estão sendo oferecidas por meio do Plano Nacional de Dragagem II. “Temos interesse em aliar interesses não apenas nessa área, mas também na construção e na operação em portos brasileiros”, completou.

O ministro colocou à disposição dos chineses todas as informações sobre as oportunidades de investimento no setor portuário que contemplam as licitações previstas no Programa de Investimento em Logística (PIL Portos) que totalizam R$ 15,8 bilhões em arrendamentos nos portos organizados e no Plano Nacional de Dragagem, com R$ 3,8 bilhões estimados para obras de dragagem em 20 portos brasileiros. Ele também salientou a viabilidade de construção de terminais de uso privado, que ampliaram sua capacidade de operação com a nova Lei dos Portos, permitindo a movimentação de carga de terceiros.

César Borges lembrou sua visita à China em maio de 2014, quando, em nome da presidenta Dilma Rousseff, apresentou os projetos de concessões de rodovias e

DIVULGAÇÃO

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Oportunidades de investimento

Ministro da Secretaria de Portos, César Borges

Até maio de 2014 já foram assinados 20 contratos com empresas privadas, que planejam investir cerca de R$ 7 bilhões nos empreendimentos. Os empresários chineses convidaram o ministro e equipe para uma visita a Pequim, quando seriam apresentadas as oportunidades de investimento no Brasil. A partir desse encontro, as empresas chinesas poderiam definir suas prioridades e iniciar um diálogo com a Secretaria de Portos. g


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LOGÍSTICA DO NORDESTE

Complexo Portuário da Bahia registra crescimento no semestre Minérios de cobre e ferro, além dos granéis líquidos, sobretudo fertilizantes, destacaram-se na pauta de produtos movimentados em Aratu-Candeias

Aratu-Candeias respondeu por 60% da movimentação registrada no semestre pelos portos públicos, com aumento de 650 mil toneladas em relação ao mesmo período do ano passado. Minérios de cobre e ferro, além dos granéis líquidos, sobretudo fertilizantes, destacaram-se na pauta de produtos movimentados. Já o Porto de Salvador registrou aumento de 15% em relação a 2013, movimentando 2 milhões de toneladas, reflexo do crescimento das operações de cargas conteinerizadas. Em termos percentuais, o melhor desempenho foi alcançado pelo Porto de Ilhéus, com um incremento de 50% em relação ao ano passado. A retomada das exportações de soja influenciou decisivamente esse resultado. A movimentação nos terminais de uso privado

DIVULGAÇÃO

O Complexo Portuário da Bahia movimentou no primeiro semestre deste ano 18,8 milhões de toneladas, o maior de todos os tempos para o período. Isoladamente, os portos públicos de Aratu-Candeias, Salvador e Ilhéus, administrados pela Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), movimentaram cerca de 5,7 milhões de toneladas, 1 milhão a mais que nos seis primeiros meses de 2013.

também apresentaram evolução, somando mais de 13 milhões de toneladas, com crescimento na ordem de 5% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Na opinião do presidente da Codeba, José Rebouças, o desempenho do complexo portuário poderia ter sido ainda mais positivo. A causa, segundo ele, é a crise econômica enfrentada por países com os quais a Bahia possui forte intercâmbio comercial, o que reduziu o volume de exportações. Atração de investimentos Em contrapartida, a “aposta da economia baiana na normalização do cenário econômico” tem atraído mais investimentos para o estado, am-

pliando as importações de máquinas, fertilizantes, minérios e derivados de petróleo. “Além da ampliação do agronegócio, são novas unidades e complexos industriais, como o Estaleiro do Paraguaçu, impactando positivamente a nossa movimentação portuária”, destacou. José Rebouças acredita que o segundo semestre deve manter a mesma tendência de crescimento da movimentação portuária, sinalizando para mais um possível recorde. “O resultado neste primeiro semestre cria uma expectativa positiva em relação ao desempenho geral no final do ano, inclusive a possibilidade de estabelecermos novos recordes na movimentação de carga”, ressaltou o presidente da Codeba. g


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Suplemento News PLANO PORTUÁRIO

SEP prorroga prazo para apresentação dos PDZs Quatorze portos, entre eles os dos estados do Pará, Paraná e Rio Grande do Sul, terão que apresentar o PDZ até 30 de novembro deste ano O prazo para apresentação dos Planos de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZs) dos portos organizados no Brasil foi prolongado por meio da Portaria SEP/PR 206, publicada no Diário Oficial da União. A mudança atende a um pleito das autoridades portuárias, que solicitaram mais tempo para discutir e elaborar seus respectivos PDZs em conformidade com os estudos de demanda estabelecidos nos planos mestres (master plans) definidos pela Secretaria de Portos. Quatorze portos, entre eles os dos estados do Pará, Paraná e Rio Grande do Sul, terão

que apresentar o PDZ até 30 de novembro deste ano. Outros 23 portos, incluindo os de Santos, Suape, Pecém e Itajaí, têm estabelecido o prazo de 10 meses após a data de publicação do Plano Mestre no site da SEP. A Por taria SEP/PR 206 altera o Anexo I da Por taria SEP/PR 03, de 07 de janeiro de 2014, que institucionalizou as diretrizes para elaboração e revisão dos instrumentos de planejamento do setor por tuário que contemplam, além do PDZ, o Plano Nacional de Logística Por tuária (PNLP) e os respectivos planos mestres,

além do Plano Geral de Outorgas. Programação de investimentos Até a publicação da nova Lei dos Portos (12.815/2013), a Autoridade Portuária elaborava o planejamento do porto, mas sem garantir que esse planejamento estivesse integrado a uma programação nacional de investimentos. A partir do novo marco regulatório, coube à SEP a missão de elaborar o planejamento setorial em conformidade com as políticas e diretrizes de logística integrada, abrangendo tanto acessos portuários quanto infraestrutura e desenvolvimento urbano. g


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QUALIFICAÇÃO PORTUÁRIA

Programa começa o estudo para fomentar capacitação profissional Grupo de trabalho sob responsabilidade da SEP vai discutir temas relacionados à formação, qualificação e certificação profissional do trabalhador portuário

A Resolução nº 1, de 11 de julho de 2014, que estabelece a criação de um grupo de trabalho para a implementação do programa denominado Política de Qualificação do Trabalhador Portuário, agradou as lideranças sindicais. Com objetivo de apresentar propostas e estudos que fomentem a capacitação dos profissionais, o grupo ficará sob responsabilidade da Secretaria de Portos (SEP) e será formado por representantes da Marinha do Brasil, do Ministério da Educação (MEC), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entidades empresariais e laborais. O grupo vai discutir temas relacionados à formação, qualificação e certificação profissional do trabalhador portuário, definir escopo, competências da execução e forma de financiamento das ações, além de elaborar proposta de Política de Qualificação do Trabalhador Portuário. Além da SEP, participam do grupo um representante do Ministério do Trabalho e Emprego, especificamente do Departamento de Qualificação da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego; do Ministério da Educação e do Comando da Marinha. O grupo de trabalho contará também com três representantes e respectivos suplentes das entidades empresariais e três representantes e respectivos suplentes da classe trabalhadora. A equipe deverá apresentar proposta de plano de trabalho ao plenário do Fórum Permanente para Qualificação do Trabalhador Portuário (FPQTP). Coordenado pelo MTE, o Fórum tem como objetivo promover com representantes das bancadas governamental, dos trabalhadores e dos empregadores a ampla discussão sobre as perspectivas de qualificação do trabalhador portuário. Política inclusiva O representante da SEP no grupo de trabalho é diretor de Revitalização e Modernização Portuária, Antônio Maurício Ferreira Netto. “O objetivo é criar uma articulação entre os anuentes e, com isso, fomentar uma política inclusiva e escrita para o coletivo. O Porto de Vitória, no Espírito Santo, já deu um grande passo neste sentido, realizando sua primeira reunião com seu grupo de trabalho local, um dia para ser duplamente comemorado pela resolução e pelo passo de Vitória”, disse. g

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CARNE SUÍNA

Vendas à Rússia devem chegar a R$ 700 milhões em 2014 divulgação

Santa Catarina representa mais de 50% das exportações de suínos do Brasil para a Rússia

Os suinocultores catarinenses estão otimistas com a possibilidade de aumentar a venda de carnes para o mercado russo. A Rússia manifestou interesse em aumentar a compra de carne suína catarinense durante 6ª Cúpula dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) realizada em julho no Brasil. No encontro, os dois países assinaram o Plano de Ação para a Cooperação Econômica e Comercial. “A Rússia deixou claro que pretende comprar mais do Brasil, inclusive sinalizando com o apoio para a abertura de novas unidades no país para produção de suínos”, explica Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa), que participou da rodada de discussões com empresários. O comércio com os russos cresceu bastante este ano, principalmente após o surto de diarreia suína nos Estados Unidos, que é um dos maiores comercializadores do produto no mundo. Santa Catarina representa mais de 50% das exportações de suínos brasileiros para a Rússia. A expectativa é que o estado supere a marca de U$ 300 milhões (cerca de R$ 700 milhões) em vendas para aquele país até o final de 2014. O acordo bilateral projeta a diminuição de barreiras entre Brasil e Rússia. No primeiro semestre deste ano, Santa Catarina já vendeu mais de 86 mil toneladas de carne suína para o exterior, sendo 46 mil toneladas apenas para a Rússia, principal destino da produção catarinense. A quantidade representa a entrada de U$176,3 milhões, mais do que o dobro do valor arrecadado nos seis primeiros meses de 2013. Mercado aquecido O governo catarinense espera que esses números melhorem ainda mais no restante do ano. “É importante que o país mantenha esse tipo de relação com um comprador tão importante. Com o atual cenário aquecido, acredito que o segundo semestre deve ser ainda melhor que o primeiro em vendas de suínos para a Rússia”, afirmou Airton Spies, secretário de Agricultura e Pesca de Santa Catarina. De olho no crescimento da carne suína catarinense no mercado internacional, os produtores buscam o certificado de zona livre de peste suína clássica (PSC), que será implantado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) a partir de 2015. “Nosso Estado está livre de problemas sanitários há algum tempo. O certificado é uma intenção de melhorar a relação de comércio entre os países e vai nos beneficiar”, observa Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suíno (ACCS).g


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Suplemento News COMPLEXO DO ITAJAÍ

Chuvas reduzem expectativa de crescimento da movimentação de cargas Exportações respondem pela maior fatia das operações, de 52%, enquanto as importações somam 48%. Na comparação com 2013, o crescimento foi de 1% DIVULGAÇÃO

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O volume de contêineres movimentados no Complexo do Porto do Itajaí atingiu em junho 524,18 mil TEUs, quantidade ligeiramente superior aos 517,88 mil TEUs movimentados no primeiro semestre de 2013. Se analisados os últimos 12 meses, de julho de 2013 a junho deste ano, observa-se que os terminais que compõem o complexo portuário movimentaram 1,11 milhão de TEUs, com avanço de 6% em relação ao período compreendido entre julho de 2012 e junho de 2013. As exportações respondem pela maior fatia das operações, de 52%, enquanto as importações somam 48%. Na comparação com o ano passado, nos seis primeiros meses, esse crescimento foi de 1%. “Não fosse a ocorrência de chuvas com volumes acima da média histórica, que ocasionaram a elevação no nível dos rios e o aumento na correnteza, teríamos registrado um aumento significativo na movimentação de cargas registrada no semestre”,

explica o diretor executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz. Exportações catarinenses As exportações catarinenses cresceram 6,47 % em junho e elevaram para US$ 4,541 bilhões os embarques pelos portos do Estado no primeiro semestre, valor 2,66% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Os desembarques também estão em alta em Santa Catarina no ano, acumulando US$ 7,740 bilhões, 13% a mais que nos seis primeiros meses de 2013. As informações são da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Do montante exportado por Santa Catarina, a fatia de US$ 3,791 bilhões, ou 83,48%, foram embarcadas pelo complexo portuário de Itajaí. Das importações do Estado neste semestre, os terminais do complexo respondem por 58,36%, ou US$ 4,517 bilhões, segundo dados

do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Segundo estudo da Fiesc, a alta nas exportações em 2014 tem forte participação da China. “Com US$ 645,4 milhões, o país asiático assumiu neste ano a condição de principal destino dos produtos embarcados no Estado, superando os Estados Unidos, que acumula US$ 601,7 milhões, uma expansão de 21%”, divulga o estudo. O documento mostra ainda que das compras chinesas, 78,1% são de soja, produto que, com elevação de 61,3%, se firma na segunda posição da pauta de exportações catarinenses. O frango ainda lidera a lista, com US$ 1,018 bilhão, mas mostra recuo de 7,29%. A carne suína acumula alta de 41,4% e está na terceira posição, com US$ 293,1 milhões. Com relação às importações, a instituição informa que o destaque fica para os automóveis, cujas importações passaram de US$ 8,1 milhões, no começo do ano passado, para US$ 202,4 milhões até junho. g


INFORMATIVO DOS PORTOS

João Souza/APM Terminals

CARGA FRACIONADA

APM Terminals Itajaí lança benefício aos importadores de SC Parceria com Asia Shipping e DMX Cargo entrega cargas fracionadas em um raio de até 150 quilômetros a partir do Porto de Itajaí A APM Terminals, empresa responsável pela operação de contêineres no Porto de Itajaí (SC), acaba de apresentar ao mercado uma nova vantagem em logística portuária. Através de uma parceria com a Asia Shipping e a DMX Cargo, os clientes que importarem suas cargas na modalidade fracionada (Less-than-Container Load - LCL na sigla em inglês) terão o benefício da entrega rodoviária sem custo em um raio de até 150 quilômetros a partir de Itajaí, alcançando importadores da Grande Florianópolis, Norte de Santa Catarina e Vale do Itajaí. O serviço LCL com o benefício da entrega sem custos para a região é inédito no Sul do Brasil. “O que fizemos foi estender a logística e o atendimento que o importador já tem no transporte marítimo para o transporte rodoviário, oferecendo a solução completa até a porta da empresa”, explica o diretor superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten. “Temos certeza que este diferencial irá alavancar pequenas e médias empresas catarinenses. Além do custo zero para o frete rodoviário, o serviço também reduzirá o tempo para a entrega da carga”, completa. Desenvolvido com o objetivo de enxugar custos operacionais e aperfeiçoar processos no transporte de carga marítima internacional, o serviço LCL da APM Terminals Itajaí permite o compartilhamento de cargas de mais de

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Ricardo Tavares (diretor nacional de terminal e transporte da Asia Shipping), Ricardo Arten (diretor superintendente da APMT) e Mayckon Cabral (diretor da DMX Cargo)

um cliente em um mesmo contêiner e atende exclusivamente o mercado de importação. Segundo especialistas em logística, atualmente a carga fracionada tem grande importância no comércio internacional, principalmente para as empresas que optam por não manter grandes estoques e ativam um fluxo contínuo de cargas em movimento em menores volumes.

portuária de contêineres, oferecendo ao mercado uma moderna e eficiente estrutura no Complexo Portuário do Itajaí. Operando em uma área de 180 mil metros quadrados, o terminal foca na melhoria contínua dos serviços, satisfação dos clientes, constantes investimentos em segurança e respostas rápidas às demandas do mercado mundial.

Com o serviço de LCL, a carga desembarcada é fracionada em um armazém de 1.500 metros quadrados de área coberta, completamente equipado com sistema de segurança, porta-pallets para 298 lugares e 268 alocados dentro do armazém. O depósito conta também com um sistema de informática integrado que traz maior agilidade e segurança nas liberações das cargas aos usuários do serviço.

Desde que assumiu a operação em Itajaí, a APM Terminals vem investindo continuamente na infraestrutura da área arrendada, no treinamento de seus funcionários e na aquisição de uma moderna frota de equipamentos e de sistemas de última geração. Com movimentação média de 25 mil contêineres por mês, o terminal dispõe de 1.500 tomadas reefer, três guindastes pórticos móveis (mobiles harbour cranes MHC), 13 empilhadeiras de grande porte (reach stacker) e duas empilhadeiras de vazios (emptyhandler). g

Operação portuária A APM Terminals é referência na operação


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Suplemento News COMPLEXO PORTUÁRIO

Governo quer lançar edital da Bacia de Evolução até o final de agosto A expectativa é de que a empresa vencedora do processo licitatório seja contratada até dezembro e as obras, iniciadas em janeiro de 2015 O governo catarinense avalia a possibilidade de lançar até o final de agosto o edital de licitação da primeira etapa das obras da nova Bacia de Evolução do Complexo Portuário do Itajaí. A obra prevê investimentos na ordem de R$ 130 milhões do programa “Pacto por Santa Catarina”. Com isso, as obras devem iniciar no começo de 2015. A primeira etapa das obras vai possibilitar operações com navios de até 335 metros de comprimento. Já a segunda fase da obra, que engloba investimentos na ordem de R$ 248 milhões, foi incluída pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) no orçamento da União. Esses recursos deverão ser investidos a partir de 2015 e, com as obras dessa segunda fase concluídas, o complexo poderá operar cargueiros de até 366 metros. O superintendente do Porto de Itajaí, o engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, destaca que, com o lançamento do edital de licitação da primeira etapa das obras até o final de agosto, a expectativa é de que a empresa vencedora do processo licitatório seja contratada até dezembro e as obras, iniciadas em janeiro de 2015. Cumpridos esses prazos, a previsão é de que o Complexo Portuário do Itajaí opere navios de 335 metros em 18 meses. Já a conclusão das obras da segunda etapa do projeto vai depender do cronograma de investimentos da SEP.

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A primeira fase, que será executada com os recursos do estado, engloba a retirada das guias correntes do molhe Sul junto ao Saco da Fazenda, para que sejam executadas as obras da nova bacia de evolução (480 metros de diâmetro), retirada de parte dos espigões transversais do molhe norte (gornes) e dragagens da área da nova bacia para o alargamento do canal de acesso. A segunda etapa vai englobar a realocação do molhe norte, possibilitando que o canal de acesso fique com a largura de 220 metros, ampliação da nova bacia de evolução no Saco da Fazenda para 530 metros de diâmetro e dra-

gagens na bacia e canais de acesso. Importância da obra Segundo um levantamento feito pelos terminais que compõem o Complexo Portuário, a não ampliação da bacia de evolução coloca em risco 20 mil empregos ligados ao setor portuário, causando um grande problema social em toda a região. A atividade portuária é responsável pelo maior número de empregos gerados na região e lidera na arrecadação de impostos aos cofres municipais, além de movimentar toda a economia local. g


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MUNDO AFORA

Expedição Oriente tem nova data para saída de Itajaí A embarcação foi construída em Itajaí com inovações tecnológicas únicas e uma equipe de profissionais de excelência naval DIVULGAÇÃO

A nova data da saída da Expedição Oriente – uma aventura da Família Schürmann de proporções inéditas no país - do Complexo do Porto de Itajaí a bordo do veleiro Kat é dia 21 de setembro de 2014. A data da partida precisou ser adiada em virtude de reforços pontuais de engenharia necessários na construção do veleiro. Os Schürmann percorrerão os cinco continentes, totalizando uma viagem de mais de 30 mil milhas náuticas. Partindo de Itajaí, a expedição passará por países como Uruguai, Argentina, Chile, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, China, Indonésia, Japão, Singapura, Vietnã, África do Sul, Madagascar e Maurício, além da Antártida e outros locais antes de retornar ao Brasil. A embarcação foi construída em Itajaí com inovações tecnológicas únicas, fornecedores parceiros atuantes mundialmente e com uma equipe de profissionais de excelência naval. O veleiro tem, por exemplo, uma quilha retrátil com bulbo de 14 toneladas acionada hidraulicamente – quando embaixo, terá um calado de 4,5 metros; em cima, um calado de 1,80 metros – além de um sistema elétrico digital semelhante aos adotados pelos setores aéreo e automobilístico. A construção da embarcação em território catarinense tomou todos os cuidados necessá-

rios que uma embarcação inovadora demanda. Primeira família a completar a volta ao mundo a bordo de um veleiro há quase 30 anos, o casal Vilfredo e Heloísa; os filhos Pierre, David (líder da tripulação de terra) e Wilhelm, e o neto Emmanuel estarão a bordo do novo veleiro

Kat. Com a Expedição Oriente, a Família Schurmann espera trazer à tona a teoria de que os chineses foram os primeiros navegantes a dar a volta ao mundo. A aventura terá dois anos de duração e conta com o apoio dos patrocinadores Estácio, HDI Seguros e Solví. g


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Artigo

Ricardo M. Barbosa

Gestão de Pessoas: o que faltou para a Seleção Brasileira de Futebol? Muitos já devem estar familiarizados com o termo “gestão de pessoas”, muito utilizado no ambiente profissional quando nos referimos ao gerenciamento de pessoas, trabalho em equipe, liderança, planejamento estratégico, feedback. O curioso é que podemos aplicar este conceito a vários outros tipos de situação, como em uma equipe de futebol. Pode parecer inusitado, mas quando o conceito é aplicado nesse caso também pode gerar resultados bem satisfatórios. Assim, não tem como não pensar no recente desempenho da Seleção Brasileira de Futebol e observar alguns pontos que podem talvez explicar a sua eliminação na Copa do Mundo. Não existe diferença entre a liderança de um técnico de futebol e de um gestor dentro de uma empresa, pois ambos têm que motivar e influenciar seus colaboradores para atingirem as metas definidas pelo clube ou pela empresa. Esse foi o primeiro erro da Seleção. O técnico Felipão mostrou nos últimos dias um descontrole na função de líder e isso refletiu dentro de

campo, pois, quando do primeiro gol, faltou a figura do líder que pegasse a bola e acalmasse o time. Outro ponto é que faltou treinamento em grupo. Isso porque todos os jogadores têm um treinamento pesado em seus clubes, possuem talento, um técnico forte, porém, o problema principal está na falta de conhecimento do esquema tático adotado, pois em seus clubes principais os jogadores jogam de uma maneira e na seleção, de outra. O tempo que passam treinando juntos é muito curto e foi muito mal utilizado para se adaptarem. Assim, acabam tendo dificuldades para desempenharem bem o que foi passado pelo treinador. Muitos comentam que o time tinha “estrelas”, jogadores bem sucedidos que não tiveram tão bom desempenho durante os jogos. O fato é que alguns deles acabam não incorporando o verdadeiro espírito da Seleção Brasileira – que é amor e orgulho de vestir a camisa brasileira acima de qualquer coisa. Parece que tudo foi muito forjado pelo marketing. O trabalho em equipe é fundamental para se atingir resultados. É importante que o líder

estabeleça um relacionamento de confiança com sua equipe, pois só assim a comunicação entre emissor e receptor será eficaz. Desenvolver atividades que melhorem a relação entre a equipe é fundamental para que as pessoas tenham condições de se conhecerem melhor e instaurar um ambiente de cooperação e não de competição. Cada equipe tem sua particularidade e o Brasil não percebeu as suas e, principalmente, como essas deviam se adequar às do adversário, que realmente era muito forte. Mas o meu conselho para o Brasil atingir seus objetivos é uma boa gestão de mudanças. Eles são atletas muito jovens, com uma trajetória já consagrada em seus clubes, mas não na Seleção. Todos possuem grande responsabilidade, vestindo uma camisa já consagrada, mas que agora está desacreditada. Assim, necessita-se de tempo e um bom planejamento, pois para cada mudança existe uma curva de aprendizado que deve ser respeitada. É hora de repensar o futebol brasileiro para que se possa rolar a bola para frente! g

O autor é diretor executivo da Innovia Training & Consulting. É consultor em Gestão de Projetos há 15 anos e já atuou como executivo em grandes empresas como Ernst & Young Consulting; Wurth do Brasil; Unibanco e Daimler Chrysler



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PEÇAS E ACESSÓRIOS

Santa Catarina terá feira internacional do setor automotivo Novidade no estado, evento deverá reunir 15 mil pessoas entre empresários do setor, compradores, revendedores de autopeças e prestadores de serviços Expositores da Ásia e de países do Mercosul, além de grandes empresas do Brasil voltadas para o setor de autopeças, ferramentas, acessórios e serviços das linhas leve e pesada devem movimentar Santa Catarina durante a Autotools - Feira Internacional do Setor Automotivo, entre os dias 27 e 30 de agosto no CentroSul em Florianópolis (SC). Novidade no estado, a feira deverá reunir cerca de 15 mil pessoas entre empresários do setor, gerentes e compradores, revendedores de autopeças, prestadores de serviços, mecânicos, funileiros e presidentes e associados de entidades de classe. A feira internacional terá 5 mil metros quadrados de área, onde empresas mostrarão novidades do setor automotivo, como peças, sistemas, ferramentas de reparação e manutenção, acessórios, tuning, TI e gestão. Durante o evento, os expositores e visitantes poderão fechar negócios e manter contato com entidades, associados, indústrias, compradores, profissionais, representantes e revendedores de grandes marcas do Brasil e do exterior. Além de espaço para marketing e negócios, a Autoools será um evento de capacitação. Entidades e sindicatos nacionais, parceiros da Autotools, vão oferecer minicursos, palestras e demonstrações, a exemplo do Senai, MTE-Thomson, Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Aresc (Associação das Retíficas do Estado de Santa Catarina), e Conarem (Conselho Nacional de Retífica de Motores). Os cursos são abertos aos visitantes e expositores que, além de participarem dos workshops, poderão também fa-

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zer demonstrações dos próprios produtos.

personalizado aos automóveis.

Serviços especiais

Desde 2013, o Senai de Santa Catarina tem um segmento de cursos voltado ao setor automotivo. Depois de um acordo firmado com a regional catarinense da Fenabrave foi intensificada a qualificação e avaliação de profissionais para o setor automotivo e criado um Programa de Avaliação e Capacitação de Profissionais em Mecânica Veicular. A instituição passou a oferecer cursos de funilaria, pintura e elétrica, entre outros voltados para mecânica pesada. Algumas destas técnicas de capacitação serão oferecidas gratuitamente durante a Autotools na forma de minicursos. Além disso, parte do material que será usado durante as demonstrações será fornecida pelos expositores. g

Outra atração que promete chamar a atenção durante a Autotools é o Cambea Fast, modalidade do Campeonato Brasileiro de Envelopamento Automotivo. A missão dos participantes é envelopar o capô de um automóvel em, no máximo, 15 minutos. O recorde atual é do paulista Jefferson Pimenta, que conseguiu a façanha em apenas 4 minutos e 38 segundos. Os profissionais do Cambea, destaques nacional e internacional do envelopamento automotivo, também vão oferecer cursos de capacitação durante a Autotool. O envelopamento, colocação de um adesivo, fosco ou colorido sobre a pintura do carro, protege e pode dar um toque



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Diário de Bordo Empresas Renovação da frota A Locar Guindastes e Transportes Intermodais acaba de adquirir novos equipamentos. A empresa comprou nove unidades de guindastes do tipo Truck Crane, da fabricane Zoomlion, modelo ZMC 75, com capacidade de 75 toneladas. Os novos guindastes possuem uma grande versatilidade por conterem quatro eixos direcionáveis, facilitando manobras dentro das obras. Para a aquisição da nova frota, a Locar investiu R$ 10 milhões. Os equipamentos irão integrar a frota da empresa, atualmente com 350 guindastes distribuídos na central e mais 15 filiais no país.

Nova ferramenta de atendimento

Crescimento dos negócios

Com uma equipe de help desk dedicada 24 horas por dia, a OpenTech está investindo em melhorias no serviço oferecido às transportadoras com a implantação do software Zendesk. O uso da ferramenta para gerenciamento de chamados é pioneiro no setor de transporte e tem como objetivo aproximar clientes e operadores da central de atendimento Especialista em soluções para a gestão logística e gerenciamento de risco, a OpenTech iniciou a mudança no formato de atendimento em maio e irá integrar 100% de seus clientes. Agora o cliente abre seu ticket (chamado) exclusivamente via Portal. Por meio do novo sistema é possível pedir assistência e consultoria, esclarecer dúvidas, expressar sua urgência, interagir com os atendentes em um chat e também avaliar o atendimento.

A Global TI, provedora de serviços especializados em Tecnologia da Informação, acaba de anunciar a criação das áreas de parceiros e de novos negócios no setor financeiro para atingir meta de crescimento de 35% este ano e cerca de 60% em novos clientes. Foram criadas novas frentes de negócios para atender demandas estratégicas do mercado, entre elas a Fábrica de Negócios, Desenvolvimentos em Microsoft SharePoint e Soluções para Mobile, além da venda de licenças, implantação e consultoria em ERP. Para acompanhar o crescimento, a empresa está expandindo o time atual de consultores, espalhados por todo o país, para mais de 400.


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Diário de Bordo Logística Novo terminal em Campinas A administração da ABV (Aeroportos Brasil Viracopos) afirmou que o novo terminal da unidade aeroportuária localizada em Campinas (SP) iniciará operações a partir de outubro, assim que as companhias aéreas GOL, TAP, Azul e TAM concluírem a transferência de suas operações para o novo aeródromo. Os usuários utilizarão até outubro os píeres A, para voos internacionais, e C, voos nacionais. A ABV afirma que o píer B, para voos nacionais e internacionais, só será utilizado em dezembro porque não haverá demanda que justifique a abertura antecipadamente. A concessionária pretende fechar o ano com 10 milhões de passageiros. O novo terminal tem capacidade para 22 milhões de usuários.

Redução de tempo (1)

Redução de tempo (2)

A Tito Global Trade Services, empresa especializada em logística internacional, gestão aduaneira e comércio exterior, tem registrado desempenho positivo nos rankings de liberação de cargas de importação no Aeroporto de Viracopos e no Porto de Santos. No desembaraço aduaneiro, a empresa reduziu o tempo dos processos em 15% e 10%, respectivamente. Segundo ranking da Aeroportos Brasil, responsável pelo Aeroporto de Viracopos, de janeiro a maio de 2014 a empresa obteve destaque nos embarques Recof e Comuns. Enquanto a média de liberação de cargas dos setores automotivo e tecnologia foi de 24h53min no Recof, a empresa alcançou o tempo de 9h76min. Com relação aos Comuns, o tempo médio foi de 37h53min, sendo que a companhia registrou 25h86min.

Já no levantamento da GRU Airport, concessionária do Aeroporto de Gua¬rulhos, a Tito participa do ranking nos embarques Linha Azul, no qual totali¬zou, no mesmo período, o tempo de 13h89min, enquanto a média geral foi de 37h51min. As operações realizadas no Porto de Santos também foram contempladas com a agilidade da Tito. A empresa tem realizado o desembaraço aduaneiro com uma média de 6 dias contados da atracação do navio ao carregamento no terminal. A Companhia Docas de São Paulo (Codesp) tem como meta reduzir de 17 para 6 dias o tempo de desembaraço das mercadorias em Santos.

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Diário de Bordo Offshore Plataforma de exploração O FPSO Cidade de Ilhabela está com 95,7% das obras concluídas e será entregue no terceiro trimestre deste ano, segundo nota divulgada pela Petrobras. A unidade flutuante, que está sendo construída no estaleiro Brasa, localizado na cidade de Niterói (RJ), tem capacidade para armazenar até 1,6 milhão de barris de óleo e vai operar no présal, no campo de Sapinhoá Norte, na Bacia de Santos. O estaleiro tem em sua carteira de projetos até o primeiro trimestre de 2016 mais duas embarcações idênticas ao Cidade de Ilhabela, cada uma com capacidade para processar 150 mil barris de petróleo por dia. De acordo com a Petrobras, essas embarcações vão acrescentar 1 milhão de barris de petróleo na produção diária em 2017.

Crescimento na construção naval

Participação em petróleo

Com mais de 40 anos de atuação, a Tuper é hoje a quarta maior processadora de aço do Brasil, segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Com a entrada da nova unidade em operação, a Tuper passou a ser a única empresa de capital 100% nacional entre as grandes fabricantes instaladas no Brasil a produzir tubos de aço API reconhecidos pela indústria internacional de petróleo, com as especificações técnicas necessárias para suas atividades produtivas. Instalada em SC, a empresa vem crescendo em média 22% ao ano nos últimos 12 anos. Em 2013, faturou R$ 1,565 bilhão. Possui quatro unidades industriais, com capacidade produtiva de 480 mil toneladas/ano. Emprega 2,5 mil profissionais e conta com uma rede logística e comercial distribuída por 28 filiais no Brasil.

A GDF Suez recebeu a aprovação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para assumir uma participação de 20% no contrato de concessão referente aos blocos BT-PN-2 e BT-PN-3, ambos na Bacia do Parnaíba, no Maranhão. A participação pertencia à Vale, que vendeu o ativo em novembro de 2013 como parte seu plano de desinvestimento. A aprovação da ANP era o último obstáculo para a concretização do negócio, que já havia sido liberado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em janeiro. Com a definição, a empresa passa a ser sócia da Petrobras e da BP Energy do Brasil no consórcio que venceu o leilão das áreas em 2008.


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Diário de Bordo Portos Porto de Suape (1) A movimentação de cargas no porto de Suape registrou crescimento recorde no primeiro semestre de 2014. De janeiro a junho passaram pelo terminal pernambucano mais de 7,7 milhões de toneladas, o que corresponde a uma evolução de 42,7% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando movimentou cerca de 5,4 milhões. O resultado se deve sobretudo, ao aumento de 64,6% na movimentação de granéis líquidos. A exportação revelou alta de mais de 80% em relação ao primeiro semestre de 2013, somando quase dois milhões de toneladas de cargas. A importação, por sua vez, cresceu 32%, com cerca de 5,7 milhões de toneladas.

Porto de Suape (2)

Crescimento no faturamento

O desempenho também contou com incremento de 37,7% na movimentação de granéis sólidos (açúcar e trigo) e de 5,7% na de carga geral solta, que representa itens como veículos, chapas de aço e peças destinadas às indústrias da região, por exemplo. A movimentação de contêineres cresceu 15,6% se considerado o peso bruto da carga. Se for contabilizado em TEU, a evolução chega a 4,5%, com 202.771 TEUs movimentados no período. O diretor de Gestão Portuária de Suape, Leonardo Cerquinho, explica que a expectativa para o próximo semestre é manter os mesmos níveis de crescimento alcançados no primeiro. A previsão é encerrar o ano atingindo aproximadamente 15 milhões de toneladas movimentadas.

A meta estabelecida pela presidência do Porto do Recife era aumentar o faturamento em 40%, no primeiro semestre de 2014, mas a empresa superou os 50%. Em janeiro de 2013 o ancoradouro recifense trabalhava com o déficit de cerca de R$ 10 milhões. No mesmo período de 2014 este número caiu para a casa dos R$ 5 milhões. Já nos primeiros seis meses do ano o porto conseguiu reduzir o déficit para R$ 1,7 milhão. A conquista de mais três áreas foi fundamental para a atração de novos ne¬gócios e aumento de receita: um Depósito Alfandegado Certificado (DAC) e de dois entrepostos aduaneiros. O DAC abrange uma área de 500 m² do pátio de estocagem 05. A conquista foi além e o Armazém 05, com 7.500m², e o Pátio 05, com 18.500 m², viraram um entreposto.

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Artigo

Wagner Antônio Coelho

Defesa comercial ou protecionismo? Os procedimentos de controle do comércio exterior bra-

tadas medidas de controle mais efetivo para proteção da

A partir da década de 1990, o país passou por gran-

sileiro, tanto o cambial como o administrativo e o adua-

indústria nacional, como similaridade, auxílio para impor­

des transformações, posteriores à reabertura da eco-

neiro, vem sofrendo uma série de mudanças com a fina-

tação de equipamentos importantes para modernização

nomia bra­sileira, e vem se reconstruindo aos poucos.

lidade de se adequar ao plano econômico Brasil Maior

do parque industrial brasileiro e para auxiliar nas grandes

Nos últimos dez anos, foram grandes os avanços pos-

e à nova política de comércio exterior implan­tada pelo

estruturas de transporte, tais como os regimes aduaneiros

sibilitados pela atual estrutura do comércio exterior

governo federal, com objetivo principal de possibilitar um

especiais – admissão temporária, drawback, entreposto

brasileiro, principalmente pela criação da Secretaria

controle maior das importações e a proteção e o desen-

–, previstas no Decreto Lei 37/66. Também em 1966 foi

de Comércio Exterior, pela cria­ção do Siscomex, pela

volvimento da indústria brasileira.

criado o Concex (Conselho Nacional de Comércio Ex­terior),

evolução e fortalecimento do siste­ma administrativo de

responsável por desenvolver a política de comércio exterior

comércio exterior, defesa comercial, coordenados pela

e por reorganizar a Cacex (Carteira do BB).

Secretaria de Comércio Exterior vincula­da ao Ministério

Em nosso país, desde 1808 até o final de década de

de Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC) e pela

1930, verificava-se uma grande dependência arre­ cadatória do comércio exterior brasileiro, especifica­

No período desenvolvimentista, entre 1967 e 1973, fo­ram

Camex (Câmara de Comércio Exterior) do Conselho de

mente das importações. Aproximadamente 50% da

facilitadas as importações de bens de capital e de tecnolo-

Governo, instituída pelo Decreto 4732/2003.

renda da União, nesse período, eram advindas exclu­

gia, simplificados os trâmites das importações e muito es-

sivamente da tarifa de importação.

timuladas as exportações. Conforme já mencionado, a po-

Porém, verificam-se, em certos segmentos, flagrantes

lítica aduaneira no período de desen­volvimento caminhava

de protecionismo, por intermédio de medidas de defe­

Mas somente em 1948 a União foi dotada de um órgão

bem, até a crise do petróleo em 1973. Referida crise trouxe

sa comercial adotadas pelo Brasil com objetivo de apli­

público específico para pensar e planejar a política de co­

grandes problemas para a economia brasileira, em razão

cação de medidas antidumping, salvaguardas, cotas,

mércio exterior brasileiro, a Cexim (Carteira de Exportação

da dependên­cia de aproximadamente 80% (oitenta por

assim como alterações no tratamento administrativo,

e Importação, do BB), Lei nº 262/48, responsável por licen­

cento) do petróleo necessário como principal matriz ener-

exigências de LIs junto ao Decex – órgão vinculado ao

ças prévias e taxas múltiplas de câmbio fixadas pelo grau

gética da indústria brasileira ser importado naquela época.

MDIC – para controle de preços praticados.

de essencialidade do produto. Por conta dessa crise econômica, houve grande afe-

Nos últimos cinco anos, a grande quantidade de fixa-

Nas décadas de 1960 e 1970 foi editada grande parte

tação na política aduaneira brasileira, nos dois anos

ção de direitos antidumping no Brasil tem chamado a

da base do ordenamento jurídico brasileiro inerente ao

seguintes, até se chegar ao período de res­trição das

atenção, inclusive com várias discussões judiciais a

comércio exterior. Foi justamente nesse período que o

importações entre 1975 e 1990. Nesse período houve

respeito da apli­cação dessa medida de defesa comer-

Brasil obteve as maiores taxas de crescimento do seu PIB

um grande retrocesso estrutural e procedimental no co-

cial, na tentativa de descaracterizar o suposto prejuízo

(1967-1973), no chamado milagre econômico. Foram ado­

mércio exterior brasileiro.

à indústria nacional.g

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB -SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária e Comércio Exterior, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.


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