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INFORMATIVO DOS PORTOS

obras hoje no Brasil, nós temos 28 sondas sendo construídas no país e 41 navios de transporte. Para cumprir esta curva de produção, temos mais 12 contratações a fazer”, adianta a executiva. Para ela, um dos motivos do sucesso dos estaleiros brasileiros é a associação com empresas estrangeiras experientes, critério que passou a ser exigência da Petrobras para firmar contratos. sucesso exploratório Durante o evento do segmento no Rio de Janeiro, a presidente da Petrobras ainda comemorou o sucesso exploratório no pré-sal, que atingiu 100% em 2013. Ela revelou que este ano foram perfurados 13 poços no pré-sal e, através de todos eles, a companhia encontrou petróleo, o que a executiva classificou como “espetacular”. Ao todo, foram perfurados 144 poços exploratórios no pré-sal e o índice de sucesso chegou a 82%. “Se contabilizarmos poços offshore e onshore, nosso índice é de 65%, o que está muito acima da média mundial”, comparou.

área de Libra, em que a Petrobras terá 40% de participação, a presidente projetou extrair o primeiro óleo em 2020. “O marco regulatório de partilha de produção é claro, objetivo e inequívoco”, afirmou, lembrando que, em 2017, quando os investimentos em Libra passarão a ser mais expressivos, a Petrobras estará produzindo 750 mil barris por dia a mais do que os atuais 2 milhões de barris de petróleo produzidos hoje diariamente, o que reforçará o caixa da empresa.

volvimento de tecnologia offshore e capacidade de gerenciamento de riscos em grandes projetos, que em sua avaliação, devem focar não apenas na área de exploração, mas principalmente na área de produção. O objetivo é diminuir o tempo até o primeiro óleo e o custo total para extração de petróleo e gás em alto mar. “É importante ter acesso às reservas, à tecnologia e aos mecanismos adequados de gestão para produzir de forma competitiva”, afirma.

Graça Foster destacou também a importância de parcerias com universidades brasileiras e institutos de pesquisa de todo o mundo: “Temos universidades espetaculares no Brasil, temos uma rede de inteligência, investimos pesado em tecnologia no Brasil”. Entre 2006 e 2013, a companhia investiu US$ 1,1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento. Por fim, falou da importância de investimento em qualificação profissional, principalmente em nível médio, a exemplo de técnicos, supervisores e mestres de oficina.

Durante o painel “Perspectivas de Exploração e Produção no Atlântico Sul”, Formigli fez uma análise histórica da formação geológica do présal na costa brasileira, que se iniciou há cerca de 124 milhões de anos com a separação dos continentes americano e africano. A partir da experiência no pré-sal da Bacia de Santos e da semelhança geológica com a costa oeste da África, a Petrobras estuda no outro lado do Atlântico o potencial de áreas em Angola, Nigéria, Gabão, Namíbia e Benin. A companhia já produz 30 mil barris de petróleo por dia na Nigéria e em Angola e os resultados do trabalho na costa africana também trazem aprendizado para a interpretação geológica da margem equatorial brasileira. g

Custos de produção O Brasil responde hoje por 62% das grandes descobertas em águas profundas no mundo entre 2007 e 2012. Sobre a recém-leiloada

O diretor de Exploração e Produção da estatal, José Formigli, destacou a importância do desen-


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