Incorporativa Negócios 03

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Revista Online - Venda Proibida

N煤mero 03 - Junho/Julho 2013

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INCo orrrp p o ra ativ va a N eg e g 贸 ci cios

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Publicação gratuita para acesso digital em: www. incorporativa.com.br Ve n da pr o ib i d a s e m a ut o r i z a ç ã o e x p r e s s a d a E d i t o ra .

P rodução : Editora INC orporativa Para desenvolver revista ou jornal customizado de sua empresa, com matérias relacionadas ao seu ramo de negócios: www. comunicacao.incorporativa.com.br r e v ista @incorporativa.com.br Sk y pe : revistaincorporativa Fo ne : (1 1) 2389- 1237

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A vontade de Empreender

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SPED

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Assessoria de Imprensa

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Vidro de Murano

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Sintomas da “carreirite” aguda

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CAPA

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Gestão de Pessoas

Quem não tem?

Tire suas dúvidas

Ferramenta de marketing

A magia da fabricação

Artigo

Empresas investem em qualificação profissional

Obrigatória nas organizações do Século XXI w w w. i nc o r p o ra t i va . c om.br


Não a dia n t a mu it o t e r u m ó t imo produ t o s e a s u a comu n ica ção impres s a deix a a de s e j a r .

Sua empresa merece mais que um simples

“jornalzinho”

Cuide da imagem de sua empresa com quem está no mercado editorial há mais de vinte anos e já desenvolveu centenas de projetos gráficos para empresas privadas, clubes de futebol, ONGs e órgãos públicos. E, claro, esta revista que você lê agora.

De se nvo lve mo s j o rna is e revis ta s : CO M PLETO S Pro j e t o g rá fic o + c o nteúd o PA R CIA IS S o m e n t e pro j eto, s o mente d ia g ra ma ç ã o, re vit a liza ç ã o o u rec ria ç ã o w w w. co m u n ica c a o.inc o rp o ra tiva .c o m.b r 4 -

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Editorial Quando fiz a primeira prova impressa desta edição, passei pela divertida situação de pessoas me olhando meio incrédulas. “Você vai mesmo mudar todo o layout? De novo? Não tem um padrão?” Vou. E mudarei novamente na próxima se achar necessário. Por sinal, se achar necessário não, basta que eu ache conveniente e que o resultado seja melhor. Vejam bem: A Editora INCorporativa produz jornais e revistas empresariais e não é má ideia ter uma edição diferente da outra. Por que não? Primeiro porque vivemos falando de inovação no site. Segundo porque podemos apresentar um portfólio variado a um novo cliente e usando nossa própria publicação!

P r o j et o e Di r eç ã o ge ra l Rogerio Lubk

Se isso já não bastasse, eu gosto de sugestões, de críticas construtivas. E a revista que você lê agora tem recebido um retorno muito bom do público e até dos concorrentes! Acredite: recebo mensagens e telefonemas de empresas do mesmo ramo sugerindo mudanças aqui e ali na forma de apresentação dos textos. Tem sido gratificante cada nova revista lançada, pois cada uma tem o sabor de novidade, de um novo começo, um outro desafio. Durante minha carreira o que mais me incomodava era ver edição a edição naquela repetição contínua, engessada, “jornalesca” - no mal sentido da palavra. Achei que pudesse ser hora de mudar isso. E eu espero que o público continue achando interesssante. É o que importa. (R.L)

Jornalist as Daniela da Rocha Pacheco Hugo Xavier Jéssica Sobreira Vera Mari Damian D iag ramaç ão: Ramon Alvarenga Fot o g rafia: Valdir Ben Wagner Meneguzzi

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A vontade de

Fo to : Di vul gação

empreender

Jo s é M a r i a d e M a ce d o S a ntos J ú n i or, d e 2 5 a n os , é u m ent r e os m i l h ões d e brasileiros que sempre teve vontade de empreender

Por Hugo Xavier O desejo de ter o próprio negócio coloca o Brasil como um dos países com o maior número de empreendedores. Mas ainda falta planejamento e foco para os nossos futuros empresários

Idê Comunicação (19) 3291-9863 / 3291-9865 Carla Akl - carla@idecomunicacao.com.br www.ide comunicacao.com.br Especializada na geração de conteúdo para as diferentes plataformas, tradicionais e digitais, a IDÊ Comunicação é uma agência de Jornalismo e Relações Públicas que vem conquistando o seu espaço no mercado de Campinas e região desde 2008.

Dizem que o brasileiro tem vocação para o empreendedorismo e os números relaƟvos ao assunto no país atestam essa afirmação. O projeto Microempreendedor Individual (MEI), que legaliza a situação dos microempreendedores, registrou a marca de três milhões de cadastrados em maio deste ano. Outro indicador de que o brasileiro realmente quer ser dono do próprio negócio foi o resultado de uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor em 2010. De acordo com o relatório, o Brasil possui a maior Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) se comparado com os outros 59 países parƟcipantes, com 21,1 milhões de pessoas, representando 17,5% da população com idade entre 18 e 64 anos. Apesar de grande parte das pessoas querer ser dona do próprio nariz, é ne-

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Diferentemente dele, a também publicitária ThaƟanne Mossiman, 29 anos, se arriscou nos caminhos do empreendedorismo mesmo sem estar preparada para isso. Em sociedade com uma amiga, abriu uma agência de turismo há cerca de 10 anos. “Eu trabalhava na agência e quando decidiram abrir uma filial eu quis ser uma das sócias. Temos a ilusão de que quando somos donos as coisas vão funcionar melhor, o dinheiro vai entrar mais rápido, mas não é assim que acontece”, comenta. Ela explica que as dificuldades são muitas, como a quanƟdade de horas trabalhadas, por exemplo. “Outro problema é a questão financeira. Nossa prioridade era pagar os funcionários e nós dividíamos o que sobrava. Às vezes ficávamos com menos do que eles”, lamenta. Após três anos como empresária, ela vendeu sua parte do negócio e afirma não querer mais empreender. “Hoje tenho vontade de trabalhar para um negócio bem sucedido que me pague um bom salário”, finaliza. Os erros no momento de abrir uma empresa estão diminuindo consideravelmente com o passar dos anos. Pesquisas revelam que o perfil do empreendedor está mudando e hoje é formado por peswww.inco rp o ra t iva .co m .br

soas mais jovens, com mais escolaridade e também com mais dinheiro para invesƟr em razão da melhora da economia do país e da ascensão da chamada classe C. Esse cenário moƟvou a criação de um serviço relaƟvamente novo para as PME’s: a intermediação de vendas de negócios de pequeno porte. Hoje quem deseja empreender conta com a comodidade de ter um serviço encontra negócios já estruturados à venda, o que antes oferecido apenas ao mercado organizações de maior porte. A Sunbelt é uma empresa mundial especializada neste Ɵpo de serviço e acaba de abrir mais uma franquia no Brasil, na cidade de Campinas, interior de São Paulo. O foco de atuação da empresa abrange negócios com valor inferior a R$ 1 milhão. A Sunbelt está presente em mais de 18 países e possui atualmente cerca de 10 mil empresas à venda em todo o mundo. Entre os segmentos de estabelecimentos disponíveis para venda estão restaurantes franqueados e não-franqueados, lojas de varejo, empresas de serviços profissionais, pequenos fabricantes e uma ampla variedade de outras opções de pequenas empresas. Os serviços oferecidos auxiliam o pequeno empreendedor no processo de venda de sua empresa e detectam o melhor negócio para quem quer adquirir

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cessário planejamento e coragem para iniciar um negócio próprio. José Maria de Macedo Santos Júnior, de 25 anos, é um entre os milhões de brasileiros que sempre teve vontade de empreender. “Já Ɵve muita vontade de abrir meu negócio, mas a gente sabe que é preciso ter um diferencial compeƟƟvo em relação aos concorrentes e muito planejamento. Só vontade não basta!”, completa. Após muito pensar sobre o assunto, o estudante de publicidade e propaganda decidiu conƟnuar trabalhando com carteira assinada.

Fer n a n d o Pentea d o , s óci o-p r op r i etá r i o d a S u n b el t C a m p i n a s

um empreendimento. De acordo com o sócio-proprietário da Sunbelt Campinas, Fernando Penteado, a maior vantagem na contratação desses serviços são expor o produto de forma profissional, mantendo a confidencialidade do negócio e a realização de suporte durante todas as fases da negociação até sua concreƟzação. A companhia também intermedia fusões entre empresas de pequeno e médio porte. “Cada vez mais as pessoas buscam abrir o próprio negócio ou comprar uma empresa já estruturada e ter a sua própria fonte de renda, mas é preciso auxílio, tanto na busca por capacitação quanto para adquirir uma empresa”, ressalta Penteado.

S unb e l t C a m p i na s T e l e f o ne : ( 19) 3367- 7558 w w w . s unb e l t b r a s i l . c o m . b r I N C o r p o ra t i va N e g ó c i o s

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Tire suas

ÚVIDAS Estabelecido em 2007, o projeto do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED tem foco na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes. O Brasil produz uma nova norma t ributária a cada 1h41 , segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

Por Daniela da Rocha Pacheco

O que é SPED? SPED é a abreviação do Sistema Público de Escrituração Digital, parte integrante do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal, que tem por objeƟvos principais a informaƟzação da relação entre o fisco e os contribuintes, integração das informações entre o fisco municipal, estadual e federal, padronização das informações constantes nas obrigações acessórias para tornar mais rápida a idenƟficação de ilícitos tributários. Resumidamente, o SPED consiste na modernização da sistemáƟca atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmiƟdas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores (municipal, estadual e federal), uƟlizando-se da cerƟficação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garanƟndo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital. Iniciou-se com três grandes projetos: Escrituração Contábil Digital (ECD – Livros Diário e auxiliares se houver, Razão e au-

Daniela Pacheco danielaassessoradeimprensa@gmail.com Telefones: (48) 3209-9138 / 8427-5911 Assessoria em comunicação com mais de 10 anos de mercado. Atua em todo o Brasil com serviços de assessoria de imprensa, marketing, criação de sites, gestão da marca e administração de redes sociais.

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Marcos BaƟsta Simões Assistente Fiscal na Komcorp Assessoria Empresarial e Contábil

lei (por enquanto), porém, sabe-se que o fisco já tem tecnologia suficiente para elaborar um programa validador para este regime tributário e poderia tranquilamente parƟr de um “aperfeiçoamento” do arquivo magnéƟco do Sintegra insƟtuído pelo Convênio ICMS Nº 57/95.

Como funciona? xiliares se houver, Balancetes, Balanços e Fichas de Lançamentos), Escrituração Fiscal Digital (SPED Fiscal ICMS/IPI – Livros de Entradas, Saídas, Apuração do ICMS, Apuração do IPI, Prestação de Serviços tributadas pelo ICMS, Livro Inventário de Estoques) e a NF-e - Ambiente Nacional; Logo após, foram implantados a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e gerada e disponibilizada através dos serviços informaƟzados das secretarias municipais de finanças), o F-CONT (escrituração eletrônica das contas patrimoniais e de resultado, em parƟdas dobradas, que considera os métodos e critérios contábeis vigentes em 31/12/2007) e a EFD-Contribuições (SPED PIS/COFINS e Contribuições Previdenciárias), todos não necessariamente na ordem aqui citada. Encontram-se em fase de desenvolvimento e testes: EFD IRPJ (englobará o Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR e os registros de cálculos do IRPJ e da CSLL para Lucro Presumido e Lucro Arbitrado), EFD-Social (SPED Folha de Pagamento e Livro de Registro de Empregados) e a Central de Balanços (captação das informações dos balanços das empresas envolvidas neste projeto para posterior publicação e disponibilização à sociedade). Já em relação ao SPED do Simples Nacional (carinhosamente apelidado pela classe contábil de “SPEDINHO”), hoje é somente fruto de especulações entre fisco e contribuintes, nada previsto em www.inco rp o ra t iva .co m .br

Cada uma das ramificações do SPED funcionam de maneira específica, de acordo com o leiaute (estrutura do arquivo) fornecido pelo fisco para cada Ɵpo de escrituração. Na Escrituração Contábil Digital, a empresa gera um arquivo digital a parƟr do seu sistema de contabilidade, no formato especificado no anexo único à Instrução NormaƟva RFB nº 787/07. Após esse procedimento, importa-se o arquivo da escrituração para o Programa Validador e Assinador da ECD (PVA) fornecido pelo SPED, hoje na versão 2.2.7, verificando os erros e advertências na escrituração. Caso não ocorram erros, estará pronto para entrega. Incluem-se as assinaturas digitais do livro pela(s) pessoa(s) que têm poderes para assinar, de acordo com os registros da Junta Comercial e pelo Contabilista. Após isso, gera-se e assina-se requerimento para autenƟcação dirigido à Junta Comercial da jurisdição. Para geração do requerimento é indispensável, exceto para a Junta Comercial de Minas Gerais, informar a idenƟficação do documento de arrecadação do preço da autenƟcação. Assinados a escrituração e o requerimento, faz-se a transmissão para o SPED. Concluída a transmissão, será fornecido um recibo que deverá ser impresso, pois ele contém informações importantes para a práƟca de atos posteriores. Ao receber a ECD, o SPED extrai um resumo (requerimento, Termo de Abertura e Termo de Encerramento) e o disI N C o r p o ra t i va N e g ó c i o s

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ponibiliza para a Junta Comercial competente. Na atual estrutura, cabe à Junta Comercial buscar o resumo no ambiente SPED. Enquanto ela não adota tal providência, ao consultar a situação, a resposta obƟda será “o livro digital foi recebido pelo SPED Contábil, porém ainda não foi encaminhado para a Junta Comercial”. Nesse caso, deverá ser verificado na Junta Comercial da jurisdição como fazer o pagamento do preço para autenƟcação. Recebido o pagamento, a Junta Comercial analisará o requerimento e o Livro Digital. A análise da Junta Comercial poderá gerar três situações, todas elas com o termo próprio: 1ª AutenƟcação do livro; 2ª Indeferimento; e 3ª Sob exigência. Para que um livro colocado sob exigência pela Junta Comercial possa ser autenƟcado, após sanada a irregularidade, ele deve ser reenviado ao SPED. Não há necessidade de novo pagamento do preço da autenƟcação. Deve ser gerado o requerimento específico para subsƟtuição de livros não autenƟcados e colocados sob exigência. Para verificar o andamento dos trabalhos, deve-se uƟlizar a funcionalidade “Consulta Situação” do PVA. Os termos lavrados pela Junta Comercial, inclusive o de AutenƟcação, serão transmiƟdos automaƟcamente à empresa durante a consulta. O PVA tem ainda as funcionalidades de visualização da escrituração e de geração recuperação de backup. AutenƟcada a escrituração, deverão ser adotadas medidas necessárias para evitar a deterioração, extravio ou destruição do livro digital, que é composto por dois arquivos principais: o do livro digital e o de autenƟcação (extensão aut); deverá ser feita também cópia do arquivo do requerimento (extensão rqr) e do recibo de entrega (extensão rec). Todos 10 -

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os arquivos têm o mesmo nome, variando apenas a extensão. A Escrituração Fiscal Digital (SPED Fiscal) deverá ser gerada a parƟr da base de dados do contribuinte em forma de arquivo digital, conforme leiaute estabelecido no Ato COTEPE ICMS n. 09/08 e suas alterações, informando todos os documentos fiscais e outras informações de interesse dos fiscos federal e estadual, referentes ao período de apuração dos impostos ICMS e IPI. Este arquivo deverá ser submeƟdo à importação e validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA), também fornecido pelo SPED. Como pré-requisito para a instalação do PVA é necessária a instalação da máquina virtual do Java. Após a importação, o arquivo poderá ser visualizado pelo próprio Programa Validador, com possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do sistema. Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura digital da EFD, transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia de segurança e sua restauração. Como regra geral, a periodicidade de apresentação é mensal, sendo que a data específica para transmissão das informações é normaƟzada através de legislação estadual de cada unidade da federação. A EFD Contribuições (SPED Contribuições) também parte da base de dados do contribuinte, através da geração do arquivo digital de acordo com leiaute estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB, informando todos os documentos fiscais e demais operações com repercussão no campo de incidência das contribuições sociais e dos créditos da não-cumulaƟvidade, bem como da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, referentes a cada períwww.inco rp o ra t iva .co m .br

odo de apuração das respecƟvas contribuições. Este arquivo deverá ser submeƟdo à importação e validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA EFDContribuições) fornecido na página do SPED e da RFB. Poderá também a pessoa jurídica, a parƟr da versão 2.0.1A do PVA EFD-Contribuições, criar uma escrituração mediante a digitação de todos os dados necessários no próprio PVA, ou seja, sem a necessidade de importar arquivos. Este PVA também permite editar/excluir/adicionar as informações necessárias à escrituração de qualquer operação sujeita a incidência das referidas contribuições. Para funcionamento do PVA da EFDContribuições também é necessária a instalação da máquina virtual do Java. Após a importação ou criação da escrituração, a mesma poderá ser visualizada pelo próprio Programa Validador, com possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do sistema. Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura digital da EFD-Contribuições, transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia de segurança e sua restauração. O programa gerador de escrituração possibilitará: • Importar o arquivo com o leiaute da EFD-Contribuições definido pela RFB; • Criar uma nova escrituração, mediante digitação completa dos dados; • Validar o conteúdo da escrituração e indicar dos erros e avisos; • Editar via digitação os registros criados ou importados; • Emissão de relatórios da escrituração; • Geração do arquivo da EFD-Contribuições para assinatura e transmissão ao SPED; • Assinar do arquivo gerado por cerƟficado digital; I N C o r p o ra t i va N e g ó c i o s

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• Comandar a transmissão do arquivo ao SPED. A periodicidade de apresentação da EFD-Contribuições é mensal, devendo ser transmiƟdo o arquivo, após a sua validação e assinatura digital, até o 10º (décimo) dia úƟl do segundo mês subsequente ao de referência da escrituração. Para o SPED F-CONT, a empresa deverá apresentar os lançamentos da contabilidade societária que foram efetuados uƟlizando os novos critérios introduzidos pela Lei 11.638/07 e pelos arƟgos 37 e 38 da Lei 11.941/09; Em relação a estes mesmos lançamentos contábeis, a empresa deverá efetuar os lançamentos com os métodos e critérios contábeis aplicáveis à legislação tributária; As diferenças apuradas entre as duas metodologias comporão ajuste específico a ser efetuado no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). Para estas operações, a empresa apresentará arquivo digital em leiaute semelhante da Escrituração Contábil Digital. Este arquivo consƟtuirá parte da entrada de dados da escrituração de controle fiscal contábil de transição - F-CONT. A outra parte é a própria escrituração comercial da empresa. Esta escrituração deverá ser criada a parƟr de programa gerador a ser disponibilizado pela RFB. O programa gerador de escrituração possibilitará: • Criar ou importar o arquivo com o leiaute do F-CONT definido em legislação; • Validar do conteúdo da escrituração e indicar dos erros e advertências; • Editar via digitação os registros criados ou importados; • Geração do arquivo F-CONT para assinatura e transmissão ao SPED; • Assinar do arquivo gerado por cerƟficado digital; • Comandar a transmissão do arquivo ao SPED. 12 -

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Quais contribuintes estão obrigados a enviar a Escrituração Contábil Digital?

Uma empresa pode emitir nota fiscal eletrônica mesmo não sendo obrigada por lei?

A obrigatoriedade da adoção da Escrituração Contábil Digital – ECD foi definida pela Instrução NormaƟva da Receita Federal do Brasil nº 787 de 2007, estando sujeita ao preenchimento de dois requisitos cumulaƟvos: ser empresária ou sociedade empresária e estar sujeita à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real.

Os estabelecimentos localizados no estado de Santa Catarina, não incluídos na lista de obrigados a EFD, a parƟr de 01/2009, excetuados os optantes pelo Simples Nacional, de acordo com o § 1º do art. 25 do Anexo 11 do RICMS/SC, poderão optar, de forma irretratável, pela sua uƟlização. Desejando aderir voluntariamente a EFD em Santa Catarina, o contribuinte deverá acessar o site: www.sef.sc.gov.br, entrar com a sua senha do “SAT” e fazer o “Credenciamento Voluntário”, na opção: “DFE - Documento Fiscal Eletrônico”, escolha a opção: “EFD - Escrituração Fiscal Digital”, digitando a Inscrição Estadual e a data de início da obrigação. Nos demais estados da federação, fica a critério da legislação de cada estado.

Quais contribuintes estão obrigados a enviar a Escrituração Fiscal Digital? No Estado de Santa Catarina, os quesitos para obrigatoriedade à Escrituração Fiscal Digital está no Art. 25 do Anexo 11 do RICMS/SC. Nos demais estados devese consultar a legislação de cada um. A obrigatoriedade de emissão de NFe, em âmbito Nacional, está prevista para os contribuintes elencados nos seguintes disposiƟvos legais: • Protocolo ICMS 10/07 e suas alterações, para os anos de 2008 e 2009; • Protocolo ICMS 42/09 e suas alterações, para o ano de 2010 em diante. Para os demais contribuintes, a estratégia de implantação nacional é que estes, voluntaria e gradualmente, independente do porte, se interessem por serem emissores da Nota Fiscal Eletrônica. A obrigatoriedade se aplica a todas as operações efetuadas em todos os estabelecimentos dos contribuintes referidos nos Protocolos de ICMS citados acima, ficando vedada a emissão de nota fiscal, modelo 1 ou 1-A. www.inco rp o ra t iva .co m .br

Em quais operações a NF-e pode ser utilizada? A NF-e subsƟtui a nota fiscal modelo 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na legislação em que esses documentos possam ser uƟlizados. Isso inclui, por exemplo: a Nota Fiscal de entrada e saída, operações de importação, operações de exportação, operações interestaduais ou ainda operações de simples remessa e remessas diversas. Além da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e modelo 55), o Projeto SPED já desenvolveu até o presente momento os seguintes documentos fiscais eletrônicos: a) Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e modelo 57); b) Manifesto Eletrônico de DocumenI N C o r p o ra t i va N e g ó c i o s

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tos Fiscais (MDF-e modelo 58); c) Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e modelo 59); d) e, recentemente, Nota Fiscal de Venda ao Consumidor (NFC-e modelo 56).

Quais livros fiscais fazem parte da Escrituração Fiscal Digital? Fazem parte da Escrituração Fiscal digital os seguintes livros: • Livro Registro de Entradas. • Livro Registro de Saídas. • Livro Registro de Inventário. • Livro Registro de Apuração de IPI. • Livro Registro de Apuração de ICMS. • Documento controle de Crédito de ICMS do AƟvo Permanente – CIAP. • Livro de Movimentação de Combusơveis (LMC).

Quais contribuintes são dispensados da entrega da Escrituração Fiscal Digital? Conforme determina a cláusula segunda do Protocolo nº 3 de 1º de Abril de 2011, estão dispensadas da obrigatoriedade da entrega da EFD as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte, previstas na Lei Complementar nº 123/06, de 14 de dezembro de 2006, optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) para todos os tributos. O disposto nesta cláusula não se aplica aos contribuintes dos Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia e TocanƟns, segundo critérios estabelecidos por cada um destes Estados. 14 -

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rá necessário o preenchimento do registro I051 (Plano de Contas Referencial da RFB).”

Empresas Lucro Presumido ainda são dispensadas do SPED CONTÁBIL? Existe algum modelo padrão de Plano de Contas do SPED Contábil? Existe o plano de contas referencial da Receita Federal do Brasil (constante no Ato Declaratório COFIS nº 20/09 e alterações posteriores), o qual é elaborado com base na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), tendo por finalidade estabelecer uma relação (DE-PARA) entre as contas analíƟcas do plano de contas da empresa e o Plano de Contas Padrão. As enƟdades financeiras uƟlizam o Plano de Contas COSIF e as seguradoras não estão obrigadas a fazer o referenciamento, mas podem uƟlizar o plano de contas referencial da Susep disponível no programa. Portanto, caso o contribuinte opte por fazer o referenciamento no SPED Contábil, é possível uƟlizar o plano de contas do FCONT (que está mais atualizado), e, neste caso, o PVA do SPED Contábil gerará avisos com relação às contas que não constam na versão mais anƟga do plano de contas referencial, críƟcas das quais não impedem a transmissão da escrituração para a base de dados do SPED. A parƟr da versão 3.X e alterações posteriores do PVA do Sped Contábil, não haverá o plano de contas referencial da Receita Federal do Brasil. Portanto, para as empresas que uƟlizavam esse plano, não sewww.inco rp o ra t iva .co m .br

As empresas com tributação do IRPJ e da CSLL pelo Lucro Presumido não estão obrigadas ao SPED Contábil conforme IN RFB nº 787/2007, visto que, este ato legal obrigou somente as empresas tributadas pelo Lucro Real para apresentar o Escrituração Contábil Digital e também dispensou as sociedades simples, as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional da obrigatoriedade, deixando por analogia a ECD facultaƟva para as demais sociedades empresárias não idenƟficadas nas situações tributárias citadas. A parƟr da versão 3.X e alterações posteriores do PVA do Sped Contábil, não haverá o plano de contas referencial da Receita Federal do Brasil. Portanto, para as empresas que uƟlizavam esse plano, não será necessário o preenchimento do registro I051 (Plano de Contas Referencial da RFB).” * SILVA, Marcos Batista Simões. Contador, Analista Fiscal-Tributário, Pós-Graduando em Auditoria, Controladoria e Finanças. Atualmente é Assistente Fiscal na Komcorp Assessoria Empresarial e Contábil. (48) 2106-4359 marcos.silva@komcorp.com.br

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Assessoria de imprensa: ferramenta de marketing

Ar t i go

Por Vera Lucia Rodrigues*

Qual seria a melhor definição para assessoria de imprensa? Ferramenta de markeƟng ou fixadora de marca? Ou ambas? Na verdade, essa questão está sendo debaƟda em todos os cursos de markeƟng e de jornalismo que são antenados com a realidade social que nos cerca. Do ponto de vista corporaƟvo cabe entender quais beneİcios a empresa poderá obter por meio de um bom trabalho de assessoria de imprensa. Sob a óƟca do jornalismo fica a conclusão de que qualquer trabalho na área de comunicação que não tenha função muito bem definida, dentro ou fora do universo corporaƟvo, não se

jusƟfica se não trouxer retorno financeiro para quem contrata. Isso significa que qualquer tostão hoje invesƟdo que não Ɵver a sua taxa de retorno garanƟda fica de lado, sem aplicabilidade imediata. Não há como escapar disso. Então, a bola da vez que ganha espaço no mundo corporaƟvo e gera resultados saƟsfatórios é a integração, ou seja, a junção de todas as ferramentas disponíveis, especialmente aquelas que não geram custo imediato, como assessoria de imprensa. O esforço de uma boa equipe e um pouco de criaƟvidade podem mudar a história de uma empresa para o lucro ou prejuízo. E a história do

Grupo Vervi – Assessoria e Comunicações Rua Freire Farto, 56, Parque Jabaquara, SP (11) 2578-0422 www.grupovervi.com.br/novosite/

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mundo empresarial está repleta de exemplos. Quem não se lembra do Lee Iacocca, execuƟvo americano que conseguiu reerguer a Chrysler Cor– poraƟon nos anos 90, através de várias ações, mas especialmente da uƟlização da imprensa para veiculação das novidades, uma vez que ele não Ɵnha um tostão para invesƟr em publicidade. Foi no relacionamento com a imprensa e seus formadores de opinião que ele encontrou a saída. Não há dúvida de que a assessoria de imprensa, ao contrário de outras ferramentas que também auxiliam o markeƟng e geram visibilidade para a marca, tem crescido de maneira significaƟva. E a razão é muito simples: todo empresário acredita que até pode economizar em alguma ação do markeƟng, mas nem sua empresa, nem sua marca, podem ficar sem visibilidade. Então, nesse senƟdo, a assessoria de imprensa torna-se a cada dia mais ferramenta do markeƟng do que fixadora da marca. E especialmente nesses momentos de crise, a grande questão que fica para o profissional do markeƟng é como maximizar cada tostão da companhia para a qual trabalha. Nesse senƟdo, a assessoria de imprensa representa também uma excelente alternaƟva para fixar a marca, estabelecer diferenciais com a concorrência e também auxiliar o mar-keƟng, no senƟdo de divulgar pro dutos, tornando-os visíveis e também vendáveis. Além desses beneİcios, a aƟvidade se presta também a outro w w w. i nc o r p o ra t i va . c om.br


objeƟvo fundamental: possibilitar ao planejador de mídia maximizar a verba do cliente sem, é claro, contar com o apelo direto que a propaganda traz. Mas, na verdade, esse trabalho pode ser uma alternaƟva interessante quando os cortes já aconteceram em outros segmentos que possuíam verbas mais significativas, porque um bom trabalho na área de assessoria de imprensa dissemina conceitos, trabalha idéias e tanto pode servir para aumentar a visibilidade do produto diretamente, e gerar vendas, como também pode atuar de maneira indireta, apresentando conceitos e soluções para os quais o produto se presta. As vezes uma entrevista com o cliente do cliente é que pode dizer como conseguiu obter bons resultados com aquele produto pode ge-

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rar demandas inesperadas, que o departamento comercial da empresa jamais imaginaria. Então, respondendo à questão inicial proposta no arƟgo, a assessoria de imprensa é uma das grandes ferramentas do markeƟng, especialmente em tempos de crise. Muitas pessoas que não trabalham em contato direto com o markeƟng, ao verem um arƟgo ou reportagem publicado em qualquer veículo de comunicação pensam que se trata do fruto do acaso. Ou que talvez aquela empresa tenha mais sorte do que outras que não aparecem no noƟciário. Na verdade, nada mais é do que o resultado de um trabalho organizado, que pode render excelentes dividendos para a empresa, tornando-a mais conhecida para a opinião pública e para o mercado. Na práƟca hoje, me atreveria a dizer que nenhuma empresa no mundo corporaƟvo pode prescindir de um trabalho organizado

nesse senƟdo, até porque tudo que as empresas nas economias emergentes buscavam como diferenciais como a qualidade, pronto atendimento, preço compaơvel já viraram obrigação, roƟna de procedimento. Com a lei do consumidor, quem não se responsabilizar pelos seus produtos com qualidade, preço e assistência técnica estará inevitavelmente fora do mercado. Nesse momento, talvez uma políƟca de relacionamento com o mercado construída em bases sólidas e transparentes, organizada por um bom planejamento na área de assessoria de imprensa, possa fazer a diferença. *Vera Lucia Rodrigues é mestre em comunicação social, com ênfase em jornalismo e diretora da Vervi Assessoria, empresa que há mais de 30 anos desenvolve projetos na área de comunicação corporaƟva.

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A magia da fabricação do

vidro de Murano Foto: Wagner M eneguz z i

está na Serra Gaúcha

Por Vera Mari Damian O vidro sempre foi considerado um dos materiais mais fascinantes para se trabalhar. A plasƟcidade no ato de moldá-lo e as infinitas possibilidades de criação e soluções estéƟcas fazem dele um suporte especial à produção arơsƟca, para além de suas funções uƟlitárias. O povo romano é considerado um dos precursores na arte de tra-

Infinita Comunicações Conj. Co mercial Alvorada Rua Dal Canalle, 2186, sala 10.004 Bairro Exposição - CEP 95080-150 Caxias do Sul/RS (54) 3221.8410/ 9978.0934

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Fo to : C assi us A n d ré

Foto: Valdir Ben

Foto: Valdir Ben

balhar o vidro e foi quem recebeu o ơtulo de inventor do “muro transparente” (vidraça) e da técnica do vidro soprado. Após a decadência do Império Romano, os mestres vidreiros concentraram-se principalmente em Veneza, na Itália.

Para garanƟr o segredo das fórmulas do vidro e resguardar o conhecimento dos seus mestres, as fábricas foram limitadas à Ilha de Murano, próxima a Veneza, de onde os moradores não podiam mais sair até o final da vida para não difundir as técnicas. Os artesãos aliaram forma e luminosidade à fragilidade das peças, transformando-as em verdadeiras obras de arte.

A cultura vidreira no sul do Brasil Os imigrantes italianos que chegaram à Serra Gaúcha no final do século XIX trouxeram na bagagem o conhecimento de técnicas da produção vidreira. Diante dos inúmeros afazeres que a nova terra exigia, a expressão arơsƟca foi deixada de lado e deu lugar à produção em série de vasilhames para abastecer a indústria vinícola. Nas décadas de 1970 e 1980 www.inco rp o ra t iva .co m .br

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No final da década a fabricante de luminárias Madelustre decidiu ampliar também para os vidros o seu know how no trato com a madeira, cuja qualidade das peças já era reconhecida no mercado brasileiro e dos Estados Unidos, para onde parte da produção é exportada. A fabricante de Garibaldi implantou uma vidraria própria com equipamentos importados da Itália e trouxe mestres vidreiros de Murano para ensinar aqui as técnicas de vidro soprado, centrifugado e moldado manualmente. “Temos uma estrutura industrial, mas parte do processo da fabricação do vidro conƟnua sendo artesanal, exigindo grande habilidade dos vidreiros”, afirma Clóvis FurlaneƩo, diretor comercial da Madelustre. A vidraria tem capacidade para a produção de 40 toneladas de peças por mês. Além de atender a própria demanda, a Madelustre tornouse fornecedora de peças para reposição de luminárias no mercado brasileiro. www.inco rp o ra t iva .co m .br

Foto: Wagner Meneguzzi

Apaixonado por vidros, no início dos anos 2000 o designer Valdir Ben criou em Bento Gonçalves a Via Vetro, dedicada à fabricação artesanal de objetos decoraƟvos e jarras decanter para vinhos, com a técnica de vidro soprado. “A ideia era resgatar a história e retomar a aƟvidade vidreira na Serra Gaúcha, um desafio ousado que foi realizado e inspirou outras iniciaƟvas”, conta Valdir Ben, que foi à Itália aprender as técnicas de vidro de Murano.

Foto: Valdir Ben

chegaram a funcionar na região 19 empresas de fabricação artesanal de garrafas e garrafões, mas com o tempo a produção foi sendo transferida para as grandes indústrias.

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Foto: Wa g n er Men eg u z z i

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A fórmula do vidro

Uma arte milenar

Na vidraria da Madelustre é possível conhecer de perto o processo de fabricação do vidro, que acaba encantando a todos. Uma mistura de areia e diversos componentes químicos é fundida em fornos a mais de 1300 graus cenơgrados, de onde são reƟradas bolas de fogo que lembram massas de caramelos e que aos poucos vão sendo transformados em graciosas peças de diversas cores.

O primeiro vidro pode ter sido fabricado pela própria natureza pelos vulcões, já que seus elementos estão presentes no meio ambiente. Acredita-se, porém, que o surgimento oficial do vidro remonte há mais de cinco mil anos pelas mãos dos fenícios e egípcios.

Alguns livros contam que navegadores fenícios cozinhando numa praia arenosa uƟlizaram dois pedaços de carbonato de sódio como apoio à panela. Quando o fogo se exƟnguiu perceberam que parte da areia aquecida pelas chamas havia se transformado em líquido.

Fonte: M a delustr e F u n dad a e m 1984 p e l o s i r m ã o s C l ó v i s , Mi g ue l e R ui Fur l a nett o , n a c i d a d e d e G a r i b a l d i , a Ma d e l us t r e p r o d uz l i nha s c o m plet a s de l um i ná r i a s d e c o r a t i v a s , i nc l ui nd o l us t r e s , a b a j ur e s , a ran de la s, s p o t s , a b a j ur e s d e p i s o , p e nd e nt e s , p l a f o ns e a c e s s órios de co r a t i v o s , no s e s t i l o s c l á s s i c o e c o nt e m p o r â ne o . A q ua l i d ade de se u s p r o d ut o s é r e c o nhe c i d a e m t o d o o B r a s i l e no m e r cado n o r t e -a m e r i c a no p a r a o nd e é e x p o r t a d a p a r t e d e s ua p r o d uç ão. F o n e : ( 54) 3462- 9500 m a de l us t r e @ m a d e l us t r e . c o m . b r www.m a d e l us t r e . c o m . b r

Foto: Valdir Ben

A técnica de fabricação do vidro tríplex é um dos diferenciais da vidraria da Madelustre. Consiste em três camadas de vidro sobrepostas (cristal + leitoso + cristal), exigindo grande habilidade dos vidreiros na fabricação. Além das luminárias, a empresa fabrica objetos de decoração.

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Diagnóstico: sintomas de “carreirite” aguda

A r t i go

Por Elenita Andrade*

O que você tem feito para melhorar sua carreira? Quais são seus planos profissionais? Você apresenta sintomas de carreirite crônica? Durante os anos em que ministrei treinamento a funcionários na área comercial de empresas de bens de consumo Ɵve a oportunidade de conviver com algumas pessoas que, de alguma forma, marcaram minha carreira profissional. Uma dessas pessoas eu conheci em meados dos anos 80. Nessa ocasião eu trabalhava numa mulƟnacional de alimentos que acabara de adquirir o controle acionário de seu principal concorrente brasileiro e, semanas depois, fui designado para avaliar o gerente de vendas da empresa adquirida – a fim de proceder ao temível “enxugamento”. Meu vôo atrasou e fui obrigado a pernoitar numa cidade onde nunca Ɵnha estado antes. Após 24 -

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me acomodar confortavelmente num pequeno hotel, à noite desci ao restaurante a fim de tentar fazer uma pequena refeição, pois até então estava completamente em jejum. O salão estava cheio e o maitre me colocou em uma mesa junto com outro viajante que, segundo ele, “era do mesmo ramo que eu”. Era um sujeito simpáƟco, uns dez anos mais velho que eu e com um ar meio entediado. Começamos a conversar e coin– cidentemente o assunto enveredou para as nossas carreiras. Ele me disse que era gerente de vendas. Deu-se o seguinte diálogo: “- Eu estou muito irritado com o meu trabalho! Qualquer coisa eu já estou saindo do sério e, quando eu chego em casa, a família já sabe – pela minha cara – que parece que eu estou chegando do purgatório” – disse ele.

- Puxa, mas o seu trabalho é assim tão penoso? – perguntei-lhe. “- Demais! Olha...acabei até ensinando para os meus filhos que trabalhar é muito ruim, é uma batalha diária e você tem que matar um dragão todo santo dia.” - Mas você é um gerente, não deve ser tão cansaƟvo assim? “- Claro que é! Eu me divirto muito pouco naquela empresa, embora tenham até umas pessoas legais que tentam me fazer rir, mas eu não consigo. E completou dizendo: “- Só quero cumprir com as minhas obrigações e ir embora o mais rápido possível, pois tem dia que dá oito da noite e não chega seis da tarde. “ - O que você faria se soubesse que perderia o emprego agora?, perguntei-lhe meio sem graça. “- Não tenho a menor idéia. Eu não estou acompanhando o mercado de trabalho e acho que não teria condição alguma de sair por aí procurando emprego. Dizem que está diİcil, não é?” - É verdade. O mercado está bastante compeƟƟvo. Mas o que você tem feito para melhorar essa situação? – disse eu. “- Outro dia fui pedir aumento pro meu chefe e ele me perguntou quanto eu valia no mercado”. Disse-me ele sem prestar muita atenção ao que eu perguntara. E completou seu raciocínio: “- Eu estranhei a pergunta dele, pois eu não tenho a menor idéia sobre esse assunto”. - E os seus planos? Afinal você é um gestor e tem responsabilidade sobre outras pessoas” – indaguei surpreso. “- Você quer saber? Acho que w w w. i nc o r p o ra t i va . c om.br


eu já dei o que Ɵnha que dar, sabe? Já trabalhei muito e agora eu já estou desacelerando. Afinal, faltam só nove anos para me aposentar”. – respondeu ele, completando: “- Por enquanto eu vou levando com a barriga essa vaguinha aí de gerente e, quando eu me aposentar, eu penso o que eu farei depois.” - E na empresa? As pessoas percebem isso em você? - perguntei. “- Não sei...Também não me sinto em condições de ser contratado por uma dessas empresas modernas que têm por aí, pois elas são muito exigentes.” – disse, resignado. - E qual foi a sua última reciclagem ou treinamento pelo qual passou? “-Ahhhh...tem mais de cinco anos. Não dá tempo, amigo. Minha vida é muito corrida e além

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disso também não tenho dinheiro para invesƟr em cursos, palestras ou livros caros.” Na manhã seguinte embarquei em um novo vôo até o meu destino final e, para minha surpresa, ao chegar à sede da empresa constatei que o sujeito da noite anterior era exatamente o gerente de ven-

das que eu iria avaliar. DiagnósƟco: ele estava com todos os sintomas de uma grave doença dos tempos modernos – a “Carreirite Crônica”. A carreira desse profissional ia muito mal e, se por acaso você se idenƟficou com pelo menos um dos sintomas apontados acima, não deixe a coisa piorar...Trate-se.

Julio Cesar S. Santos - Professor, Consultor e Palestrante. Articulista de Vários Jornais no RJ, autor de diversos livros. P o r m a i s d e 20 a no s t r e in ou e qu ipe s d e A t e nd e nt e s , S up e r v i s o r e s e G e r e nt e s d e V e nd a s , Mar k e t in g e A d m i ni s t r a ç ã o e m e m p r e s a s m ul t i na c i o na i s d e b e ns de co n su mo e d e s e r v i ç o s . E l a b o r o u o c ur s o d e “G e s t ã o E m p r e sar ia l” e a t ua l m e nt e m i ni s t r a p a l e s t r a s e t r e i na m e nt o s “I n C ompa n y” na s á r e a s d e M a r ke t i ng , A d m i ni s t r a ç ã o , T é c ni c a s d e A t en dim e n t o a o C l i e nt e , S e c r e t a r i a d o e R e c ur s o s H um a no s . G r a d u ado e m A d m i ni s t r a ç ã o d e E m p r e s a s , E s p e c i a l i s t a e m Ma r ke t i n g e G e st ã o E m p r e s a r i a l , c o m MB A e m M a r ke t i ng no M e r c a d o G l o baliz a do e C o m p l e m e nt a ç ã o P e d a g ó g i c a . jcss_ s c @ y a ho o . c o m . b r pr o fige s t a o @ y a ho o . c o m . b r (2 1 ) 2233- 1762 (2 1 ) 9348- 4170 www.p r o f i g e s t a o . w o r d p r e s s . c o m fa ce bo o k. c o m / j ul i o c e s a r . s . s a nt o s T wit t e r : ht t p : / / t w i t t e r . c o m / p r o f i 59

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Empresas investem em

Fo to : Di vul gação Datum T I

Qualificação profissional

O Brasil será sede de dois megaeventos mundiais: a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A demanda por profissionais de TI cresce cada vez mais no país, mas ainda falta qualificação. Esse cenário gera aumento dos invesƟmentos em Tecnologia da Informação (TI) por parte das corporações e do governo.

Por: Jéssica Sobreira

Reportagem e redação: Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra (51) 3026-3945 redacaoti@terra.com.br www.assecomgy.com.br Há 15 anos no mercado, a Assecom – Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra une credibilidade nas redações e agilidade na formatação dos textos. Também se caracteriza por manter seus assessorados sempre atualizados pelo envio da clipagem, junto com materiais do interesse, sem custos adicionais.

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O estudo da empresa de consultoria independente IDC, encomendado pela Cisco, “Habilidades em Redes e ConecƟvidade na América”, avaliou a disponibilidade de profissionais qualificados em TI nos anos de 2011 a 2015 em oito países da América LaƟna: ArgenƟna, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e Venezuela. De acordo com o estudo, no ano de 2011, houve falta de aproximadamente 139.800 profissionais com conhecimentos em redes e conecƟvidade - aqueles necesw w w. i nc o r p o ra t i va . c om.br


Alexan d re Zanet t i, CEO na D at um T I www.inco rp o ra t iva .co m .br

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sários para planejar, desenhar, administrar e apoiar as tecnologias de redes na organização. O estudo também fez a projeção de aumento dessa lacuna para 296.200 no ano de 2015. Isso representa a ausência de 27% em 2011 e 35% em 2015. Além da realização de megaeventos, no Brasil, a demanda por profissionais capacitados em redes e conecƟvidades está moƟvada por outras tendências: Demanda por uma maior eficiência na infraestrutura de TI, com a virtualização como o grande vetor; Rápida adoção de TI por parte dos governos e o setor privado; A proliferação de disposiƟvos conectados; Requerimentos da rede para suportar aplicações interaƟvas (vídeo) e negócios suportados por TI virtualizados; e Crescente demanda de conecƟvidade baseada ou hospedada na nuvem por meio de múlƟplas empresas. Com esse estudo, foi possível perceber que o Brasil é o segundo país com dificuldades para encontrar candidatos tecnicamente qualificados, ficando atrás apenas do México dentre os países pesquisados da Amé-

rica LaƟna. Isso ocorre porque, com a disponibilidade escassa de profissionais capacitados no mercado, fica mais caro contratar e empregar profissionais de rede qualificados. O país registrou a menor taxa de recrutamento de técnicos de rede, com apenas 19% das empresas entrevistadas contratando especialistas, durante o úlƟmo ano. O governo do estado do Rio Grande do Sul tem demonstrando preocupação com a qualificação profissional na área de TI. Em arƟculação com universidades, o governo vem debatendo em reuniões com o tema para, dessa forma, adquirir embasamento e realizar a estruturação do programa de fortalecimento de TI no Estado. Entretanto, essa não é apenas uma inquietação de governos. Empresas, igualmente, vêm realizando ações, visando à qualificação. A Datum TI, especializada no desenvolvimento de soŌwares, por exemplo, realiza treinamentos a fim de qualificar profissionalmente. “Realizamos várias iniciaƟvas. Em primeiro plano está a atualização tecnológica que evolui de forma muito rápida e re-

Datum TI: A Datum TI é uma empresa que atua na área de desenvolvimento de software sob demanda e inovação tecnológica, bem como alocação de profissionais de TI para projetos ou work force e soluções de negócio com suíte própria. Está sediada em um dos maiores Polos de Inovação Tecnológica do País – TECNOPUC, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. A empresa investe no aprimoramento contínuo de suas soluções e processos de gestão, oferecendo a seus clientes a satisfação de expectativas, baseando o sucesso da entrega de projetos às melhores práticas

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quer nossa atenção constante. Na Datum, acreditamos no talento das pessoas que trabalham com a gente, por isso promovemos treinamentos internos de aprimoramento tecnológico e específico em áreas estratégicas para o futuro de cada colaborador na empresa. Depois, vem o treinamento em qualidade e engenharia de soŌware. Acreditamos que todos os integrantes são responsáveis pela qualidade do nosso processo e produto. Por isso, invesƟmos em treinamentos em padrões de qualidade reconhecidos e consagrados como CMMI e MPS.Br. Por úlƟmo, mas não menos importante, invesƟmos em iniciaƟvas para proporcionar momentos de conscienƟzação das aƟtudes que formatam os valores da cultura Datum”, enfaƟza Alexandre Zaneƫ, CEO na Datum TI. Além dessas ações, a Datum tem no processo de Desenvolvimento Humano, a liberdade de idenƟficação e solicitação por parte de cada líder ou colaborador, o invesƟmento em cursos e treinamentos em áreas emergentes não contempladas em um planejamento inicial. Cada caso é analisado e aprovado. Nestas oportunidades, a empresa busca disseminar internamente o conhecimento adquirido com workshops e eventos rápidos de mulƟplicação.

recomendadas pelos modelos PGQP, ITIL, PMI e CMMI. Originou-se em 1999 com o objetivo de oferecer ao mercado de automação bancária o parceiro estratégico, composto por um time com experiência acumulada de mais de 15 anos no setor. Com sua capacidade em executar e gerenciar todo ciclo de desenvolvimento de software (levantamento de requisitos, análise, projeto, codificação, testes e implantação, acompanhamento da operação e suporte), a Datum TI aprimorou sua metodologia e processos internos. Hoje, a Datum TI fornece serviços a clientes globais no Brasil e na América Latina. www.datum.inf.br

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Entrevista

Alexandre Zanetti CEO da INC - Qual a principal vantagem da capacitação? Alexandre Zaneƫ - Considerando o momento econômico em que vivemos em nosso país, onde falamos tanto do pseudo “pleno emprego”, se torna imprescindível propiciar um ambiente de desenvolvimento profissional e de oportunidades para a carreira do colaborador. As empresas com maior valor interno agregado estarão no topo da lista de preferências dos profissionais que buscam uma nova oportunidade ou um upgrade na carreira. Entendo que o que mantém e atrai talentos, não é somente a remuneração, e é neste ponto que vejo como uma forte oportunidade o desenvolvimento de um ambiente de qualificação interna, buscando a valorização do capital intelectual da empresa, promovendo imagem e reputação no próprio mercado de profissionais. INC - A demanda por profissionais de TI cresce no Brasil, mas falta qualificação. Como a Datum vê e lida com esse cenário? AZ - Acreditamos que existem excelentes profissionais no mercado em todos os níveis e na maioria das especialidades, porém é fato que não capacitamos o volume necessário imposto pela velocidade das demandas criadas pelas empresas. Para que o Brasil tenha sustentação à sua política de governo de aumento do PIB e atração de investimentos, também é necessário se ter capacidade de atendimento às demandas por serviços em tecnolowww.inco rp o ra t iva .co m .br

gia. Em se tratando de uma área que paga ótimos salários, o governo brasileiro deveria adotar a TI como um setor estratégico e prioritário no tocante ao destino dos investimentos em educação. Por outro lado, as empresas também devem reconhecer seu papel na formação do profissional, atuando lado a lado à comunidade acadêmica, capacitando novos colaboradores e investindo no aprimoramento profissional de seu quadro. Na Datum, mantemos um canal aberto com instituições acadêmicas e cursos técnicos de formação, buscando não apenas a divulgação de vagas, mas também trabalhando em parceria, contribuindo para o aprimoramento do currículo acadêmico por meio de reuniões de avaliação com os coordenadores de curso. Valendo-se de nossa localização em um ambiente de inovação tecnológica - o TECNOPUC - investimos em iniciativas de pesquisa e desenvolvimento com os cursos acadêmicos, não somente com o objetivo de contemplar o foco de um projeto em si, mas também para oportunizar a visão prática do mercado de TI aos alunos. INC - A Datum também encontra dificuldades para empregar funcionários? AZ - Enfrentamos o mesmo problema que todos enfrentam

Datum TI

no setor de TI, a carência de profissionais. Temos uma realidade de 40 vagas abertas sendo trabalhadas diariamente. Entretanto, graças a uma área de recursos humanos dinâmica e altamente qualificada, temos obƟdo sucesso no preenchimento de vagas com agilidade, qualidade e asserƟvidade. INC - O que os profissionais podem esperar para suas carreiras na empresa? AZ - Por ser uma empresa de tecnologia e que busca constantemente atender as demandas de inovação de seus clientes, a Datum possui em sua essência um diferencial capaz de atrair talentos que busquem desafios que os mantenham tecnicamente atualizados. Por outro lado, mantemos um processo de treinamento e desenvolvimento que capacita novos colaboradores a atuarem em projetos estratégicos e de grande relevância em clientes de grande porte e em áreas muito interessantes, como a bancária. Por trabalhar em projetos em vários segmentos e suportados por diversas tecnologias, na Datum, o colaborador tem a oportunidade de, além de experimentar uma carreira muito dinâmica, também poder vivenciar diferentes realidades de negócios, reciclandose tecnologicamente à medida que participa destes projetos.

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Gestão de Pessoas: obrigatória nas organizações do Século XXI

A r ti go

Por Adolfo Plínio Pereira* “Entende-se por modelo de gestão de pessoas a maneira pela qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho. Para isso, a empresa se estrutura definindo princípios, estratégias, políƟcas e práƟcas ou processos de gestão”, assim definiu o professor André Luiz Fischer (2002, p. 12). O professor Joel Souza Dutra (2002, p. 17) completa ao afirmar que Gestão de Pessoas é “um conjunto de políƟcas e práƟcas que permitem a conciliação de expectaƟvas entre a organização e as pessoas para que ambas possam realizá-las ao longo do tempo”. Portanto, a Gestão de Pessoas busca a parceria entre dirigentes e colaboradores em busca do sucesso de ambos. Estas definições deixam claro que a Gestão de Pessoas não é responsabilidade única do setor de RH, este sim é responsável por fomentá-la na organização e cabe a ele desafiar os dirigentes a implantá-la. Deve inculcar nas mentes dos líderes o quão a Gestão de Pessoas é necessária e primordial para a sobrevivência das organizações neste século que ainda estamos começando.

Consideremos que a Gestão de Pessoas, apesar de não ser exclusividade do RH, está ancorada em cinco grandes processos de RH: contratação de pessoas, inserção e aplicação das pessoas na organização e em seus cargos, manutenção das pessoas na organização, seu desenvolvimento e, ainda, monitoração de seus resultados. A Gestão de Pessoas não é uma forma paternalista de se relacionar com os colaboradores, ao contrário disso, se consƟtui como uma filosofia de gestão que visa melhorar as condições gerais de trabalho para que os trabalhadores possam produzir mais e melhor a cada dia. Não elimina por completo o velho conflito entre Capital e Trabalho (tão propalado por Karl Marx), mas, pode reduzi-lo, e muito, podendo até transformar empregados em

verdadeiros sócios do negócio. O livre acesso às informações, as crises econômicas que desafiam o sistema tradicional e o fato dos jovens da atualidade mostrarem que não estão em busca de empregos, mas sim, de desafios que lhes façam senƟdo; formam um cenário que tende a ser cada vez mais desfavorável e hosƟl às organizações que ignorarem as necessidades e anseios de seus colaboradores, únicos capazes de transformar a realidade da organização. Diante da implantação da Gestão de Pessoas, o que os colaboradores produzirem já não será mais resultado da obediência às regras e hierarquia, mas, fruto da paixão pelo seu trabalho. A Gestão de Pessoas se baseia em valores importantes, tais como: verdade, jusƟça, trabalho, reconhecimento, valorização, oportunidade, respeito e cidadania, que aparecem em cada ação, seja na forma de contratar, de gerar Qualidade de Vida no Trabalho, de patrocinar a formação dos colaboradores, ou até mesmo na demissão de quem não quer contribuir com o grupo. A Gestão de Pessoas veio trazer luzes à escuridão das dúvidas em termos de práƟcas gerenciais. Sem ela, será cada vez mais diİcil convencer o colaborador a produzir de alma e coração, pois ele poderá conƟnuar entendendo que, quem o comanda, está agindo como se não Ɵvesse coração.

*Professor Adolfo Plínio Pereira é Coordenador dos Cursos de PósGraduação e Extensão da Faculdade Pitágoras de Poços de Caldas, MG. Mestre em Desenvolvimento Sustentável e Qualidade de Vida pelo UNIFAE e especialista em Gestão de Pessoas pela PUC. Palestrante e consultor empresarial em DO – Desenvolvimento Organizacional adolfoplinio@terra.com.br


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