Pais e Filhos - Março/18 - 576

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INCLUI CONTEÚDO DA

PAIS&FILHOS 576

FAMÍLIA DALE BRASIL

Juntos é possível formar famílias mais felizes

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SUMÁRIO

Matérias LÁ EM CASA É ASSIM

42

Família Dale Brasil PAIS&FILHOS 50 ANOS

48

Educamos para o passado ou para o futuro? COMPORTAMENTO

Na boca não! SAÚDE

58

CONVERSA DE HOMEM

64

41 68

SEU RETRATO

16 18

DR. CLAUDIO RESPONDE

Prisão de ventre

21

CADA UM DO SEU JEITO

22

Renata Mendes

26

Natália Posses

32

Cláudia Werneck EQUIPAMENTO PARA

Bicicleta BOA NOTÍCIA

33

33

Colo demais. Ok! MUNDO DELES

34

77

PERGUNTAS PARA

80

página 54

Ricardo Pereira MÃE TAMBÉM É GENTE

Caipirinha

82

página 64

Colunistas ELA DIZ, ELE DIZ

26

com Ana Cardoso e Marcos Piangers CONECTANDO OS PONTOS

com Kuki Bailly A LOUCA DO INSTA

34

36

com Fafá Amaral PAPO RETO

Repelente

ESCOLA

35

78

Mudança de escola

Bonecas LOL MAIS DO MESMO

74

Carrinho de bebê

m

24

Stefano Mion

ENTREVISTA

MÃE DE PRIMEIRA VIAGEM

DEU ERRADO MAS DEU CERTO

Mala de ursinho

30

Cenoura

Mosquiteiro

Dr. Claudio

NADA SE CRIA...

página 42

73

SEMPRE ALERTA

20

FRESCURA DE BEBÊ

72

Ovinho de colher NUTRIÇÃO

17

NOSSA TURMA

Decorar com brinquedos COMIDA DE ALMA

10

HISTÓRIA DE CRIANÇA

39

Tuneca Ferreira Leite

GRAVIDEZ

14

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

37 QUEM NASCEU 37 QUEM ESPERA

SIMPLES E PRÁTICO

COLABORADORES E ESPECIALISTAS

8

Luciana Fasano

LIVRO PARA OS FILHOS

CARTA DA EDITORA

TOP 10

35

PING PONG

Cuidados com afeto Uni-duni-tê!

24 HORAS

54

março 2018

38

com Ana Castelo Branco

76

com Tais e Roberta Bento

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CARTA DO EDITOR

VOLTANDO PARA CASA, SEMPRE Para mim, não é uma figura de linguagem dizer que minha casa é meu refúgio, onde me recupero, me energizo, me transformo, descanso, crio, amo. Na minha casa posso trocar de pele e crescer, tentar estar preparada para o mundo, para sair, ir à luta, tentar ganhar a vida com dignidade, enfrentar as barras “lá de fora” com a confiança possível, sabendo que tenho para onde voltar. Tenho onde me sentir protegida e segura. PARA MIM, CASA SEMPRE FOI SINÔNIMO DE LAR. UMA CASA NÃO É A SOMA DE QUATRO PAREDES, UMA PROPRIEDADE QUALQUER, UM ESPAÇO FÍSICO. CASA É EMOÇÃO. É VIDA. É QUENTE.

Tanto que chamo de casa o hotel onde eventualmente me hospedo por esse mundo afora. Casa é onde minha família está. E sou aquela que muda a cama de lugar em hospital, se é para me sentir mais confortável. E levo porta-retrato com a foto da família numa viagem qualquer, daqui até a esquina. Portaretrato de verdade, de mesa, óbvio. Amo conhecer a casa das pessoas, ver como elas vivem e se organizam. Sinto que só conheço uma pessoa de verdade quando vou a sua casa e entendo essa dinâmica. Adoro o diferente, claro. Soluções diferentes da minha. Jeitos de fazer. Acho que a casa revela muito,

O que não pode mudar: o respeito pela nossa família, por essas diferenças entre nós e a forma que encontramos de conviver em harmonia, ou na busca dela

dá a bandeira toda de como funciona a nossa dinâmica familiar, a nossa cabeça, como construímos as nossas relações. Reflete, escancara, é o cenário da nossa existência. Onde desenhamos nossa vida. Uma vez, na véspera de um aniversário, encanei que não podia entrar meu ano novo dormindo na mesma cama. Não combinava mais. Troquei, claro. Como também já cortei o pé de uma mesa, eu mesma, com serrote e tudo, antes de uma operação importante... Mudo minha casa o tempo inteiro, como mudo minha cabeça. E isso não quer dizer que eu não ame e adore quem se mantém no mesmo, no igual, no sólido de sempre. Posturas. Identidades. O rico da vida: cada um do seu jeito. O que não pode mudar: o respeito pela nossa família, por essas diferenças entre nós e a forma que encontramos de conviver em harmonia, ou na busca dela.

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É isso. E é muita coisa. Pais&Filhos acredita que é possível, juntos, formar famílias mais felizes. Essa é nossa vida. Pra isso trabalhamos. Mais que uma missão, uma causa. E acreditamos nisso mais que tudo em nossa vida. Eu, na minha casa, de pernas para o ar

FOTO ARQUIVO PESSOAL

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

OUTRO DIA LI UMA FRASE QUE CAIU COMO UM RAIO DE FELICIDADE. ATRIBUÍDA A MADRE TERESA: “QUER MUDAR O MUNDO, VÁ PARA CASA E AME SUA FAMÍLIA.”


PUBLIEDITORIAL

Área de lazer do Santa Clara Eco Resort com 6 piscinas

Duas opções de hotéis para uma viagem inesquecível com a família. Diversão e lazer com as crianças têm lugar certo em um dos hotéis do Clara Resorts, considerado a melhor opção para viagem em família.

O

s pais que procuram um lugar especial perto de São Paulo para se divertirem com os filhos precisam conhecer um dos hotéis do Clara Resorts. O Santa Clara Eco Resort, por exemplo, foi reconhecido pela 2ª vez consecutiva como o melhor hotel do Brasil/América do Sul e entre os 3 do mundo para famílias pelo site TripAdvisor.

Monitores dão o tom nas recreações dos resorts.

Esportes aquáticos no Clara Ibiúna

Os 2 resorts do grupo possuem estrutura completa de lazer e diversas atividades para todas as idades. Sempre acompanhadas pela equipe de monitores treinados que fazem toda a diferença nas recreações infantil e adulto. No recém inaugurado Clara Ibiúna Resort, você pode curtir ainda uma represa onde são praticados vários esportes aquáticos. Já no Santa Clara Eco Resort em Dourado, há um pub com noites temáticas, cavalgadas especiais para toda a família e o fantástico SPA Santa Clara by L'Occitane para relaxar e voltar para casa renovado. Ambos os hotéis incluem pensão completa, com café da manhã, almoço e jantar, e atividades já inclusas na diária.

SPA Santa Clara by L'Occitane

Piscinas e represa no Clara Ibiúna

Santa Clara Eco Resort Rodovia SP 215 - Km 197 Dourado - SP Clara Ibiúna Resort Estrada Mun. da Cachoeira - km 9,5 Bairro Campo Verde Debaixo Ibiúna - SP Reservas: (16) 3345 4004 www.clararesorts.com.br


ASSINANTES CENTRAL DE ATENDIMENTO ABRIL São Paulo e Grande São Paulo

(11) 5087.2112 Demais localidades

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(11) 3373-2200 revista@paisefilhos.com.br

PRESIDENTE E EDITOR: Marcos Dvoskin (mdvoskin@paisefilhos.com.br) DIRETORA EDITORIAL: Mônica Figueiredo (monica@paisefilhos.com.br) DIRETORA DE MARKETING E COMERCIAL: Adriana Cury (acury@paisefilhos.com.br) CONSELHO: André Mantovani, Paulo Andreoli e Pierre Cohen

REDAÇÃO

ANUNCIE comercial@paisefilhos.com.br (11) 3373-2211

FALE COM A GENTE

EDITORA-CHEFE: Andressa Simonini (andressa@paisefilhos.com.br) DIRETORA DE ARTE: Fatima Liberatori do Amaral (fafa@paisefilhos.com.br) COORDENADORA DE PROJETOS: Bia Mendes (biamendes@paisefilhos.com.br) REPÓRTERES: Ana Beatriz Alves (anabeatriz@paisefilhos.com.br),

Jéssica Anjos ( jessica@paisefilhos.com.br), Helena Fonseca (helena@paisefilhos.com.br) DESIGNERS: Beatrice Basaglia (beatrice@paisefilhos.com.br), Rita Squillace (rita@paisefilhos.com.br) ESTAGIÁRIA: Jade Lourenção ( jade@paisefilhos.com.br) COLABORADORES DESTA EDIÇÃO: Rodrigo Takeshi (foto), Mariana Gallo (produção de moda),

Fernanda Ribeiro (texto)

paisefilhos@paisefilhos.com.br PUBLICIDADE GERENTE DE NEGÓCIOS: Andrea Caruso (andrea@paisefilhos.com.br) GERENTE DIGITAL: Carolina Ayrolla (carol@paisefilhos.com.br) GERENTE DE NOVOS NEGÓCIOS: Daniela Zurita (dzurita@paisefilhos.com.br) ASSISTENTE COMERCIAL: Flavia Tavares (flavia@paisefilhos.com.br) ESTAGIÁRIA: Ana Santos (anapaula@paisefilhos.com.br)

PRODUTO COORDENADOR DE MARKETING: Carlos Sousa (carlos.sousa@paisefilhos.com.br)

ADMINISTRAÇÃO GERENTE ADM. FINANCEIRA: Eleine Maciel de Souza (eleine@paisefilhos.com.br) SECRETÁRIA: Dalva Miranda (dmiranda@paisefilhos.com.br)

PAIS&FILHOS | FEVEREIRO 2018

REPRESENTANTES COMERCIAIS Brasília IDeB Publicidade Integrada, Ignez Bressan (ignez.bressan@idbpublicidade.com), tels.: (61) 3397-1939 / (61) 98181-0909 Ceará A G Holanda Comunicação, Agimiro Holanda (agholanda@agholanda.com.br), tels.: (85) 3224-2267 / (85) 3224-2367. Paraná Valdilene Três (v.3@terra.com.br), tel.: (41) 3233-0008 / cel.: (41) 9119-6033. Rio Grande do Sul HRM Multimídia (hrm@hrmmultimidia.com.br), tel.: (51) 3231-6287. Santa Catarina Marcucci & Gondran Ltda. (marcucci.gondran@terra.com.br), tel.: (48) 3333-8497.

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A revista Pais&Filhos (ISSN 00309567), ano 49, número 576, é uma publicação mensal, editada pela Editora Manchete, com sede na capital do Estado de São Paulo, na Av. Rebouças, 3.181, CEP 05401-400, tel.: (11) 33732200. A reprodução total ou parcial de textos, artigos e imagens desta edição somente será permitida através de expressa autorização de seus editores.

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COLABORADORES

Para nossa matéria de 50 anos sobre educação, reunimos estas pessoas, que são feras no assunto, para um bate-papo na redação

Cacau Lopes da Silva,

3 Flávia Oliveira, pediatra e neonatologista da Clínica MedPrimus, mãe de Lucas e Pedro.

gerente de projetos de Educação do Instituto Ayrton Senna e mãe de Marcela, Luiza e Pedro

(11) 3262.5564

3 Renata Bento, psicóloga e psicanalista, mãe de Rodrigo. contextocomunicacao@terra.com.br

3 Betty Monteiro, psicóloga, mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco bettymonteiro@hotmail.com

3 Monica Pessanha, psicoterapeuta de crianças e adolescentes, mãe de Melissa. monicatpessanha@hotmail.com

3 Clarissa Fujiwara, nutricionista, filha de Marlene e Takahisa. contato@clarissafujiwara.com.br

Tais e Roberta Bento, educadoras, fundadoras do SOS Educação e colunistas da Pais&Filhos, mãe e filha

3 Giuliano Bedoschi, especialista em reprodução humana da clínica Mater Prime, filho de Luiz e Rosemary 11 5041-7071 ou 5533-5656

3 Clay Brites, pediatra, neuropediatra e um dos fundadores do Instituto NeuroSaber, pai da Helô, do Gustavo e do Maurício.

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

contato@neurosaber.com.br

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3 Lucas Rocha, coordenador da área de políticas educacionais da Fundação Lemann e filho de Nelson e Eliane.

Lucas Rocha, coordenador da área de políticas educacionais da Fundação Lemann, filho de Nelson e Eliane.

contato@fundacaolemann.org.br

3 Quézia Bombonatto, terapeuta familiar e conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia, mãe de Rodrigo. quezia@bombonatto.com.br

11 2155 9338

3 Anna Júlia Sapienza, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, mãe de Mariana, Breno e Felipe. imprensa@einstein.br

3 Renilson Rehem, superintendente executivo do Hospital da Criança de Brasília, pai de Tatiana, Luciana, Mariana e Ana Júlia. imprensa@hcb.org.br

3 Sandra de Oliveira, pediatra do Hospital São Cristóvão, mãe de Marília e Marina. karina.paletta @maquinacohnwolfe.com

3 Fernando Ganem, superintendente médico do Pronto-Atendimento do Hospital Sírio-Libanês, pai de Lucas e Fernando. imprensa@hsl.org.br

3 Talita Rizzini, coordenadora do Serviço de Pediatria do Hospital Leforte, mãe de Paola. (11) 3345-2240

FOTOS ACERVO PESSOAL

{S.O.S.}

3 Sandra Mutarelli, coordenadora da rede de humanização do Hospital Infantil Sabará, mãe de Olave e madrasta de Bia e Gabriel.


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SEU RETRATO

Melhores amigos

HELENA, 3 ANOS, FILHA DE JEFFERSON

ENZO, 4 ANOS, FILHO DE DIANDRA

SOFIA, 2 ANOS, FILHA DE ADRIANO

LILO, 2 ANOS, FILHO DE ANNIE

LORENZO, 4 MESES, GABRIELA DE PAULA

SERGINHO, 4 ANOS, FILHO DE FABIANA

LUCCA, 7 MESES, FILHO DE DÉBORA

MARCEL, 3 ANOS, ELLE FILHO DE JEANIE MARC

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

FOTOS XXXX

Tem coisa mais gostosa do que a amizade do nosso filho com um cachorro, um gato, qualquer bicho? Ai, como a gente ama!

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HISTÓRIA DE CRIANÇA

É cada uma que a gente não aguenta. As crianças dão um show de criatividade!

Gente grande Durante uma guerra para fazer Rafaela almoçar, sua mãe insistia dizendo que ela precisava comer para crescer. Mas a reposta estava na ponta da língua: “Mãe, eu já comi muito e não quero virar um gigante.”

Rafaela, 3 anos, filha de Wal

Piscinão

Nas nuvens

Ana Paula foi à praia com sua filha Isabelly. Quando a menina viu o mar, disse: “Mamãe, compra uma piscina dessas lá para casa!”

Isabelly, filha de Ana Paula e Alex

Palavras de Ana Beatriz: “O sonho da minha vida é voar de avião para abrir a janela e comer muito algodão-doce!

Ana Beatriz, 6 anos, filha de Lita

De folga

Matheus veio com uma pérola para a mãe: disse que queria estudar aos sábados e domingos. Ela estranhou, afinal ele reclamava de ter que estudar a semana toda. A resposta veio certeira: “É que assim eu ia estudar só dois dias, não cinco!”

Simples assim!

Daniel assistiu a uma reportagem sobre adoção. Depois, disse para sua mãe: “Não sei por que as mulheres engravidam. É só ir e adotar, a criança já vem pronta!”

Daniel Henrique, 9 anos, filho de Nêmesis.

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

Matheus, 6 anos, filho de Jackeline e Charles.

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É de beber?

Em um dia de chuva, Erika disse para seu filho não sair do carro, porque iria tomar chuva. O menino respondeu “Não vou, mamãe! Eu fecho a boca”.

Pedro, 3 anos, filho de Erika.

Chove, chuva

Luiz Fernando estava chorando, quando passou a mão no rosto e disse: “Olha, mamãe, está chovendo no meu olho!”

Luiz Fernando, 2 anos, filho de Raquel


DR. CLAUDIO RESPONDE

Tire suas dúvidas com o Dr. Claudio Len, pai de Fernando, Beatriz e Silvia, pediatra e nosso megaconsultor, médico do departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein

Leandro Nigre, do blog Papai Educa, pai de João Guilherme

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

ASSUNTO DO MÊS: PRISÃO DE VENTRE

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A obstipação intestinal, que a gente conhece como prisão de ventre, é muito comum na infância. As crianças com esse problema podem ter dor abdominal, de forte intensidade, que vem de uma hora para a outra. Algumas pistas, como dor de barriga depois de uma refeição e cocô de consistência mais endurecida podem ser um alerta. A prisão de ventre pode se tornar uma verdadeira “bola de neve”, que só melhora com o direcionamento do pediatra sobre educação dos pais, uso de laxantes e orientações psicológicas.

O desfralde do cocô é complicado para muitas crianças, diferente do xixi, que costuma ser mais tranquilo. Os pais têm que ter muita calma. A fralda pode ser utilizada como se fosse um penico, até que tudo se resolva sem stress. A dor faz com que seu filho fique com medo de fazer cocô e prenda a evacuação. Vira um círculo vicioso. Os laxantes naturais, como chá de ameixas pretas, podem ser de grande utilidade para quebrar esse círculo. Fale com o seu pediatra sobre uma orientação “técnica”, que pode ser importante neste momento. Matias tem quase 3 anos e é vegetariano. Na escola suas professoras falam que o cocô dele é cheiroso comparado ao de outras crianças que comem carne. Comer grãos e vegetais altera o cheiro, mesmo? Magda Figueiredo, do blog @maeatualoficial, mãe de Matias

Não há relação entre a ingestão de vegetais ou grãos e o cheiro das fezes.

Minha filha, de 3 anos, fica dias sem evacuar. Quanto tempo é considerado normal? Renata Chiarello, do blog @mamaenow, mãe de Betina

A criança está obstipada quando fica três ou mais dias seguidos sem evacuar. No entanto, outros sintomas, como dor na hora de fazer cocô, esforço intenso ou mesmo eliminação frequente de pequenas quantidades de fezes, são considerados prisão de ventre, mesmo que o intestino funcione todos os dias. Isso não vale para bebês, eles podem ficar até uma semana sem evacuar sem que haja qualquer problema. Dizem que a prisão de ventre está relacionada com a má alimentação. Mas e quando o bebê já nasce com esse problema, o que pode ser? Como tratar? Patrícia Miranda, do blog @maternidadeliteraria, mãe de Heloísa

Os bebês não nascem com prisão de ventre, o hábito intestinal é diferente nos primeiros meses de vida. É normal que fiquem vários dias sem evacuar. Nas crianças maiores pode ter várias causas: problemas alimentares, emocionais ou doenças gastrointestinais. Muitas vezes é simples: dor na hora de evacuar. Com isso, eles seguram a evacuação, o que deixa o cocô ainda mais duro, provocando mais dor.

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No desfralde, aos 3 anos, meu filho chegou a ficar seis dias sem evacuar. Até hoje, aos 5 anos, precisamos monitorar para ele não segurar o cocô. É comum?


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Viva Saúde Malu + Guia da TV Viagem e Turismo Women’s Health Caça-Palavras Mundi + Bem-Estar + Natureza

Coquetel Cripto Joia + Letrão Médio + Cata Palavra Sudoku Desafios + Números Desafios + Hiper

Edição AMIGO(A) JORNALEIRO(A), ENTREGuE ESTE CuPOM à DISTRIBuIDORA NO RECOLHIMENTO DA REVISTA ASSINALADA. regulamento 1. Esta campanha promocional é instituída na modalidade “JuNTE E TROQuE”. 2. Para participar da promoção e realizar a troca é necessário que o leitor complete a cartela colando 3 selos de cores diferentes, sendo obrigatoriamente um laranja, um verde e um azul. 3. O objeto da troca, brinde, é uma das revistas disponibilizadas no cupom de troca em que o leitor poderá escolher uma das opções assinalando no cupom. Caso determinado brinde se esgote em bancas, o leitor deverá optar por outro título dentre os disponíveis no cupom de troca. 4. A troca poderá ser realizada somente com o leitor portando o cupom com os 3 selos colados e formulário completo no período de 1/1/18 até 31/3/18 exclusivamente nas bancas de jornais em território brasileiro. 5. Fica esclarecido que alguns títulos promocionados podem não estar disponíveis em todas as regiões do país. Consulte o regulamento completo em http://total.abril.com.br/total-publicacoes/juntoutrocou ou 4007-2950, de segunda a sexta, das 8h às 17h.

realização

apoio

participação


NOSSA TURMA

Beatriz e Silvia, é o “cara” pra gente e dono da coluna que esclarece as suas dúvidas em toda edição da nossa revista. Desde 2012 é para ele que corremos quando surge qualquer pergunta, nossa ou sua A medicina sempre esteve presente na vida do dr. Claudio, já sua visão como pediatra mudou depois que teve os filhos. Além de nosso megaconsultor, ele é médico do departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein. “EU DECIDI SER MÉDICO POR CONVIVER COM MÉDICO.” O PAI TAMBÉM É PEDIATRA E SEMPRE FOI UM FORTE EXEMPLO, E O LEVAVA A HOSPITAIS DESDE CEDO. Visitas

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

ao consultório mais o fato de sempre ter sido um bom aluno e gostar de ler, facilitou a escolha da profissão. “Eu fui tomando essa decisão meio que naturalmente. Me interessava bastante e nunca tive muita dúvida.” A formação foi pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e a residência médica em Pediatria pela Escola Paulista de Medicina,

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S Dr. Claudio e a sua primeira coluna na Pais&Filhos, em agosto de 2012

da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde também é professor na disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia no Departamento de Pediatria. Foi lá que fez mestrado e doutorado em Reumatologia Pediátrica. Ele também é integrante do Departamento Científico de Reumatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e presidente da instituição Acredite – Amigos da

“Quero tratar os outros como queria que tratassem a mim e aos meus filhos”

Criança com Reumatismo. Ufa! E ele não para por aí, não! O doutor está sempre disposto a colaborar com nossas matérias para tirar toda e qualquer dúvida, participar das nossas lives no Facebook, além da coluna mensal na revista (que você pode ver na página 16). Mas ele tem uma formação ainda mais importante: a de pai da Beatriz, da Silvia e do Fernando. Desde que os filhos nasceram, ele mudou a visão que tinha dos pais que entravam no consultório. “QUANDO VOCÊ É PAI E VÊ O FILHO DOENTE, VOCÊ ENTENDE A ANGÚSTIA DO OUTRO LADO. HOJE EU COMPREENDO A PREOCUPAÇÃO DOS PAIS QUE VÃO AO MEU CONSULTÓRIO.” Ele faz tudo pelos

pequenos pacientes. “Não hesito em examinar, visitar, ir ao hospital e atender aqui no consultório”. E pode ser a hora que for, se ele sente que os pais estão angustiados, trabalha até o sentimento passar. “Quero tratar os outros como queria que tratassem a mim e aos meus filhos.”

O consultório é cheio de brinquedos, tem até coleção de Funkos e globos de vidro

FOTOS MARI MARQUES

DR. CLAUDIO LEN, pai de Fernando,


FRESCURA DE BEBÊ

As roupas e acessórios do nosso bebê são muito preciosos e exigem uma mala superespecial para carregá-los. Esta mala de mão é um arraso! O produto é uma parceria das marcas alemãs Rimowa, de acessórios para viagem, e Steiff, de bichos de pelúcia. Ela é de alumínio por fora com um ursinho (é claro!) estampado e uma miniatura pendurada na alça. Por dentro, mais charme: o forro é da mesma pelugem do bichinho. MEDIDAS: 55x40x20cm

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PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

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Mala de ursinho

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CADA UM DO SEU JEITO

Maria Eduarda e Ana Clara, divide sua vida entre a carreira como servidora pública do Poder Judiciário, esposa e mãe de um quarteto fantástico, mas sem se esquecer da sua individualidade Acho que não sou uma mãe que diz aos filhos o quanto eu os amo toda hora... Sempre que me lembro, faço questão de verbalizar isso, mas acredito muito mais que relações se constroem diariamente com atitudes que fundamentam o famoso “eu te amo”. Sou mãe de quatro filhos maravilhosos. TENHO FILHOS PARA TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS: ADULTO, ADOLESCENTE, CRIANÇA E BEBÊ. COMO ADMINISTRAR ESSA ROTINA? SÓ MESMO COM MUITA ORGANIZAÇÃO E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, PORQUE TEM MOMENTOS EM QUE A MATERNIDADE NOS COBRA UM PREÇO ALTO. A maioria das mães (ao

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

Renata com Madu e Ana Clara

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menos as de carne e osso) sabe do que estou falando, e aquela história de “padecer no paraíso” passa a fazer todo o sentido. Rsrs O primeiro veio quando eu tinha 22 anos e estava no 2º ano da faculdade. Felipe tem 20 anos e é um homem dócil e companheiro. Depois chegou a Nicole, hoje com 15 anos. É uma adolescente superdescolada e popular entre os colegas, “minha chatinha predileta”. Do meu segundo casamento vieram duas meninas lindas, Maria Eduarda, ou Madu, de 4 anos, e Ana Clara, de 1 ano. Assim foi formado meu quarteto fantástico! Não posso atribuir toda minha força pra cuidar de tudo somente a mim, mas sim a algo muito maior! Acredito que Deus me capacita para tal missão. E foi assim, sustentada por essa força, que deixei anos de história para trás, e dois dos meus filhos também. Explico. Sou casada com um jornalista. No meio do ano ele foi transferido de Belém, onde morávamos, para Goiânia. Era uma ótima proposta profissional. A mudança

aconteceu de forma muito repentina e tudo tinha que ser organizado “pra ontem”. Na época minhas filhas mais novas tinham 2 anos e 4 meses, e os dois mais velhos estavam em pleno ano letivo. Resultado: não tinha como impor a mudança aos maiores sem prejudicar escola, amizades etc. etc.

Essa abnegação inata faz parte da transformação quando deixamos a condição de filhos e passamos ao status de pais Fiquei muito dividida, mas não podia deixar de apoiar meu companheiro, pois acredito que temos que estar do lado um do outro. E, assim, meus filhos mais velhos ficaram com o pai, e eu deixei 40 anos da minha vida pra trás, incluindo uma parte do meu coração (meus filhos). Transferi meu trabalho para o Poder Judiciário de Goiás, para onde nos mudamos, e pronto, estava feito! Sempre deixei muito claro que a decisão de ficar “lá ou cá” era dos meus filhos, e que a hora que quisessem a casa e o coração estavam totalmente abertos e preparados para recebê-los. RESPEITO TEM QUE SER A BASE PARA QUALQUER RELACIONAMENTO E JAMAIS IRIA IMPOR A MUDANÇA, QUE DE CERTA FORMA ESTAVA ME SENDO IMPOSTA, A ELES! SEM DÚVIDA, FOI UM DOS MOMENTOS MAIS DIFÍCEIS DE TODA A MINHA VIDA.

Hoje, um ano e meio depois, voltei para a minha terra natal, e estou “completa” por tê-los reunidos novamente sob minhas asas. Muitas e muitas vezes fazemos coisas pensando no bem-estar da família, e esquecemos de pensar no que realmente queremos enquanto indivíduo. Muitas decisões deixam de ser nossa e passam a ser motivadas pelo coletivo, essa abnegação inata faz parte do processo e da transformação quando deixamos a condição de filhos e passamos ao status de pais.

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

RENATA GIORDANO MENDES, mãe de Felipe, Nicole,



NADA SE CRIA…

Óculos de sol, HB, R$ 199,90

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Camiseta, BB Básico, R$ 55,90

bebebasico.com.br

Seguindo o exemplo do pai,

STEFANO MION

adora usar tênis estilosos combinados com moletom e camisetas estampadas. A gente não podia deixar essa mistura de conforto e criatividade fora desta seção, né? Por isso, escolhemos alguns looks do garoto para você se inspirar

Camiseta, Quicksilver, R$ 75,90

quiksilver.com.br

Calça de moletom, Chicco R$ 169,90

Air Jordan 5 Retro infantil, Nike, R$ 599,90

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

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Calça, Tigor, R$ 149

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FOTOS DIVULGAÇÃO | ASSESSORIA E PRODUÇÃO DE MODA MARI GALLO

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Tênis 574, New Balance, R$ 279,90

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Meia, Lupo, R$ 23,94

lupo.com.br Jaqueta, Tigor, R$ 259

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Colete camuflado, Pernambucanas, R$ 79,90

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O termo Sneakerhead (Sneaker: tênis, head: cabeça – cabeça de tênis) é usado para esses colecionadores de tênis, que nem o Marcos Mion. A paixão é tanta que, além de a família toda colecioná-los, existe uma conta no Instagram dedicada somente para os modelos que o apresentador usa, a @sneakersdomion. O pai de Stefano também tem uma linha de tênis junto com a marca HardcoreFootwear. E, falando sério, quem não ama esses calçados diferentões?

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

head r e k a e n S i a P

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24 HORAS

O que a gente faz durante um dia inteiro diz muito sobre a dinâmica da casa. É incrível como cada família encontra a sua própria maneira de fazer tudo funcionar. E você já sabe: não existe o jeito certo, existe o seu jeito!

Natalia Seligra Posses,

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

mãe de Benício e Miguel, decidiu deixar de lado a carreira em administração para focar em seu amor pela culinária. Assim nasceu o Monta Encanta, nosso blog parceiro, comandado por Natalia e sua mãe, Rose. Lá você sempre encontra receitas deliciosas e práticas para o dia a dia. Afinal, família junto na cozinha sempre dá certo!

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5h30

começa aqui

6h

Enquanto preparo o café as crianças brincam no quadrado

Madrugamos! O dia começa muito cedo em casa. Depois que as crianças levantam fazemos o leite e eles tomam assistindo filme.

20h30

Todo mundo pra cama!

19h

Banho antes de dormir não pode faltar. Relaxa e já prepara para o soninho

17h

Hora de começar a abaixar a energia e de ficar um pouco com o meu marido, André. Já já é hora do banho, jantar e cama.


7h30

Meu marido deixa Benício na escola. E onde está Miguel? Voltou a dormir!

6h30

Café da manhã aqui é reforçado! Benício adora tapioca com ovo mexido.

7h

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Hummm, hora da papinha...

12h30 14h

Ir ao pediatra é um compromisso mensal, principalmente no primeiro ano das crianças.

Benício resolveu comprar bexigas para comemorar o 10° mesversário do Miguel. Teve até bolo!

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

11h30

Almocei com a minha mãe rapidíssimo e peguei meu filho na saída da escola.

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ela diz, ele diz POR ANA CARDOSO E MARCOS PIANGERS, pais de Anita e Aurora

Cada filho é único, cada fase é única. E nada supera a alegria de poder viver com eles, bem de perto, todos os momentos importantes da sua vida

ela

ANITA, MENINA FORTE

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

ANA CARDOSO, mãe de Anita e Aurora, é jornalista, socióloga e autora dos livros A Mamãe É Rock, Natal, Férias e Outras Histórias e Quando Falta Ar. Ama suas filhas mais que tudo, mas não esquece jamais de si.

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“Mas que rica carinha”, exclamavam as senhorinhas de Porto Alegre ao cruzar com a gente nas calçadas. Essa menina, dona de olhos castanhos enormes, sempre se fez notar, seja pelos looks originais, seja pelas tiradas únicas. Quando tinha 5 anos ela cismou que seu nome era outro e isso nos rendeu boas risadas e meia dúzia de malentendidos na vizinhança. Essa história começou em Laguna, há dez anos, quando ela tinha 2 ou 3... Sempre que passávamos pela ponte da cidade, a gente explicava pra Anita que ali tinha nascido a Anita Garibaldi, uma heroína de verdade. De carne e osso, diferente das superpoderosas, da Pucca, da Uniqua e outras personagens que ela adorava. Ela ficava encantada. Em sua cabecinha, foi surgindo uma trama particular, na qual ela protagonizava histórias com cavalos, lutas, conquistas e filhos a tiracolo. ELA ME PEDIA TANTO PARA

Aos poucos, sem que percebêssemos, incorporou o personagem e nada nem ninguém lhe convencia de que ela e a Garibaldi não eram a mesma pessoa. Se declarava Anita Cavalheira Garibaldi. Não raro vizinhos perguntavam se o nome dela era mesmo Anita Garibaldi. E se alguém, em tom de brincadeira, falava: Anitta, com dois tês? Ou, Anitta, do show das poderosas? Ela era bem enfática: “Não sou funkeira, sou heroína”. Certa vez fui a um clube fazer matrícula na natação, pedi desconto familiar e a secretária informou: “Sinto muito, mas a sua Anita (Piangers) não está matriculada. A única Anita que consta é da mesma escola que ela, mas se chama Anita Garibaldi”! Nós rimos muito, era a própria.

CONTAR HISTÓRIAS DA ANITA GARIBALDI QUE – NA ÉPOCA – COGITEI ESCREVER UM LIVRO INFANTIL COM AS PERIPÉCIAS DA LAGUNENSE.

A cada ano que passa, me convenço que sim, ela é tudo isso. E mais, ela é mesmo uma heroína, capaz de tirar o cinza dos dias difíceis e nos encher de alegrias e boas histórias, para ouvir e contar. Te amo, minha Garibaldinha.

Não sou de negar informação para crianças: falei da reunificação da Itália, de sua morte, mostrei fotos dos meus pais na Itália junto à estátua dela, mostrei ruas com seu nome e cidades do mapa que a reverenciam, como Anitápolis. Sua admiração só aumentava. Sempre que tinha uma oportunidade de andar de pônei, ela não deixava passar.

ESPERO QUE A MINHA ANITA SEJA TÃO AUDACIOSA, CORAJOSA E LIBERTÁRIA QUANTO A OUTRA, AFINAL, NÃO FOI SEM PROPÓSITO QUE LHE DEI ESSE NOME.


AURORA, MENINA DOCE

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Hoje uma senhora passou por mim na praia e gritou: “Sou fã da Aurora!” As pessoas são suas fãs, Aurora. Acho que é por causa do seu jeito alegre, sempre sorrindo, da sua simpatia em acenar para todos. Isso vem de quando você era ainda mais nova, com 1 ou 2 anos você já acenava para cachorros na rua. Com 3 anos você fazia amizade com todos os mendigos do bairro, conversava demoradamente sobre os objetos que eles tinham amontoados em cima do cobertor no chão. Eu queria apressar o papo, meio por receio do que poderia surgir daquela amizade, meio porque eu chegaria atrasado pra te deixar na creche. Acho que as pessoas são suas fãs porque você está sempre se divertindo. Acho isso incrível e não sei de onde você puxou. Acorda dando risada, toma café da manhã com entusiasmo, vamos andando até a escola com alegria. Se eu faço uma piada você ri alto, se te carrego no colo você comemora, se encontra uma joaninha no meio do caminho fica deslumbrada. Você, aos 5 anos, ainda acredita nas coisas mais fantásticas. Como aquela vez que fomos em um parque com dinossauros de plástico gigantes e você disse que achava que eram dinossauros de verdade que aceitaram trabalhar no parque em troca de comida. Como a história do lobo bom que a minha mãe conta e, sempre que vocês vão até o bosque do prédio dela, o lobo deixa alguns doces pra você. Como quando eu esqueci de trocar seu dente que caiu por uma moeda, você acordou e disse: “Olhem só. Eu ganhei o meu próprio dente!” Você é uma menina feliz, Aurora. UMA VEZ ME DISSERAM QUE EU MUDEI DEPOIS QUE VOCÊ CHEGOU. QUE MINHA PRIMEIRA FILHA ERA MAIS SÉRIA E RACIONAL – COMO EU – E POR ISSO EU NÃO TINHA MUDADO MUITO COM A CHEGADA DELA. MAS QUE QUANDO VOCÊ CHEGOU EU FIQUEI MAIS DOCE E DESLUMBRADO. ACHO QUE ISSO ACONTECEU MESMO.

Você gosta de cócegas e andar pela rua saltitando de mão dadas. Você me chama de

seu herói, você diz que sou a pessoa mais legal do mundo. Não tem como não ficar doce e deslumbrado com essas coisas, Aurora. Você é um sopro de esperança em um mundo duro. Você conversa com todos sem julgamento ou medo. Seus olhos brilham com as coisas mais comuns da natureza. Você se diverte com as coisas mais triviais. Não há nada que deixe um pai mais orgulhoso do que ouvir um elogio aos filhos. Você pode elogiar o pai e ele ficará contente, mas elogie seus filhos e ele ficará realizado. Toda vez que alguém diz que gosta do meu trabalho fico agradecido. Mas toda vez que alguém diz que gosta das minhas filhas fico emocionado. Ontem à noite você segurou a porta do quarto pra eu não conseguir entrar. Disse que tinha uma charadinha e eu só entraria se acertasse a resposta. Perguntou: “O que é o que é: um ponto amarelo na grama”. Eu respondi: “Um Fandangos? Um milho?” E você: “Não. Uma flor amarela!” Eu ri tanto. “Já que você não acertou tenho outra: o que é um pontinho preto andando na calçada?”, perguntou. “Uma pessoa?”, eu disse. “Sim! E qual o nome da ‘pissoa’ (sic fofo)?”, você perguntou. “Marcos?”, respondi. “Acertou”, e você me deixou entrar. Neste verão estou te contando uma história infinita sobre um lagarto que vimos aqui no terreno da frente do prédio. Ele morava com a família em um buraco e ficou amigo de um sapo. O sapo ganhou uma capa que dava a ele superpoderes. Os dois fizeram corridas, festas de réveillon, entregaram brinquedos de Natal e organizaram apresentações em zoológicos. Sempre que digo “Continua amanhã”, você diz que eu contei muito pouco, que quer mais. É uma história que nunca vai terminar, Aurora. Assim como a nossa.

MORAL DA HISTÓRIA:

MARCOS PIANGERS, pai de Anita e Aurora, é jornalista, palestrante e autor dos livros O Papai É Pop 1 e 2. Comprometido com a paternidade presente e amorosa, tem inspirado milhares de pessoas com seus vídeos, textos e palestras.

Quem tem mais de um filho é bom saber cada criança precisa de atenção e tempo exclusivos

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

ele

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{TOP 10} Este mês a seleção está supercompleta. Tem de tudo: de roupas e acessórios a destinos para curtir com a criançada. Você vai amar!

2. Pulseira Life

O sucesso das telonas chegou nas joias! Em parceria com a Disney, a Life by Vivara lança uma coleção de pulseiras, pingentes, brincos e anéis inspirada na animação Viva – A Vida é uma Festa. Os detalhes com elementos mexicanos, como as caveiras, dão todo o charme nas peças! R$ 290,00 vivara.com.br

3. Mochila com porta-lenço

Nós adoramos essa mochila da Sestini que vem com um bolso próprio para colocar os lenços umedecidos que tanto usamos no dia a dia. Mão na roda né?

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

Mochila Thoma&Friends R$ 119,90 sestini.com.br

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1. Body de emoji

As carinhas que são febre na internet estão na roupinha do seu bebê! Este body cheio de emojis é uma graça e vai deixar o look do seu filho muito mais moderno e divertido. Como não amar? R$ 49,99 isabb.com.br

4. Berço dobrável

Estamos apaixonadas por este berço superfofo e estiloso! O produto é uma parceria das lojas Luka and Jack com a Cuna Bebê. O berço é dobrável, inclui um colchão de espuma e o tecido é Saree Indiano. Quem aguenta? R$1.350,00 cunabebe.com.br


6. Pijama

Rabiscar a roupa de propósito? Agora pode, este pijama foi feito para isso! O conjunto vem com um kit de 3 canetas a prova d’água para o seu filho colorir o próprio pijama e deixá-lo com a sua cara. R$ 65,70 lojakidsshop.com.br

5. Bichinho no ovo

Eles brilham e emitem sons, além de serem superfofos. Logo que saem do ovo já é uma surpresa, porque você só vai descobrir o modelo depois que ele nasce. À medida que a criança interage com o brinquedo, ele vai se desenvolvendo, com três estágios: de recém-nascido a criança. R$ 419,90 pbkids.com.br

7.

Jogo de berço

Os unicórnios já chegaram ao mundo dos bebês! A Riachuelo Moda Casa lança a linha bebê com estampas exclusivas, lindas como esta. O jogo para berço vem com um lençol de cima, lençol com elástico e uma fronha. R$ 59,90 riachuelo.com.br

Seu filho merece alimentos com sabor! Este pote térmico da Chicco conserva a temperatura da comida por até 6 horas. Ele é composto por um recipiente de 350 ml, um de 180 ml e uma colher – e o melhor: tudo se encaixa! Pote térmico Chicco, R$ 159,90 chicco.com.br

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10. Curativos

Além das novas estampas de princesas da Disney e do filme Carros 3, os curativos da Nexcare são à prova d’água e confeccionados em material transpirável. R$ 17,90 onofre.com.br

FOTOS DIVULGAÇÃO

8. Pote térmico

Os calçados queridinhos de pais e filhos ganham novas estampas. A Crocs agora tem modelos com personagens do filme Toy Story! Além de lindos, este modelo tem luzes de LED no solado. (Tamanhos de 24 ao 34)

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

9. Crocs

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ENTREVISTA

COMO FOI O COMEÇO DO TRABALHO? Minha grande questão desde o início foi como é viver nesse mundo tão difícil sem um grande intelecto. E isso fez com que eu me questionasse. Assim, comecei a estudar e, depois de quatro meses de imersão nesse universo, escrevi o primeiro livro, “Muito prazer, eu existo”, hoje tenho mais 13 publicados.

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

é uma daquelas pessoas inspiradoras. Jornalista, idealizadora da Escola de Gente e mãe do Diego e da apresentadora Tatá Werneck, é uma das principais porta-vozes do conceito de sociedade inclusiva proposto pela ONU na América Latina e a primeira escritora brasileira a ter livros recomendados simultaneamente pela Unesco e Unicef

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QUANDO VOCÊ DECIDIU TRABALHAR COM A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA? Aconteceu quando eu ainda era chefe de reportagem da revista Pais&Filhos em 1991. TUDO COMEÇOU QUANDO O MEU FILHO DIEGO, COM 7 ANOS NA ÉPOCA, INSISTIU PARA EU VISITAR O IRMÃO DO AMIGO DELE QUE TINHA ACABADO DE NASCER. QUANDO EU CHEGUEI LÁ, VI QUE O BEBÊ TINHA SÍNDROME DE DOWN. Naquela época, não tinha Google, não existiam livros, estudos e interesse sobre o assunto, por isso, a mãe do bebê me pediu ajuda por eu ser jornalista. Eu saí da casa dela sentindo essa responsabilidade em mim como profissional da comunicação e comecei a sugerir reportagens sobre a síndrome, o que foi só o começo do meu trabalho com o grande leque de deficiências que precisam de atenção.

O QUE É A ESCOLA DE GENTE? Eu ficava pensando no que faria para contar pra todo mundo o que aprendi durante o tempo de pesquisas sobre inclusão e poder fazer a diferença. Então decidi criar uma fundação governamental com os jovens, porque entendo que eles são os principais agentes de transformação a curto prazo na sociedade. Eu falo que a Escola de Gente foi criada por “seguidores incondicionais de gente”. Aqui não admitimos hierarquizar as pessoas, porque entendemos que todos temos o mesmo valor e queremos formar jovens com essa racionalidade. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROJETOS? Temos várias oficinas inclusivas e todas gratuitas, como a leitura e a formação de jovens como agentes da acessibilidade. Sempre focando muito na comunicação. MAS O MAIS CONHECIDO É O TEATRO ACESSÍVEL – ARTE, PRAZER E DIREITOS, UMA CAMPANHA QUE A TATÁ CRIOU EM 2003, NA ESCOLA DE GENTE E QUE JÁ FOI RECONHECIDO COMO UMA DAS IDEIAS MAIS INOVADORAS DO MUNDO PELA ONU. O objetivo é fazer com que todos possam desfrutar através de legenda, libras, áudiodescrição, acessibilidade do lugar, entre outras formas.

FOTO MARCELO CORREA

CLAUDIA WERNECK

O QUE VOCÊ DETECTOU DE DESAFIOS E DIFICULDADES QUE ESSAS PESSOAS VIVEM? A questão do tempo. Hoje em dia, as pessoas acreditam na rapidez de tudo, o palestrante tem que falar rápido, o texto tem que ser pequeno e o vídeo curto. NOS TORNAMOS MUITO IMPACIENTES, E COM A INCLUSÃO NÃO É ASSIM, TEM QUE SE DEDICAR A LEVAR A COMUNICAÇÃO A PESSOAS QUE NÃO ENXERGAM, NÃO ESCUTAM, NÃO SABEM LER NEM ESCREVER.


EQUIPAMENTO PARA

boa notícia

BIKE Andar de bicicleta com rodinha, tirar a rodinha, sair pedalando por aí... não tem preço. Mas sempre com segurança. Mesmo que seu filho já saiba andar bem, tem que usar o kit para evitar machucados

COLO DEMAIS? OK! Kit de proteção infantil, Atrio, R$ 78

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Quantas vezes já escutamos que não podemos dar muito colo para o nosso bebê porque isso não é bom para ele? A gente nunca acreditou nisso e, para comprovar, UM ESTUDO ACABA DE SAIR DIZENDO QUE NUNCA É DEMAIS SEGURAR O SEU BEBÊ. E NÃO É SÓ ISSO, NÃO, A PESQUISA AINDA MOSTRA QUE É CRUCIAL QUE VOCÊ TOQUE E ABRACE O SEU FILHO, PORQUE ISSO AJUDA NO DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO DELE.

Numa análise realizada no Hospital das Crianças Nationwide, em Ohio, Estados Unidos, foram observados 125 bebês, sendo alguns prematuros, para ver como cada um respondia ao toque. E olha só: os prematuros respondem menos ao toque do que os bebês nascidos com nove meses. Mas não é por isso que devemos segurar menos, não, muito pelo contrário! OS BEBÊS PREMATUROS QUE RECEBERAM MAIS COLO RESPONDEM MELHOR DO QUE OS QUE NÃO RECEBERAM, OU SEJA, DESENVOLVEM UM CÉREBRO MAIS FORTE.

A dra. Nathalie Maitre, líder da pesquisa, conta mais: se os pais não podem segurar os bebês, o hospital tem que considerar a contratação de um fisioterapeuta para nada mais nada menos do que dar colo. São 15 milhões de prematuros que nascem por ano no mundo todo e muitos deles passam um tempão na UTI, que é um ambiente, vamos combinar, não muito agradável. Imagina só a diferença e o benefício que todas eles teriam se recebessem colo quentinho todos os dias? O próximo passo da Nathalie é desenvolver um plano para que todas as crianças prematuras ganhem mais colo na UTI. E você pode aproveitar o seu bebê, porque enquanto dá amor, ele se desenvolve com mais força.

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

Luva aberta Chamas, Kidzamo, R$ 35

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MUNDO DELES

vendidos por até R$ 5.500 na internet. Loucura, né?! A busca pelas LOLs no Mercado Livre cresceu 44% entre novembro e dezembro de 2017. Além da opção de colecionar, os vídeos de unboxing (quando desembrulham o brinquedo) no YouTube ajudaram na viralização da boneca. DE 2015 PARA 2016, OS CANAIS COM ESSE TIPO DE CONTEÚDO, ALCANÇARAM 52 BILHÕES DE VISUALIZAÇÕES, DE ACORDO COM O ESTUDO DA ESPM.

BONECA LOL

Você sabe o significado de LOL? Em inglês, a sigla quer dizer Lil Outrageous Littles, que traduzimos livremente por Pequenas Bonecas Estilosas. Elas chegaram ao Brasil em maio de 2017 e fizeram tanto a cabeça das crianças que foram o sexto brinquedo mais pedido do último Natal, segundo uma pesquisa do Google. Não dá nem para acreditar que uma boneca com menos de 10 centímetros de altura possa fazer um sucesso tão grande! Para você que não entendeu o porquê de elas terem conquistado o público infantil, o segredo está na coleção.

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

SÃO SEIS COLEÇÕES COM MAIS DE 120 ITENS, ENTRE BONECAS E ACESSÓRIOS, E TUDO VEM EM UMA EMBALAGEM REDONDA COM SETE CAMADAS POR DENTRO ANTES DE VER QUAL MODELO VEIO.

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Mas não são camadas à toa! Na primeira, você encontra uma mensagem secreta com dica reveladora que instiga a imaginação sobre qual boneca comprou. Nas demais, você encontra os acessórios da LOL, como adesivos, garrafinha de água, sapatos e roupa. Ou seja, são várias opções para colecionar, e mesmo que você compre uma repetida, tudo bem, afinal parte da diversão é trocar com os amigos! Aliás, tem até grupo de pais no Facebook para vender e trocar as bonecas. Isso para tentar economizar também, já que cada uma pode custar em média R$ 100. Modelos mais raros são

MAS CUIDADO COM AS BONECAS FALSAS! COM O SUCESSO, MUITOS PAIS COMEÇARAM A COMPRAR E PERCEBER QUE A LOL NÃO ERA DE FATO A LOL. A PRIMEIRA DICA É: PRESTAR ATENÇÃO NO NOME, ELAS PODEM VIR ESCRITO LQL. O material também é bem

diferente, e só se percebe depois que abriu, mas aí você pode exercer o seu direito do consumidor e trocar. E, preparem-se, porque a nova coleção foi lançada em janeiro no Brasil: LOL Big Surprise! São 50 surpresas em uma embalagem especial com preços a partir de R$ 999,99. Boa sorte.

Cada uma custa em média R$ 100, mas os modelos mais raros são vendidos por até R$ 5.500 na internet. Loucura, né?!

São 75 modelos de bonecas para a criançada colecionar. E tem novidade chegando por aí

FOTOS DIVULGAÇÃO

Com certeza você sabe o que é a – talvez até tenha várias na sua casa, já que elas são a febre do momento. A tortura é que não dá pra escolher, vem dentro de uma bolinha, e aí começa a loucura de comprar até conseguir a que a criança quer...

A estratégia é muito bem pensada, porque, no Brasil, 50% dos maiores canais no YouTube são consumidos por crianças.


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MAIS DO MESMO

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COMO A FAZENDA FLORESTA COMEÇOU? Minha loja foi consequência de um desejo de criança. EU CRESCI EM UMA FAZENDA E FAÇO BOLOS SEM LACTOSE DESDE OS 12 ANOS. IMAGINA: A GENTE TOMAVA LEITE PRODUZIDO ALI, TUDO MUITO NATURAL.

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Felipe, é dona da loja Fazenda Floresta, que faz sucesso por seus gelatos, bolos e chocolates, que além de gostosos são supersaudáveis

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QUAL O DIFERENCIAL DA LOJA? Acredito que seja a qualidade dos produtos. Abrimos a primeira loja em 2016, todas as receitas são minhas e só usamos produtos orgânicos sem conservantes! As frutas que a gente utiliza, por exemplo, são sempre da estação. Tem outra: a produção de chocolate é manual. Isso faz muita diferença. Minha preocupação é com a saúde das pessoas. SERVIMOS PRODUTOS VEGANOS E FIT (SEM ADIÇÃO DE AÇÚCAR), MAS GOSTOSOS E SEM PERDER O SABOR. E OS PLANOS PARA O FUTURO? Além de levar a loja para outros países, como Estados Unidos e França, quero fazer oficinas de culinária com as crianças e levá-las para a nossa fazenda para, que elas conheçam todo o processo de produção. Ovos de chocolate para a Páscoa 2018

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PROTEÇÃO NUNCA É DEMAIS O aumento de casos de febre amarela tem causado preocupação. Sobre isso, o infectogista Francisco Ivanildo Jr., pai de Beatriz, afirma: “Não precisa só confiar na vacina, repelente funciona, sim!” Opte pelos que CONTÉM ICARIDINA – esse princípio ativo é eficaz contra o Aedes aegypti, transmissor da febre amarela, dengue, zika e chikungunya.

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PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

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Mosquitos podem estar em todo lugar, por isso é necessário sempre ter um em mãos para se proteger ICAR

LUCIANA FASANO, mãe de

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conectando os pontos KUKI BAILLY COMPARTILHA AQUI HISTÓRIAS DE TRANSFORMAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO GRUPO REDEDOTS, IDEALIZADO POR ELA

Kuki Bailly,

Alexandre, descobriram o incrível mundo montessoriano quando tiveram o primeiro filho e se apaixonaram, a ponto de fazer dele um projeto de vida

PAIS&FILHOS | MARÇO 2018

Nossa história começa há quatro anos, com o nascimento do nosso primeiro filho, Miguel. Na época, nossa vida era bem diferente. Eu trabalhava em casa e o Alexandre, meu marido, no centro de São Paulo, na área de TI. Como o trabalho dele era longe e demandava muito de seu tempo, quase não via nosso filho. Às vezes, saía antes de o menino acordar e voltava quando ele já estava dormindo. Isso nos incomodava bastante. Quando Miguel tinha 1 ano e 2 meses, assistimos a uma palestra sobre o método Montessori aplicado em família. EU JÁ HAVIA LIDO ALGUMAS COISAS SOBRE O ASSUNTO, MAS FOI NESTA PALESTRA QUE TUDO COMEÇOU. NOS ENCANTAMOS POR MONTESSORI, POIS ERA TUDO O QUE ACREDITÁVAMOS PARA NOSSO FILHO. A partir daí, mudamos nossa casa para deixá-la mais acessível ao bebê e começamos a estudar o método. Porém, quando começamos a procurar

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Mais acima, alguns brinquedos que eles produzem, e aqui a família completa: Alexandre, Cintia, Ana Júlia e Miguel

materiais que pudéssemos adquirir, ou mesmo brinquedos que fossem interessantes – coisas diferentes de plásticos ou que não tivessem tantos barulhos e luzes –, percebemos que quase não existiam e ficamos com vontade de criar algo assim, mas na época não foi possível. Em 2015, o Alexandre acabou saindo do local onde trabalhava e então decidimos fazer algo juntos, em família, para que pudéssemos passar mais tempo com nosso filho. Partimos para um outro négocio que acabou não dando certo. Então nossa filha, Ana Júlia, nasceu. Nesse ponto, pegamos para valer aquele projeto antigo e começamos a dar forma, porque agora seria possível. NASCEU ASSIM A NOSSA LOJA, A QUANDO VIRAMOS PAIS, ONDE FAZEMOS PRODUTOS PARA CRIANÇAS, BASEADOS NO MÉTODO MONTESSORI, NO QUAL AS MATÉRIAS-PRIMAS SÃO, EM GERAL, MADEIRAS E LINHAS.

Muitas vezes trabalhamos de madrugada para entregar os pedidos no prazo e fazemos reuniões depois que as crianças vão dormir

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

CINTIA GOMIERI e o marido,

Mãe da Jasmin, formada em Design, com passagem por agências e grandes corporações, tem vasta experiência em inovação e empreendedorismo. Define-se como “netweaver”, ou “tecelã de redes”.


QUEM ESPERA

QUEM NASCEU

Andressa Suita está grávida do segundo filho com o cantor Gusttavo Lima

Ivete Sangalo e o marido, Daniel, apresentam as filhas gêmeas, Helena e Marina. Eles são pais também de Marcelo

Os nossos materiais e brinquedos são desenvolvidos sempre pensando na autonomia e desenvolvimento da criança e são todos feitos à mão. Não é fácil, enfrentamos desafios diários, seja com nosso dia a dia, seja em conseguir desenvolver todo o trabalho (produção, divulgação, vendas, atendimento) em poucas horas para poder estar com as crianças. Muitas vezes trabalhamos de madrugada para entregar os pedidos no prazo, fazemos reuniões depois que as crianças vão dormir, cuidamos de muitos detalhes, mas fazemos tudo isso com extremo carinho em cada peça, em cada pedido. É, SIM, MUITO TRABALHOSO, MAS TAMBÉM É MUITO PRAZEROSO, PARA NÓS, SABER QUE AQUILO QUE PRODUZIMOS COM TANTO CARINHO SERÁ USADO POR UMA CRIANÇA. Até agora conseguimos! Mesmo com todasasdificuldadesqueencontramos, nosesforçamosparaestarpresentes na vida dos nossos filhos, vê-los se desenvolvendo, crescendo. Desejamos que esse projeto que fizemos com tanto carinho chegue longe. Temos o desejo de levar para cada vez mais crianças esses materiais e brinquedos, para que elas possam se desenvolver e crescer da melhor maneira, assim como fazemos os nossos filhos, POIS NÓS ACREDITAMOS QUE É NA PRIMEIRA INFÂNCIA QUE SE FORMA O ADULTO DE AMANHÃ. Empreender não é fácil, requer muita força de vontade, muita determinação, e um objetivo bem definido, mas vale a pena!

Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, anuncia que está grávida do primeiro filho com Clarke Gayford

A cantora Cher Lloyd anunciou que está grávida de cinco meses do casamento com Craig Monk

É real: Kylie Jenner, a filha mais nova do clã Kardashian, deu à luz a primeira filha, Stormi. A bebê é fruto do relacionamento com Travis Scott

contato@quandoviramospais.com.br loja.quandoviramospais.com.br facebook.com/quandoviramospais @quandoviramospais

A família de Bella Falconi, Maguila e Vicky vai aumentar: ela está grávida pela segunda vez

Lúcio Mauro Filho é pai pela terceira vez. Nasceu Liz, filha do ator com Cíntia Oliveira

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Nasce Linda, a segunda filha dos ex-BBBs Adriana Sant’anna e Rodrigão

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a louca do insta

r dentro o p a iz n a g r o r fora Organizar po

POR FATIMA LIBERATORI DO AMARAL, mãe da Maê e da Duda

Este mês selecionei instas para arrumar o canto dos estudos do seu filho. Depois de olhar o conteúdo duvido que você não saia correndo para arrumar sua casa toda...

@neatmethod Tubos plásticos, transparentes ou não dão charme na mesa, e carrinhos sempre são um ótimo aliado quando falta espaço na escrivaninha

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@organized_simplicity Uma ideia ótima para organizar os livros é usar caixas

@organizeinout Copos e canecas são ótimos para manter lápis e canetas em ordem

@nataliagiacometti Em gavetas maiores pode-se combinar vários tamanhos de divisórias plásticas de acordo com a sua necessidade

@fernandamolinari Este modelo de carrinho, além de ter um monte de divisórias, tem rodinhas

@thehomeedit Potes de vidro são um curinga e ainda dão charme. Comprar minigaveteiros de acrílico também é uma ótima opção para guardar tudo à vista

FOTOS REPRODUÇÃO INSTAGRAM

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@doneanddonehome Gaveta em ordem é uma das regras básicas para sempre achar o que você procura. Pode ser com caixinhas plásticas ou uma divisória de madeira sob medida


conversa de homem POR TUNECA FERREIRA LEITE,

pai de Antônio e Catarina, cofundador e sócio do app Yummie

NÃO BASTA SER PAI, TEM QUE PARTICIPAR

Independente do formato da família, a chegada de uma criança é uma bênção, mas junto desse amor incondicional (impossível evitar esse clichê) vem também uma baita responsabilidade de prover, educar e preparar nossos filhos física e emocionalmente para esse mundo nada fácil em que vivemos. Existem vários caminhos para esse processo, mas todos passam por uma questão que, para mim, é fundamental: o exemplo. A MELHOR FORMA DE EDUCAR É MOSTRAR COM ATITUDES O QUE É ÉTICA, CARÁTER, COMO TRATAR OUTRO SER HUMANO INDEPENDENTE DE STATUS SOCIAL, ETNIA, ASPECTO FÍSICO, COMO SER GENTIL, PRESTATIVO, ENFIM... Através das suas atitudes eles vão criar as primeiras referências e, se forem boas, isso naturalmente vai se refletir numa inteligência emocional sólida. Talvez seja um primo mais velho, um professor de judô, enfim, eles vão buscar essas outras referências e precisamos estar atentos. O que eu acho mais incrível na paternidade, voltando à questão do exemplo que damos,

é que acabamos evoluindo muito nesse processo. Nossos deslizes, na falta de atenção com terceiros, impaciência com as dificuldades, muitas vezes magoando quem nos cerca e, portanto se prestarmos mais atenção nesses aspectos para dar exemplo para nossos filhos, acabamos refinando nossas atitudes e isso se reflete numa vida melhor para nós mesmos. Eu superrespeito a decisão de alguém que opte por não ter filhos, costumo brincar que, se você nunca viu TV colorida, a TV em preto e branco é o máximo! Mas se me perguntam: vale a pena? Supervale a pena! Sou absolutamente apaixonado pelos meus filhos Antônio e Catarina e acho que estou fazendo um bom trabalho. Como eu disse antes, acho que não existe um formato único para se criar um filho, pode ser um casal hétero, gay, mãe ou pai solteiro, como for. Só recomendo muito amor, presença e atenção! Ah: tem alguns livros que podem ajudar a entender as fases. Recomendo o Criando Meninos e/ou Criando Meninas, do Steve Biddulph.

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FOTO ARQUIVO PESSOAL

Do mesmo jeito que ele brinca com os filhos no tatame enorme que tem na sala, pratica esportes como surf e veleja com as crianças (nas costas dele, é claro)

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POR ANA CASTELO BRANCO,

mãe de Mateus e Helena, redatora publicitária e Embaixadora Pais&Filhos

UM TEXTINHO TRISTE

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A maneira como lidamos com os portadores de síndrome de down mudou bastante de uns tempos pra cá. Ainda bem!

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A gente tinha uns 10 anos. Minha amiga se chamava Ângela. Morávamos no mesmo prédio, em Brasília, e era supercomum nós e todas as outras meninas da turma vivermos umas nas casas das outras. Podia ser um almoço na Monique, um lanche na Valéria (que tinha o maior coelho de estimação de que já se teve notícia) ou um jogo de mímica na minha casa. Mas nunca, nunca, a gente ia na casa da Ângela. Todas tinham um palpite: os pais dela eram muito bravos e não gostavam de bagunça. Até o dia em que surgimos naquele apartamento. Do nada. Não lembro o motivo, mas lembro da sensação de estarmos fazendo algo escondido. Talvez buscando algum brinquedo. Lembro da gente entrando devagarzinho e da preocupação em não fazer barulho. Lembro de esperar no corredor enquanto a Ângela ia atrás de sei lá o quê. E lembro da porta de um quarto abrindo. Mais lenta e cuidadosa que nossos movimentos. No vão, surgiu um rostinho redondo. Cabelos muito lisos com franja. Ela olhou para mim, sorriu, segurou minhas

mãos e me puxou para dentro do seu mundinho. Parecia cena de sonho. TUDO ERA ESTRANHO. EU NUNCA TINHA VISTO NINGUÉM PARECIDO. NEM EM APARÊNCIA E NEM EM ATITUDE. OS OLHOS PUXADINHOS, UMA MÃO MUITO FOFINHA COM DEDINHOS CURTOS, A BOCA MUITO MUITO RESSECADA, TODA DESCAMANDO, QUE NÃO PARAVA DE ME BEIJAR. O breve rapto, os beijos, a aparência ou a atitude, nada daquilo me assustou. O que me deixou confusa e nunca mais esqueci foi: a escuridão, o silêncio e o cheiro daquele quarto. Uma sensação de vazio enorme. A certeza de que nada, absolutamente nada, acontecia ali. O cheiro. Poxa, foi ele que mais me marcou. Sabe cheiro de quarto fechado há muito tempo?

Um cromossomo a mais muda muita coisa. Mas julgamento e penitência vindas dos próprios pais mudam mais ainda

Cheiro de que alguém dorme e acorda ali vários dias seguidos sem abrir uma janela? ENTÃO. ESTE ERA O MOTIVO DAS NOSSAS NÃO VISITAS AO APARTAMENTO DA ÂNGELA. A IRMÃ DELA. UM POUCO MAIS VELHA QUE A GENTE E COM SÍNDROME DE DOWN. Ou, no bom português dos anos 80, ela era mongoloide. E os pais tinham uma vergonha imensa. Mal sabiam que esse era o maior problema daquela menina de quem eu nunca soube o nome. Um cromossomo a mais muda muita coisa. Mas julgamento e penitência vindas dos próprios pais mudam mais ainda. A ausência da fala pode botar na conta da falta de estímulos. Culpa do quarto escuro e de cheiro estranho. Já a boca toda descascando (tanto que devia até doer) era pura falta de cuidado. Pessoas com síndrome de down têm essa tendência a pele ressecada e, muitas vezes, a respiração pela boca piora o problema. Mas a respiração pela boca também era resultado da falta de estimulação apropriada. Culpa do quarto escuro e de cheiro estranho. OS BEIJOS EM MINHAS MÃOS E OS CARINHOS EM MEUS CABELOS NÃO ACONTECERAM PORQUE “ELES SÃO MUITO CARINHOSOS”. ERAM FRUTOS DE UMA CARÊNCIA E DE UMA SOLIDÃO SEM TAMANHO. CULPA DO QUARTO ESCURO E DE CHEIRO ESTRANHO. O maior problema da irmã da Ângela, a menina que não tem nome, não era ter um cromossomo a mais. Era ter uma vida de menos.

FOTO ARQUIVO PESSOAL

papo reto


LIVROS PARA OS FILHOS

PRA ENTRAR NO CLIMA DA PÁSCOA ESCOLHEMOS VÁRIOS LIVROS COM O ASTRO DO MÊS

4. As Aventuras de Pedro Coelho Autora: Beatrix Potter Editora: Cia. das Letrinhas

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4 1. O Coelho Sem Orelhas

FOTOS DIVULGAÇÃO

Autores: Klaus Baumgart e Til Schweiger Editora: Panda Books

Uma vez nasceu um coelhinho sem orelhas! Por ele ser diferente, ninguém queria ser seu amigo, ninguém queria brincar com ele, mesmo ele fazendo tudo o que qualquer coelho pode fazer. Uma história que trata de forma delicada a questão do respeito à diversidade e do preconceito. Já foi publicado em mais de 30 línguas.

5 2. O Coelhinho Que Queria Dormir

3. O Mistério do Coelho Pensante

Autor: Carl-Johan Forssén Ehrlin Ilustradora: Silvana Randa Editora: Cia. das Letrinhas

Autora: Clarice Lispector Ilustrador: Kammal João Editora: Rocco

A mamãe coelho tem dificuldade de fazer o seu filho Roger dormir. Que mãe ou pai nunca passou por isso??? O autor, um terapeuta sueco, criou uma técnica muito legal de relaxamento para ajudar a transformar a hora de dormir num momento gostoso pra família toda.

Conta, de forma sensível e numa linguagem bem gostosa, a história de João, um coelhinho branco, que teve uma ideia muito boa: ia fugir da gaiola toda vez que esquecessem de dar comida pra ele. Mas aí ele pegou gostou pela liberdade, e então, mesmo quando estava de barriga cheia dava umas voltinhas por aí...

5. O Coelhinho Que Não Era de Páscoa Autora: Ruth Rocha Ilustração: Elisabeth Teixeira Editora: Salamandra

Você pode achar que todo coelhinho quer ser coelho da Páscoa quando crescer, né? Vivinho, um lindo coelho branco, não quer... A autora Ruth Rocha, com essa história, ajuda a pensar sobre a independência de pensamento e ousadia. Vale muito a leitura!

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Personagem clássico da literatura inglesa, há mais de 100 anos, o levado Pedro Coelho participa de quatro aventuras neste livro, “A história de Pedro Coelho”, “A história do coelho Benjamin”, “A história dos coelhinhos Flocos” e “A história do sr. Raposão”. Em todas elas as crianças vão amar acompanhar as artes e peripécias desse coelhinho fofo.

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LÁ EM CASA É ASSIM

UM É POUCO, DOIS É BOM E TRÊS É MELHOR AINDA! O terceiro filho não estava nos planos, mas chegou com tudo para trazer ainda mais alegria para a rotina agitadíssima da família Dale Brasil. Aqui nesta casa sempre dá pra colocar mais água no feijão, mais um lugar na mesa e arranjar mais um espacinho no coração

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POR HELENA FONSECA, FILHA DE BETHANIA E PAULO FOTOS RODRIGO TAKESHI, PAI DA MAITÊ

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A decoração de toda a casa traz o clima aconchegante (1) e superfamília – são porta-retratos espalhados pelas mesas e prateleiras relembrando momentos marcantes (2). A paixão por fotos é visível: a família adora viajar e tem álbuns com os registros para sempre poder relembrar os momentos divertidos – a Anna Bia ama rever (3)! Inclusive a caçula até parece uma menina quietinha nesta foto, né? Mas a verdade é que ela é o furacão da casa!

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ocê não precisa nem entrar na casa da família Dale Brasil para saber que lá dentro é puro agito! Além dos pais, a publicitária Paola e o empresário Marcello, o time da criançada é grande: João Marcello, de 12 anos, Sophia, de 9, e a mais espoleta de todas, Anna Beatriz, de 5 anos. Antes mesmo de a porta ser aberta, descobrimos mais dois integrantes dessa bagunça deliciosa: Vicky e Pipoca, as cadelas que são os xodós da família. Quando Paola e Marcello se conheceram, durante as férias na adolescência, jamais imaginariam que estariam onde estão hoje. O famoso ditado “amor de verão não sobe a serra” valeu para eles – e foi isso. Mas, dez anos depois, ele se reencontraram e aí não teve jeito. Rolou.

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5 Sophia está feliz da vida com seu novo quarto! (1 e 6) Depois de cinco longos anos ela não precisa mais dividir o espaço com Anna Bia, que, segundo ela, é muito bagunceira. Sophia tem paixão por tricô (4) e vai ganhar um presentão: a avó Vera já prometeu para ela suas antigas agulhas. O quarto da caçula é muito fofo e cheio de brinquedos em todo canto (2 e 3). João adora super-heróis – afinal, quem não gosta? (8). A família é estilosa em tudo: olha esse banheiro cheio de detalhes (5) e essa galocha toda moderna (7)!

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Naquela época cada um morava em um apartamento, mas logo decidiram morar juntos. Daí para unir as escovas de dente oficialmente foi só um pulo. COMPRARAM UM TERRENO DO PAI DE MARCELLO E COMEÇARAM A CONSTRUIR UMA CASA. TER FILHOS JÁ ERA UMA REALIDADE NA PLANTA DA CASA – DOIS QUARTOS: DOIS FILHOS. CASA PRONTA, ERA HORA DE COLOCAR O PLANO EM PRÁTICA!

A primeira gravidez veio fácil. João Marcello chegou tranquilo e toda essa calma é visível até hoje na personalidade do filho mais velho. Em meio à gritaria, brincadeiras e bagunça, ele está sempre lá, tranquilão, com seus fones de ouvido ou com um livro na mão. João desempenha muito bem o papel de irmão mais velho: cuida e dá uns puxões de orelha nas irmãs, mas só de vez em quando. Paola queria ter uma menina. Quando João tinha 2 anos, ela descobriu a segunda gravidez. No dia do exame morfológico o sonho se concretizou: Sophia estava vindo aí! “Me senti ganhando na loteria! A minha menina, do quarto cor de rosa, iria chegar”, relembra Paola. Sophia é cheia de personalidade, fofa e charmosa. Logo que chegou na família, rolou aquele ciúme clássico entre irmãos, mas logo João aprendeu a se divertir com a bonequinha que tinha chegado. Então era isso, plano concretizado e sonho realizado: dois filhos e ainda por cima um casal! Tudo em ordem, tudo encaixado. MAS SE TEM UMA COISA QUE ELES APRENDERAM É QUE NESSA VIDA A GENTE NÃO TEM CONTROLE SOBRE O DESTINO... Quando Sophia ainda era bebê, Bethânia, uma

babá que trabalhou muitos anos com a família, comentou com a Paola: “Engraçado, sempre que as pessoas perguntam ao João sobre a nova irmãzinha, ele diz que ela está bem, mas que ele vai ter ainda outra irmã, depois da Sophia, e que vai se chamar Aninha”. De onde ele tirou isso? Devia ser só coisa de criança, né?

E essa rodagigante? Linda! (9) Amor de pai é tudo de bom (10): Sophia é só chamego com Marcello (10). Ele é um superpai, desses que entram na brincadeira e curtem mesmo com as crianças – e João, é claro, adora (11 e 12).

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Só que João estava certo: a Aninha ia chegar mesmo! Foi o Marcello que suspeitou da gravidez da esposa: “Olhei para a Pa e percebi que ela estava diferente e perguntei: ‘você não está grávida não’?” Paola foi fazer um teste de farmácia só para acabar com a cisma, mas lá estava ele: um enorme POSITIVO. E agora? O plano inicial eram 2 filhos e 1 cachorro. Na época já estavam com dois filhos, dois cachorros, Mel e Luna, e até um coelho, e agora mais um filho? A NOTÍCIA FOI UM BAQUE, MAS É AÍ QUE O AMOR FALA MAIS ALTO: “É ALGO IMPRESSIONANTE, ELE ESTICA, ELE CRESCE E ELE ENVOLVE A TODOS NÓS”. ERA HORA DE ENCARAR MAIS ESSA! Uma semana depois da surpresa,

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Paola recebe aquele tipo de ligação que ninguém quer receber: Marcello tinha sofrido um grave acidente de moto. Apesar das fraturas, ele se recuperou bem e logo. Ufa! Deu para acompanhar o final da gestação e estar ao lado dela quando Anna Beatriz chegou. E a caçula chegou chegando! Muito espoleta e sapeca, ela é o terremoto da família. Anna Bia é cheia de personalidade e com ela não tem sossego não – é barulho, bagunça, risada e alegria o tempo todo. “A Bia chegou para bagunçar o coreto, de verdade!”, diz Paola. Sete avós para completar a festa Família grande, né? Mas não para por aqui. Além dos pais e filhos, a casa está sempre cheia de outros personagens fundamentais na vida das crianças: os avós. E não era para menos, tanto os pais de Paola quanto os de Marcello estão no segundo casamento, então imagine só que sortudas essas crianças: são 4 avós, Cecilia, Vera, Marilda e Cecilia, e 3 avôs, Guilherme, João Marcello e Vicente. Desde o nascimento, eles foram imprescindíveis para ajudar com os netos – e são até hoje: João, Sophia e Bia amam ir visitá-los, afinal em casa de avós pode tudo, certo? Apesar da barulheira e da bagunça, a família Dale Brasil se entende muito bem nesse ritmo acelerado. Inclusive é muito estranho quando uma peça desse quebra-cabeça está faltando. Os pais contam que quando um dos filhos dorme fora, na casa dos avós ou de algum amigo, a casa fica vazia, fica muito silêncio. Um filho a menos faz toda diferença!

Marcello é literalmente um “pai para toda a obra”! As crianças sabem muito bem disso e aproveitam: se penduram sem dó (1). Sophia adora receber um carinho do avô Vicente, ou melhor, o vô Vica. (2)

PAOLA E MARCELLO SEMPRE OUVEM QUE SÃO CORAJOSOS POR TER 3 FILHOS, MAS PARA ELES A RESPOSTA É SIMPLES, DIRETA E ESTÁ SEMPRE NA PONTA DA LÍNGUA: “NÃO É UMA QUESTÃO DE CORAGEM, A GENTE FOI ABENÇOADO! ESPAÇO TEM, AMOR TAMBÉM – ENTÃO ESTÁ TUDO CERTO!”


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Quando a família se reúne é uma farra, sempre acaba em risadas altas (3).Porta-retrato sempre presente (4). Encontrar a avó Cecília é uma delícia e, como ela é toda chique e detalhista, preparou esta mesa linda para esse momento com os netos. Aliás, quando as crianças eram bebês, ela era a responsável pelo banho (6). A avó Vera mora no Canadá, então quando ela está por aqui todo mundo quer aproveitar! (5).O charme da chaleira na cozinha (7).

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Educamos para o passado ou para ofuturo?

Essa ´e a pergunta QUANDO ESCOLHEMOS A ESCOLA PARA O NOSSO FILHO, PENSAMOS EM QUÊ? MÉTODO? SE É PERTO DE CASA? OU SE ELA VAI ATENDER E PREPARAR REALMENTE O QUE ESSA CRIANÇA PRECISA E VAI PRECISAR NUM MUNDO CADA VEZ MAIS DIFERENTE? SIM, ESTÁ TUDO MUDANDO, E ISSO É BOM. O IMPORTANTE É NÃO PEGAR O CAMINHO ERRADO. E A CONVERSA AINDA NÃO CHEGOU NA TECNOLOGIA! ESTAMOS FALANDO DE MANEIRAS DE OLHAR O MUNDO, MESMO. PREPARA!

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ão dá para falar do futuro sem falar de educação. Básico. Nessa série de matérias que comemoram e festejam o nosso aniversário, cuja premissa é olhar para a frente e mapear o que nos espera para os próximos 50 anos, quando se fala em educação, mais do que em qualquer outro tema, as perguntas são infinitas. E não estamos falando de tecnologia, não. Porque a gente sabe: falou de mudança, logo vem essa conversa tecnológica. Sim, a revolução nessa área é imensa, altamente transformadora e vamos falar disso com profundidade já já. Mas, antes de qualquer coisa, precisamos saber que “cabeça nova” precisamos lidar com o mundo transformado e com as novas tecnologias, para ficar em um aspecto só...

FOTOS ISTOCK

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POR ANA BEATRIZ ALVES, FILHA DE MARIA DE FÁTIMA


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que nao ~ quer calar!

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Não é na nota que devemos ter o nosso foco, e sim o caminho que a criança percorre para aprender” ROBERTA BENTO, educadora, filha de Maria Aparecida e José Antonio

Então, abre-se a torneira e lá vem a enxurrada: o que nossos filhos precisarão aprender para serem bons profissionais nestes novos tempos de novas profissões? O diploma, por exemplo, ainda será tão necessário ou vale mais um portfólio, a experiência? Como preparar essa criança que já nasceu num mundo diferente se nós viemos de um mundo que parece muito muito muito passado? Não temos a pretensão de ter todas as respostas. Mas levantamos alguns pontos que podem ajudar bastante na reflexão que se faz urgente para chegarmos a elas. Olhando para a frente, sem medo Quando você chama a atenção do seu filho para ter empatia com o outro, não está pensando que ele vai aprender ali, agir e pronto. Você sabe que ele vai errar muito ainda e que vai precisar da sua orientação. Mas continuamos falando a mesma coisa várias vezes porque estamos pensando no futuro dele. Por definição, tanto pai quanto professor não educam para o imediato. A ideia é desenvolver hábitos, características, dons, inteligência para que as crianças possam viver bem e com sabedoria lá no futuro. Educar é investir. E um investimento que fazemos sem pensar duas vezes. E, se nos preocupamos tanto com a educação agora, é porque precisamos pensar no futuro. Afinal de contas, já entendemos que estamos preparando nosso filho para um mundo que ainda não conhecemos.

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De dentro para fora

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ANTES DE QUALQUER COISA, QUE FIQUE CLARO: EDUCAÇÃO NÃO É SINÔNIMO DE ESCOLA. ALIÁS, NÃO DÁ PARA SEPARAR ESCOLA E FAMÍLIA QUANDO FALAMOS SOBRE O TEMA. As instituições são uma parte importan-

tíssima, mas a real é que tudo começa dentro de casa. Você já deve ter lido a coluna da Roberta e da Tais Bento aqui na revista (é só ir na página 76). Roberta é educadora, uma das fundadoras do SOS Educação, nossa colunista e mãe da Tais, e este é quase um mantra dela, que nos repete sempre: “A educação não é lá na escola”.

É isso: é em casa que a criança recebe os primeiros estímulos e sabemos que eles são extremamente importantes, é o que muda tudo. Mais do que a boa nota da prova, a criança precisa estar preparada para ser autônoma, confiante e consciente. Porque, para nos preparar para esse futuro, não é na nota que devemos ter o nosso foco, e sim o caminho que a criança percorre para aprender. A Cacau Lopes da Silva, gerente de Projetos de Educação do Instituto Ayrton Senna e mãe de Marcela, Luiza e Pedro, sintetiza tudo isso de forma muito clara: “As crianças precisam de competências para lidar com esse mundo”. Competências, no plural. Sacou? A escola tem responsabilidade, sim, mas essa função específica é sua. Pais permissivos criam filhos dependentes e mimados, é preciso achar o equilíbrio entre o cuidado e a responsabilidade. Como? Através da autonomia das crianças. “Os filhos precisam estar preparados para desenvolver suas habilidades essenciais para o processo de aprendizagem”, como orienta Roberta. É IMPORTANTE QUE VOCÊ INCENTIVE EM CASA A PACIÊNCIA, PERSISTÊNCIA, CAPACIDADE DE LIDAR COM A FRUSTRAÇÃO, EMPATIA, CAPACIDADE DE FOCO E CONCENTRAÇÃO. Não é tão difícil assim. Lê de novo

e com calma. Logo sua cabeça já vai estar fazendo as ligações e associações e identificando onde, no dia a dia da sua família, ir treinando cada uma dessas competências, porque essas são as habilidades necessárias para encarar o futuro. Isso você pode começar agora. Vivemos em um mundo 100% conectado e ficamos acostumados com a tecnologia fazendo cada vez mais coisas por nós. O risco é de também, como pais, querermos cuidar de tudo e acabar por deixar com os filhos apenas uma responsabilidade: a de estudar. O resto todo é com a gente! Será? É claro que fazemos assim com a melhor das intenções, mas a Tais explica que, muitas vezes, as crianças não conseguem desempenhar essa função na escola exatamente por ser a única coisa que precisam fazer. “E aí é o pior dos mundos, porque a criança corre o risco de pensar que não é capaz de fazer nada”. Então, é isso, coragem: é muito importante dar mais obriga-


Inovação na Sala de Aula: Como a Inovação Disruptiva Muda a Forma de Aprender ções e responsabilidades para os filhos e deixar que eles se virem e façam. MAS FALA SÉRIO: VOCÊ DEIXA SEU FILHO GUARDAR A ROUPA DELE, POR EXEMPLO? “COM 2 ANOS ELE JÁ É CAPAZ DE FAZER ISSO, JÁ PODE PARTICIPAR DE ATIVIDADES”, EXPLICA A TAIS. QUANDO A CRIANÇA TEM FUNÇÕES IMPORTANTES DENTRO DE CASA, ELA, ALÉM DE SE SENTIR ÚTIL, DESENVOLVE SENSO DE RESPONSABILIDADE, E, COM O SEU ELOGIO, MELHORA A AUTOESTIMA E ENRIQUECE A MEMÓRIA DE PROCEDIMENTO. Ou

Autores: Clayton Christensen, Michael Horn, Curtis Johnson Editora: Bookman

Pensando no Futuro da Educação Autores: Francisco Imbernon e Beatriz Jarauta Editora: Penso

seja: ela está aprendendo a aprender.

TE ESTÁ FORMANDO TEM QUE LEVAR A UM CENÁRIO DE COLABORAÇÃO”. Talvez seja preciso mudar a forma como

pensamos, onde todos participam com ideias, criatividade e vontade, mas na prática não damos abertura para isso. A Cacau exemplifica com uma metáfora muito boa: “A gente quer ensinar as crianças a nadar, mas não as colocamos na piscina”. E não é por mal, existe um sistema que teimamos em seguir mesmo quando não faz muito sentido. Hábito? O que fica claro é que é preciso começar com um ambiente de trocas em casa e seguir na sala de aula. Nada de não poder virar para o lado, por exemplo, e não poder conversar, comentar, trocar ideias. As crianças precisam SIM interagir e não só com os professores, a escola precisa permitir esse ambiente.

85%

DAS PROFISSÕES QUE VÃO EXISTIR EM 2030 AINDA NEM FORAM INVENTADAS! A PREVISÃO É DE UM ESTUDO DA DELL TECHNOLOGIES

Como Ajudar Crianças a Aprenderem Autor: Paul Tough Editora: Intrínseca

Para isso, é importante investir no professor. Pensa só, a pessoa está ali ensinando o seu filho para quê? Para o futuro dele! Está ajudando a formar não só futuros profissionais, mas cidadãos. E como ensinar algo que você mesmo não compreende? Pensando na junção do lado cognitivo e socioemocional, os professores precisam ajudar o trabalho que os pais fazem em casa, na escola. Ou seja, incentivar os alunos a serem autônomos e confiantes. Seu filho tem que chegar na sala de aula já sabendo dizer “por favor” e “obrigado”, por exemplo. E tem coisa que só se aprende na escola, como matemática e ciência. Deixe que digam, que pensem, que errem! A autonomia vem também do erro. Errar faz parte do processo da aprendizagem. Mais uma vez, temos que colocar a mão na consciência e não mentir para a gente mesmo: é difícil aceitar e dar abertura para seu filho errar, não é mesmo? Lidamos mal com isso. E AÍ VEM UM DESEQUILÍBRIO: SE POR UM LADO SOMOS PERMISSIVOS DEMAIS, DO OUTRO, ACABAMOS TIRANDO A AUTONOMIA DELES. TUDO O QUE QUEREMOS É UM MUNDO PERFEITO PARA OS FILHOS. MAS ISSO NÃO FAZ BEM, NÃO. ALIÁS, É PÉSSIMO. SIMPLESMENTE PORQUE O MUNDO NÃO É PERFEITO, E VOCÊ SABE DISSO MUITO BEM.

Existem dois jeitos: o permissivo e o intencional, segundo o Lucas. Funciona assim: no primeiro, você passa a mão na cabeça do seu filho quando ele erra. Desafia menos o filho e até dá algum tipo de recompensa, fazendo com que a criança se sinta bem com o erro.

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Tudo junto e misturado Esquece aquela cena de cada um trabalhando na sua baia, a força do futuro está na união. Lucas Rocha, coordenador da área de políticas educacionais da Fundação Lemann e filho de Nelson e Eliane, é muito claro: “A EDUCAÇÃO QUE A GEN-

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Esquece aquela cena de cada um trabalhando na sua baia, a força do futuro está na união” LUCAS ROCHA, coordenador da área de políticas educacionais da Fundação Lemann e filho de Nelson e Eliane

No segundo, é como se a criança tivesse que cobrar um pênalti. Ela pode chutar para o meio do gol, onde é fácil de mirar e a chance de acertar é maior, ou mirar no ângulo, onde a chance de acertar é menor porque você está no limite do gol. Ela fará mais gols se for pelo caminho mais fácil, mas como estará aprendendo melhor? Cada erro dela mirando no ângulo é um passo a mais em direção ao acerto. Lucas diz “CADA VEZ QUE ELE ERRA, ESTÁ APRENDENDO MAIS”. VAI ENTENDER CADA VEZ MELHOR O PROCESSO DE FAZER ESCOLHAS E DE SE RESPONSABILIZAR POR ELAS. Tudo bem ele se frus-

trar de vez em quando. Vamos repetir: se frustrar faz parte! Como a Cacau disse, “Não é uma coisa péssima, ele vai aprender com aquele sentimento”. Recalculando rota É claro que, se as crianças vão viver até os 100 anos, a adolescência foi repensada. PESQUISADORES AUSTRALIANOS DE-

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FENDEM EM UM ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA CIENTÍFICA LANCET CHILD & ADOLESCENT HEALTH, QUE A ADOLESCÊNCIA, QUE ANTES ERA ATÉ OS 19 ANOS, SE ESTENDE DOS 10 ATÉ OS 24 ANOS. PREPARADO? RESPIRA...

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Se os jovens estão optando por estudar por mais tempo além da faculdade, casar mais tarde e viajar antes de começar a carreira de fato, temos que repensar todo esse sistema. Mônica Figueiredo, nossa diretora editorial e mãe da Antonia, levantou a discussão. “Seguindo esse raciocínio, vamos falar da escolha de faculdade, por exemplo... Se a pessoa não é um adulto-pronto aos 17 anos, temos que ‘recombinar’ tudo. Não precisa escolher o que quer ser para o resto da vida”. Quando você pensa no que resume um adulto, vem o que na cabeça? Que o corpo já está todo desenvolvido, certo? Acontece que o desenvolvimento não termina aos 19, mesmo. Tanto o corpo quanto o cérebro continuam se desenvolvendo depois dos 20 anos, trabalhando de maneira mais rápida e eficiente. Para muitos, os dentes do siso nem nascem até completar 25 anos. E aí, a piada é inevitável: se nem o juízo nasceu ainda, como escolher o que ser para o resto da vida? Brincadeiras à parte, a conversa é seria. Mais uma para a gente pensar.

Até porque já entendemos que o jeito tradicional que vivemos não é o único caminho. Crescemos com uma visão de que vamos escolher uma profissão assim que terminarmos o terceiro ano do ensino médio e vamos viver daquilo para sempre. Não é mais assim. As pessoas já estão se permitindo mudar de rota, fazer estudos que aparentemente são opostos, atendendo a interesses muito diferentes. Tudo ao mesmo tempo. Misturado, se complementando. Roberta tem uma imagem ótima: “É como se a gente se colocasse num GPS antigo: escolhe o destino e a rota destacada faz com que a gente chegue lá sem interferências, não é assim? Direto ao ponto. Aquele caminho, um só. Mas hoje lidamos com se tivéssemos um Waze dentro da gente. Ou seja, vamos recalcular nosso percurso toda vez que aparecer uma possibilidade nova e melhor e, a partir disso, redirecionar a nossa escolha, como acharmos melhor”. Para qual direção, então? Calma! Sem neura. Precisamos, isso sim, saber lidar com as mudanças e entender que elas são necessárias para conseguir fazer essa transição da melhor forma possível. A ESCOLA E A FAMÍLIA PRECISAM MIRAR NO PROTAGONISMO DOS JOVENS PARA QUE ELES CRIEM UM PROCESSO DE FAZER ESCOLHER E CONSEGUIR CONSTRUIR O PRÓPRIO CAMINHO. Assim saberão que são capazes de fa-

zer e ser o que quiserem. A nossa lição de casa é entender de uma vez que tudo bem mudar de rota, é normal, e se vai fazer o seu filho mais feliz, por que não? Você pode usar como base aquela velha máxima, que vale mais que nunca: as crianças precisam ter “liberdade com responsabilidade”. E a gente, no nosso papel de pais e orientadores, termos claro que estamos todos pisando na mesma cama elástica. Você pula ali, eu caio aqui. Não tem jeito, temos que entrar num acordo, senão cai todo mundo. E a ideia, numa cama elástica, é saltar e se divertir e quando cair, rir muito, certo? O importante é, sempre, encontrar o equilíbrio. Com amor no coração, ouvidos e olhos abertos, humildade para aprender, a chance de acertar é grande.


O QUE O SEU FILHO QUER SER QUANDO CRESCER?

VÍDEOS

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3 Meio ambiente 3A revolução tecnológica, segurança e privacidade no mundo Big brother 3N ovas formas de lazer, diversão e destinos 3 Alimentação da família 3O compartilhamento na vida real

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PERGUNTAMOS PARA VOCÊS NAS NOSSAS REDES SOCIAIS O QUE AS CRIANÇAS POR AÍ QUEREM SER QUANDO CRESCER E RECEBEMOS 245 RESPOSTAS. E, CLARO, NOS DIVERTIMOS COM ELAS, AMAMOS TODA ESSA CRIATIVIDADE E INOCÊNCIA.

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COMPORTAMENTO

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NA BOCA

POLÊMICO, A GENTE SABE, MAS NÃO É POR ISSO QUE DEVE SER MENOS DISCUTIDO. O SELINHO ENTRE PAIS E FILHOS EM ALGUMAS FAMÍLIAS É HÁBITO, ATÉ TRADIÇÃO. MAS QUAL SERÁ A OPINIÃO DOS ESPECIALISTAS SOBRE O ASSUNTO?

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POR JESSICA DOS ANJOS, FILHA DE ADRIANA E MARCELO


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CUIDADO COM O QUE VOCÊ PUBLICA

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ma resposta foi unânime entre as especialistas: quando falamos de hábito familiar fica difícil dar opinião. E outra, talvez a prática de cumprimentar com selinho, entre pais e filhos, seja um dos assuntos mais controversos sobre educação. Vamos começar pela história: quando isso virou costume? “Na Idade Média o selinho na boca era uma forma de selar um compromisso entre vassalo e senhor”, explica Quézia Bombonatto, terapeuta familiar e Conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), mãe de Rodrigo. Hoje, o beijo pode ter diferentes significados em cada lugar do mundo. Agora falando em cultura brasileira, essa prática é mais comum entre namorados e normalmente tem uma conotação sexual. É claro que o hábito de selinho entre pais e filhos costuma se tratar de uma manifestação de afeto. Na matéria que publicamos nas nossas redes sociais sobre o assunto ficou bem claro que existem duas opiniões completamente diferentes. De um lado ficam os pais que já praticam e defendem com unhas e dentes e do outro lado, aqueles que consideram o hábito ruim para o desenvolvimento da criança.

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VOCÊ PODE ATÉ PENSAR QUE SEU FILHO NÃO ENTENDE O QUE ESTÁ ACONTECENDO. QUE PARA ELE É APENAS UM CARINHO ENTRE VOCÊS DOIS. MAS ESSA VISÃO DE PUREZA E INOCÊNCIA SOBRE A CRIANÇA E SEXUALIDADE INFANTIL É ENGANOSA. Segundo Renata Bento, mem-

bro da Sociedade de Psicanálise do Rio de Janeiro, mãe de João e Pedro, a sexualidade começa a ficar mais evidente a partir dos 4, 5 anos de idade. “A criança já entende que o corpo dela é diferente do sexo oposto”. Por isso, a prática pode, sim, confundir a cabeça do seu filho.

Primeiro que é muito difícil expor sua vida pessoal sem gerar comentários que divergem da sua opinião. Postar uma foto dando um selinho no seu filho pode gerar polêmica nas suas redes sociais. Outro ponto é a intenção das pessoas que estão vendo aquilo. Você não tem como controlar. “A gente precisa proteger as crianças de uma cultura cheia de predadores sexuais, que são capazes de adulterar fotos para vender pornografia”, explica Monica Pessanha, psicanalista, mãe de Melissa. Isso é muito sério!

Freud explica De acordo com o criador da psicanálise, Sigmund Freud, a sexualidade existe desde o momento em que a gente nasce. O psicanalista defendeu a teoria de que em um momento do desenvolvimento infantil a criança se apaixona pelos pais. Não é à toa que às vezes você escuta seu filho dizer que quer se casar com você no futuro. OUTRO PROBLEMA: O SELINHO PODE BANALIZAR ESSE TIPO DE AFETO. A CRIANÇA VER QUE VOCÊ BEIJA SEU COMPANHEIRO E ELA DA MESMA FORMA, TALVEZ A FAÇA ACHAR QUE É NORMAL SAIR BEIJANDO OUTRAS PESSOAS NA BOCA. Ela pode tentar beijar familiares, cole-

gas e até pessoas que ele acabou de conhecer. Uma vez que para ela essa prática pode ser entendida apenas como uma espécie de cumprimento. Pode transmitir doença, sim! A gente sabe que você pode ter o cuidado de não dar selinho nas crianças quando está gripado ou com outro tipo de doença. E se não faz isso, precisa começar já! “Os pais também podem estar com algum vírus e não apresentarem sintomas. Através do beijo a doença é transmitida para as crianças assim que entra em contato com a mucosa oral”, explica Flávia Oliveira, pediatra e neonatologista da Clínica MedPrimus, mãe de Lucas e Pedro. A imunidade do seu filho é completamente diferente da sua. A maior parte das doenças transmitidas pelo beijo são infecções por vírus, bactérias e fungos, como gripe e herpes.


Um abraço apertado ou beijo na bochecha demonstram tanto amor quanto um selinho na boca do seu filho

E agora? Após ler esta matéria pode ser que você, que dá beijinho na boca do seu filho, fique em dúvida se deseja continuar com o hábito ou não. Algumas perguntas podem ajudar na hora de decidir qual caminho tomar. Mas vamos fazer um parêntese antes: A GENTE NÃO PODE ESQUECER QUE O MUNDO É FEITO DE PESSOAS COM OPINIÕES DIFERENTES. E ISSO NÃO É RUIM! O QUE NÃO PODE FALTAR É RESPEITO E VOCÊ NUNCA DEVE SE SENTIR CULPADO PELA FORMA COMO EDUCA SEU FILHO, AFINAL, ESTAMOS TODOS DANDO NOSSO MELHOR.

Comece perguntando se dar selinho no seu filho é uma coisa que você herdou, porque seus pais faziam com você quando era criança, ou decidiu começar agora. Caso seja a segunda opção, por que você decidiu iniciar essa prática? “Se a sua resposta for promover intimidade entre pais e filhos, por que tem que ser dessa maneira?”, pergunta Quézia.

se liga

BEIJO EM VÁRIAS LINGUAS Estados Unidos: KISS Espanha: BESO França: BISOUS Alemanha: KUSS Italiano: BACIO Noruega: KYSS Quênia: BUSU

Um abraço apertado ou beijo na bochecha demonstram tanto amor quanto um selinho na boca do seu filho. Chegou até aqui e na sua cabeça a prática não faz mais sentido. Tudo bem não querer continuar! É com você Caso você queira continuar com a prática, é importante deixar claro para o seu filho que esse selinho é intimidade apenas entre vocês e a conversa é o melhor caminho. Claro que isso deve ser feito pensando na linguagem adequada para a idade da criança. “Diga para o seu filho que essa é algo que ele só tem permissão para fazer com o pai e a mãe e vocês fazem isso porque se gostam muito”, aconselha Betty Monteiro. Além disso, deixe seu filho livre para conversar caso não se sinta confortável ou tenha alguma dúvida sobre o assunto ou sobre quem beijar. Se houver alguma confusão e ele tentar beijar outra pessoa ou amigo, seja compreensivo e paciente. Afinal, a prática veio de você, é normal a criança ficar confusa.

O selinho tem a ver com a vontade do pai ou da mãe em ter uma intimidade excessiva com os filhos. E vamos deixar claro? Você não é namorado e nem amigo do seu filho. Pai e mãe são pai e mãe. Ponto se liga

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Durante a conversa com as especialistas, elas relacionaram a origem desse selinho com a vontade do pai ou da mãe em ter uma intimidade excessiva com os filhos. E vamos deixar claro? Você não é namorado e nem amigo do seu filho. Pai e mãe são pai e mãe. Ponto. O caminho, segundo as psicólogas, não é este. Se você se mostrar para o seu filho como amigo, pode ter problemas com respeito e limites. Ele pode não te ver como pai e adulto e na família é preciso haver uma hierarquia. Isso não quer dizer que você precisa ser autoritário ou mandão ou que não pode brincar ou que vocês não podem se divertir juntos, mas o limite precisa existir para que o respeito seja estabelecido. Segundo a psicóloga Betty Monteiro, mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco, e nossa Embaixadora, os filhos realmente esperam que os pais sejam adultos protetores e acredite se quiser: eles querem limites.

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SAÚDE

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com afeto O INVESTIMENTO DA VEZ DOS HOSPITAIS SÃO ÁREAS TOTALMENTE DEDICADAS ÀS CRIANÇAS. NADA DE ADULTOS DOENTES POR PERTO! ALÉM DISSO, O AMBIENTE LÚDICO E PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM PEDIATRIA TÊM TRAZIDO RESULTADOS SIGNIFICATIVOS AO TRATAMENTO HOSPITALAR INFANTIL

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POR JESSICA DOS ANJOS, FILHA DE ADRIANA E MARCELO

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á para imaginar um hospital cheio de desenhos, brincadeiras e brinquedos? Isso não é mais só imaginação, mas sim uma forma de tornar a experiência das crianças nesse ambiente muito menos estressante. A grande sacada das redes hospitalares tem sido o tratamento humanizado não só para as crianças, mas também para as famílias. Segundo Sandra Mutarelli, coordenadora da rede de humanização do Hospital Infantil Sabará, mãe de Olave e madrasta de Bia e Gabriel, a família também faz parte do tratamento e precisa ser acolhida. “A criança é um reflexo dos pais, se eles estiverem preocupados e nervosos ela também vai se sentir assim”, explica. É simples: quem atende uma criança, atende uma família. Isso precisa estar claro para o profissional.

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O STRESS DA CRIANÇA COMEÇA ASSIM QUE ELA DESCOBRE, EM CASA, QUE VAI PARA O HOSPITAL. SEJAMOS SINCEROS, A IDEIA QUE SEU FILHO TEM DE ONDE OS MÉDICOS “VIVEM” NÃO É MUITO POSITIVA. Normalmente ela

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imagina que vai para um lugar onde não sabe muito bem o que vai acontecer e na maioria das vezes vão acontecer coisas que ela não está muito a fim de fazer, como tomar injeção. Como quebrar esse estereótipo? Recebendo a criança com um ambiente que ela não espera encontrar! Anna Júlia Sapienza, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, mãe de Mariana, Breno e Felipe, conta que criar um ambiente com o qual a criança se identifica é essencial. Quando o estabelecimento traz referências do universo infantil, nem que seja através de desenhos nas paredes, você aproxima e dá segurança. Voluntários são bem-vindos nas tarefas lúdicas. No Hospital da Criança a musicoterapia tem feito sucesso entre as pacientes. “Principalmente em doenças mais crônicas, autoimunes e neurológicas, a música funciona não só como suporte, mas como parte em si do tratamento”, explica Renilson Rehem, superintendente executivo do Hospital da Criança de Brasília, pai de Tatiana, Luciana, Mariana e Ana Júlia. Na pediatria do Hospital e Maternidade São Cristóvão, eles também investem bastante no lado lúdico. “Além da arqui-

Na maioria das vezes acontecem coisas que a criança não está muito a fim de fazer, como tomar injeção. Como quebrar este estereótipo? Recebendo a criança com um ambiente que ela não espera encontrar! a se l ig

tetura e decoração, há equipes que se vestem de palhaços, às vezes, para tirar um pouco a mente das crianças do ambiente hospitalar”, diz Sandra de Oliveira, pediatra responsável pela Internação Pediátrica do Hospital São Cristóvão, mãe de Marília e Marina. UMA ÁREA COMPLETAMENTE DESVINCULADA DOS PACIENTES ADULTOS TAMBÉM AJUDA. MUITOS PAIS FICAM DESCONFORTÁVEIS DE VER ADULTOS PASSANDO PELO MESMO ESPAÇO FÍSICO QUE O SEU FILHO. E LEMBRA? PAIS CONFIANTES, FILHOS SEGUROS. “Hoje ter uma área

independente e com ambientação preparada para a família faz muita diferença”, diz Fernando Ganem, superintendente médico do Pronto-Atendimento do Hospital Sírio-Libanês, pai de Lucas e Fernanda. Além da decoração, recepção para as crianças com baias adaptadas para o tamanho delas, leitos pequenos e equipamentos para exames também de acordo com as idades são itens ótimos para a experiência da criança com o hospital. Talita Rizzini, coordenadora do Serviço de Pediatria do Hospital Leforte da Liberdade, mãe de Paola, afirma que um ambiente que dialoga com o universo dela e que, principalmente, é proporcional ao seu tamanho ajuda. REPARE SE O PROFISSIONAL PROCURA CONVERSAR NA ALTURA DO SEU FILHO. OLHAR NOS OLHOS FAZ COM QUE A CRIANÇA SE SINTA SEGURA. SEGUNDO SANDRA MUTARELLI, A EQUIPE CHAMA ESSE GESTO DE ESCUTA ATIVA. O médico que está lidando com a criança preci-

sa estar atento ao olhar e aos movimentos do corpo dela, a maneira como ela se expressa diz muito sobre como está se sentindo. E acima de tudo deve haver respeito! “Se a criança não quer conversar, a gente não pressiona”.


Brinquedoteca na recepção do Sírio-Libanês

No box de observação do Sírio-Libanês as luzes de neon mudam de cor Pronto-Atendimento infantil da unidade Albert Einstein no Ibirapuera

Sala de espera do HCB (Hospital da Criança) em Brasília

No HCB as crianças podem viajar na sala de tomografia

Existe uma profissão nos Estados Unidos, há mais de 50 anos, que chama Child Life Specialist, que é um especialista dedicado aos cuidados da criança no hospital. O objetivo desse profissional é diminuir o stress da criança durante a hospitalização. Como? Por meio de brincadeiras e atividades lúdicas. E não é só uma função, precisa de formação! “Fazemos um curso para reconhecer quais são os estressores em cada faixa etária, o que nos permite saber como lidar com a criança em cada situação”, explica Sandra Mutarelli. Nos EUA é obrigatório cada hospital ter esses profissionais para um acolhimento mais humanizado da criança. Aqui no Brasil alguns hospitais, como o Sabará, estão implementando o serviço. Demais, né?

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CHILD LIFE SPECIALIST

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BONECAS SEM ROSTO Já ouviu falar nas bonecas sem rosto que ajudam no tratamento hospitalar das crianças? Principalmente para aquelas que estão em luta contra o câncer, esse brinquedo pode ser um braço direito na hora de aliviar o stress. As bonecas vêm com canetas para a criança desenhar o rosto como quiser e o cabelo é feito com velcro, para que ela possa retirar. “A gente chega para a criança e diz que aquela boneca está doente e vai ter que passar por alguns exames e as duas vão juntas para todos os lugares dentro do hospital”, explica Sandra Mutarelli. Além de ser um apoio para a criança, também ajuda na comunicação dos especialistas com ela.

Corredores da ala pediátrica do Hospital São Cristovão

Corredores do novo Pronto-Atendimento infantil no Sírio-Libanês

No São Cristóvão os voluntários divertem as crianças vestidos de palhaço

Brinquedoteca do Sabará

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Na sala de tomografia do Sabará a criança pode imaginar uma viagem ao espaço

FOTOS DIVULGAÇÃO

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Internação no Hospital Leforte na Liberdade


O tratamento de qualquer pessoa não é só medicamento, a idade e estado de espírito, comprovadamente, têm a ver com a capacidade de reação do organismo. “Não só o ambiente físico, como as pessoas que tratam e lidam com seu filho, influenciam na resposta ao tratamento”, explica Renilson Rehem. Já internações a longo prazo exigem um pouco mais de esforço dos profissionais, às vezes trazer a rotina da criança para o hospital ajuda no tratamento. O alimento preferido, respeitar a hora do sono e banho, do jeitinho que se faz em casa pode ser um alívio e conforto para pais e filhos.

Até os 7 anos a maior referência do seu filho é você. Se ninguém conta o que está acontecendo e alguém faz algo que ele não espera essa confiança pode ser quebrada se

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O que está acontecendo?

Todos os recursos lúdicos são válidos na hora de partir para a explicação. As bonecas sem rosto se tornam uma arma poderosa para explicar às crianças o que está acontecendo. “No Sabará, a gente dá o brinquedo assim que ela chega e dizemos que aquela boneca veio se tratar”, explica Sandra Mutarelli. Imagine, se sua filha vai fazer um exame, a boneca também vai. Além de uma forma de entreter, o brinquedo vira um braço direito da criança funcionando como um apoio. E NADA DE DIZER QUE, SE ELE NÃO FIZER ISSO OU AQUILO EM CASA OU SE NÃO OBEDECER, VOCÊ VAI LEVÁ-LO PARA TOMAR UMA INJEÇÃO, OK? HOSPITAL OU MÉDICO NÃO PODEM SER NENHUM TIPO DE PUNIÇÃO. Você precisa ensinar desde cedo que lá é um lugar

com pessoas que vão ajudar, e não punir. Você é o exemplo Até os 7 anos a maior referência do seu filho é você. Se ninguém conta o que está acontecendo e alguém faz algo que ele não espera essa confiança pode ser quebrada. Em situações mais complicadas é possível contar com a ajuda do médico, mas em casos mais simples o primeiro a conversar com a criança precisa ser você. Vamos supor que seu filho precisa fazer uma cirurgia e só quando ele acorda, depois do processo, descobre o que aconteceu. Não é horrível? O hospital vai se tornar o lugar onde as pessoas não contam o que acontece e vão fazer coisas que ele não tem certeza se quer.

“Chamamos nosso grupo do Sabará de rede, porque todos estamos conectados”, explica Sandra Mutarelli. A equipe de médicos e profissionais da área, os outros funcionários do hospital e voluntários estão sempre conversando. Ela contou para a gente que caso um grupo de músicos passe por um quarto e perceba que aquela família não está bem, eles avisam um psicólogo, para verificar se essas pessoas precisam de ajuda. Fica mais fácil! Além desse recurso, muitos hospitais têm grupos no Whats App de mães que estão com as crianças internadas. Elas conversam e, principalmente, se entendem. Sabem muito bem o que a outra está passando, é um conforto a mais. “No Sabará algumas fazem aulas de cachecol de dedos, tricô com dedos. Elas se encontram com frequência, é uma maneira de se distrair”, diz Sandra. Equipe de ouro Além de ser especializado em pediatria, o profissional precisa ter experiência no trato com as crianças. Não só os médicos e enfermeiros, mas também copeiros, faxineiros e outros funcionários. Todos precisam ter treinamento para lidar com as crianças para cooperar durante o tratamento. Afinal, a equipe não se restringe aos médicos e enfermeiros. O IDEAL SERIA QUE OS HOSPITAIS TIVESSEM UMA EQUIPE INTEIRA SÓ PARA PEDIATRIA. “COLOCAR ALGUÉM QUE ESTÁ ACOSTUMADO A LIDAR COM ADULTO É DIFERENTE. SE TODOS ESTÃO ACOSTUMADOS A TRABALHAR COM FAMÍLIAS E CRIANÇAS É MUITO MELHOR”,

explica Talita Rizzini. Às vezes uma intervenção inadequada de alguém desestrutura a equipe. O serviço também precisa ser rápido. Tudo feito de forma humanizada, lúdica e efetiva! Quando mais ágil o processo, antes a criança pode voltar para casa. “Além de tudo isso o que não pode faltar, de jeito nenhum, é boa vontade e amor”, completa Renilson.

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SEU FILHO PRECISA SABER NÃO SÓ O QUE ESTÁ ACONTECENDO, MAS O MAIS IMPORTANTE: O QUE VAI ACONTECER. ÀS VEZES AS CRIANÇAS CHEGAM AO HOSPITAL E NÃO FAZEM IDEIA DO QUE VÃO PASSAR. E VOCÊ PRECISA EXPLICAR NA LINGUAGEM DELA. DIZER “FILHO, VOCÊ VAI TIRAR AS AMÍDALAS” PROVAVELMENTE NÃO VAI FAZER O MENOR SENTIDO PARA UMA CRIANÇA DE 4 ANOS.

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uni-duni QUE A MULHER TEM O CONTROLE NA HORA DE ESCOLHER QUEM VAI SER O PAI DO SEU FILHO A GENTE JÁ SABIA, É CLARO. MAS AGORA CHEGOU MAIS UMA EVIDÊNCIA DE QUE SOMOS MUITO MAIS PODEROSAS DO QUE IMAGINÁVAMOS! E O MELHOR DISSO TUDO: TEMOS PROVAS CIENTÍFICAS!

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POR ANA BEATRIZ ALVES, FILHA DE MARIA DE FÁTIMA

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oi dada a largada e milhares de espermatozoides (milhares mesmo) lutam para ser o grande vencedor e entrar no óvulo, mas muitos nem saem da linha de partida. Isso porque podem ter alguma deformidade ou falta de energia para terminar a corrida, entre outros fatores. Mas existem aqueles mais fortes e rápidos, que seguem na disputa, até que o Michael Phelps deles chegue ao alvo. Ou isso era o que os cientistas pensavam até agora. Que comece a competição Mas pera. Antes de saber o que mudou, precisamos entender como é o processo que conhecemos hoje. Para nos ajudar, Clay Brites, pediatra, neuropediatra, um dos fundadores do Instituto NeuroSaber e pai da Helô, do Gustavo e do Maurício, explica que a fecundação ocorre quando milhões de espermatozoides vão em direção ao óvulo. O GRUPO

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QUE TEM MAIS FORÇA E EFICÁCIA NA HORA DA CORRIDA TODA VENCE CHEGANDO AO ALVO, MAS, AINDA ASSIM, NÃO DÁ PARA GARANTIR QUE ELE SEJA SAUDÁVEL SÓ PORQUE FOI RÁPIDO. Esse processo é dividido em qua-

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tro etapas – porque não somos fáceis. 1ª Etapa: Antes de tudo, o espermatozoide não pode ter malformação, como uma cauda faltando, nem com uma a mais, ou sem material genético dentro dele (pode até chegar lá, mas não vai gerar nada). Ele tem que ser perfeito (merecemos) e fazer parte de um grande grupo de espermatozoides nadando até lá, e grande mesmo: por volta de 15 milhões por ml de líquido espermático, porque, assim, eles vão se empurrando e indo para a frente.

2ª Etapa: O grupo de espermatozoides tem que sair do órgão reprodutor masculino, ser lançado pela ejaculação e cair na região vaginal. Isso tem que acontecer na fase em que a mulher está fértil, com secreção abundante para o deslize dos espermatozoides. Além disso, o óvulo precisa estar parado e o trajeto não pode ter cicatrizes nem malformação, para os espermatozoides se deslocarem tranquilamente. 3ª Etapa: Sabe os 15 milhões de espermatozoides? “Apenas” 5 milhões conseguem entrar no óvulo. Até hoje não se sabem os fatores pelos quais eles conseguem entrar, mas o movimento que o espermatozoide faz ajuda bastante. 4ª Etapa: Acontece a fecundação de fato: a união do DNA do espermatozoide com o DNA do óvulo. Cada um com seus 23 cromossomos formam o zigoto, que nasce com um total de 46 cromossomos. O resultado dessa união genética entre os dois dá lugar a uma multiplicação das células. Essa união pode dar errado e levar a uma mutação, fazendo com que a criança nasça com alguma síndrome. OU SEJA, POR MAIS QUE O ESPERMATOZOIDE PRECISE SER RÁPIDO, PERFEITO E DO LÍQUIDO PARA SE LOCOMOVER MELHOR E DA UNIÃO COM O ÓVULO, O PROCESSO NÃO GARANTE ZIGOTOS PERFEITOS, FAZENDO DA FECUNDAÇÃO UM PROCEDIMENTO ALEATÓRIO. NÃO EXISTEM EXPLICAÇÕES PELAS QUAIS UNS CHEGAM E OUTROS NÃO. Mas alguns cientistas talvez possam provar

que não é bem assim. Será?

Uma pesquisa realizada mostrou que esse processo não acontece de forma aleatória como pensávamos. Ou seja, é o óvulo que escolhe o espermatozoide para fecundá-lo se

liga


Fecundação vídeo completo (Ricardo Biólogo) Página: Eraclito Lima Link: youtube.com/watch?v=FRJdyfjssA8

A Fecundação em 3D – Reprodução Humana Página: Biomedicina SP Link: youtube.com/ watch?v=lqeVYeSCp2I

Inside Pregnancy: Weeks 1-9 BabyCenter Página: BabyCenter Link: youtube.com/watch?v=4l9GE_eaMSs

Aleatório? Nananinanão, vamos repensar Uma pesquisa realizada por um cientista do Pacific Northwest Research Institute, Joe Nadeau, mostrou que esse processo não acontece de forma aleatória, como pensávamos. Ou seja, o óvulo que escolhe o espermatozoide para fecundá-lo. Para chegar a essa hipótese, dois grupos de camundongos foram usados: um grupo contaminado com o gene do câncer de testículo (um dos tipos de câncer que mais têm fatores genéticos) e o outro sem esse gene. Os cientistas fizeram um cruzamento das fêmeas infectadas com machos não infectados e observaram que tinha uma aleatoriedade nos filhotes contaminados. Na segunda parte do experimento, os cientistas fizeram o oposto: machos infectados e fêmeas saudáveis. 27% dos filhotes foram contaminados com os genes cancerígenos enquanto que a expectativa era de 75%. Nos conquiste primeiro As primeiras evidências mostram que o óvulo pode ter uma influência na escolha dos espermatozoides com características específicas em vez de comportar-se de forma passiva, só esperando para ser fecundado. Mollie Manier, bióloga evolutiva da Universidade de George Washington, explica que a anatomia reprodutiva é mais enigmática e difícil de estudar, mas há um crescente reconhecimento do papel feminino na fertilização.

A outra bióloga da área, Renee Firman, da Universidade da Austrália Ocidental, afirma que “ainda temos um longo caminho a percorrer para entender esse processo, mas eu não acho que ainda apreciamos o quão comum é isso (o óvulo escolher o espermatozoide) e a frequência com que acontece”. Mas isso é apenas o começo de um estudo que está disposto a provar que a fecundação tem, sim, uma participação feminina ainda mais importante. Giuliano Bedoschi, ginecologista, obstetra, especialista em reprodução humana da clínica Mater Prime e filho de Luiz e Rosemary, explica que essa pesquisa está levantando algumas hipóteses que precisarão de mais estudos para se concretizar melhor. JÁ EXISTE UM PROCESSO NATURAL MUITO FORTE, PORQUE O ESPERMATOZOIDE CONSEGUE CHEGAR ATÉ O ÓVULO EM UMA DISTÂNCIA QUE É COMO SE FOSSE DO BRASIL ATÉ A ÁFRICA! Não é qualquer um que conse-

gue, não. Giuliano ainda fala sobre algumas evidências que mostram que os espermatozoides com o cromossomo X são mais pesados e vivem mais tempo. Já os com cromossomo Y são mais leves e morrem mais cedo. Por isso, se a família quer ter um menino, por exemplo, a dica é ter relações sexuais no dia anterior ou no próprio dia da ovulação, assim tem mais chance de continuarem fortes e vivos. Isso porque existem evidências de que o óvulo tem esse papel ativo na hora de selecionar o espermatozoide através de substâncias, facilitando ou dificultando o caminho dele através de interações antes da fertilização. Mas é um método que não dá para confiar. Ou seja, por enquanto, o espermatozoide com melhor potencial é quem fecunda o óvulo. E agora? Os pesquisadores vão precisar adquirir um conhecimento em laboratório, ou seja, estudar o óvulo e o espermatozoide. E não será fácil, não. Não dá para saber qual espermatozoide tem o cromossomo X ou Y e quais substâncias escolheriam o espermatozoide. Encontrar dados para apoiar ou refutar de vez esse estudo pode ser um desafio. Vai depender de pesquisas que mostrem que os genes do esperma afetam as moléculas superficiais e que o óvulo sente essas diferenças. Mas, para isso, serão necessários estudos bioquímicos detalhados. Enquanto a gente espera as conclusões, já podemos nos sentir ainda mais poderosas!

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Sabemos que é um assunto um tanto quanto difícil de entender, mas através de imagens é mais fácil de assimilar as ideias. Por isso, você pode dar uma olhada nesses vídeos do YouTube. Só cuidado para não acabar a noite toda pulando de vídeo em vídeo.

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{SIMPLES E PRÁTICO}

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COMO USAR BRINQUEDOS PARA DAR UM UP NO DECOR Móveis da moda podem ser bem caros, mas já pensou em usar os brinquedos que seu filho não usa mais e personalizar? Além de ter um objeto exclusivo, dá um toque de humor no ambiente, o que nunca é demais...

FOTOS JONNY VALIANT | DIVULGAÇÃO

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SUJOU? LIMPE. DESARRUMOU? ARRUME. PEGOU? GUARDE. QUEBROU? CONSERTE


CONTE

ÚDO

Pé de abajur de vidro Finalmente, você terá um lugar para colocar tudo o que seu filho ganha nas festas de aniversário dos colegas! Preencha uma base de vidro de um abajur com doces, carrinhos, Legos ou até animais pequenos de plástico. Bônus: você nunca mais vai encontrar nenhum deles pelo chão e de quebra vai ganhar um abajur novo bem moderno.

PESO DE PORTA As chances de você conseguir encontrar um bicho de pelúcia do seu filho que não recebe amor há um bom tempo são grandes! Então, dê um novo emprego para ele: um peso de porta! O que você precisa: um bicho de pelúcia grande, arroz, tesoura, linha de costura e agulha. Abra os pontos ao longo da costura inferior da pelúcia, com cuidado para não rasgar. Substitua o enchimento de algodão por arroz até o brinquedo recuperar a forma. Depois é só costurar novamente.

PÉ DE ABAJUR TRANSPARENTE VOCÊ COLOCA O QUE QUISER E ENFEITA O QUARTO

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Use e abuse da sua criatividade, seus filhos vão adorar

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Enfeite a cúpula do abajur

Pompons, glitter, cola colorida podem trazer cor para o quarto do seu filho. Que tal usar esses ingredientes no abajur? Pense num padrão, como bolinhas, e, em seguida, prenda seus enfeites usando cola quente. Para facilitar o trabalho, marque primeiro o padrão que você quer com um lápis. Seu filho vai se divertir com as sombras criadas pelo novo abajur. Dica: existem lâmpadas de dezenas de cores, mas se você quiser fazer uma nova, pode improvisar com um pouco de tinta spray.

Use lâmpadas coloridas. É superfácil de achar e dá um clima diferente na horaua nto mais se

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ligao ferro amassa passa uma toalha,semais as fibras do tecido

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PRATELEIRAS DE SKATE Remova as rodas de skates antigos e depois use suportes de prateleiras para colocá-los na parede. Você vai criar um espaço totalmente radical para organizar as coisas do seu filho. Pode até pedir a ajuda dele na hora de montar o novo espaço.


Fure um brinquedo para colocar escovas de dente Isso pode até ajudar a acabar com as reclamações na hora de escovar os dentes. Use uma faca de artesanato para cortar buracos quadrados – grandes o suficiente para caber uma escova de dentes – em um dinossauro de plástico oco, por exemplo.

PUXADORES FOFOS PRA ENFEITAR PORTA, GAVETA...

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Dê a esse antigo móvel um rosto novo com um papel de parede bem bonito, seu filho pode ajudar a escolher. Remova os puxadores e separe qual é de cada gaveta. Eles podem parecer idênticos, mas as peças mais velhas podem mudar de forma ao longo do tempo. Corte as formas e alinhe a borda do papel até a borda da gaveta. Alise cuidadosamente as frentes da gaveta para colar o papel. Use spray para colorir os puxadores e coloque cada um de volta no lugar.

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Use papel de parede para redecorar sua cômoda

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COMIDA DE ALMA POR {DEDO DE MOÇA},

site para pessoas que adoram cozinhar e comer

Ovinhos de colher

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FOTO DEDO DE MOÇA

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Ganhar ovo de chocolate é uma delícia, mas nem sempre conseguimos dar conta de todos. Aí a dica é utilizar os ovos de outra maneira, como nessa sobremesa de dar água na boca. Faz e conta pra gente o que você achou.


NUTRIÇÃO

CENOURA Páscoa lembra coelho que lembra cenoura. Vegetais de coloração laranja são ótimos para fortalecer o nosso sistema imunológico

INGREDIENTES Recheio de Nutella ✓ 200 g de Nutella ✓ ½ caixinha de creme de leite (UHT)

✓ Recheio de maracujá: Corte o chocolate branco em pedaços bem pequenos. Aqueça o suco de maracujá até ferver e despeje sobre o chocolate. Misture bem até que o chocolate derreta completamente. Se necessário, aqueça a mistura por 15 segundos no micro-ondas (não mais que isso, para que o chocolate não queime). Para rechear: Abra o ovo ao meio. Se as metades estiverem muito grudadas, aqueça na chama do fogão a ponta de uma faca pequena e vá separando a linha que divide as duas metades. Coloque nas metades o recheio escolhido e leve para gelar por uma hora no mínimo. Sirva com uma colherzinha.

As cenouras são raízes. Há vários tipos, mas a que a gente mais encontra são as de cor laranja. Há cenouras brancas, amarelas e roxas. Normalmente esse vegetal cresce numa temperatura fresca e quente. Às vezes ela cresce acima do solo, nesses casos, o Sol pode interferir na cor, deixando verde e com gosto amargo.

TOQUE DE AZEITE

MENOS É MAIS!

PELE AMARELADA?

Dá para consumir cenoura tanto crua quanto cozida. Mas siga duas regras: cozinhe o menor tempo possível e com a menor quantidade de água. “Você perde vitamina C e B7 por causa do vapor e se cozinhar por muito tempo”, explica Clarissa Fujiwara, nutricionista, filha de Marlene e Takahisa.

A pele pode ficar com uma coloração amarelada se você comer demais alimentos de cor alaranjada com carotenoides. Eles se acumulam nos tecidos e a pessoa fica amarela. Mas calma! Não é uma doença! Você consegue modificar reduzindo o consumo.

Carotenoides são solúveis em gorduras. O que isso significa? Colocar um fiozinho de azeite de oliva, quando for refogar, ajuda na absorção da proteína pelo seu organismo. INFORMAÇÃO NUTRICIONAL EM 100 GRAMAS

CALORIAS 41 kcal CARBOIDRATOS 10 g PROTEÍNAS 0,9 g POTÁSSIO 320 mg FÓSFORO 69 mg GORDURAS 0,2g

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MODO DE USAR ✓ Recheio de Nutella: Com uma colher, misture bem a Nutella com o creme de leite. Reserve.

Tem vitamina A, que ajuda no processo de cicatrização e no bom funcionamento do sistema imunológico; vitamina C e complexo B, que ajudam a ter uma flora intestinal saudável; vitamina B7, chamada de biotina, importante para o metabolismo de gorduras e carboidratos, e tem mais: ajuda a diminuir a pele seca, escamada e vermelhidão. Ufa!

QUE TIPO QUE É?

FOTOS ISTOCK

Recheio de maracujá ✓¼ xícara (chá) de suco de maracujá concentrado ✓ 170 g de chocolate branco ✓4 miniovos de Páscoa (usamos o de 50 g) ✓ Ovinhos de colher

CHUVA DE VITAMINAS

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MÃE DE PRIMEIRA VIAGEM

CARRINHO DE BEBÊ Carregar o bebê no colo para cima e para baixo não dá, né, por isso, os carrinhos são seus melhores amigos durante os passeios. Separamos aqui os mais lindos para ajudar você nessa escolha

Naskinha, Carrinho Madri Preto e Vermelho, R$ 558

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Chicco, Carrinho de passeio Neuvo Fire, R$ 839,99

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escola AJUDA É SEMPRE BEM-VINDA ALGUNS ITENS PRA AJUDAR NA TAREFA

POR TAIS E ROBERTA BENTO, MÃE E FILHA

ORGANIZE A ROTINA DE ESTUDOS JÁ O processo de aprender e estudar tem que ser diário e constante, e deve começar logo no início do ano letivo. Só assim seu filho vai aprender a educar o cérebro para armazenar o que é de fato importante

Painel semanal, Imaginarium, R$ 89,90

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aulas, a tendência é que a família toda relaxe um pouquinho, afinal é só o começo do ano letivo. Conseguir que todos vejam o período de aulas como parte de uma rotina saudável já é um grande começo. Mudar a perspectiva do “acabou a festa!” para uma visão de continuidade da vida, colocando a escola como algo positivo, é o melhor a fazer. Muitos problemas enfrentados no segundo semestre e no final do ano podem ser evitados se os pais conseguirem adequar o ritmo agora. O maior erro que cometemos é encarar os meses iniciais como um período de transição prolongado demais entre as férias e o “levar os estudos a sério”. Que tal combinar com os filhos uma nova rotina a partir de agora, garantindo assim um ano tranquilo e que possa deixar boas memórias? Se você conseguir colocar as dicas a seguir em prática, pode, sim, relaxar que as reuniões na escola trarão boas notícias e os momentos em família serão mais calmos! Para um ano letivo tranquilo, garanta que seu filho comece agora mesmo a: 3 Dormir mais cedo: o sono afeta a capacidade de aprendizagem. Noites completas de sono ajudam no desenvolvimento de maior capacidade de foco e concentração durante as aulas e no momento da tarefa. É também durante o sono que o cérebro armazena e organiza os conteúdos estudados ao longo do dia!

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3 Praticar atividade física frequente: além de ajudar no desenvolvimento de habilidades como disciplina e persistência, a atividade física chega a ajudar na produção de novos neurônios. A vida sedentária que nossas crianças levam hoje acaba por prejudicar o envolvimento com os estudos e o desempenho escolar. 3 Estudar um pouquinho por dia: mesmo no dia em que a escola não enviar tarefa, a criança deve ter pelo menos 30 minutos para refazer alguma atividade ou escrever um pequeno resumo sobre o que aprendeu na escola. Dessa forma sinaliza para o cérebro que aquele conteúdo é importante e deve ser devidamente armazenado durante as próximas noites de sono. Caso você precise de ajuda para organizar a rotina de estudos, não deixe para depois: peça! Quanto mais cedo as crianças encontrarem o ritmo que facilita a aprendizagem, mais prazeroso e leve será o ano letivo!

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Passada a correria da adaptação à rotina de

Muitos problemas enfrentados no segundo semestre e no final do ano podem ser evitados se os pais conseguirem adequar o ritmo agora


SEMPRE ALERTA

Em tempos de Aedes Aegypti a gente procura todo tipo de proteção para nossos filhos. Vacina, repelente... E tem também a opção de usar mosquiteiros no berço das crianças. É um item superapropriado, mas é muito importante ficar atento antes de colocar seu filho para dormir embaixo dele. Sabe por quê? Porque, da mesma forma que o mosquito não entra, ele também não sai! Se você fechar a rede com o pernilongo lá dentro, o inseto vai fazer a festa durante a noite. Segundo nosso pediatra dr. Claudio Len, do Hospital Albert Einstein, pai de Beatriz, Silvia e Fernando, a dica é chacoalhar lençóis e cobertores antes de colocar o bebê no berço.

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Mosquiteiro

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DEU ERRADO MAS DEU CERTO

VIVIAN ARAÚJO, psicóloga na Apae

Em setembro do ano passado fiz a matrícula do meu filho, Gustavo, no ensino fundamental em uma escola aqui de Paulínia, São Paulo. Paguei o valor estipulado pela instituição e em dezembro eles me deram a lista de materiais. Quando janeiro chegou, paguei a mensalidade e comprei todo o material e uniforme. Na preparação para a volta às aulas tudo estava pronto e parecia que as coisas estavam no caminho certo. Fui informada que as aulas começariam dia 29 de janeiro. Eu nem imaginava que numa quarta-feira, poucos dias antes do início das aulas, a escola me ligaria com uma péssima notícia. ELES DISSERAM QUE NÃO ABRIRIAM A TURMA, PORQUE MEU FILHO TINHA SIDO A ÚNICA CRIANÇA INSCRITA. COMO ASSIM??? FOI A MINHA PRIMEIRA PERGUNTA, PORQUE, DO NADA, DEPOIS DE GASTAR DINHEIRO COM MATRÍCULA, MENSALIDADE, UNIFORME E MATERIAL ESCOLAR DE REPENTE MEU FILHO NÃO TINHA MAIS LUGAR PARA ESTUDAR. IMAGINA MEU DESESPERO! Quanto tempo

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Vivian e o filho Gustavo, que adorou a escola nova

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eu teria para resolver se não desse certo? A gente estava a praticamente dois dias do início das aulas em todas as escolas. Como

Meu filho é uma criança tímida e introvertida. Eu tinha escolhido essa escola justamente por ser pequena e com menos alunos na turma

eu iria conseguir outra vaga para o meu filho? Era o primeiro ano do Gustavo no ensino fundamental, eu já estava preocupada com diversas questões, principalmente porque meu filho é uma criança tímida e introvertida. Sempre teve mais dificuldade em se relacionar com as outras crianças por ser mais tímido. Eu tinha escolhido essa escola justamente por ser pequena e com menos alunos na turma, com o objetivo de facilitar os relacionamentos dele. A escola chegou a oferecer uma van para levar Gustavo a outra unidade, que é em Campinas, cidade vizinha. Fiquei sem chão! Conversei com o pai do meu filho e decidimos que mandá-lo estudar tão longe da gente estava fora de cogitação. Além do cansaço, meu filho ficaria muito longe. Pedi o dinheiro de volta. Eu não sabia o que fazer e a nossa cidade é pequena, não temos muita opção de escolas aqui. E é claro que para mim pareceu impossível arranjar outro lugar em tão pouco tempo, mas mesmo assim corri atrás de outra instituição e, felizmente, encontrei! O mais legal é que foi amor à primeira vista entre meu filho e a nova escola. E FOI UMA SURPRESA, PORQUE É UMA ESCOLA BEM MAIOR E EU, QUE JÁ ESTAVA PREOCUPADA TAMBÉM COM O INÍCIO DO ENSINO FUNDAMENTAL, PENSEI: VAI SER MAIS DIFÍCIL AINDA, PORQUE ELE É TÍMIDO. MAS NÃO, ELE AMOU – IMAGINA A MINHA FELICIDADE! Hoje meu filho fala com prazer

da nova escola e agora, a cada oportunidade que tem, conta sobre o quanto ama a nova rotina. Até começou a compartilhar mais coisas que acontecem na escola com a gente. Parece que Deus fez uma manobra para atender um desejo do Gustavo que eu não conhecia. Deu tão certo que eu nem me lembro do desespero que eu senti antes.

FOTO ARQUIVO PESSOAL

e mãe de Gustavo, achou que tudo daria errado quando a escola informou que não abriria turma para a série do filho dela. Imagina o susto!


VOCÊ JÁ FOI ENGANADO POR UM CONTEÚDO FALSO? REVISTAS

Eu acredito!

Os jovens estão preocupados em buscar informações confiáveis, revela a pesquisa Trust in News, realizada em 2017 pelo Kantar Ibope Media. E 72% dos entrevistados confiam mais em revistas que em outras mídias. As revistas impressas, online, no celular ou em vídeo, fornecem conteúdo relevante, investigativo e em um ambiente seguro AssociAção NAcioNAl de editores de revistAs #revistAeuAcredito i www.ANer.org.br


PERGUNTAS PARA

RICARDO PEREIRA e os filhos, o e Francisca O casal Ricard lieta e Francisca Ju Vicente,

O ator na vida real não tem nada do vilão Virgílio da novela Deus Salve o Rei. Ele é um superpai de três crianças lindas. E ainda quer aumentar a família!

você ter filhos tão diferentes e espontâneos. ✱ O pior de ser pai é... não tem. ter filhos é a melhor coisa do mundo. ✱ É melhor ser pai ou ser filho? Os dois. Ser pai tem suas descobertas e magias, e ser filho é ter proteção e ser amado. ✱ Sua culpa como pai é... eu queria ter mais tempo para eles. ✱ Você não tem culpa nenhuma quando... fico horas brincando com eles e sinto que fiquei longe do mundo real. ✱ Qual sua definição de felicidade? Vê-los crescer saudáveis e alegres. ✱ O papel de pai é... estar presente. ✱ Qual seu estado de espírito agora? Alegria total, a volta pra casa sempre me dá felicidade plena. ✱ Pai também é gente quando... precisa dormir. (risos) ✱ Você tem um herói da vida real? Meu pai. Minha mãe também, é claro. ✱ Se você não fosse você, quem gostaria de ser? Eu, porque só sendo eu teria esses filhos que eu tenho, então tá tudo certo. ✱ Que livro marcou sua vida? “A crônica dos bons malandros”, um livro sobre quatro jovens aventureiros. ✱ O paraíso é... na casa de praia com a família, brincar na praia, dar mergulhos e deitar na rede depois do almoço. ✱ O inferno é... quando os três pedem alguma coisa ao mesmo tempo. ✱ Minha família é... meu aconchego, onde carrego minhas baterias. ✱ O que mais aprendi com meus pais... liberdade e responsabilidade, voar mas saber que todas as decisões têm consequências. ✱ Me sinto um superpai quando... cuido dos três sozinho e dá certo. ✱ O que quero deixar para os meus filhos... educação, que é o maior valor da vida. ✱ Onde quero estar daqui 10 anos... com quatro filhos. Eu me vejo assim, com uma casa cheia, alegre, divertida, assim como eu e a Francisca somos.

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✱ O melhor de ser pai é...


É hora de montar o enxoval do bebê já nas bancas!

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MÃE TAMBÉM É GENTE

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Adoramos saber que, no mesmo ano em que comemoramos os nossos 50, essa bebida tão brasileira, tão a nossa cara, faz 100 anos de existência. Nem pensamos duas vezes: é claro que mãe que é mãe e que também é gente adora uma boa caipirinha, naquela hora especial, onde a gente desliga de tudo e se dedica a ela... Aliás, “tomar uma caipirinha” é quase sinônimo de desligar e curtir. Por isso, vamos nessa! Tintim e parabéns para a bebida mais brasileira e deliciosa que existe!

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Caipirinha




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