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Herói da fé ¿COMO PODERIA DEIXAR DE
COMO PODERIA DEIXAR DE CANTAR? HERÓI DA FÉ
Henry Hall
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Dotado de um extraordinário talento musical, o reverendo Robert Lowry anunciou a Palavra através de suas composições e desenvolveu um extenso trabalho criativo, que o levou a escrever mais de quinhentos hinos para oferecer uma visão única do Evangelho. É um referente da música cristã de todos os tempos.
Nome familiar para a comunidade evangélica dos Estados Unidos do século XIX, o reverendo Robert Lowry está presente em quase todos os lares do mundo onde as canções de fé são cantadas. A menção do seu nome suscita emoções de afeito e gratidão no coração de milhares de crentes de Cristo, que alguma vez cantaram os hinos de adoração que ele escreveu para exaltar o nome de Deus e refletir seu amor pelo Criador.
Robert nasceu em Filadélfia, a maior cidade do estado da Pensilvânia, em 12 de março de 1826. Filho do imigrante irlandês Crozier Lowry, o servo do Altís
Robert Lowry também se dedicou a cultivar música congregacional e hinologia ao serviço do Senhor; pelo que hoje é reconhecido mundialmente pelo seu requintado dom musical. Com seu extraordinário talento, desenvolveu diferentes facetas da criatividade que o levaram a compor hinos inspirados e numerosos.
simo, mostrou, desde sua infância, um grande interesse pela Palavra e pela música. Aos dezessete anos, depois de aceitar o Senhor como seu Salvador e Redentor ele se juntou a uma congregação evangélica e se tornou um participante ativo na escola dominical de sua igreja como professor e cantor.
MINISTÉRIO FRUTÍFERO Em 1848, Lowry foi alentado por seu pastor, o reverendo George Ide, para unir-se à obra do ministério e dedicar-se à pregação das boas novas de Jesus Cristo. Entrou então na Universidade de Lewisburg, uma instituição cristã, onde adquiriu os conhecimentos necessários para se tornar um fiel pregador das Escrituras e um compositor comprometido com o Evangelho. Lá, aos vinte e oito anos, ele se formou com as mais altas honras em sua classe.
Após sua graduação, Lowry começou um ministério frutífero nas almas. Primeiro, serviu como pastor em um templo em West Chester que o acolheu entre 1854 e 1858. Depois se mudou para uma igreja em Nova York, onde permaneceu até 1861. Mais tarde, liderou uma congregação de Brooklyn durante oito anos. Pouco depois, ministrou a Palavra por seis anos na cidade de Lewisburg. Posteriormente pastoreou em um templo em Nova Jersey.
Sua atividade como ministro de Deus foi sustentada por uma grande colheita de almas. O pregador Lowry evoluiu como um homem de enormes capacidades administrativas. Magnífico missionário, ele era um estudante permanente da Bíblia e, no púlpito, sempre demonstrou fluidez e precisão na transmissão da mensagem do Criador. Sempre alegre e feliz, moveu suas ovelhas com suas descrições vívidas e as inspirou com seu extenso conhecimento doutrinário.
Ao pregar o Evangelho nos Estados Unidos, sua vida transcorria no meio de um grande entusiasmo e alegria. Robert desenvolveu, com muito fervor, seu trabalho criativo, saindo de sua inspiração, mais de quinhentos hinos que perduram no tempo.
Consciente da responsabilidade de anunciar a Palavra através de suas canções, e com o intuito de consolidar seu trabalho como editor, ele foi seriamente instruído em música, som e acústica; e adquiriu os melhores textos de sua época sobre as formas mais relevantes de composição. Entre seus livros, ele valorizou trabalhos com mais de cento e cinquenta anos de antiguidade, conseguindo possuir uma das melhores bibliotecas musicais da América do Norte.
PREGADOR PERSEVERANTE Em 1868, após a morte do compositor cristão William Batchelder Bradbury, os proprietários da empresa “Biglow and Main” - sucessora de Bradbury na tarefa de publicar e difundir música evangélica - lhe propuseram ser o editor de seu livro “Joias Brilhantes”; mesmo que recusou a ideia ao princípio, porque temia por seu trabalho pastoral, finalmente aceitou a proposta. Nos trinta anos seguintes, supervisionou a produção de mais de vinte hinários.
Persuadido e convencido pelas autoridades da Universidade de Lewisburg, Lowry voltou em 1869 para a universidade onde se formou como professor de retórica. Nesta instituição, apesar de suas diversas obrigações acadêmicas e evangélicas, empregou múltiplos esforços para estimular a propagação da música sagrada no território estadunidense. Em 1875, recebeu o título de Doutor em Divindade.
Em 1880, quando espalhava a sã doutrina em Nova Jersey, fez uma pausa em suas tarefas ministeriais e viajou para a Europa para recarregar suas energias diminuídas, porque, naqueles dias, com a saúde quebrada, tinha problemas de audição. Cinco anos mais tarde, sentiu que precisava de mais descanso e demitiu do pastorado e se dedicou a viajar pelo sul e oeste dos Estados Unidos. Ele também passou algum tempo no México.
Consciente da responsabilidade de anunciar a Palavra através de suas canções, e com o intuito de consolidar seu trabalho como editor, ele foi seriamente instruído em música, som e acústica; e adquiriu os melhores textos de sua época sobre as formas mais relevantes de composição. Entre seus livros, ele valorizou trabalhos com mais de cento e cinquenta anos de antiguidade, conseguindo possuir uma das melhores bibliotecas musicais da América do Norte. COMPOSITOR INGENIOSO Em uma ocasião, um jornalista perguntou ao pastor Robert sobre seu método de compor hinos: “Escreve as palavras para ajustar-se à música ou cria a música para se ajustar às palavras?” Então respondeu: “Não tenho nenhum método. Mas completei as melodias de quase todos os hinos que escrevi no papel antes de tocá-las. Muitas vezes, as palavras das minhas canções e sua música foram escritas ao mesmo tempo”.
Robert Lowry confessou que considerava que a música “O chorar não salva” para ser o melhor hino que tinha escrito. Personalidade da música congregacional, também conseguiu criar composições imperecíveis, ainda em vigor devido a sua poética baseada na Palavra de Deus, hinos como: “Há um rio cristalino”, “O túmulo o confinou”, “O que pode levar meu pecado?”, “Só o sangue de Jesus”, “Como poderia deixar de cantar?” e “Mais um dia de trabalho para Jesus”.
De seu vasto repertório lírico, “Há um rio cristalino” é talvez o mais popular e universal de todos seus poemas. Este hino ganhou popularidade porque é uma música com um ritmo forte. Também afirmou que: “Um dia, comecei a me perguntar por que tão pouco tinha sido escrito sobre a água pura da vida, quando de repente palavras inspiradas começaram a inundar meus pensamentos. Depois surgiu o hino”.
GRANDE LEGADO Um evangelista competente no esclarecimento das incertezas dos fiéis, com suas mensagens, desejava constantemente ser lembrado por suas prédicas. Neste sentido, em mais de uma ocasião, disse: “Prefiro pregar o Evangelho a uma congregação receptiva do que escrever um hino”. No entanto, apesar de suas preferências, seus poemas foram seu grande legado para a humanidade e se tornaram parte das emoções dos fiéis de Jesus Cristo. Amigo próximo dos compositores Annie Hawks e Fanny Crosby e do cantor Ira David Sankey, nunca se vangloriou dos resultados felizes de seu trabalho musical em favor da doutrina de Cristo, e se apegou à humildade, para assimilar a boa recepção de seus louvores. Apesar disso, acostumava expressar sempre que um canto evangélico tinha que ser facilmente compreendido e refletir as experiências de seu autor com palavras inspiradoras e fortes.
Em 25 de novembro de 1899, o reverendo Robert Lowry deixou de existir em sua residência em Plainfield, Nova Jersey. Ao longo de sua vida, dedicado a ministrar a Palavra, lutou a boa batalha e criou hinos, conseguiu ampliar o rebanho do Senhor. Hoje, depois de sua morte, suas composições são ainda ouvidas e oferecem uma nova visão do Evangelho e fazem muito bem àqueles que as entoam.