Portal VIP 108 - Agronegócio

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1234567890123 ISSN 22380116 | R$ 12,00 108ª EDIÇÃO- FEVEREIRO 2017 DISTRIBUIÇÃO POR ASSINATURA E VENDA EM BANCA


Equipe qualificada para o melhor atendimento ao cliente

Pivot Concessionário CASE IH A Pivot associou-se à CASE International Harvester (do grupo FIAT), em 1998, tornando-se a primeira concessionária desta marca no Brasil, trazendo para o país produtos líderes no segmento de máquinas e equipamentos agrícolas no mundo. Líder do mercado, a CASE IH é inventora do sistema axial, que apresenta o melhor desempenho em colheita de grãos e leva ao mercado uma linha completa de tratores, colheitadeiras, colhedoras especializadas para algodão, cana de açúcar, café, plantadeiras e pulverizadores. A Pivot Concessionário CASE IH de Catalão iniciou as atividades em janeiro de 2016 e foi inaugurada oficialmente em 9 de abril. Atuando em 13 municípios da região sudeste, a empresa atende pequenos, médios e grandes produtores em diversas culturas, como soja, milho, feijão, cana de açúcar, café, trigo, entre outras.

Equipe qualificada para o melhor atendimento ao cliente

que acreditaram na marca e no trabalho desenvolvido. Como consequência, os resultados da loja estão sendo excelentes. “Estamos vendendo bem e isso nos motiva a investir mais na região. Nós apostamos em uma equipe qualificada, pois sabemos que os produtores de Catalão e região são extremamente exigentes e nós queremos corresponder às expectativas. Espero que a Pivot continue ganhando mercado e deixando muitos produtores satisfeitos”, ressalta. Com relação à safra, ele acrescenta que em dezembro foi realizada a maior compra de peças CASE já realizada para suprir os estoques. “Nosso intuito é estarmos preparados para a época de colheita. Sabemos da importância de não deixar as máquinas pararem neste período crucial para todos nós. Continuaremos estocados durante todo o período de safra e com as lojas abertas todos os dias, incluindo domingos e feriados”.

Placa de inauguração da Pivot CASE IH em Catalão, uma realidade que dá segurança para o produtor rural Placa de inauguração da Pivot CASE IH em Catalão, uma realidade que dá segurança para o produtor rural

A Pivot CASE IH capacita proprietários e operadores de máquinas A Pivot CASE IH capacita proprietários e operadores de máquinas

Com uma equipe qualificada, a Pivot CASE IH trabalha na comercialização de máquinas, serviços pós-venda, venda de peças e na oferta do sistema AFS, desenvolvido para a otimização do tempo de trabalho, proporcionando aumento de produtividade, performance agronômica e minimização de custos operacionais.

Colheitadeira Axial-Flow Série 130 e Série 230 Colheitadeira Axial-Flow Série 130aecapacidade Série 230 da Aumenta

colheita eaentrega um produto Aumenta capacidade da final come melhor colheita entregaqualidade, um produto em comparação sistema final com melhor ao qualidade, convencional. em comparação ao sistema convencional.

A empresa ainda tem participação em eventos regionais, exposições e realiza demonstrações dos equipamentos exposições aos produtores produtores.e Aagricultores. capacitaçãoA também é priorijunto aos capacitação tamdadeéda CASE IH,da que oferta para os probém prioridade Pivot CASEtreinamento IH, que oferta treinamenprietários máquinas bem como parabem os operadores tos para osdas proprietários das máquinas como para dasoperadores mesmas. das mesmas. os “Estamos nos consolidando no mercado e nossa aceitação é cada vez melhor. Além da comercialização de máquinas e peças, nos preocupamos muito com a parte de pós-venda, entregando satisfação aos nossos clientes”, afirma Willian Sérgio da Costa, gerente da empresa.

Willian Sérgio da Costa, gerente da empresa

Cauê Silveira Campos diretor administrativo e pós-venda

De acordo com o diretor administrativo e pós-venda, Cauê Silveira Campos, houve boa receptividade dos produtores

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Tratores Farmall, Puma, Magnum e Steiger Tratores de 60 cv a 550 cv, desenvolvidos pela Case IH, buscam oferecer o melhor equilíbrio entre potência, versatilidade, segurança e tecnologia afim de garantir o melhor resultado para o produtor rural.

Oficina com profissionais especializados

Os produtos AFS permitem que o cliente faça agricultura de precisão, reconhecendo as variabilidades de seu campo, trazendo mais lucratividade.

Pulverizador Patriot Versões 250 e 350

fotos Capa: Ricardo Andrade / Divulgação

Está no alto do ranking dos pulverizadores da categoria, com maior autonomia no campo, melhor aplicação, flexibilidade e agilidade e simplicidade na operação.

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V REVISTA VIPAGRONEGÓCIO 108ª Edição - Fevereiro de 2017

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64 3442 3971 Av. Dr. Lamartine Pinto Avelar, 3405, Qd. A7 Lt. 11 - Loteamento Copacabana - Catalão | GO www.pivot.com.br 11

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SUMÁRIO

EDITORIAL Prezado Leitor,

Direção Geral Iliane Fonseca/Jornalista MTE-GO 2729

11 ARTIGO Conheça mais sobre Agricultura Digital

O Mundo, o Brasil, Catalão, enfim, todos estão vivenciando momentos de crise econômica, política, moral... Mas aqui na Revista Portal VIP não temos cenário de recessão. Muito ao contrário, enfrentamos os desafios dia a dia com dedicação, respeito e criatividade. E em meio a essa realidade, ressurge a VIP Agronegócio! Um projeto que já fez parte das nossas edições e que agora volta com FORÇA total.

Comercial Officina Publicidade e Marketing

16 ESPECIAL Mulheres do MCP fabricam quitandas buscando melhorar a renda familiar no campo

Aproveite para se informar sobre temas diversos do AGRONEGÓCIO e prepare-se para melhorar sua atividade.

Secretária Fabíola Borges

Financeiro Rubens Nunes Revisão Iliane Fonseca e Lara Cristina

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Projeto Gráfico Marcos Augusto - (19) 9 9713 2089 marcosguto@hotmail.com Assessoria Jurídica Baden Powell & Mourão Advogados (64) 3441 7021

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Distribuição Própria Officina Publicidade & Marketing CNPJ 08.694.369/0001 – 53 PARA ANUNCIAR Revista VIP Agronegócio (64) 3442 6963 e (64) 9 9949 7898 - Vivo e whats revistaportalvip@gmail.com

do

Bem, por hora é isso. Aguarde a segunda edição, que trará muitas outras novidades.

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29 SEGURANÇA Confira o sucesso da Patrulha Rural Georreferenciada no combate à criminalidade no campo 30 SOCIAL Confira fotos das confraternizações e dias de campo de empresas do ramo Agronegócio

Coordenação de Assinaturas Jhulie Ribeiro

No nosso espaço homenagem, nosso reconhecimento ao trabalho de mulheres camponesas que fazem do esforço coletivo uma realização de vida. Nossa reverência ao empreendedor Roberto Paschoal Safatle, que há 34 anos ajuda a fortalecer a economia catalana gerando empregos e renda no setor. E também nosso reconhecimento ao empresário Newton José da Silva, um apaixonado por cavalos.

30 Foto Iliane: Tavares & Silvestre Fotografia

Iliane Fonseca e Equipe

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Reportagem Iliane Fonseca e Lara Cristina

Nossa capa traz a PIVOT Concessionario Case IH, um parceiro do homem do campo. Nosso registro de palestras, dia de campo e confraternizações de quem vive o segmento agrobusiness. Nossos articulistas trazem orientações diversas.

Destacamos, dentre outros temas, o projeto “Patrulha Rural”, realizado em parceria Sindicato Rural com a Polícia Militar, que garante segurança pra quem mora na roça.

20 ENTREVISTA Saiba mais sobre a importância dos serviços de planejamento e assistência técnica agropecuária

revistaportalvip@gmail.com

Participe da REVISTA VIPAGRONEGÓCIO enviando por email sua

www.revistaportalvip.com.br

sugestão, comentário ou crítica: revistaportalvip@gmail.com

@revistaportalvip

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marcos augusto

ENTREVISTA

Na Planta Forte o agricultor pode ficar tranquilo com nossos insumos agrícolas, assistência técnica e consultorias agronômicas. Trabalhamos com uma linha completa de adubos, sementes e foliares. Missão • Comercializar produtos e serviços de qualidade para pequenos, médios e grandes agricultores; • Equipe de colaboradores capacitados e compromissados para a construção de uma relação de confiança com os clientes; • Produção de alimentos economicamente viáveis.

ARTIGO

PLANTA FORTE AGRONEGÓCIOS PROMOVE DIA DE CAMPO NA FAZENDA PONDEROZA, EM OUVIDOR Produtores, parceiros e colaboradores em Dia de Campo da Planta Forte, na Fazenda Ponderoza, em Ouvidor

Visão Ser referência no setor agrícola com ética e respeito ao interesse dos clientes. Valores • Qualidade e agilidade nos processos envolvidos; • Preocupação com a sustentabilidade ambiental e social; • Ética e respeito independente de clientes, parceiros ou concorrentes.

Av. Dr. Lamartine Pinto de Avelar, 1875 Ipanema - Catalão/GO

64 3442 3190 64 99973 7827 (vivo) 64 98109 9978 (tim) plantaforteagro@hotmail.com waapa.com.br/plantaforte

Farley Henrique Fernandes e Aleandro da Silva Rosa, proprietários Planta Forte

Sede da Planta Forte 8

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Farley Henrique Fernandes e Aleandro da Silva Rosa, empresários de sucesso da Planta Forte

Evento reuniu cerca de 110 produtores rurais

A Planta Forte Agronegócios, empresa de comercialização de insumos agrícolas, assistência técnica e consultorias agronômicas, promoveu no dia 4 de fevereiro um Dia de Campo na Fazenda Ponderoza, em Ouvidor, de propriedade de Eduardo Gouveia. De acordo com os empresários Aleandro da Silva Rosa e Farley Henrique Fernandes, o evento reuniu cerca de 110 pequenos, médios e grandes produtores, que buscam novas tecnologias desenvolvidas pelos fabricantes de insumos agrícolas. “É a oportunidade dos produtores conhecerem o que há de mais novo para o planejamento de safras e alternativas mais sustentáveis para aumentar rentabilidade e produtividade das lavouras, fortalecendo cada vez mais a agricultura. Houve também a demonstração a campo das novas cultivares de soja que serão comercializadas na safra 2017/2018 pela Planta Forte. Também é um momento de estreitarmos a relação com nossos clientes, parceiros e colaboradores”, relataram os empresários. Entre os parceiros do Dia de Campo estavam: Agroeste, Uniggel, Soy Tech Sementes, Nidera Sementes, Giro Agro, Tech Gold Fertilizante Foliar, dentre outros. Além das apresentações dos produtos, houve palestra sobre o tema: Controle do Capim Amargoso (Digitaria Insularis), uma planta daninha severa, que se desenvolve de maneira agressiva e germina na presença ou ausência de luz e ao longo de todo o ano. Além de um café da manhã, todos participaram de um almoço de confraternização. REVISTA VIPAGRONEGÓCIO V

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ARTIGO

ARTIGO

AGRICULTURA DIGITAL Alta tecnologia e conhecimento científico se torna indispensável para que o produtor alcance êxito no campo

Farley Henrique, Jairo Rampelotti, Eduardo Gouveia e Aleandro

Eng. Agrônomo Fábio O. Neves, Especialista em Agricultura de Precisão (Soma Agrícola). Diretor da Associação Brasileira dos Prestadores de Serviço em Agricultura (ABPSAP)

Júlio Tiengo e sua esposa Flávia, Farley Henrique e a esposa Andrécia e Jéssica

Produtores e parceiros em busca do fortalecimento da agricultura

fotos: Revista Portal Vip e Planta Forte

Dia de Campo da Planta Forte na Fazenda Ponderoza

Farley Henrique Fernandes, Jéssica, Aleandro da Silva Rosa, Murilo e Heitor, equipe competente da Planta Forte

Dia de Campo da Planta Forte também visou estreitar a relação da empresa com clientes, parceiros e colaboradores 10

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Confraternização após a realização do Dia de Campo da Planta Forte

fotos: Revista Portal VIP / Divulgação

Aleandro da Silva Rosa e Farley Henrique Fernandes com Eduardo Gouveia, proprietário da Fazenda Ponderoza

Produzir mais, consumindo menos recursos e sem desperdício, é o desafio da agricultura mundial. Com um cenário de mercados globalizados de grandes oscilações de preço das matérias primas e somando a isso, os efeitos provocados pelas mudanças climáticas, o uso de alta tecnologia e conhecimento científico se torna indispensável para que o produtor alcance êxito no campo.

Ao combinar a experiência do agricultor com tecnologias de ponta, como imagens de satélite, algoritmos de aplicação variável, sensores embarcados, mapas de fertilidade e aplicativos de celular ou GPS, o mesmo pode fazer escolhas melhor informadas que o levam a maiores produtividades e menor impacto ambiental. Assim, o uso dessas ferramentas e equipamentos, que estão englobados no que chamamos de AGRICULTURA DE PRECISÃO, está cada vez mais presente porteira adentro, nas fazendas de todo país.

de insumos, gerados e armazenados pelos sensores embarcados nas máquinas são disponibilizados e baixados manualmente ou remotamente para a “nuvem”. Esse grande volume de dados faz parte do BIG DATA, que nada mais é que o conjunto de informações obtidos no campo que são agrupados e padronizados de forma organizada. Pode-se ainda agregar outras variáveis a esses dados, como índice pluviométrico, disponibilidade de nutrientes, mapeamento de pragas, imagens de satélites ou imagens produzidas com o uso de drones.

Além da automação e da precisão na execução dos processos produtivos, o uso da tecnologia embarcada nas máquinas, agrega ao dia a dia do produtor um benefício ainda maior, que é a geração e digitalização de dados do campo, tornando-se o mesmo em uma fonte quase que inesgotável de informação. Assim, para cada metro quadrado da propriedade, teremos dados gerenciais precisos do processo produtivo, indo do plantio à colheita de cada talhão ou gleba. Nada que o produtor já não saiba, mas de uma forma que pode ser arquivada, processada e analisada.

A integração de todo o conjunto de dados processados, não só de uma única fazenda, mas de várias propriedades localizadas em diversas regiões, cria um ecossistema de dados rico e dinâmico permitindo uma análise avançada, dentro de uma plataforma automatizada que pode ser acessada pelo produtor ou por seu consultor, resultando em inúmeras recomendações mais precisas e assertivas, que podem ser usadas desde a escolha do que plantar, como plantar, e em que época. Indica-se ainda, a quantidade exata dos fertilizantes e corretivos, escolha dos melhores insumos de acordo com as pragas presentes na região, mostrando-lhes ainda aonde aplicar os mesmos, de uma forma automatizada com extrema precisão. Ou seja, a tomada de decisão torna-se mais segura, inteli-

Com oferta cada vez maior de acesso à internet na zona rural, todas as informações: como produtividade, altitude, telemetria das máquinas, velocidade de plantio e aplicação

gente com resultados econômicos superiores. É a revolução que está em curso nesse momento no campo. Termos como: Internet das coisas, telemetria, processamento em nuvem, que antes nos remetiam a grandes centros ou ao meio industrial, estão sendo usados e implementados cada vez mais nas propriedades no interior do país, dos pequenos aos grandes produtores. É um novo olhar sobre como os processos podem ser melhorados com o uso de tecnologias, que por hora, nos parecem distantes, mas que estão cada vez mais próximas e acessíveis. Assim, o objetivo da Agricultura Digital é usar todas as informações e conhecimentos disponíveis para automação de processos sustentáveis na agricultura, poupando recursos, aumentado a produtividade e conservando nosso planeta.

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arte: N2 Comunicação

arte: N2 Comunicação

FUTURA PNEUS COMEMORA

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ARTIGO

REGISTRO

Nutrição de Plantas e Prevenção de Doenças

FUTURA RENOVADORA DE PNEUS E FUTURA PNEUS CENTRO AUTOMOTIVO MICHELIN MARCAM PRESENÇA EM DIAS DE CAMPO NAS FAZENDAS PONDEROZA E MARTÍRIOS

Cláudio Fernando de Gaspari, Engenheiro Agrônomo

É possível adequar as estratégias de controle, reduzindo a dependência do uso de agrotóxicos. Muitas vezes, utilizam-se esses produtos sem necessidade e de forma inadequada, sendo que por meio da adoção de estratégias de manejo, como a nutrição, pode-se evitar doenças.

A Futura Renovadora de Pneus e Futura Pneus Centro Automotivo Michelin iniciaram as atividades de 2017 participando da realização de Dias de Campo nas fazendas: Ponderoza, em Ouvidor e Martírios, na região dos Martírios, próximo ao Distrito de Santo Antônio do Rio Verde, promovidos pela Soma Agrícola e Planta Forte, respectivamente. As empresas além de fornecerem pneus para camionetes, caminhões e agrícolas, prestam serviços de alinhamento, balanceamento, troca de óleo, freio, baterias, suspensão e injeção eletrônica, além da prestação de serviços de reforma de pneus das linhas agrícola, carga e fora de estrada (máquinas de grande porte).

Whashington e Otoniel Jr

A falta ou o excesso de nutrientes acarretam alterações no metabolismo das plantas, tornando-as mais vulneráveis. Quando um nutriente é essencial a uma espécie de planta, ele deve ser fornecido em quantidade e em equilíbrio com outros nutrientes, pois a deficiência mineral aumenta a gravidade de determinadas doenças. Jeovah Netto e Otoniel Júnior

A Futura Renovadora de Pneus e a Futura Pneus Centro Automotivo Michelin contribuem para o desenvolvimento econômico da região, na geração de renda e tributos,

Os nutrientes minerais estão entre os fatores que se relacionam diretamente à produtividade das plantas, acompanhados da água e da luz. Por isso, a indicação de nutrientes para tipos específicos de plantas, a dosagem e o período de aplicação são elementos fundamentais para elevar a produtividade.

atendendo atualmente clientes em um raio de 200 quilômetros, com equipe qualificada e equipamentos de última geração.

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fotos: Revista Portal VIP / Divulgação

fotos: Revista Portal VIP

Whashington, Otoniel Jr, Renato e Worley

O desenvolvimento de métodos alternativos de controle de pragas e doenças de plantas objetiva disponibilizar alternativas para reduzir o uso e a dependência dos agrotóxicos, contribuindo assim, para a prática de uma agricultura mais adequada às exigências de qualidade ambiental e da vida na sociedade atual. A utilização do controle

Atualmente, além do crescimento populacional aumenta-se a demanda por alimentos mais saudáveis. A integração nutrição e controle de doenças é cada vez mais estudada e presente nas práticas agrícolas. Plantas bem nutridas são mais resistentes.

biológico e de produtos naturais em pesquisas visando a eficácia no controle de pragas e doenças vem crescendo e tem recebido maior atenção e importância pela sociedade, também pelo fato de diminuir impactos ambientais. Há alguns anos, muitos extratos de plantas vêm sendo pesquisados e utilizados para o controle de insetos e doenças de plantas, pois possuem substâncias no tecido que podem induzir resistência ou ter ação biológica direta contra patógenos nas plantas que forem aplicados, tendo controle, sobre uma ampla gama de patógenos.

Estudos têm revelado que extratos e óleos essenciais de plantas associados aos nutrientes minerais como fertilizantes foliares, apresentam potencial para o controle alternativo de doenças. Dessa forma, o produto Techgold®, de um modo geral, tem apresentado diversas ações dos extratos e óleos essenciais presentes na sua formulação sobre fungos fitopatogênicos e alguns insetos, em concentrações não tóxicas às plantas. Para maiores informações, contactar o email comercial@techfertil.com.br

As Doenças fúngicas e ataques de insetos são fatores limitantes, para a produção devido às perdas na produtividade e na qualidade de produtos agrícolas. Fungos fitopatogênicos como Colletotrichum graminicola, Helminthosporium sp., Pyricularia grisea, Didymella bryoniae, Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii, e, insetos como Mosca Branca, cigarrinhas e outros, são importantes por causarem grandes perdas e prejuízos aos agricultores. Para o controle da maioria das doenças e insetos, é utilizado o tratamento convencional com agrotóxicos. Porém, a crescente exigência por produtos vegetais livres de contaminação por resíduos químicos tem incentivado a busca por métodos alternativos de controle. REVISTA VIPAGRONEGÓCIO V

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ESPECIAL

ESPECIAL

MULHERES DO MCP PRODUZEM QUITANDAS VISANDO MELHORAR A RENDA FAMILIAR NO CAMPO

Para 2017, o MCP anuncia o início da realização de um sonho, a construção da sede do movimento em um terreno que foi doado pela ex-gestão municipal. “Estamos muito felizes e com parcerias pretendemos começar as obras da nossa tão sonhada sede. Lá funcionará nossas reuniões, nossa cozinha em um espaço maior e uma panificadora”, afirma.

O grupo já chegou a fornecer mais de três toneladas de alimentos, entre quitandas, hortaliças, doces e rapaduras, por semana, para a merenda escolar do município

Entre as ações prioritárias para o fortalecimento do campesinato estão: o resgate, a produção, a multiplicação e a distribuição de sementes de variedades crioulas, a produção de alimentos de forma diversificada e agroecológica, e o projeto de Moradia Camponesa. O movimento tem atuação nos estados de Goiás, Bahia, Piauí, Sergipe e Pará. O MCP vem realizando um trabalho com as famílias camponesas, buscando melhoria de renda e mais qualidade de vida no campo. Além de tentar junto ao Governo Federal a viabilização de projetos de reforma e construção de casas - em Catalão e região mais de 300 moradias já foram construídas e reformadas — há ainda o projeto de resgate da tradição camponesa de cuidar, conservar, proteger e reproduzir as sementes crioulas, passadas de geração para geração, sem modificações genéticas. O movimento também defende a comercialização da produção da agricultura familiar, com o cultivo diversificado de produtos agroecológicos saudáveis. 16

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Aí entra o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que determina que as prefeituras comprem com a verba repassada para a Educação, no mínimo 30% dos produtos da agricultura familiar. Cada família, portanto, pode vender R$ 20 mil ao ano, o que leva a um rendimento de cerca de R$ 2 mil por mês. E o trabalho das mulheres camponesas se fortaleceu nos últimos anos, com a produção de quitandas fabricadas em uma cozinha comunitária e comercializadas através do PNAE. “Esse trabalho reúne várias mulheres que não tinham renda no campo

e hoje, nossa atividade tem ajudado no empoderamento e libertação, muitas vezes, da própria violência doméstica, que muitas mulheres ainda sofrem. Fabricamos biscoito de polvilho, pão de queijo, biscoito de queijo, bolo de fubá de milho crioulo, bolo de cenoura, rosca caseira, pão enriquecido, entre outras guloseimas”, informa Lidiane Teodoro Mendes, militante do MCP.

Roscas e doces vendidos na feira camponesa, produzidos pelas mulheres do MCP. Lidiane e Marivalda, militantes do MCP, acima

Ela explica que o trabalho teve início com um grupo de 13 mulheres, que produzia as quitandas em suas casas. Depois, surgiu a necessidade de um local mais adequado para atender a demanda, e foi implanta-

Feira camponesa no Ipanema. Abaixo, produtos frescos e sem agrotóxicos, da agricultura familiar, são comercializados na feira fotos: Revista Portal VIP

O Movimento Camponês Popular (MCP) é de caráter popular, autônomo, formado por camponeses e militantes sociais, organizado em grupos de base nas comunidades rurais e sempre respeitando a diversidade camponesa.

da a cozinha comunitária que funciona na sede da Associação Camponesa dos Feirantes do Município de Catalão (ACAFEMUC), no bairro Santa Helena 2. Hoje, são 18 camponesas envolvidas nesse projeto. “É uma renda que ajuda muito. Só na venda dos nossos produtos para a merenda escolar do município, já chegamos a entregar mais de 3 toneladas de alimentos por semana, entre quitandas, e ainda hortaliças, doces e rapaduras. É o resgate da cultura regional, respeitando os alimentos de cada região e minimizando o uso de produtos industrializados na merenda escolar”, esclarece.

Aucélia Fernandes da Silva, 66, moradora da comunidade São Domingos, está no projeto há uns quatro anos. Ela conta que sempre morou na roça, se casou muito nova e nunca teve uma renda própria, apenas o marido. Quando passou a fabricar as quitandas ao lado das companheiras do MCP, a vida mudou completamente. “É bom demais ter um dinheirinho da gente. Com o meu lucro comprei até um gadinho, graças a Deus. Já viajei para Caldas Novas para comemorar meu aniversário, coisas que nunca fiz na minha vida. Nunca peguei um dinheiro assim na borrachinha”, relata entre risos.

Outro projeto do MCP é a feira camponesa, realizada por meio da Associação Camponesa dos Feirantes do Município de Catalão (ACAFEMUC), que acontece toda quarta-feira, no Setor Ipanema. Todos os produtos comercializados vêm direto do campo. “Nada vem das Centrais de Abastecimento (Ceasa). É uma forma também de aproximar quem produz o alimento e quem consome, e 70% dos alimentos que os trabalhadores de Catalão consomem são da agricultura familiar”.

Para Marivalda Aparecida dos Santos, militante do MCP, o projeto que se iniciou há cerca de cinco anos é grandioso e trouxe melhoria de vida, independência e autoestima para as mulheres do campo. “A mulher do campo nunca teve renda, sempre trabalhou no campo, mas era dependente do marido. Se você falar com cada uma aqui, vai ouvir uma história e um sonho diferente realizado desde que entraram no projeto. É algo maravilhoso e fundamental para a vida de todas elas”.

Marivalda salienta que o MCP tem grandes parceiros em Catalão e região, como as prefeituras municipais, a Associação dos Docentes da Rede Municipal de Ensino de Catalão, escolas da rede estadual de Ensino, e Encubadora Inessol da Regional do Campus UFG/Catalão. “Temos que agradecer a todos nossos parceiros que estão conosco ao longo dessa caminhada. Eles fazem parte da realização dos nossos projetos. Agradecemos pela confiança com o trabalho do MCP”. O MCP ainda comercializa a Cesta Camponesa pelo whatsapp 64 - 9 9614 8103. Nele são vendidos produtos do campo e as entregas são realizadas toda quinta-feira, o que também contribui para a renda das famílias do MCP. Dona Aucélia Fernandes da Silva feliz por ter conseguido aumentar a renda familiar

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AGRONEGÓCIO

AGRONEGÓCIO

SEGUINDO TRADIÇÃO FAMILIAR, RENATO RIBEIRO DOS SANTOS SE DEDICA À AGRICULTURA E COLHE BONS RESULTADOS EM CATALÃO. Agricultura está na veia da família há quatro gerações rente do feijão, o produtor esclarece que a chuva veio quando precisava chover e os veranicos que ocorreram não foram determinantes para diminuir a produção. “A perspectiva é boa. Em relação ao preço, com o dólar caindo, o preço também está caindo, mas a minha sorte é que eu fixei bastante o preço antes dessa queda. Então, eu entro mais tranquilo, porque fixei na hora certa.Minha expectativa é colher acima de 65 sacas por hectare”, destaca.

Em Catalão, a produção se concentra na região dos Martírios com plantio de feijão, soja, milho “verão” e milho “safrinha”, além de cultivo de eucaliptos. A área é de 1.300 hectares de safra verão e 700 hectares de segunda safra. Em São Paulo, a família fornece cana há cerca de 30 anos.

Em janeiro deste ano, Renato iniciou a colheita da safra de feijão, finalizando em fevereiro. De acordo com o produtor, as fases de veranico atingiram a parte de floração da planta, o que afetou bastante a produção. A produtividade foi de 33 sacas por hectare, enquanto a expectativa era de colher entre 45 e 50 sacas por hectare. “O fato de eu ter comercializado o feijão em um momento que não tinha muita oferta também afetou meu lucro. Não peguei um preço bom na hora de comercializar”.

Renato acredita que a produtividade da soja ao longo desse ano deve manter o padrão de 2016. “Na safrinha a perspectiva é de trâmite. Há possibilidade dos mexicanos comprarem o milho brasileiro, além de perspectiva de segunda safra muito grande. O cenário está muito incerto, não há nada definido. Acredita-se numa segunda safra, não muito lucrativa, mas ainda dependendo de fatores externos e do clima”. E mesmo com tantas incertezas, ainda vale a pena ser agricultor? Renato responde com confiança. “Ainda vale a pena plantar, desde que você saiba realmente o que você está fazendo, contabilize seus custos, se organize para isso. Riscos sempre têm, mas você que tem que se adequar à sua realidade”, ressalta.

A colheita da soja iniciou-se na segunda quinzena de fevereiro. Dife-

O produtor em busca de inovações decidiu construir um armazém de metal em sua propriedade. Poucos produtores de Catalão têm esse tipo de armazenagem. “Foi uma forma de verticalizar meu negócio, pois consigo diminuir o frete e de uma maneira ou outra, agregar valor ao meu produto”.

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Iron Gomide da Costa Júnior é mineiro de Araguari e mudou-se para Catalão há 17 anos para ficar mais perto de sua propriedade rural, onde se dedica à criação de gado. Começou há 12 anos, ao lado de seu pai Iron Gomide, o cultivo de soja no município de Cumari, passando depois de quatro anos a arrendar terras para plantar, além de soja, também milho. De acordo com o produtor rural, a safra passada (2015/2016) superou as expectativas. “Foi um dos anos que alcançamos a melhor média de produtividade. Plantamos 100% soja na safra e tivemos Iron está otimista com os resultados fotos: Ricardo Andrade / Divulgação

O produtor avalia o ano de 2016. “Houve casos isolados. O produtor que plantou e teve chuva na segunda safra, ainda conseguiu ter margem de lucro. Para quem não contou com chuva, foi mais apertado. No meu caso choveu, então consegui fazer duas safras em uma. Uma safra de soja, chamada “verão” e a segunda safra que é o milho “safrinha”. Eu só plantei milho safrinha. Na safra passada, não plantei sorgo como de costume”, explica.

“Foi um dos anos que alcançamos a melhor média de produtividade no plantio da soja”

fotos: Revista Portal VIP

Renato Ribeiro dos Santos é natural de Guará, São Paulo, e mudou-se para Catalão em 2006. A agricultura está na veia da família e Renato é da quarta geração de produtores. “Minha família começou em Guará no ramo de criação de gado. Depois, viramos fornecedores de cana. Em 1980, meu pai comprou aqui e tocou por um período. Quando ele parou, em 1994, eu reassumi o negócio da família em Catalão, e dez anos depois, fixei moradia aqui”.

PRODUTOR IRON GOMIDE DA COSTA JÚNIOR AVALIA SAFRA 2015/2016 E FALA DAS EXPECTATIVAS PARA A NOVA SAFRA. uma média de 66 sacas por hectare, que é considerada boa. Para a época foi muito bom, pois os preços ajudaram, diferente desse ano, quando os preços estão bem abaixo do que a gente esperava”, revela. Já na safrinha de milho, os resultados foram negativos. Iron conta que não foi apenas para ele, mas para muitos produtores, por causa de questões climáticas. “Não foi uma coisa particular minha, foi geral, por falta de chuva mesmo. A média foi de 49 sacas de milho por hectare. Houve uma queda de mais de 50% da produtividade”. Mesmo com a baixa produtivida-

de, o preço da saca de milho safrinha dobrou de preço e acabou compensando para o produtor. A colheita da safra de soja 2016/2017 está sendo realizada e as expectativas são boas. “Já estamos colhendo soja. A lavoura vai produzir mais ou menos o que produziu ano passado. Estamos em período de colheita, e não dá ainda para falar da média do que está dando, mas a gente espera manter a produtividade do ano passado”, ressalta. O plantio do milho safrinha também se iniciou. “Vamos colhendo e plantando, então a área que já está colhida, quase que está toda plantada também, porque é uma sequência de trabalho. As máquinas vão colhendo e o pessoal plantando”. O produtor rural explica que esse ano a expectativa da safrinha é melhor, pois nesse ramo sempre se planta pensando no melhor. Ele ainda destaca que o fato de ser de uma família de produtores rurais, o incentiva sempre a continuar batalhando na atividade. “A gente tem no sangue esse amor pela profissão. Sempre vale a pena. Tem aquela adrenalina de não saber o que vai acontecer, mas a gente deposita toda confiança no trabalho, esperando os melhores resultados. Nem sempre é o que a gente espera, mas a gente sempre fica otimista de que será uma boa safra”.

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ENTREVISTA

ENTREVISTA

PLANEJAMENTO AGROPECUÁRIO

Com planejamento agropecuário, os produtores rurais podem minimizar custos sem diminuir ou comprometer a produtividade, produzem alimentos saudáveis, de maneira sustentável e sem agredir o meio ambiente. VIP Agronegócio: Qual o balanço da produtividade em Catalão e região no ano passado? Wilson: Ano passado, na safra de verão, mesmo com falta de chuva, a produtividade das culturas foi superior à média histórica. A cultura da soja produziu em torno de 53 sacas por hectare. Na cultura do milho a produtividade foi em torno de 160 sacas por hectare. O feijão em torno de 50 sacas por hectare. Na cultura de inverno, a chamada safrinha, o milho teve uma perda muito grande de produtividade, devido a ocorrência de chuvas bem abaixo da média histórica, de 80 sacas por hectare. Foi o outono mais seco que já tivemos.

A VIP Agronegócio entrevista o Engenheiro Agrônomo Wilson Netto Tartuci, da Catalana Planejamento e Assistência Técnica Agropecuária, criada em Catalão há 33 anos. VIP Agronegócio: Qual a importância dos serviços de planejamento e assistência técnica agropecuária? Wilson: O planejamento agropecuário é importante na orientação dos produtores rurais, na condução da sua atividade, minimizando os custos sem diminuir ou comprometer a produtividade, e produzindo alimentos saudáveis para fornecer à população urbana, sem agredir o meio ambiente e sustentável.

VIP Agronegócio: E quais as expectativas para esse ano, até o momento? Wilson: Nesse ano, as lavouras de soja que já foram colhidas indicam uma produtividade boa, acima da média, de 53 sacas por hectare, e acreditamos que essa produtividade deve se manter. As lavouras de milho verão ainda não foram colhidas, mas devem produzir dentro

Wilson: Nós temos uma carteira em torno de 100 produtores, ocupando uma área plantada de aproximadamente 110 mil hectares de soja, milho e feijão no verão, e trigo, feijão e milho no inverno. Atendemos produtores do município de Catalão, Campo Alegre, Davinópolis, Goiandira, Corumbaíba, Ipameri e Ouvidor, e ainda produtores de Paracatu, Guarda Mor e Uberlândia, em Minas Gerais. Também fazemos atendimento na Bahia, Tocantins, Piauí e São Paulo. 20

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VIP Agronegócio: Quais os principais problemas vividos pelo produtor rural? Wilson: O principal problema vivido hoje pelo produtor rural na nossa região é o preço dos produtos agrícolas, com baixas cotações na soja, no milho, no feijão e na arroba do boi, com redução de preço em relação à safra passada em torno de 20%. Outro problema que temos é com a atual cotação do dólar em torno de R$ 3,10, sendo que no ano passado, quando comercializamos a safra e adquirimos os insumos, o dólar estava cotado em torno de R$ 3,60. VIP Agronegócio: Quais os problemas estruturais que o produtor de Catalão e região enfrenta? Wilson: Os problemas estruturais dos produtores rurais de nossa região são bem menores do que os problemas enfrentados nas áreas

de fronteira agrícola, como Mato Grosso, por exemplo. Nossas estradas comparadas com outras regiões são relativamente boas. Mas, temos sérios problemas de falta de energia elétrica, que não é disponibilizada pela Celg para novos investimentos, como armazém e irrigação. Para fazermos novos investimentos que necessitam de energia elétrica, temos que instalar grupo gerador de energia elétrica na propriedade. Temos também problemas de transporte para os portos, que são realizados por rodovia e ferrovia. Apenas algumas empresas conseguem levar a soja e milho por ferrovia até os portos, sendo que o custo do transporte rodoviário é três vezes o valor do frete ferroviário, o que diminui o valor de comercialização dos grãos. As hidrovias que também são uma opção boa de transporte da soja e do milho, do interior do Brasil para os portos, estão com os investimentos parados há décadas, por problemas com licenciamento ambiental e falta de recursos.

fotos: Revista Portal VIP / Divulgação

VIP Agronegócio: Como é a procura dos produtores por esses serviços?

da média histórica, de 160 sacas por hectare. As lavouras de feijão, primeira safra, produziram dentro da média histórica, de 50 sacas por hectare.

Engenheiro Agrônomo Wilson Netto Tartuci, da Catalana Planejamento e Assistência Técnica Agropecuária REVISTA VIPAGRONEGÓCIO V

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ECONOMIA

ECONOMIA

COACAL FAZ BALANÇO DO MERCADO LEITEIRO EM 2016 E APONTA QUE PODE FALTAR LEITE NESTE ANO No ano passado, houve preços melhores, mas custos elevados de produção

Carlos Henrique Arruda Duarte, diretor-presidente da Cooperativa Agropecuária de Catalão (Coacal), recebeu a VIP Agronegócio para fazer um balanço das atividades do setor em 2016 e avaliar as expectativas para este ano.

porém o preço de insumos da ração também subiu cerca de 40%. “O preço estimado para o litro de leite era de R$ 1,20 e atingiu R$ 1,70 até R$ 2,00, valor pago ao produtor. Em contrapartida, a ração, que estava na casa de R$ 30,00 a saca, chegou a R$ 55,00, então foi muito alto”, afirma Carlos Henrique.

No ano passado, apesar dos preços terem sido melhores para o mercado leiteiro em Catalão e região, houve custos elevados de produção. “2016 foi totalmente atípico, pois o preço do leite variou em patamares nunca esperados pelos produtores rurais e nem pelas indústrias.

O preço do litro de leite aumentou cerca de 60%, em relação a 2015, 22

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fotos: Revista Portal VIP / Divulgação

O preço do leite subiu muito além do que foi esperado, porém o custo de produção devido à grande estiagem que enfrentamos, e, principalmente, as perdas com a safrinha, também alavancaram o valor de insumos da ração. O produtor teve ganho, mas não foi tão satisfatório”, esclarece.

De acordo com o diretor-presidente da Coacal, o aumento expressivo do preço de insumos da ração influenciou até na importação de leite e em medidas do Ministério da Agricultura, que até então não permitia que os laticínios transformassem leite em pó em UHT (leite de caixinha) e em leite pasteurizado. “Foi tanta falta de leite que o Ministério da Agricultura permitiu até isso. Publicou uma Instrução Normativa que autorizava as indústrias de laticínio a fazer a hidratação do leite em pó, ou seja, colocar água no leite em pó para produzir leite UHT ou pasteurizado”. Carlos Henrique ainda ressalta que por conta da estiagem prolongada,

a pastagem seca causou a morte de centenas de animais. “Sem falar que houve também problemas com relação à silagem, porque não teve safrinha para o produtor produzir e armazenar. Os produtores tiveram grandes perdas de animais, outro fato que há muitos anos não ouvíamos falar aqui em nossa região. Morte de animais por falta de alimentação”, enfatiza. Com a seca, o alto custo dos insumos de ração e falta de silagem houve queda na produção de leite em Catalão e região. Os produtores sofreram para alimentar o gado. “Se o produtor retira ou diminui a comida, a vaca vai deixar de produzir a quantidade de leite que produzia. O número de vacas ordenhadas caiu significativamente”. Ele ainda alerta que o preço da soja e do milho está em baixa em relação ao ano passado, e, consequentemente, o preço de insumos da ração está se reduzindo. Tais fatores, aliados à chuva, já estão refletindo no preço do leite em 2017.

“A gente diz que hoje no mercado não há melhor produto do que o leite, porém está com uma produção muito baixa e poucos produtores. Muitos pararam a atividade. O mercado está querendo motivar o produtor de leite, ele mesmo que acabou com o produtor, agora precisa dele e não tem”, salienta. Carlos Henrique lembra que pode haver falta de leite esse ano. “São poucos produtores e pouca produtividade. A Coacal mesmo já teve mais de 500 associados e hoje, são cerca de 200 fornecendo leite. Nossa captação de leite que era de 90 mil litros por dia, atualmente é de 35 mil. Infelizmente, além de muitos problemas enfrentados, não há sucessão na atividade. Os pais desistem ou morrem e a propriedade é dividida. Apesar da atividade honesta e digna, muitos herdeiros desistem e procuram outros caminhos menos árduos”, pontua.

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HOMENAGEM

HOMENAGEM

CONHEÇA A HISTÓRIA DE ROBERTO PASCHOAL SAFATLE, “BETO”, AGRÔNOMO, AGRICULTOR E EMPRESÁRIO DE SUCESSO

34 anos de atuação na comercialização de sementes, insumos e defensivos agrícolas e na prestação de serviços para a agricultura e pecuária. Essa é a história de vida de Roberto Paschoal Safatle, o “Beto”, esposo de Flávia Maria Goulart Safatle e pai de Elias Farid Safatle e Diogo Goulart, ambos assim como o pai, formados em Agronomia. Proprietário da AgroSuporte, que oferece apoio do plantio à colheita com a indicação dos produtos adequados para o manejo correto, Beto, ao lado dos filhos e de mais de 30 colaboradores, entre profissionais das áreas administrativa e comercial, dirige a empresa que atende mais de 150 clientes de 14 municípios de Goiás e Minas Gerais, com atuação em mais de 266 mil hectares e assistência técnica em soja, milho, feijão e sorgo. E como essa trajetória no ramo do agronegócio começou? Beto é natural de Catalão e nasceu em 1957. Em 1975, foi para o Rio de Janeiro e em 1983, se formou em Agronomia 24

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pela Universidade Federal Rural do Rio. “Em fevereiro de 1984, abri a Plantafértil em Catalão junto com o José Meireles e fomos sócios por 11 anos. A partir de 1995, fiz sociedade com Ciro Procópio e abrimos a Suporte Agrícola. Em seguida, veio a AgroSuporte. Meu filho Elias se formou e passou a trabalhar comigo e depois, o Diogo também optou por trabalhar em família”, ressalta.

Beto também conta que na sua época a produtividade da soja era baixa, e foi só com a chegada de novas variedades, como Doco e Cristalina, que a produção aumentou. “Sou do tempo que a soja produzia 25 a 30 sacas e com a tecnologia e insumos modernos, hoje, a produtividade, em média, é de 80 até 85 sacas por hectare. Quando a gente no passado conseguia 30 a 40 sacas de soja, soltava foguete”, explica.

fotos: Jozé Veríssimo

“Consegui consolidar minha empresa. Tenho uma família abençoada que me apoia e tenho meus filhos trabalhando comigo. Trabalhar no que a gente gosta é essencial”.

do só começou a valer alguma coisa quando a Embrapa desenvolveu uma variedade de soja própria para esse solo. Foi o pessoal do sul que veio para cá e que trabalhou o cerrado, com a correção do solo com calcário”.

Naquele tempo, também não havia precocidade na colheita. Existiam variedades de 150 a 160 dias de ciclo total, e na atualidade, há soja com ciclo de 95 a 100 dias. “A mesma coisa é plantar milho no cerra-

do, algo que ninguém imaginava no Chapadão. Se plantava só na terra de cultura. Com as tecnologias, o milho na safra de verão normal rende 200 sacas por hectare, principalmente, após o advento dos transgênicos, que aumentou muito a produtividade”. E como Beto vê a sua contribuição para o ramo do agronegócio? Para ele, a AgroSuporte tenta trazer a mais alta tecnologia para o controle de pragas e os dados mais atualizados que permitem ações rápidas e planejadas para assim garantir os melhores resultados. A empresa tem parceria com as maiores empresas do ramo agrícola no Brasil, fortalecendo ainda mais sua posição de destaque e referência no segmento. Ele destaca que uma das suas preocupações é com relação ao meio ambiente. “Além de empresário sou agricultor. O produtor tem que

zelar por sua terra, cuidar do que é seu. Meus filhos que trabalham comigo também estão ligados nessa questão, tanto quanto como comerciantes quanto como agrônomos. Esses jovens, meus filhos e filhos de amigos meus, que estão aí no ramo, têm uma consciência muito maior que a nossa”, afirma. Até o prédio da empresa foi pensado de forma sustentável, com separação do armazém da parte administrativa; parte do depósito toda verticalizada; telhas ecológicas e há ainda um projeto de energia fotovoltaica, que será executado brevemente. “Me sinto realizado, era o que eu queria. O sangue árabe é de comerciante, e apesar de ter me formado em Agronomia, tenho vocação para o comércio. Consegui consolidar minha empresa. Tenho uma família abençoada que me apoia e tenho meus filhos trabalhando comigo. Trabalhar no que a gente gosta é essencial”, conclui.

Beto lembra de muitas histórias nesses 34 anos, como por exemplo, o caminho que faziam para chegar até o Chapadão. “Eram anos difíceis. Quando comecei com a Plantafértil, a gente ia para o Chapadão passando por Davinópolis, entrava no trevo da Mata Preta e pegava a estrada antiga. Não havia a ponte dos Carapinas, que só veio a ser construída mais tarde. Eu e José Meireles íamos para lá em um fusquinha, que funcionava com gás de cozinha”. Outra recordação é sobre a terra do Chapadão, diz Beto. “A terra do Chapadão não valia nada. O cerraREVISTA VIPAGRONEGÓCIO V

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HOMENAGEM

UM HOMEM E UMA PAIXÃO: A CRIAÇÃO DE MANGALARGA MARCHADOR Newton José da Silva é um criador apaixonado pela raça, que já trouxe premiações para seu Haras

fotos: Ricardo Andrade

HOMENAGEM

Medalhas dos animais premiados do Haras 3N

A VIP Agronegócio, dentro das homenagens nesta primeira edição, conta com o apoio do empresário Newton José Júnior para contar a história de paixão de seu pai, Newton José da Silva, pela criação de cavalos Mangalarga Marchador. Porém, antes vamos conhecer um pouquinho dessa raça que teve origem em animais trazidos da Península Ibérica ao Brasil, por meio de nobres da corte portuguesa, na época da colonização, e que cruzaram com rebanho mineiro. O Mangalarga Marchador é um animal que responde rapidamente aos comandos. É dócil e de estrutura forte. Ele tem suavidade no andar,

mostrando toda a habilidade da raça, sendo perfeito para montaria e proporcionando conforto ao cavaleiro. O manejo do animal é considerado simples, pois ele come qualquer tipo de capim. Apenas nos períodos de engorda que se faz necessária uma alimentação especial.

teve um conhecimento amplo na área do comércio, e aliado à agropecuária, outra paixão, começou uma seleção de gado leiteiro. “Meu pai teve muitas alegrias, ganhou vários campeonatos e adquiriu muita experiência nessa época”, afirma Newton Júnior.

E como começou a paixão de Newton José da Silva pela criação do Mangalarga Marchador? O filho conta que ele, nascido em 1964 em Catalão, sempre foi muito ligado ao meio rural onde foi criado, e seu contato com cavalos começou desde cedo, pois ajudava o pai no manejo do gado e serviços de plantio. Açougueiro por profissão, sempre

Até então, o cavalo era usado apenas para o manejo do gado e algumas cavalgadas na região. Diga-se de passagem, um dos passatempos favoritos do pai, e apesar de serem cavalos comuns, o filho diz que ele sempre buscava por animais bonitos e cômodos.

Newton José da Silva e o carinho especial pelo cavalo premiado Avalanche 3N

E quando o Mangalarga Marchador

cruzou o caminho de Newton José? “Seu primeiro contato com a raça foi em 2003, quando ele adquiriu um cavalo castrado chamado Ônix da Majuvi (Poeira), animal de um andamento extremamente cômodo e um temperamento de sela espetacular”, revela. E foi assim, com todo entusiasmo proporcionado pelo Mangalarga Marchador, que Newton José começou sua busca por um “garanhão” para iniciar a atividade, adquirindo então, um potro no Haras da Morada, mas que morreu meses depois. “Mesmo assim, ele não desistiu e voltou ao Haras da Morada, onde comprou o Xeique da Morada”. Mas, todo mundo sabe que um criatório sem égua não é um criatório, explica Newton Júnior. E foi em uma das cavalgadas, quando o pai estava de passagem pelo Haras 3 Brilhantes, que ele se interessou por um lote de éguas de marcha picada. “Meu pai seguiu viagem e ficou com aquilo na cabeça. Assim que retornou da cavalgada agendou uma visita no Haras e adquiriu suas primeiras matrizes, a Portel de Anglisa e a Infinito Fragata, data essa que surgiu o Haras 3N, em 2006. O 3N provêm das iniciais de Newton, sua esposa Norma e seu filho Newton Júnior”, esclarece Newton Júnior. O tempo foi passando e o conhecimento sobre a criação da raça veio aos poucos. Houve alguns erros, outros tantos acertos, e o que era inicialmente um padrão do criató-

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Oxalá ANRI doadora que contribui para a evolução do plantel do Haras 3N

rio recém encubado, veio abaixo com a exclusão do animal Xeique da Morada do plantel. “O criatório precisava de um garanhão que imprimisse marcha e morfologia na tropa, foi onde meu pai adquiriu Lucena da Morada, parido do primeiro animal 3N, Avalanche 3N, que é atualmente nosso principal garanhão”. Newton Júnior destaca que o gás que faltava no criatório veio com a aquisição de quatro éguas 53: Roma do Everest, Perfumada do Everest, Palestra do Everest e Palmeira do Everest, e ainda, um garanhão marcha picada do Haras Calciolândia, o Baru 3N. “O sucesso nas pistas veio logo. Avalanche 3N, Balada 3N e Baru 3N foram os primeiros animais que levamos em pista e já nos deram a alegria de sermos os Melhores Criadores Expositores de Marcha Picada de Goiás e Melhores expositores de Marcha Picada de Goiás, no ano de 2012. Essas conquistas se repetiram em 2013, 2015 e 2016”, ressalta. De lá pra cá, a seleção acontece de forma constante e sempre balizando a criação em um animal dócil, competitivo em pistas e funcional. “Pensando nisso, vários animais foram adquiridos para somar com sua genética ao plantel, como a Grande Campeã Nacional de Marcha Picada 2008, Bandeira Anri; a Campeã Goiana de Marcha Picada,

Troféus dos animais premiados

Dedina da Morada; a Multicampeã Regional, Ilha do Leandro; a Embaixatriz RG, Oxalá Anri; Ternura da Morada; Tropeira Fórum; dentre outras doadoras que tem contribuído de maneira efetiva para a evolução dos nossos animais”. Tudo isso é fruto de um trabalho árduo e contínuo do Titular do Haras 3N, Newton José, que através de uma seleção criteriosa vem conseguindo dar sequência aos resultados em pista, com a nova geração de animais inteiramente de sufixo 3N. “Nossa nova geração começa a competir a partir de Abril de 2017 e, com certeza, vai trilhar os passos dos pais e nos dar muitas alegrias. Eu só tenho a parabenizar meu pai por tanto carinho com a raça e por passar essa paixão também para mim, e por isso, essa homenagem na VIP Agronegócio”, enfatizou Newton Júnior. REVISTA VIPAGRONEGÓCIO V

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SEGURANÇA

SEGURANÇA

Programa, fruto de parceria entre Sindicato Rural de Catalão e Polícia Militar do Estado de Goiás, já reduziu em 60% os roubos em fazendas

A Patrulha Rural Georreferenciada começou a atuar em Catalão e região em 2013, mas não tinha grande eficácia e continuidade. Foi somente após a parceria entre Sindicato Rural de Catalão e Polícia Militar do Estado de Goiás, que o projeto foi intensificado e reestruturado, recebendo tecnologias. O Sindicato doou GPS, computador, celular e placas de identificação das propriedades, enquanto que a PM, por meio do 9º Comando Regional e do 18º Batalhão, sistematizou e operacionalizou a Patrulha Rural. O Sindicato Rural colabora na manutenção da viatura utilizada no patrulhamento. Acima: Tenente Vinícius Roldão é um dos responsáveis pelo programa Abaixo: Patrulha Rural ficou mais eficaz com a utilização de recursos tecnológicos

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Dentre as cerca de 1100 propriedades rurais de Catalão e região, até o momento, mais de 600 já foram cadastradas e tiveram seus dados coletados via GPS e em planilha de dados. Com uma comunicação eficaz via aplicativo de celular, os produtores também mantêm diariamente contato com a PM que faz visitas diárias nas propriedades rurais.

Com o uso do GPS, os policiais registram as coordenadas do local e em seguida, cada propriedade recebe um número de identificação em placas que informam que aquela área é monitorada pela Patrulha Rural. Em uma solicitação de emergência, o proprietário informará o número do seu cadastro e a PM já terá um banco de dados inclusive com a rota do GPS para deslocamento. Ao invés da PM ficar procurando, perguntando informações sobre a propriedade rural e buscando os dados, a Patrulha Rural já vai direto ao local da ocorrência. Isso facilita o atendimento e dá maior agilidade aos policiais, minimizando o tempo de resposta. De acordo com o Tenente Coronel Pinheiro, subcomandante do 9º CRPM, o projeto só deu certo a partir do momento o qual o Sindicato Rural abraçou a ideia. “Tivemos total apoio do ex-presidente Newton José da Silva e agora, do atual, Marcus Favoreto. Conseguimos es-

Recentemente, o presidente do Sindicato Rural de Guarda Mor (MG), Pedro da Silveira Machado, e Policiais Militares de Guarda Mor e Vazante (MG) conheceram o programa, na sede do Sindicato Rural de Catalão.

fotos: Revista Portal VIP e Polícia Militar

PATRULHA RURAL GEORREFERENCIADA É MODELO DE SUCESSO NO COMBATE À CRIMINALIDADE NO CAMPO

está levando o Patrulha Rural para diversos municípios goianos. Mais de 60 cidades já implantaram o serviço. “A Patrulha Rural, que teve início em Catalão, é um exemplo para todos os municípios de Goiás. A insegurança no campo está crescendo diariamente e assombrando os produtores rurais. Estamos dando total apoio ao projeto”, afirmou o presidente da Faeg, José Mário Schreiner.

Acima: Presidente do Sindicato Rural, Marcus Favoreto, destacando o sucesso da Patrulha Rural. Abaixo: Lançamento Patrulha Rural Georreferenciada pela FAEG para os municípios goianos

treitar os laços com os produtores rurais e usar a tecnologia a nosso favor. Buscamos mais parcerias como essa para termos mais sucesso”. O programa tem a padronização de ações e utilização de recursos tecnológicos, e visa, principalmente, reduzir os índices de criminalidade e estreitar o vínculo de confiança entre produtores rurais e PM. “Desde que foi reativada, a Patrulha Rural conseguiu 60% de redução nos roubos nas fazendas; 25% em furtos; e 16% de redução nos furtos de gado. A Patrulha Rural zela pela segurança, pelo patrimônio das pessoas e inibe as ações de criminalidade”, explica Tenente Vinícius Roldão, um dos responsáveis pelo programa. A Patrulha Rural Georreferenciada virou modelo de referência para o Estado de Goiás e outros estados brasileiros. Vários Sindicatos Rurais já visitaram Catalão para conhecer o programa e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG)

“O índice de criminalidades cresceu muito em nossos municípios, porque fazemos divisa de fronteira com Catalão e os bandidos acuados migraram para nossa região. Assim, precisamos também implantar um sistema que coíba estas ações e por isto viemos conhecer

Placa de identificação da fazenda e notebook usado na Patrulha Rural

melhor o projeto iniciado aqui”, explicou o presidente do Sindicato Rural de Guarda Mor. Para o presidente do Sindicato Rural de Catalão, Marcus Favoreto, a região agora é mais segura. “Temos situações que pessoas tiveram bens furtados, porém resgatados a partir dessa atuação, como caminhonetes e animais. Segurança para o homem do campo é uma das preocupações do nosso sindicato, Nossa meta é conseguir cadastrar todos as propriedades rurais de Catalão e região ainda neste ano”, garantiu. Recentemente, o programa foi pauta a nível nacional, em reportagem do Globo Rural, da TV Globo. Para mais informações ligar (64) 3441-1680. Portal Vip com informações da Assessoria de Comunicação do Sindicato Rural de Catalão (Larissa Cristina Pacheco)

PM de Catalão e MG, Sind. Rural de Catalão e Guarda Mor e convidados no Haras 3N, monitorado

Sargento Alves, Sargento Lacerda, SubTenente Souza, Tenente Roldão, Sargento Corrêa, Sargento Morais e Sargento Santos REVISTA VIPAGRONEGÓCIO V

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SOCIAL

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fotos: Revista Portal VIP

CONFRATERNIZAÇÃO SOMA AGRÍCOLA

CONFRATERNIZAÇÃO AGROSUPORTE Adriana, Sandra, Beto, Flávia Goulart e Maria

Domiron e Tatiana

fotos: Revista Portal VIP

Moisés e o filho Arthur Daniel; Marcelo e João Héber (gerente da Soma Catalão)

Derlucia, Andreia e Ludmylla

Diogo, Paula, Wilson e Marco

Edilson, Guilherme, Marcos, Nivaldo e Guilherme

Fernando, Gabriela, Loiane e Thiago

Gabriela e Loiane

Gustavo, Maria, Wisna, Beroni, Wolmi, Elias e Júlia

Gabriel, Rute, Wislley, João Phellype, Wilsterman e Alliny Izabella, Daniel e Flávia

A VIP Agronegócio esteve presente na Confraternização da Soma Agrícola em Caldas Novas, com Frederico Dejuli e Luciano Okuda (proprietários/sócios da Soma Catalão); Eliane, funcionária (faturamento) e ganhadora do prêmio de melhor fantasia feminina; Marcílio, sócio e diretor da Soma de Vianópolis - foto superior à esquerda.

Leandro, Iron Neto, Hugo e Diogo

Mariane, Renata, Ana Claúdia, Luis, João, Márcio, Elika, Maria Luiza e Mercedes

Maria Paschoal e Wisna

Márcio, Lorena, Beto, Val e Mecias

Sara, Leandro, Jason, Mateus e João Paulo

Na foto acima, funcionários da Soma Agrícola de Catalão, Campo Alegre, Ipameri, Vianópolis, Orizona e Cristalina em Caldas Novas. Benedito e Bill (ganhador do prêmio de melhor fantasia masculina) 30

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SOCIAL

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DIA DE CAMPO EM CRISTALINA

DIA DE CAMPO NA FAZENDA MARTÍRIOS João Héber Aires de Mesquita Campos (gerente da Soma Catalão)

Produtores participando do Dia de Campo da Soma Agrícola

A revista VIP Agronegócio registrou o Dia de Campo em Cristalina, com o consultor Robson Gratão, ao lado. Abaixo, à esquerda, Bárbara (secretária da Soma de Cristalina), Mateus e Bruna (Soma Catalao). Abaixo, palestra do Dia de Campo da Soma em Cristalina.

O produtor Renato Ribeiro dos Santos e sua esposa Alessia Maria da Silva Júlio Henrique de Melo Paschoal (Soma), Geraldo Cotrin (Nidera Sementes)

Produtor Renato Ribeiro dos Santos, a esposa Alessia Maria da Silva e os filhos Eduardo e Marina Calazans Ribeiro

Lucas Dias (Oro Agri ) em uma das tendas

Palestra do Dia de Campo da Soma em Cristalina, acima. Ao lado, stand da Agricultura de Precisão da Soma Catalão, com o agrônomo Fábio Neves e produtores. 32

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Geraldo Cotrin (Nidera Sementes) também falou de inovações na área de sementes

Carolina de Brito Dias (Syngenta-Nidera)

fotos: Revista Portal VIP

Jásio Nogueira (Stoller) falando aos produtores

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ARTIGO

CADASTRO AMBIENTAL RURAL: PARA QUE SERVE E QUAIS SÃO OS SEUS BENEFÍCIOS? Por Mariana de Freitas Campos e Michel André da Silva

Este artigo busca destacar quais são os principais aspectos deste novo sistema e o impacto que o cadastramento, ou o não cadastramento, gerará ao proprietário, posseiro ou assentado. Vale ressaltar que o cadastramento é gratuito e dá-se por imóvel, assim, mesmo em matrículas em condomínio, basta que apenas um dos proprietários realize o cadastro. Crescem cada vez mais as fiscalizações para garantir o cumprimento da rígida legislação ambiental, através dos sistemas integrados de sensoriamento remoto. Assim, através do cadastramento no CAR dentro do prazo, o proprietário terá benefícios e vantagens para recuperar o passivo ambiental e ainda preservar as áreas reservadas já existentes. As principais vantagens para o produtor rural, ao aderir ao CAR, conforme exposto na Lei Federal 12.651/12 (Novo Código Florestal), são a facilidade de obtenção de crédito rural com taxas de juros menores e prazos de pagamento maiores e o aumento dos limites de crédito praticados hoje no mercado, além de melhores 34

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condições de contratação de seguro agrícola, bem como o fim da necessidade de averbar em cartório as áreas de preservação nas matrículas. O cadastro no CAR facilitará também o reconhecimento das áreas de preservação permanentes, reserva legal e áreas de uso restrito para fins de dedução do cálculo do Imposto Territorial Rural (ITR), que além de diminuir o imposto a ser pago, irá gerar crédito tributário. O cadastramento poderá ser feito também em imóveis pendentes de regularização fundiária, facilitando assim o procedimento cadastral. Outra grande vantagem do CAR é a possibilidade de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), que será implantado pelos estados respeitando os biomas de cada região. Ao aderir ao programa, o proprietário terá até 20 anos para regularização do passivo ambiental, bem como a suspensão das sanções ambientais cometidas até 28 de julho de 2008, a concessão de linhas de financiamento e isenção de tributação nos insumos utilizados para a preservação e recuperação dessas áreas e, ainda, poderá dobrar os limites de crédito rural, comparado a quem aderir somente ao CAR. O PRA também regulamentará a existência da chamada Cota Ambiental, possibilitando que o excedente de preservação de determinada área possa ser utilizado para suprir a insuficiência de preservação de uma outra área do mesmo bioma, mesmo que seja de outro proprietário ou que esteja localizada em outro Estado. Nas áreas rurais já consolidadas com exploração anterior a 28 de julho de 2008 – nas quais existam edifica-

ções, benfeitorias e atividades agrossilvipastoris, o PRA será realizado de maneira a condizer com os módulos fiscais de cada propriedade, levando em consideração especificidades da área a ser preservada ou restaurada. Mas o cadastramento no CAR requer cuidados. Por se tratar de um ato auto declaratório, é necessário atentar para a veracidade das informações declaradas, pois as omissões poderão gerar sanções penais e administrativas, podendo o produtor incorrer em crimes contra a administração ambiental e cancelamento do cadastro, colocando a propriedade em situação irregular, pois o cruzamento dos dados facilitará a fiscalização e a comprovação da realidade dos dados informados. Importante ressaltar que realizar o cadastramento no CAR fora do prazo impossibilitará a adesão ao PRA, que será exclusivo para quem cadastrou-se dentro do prazo. O não cadastramento gerará impedimentos legais tais como: não ser possível o licenciamento ambiental, não ter mais acesso aos créditos rurais, bem como a sujeição a multas e advertências. Portanto, tendo em vista as particularidades apontadas relativas ao CAR, a Safras & Cifras – que atua há quase 30 anos assessorando famílias empresarias rurais de todo o país – ressalta que o proprietário deve contar com consultores experientes e que conheçam plenamente a legislação ambiental, objetivando sempre um crescimento econômico sólido e ambientalmente responsável, não apenas para a geração atual, mas também para as futuras gerações, perpetuando-se, assim, o negócio rural familiar

Fonte: Ascom Safras & Cifras

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi instituído através do Novo Código Florestal (Lei Federal 12.651/12), regulamentado pelo decreto Federal 7.830, de 17 de outubro de 2012, e tem data final para cadastramento em dezembro de 2017, podendo este prazo ser estendido por até um ano, por vontade do poder executivo. O CAR visa facilitar o mapeamento das propriedades rurais, auxiliar no controle do desmatamento e da localização das reservas legais, além de incentivar o crescimento econômico da propriedade de modo sustentável.

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