ciclo de condução WLTP: consumo de combustível, mpg (l/100 km) – Combinado com bateria descarregada: 27,4 mpg (10,3 l/100 km). Consumo elétrico combinado – 28,1 kWh/100 km. Emissões de CO₂ combinadas – 29 g/km. Classe de CO₂ combinada ponderada – B. Classe de CO₂ com bateria descarregada – G.
Modelo apresentado: Continental GT (hybrid).
Continental
(hybrid)
Num momento decisivo para o futuro da aviação comercial em Portugal, a privatização da TAP regressa ao centro do debate público. A intenção do Governo de vender 49,9% da companhia, mantendo uma maioria pública, desencadeia reações intensas em diversos setores da sociedade. A estratégia visa preservar o controlo sobre um ativo nacional, ao mesmo tempo que se procuram parcerias que garantam estabilidade e crescimento sustentável. Com os maiores grupos europeus de aviação a demonstrarem interesse, estamento da TAP no panorama internacional, mas também levanta interrogações sobre interesse público.
compromisso e visão estratégica
Com um percurso pautado pela dedicação e pelo conhecimento técnico, o engenheiro Carlos Batista é o rosto dede entrevista desta edição, partilha a sua visão para o futuro do setor onde atua, destacando a importância da inovação, da resiliência e de uma gestão orientada
NOVOS DESAFIOS NOVOS RUMOS
para resultados sustentáveis. A sua abordagem combina pragmatismo com ambição, traçando metas claras e reforçando o compromisso com a excelência.
uma aventura sobre Duas roDas
Os apaixonados pelas duas rodas encontram na viagem BMW Motorrad uma experiência que transcende o mero passeio. Esta edição leva-nos por paisagens a engenharia de precisão e o espírito de aventura se fundem. Mais do que uma -
berdade e superação pessoal, elementos que fazem desta iniciativa uma referência para os verdadeiros entusiastas do motociclismo.
robustez e autenticiDaDe Com o novo Jeep Wrangler, o conceito de robustez ganha uma nova dimensão.
marca americana, combinando desempenho todo-o-terreno com um design de última geração. Ideal para os que não dispensam a emoção da descoberta, o
Wrangler é símbolo de uma condução sem limites, onde cada percurso se transforma numa conquista.
Design e exclusiviDaDe
No coração da região vinícola de Rioja, o Hotel Marqués de Riscal oferece uma ex-
ção. Com assinatura do arquiteto Frank Gehry, este hotel-maravilha é muito mais do que um alojamento, é uma verdadeira obra de arte. A arquitetura vanguardista aliada a um serviço de excelência e a uma envolvente vínica única fazem deste espaço um destino de eleição para quem procura requinte, cultura e bem-estar.
Com uma edição repleta de temas que cruzam atualidade, inovação, mobilidade e lifestyle, a FRONTLINE mantém o seu compromisso de informar com rigor e inspirar com qualidade. Boas férias e boas leituras.
ANO 18
8/ NEWS
12/ GRANDE ENTREVISTA
Carlos Batista
22/ OPINIÃO
Luís Mira Amaral
Maria de Belém Roseira
Carlos Zorrinho
Luís Lopes Pereira
Fernando Leal da Costa
28/ GRANDE ANGULAR
Educação
30/ PANORAMA
Regras orçamentais
32/ ANÁLISE
Novas realidades
34/ EM FOCO
Panorama eleitoral
36/ ATUALIDADE
União Europeia
38/ SAÚDE
Cultura estratégica
40/ MAGAZINE
Arrendamento urbano
42/ RETROSPETIVA
Acesso à saúde
44/ VISÃO
Cuidados de saúde
FICHA TÉCNICA
Diretor: Nuno Carneiro | Editora:Ana Laia | Colaboram nesta revista Luís Mira Amaral, Fernando Leal da Costa, Luís Lopes Pereira, Carlos Zorrinho, Isabel Meirelles, Samuel Fernandes de Almeida, Carlos Mineiro Aires, Fernando Santo, Fernando Negrão, Carlos Martins, Antóno Saraiva, Pedro Mota Soares, Alexandre Miguel Mestre,Rui MiguelTovar,Jorge Garcia,Casimiro Gonçalves,Fernanda Ló,João Cordeiro dos Santos,José Caria,M.Sardinha | Revisão:Helena Martina Orsini, Miguel Figueiredo Lopes / Presidência da República, Nelson Teixeira, Nuno Madeira, Pedro Sampayo Ribeiro, Rui Ochoa/Presidência da República | Diretor Comercial: Miguel Dias | Proprietário:Armando Matos | Produção: DesignCorner Lda., Rua Infante D. Henrique, 21, 3000-220 Coimbra Sede: Airport Business Center Avenida das Comunidades Portuguesas Aerogare, 5º piso–Aeroporto de Lisboa 1700-007 Lisboa – Portugal E-mail: geral@hvp-design.pt | Registada no ICS com o n.º 125341 | Depósito Legal n.º 273608/08 | Estatuto editorial disponível em: www.revistafrontline. com Facebook: RevistaFRONTLINE
46/ DOSSIER
Indústria digital
48/ DESPORTO
Menoridade
50/ LIVROS
54/ AVENTURA
GS Experience Dolomiti 2025
60/ MOTORES
Jeep Wrangler
64/ ON THE ROAD
66/ SOBRE RODAS
BMW C 400 X
BMW CE 02
68/ REAL GARRAFEIRA
70/ IMOBILIÁRIO
Forbes Global Properties
72/ A RESERVAR
Grill Four Seasons
74/ CHECK-IN
Hotel Marqués de Riscal
78/ APRESENTAÇÃO
Citroën C5 Aircross
Jeep Compass e Avenger 4xe
Fiat Grande Panda Hybrid
82/ SOCIAL
International Club of Portugal
R ESTAU R ANTE C IT RUS
MINI C ELEB R A 65 ANOS NO A UTÓD ROMO DO E STO R IL vintage
feeling off-road made in
C OM C E RTIFI C ADO PELO “ T HE PLED G E ON F OOD W ASTE ” O restaurante Citrus, do Lisbon Marriott Hotel, conquistou um marco inédito em Portugal: é o
D ANIELA M E RC U RY
LEVOU O S ALÃO P R ETO E P R ATA AO RUB RO
B IBLIOMÓVEL DO M UNI C ÍPIO DE P ROENÇA - A - N OVA
P R ESENTE NO F ESTIVAL U TOPIA , C OLÔMBIA
De todos os sentidos humanos, a visão é a ferramenta mais valiosa no contexto dos estímulos da revolução digital. Erradicar a cegueira e a perda de visão evitável é um dos objetivos de desenvolvimento sustentável e que conta com o apoio incondicional das Nações Unidas. Ao ritmo a que se estão a desenvolver os problemas refrativos e com particular evidência para a miopia, prevê-se que, em 2050, metade da população em todo o mundo, cerca de 4,4 mil milhões de pessoas sofrerão de miopia. É expectável uma forte pressão na procura dos serviços de cuidados visuais e, obviamente, um maior consumo de óculos e lentes de contato.
A indústria da ótica e todos os profissionais do ecossistema da saúde visual irão ter desafios que se situarão muito para além do que tradicionalmente, hoje, o setor representa. A odisseia imaginária do futuro estará presente na tecnologia adaptável das lentes e armações inteligentes. Numa interação com o corpo, monitorizando e sinalizando o seu funcionamento no campo da saúde preventiva e do comportamento humano.
A NDRÉ M OR A IS S OA RES
NOVO sales manager DO PALÁCIO ESTORIL HOTEL
Com uma sólida experiência de 10 anos no setor do Turismo, André Morais Soares juntou-se à equipa do Palácio
destacou-se como diretor comercial do Hotel Masa Campo Grande e do Hotel Londres Estoril. em conjunto”.
NUNO
SILVA
NOVO DIRETOR CO M ERCI A L DA V OLVO
como novo Diretor Comercial da empresa, cargo assumido o compromisso da marca sueca com uma liderança sólida, -
marcas Honda e Suzuki, onde consolidou o seu know-how nas áreas comercial e de desenvolvimento de rede.
desde a nossa rede de concessionários, passando por todos os nossos parceiros e, não menos importante, os nossos
LIDERANÇA SUSTENTADA
por Nuno Carneiro
Fundador e administrador da Tecnorém, Carlos Batista é o rosto de um grupo empresarial com mais de três décadas de história, que cresceu em contraciclo com o setor e hoje reúne 13 empresas em áreas como a construção, saúde, turismo e media
Q uem é C arlos B atista ?
Diria que é uma pessoa humilde, com uma ligação muito estreita à família, a quem, desde muito cedo, foram incutidos os valores do trabalho, da ética, respeito pelos outros e da importância do envolvimento na comunidade. Esses ensinamentos acicataram o empreendedorismo que cedo se denotou. Estes fatores, aliados a uma a vontade incansável de inovar e gosto por diversificar e arriscar, permitiram este percurso de vida, onde preza a lealdade, a capacidade de ouvir, o altruísmo e a determinação, que imprime no seu dia a dia.
C omo surgiu a oportunidade de liderar a t e C norém ?
A oportunidade surgiu ao longo dos anos. Após a conclusão do meu percur-
so académico, formei-me em Engenharia Civil, trabalhei cerca de 10 anos numa construtora onde aprendi muito e ganhei o apetite. Em 1989, criei a Tecnorém – Engenharia e Construções, S.A., hoje uma construtora com mais de 35 anos de existência. É a empresa mãe e a génese de um grande grupo empresarial – o Grupo Tecnorém. À medida que a Tecnorém, S.A. ia evoluindo, senti a necessidade de acompanhar e de uma série de setores. Assim, foram surgindo outras empresas, nos mais variados ramos, constituindo o Grupo Tecnorém. No total, já conta com 13 empresas, ligadas a diversos setores, nomeadamente:
• Inovaqua - Engenharia e Ambiente, Lda. – empresa da área do ambiente, estação de tratamento de águas e esgotos e me -
talomecânica, no Entroncamento;
• Habiplan - Engenharia e Construções, Lda. – empresa da área da promoção e investimento imobiliário;
• Tecnolame, Lda. – indústria de madeiras e carpintarias;
• EnergiHotel, Lda. – equipamento hoteleiro e soluções de manutenção;
• TIE - Instalações Especiais – na área da energia e climatização;
• TMG - Residência para Seniores, Lda. –unidades de cuidados continuados e lar residencial;
• CIB - Saúde Lda. – gestão e exploração de estabelecimentos de saúde e clínicas;
• A Moderna Oureense - Reparadora de Automóveis, Lda. – oficina autorizada Mercedes-Benz;
• GT Petro, Lda. – postos de abastecimento de combustíveis BP e Repsol;
Carlos Batista |
E a área do Turismo com as casas de campo River House e Nature House, e o museu interativo O Milagre de Fátima. Mais recentemente, a empresa do Grupo ligada aos media – Normedia – adquiriu o jornal Notícias de Ourém
Q uais os prin C ipais mar C os da história da empresa ?
A Tecnorém, S.A. é uma empresa familiar, de origem local. Por esse motivo, sempre se fez questão de manter a sua sede no local de origem, em Ourém. A sua evolução é, em muito, semelhante à evolução de uma empresa do ramo. No entanto, um marco importante foi terem sido criadas as condições para que, durante a crise da construção em 2008, não tenha sido dispensado nenhum colaborador. Aliás, a Tecnorém esteve em contraciclo e os nossos quadros foram aumentados. Depois, há outros marcos associados à tipologia de obras executadas e o facto de termos alargado a nossa área de intervenção: construção civil, infraestruturas, especialidades, etc.
a inovação é uma aposta C onstante na mar C a ?
Sem dúvida. A Tecnorém, S.A. é uma empresa cujo lema, que tem e quer manter, é o do parceiro líder e de confiança nas
Carlos Batista | GRANDE
grandes obras do país, trabalhando afincadamente para ser uma das melhores empresas portuguesas no setor. Para tal, procura manter uma equipa sólida, dinâmica e com elevado grau de profissionalismo, e uma cultura de inovação e ligação com o meio académico, pois considera ser este o caminho para a constante atualização. Apostamos ainda em soluções construtivas inovadoras, não só pela sua metodologia como nos materiais que emprega.
Q ual é o posi C ionamento atual da t e C norém no mer C ado ?
A Tecnorém é uma empresa líder, encontrando-se em 1º lugar, com um destaque incontestável na listagem das maiores empresas do setor, no concelho de Ourém, e nas 50 maiores empresas da região de Santarém, para todos os setores. É um posicionamento que tem sido lema do nosso Grupo e para o qual temos trabalhado ao longo dos anos. Estamos no bom caminho e assim pretendemos continuar.
Q ue desafios enfrentou C omo administrador ?
Há os períodos de crise no setor, que costumam ser cíclicos. Esses tempos são ainda mais desafiadores, pois aliado à escassez de trabalho e, inerente -
mente, dinheiro, temos toda essa massa humana, de que agora falava, à nossa responsabilidade e encargo, e que não podemos nem queremos perder. Então, nestas alturas, é preciso reinventarmo-nos, e arranjar formas de manter todos no barco e com a máquina em funcionamento. Neste contexto entendi diversificar a nossa área de atuação criando empresas noutros setores, nomeadamente saúde, automóvel, turismo, etc., para nos permitir uma maior sustentabilidade enquanto grupo empresarial. O nosso desafio é resultante da conjuntura do mercado mundial: falta de mão de obra, obras com prazos muito desafiantes e os preços dos materiais com as oscilações resultantes do ambiente bélico disseminado pelo mundo fora.
C omo foi o impa C to da pandemia na empresa ?
as empresas. A Tecnorém não foi exceção. Durante a mesma, tivemos que nos adaptar de modo a dar cumprimento aos requisitos legais do quadro pandémico, sem deixar de cumprir os compromissos assumidos junto dos nossos clientes. Foram tempos exigentes, que em muito nos moldaram e deixaram hábitos para o presente, especialmente a nível orga -
a inovação é uma aposta C onstante na mar C a ?
Q ual o papel dos re C ursos humanos na vossa estratégia ?
“
FUNDAMENTAIS NA ESTRUTURA DE UMA
nizativo, nomeadamente nas metodologias de trabalho.
Q ual o papel dos re C ursos humanos na vossa estratégia ?
Os recursos humanos são fundamentais na estrutura de uma empresa. Atualmente contamos com mais de 800 trabalhadores no Grupo, com os quais tenho uma ligação muito próxima com cada um deles.
Desde sempre, o Grupo Tecnorém mantém a premissa de que só um quadro técnico e dirigente composto por pessoas altamente motivadas, criativas e possuidoras de um forte espírito de equipa, fazem da Tecnorém um grupo de empresas experientes, atualizadas e competitivas.
Q ue C ritérios valorizam no re C rutamento ?
Nós contratamos as pessoas em função do trabalho que lhe queremos atribuir. Preferencialmente, gostamos de pessoas que saem da faculdade e integrem a nossa empresa, uma vez que são pessoas que se integram na nossa dinâmica. A maior parte dos funcionários que temos na empresa começam a ter muitos anos de antiguidade, o que quer dizer que vieram para cá novos e desenvolveram-se aqui. Apoiamos esses funcionários quando querem fazer formações, quando se querem especia-
lizar, tirar pós-graduações e continuar a formar-se. A competência é fundamental,
a sustenta B ilidade tem sido um tema relevante para a t e C norém ? Sim, a sustentabilidade tem assumido uma relevância cada vez maior para a Tecnorém. Tanto na sua conduta diária (gestão ambiental nas obras, manutenção do sistema de certificação) como nas suas estratégias de crescimento e inovação, através do investimento em energias renováveis, eficiência energética dos edifícios e tratamento de resíduos. A aposta num departamento especializado traduz-se em avanços significativos. Ao nível de Projeto, essa temática também é preponderante, estando espelhada nos projetos que desenvolvemos. Adicionalmente, e fruto da nossa atividade, o envolvimento em projetos públicos/PRR com preocupações ambientais demonstra que a sustentabilidade não é apenas uma palavra de ordem, mas sim um eixo estratégico crescente na nossa atividade.
a empresa tem alguma ligação à C omunidade lo C al ?
Sim, desde sempre procurei estar presente e ajudar, dentro das minhas possibilidades, a comunidade local e respe -
tivas associações e projetos. Os Bombeiros Voluntários sempre tiveram um lugar especial. Mas eu diria que somos um pouco bairristas, normalmente as grandes construtoras procuram localizar-se em Lisboa e nos grandes centros, eu sempre procurei ficar por aqui e ajudar a desenvolver a nossa região. Recentemente adquirimos um jornal regional – o Notícias de Ourém –, porque acreditamos que um jornal com mais de 90 anos é mais do que um jornal, é a voz e uma referência da nossa região.
Q uais os prin C ipais setores C om Q uem tra Balham ? Sendo o nosso core as obras públicas, o nosso principal cliente é o Estado. Com os programas de apoio associados ao PRR estamos muito envolvidos no desenvolvimento de projetos e em obras na área da habitação, tanto construção nova como reabilitação. As entidades são não só municípios, como o próprio IHRU. Temos também obras na área do turismo, reabilitação e ampliação do parque escolar.
A nível interno temos uma aposta grande na área da metalomecânica. No Entroncamento, estamos a construir uma grande unidade fabril nesse setor. Já temos a nossa carpintaria a exponenciar o seu volume de trabalho, com a
Carlos Batista |
transição para uma nova unidade fabril, com novas condições, em Ourém, uma mudança para acompanhar a construtora, que segue a velocidade de cruzeiro. E ainda na área da saúde, temos grandes projetos em fase de conclusão, a expansão das nossas unidades de cuidados continuados e clínicas de saúde, numa perspetiva de apoio ao Sistema Nacional de Saúde, que, como sabemos, se encontra em grandes dificuldades.
a digitalização é uma prioridade estratégi C a ?
Sim, e nesse campo conto com a ajuda imprescindível do meu filho, também administrador da Tecnorém, que tem uma aptidão enorme pelo ramo da informática. Tecnologicamente, temos uma facilidade extraordinária de chegar ao sistema informático e saber tudo o que se passa em todas as obras: desde o planeamento à financeira, está tudo informatizado, evoluímos muito nessa área.
o Q ue diferen C ia a t e C norém da C on C orrên C ia ?
A Tecnorém, S.A. distingue-se de outras empresas semelhantes, na gestão que faz das suas obras. Tentamos sempre levar a bom porto as relações com os nossos donos de obra, os nossos clientes, independentemente das dificuldades que possam surgir. O foco no cliente e na satisfação das suas necessidades e expectativas é sempre o nosso ponto de partida, e como tal, trabalhamos nesse sentido. Ao fim ao cabo, é uma empresa que está sempre do lado das soluções.
Como promovem a formação Contínua?
A empresa, e o Grupo, tem uma ligação muito forte às escolas e faculdades. É uma política nossa manter uma cultura de inovação e ligação com o meio académico, pois consideramos ser este o caminho para uma constante atualização.
A empresa em si tem ligações com o IST, com o ISEL, com a Nova, com as universidades de Aveiro e Coimbra, participando com eles nos congressos, nas ações que desenvolvem, para ter uma ligação com os respetivos alunos e convidá-los a vir fazer estágios curriculares, no verão, na empresa, para quando terminarem os
seus cursos lhes darmos a possibilidade de iniciarem aqui a sua atividade e terem uma ligação a este ambiente. Quanto às escolas profissionais, são outros níveis de trabalho: temos protocolos com escolas de Lisboa, Ourém, Sintra, Setúbal, para termos gente na área da mecânica, da eletrotecnia, das eletricidades. No verão, esses alunos fazem estágios curriculares nas nossas obras, vestindo o nosso colete, começando a sentir-se na empresa. Nesses estágios curriculares a melhor coisa que podemos fazer é dar-lhes algum dinheiro, e aí temos algumas garantias da gente que sabe fazer e que fica ligada a nós.
h á planos de expansão geográfi C a ?
Sim. Já somos uma empresa com uma presença consolidada no mercado, com grande expressão na zona da Grande Lisboa, Margem Sul, zona Centro e Algarve. Também já atuámos no Porto, Braga e Vila Real. Neste momento, temos planos de expansão geográfica para a zona Centro Interior, Castelo Branco, etc.
C omo vê o futuro do setor da C onstrução ?
O setor da Construção é um mundo de constantes oportunidades e desafios. Boa parte do crescimento económico do país é atribuído à contribuição deste setor. A sua importância na economia não se limita apenas aos seus efeitos diretos e à geração de empregos, mas também ao movimento que esta atividade gera em muitos outros setores produtivos, que atuam como fornecedores intermediários da construção. O dinamismo do setor favorece as finanças públicas. É um setor com elevado peso e dinamismo.
Atualmente, e mais agora com o aproximar do fim do PRR, vivemos um período de grande trabalho, a Tecnorém tem em curso um volume de carteira de obras de mais de 300 milhões de euros, mas o dia de amanhã, ninguém o sabe, aliás, todos sabemos que há períodos de crise, que costumam ser cíclicos. Mas eu acredito que, com a crise que ainda se vive na habitação, haja trabalho por muitos anos.
Por outro lado, há um ponto que me preocupa e merece muita atenção no setor, a falta de quadros operacionais. Tenho algumas dúvidas se daqui a 10 anos haverá ou não carpinteiros, eletricistas, pedreiros, inclusivamente encarregados de obra. Atualmente não há, ou se há, são muito poucas as escolas a formar este tipo de pessoas. O que quer dizer que está comprometida a passagem de conhecimento destes homens, destas especialidades.
Q ue C onselhos daria a Q uem ini C ia uma C arreira empresarial ?
Que não desista à primeira dificuldade. Que procure manter-se informado para tomar decisões da forma mais consciente possível, mas que arrisque. Costumo dizer que, pior do que uma má decisão é uma não-decisão.
Qual é o projeto de Que mais se orgulha? Há vários, nas várias fases da construtora. Mas a obra de grande imagem como construção e sendo a empresa o empreiteiro geral e o empreiteiro principal, uma vez que, de uma maneira geral não temos grandes consórcios, é o Hospital de Sintra, não só pela sua dimensão, mas pelas tecnologias que utilizou. É uma obra totalmente feita pela Tecnorém, desde o AVAC, desde os gases medicinais, as hidráulicas, as eletricidades, a segurança contra risco de incêndios, a instalação de equipamentos médicos de alta precisão, a construção dos blocos operatórios com todas as exigências que há na área da saúde. Para além da construção civil, é uma obra que a gente pega do zero e entrega chave na mão. É uma obra que fatura 50 milhões e é executada em três anos.
Q ue mensagem gostaria de deixar ao setor ?
Gostaria de deixar uma mensagem de união e cooperação. O setor da Construção tem desafios enormes pela frente – desde a escassez de mão de obra qualificada à necessidade urgente de inovação e sustentabilidade.
Em vez de uma competição desenfreada, devíamos promover uma cultura de colaboração, partilha de boas práticas e elevação da qualidade do setor como um todo. É fundamental que as empresas deixem de se ver apenas como concorrentes e passem a encarar-se também como parceiras na construção de um país mais moderno, resiliente e preparado para o futuro. Só com uma visão coletiva conseguiremos responder às exigências dos novos tempos e valorizar verdadeiramente esta atividade essencial para a economia e para a sociedade.
O corpo humano é extraordinário
Realizamos milhares de milhões de feitos num só batimento cardíaco, somos exemplos espantosos da tecnologia da natureza.
Mas também somos humanos.
Enfraquecemos. Falhamos.
E quando isto acontece, os nossos extraordinários corpos exigem soluções extraordinárias que transformam a vida.
Lideramos a tecnologia médica global, resolvendo com audácia os problemas
que a humanidade enfrenta atualmente.
Saiba mais em medtronic.pt
AS LIÇÕES DO APAGÃO
As interligações elétricas entre dois países começaram por razões de segurança, na medida em que uma rede vizinha pode apoiar a outra em caso de di-
na medida em que a rede espanhola tem
E depois as interligações passaram a ser usadas para fins económicos, no contexto do Mercado Único Europeu, permi -
Europeia dos Operadores das Redes Elétricas de Transporte, de que fazem parte a nossa REN e a espanhola REE, no seu -
que o afundamento foi ibérico, foi em conjunto, pois com as duas interligações a sul passou a haver no fundo uma rede
haver o teledeslastre das ligações com
de trânsitos de energia e de frequência (que era no fundo o lançarmos ao mar o nosso salva-vidas e fugirmos do barco
a “velhinha” Castelo de Bode e a Tapada do Outeiro, que eu lancei como minis -
e precisamos de ter mais centrais com essas capacidades para que, por toda a rede, se formem ilhas elétricas em torno das mesmas, recuperando gradualmente
rarem sem a energia da rede e o disaster recovery da rede portuguesa demorou demasiado tempo pelas vulnerabilidades
a competir com a espanhola no quadro
ibérica, entrando os geradores na rede por ordem de mérito na base dos seus
Neste contexto do mercado marginalista assente em custos variáveis, as importações de Espanha fazem sentido sempre que o preço seja inferior ao custo variável das
dinâmicos deixou de haver uma rede de transporte nacional, estamos profundamente interligados com Espanha para o bem e para o mal!
Mas convém ter uma rede a funcionar desligada de Espanha num acidente deste tipo que se pode voltar a repetir! Só tínhamos duas centrais habilitadas a arrancar sem a energia da rede ( black start ),
Já imaginaram a loucura do “Tudo Elétrico” com uma sociedade e uma economia completamente dependentes do sistema
civil apenas têm veículos elétricos?
no CO2 e nas renováveis intermitentes deixaram, como foi evidente, o país totalmente impreparado para um incidente deste tipo!
“ EM TERMOS DINÂMICOS DEIXOU DE HAVER UMA REDE DE TRANSPORTE NACIONAL, ESTAMOS
PROFUNDAMENTE INTERLIGADOS COM ESPANHA PARA O BEM E PARA O MAL! ”
Engenheiro e Economista
A CERTEZA DA INCERTEZA
Tornou-se quase um lugar-comum a -
sentimento decorre bastante mais da rapidez com que hoje se sucedem os fenómenos que alteram mais ou menos profundamente as circunstâncias que conhecíamos, bem como a sua da imponderabilidade que sempre caracteri-
abrangência global provoca choques contra-político e geoeconómico, sobretudo por força das muitas contradições que têm vindo a ser lideradas e protagonizadas pelo presidente da maior potência mundial cujo culto de perso-
foi-se desenhando em crescendo, sobretudo a -
do bem comum e proporcionou o aprofundamento das desigualdades de forma chocante e gritante ao mesmo tempo que se devoravam os recursos naturais que, sendo de todos, têm vindo a ser usados, abusados e delapidadosnentes no domínio das várias ciências, nem a
veis de determinados movimentos, mais a espécie humana se inclina para, usando mesmo as armas que a democracia proporciona para
E é esta sequência de escolhas eleitorais que apenas têm como destino o abismo, que se tem conjugado para que os piores cenários se circunstâncias? Ainda iremos a tempo? -
ma de diplomacia multilateral defensora e proos Estados e propôs, logo no limiar do século,
habilitasse com as competências necessárias para decisões acertadas ao desenvolvimento
O sábio convidado para explicitar os sabeno mundo contemporâneo foi Edgar Morin que, já nos anos 50 nos tinha deslumbrado com a lucidez da sua Teoria da Complexidade na sua obra seminal O Método Edgar Morin, os sete saberes que devem perpassar em todas as áreas do conhecimento e mais abrangente e transformadora seriam dispor num simples exercício de busca no es-
1. “As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão: Reconhecer que o conhecimento é sem-
“A DESREGULAÇÃO DO SETOR ECONÓMICO ENFRAQUECEU A CAPACIDADE DO PODER DA POLÍTICA DE PRIORIZAÇÃO
pre suscetível a erros e ilusões, e que a racionalidade é fundamental para os combater.
2. Os princípios do conhecimento pertinente: Ensinar a inteligência geral, que permite contextualizar o conhecimento, conectando-o com o global e as suas complexidades, em vez de apenas apresentar informações isoladas.
3. Ensinar a condição humana: Abordar a complexidade do ser humano, considerando os seus aspetos biológicos, culturais, sociais e afetivos, e a sua relação com o mundo.
4. Ensinar a identidade terrena: Desenvolver a consciência da pertença a um planeta comum,vendo a noção de cidadania planetária.
5. Enfrentar as incertezas: Preparar para lidar com o imprevisível e o inesperado, reconhecendo que o futuro é incerto e que a capacidade de adaptação e inovação são essenciais.
6. Ensinar a compreensão: Desenvolver a empatia e a capacidade de se colocar no lugar do outro, promovendo a comunicação e a interade vista.
7. A ética do género humano: Fomentar a responsabilidade individual e coletiva, com base em valores como a solidariedade, a justiça e o respeito pela dignidade humana, visando a construção de um futuro mais justo e sustentável.”
Se em vez de apostarmos apenas em saber cada vez mais de cada vez menos e tivéssemos levado a sério a importância da forma-
Maria de Belém Roseira
Jurista
CRÓNICA DESPORTIVA
Imagino que muitos dos meus leitores habituais pensem que a revista FRONTLINE , mesmo considerando que se trata
O desporto é um fenómeno transversal -
das suas vertentes é também cada vez mais um negócio e uma ferramenta di -
Adoro desporto, sou adepto vibrante, em
e enquanto pude pratiquei diversas modalidades, com particular ênfase no fute -
continuando a praticar com regularidade,
ideias vou-me focar no futebol, embora muito do que aqui direi se aplique a
sinta empolgado pela dupla vitória da equipa principal do Sporting na Liga e na
esconder algum desencanto com o que -
mais de ver competições nacionais dos diferentes países e das diferentes divisões e gosto cada vez menos de jogos espetáculo,-
Este ano as equipas do concelho de Évora, em particular o Juventude e o Lusita -
O primeiro ascendeu ao Campeonato-
lizado pelas equipas do concelho, que fui conhecendo melhor pelas visitas e
A capacidade agregadora do espírito de comunidade ficou bem marcada nos momentos de festejo, o maior dos quais terá sido a enorme festa realizada no Estádio Nacional (vulgo Jamor) antes e depois do Lusitano de Évora ter vencido a final do
Quando finalizei a antiga quarta-classesinatura do jornal A Bola que recebi primeiro no Alentejo e depois em Angola e em cuja leitura fui aprendendo muito sobre o mundo que ia para além das nossas fronteiras acanhadas e controladas pela censura do Estado Novo, que os jorna -
O “hiper negócio” em torno do futebol
Cuidemos por isso dos pintainhos que a enquanto desporto-rei adorado pelas
“ GOSTO CADA VEZ MAIS DE VER COMPETIÇÕES NACIONAIS DOS DIFERENTES PAÍSES E DAS DIFERENTES DIVISÕES E GOSTO CADA VEZ MENOS DE JOGOS ESPETÁCULO, DITOS
COMPETIÇÕES
A INDÚSTRIA DA MEDTECH NA EUROPA
O setor da tecnologia médica, comummente conhecida por Medtech, contribui
Existem mais de 2 milhões de tecnologias médicas, categorizadas em mais de 7 mil grupos de dispositivos genéricos, disponíveis em hospitais, ambientes de cuidados -
luções contribuem para satisfazer as ne-quanto constroem uma Europa resiliente
diretamente mais de 880 mil pessoas, em de 16 mil pedidos de patente no Institutovez mais reconhecido pelas inovações tec-
nológicas proeminentes que podem res-gem um amplo espectro de áreas, desde a
O mercado europeu de tecnologia médica foi estimado em cerca de 160 mil -
lança comercial positiva de dispositivos
uma balança ainda negativa, a verdade é-
doenças, o diagnóstico precoce, os cuidados e reduzindo as implicações para o sis-
Ao alavancar tecnologias de ponta, como a big data, a Medtechvado valor e contribui para uma economia
“ PORTUGAL DEVERIA ABRIR PORTAS A EMPRESAS MULTINACIONAIS DA MEDTECH QUE QUEIRAM INSTALAR CENTROS DE PRODUÇÃO QUE CONTRIBUAM PARA AS EXPORTAÇÕES”
O setor está cada vez mais focado na des -
investindo em energia limpa e materiais sustentáveis, introduzindo princípios de ecodesign no desenvolvimento de produtos e implementando práticas circulares sempre que possível e viável para os pa-
aumentam a acessibilidade, a sustentabilidade e a resiliência a longo prazo nos
multinacionais da Medtech que queirambuam para as exportações, nomeadamente nas áreas dos moldes e do software, onde tem mostrado ao mundo uma enorme capacidade competitiva em preço/qualidade que compete com outros mercados maismos que a baixa de IRC sirva como complemento a todas as outras condições de -
LOCUÇÕES
Um, apenas mais um, exemplo dogal, e também da tolerância dos consumidores para aceitarem quase tudo o que se-
ciarem as palavras e se fazerem entender, há dicções inacreditáveis e, para completar pobrezitos que fazem improvisos em cima essas almas?
a maioria desses “locutores” nunca pas-
percebe o nível de estultícia das perguntas e a infantilidade dos discursos repetitivos
competentíssima na arte de transmitir no--
vozes difíceis de “entrar” que compensam Mais uma vez, poderia citar exemplos cá e Mas, só por ser jornalista, repórter, seja lá -
treino e aprendizagem, o que manifestamente parece faltar a uma parte substancial, a maioria, dos que nos entram pelos
oiço queixas sobre este fenómeno que me impele a mudar para a CNN Interna -
de excelência, repórteres que se entendem, pivots no que se refere aos front men and women -
Julgo perceber que o aumento de estações emissoras de rádio e TV levou a que se re-bém sei que os salários auferidos por esses palradores é baixíssimo, um furo acima dado do que se paga aos chamados pivots, os-
as terá escrito e as reportagens em cima
respira e lhe falta ar para pronunciar as sílabas, aqueles(as) que mostram um desleixo total na forma como se apresentam – alguns dos “comentadores(as)” também fazem gala na falta de aprumo, para lá da consagrada ignorância sobre o tema que comentam, evidentemente, como especia-
zer um improviso sem repetir trinta vezes o mesmo, a necessidade voltar a “explicar”, mal, o que um entrevistado acabou
mentais –, a estridência, a nasalidade, os
querem apresentar concursos para tolos, outras palermices inenarráveis e progra-
“ MAS, SÓ POR SER JORNALISTA, REPÓRTER, SEJA LÁ O QUE FOR, NÃO QUER DIZER QUE TODA A GENTE SAIBA COMUNICAR POR VIA ORAL. EXIGE-SE TREINO E APRENDIZAGEM ”
CASCAIS: DO FAZER E DA INOVAÇÃO
Em Cascais, assumimos desde o início que o futuro se constrói com conhecimento – mas também com ação. Com ideias, mas também com prática. Com saber, mas também com fazer. Foi essa visão que orientou a nossa aposta decidida na Educação e, em particular, no Ensino Superior. Não quisemos apenas ser um concelho com boas escolas. Quisemos afirmar-nos como um território de excelência académica, científica e tecnológica.
Este caminho começou a ganhar forma em 2018, com a inauguração da Nova School of Business and Economics, da por
28/FRONTLINE
Um território que atrai instituições de referência, forma talentos, acolhe investigadores e promove a ligação entre universidades, empresas e comunidade. Um lugar onde o conhecimento se transforma em impacto real na vida das pessoas.
U m novo tempo para C as C ais
Universidade Nova de Lisboa. Situado em Carcavelos, este novo campus universitário não foi apenas um investimento em betão ou em salas de aula: foi a semente de um novo tempo para Cascais.
A Nova SBE trouxe para o concelho milhares de estudantes e investigadores de todo o mundo, ligando-nos às redes globais do saber e da inovação. Trouxe também um novo espírito – académico, criativo, cosmopolita, comprometido com o
futuro. E provou que era possível pensar em grande, fazer em grande e colocar Cascais no mapa do ensino superior de excelência.
Mas este campus foi apenas o início. A visão que delineámos não se limitava a um projeto isolado, mas a um verdadeiro ecossistema académico, científico e urbano. Chamámos-lhe Baía do Conhecimento – um projeto ambicioso, centrado em Carcavelos, nos terrenos do antigo Hospital Ortopédico Dr. José de Almeida, adquiridos pela Câmara Municipal, e que se afirma como a nova centralidade universitária do concelho.
Com o objetivo de reunir, num único território, várias instituições de ensino superior, residências universitárias, centros de investigação, espaços de inovação, serviços de apoio e estruturas dedicadas ao acolhimento da comunidade académica, a concretização desta estratégia está a acontecer por etapas.
C iên C ia e te C nologia em s aúde Recentemente, demos mais um passo sig-
Advanced Health Education, uma escola de pós-graduação em Saúde criada em parceria com a NOVA Medical School. Esta nova instituição junta ciência e tecnologia para
Marca o início do futuro campus universitário de saúde em Cascais, que incluirá também a construção da nova faculdade da NOVA Medical School e o futuro Centro de Investigação da NMS, em parceria com a Fiocruz, em Alcabideche.
A AHED simboliza aquilo que ambicionamos para Cascais: ensino de excelência, inovação com aplicação prática e impacto direto na vida das pessoas. Muito em breve, serão assinados vários protocolos entre o Município e a Universidade Nova de Lisboa, que formalizam a criação de um Campus Urbano da NOVA em Cascais. Este campus integrará quatro polos distintos: a Nova SBE, a NOVA Medical School, a NOVA School of Law – cuja presença será reforçada com novas instalações em Carcavelos – e um futuro polo junto ao Aeródromo de Cascais, dedica -
do à formação em aviação, engenharia e tecnologias associadas.
A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), que passou recentemente a integrar a Universidade Nova de Lisboa, faz igualmente parte desta nova centralidade do saber, a par da Escola Superior de Saúde de Alcoitão (ESSA).
e Cossistema aC adémi Co Estamos, assim, a construir um ecossistema académico altamente diversificado, que abrange áreas como economia, gestão, direito, medicina, ciências da saúde, turismo, hotelaria, engenharia e aviação. Um ecossistema com capacidade de formar, investigar, inovar e transformar. Estes projetos representam muito mais do que investimento em infraestruturas. São um investimento estratégico na nossa capacidade de atrair talento, criar emprego qualificado e posicionar Cascais como um território de conhecimento com relevância nacional e internacional. Estamos a mudar o concelho. Cascais deixa de ser apenas um destino turístico ou um território residencial de qualida -
de, para se afirmar também como uma comunidade académica, criativa, empreendedora e global.
Fazemo-lo com a convicção de que o saber não é um fim em si mesmo, mas uma ferramenta de transformação. Queremos que as universidades em Cascais sejam espaços de excelência científica, mas também motores de desenvolvimento económico, laboratórios de inovação social e centros vivos de cidadania. Queremos que a juventude que aqui estuda se apaixone pelo concelho, aqui fique, aqui crie empresas, aqui construa o seu futuro e o seu projeto de felicidade.
Esta transformação é o resultado de uma visão partilhada, construída com os nossos parceiros académicos, com a sociedade civil e com todos os que acreditam que o conhecimento é o alicerce de um futuro melhor.
Cascais está hoje na linha da frente da educação superior em Portugal. E não por acaso. Mas porque houve coragem, visão e persistência. Cascais é, cada vez mais, uma terra de oportunidades. Uma terra que pensa. E que faz.
ESTARÃO AS FINANÇAS PÚBLICAS EM RISCO?
por António Saraiva
Presidente da SPAL
OBanco de Portugal prevê já para-
CONSTRUÇÃO: NOVOS DESAFIOS
A engenharia civil e a indústria da construção revolucionaram o mundo, sobretudo a partir do século XIX, o que, apesar das enormes disparidades que continuam a persistir entre continentes e países, criou condições para a progressiva melhoria da qualidade de vida.
Ecadas em períodos anteriores, como é o
-
IndústrIa da construção cIvIl-da própria atividade e também da extra--
tar abóbadas.
por Carlos Mineiro Aires Engenheiro Civil, Membro Conselheiro e Ex-Bastonário da Ordem dos Engenheiros
vimento e para a economia.
setor precisa de se reinventar para ser
revolução com soluções ImpensáveIs
da economia.
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLÍTICOS
por Fernando Negrão
Jurista
No meio das sucessivas eleições que têm decorrido no país e que terão continuação, teremos em breve as eleições autárquicas de 2025 de que falaremos mais adiante. O panorama eleitoral nos últimos anos tem sido caracterizado por sinais de alarme no que respeita ao surgimento de novos partidos políticos e consequente enfraquecimento daqueles que podemos chamar de tradicionais.
Temos o exemplo de um partido político – o Chega – que à direita e com um discurso radical de direita, a que acrescentou dizer a cada momento o que cada destinatário queria ouvir, conseguiu fazer acelerar o quase desaparecimento do PCP, que não soube enfrentar uma ameaça que vinha do campo político oposto ao seu e deixou que o seu eleitorado abandonasse o PCP, que nunca lhe resolveu qualquer problema por se limitar a defender velhas e caducas empresas públicas que foram morrendo na sequên -
cia de inúmeras e sucessivas greves que as transformaram em inimigas do povo. O PC português, o último da Europa democrática, conseguiu sobreviver aos seus irmãos europeus mercê de uma pobreza que nunca foi enfrentada com determinação na sua resolução, de baixos salários que só passaram a ser tema e preocupação política muito recentemente e da construção europeia que, por exemplo em Itália, fez surgir o chamado “eurocomunismo”. Foi longa e firme a resistência dos comunistas à sua extinção, que teve
como aliados os três partidos fundadores da Democracia – o PS, o PSD e o CDS –, que na governação não souberam, ou não quiseram, atacar as causas da manutenção do PCP como partido político com “ampla” representação parlamentar. Solidariedades vindas do 25 de Abril, cumplicidades das lutas pela Democracia nas quais o PCP soube recuar a tempo de poder continuar a fazer parte da vida política nacional, as boas, ou mesmo excelentes, relações com a Igreja e com as Forças Armadas, forte controlo do movi -
mento sindical que tem deixado os transportes públicos e a administração pública paralisada, principalmente nas grandes áreas metropolitanas. Uma ou todas podem ter sido a causa da sobrevivência do PCP para além do razoável.
A ins AtisfA ção que reinA
O PCP está a ser substituído, pelo Chega, partido este que através de discursos oportunistas tem crescido, e crescido aceleradamente, o que só se explica pela tremenda insatisfação que reina na sociedade portuguesa.
Insatisfação essa que tem origem nos partidos políticos que nasceram logo de seguida ao golpe de 25 de Abril. Partidos políticos esses que mudaram Portugal para melhor, bastando fazer a comparação do país antes de 1974 e o de agora, nas infraestruturas, na economia, na solidariedade, na saúde e na escola.
Tudo mudou e para melhor. Contudo, nas últimas três décadas o país parece ter perdido velocidade, criatividade e vontade de prosseguir nas mudanças, num momento em que o mundo começou a mudar e a pedir qualidade e competência na atividade dos governos. O que, para mal de todos nós, não conseguiram, criando um clima de desconfiança dos governados para com os governantes, que levou a que um desses partidos – o PS – sofresse o maior revés eleitoral dos 50 anos da nossa democracia, após ter governado cerca de oito anos, sem nada ter feito e ter terminado com um primeiro-ministro, António Costa, que a única coisa que queria era um lugar apetecível na estrutura da União Europeia. Conseguiu, mas à custa da ingovernabilidade que criou, da incompetência que alimentou e do descrédito da política que fez aumentar de forma quase incontrolada. Principal vítima foi naturalmente o PS, que curiosamente continua a ter António Costa como uma referência.
P róxim A s eleições
Para terminar, deixo uma breve palavra sobre as próximas eleições que serão as autárquicas, em data a marcar pelo Governo, entre 22 de setembro e 14 de outubro do corrente ano. Estas são as elei -
ções que mais pessoas envolve, uma vez que estarão em disputa 308 presidentes de Câmaras Municipais, bem como os respetivos vereadores e Assembleias Municipais e, ainda, 3259 Assembleias de Freguesia. É através dos eleitos destas eleições que as autarquias locais, nos órgãos competentes, prosseguem as suas funções: de consulta, de planeamento, de investimento, de gestão, de licenciamento e controlo prévio e de fiscalização. Nas autarquias são definidas e levadas a cabo as chamadas políticas locais, que são aquelas que definem o crescimento e
a qualidade de vida dos lugares onde vivemos, desde a grande cidade ao mais reduzido vilarejo. São da maior importância e nenhum partido político ou nenhum eleitor delas se deve alhear. Que não aconteça, como tudo indica irá fazer o PSD, desistir do distrito de Setúbal, quando a sua direção nacional, contra a vontade das estruturas e militantes locais, não apresentará candidato e apoiará uma candidatura independente, velha e sem prestígio. Um grande partido político não pode desistir de uma parte do país. É um erro que pagará caro!
DECLARAÇÃO DE LISBOA E OS 40 ANOS DA ADESÃO DE PORTUGAL À UNIÃO EUROPEIA
por Isabel Meirelles
Advogada, Docente Universitária,
Ex-Deputada à Assembleia da República e ao Conselho da Europa
No Mosteiro dos Jerónimos, em 12 de junho de 2025, Portugal comemorou formalmente os 40 anos da assinatura do Tratado de Adesão às então Comunidades Europeias.
Numa cerimónia solene, foi assinada a Declaração de Lisboa, documento que “ reafirma a vocação europeia de Portugal e o contributo português para o aprofundamento da União ”, que serve de síntese às prioridades e compromissos assumidos atualmente por Portugal no contexto da integração europeia, relembrando os valores fundadores do projeto e apontando linhas de ação futuras. A de -
claração foi assinada pelos principais órgãos de soberania portugueses, a saber o Presidente da República e o primeiro-ministro, no mesmo claustro onde ocorreu o ato fundacional de 1985.
O evento foi organizado sob a égide do comissário nacional Carlos Coelho, reunindo também o Presidente da Assembleia da República e outros dignitários europeus, e como gesto simbólico, os signatários utilizaram a mesma caneta que assinou o tratado original em 1985 sublinhando a ligação histórica entre as duas datas.
D eclaração D e l isboa
A Declaração de Lisboa tem reflexos estratégicos em vários níveis. Antes de mais, Portugal reafirma a sua orientação europeísta e a continuidade da sua política externa dentro da UE, reforçando a ideia de que não haverá mudança de rumo governamental face a crises internas, e ao inscrever formalmente este compromisso, Lisboa reforça a sua credibilidade diplomática como parceiro que privilegia a coesão euro-atlântica, UE/ NATO, face a novos desafios regionais. Também reforça internamente a coesão do bloco, ao mostrar unanimidade em torno dos objetivos europeus. Num momento em que a UE debate temas como defesa comum, clima ou estabilidade monetária, a Declaração sublinha o apoio de um Estado-membro médio e que inclui interesses do Sul da Europa e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, aos esforços coletivos, nomeadamente no reforço da moeda única, do mercado interno e de políticas sociais europeias. Aliás, a presença de altos responsáveis europeus na cerimónia, como o presidente do Conselho Europeu, comissá -
rios e ex-presidentes da Comissão, destaca o peso político do ato dentro da política europeia.
r eafirmação D o projeto europeu Ao assinalar o respeito pelo Direito Internacional e pelos valores da ONU, Portugal posiciona se como país empenhado no multilateralismo e na paz mundial. A reafirmação do projeto europeu com base na democracia, direitos humanos, livre comércio, e solidariedade, funciona como contrapeso a dinâmicas geopolíticas instáveis como conflitos regionais, populismos e protecionismos. Assim, este alinhamento formal de Portugal reforça o papel da UE como ator global unido e solidário, empenhado na resolução de problemas comuns desde a migração ao desenvolvimento sustentável, e na defesa dos interesses comuns das nações democráticas.
As principais forças políticas nacionais reagiram positivamente ao ato de Lisboa, realçando a importância da adesão europeia para Portugal. Partidos como o Livre, a Iniciativa Liberal e o Chega concordaram em reconhecer os ganhos socioeconómicos trazidos pelos 40 anos de fundos comunitários, ainda que este último tenha criticado a eficácia no uso desses fundos, sendo todos unânimes em reconhecer a importância que a adesão à UE teve para Portugal.
p rincípios e valores
A Declaração de Lisboa sublinha explicitamente os princípios e valores do
projeto europeu aos quais Portugal se mantém vinculado. Em concreto, a ênfase em direitos humanos, democracia, solidariedade e multilateralismo implica que Portugal continuará a pautar-se pelos princípios universais da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional. O reforço do compromisso com a paz e a coesão social, objetivos centrais da UE, sugerem que Portugal dará prioridade a uma União Europeia unida e forte, defendendo nas instâncias europeias políticas de convergência socioeconómica e de segurança partilhada.
Por outro lado, os compromissos explícitos relativos à segurança e defesa comum -
boa em colaborar estreitamente com os seus parceiros europeus nestes domínios.
A Declaração menciona, por exemplo, “ o aprofundamento da política comum de segurança e defesa ”, o que indica que Portugal pretende continuar a apoiar iniciativas como as missões de defesa da UE ou a Cooperação Estruturada Permanente-PESCO.
No âmbito económico, a insistência na conclusão da União Económica e Monetária e na promoção do mercado único implica que Portugal defende posições de aprofundamento da integração financeira e comercial europeia.
Em suma, a Declaração de Lisboa consolida uma política externa portuguesa que prossegue um Europeísmo convicto, firme nos valores, disposto à cooperação multilateral, e alinhado com a agenda estratégica da UE.
LIBERTAR O POTENCIAL DA SAÚDE: MAIS SAÚDE E MENOS DOENÇA
por Miguel Guimarães
É tempo de adotar uma nova cultura estratégica para a saúde. Uma cultura que a reconheça como investimento com retorno múltiplo – humano, social e económico – e que promova a inovação, a equidade e a sustentabilidade.
Alguns pilares fundamentais e estruturantes do SNS têm de ser reformados no sentido de melhorarmos a nossa resposta no acesso a todos os cuidados de saúde nos seus diferentes níveis (cuidados primários, hospitalares, serviços de urgência e emergência médica, cuidados paliativos e continuados, cuidados domiciliários, promoção da saúde). E ter como base anais de saúde, nomeadamente através das
carreiras, a existência de incentivos para a qualidade e a produtividade, a modernização da gestão e organização dos serviços, a implementação da digitalização associada à
processos e procedimentos (eliminando a burocracia e tarefas administrativas atribuídas aos médicos e enfermeiros), o re-sionais e multidisciplinares, e a otimização setores da saúde.
O último Governo da AD apresentou aos portugueses um Plano de Emergência e Transformação da Saúde. Apesar de resultados positivos a vários níveis, os 11 meses concretizar em pleno um plano que precisava de mais tempo, de uma legislatura completa. O que não aconteceu, por responsabilidade da oposição.
Bastonário da Ordem dos Médicos 2017-2022
Presidente da AACDN
A pandemia de Covid-19 foi o mais claro alerta global das últimas décadas: a saúde não é apenas uma variável sanitária – é um determinante económico, social e geopolítico. É tempo de adotar uma nova cultura estratégica para a saúde. Uma cultura que a reconheça como investimento com retorno múltiplo – humano, social e económico – e que promova a inovação, a equidade e a sustentabilidade.
Este novo enquadramento exige uma re-
saúde. É neste contexto que emerge a necessidade de uma agenda transformadora, que tenha algumas bases essenciais que se interligam e reforçam mutuamente.
1. a postar d E sproporcionalm E nt E na pr E v E nção E promoção da saúd E Os sistemas de saúde continuam fortemente inclinados para a medicina curativa, ignorando o facto de que investir em prevenção tem um dos maiores retornos conhecidos. Portugal, à semelhança de muitos outros países, investe uma fração mínima do orçamento público em políticas de prevenção e promoção da saúde. Esta realidade é insustentável. Prevenir doenças crónicas, promover estilos de vida saudáveis e garantir literacia em saúde deve deixar de ser complemento e passar a eixo central das políticas públicas. É imperativo integrar a saúde em todas as políticas: da educação ao urbanismo, da alimentação e
2. m E dir m E lhor para d E cidir m E lhor
Continuamos a tomar algumas decisões com base em perceções, experiências avulsas ou pressões mediáticas. A saúde é um dos setores mais ricos em dados – e, paradoxalmente, um dos que menos os utiliza de forma sistemática. Precisamos de modernizar os sistemas de informação e padronizar a recolha de dados, incluindo métricas de saúde mental, bem-estar, funcionalidade e determinantesdades, medir resultados e corrigir o que não funciona, contribuindo para a melhoria contínua e para a accountability do sistema.
3. a plicar com E quidad E o qu E já sab E mos qu E funciona Persistem desigualdades no acesso e nos
resultados em saúde. Muitas soluções baseadas em evidência têm impacto docuda população, mas algumas não são aplicadas ou são aplicadas de forma desigual no território. A verdadeira inovação em saúde passa pela sua replicação sistemática e pela eliminação das barreiras socioeconómicas
Ou seja, garantir que todos tenham acesso ao que já provou funcionar.
4. inovar mais E mElhor, E rapidamEntE Portugal não pode continuar a ser apenas consumidor de inovação – tem de ambicionar ser protagonista. A revolução digi-
va, a biotecnologia e a medicina personalizada estão a redesenhar a saúde à escala global. A sua integração pode transformar a prestação de cuidados de saúde, desde que enquadrada por modelos de regulacentrados no valor gerado para as pessoas e para o sistema.
Para acompanhar esta transformação, precisamos de políticas públicas que incentivem a investigação, a cooperação entre universidades e empresas, e a captação de investimento. Temos talento, conhecimento e condições para liderar em áreas como a saúde digital, os dispositivos médicos e as terapias avançadas. Temos de ter ambição estratégica. O investimento, a investigação e a inovação não podem ser episódicas nem desarticuladas – devem ser estruturadas, sustentadas e orientadas para o bem comum.
5. E nvolv E r todos os s E tor E s
E conómicos na saúd E
A saúde não pode continuar a ser encarada como responsabilidade exclusiva dos ministérios da Saúde. Deve ser compreendida como resultado de múltiplas interações entre sistemas – económico, ambiental, urbano e social. Cada setor – da construção civil à alimentação, do transporte ao digital – tem um papel crítico na promoção do bem-estar. A promoção de ambientes promotores da saúde, a responsabilidade social corporativa e a integração de critérios de saúde nas decisões empresariais são vetores de uma nova economia da saúde, resiliente e inclusiva.
6. c olocar o cidadão
no c E ntro como ag E nt E ativo Nenhum sistema de saúde será sustentável
O empoderamento dos cidadãos, através da literacia em saúde, da disponibilizaçãoformação e da promoção de ambientes facilitadores de escolhas saudáveis, deve ser uma prioridade estratégica. Mais do que utilizadores do sistema, os cidadãos devem ser vistos como coautores da sua saúde (potenciar a sua capacitação para a gestão da saúde). A capacitação individual não substitui o papel do Estado, mas complementa-o, contribuindo para a responsabilização partilhada e para a sustentabilidade do sistema. É tempo de promover uma arquitetura estratégica da saúde, tendo como objetivo: mais pessoas saudáveis, menos pessoas doentes.
COMO DINAMIZAR O MERCADO DE ARRENDAMENTO
por Fernando Santo Engenheiro
Bastonário da Ordem dos Engenheiros 2004-2010
No anterior artigo na FRONTLINE procurei explicar as opções políticas que provocaram a destruição do mercado de arrendamento. Em Portugal o arrendamento representa pouco mais do que 20% das residências habituais, enquanto a média da União Europeia (UE) é de 30%, e na Alemanha, mais de 50%.
Com a procura e os preços elevados, e caso os preços especulativos fossem reais, seria natural que os investidores privilegiassem este tipo de investimento, mas tal não sucede e é fácil perceber as razões. Também os proprietários de imóveis continuam a preferir ter habitações devolutas em vez de as colocar no mercado, ou -
ções, continuam a surgir posições políticas que indicam como solução o congelamen-
to ou a limitação das rendas e a proibição do alojamento local. Estas opções, que já demonstraram produzir o efeito contrário, têm vindo a ser ampliadas por alguma comunicação social, utilizando como referência o Relatório Semestral da Comissão Europeia, mas de forma incorreta. O relatório, apesar de ter utilizado informação desatualizada, nomeadamente, as políticas de habitação do Pro-
des que todos conhecemos, e recomenda a regulação das rendas, mas não o seu con-
de regras e critérios para o aumento das rendas, o que já existe. O controlo, que não
limites máximos de rendas, congelando os preços durante um período de tempo, o que ainda continua a existir no nosso país para as rendas que se mantêm congeladas relativas aos contratos anteriores a 1991.
C ongelar as rendas
O Governo que agora iniciou funções, bem como o anterior, já percebeu a situação e não alinhou nas tentativas para limitar ou congelar as rendas. Sobre o alojamento local passou a opção para os municípios, que melhor conhecem a realidade de cada local. Por isso, a Direção-Geral da Indústria e do Empreendedorismo da Comissão acabou por felicitar Portugal por ter encontrado uma solução para o arrendamento de curta duração que respeita o direito da UE, e arquivou a queixa apresentada contra o nosso país. Tudo isto poderia ser explicado pela comunicação social, mas como não interessa, é melhor alinhar com as soluções que fazem parte do problema.
Infelizmente, ainda há quem não queira aceitar as consequências do congela -
nomeadamente, a degradação dos edifícios, desertificação dos centros urbanos e as condições deploráveis em que vivem dezenas de milhares de idosos “presos” nas habitações de rendas congeladas, degradadas e sem elevador. Apesar de as políticas terem apostado na reabilitação
Sociedades de Reabilitação Urbana, não houve investimento e a degradação dos edifícios continuou.
A publicação do Novo Regime de Arreno número de contratos de arrendamen-
fícios veio a acontecer porque os residentes estrangeiros e o alojamento local eram os segmentos de mercado que podiam pagar os elevados custos das intervenções. Os preços não são especulativos, mas sim as políticas que impuseram tantas exigências sem nunca perguntar quanto custa. E por isso a reabilitação de um edifício foi transformada num produto de elevado custo, que tem como consequência um preço ainda maior, que só alguns podem pagar. São muitos os fatores: as normas e regulamentos em vigor; o elevado e imprevisível tempo do licenciamento; os pareceres de diversas entidades; as exigências dos planos de salvaguarda, ou proteção de património na zona abrangi -
da via pública, a que seguem as pesquisas arqueológicas e muitos anos de incerteza. Se esses “clientes” deixaram de comprar, a parar.
o ferta limitada
O valor de uma renda está diretamente ligado ao valor do imóvel, através de uma taxa de remuneração. Em Lisboa e Porto, por exemplo, a taxa bruta é in-
derado especulativo, pois há ainda que deduzir as despesas e os impostos. Ora, o valor dos imóveis existentes passou a estar muito valorizado porque o cus -
to de produção de edifícios novos e de reabilitação também são muito elevados, tendo como consequência preços de venda inacessíveis para a maioria da população. Se o preço dos edifícios novos sobe, os existentes ajustam. Para além desta evidência, há ainda a considerar outros fatores que limitam a oferta: (a) a falta de confiança dos proprietários na legislação sobre o arrendamento, sem o justo equilíbrio do interesses das partes; (b) o deficiente funcionamento do sistema de justiça que depende da legislação em vigor; (c) a instabilidade legislativa e fiscal, como se viu
há mercado eficiente.
que favorecem, ou condicionam, a compra de habitação própria, pois os dois mercados estão ligados. O mercado de arrendamento vive em concorrência com a compra de casa através de empréstimo, pois a prestação mensal paga aos bancos funciona como uma renda. Por isso, quando as condições dos empréstimos são mais favoráveis, as rendas tendem a baixar, verificando-se o inverso, as rendas sobem.
As soluções exigem um acordo de regime entre os principais partidos, para: (1) fomentar o mercado de arrendamento, com estabilização da legislação, proteção dos direitos dos senhorios perante o não cumprimento dos contratos e com o Estado a assumir a função social que foi imposta aos senhorios; (2) dinamizar o investimento na reabilitação urbana,gências; (3) promover a habitação pública para arrendamento, com programas plurianuais de construção com ênfase na industrialização, a par da reorganização dos serviços públicos com as competências edifícios públicos devolutos para arrendamento; (5) reduzir as exigências que implicam custos inacessíveis para o rendimento das famílias e assim fomentar acias de licenciamento e construção. São muitos destes constrangimentos que justificam que apenas tenham sido
sejam para reabilitar. Se não se perceberem as causas, será mais difícil ter as soluções adequadas.
O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE E OS DESAFIOS DA PRÓXIMA DÉCADA
por Adalberto Campos Fernandes
Professor NOVA ENSP
O Serviço Nacional de Saúde (SNS), criado em 1979, tem sido fundamental para garantir o acesso à saúde para todos, sem discriminação social ou económica. Ao longo de mais de quatro décadas, o SNS tem demonstrado grande resiliência, enfrentando crises financeiras, reformas e uma crescente procura de cuidados de saúde. No entanto, a próxima década trará desafios inéditos.
Apróxima década vai exigir uma adap-
do SNS de enfrentar essas mudanças será crucial para o futuro da saúde no país.
O envelhecimentO da p O pulaçã O Um dos maiores desafios que o SNS enfrentará nos próximos anos será o envelhecimento da população. A esperança média de vida em Portugal tem aumenvalência de doenças crónicas e a necessidade de cuidados de saúde para uma -
-se que os maiores de 65 anos representem cerca de 30% da população total do país. Esse crescimento exige não só -
das doenças crónicas e na promoção de um envelhecimento ativo.
O SNS precisará de se adaptar para garantir a qualidade de vida da população
associados ao tratamento das doenças crónicas. O sistema de saúde terá de
profissionais de saúde. O modelo atual de cuidados fragmentados pode ser um
nos hospitais.
a sustentabilidade financeira
o sistema de saúde tem enfrentado dificuldades orçamentais com um aumento constante da despesa. É essencial garantir que o sistema se mantenha financeiramente sustentável sem comprometer a equidade no acesso à saúde. A adoção de tecnologias mais eficientes e a otimi-
ca um maior investimento em inovação e gestão.
a transf O rmaçã O digital e a in Ovaçã O tecn O lógica A transformação digital será um pilar fundamental para o SNS nas próximas
décadas. As tecnologias como a telemedata oferecem grandes oportunidades para melhorar a eficiência e a qualidade dos cuidados. O SNS precisará de investir na integração digital dos serviços criando plataformas que permitam a troca rápida e segura de informações entre os diferentes níveis de cuidados. -
tas e os tempos de espera facilitando o mudança cultural na medicina e uma for-
desigualdades nO acessO aOs cuidadOs Apesar dos indiscutíveis avanços persistem desigualdades no acesso aos cuidados de saúde em Portugal. O acesso desigual é-
O papel d O s pr O fissi Onais de saúde
O sucesso do sistema de saúde depen -
contínua e a melhoria das condições la -
tégica entre as diferentes profissões de saúde é um ponto muito relevante para
garantir uma maior eficiência no atendimento à população.
e m síntese
O SNS é uma das maiores conquistas de
que agrava ainda mais as desigualdades. Para garantir que o SNS continue a ser -
saúde para as áreas com menos oferta.
Para que o SNS continue a ser um siste-uma gestão mais eficiente dos recursos.
A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA E DA EFICIÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE DE QUALIDADE
por Luís Pisco
A prestação de cuidados de saúde de qualidade é um compromisso ético e profissional fundamental para a generalidade dos profissionais de saúde, mas com particular relevância para os médicos. Este compromisso está intrinsecamente relacionado com o profissionalismo, a observância de princípios deontológicos e a busca incessante pela efetividade clínica, sendo o bem-estar e a dignidade dos doentes o objetivo central.
Oalinhamento entre qualidade, ética e eficiência é essencial para garantir que os cuidados de saúde sejam não apenas tecnicamente corretos, mas também humanos, justos e baseados em evidências científicas.
A qualidade dos cuidados de saúde vai além da mera execução técnica de procedimentos. Engloba a capacidade do
profissional para integrar conhecimentos científicos atualizados, capacidades clínicas e atitudes empáticas, colocando o doente e a sua família no centro das decisões. A qualidade é medida não só pelos resultados clínicos, mas também pela promoção do conforto, da dignidade e do suporte integral, incluindo aspetos físicos, psicológicos, espirituais e sociais.
A perceção dos pacientes sobre a sua qualidade de vida é influenciada por fatores como o ambiente, acesso a recursos e vínculo com os profissionais, reforçando a importância de abordagens humanizadas.
P rincí P ios éticos
O exercício da medicina é regido por prin-
Presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT até agosto de 2023
superar essas lacunas e elevar o padrão dos cuidados prestados.
crates quanto nos códigos de ética conque o médico atue com responsabilidade, transparência e respeito pela autonomia do doente, mesmo diante de dilemas complexos, como os vivenciados durante a pandemia de Covid-19, quando a escassez de recursos impôs decisões difíceis sobre alocação de vagas e tratamentos.
A incorporação de novas tecnologias, ampliam o debate ético, pois, embora tragam benefícios em termos de precisão e
sim, a atualização constante de diretrizes e o investimento em educação ética são indispensáveis para garantir a segurança e a qualidade dos cuidados que são prestados.
A efetividade dos cuidados de saúde está diretamente ligada à capacidade do profissional de aplicar o conhecimento científico de forma adequada, buscando sempre os melhores resultados para o doente.
A prática baseada em evidências tornou-se um paradigma essencial, promovendo decisões clínicas informadas, seguras e alinhadas com as melhores recomendações disponíveis.
No entanto, persistem desafios na formação médica, tornando necessário o aprimoramento contínuo das competências clínicas e o acesso a plataformas de atualização, estratégias fundamentais para
n a busca da excelência
A excelência nos cuidados de saúde só é -
ciência estão alinhadas. A busca por resultados positivos para o paciente deve ser sempre balizada por princípios éticos e pelo respeito à dignidade humana. A tecnologia, quando bem utilizada e supervisionada, pode potenciar a efetividade clínica, mas nunca substituirá o julgamento
Além disso, a promoção de espaços de decisão coletiva e educação permanente em ética contribui para a construção de uma cultura institucional voltada para a qualidade e a segurança do paciente. O compromisso com a atualização cientí -
O médico, ao assumir o seu compromisso com o paciente, deve buscar constantemente a excelência técnica, fundamentada em evidências, sem jamais perder de vista os valores éticos que sustentam a profissão. Este equilíbrio é o que garante cuidados seguros, humanos e verdadeiramente transformadores, com as exigências da sociedade contemporânea.
u ma nova era
Como sublinha Jeremy Rifkin em A Era da Resiliência , vivemos um tempo em que a ilusão de domínio absoluto sobre
a natureza cede lugar à consciência dos limites humanos e da força dos fenómenos naturais. Esta nova era exige que a medicina integre, para além da busca da eficiência e da observância dos princípios éticos, a capacidade de adaptação ao caos e à imprevisibilidade. Neste contexto, a resiliência emerge como competência fundamental tanto para os
saúde. A resiliência implica a preparação na gestão de recursos e a promoção de abordagens centradas no doente que considerem as vulnerabilidades sociais e ambientais. Mais do que nunca, é necessário reforçar estratégias de prevenção, investir em educação para a saúde e fomentar redes colaborativas que permitam respostas rápidas e efetivas a crises emergentes.
A integração da resiliência nos cuidados de saúde não diminui a importância da ética, da qualidade e da eficiência; pelo contrário, amplia-as, ao reconhecer que o cuidado ao doente e à população deve ser continuamente adaptado às novas realidades. O profissionalismo médico, assim, passa a incluir não só a competência técnica e o julgamento ético, mas também a capacidade de liderar e inovar em cenários de incerteza, promovendo a saúde individual e coletiva num mundo em constante transformação.
A medicina do século XXI não poderá ignorar que a resiliência individual e coletiva é inseparável da saúde planetária.
A NOVA LÓGICA INDUSTRIAL DADOS COMO PRODUTO E PRODUÇÃO COMO INTELIGÊNCIA
por Ricardo Jardim Gonçalves
Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa/UNNova
O projeto europeu RE4DY – Resilient Factory 4.0 Product and Production Continuity and Sustainability – aposta na transformação digital da indústria com base em digital twins.
Num mundo em constante disrupção, com pandemias, instabilidade geopolítica e ruturas nas cadeias de abastecimento, a resiliência deixou de ser apenas uma vantagem competitiva. É hoje o cride quem lidera o futuro. Tornou-se uma necessidade estratégica. Neste novo paradigma, o projeto europeu RE4DY (Resi -
lient Factory 4.0 Product and Production Continuity and Sustainability) surge como resposta concreta e inovadora, apostando na transformação digital da indústria com digital twins (i.e., gémeos digitais). A ambição é clara: construir ecossistemas industriais interligados que não apenas respondam
antecipem, se adaptem e evoluam continuamente.
Financiado pelo programa Horizon Europe, o RE4DY junta 31 organizações europeias de referência, entre universidades, centros de I&D e empresas industriais que atuam em setores estratégicos como a mobili-
centro deste esforço europeu, com um papel particularmente relevante do UNINOVA CTS/GRIS – Centro de Tecnologia e Sistemas da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, e da Volkswagen Autoeuropa.
a bordagem inovadora
O RE4DY introduz o novo conceito emergente de “Dados como Produto” (“Data as a Product” ou DaaP), transformando
inova ao romper com a fragmentação dos dados em silos isolados, abrindo caminho à criação de gémeos digitais cognitivos, ou seja, réplicas inteligentes dos processos e ativos industriais, capazes de aprender, simular e apoiar a tomada de decisão em tempo real.
“Data as a Product” é um conceito central no projeto RE4DY e resulta no paradigma moderno da indústria digital. Em vez de tratar os dados como um subproduto técnico ou um recurso meramente operacional, este conceito propõe que os dados
acesso, qualidade, segurança e interopera-
duzir dados com intenção clara de uso por terceiros, tal como se fabrica um componente físico. Incluir metadados, contratos, qualidade, segurança e rastreabilidade, tal como acontece com produtos físicos cer-
self-service -
sistema industrial.
Este conceito é essencial para alimentar gémeos digitais cognitivos, permitir deci-truir cadeias de valor resilientes e colaborativas. Assim, esta nova geração de tecnologias articulada através de arquiteturas distribuídas, redes industriais seguras e computação de ponta, permite uma continuidade digital entre o planeamento, a produção e a resposta a eventos inespea passarem a operar como sistemas vivos,
P iloto de referência-
lações da Volkswagen Autoeuropa, onde atada com base em gémeos digitais, machine learning e planeamento generativo. A ideia é substituir os sistemas manuais e reativos por uma logística cognitiva, capaz de antecipar estrangulamentos operacionais, propor soluções e operar com autonomia, sem abdicar da supervisão humana. Este
do UNINOVA CTS/GRIS, representa umacientes e orientados para a personalização em larga escala. As estimativas apontam -
ção até 20% no tempo de adaptação logística, 15% no tempo de conceção de soluções e 10% na pegada energética.
O RE4DY não é apenas um exercício tec-
esperados destacam-se uma maior agilidade industrial, reduzindo o tempo de lançamento de novos produtos até 15%, um aumento da produtividade, com incrementos
equipamentos, uma sustentabilidade reforçada, com redução de resíduos, consumo de energia e materiais até 15%; criação de
novos postos de trabalho estimados, e um
13 milhões de euros no horizonte de quatro anos.
P ortugal na vanguarda Embora o RE4DY seja um projeto multinacional, a atuação de Portugal destaca-se por unir duas forças complementares, -
VA CTS/GRIS, que lidera desenvolvimen-
Volkswagen Autoeuropa, um dos maiores exportadores nacionais, que oferece um contexto real de aplicação em larga escala. A combinação destas competências posiciona Portugal como um copiloto na vanguarda da transformação industrial europeia. Num momento em que a indústria enfrenta uma transição crítica rumo
soberana, estas são uma oportunidade de
Mais do que uma resposta a crises, trata-se de uma proposta de futuro para a indústria europeia e para Portugal. Ao articular -
mais inteligentes, resilientes e humanas. E mostra como, com os parceiros certos e a ambição certa, Portugal pode estar no
EMPRESÁRIOS DESPORTIVOS A REPRESENTAR MENORES? SIM
por Alexandre Miguel Mestre Advogado, Docente Universitário
O n.º 2 do artigo 37.º da Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto (LBAFD) – a Lei n.º 5/2007, de 16 de janeiro – consagra uma proibição: “ O empresário desportivo não pode agir em nome e por conta de praticantes desportivos menores de idade. ” Em obediência àquela lei, o n.º 3 do artigo 36.º da Lei n.º 54/2017, de 14 de julho (Regime jurídico do contrato de trabalho do praticante desportivo, do contrato de formação desportiva e do contrato de representação ou intermediação) estabelece que “ [é] vedada ao empresário desportivo a representação de praticantes desportivos menores de idade. ”
Não concordo com este regime legal, por três grandes ordens de razão que exporei sinteticamente de seguida. Mas antes impõe-se um enquadramento conceptual: de acordo com o n.º 1 do referido
artigo 37.º da LBAFD, são “empresários desportivos” (no domínio do futebol falamos dos “agentes FIFA”, antes “intermediários de futebol”) “(…) as pessoas singulares ou colectivas que, estando devidamente creden-
ciadas, exerçam a actividade de representação ou intermediação, ocasional ou permanente, mediante remuneração, na celebração de contratos de formação desportiva, de trabalho desportivo ou relativos a direitos de imagem.”
Na prática, agindo em nome e por conta dos jogadores (como de treinadores e clubes, casos que não relevam para o tema deste texto), auxiliados pelo scouting entre outras fontes, intermedeiam e negoceiam tendo em vista encontrar o clube certo para contratualizar com esses jogadores. Mas vejamos, então, as três grandes razões da minha discordância.
Em primEiro lugar
Considero que não faz sentido que um menor, com 14 anos, possa celebrar um contrato de formação desportiva com uma entidade formadora (clube desportivo ou sociedade desportiva) e possa, a partir dos 16 anos, celebrar um contrato de trabalho desportivo com uma entidade empregadora (também um clube desportivo ou uma sociedade desportiva), mas já não possa be-portivo para encontrar o melhor clube ou a melhor sociedade desportiva para o efeito. Se existe um momento em que o jovem atleta mais precisa de uma orientação, de uma ajuda para a melhor escolha quanto ao seu futuro, é na fase mais precoce, de início da carreira. Quando tem menos contactos, menos conhecimentos a todos os níveis. Nesse contexto, e sem desconhecer a sub-
se pode invocar que o legislador nacional deveria aqui ater-se ao “interesse superior da criança”, na aceção do artigo 3.º da referida Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU.
Em sEgundo lugar
Entendo que, sem escamotear a existênciacentagem é reduzida ao ponto de prejudicar a larga maioria dos praticantes que bene-presentados por empresários desportivos. Acresce que um reforço da restrição do acesso à atividade de empresário e do controlo do exercício da atividade dos empresários e dos “falsos empresários” são medidas mais proporcionais ao objetivo prosseguido. Por exemplo, a duração máxima de dois anos para os contratos de representação, sem possibilidade de renovação au-
tomática, é já uma forte proteção para os menores, evitando “blindagens” contratuais de atletas menores durante largo períodoteção jurídica ao menor se munido de um contrato do que na ausência do mesmo. E é na ausência de um contrato que o cenário
Em tErcEiro lugar
Discordo das soluções legais em apreço quando contrapostas com a totalidade, a unidade do sistema jurídico. Mirando apenas alguns exemplos, cabe perguntar: porque se há de privar um praticante desportivo menor de ser representado por um empresário se, a partir dos 16 anos, pode ir a uma discoteca onde até por vezes há situações de violência física e ostentação sexual? Porque se há de proibir um praticante desportivo menor de ser representado por um empresário quando se pode pronunciar sobre a adoção a que seja sujeito, ou solicitar o seu apadrinhamento, algo bem mais estrutural para a sua vida? Porque é que um menor, desde que com a escolaridade obrigatória, pode trabalhar – inclusivamente como pratipoder ser representado por um empresário desportivo para poder assinar um contrato de trabalho desportivo enquanto praticante
Se um menor com 16 anos pode ser autor em contencioso jus-laboral e já é imputável em sede penal, não terá com essa mesmatar, conjuntamente com os seus representantes legais, um empresário desportivo? Com que fundamento se permite a um menor de 14 anos que consinta em cuidados de saúde, mas já não se lhe permite mandatar, conjuntamente com os seus representantes legais, um empresário desportivo? Porque é que alguém com 16 anos pode emancipar-se, casar-se, até mudar de sexo por sua alta recriação, mas não pode escolher um empresário desportivo para o representar? Onde está, então, a unidade do sistema jurídico? Mais: parece ser de concluir estarmos perante limites de sacrifício adicional imposto aos menores que pretendam ser representados por empresários desportivos relativamente a outros menores, traduzindo-se esse acréscimo de sacrifício num tratamento inequitativo e desproporcionado, à revelia do princípio da igualdade proporcional, decorrente dos artigos 2.º e 13.º da Constituição da República Portuguesa. Fica então, um modesto repto ao legislador (até porque a FIFA, no seu Regulamento de Agentes, remete para a legislação nacional) para que pondere uma alteração legislativa, deixando de proibir a representação de menores por empresários desportivos.
“ EU NÃO TENHO UM MÉTODO.
PENSAR MUITO, E REESCREVER CONSTANTEMENTE.
CONSTRUTORES DE MUNDOS
Bruno Maçães
Temas e Debates
Bruno Maçães. A geopolítica deixou de ser simplesmente uma competição pelo controlo territorial: nesta era de alta tecnologia, transformou-se numa competição para criar o território. As grandes potências procuram construir um mundo habitado por outros Estados, conservando ao mesmo tempo a capacidade para mudar as regras ou o estado do mundo sempre que seja necessário. Num momento em que os antigos conceitos já não funcionam, este livro visa introduzir uma teoria radicalmente nova acerca da política mundial e da tecnologia.
Em conclusão, Maçães considera o futuro mais distante, em que o metaverso e
no mundo – um mundo que as grandes potências têm de se esforçar por construir e controlar.
LÍBANO, UMA BIOGRAFIA
Ideias de Ler
Em
reconstrói uma cronologia familiar ao longo de gerações, que se cruza com a
Otomano até aos dias de hoje, passando por revoltas, fomes, guerras mundiais e civis, fugas pela sobrevivência ou explosões devastadoras. Mas faz também um relato de migração, integração, crescimento e adoção de um novo país e de uma nacionalidade, a portuguesa, durante as últimas décadas do século XX, sem nunca perder as raízes profundas que a ligam ao Líbano. Num retrato emotivo e sensível, esta é tanto uma história de família como a da resiliência de um país que viu muito do seu povo disperso pelo mundo, mas também uma janela para as complexas vivências da imigração, mostrando que somos todos feitos de múltiplas identidades.
UM HOMEM SORRI À MORTE – COM MEIA CARA José Rodrigues Miguéis Assírio & Alvim
Um homem vê-se a braços com uma grave doença, prostrado na cama de um grande hospital nova-iorquino. Pela janela, entrevê Lisboa esborratada pela nostalgia e pelo exílio. Mas cá dentro, nos corredores, o pessoal médico e enfermeiro deambula num vaivém
história de comiseração para os nossos dias. Antes, trata-se de um regressar à vida pela iminente constatação da morte, sorrindo-lhe. José Rodrigues Miguéis conta-nos assimo foi sobretudo para os hipocondríacos – os aterrados da doença, os obcecados do
depois, para os que queiram saber como se reage num leito de hospital, quando a morte
a quem interesse saber como os veem os seus doentes.”
TUDO O QUE EU FAÇO É LER MUITO, NÃO É UMA COISA CIENTÍFICA ”
Gabriel García Márquez
O QUE A VIDA ME ENSINOU
SOBRE A SUA SAÚDE
José Carlos Almeida Nunes Contraponto
anos e as condições nos hospitais ainda deixavam a desejar, com meios de diagnóstico disponíveis bem longe daqueles de que dispomos hoje em dia, do médico exigia-se uma maior proximidade ao doente, mais engenho e sagacidade, sempre com o objetivo último de tratar e curar.
Revisitando as instituições e as pessoas que maior impacto tiveram na sua ser-se médico, dando-nos a conhecer casos clínicos de ocorrência frequente e outros mais invulgares e até mesmo bizarros. No entanto, todos eles têm patente a importância de saber escutar o paciente e a dimensão humana da medicina tão própria e característica de José Carlos de Almeida Nunes.
LICENÇA PARA ESPIAR
Carmen Posadas
Casa das Letras
Quando saber espreitar pelo buraco da fechadura se torna uma das belas-artes.
é, sem dúvida, a da intriga. Desde a mais remota antiguidade, e praticamente em todas as culturas, sempre existiram mulheres que congregavam a inteligência, o valor, a astúcia e muito engenho. Carmen Posadas, depois de desenvolver uma investigação minuciosa, compõe um romance de romances: um relato apaixonante e extremamente divertido das peripécias de algumas destas mulheres que, indubitavelmente, merecem um lugar de destaque na História. Todas elas compõem um livro que se lê como o melhor romance de aventuras e onde, uma vez mais, se demonstra que o talento feminino é inesgotável e não conhece limites.
SACRIFÍCIO
Henrik Fexeus
Porto Editora
David Lund, um jovem programador com relações amorosas, recebe um email de uma desconhecida que diz ter informações sobre a sua infância. David gostaria de ignorar a mensagem e resolver os seus sentimentos pela bela advogada Florence Tapper, mas o facto de não ter qualquer memória dos seus primeiros 12 anos de vida faz com que a curiosidade vença. No entanto, a mulher que o contactou desaparece sem deixar rasto e ele torna-se o principal suspeito. Desde então, alguém parece estar a persegui-lo e a todos os que lhe são queridos. Com a ajuda de Florence, David tem de descobrir quem está por detrás de tudo isso e qual a ligação com as suas próprias memórias desaparecidas. Nas sombras, escondem-se um segredo com décadas de existência e pessoas que têm tudo a ganhar se ele não for revelado.
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TRAVESSIA INESQUECÍVEL POR TRÊS PAÍSES ENTRE CURVAS, MONTANHAS E O ESPÍRITO GS
A GS Experience Dolomiti 2025 foi mais do que uma viagem, foi uma celebração da liberdade, da condução e do companheirismo sobre duas rodas. Ao longo de cinco dias, os participantes viveram uma verdadeira aventura pelas estradas mais cativantes da Alemanha, Áustria e Itália, rodeados por paisagens épicas, cultura alpina e o melhor da hospitalidade europeia.
por Nuno Carneiro
De Garching às Dolomiti e de volta à Baviera, a rota foi cuidadosamente desenhada para proporcionar uma experiência imersiva a todos os que partilham o espírito BMW Motorrad. Aqui ficam os destaques de cada etapa.
A partida dá-se em Garching, na Alemanha, rumo à cidade austríaca de Innsbruck, com paragens estratégicas como o Gasthof zum Wildpark, ideal para um almoço tradicional, e o sereno Walchensee, um dos lagos alpinos mais fotogénicos da região. A chegada ao moderno Hotel The PENZ marca no ar e o espírito GS bem aceso.
C ruzar vales e montanhas
Com os motores a roncar pelos Alpes, o grupo segue para Cortina d’Ampezzo, cruzando vales e montanhas deslumbrantes. Ao longo da rota, pontos de paragem como os Motorrad “Brake” Points e o restaurante Lerchner’s in Runggen proporcionam momentos de pausa e convívio. O grande destaque do dia é a passagem pelo icónico Giau Pass, onde o prazer de conduzir se cruza com paisagens arrebatadoras. A noite é passada no
acolhedor Hotel Cristallino d’Ampezzo. No terceiro dia, a travessia continua pelos Alpes do Sul do Tirol, com mais momentos de paragem estratégica, como no restaurante Vin Zenz, onde a cozinha de montanha combina com o conforto moderno. A chegada ao Hotel Riessersee, junto ao lago e com vista para os picos bávaros, marca um dos pontos altos da experiência, celebrando a união perfeita entre natureza e máquina.
Neste quarto dia, o grupo parte do Hotel Riessersee em direção a Füssen, com pas -
sagem obrigatória pelo icónico Castelo de Neuschwanstein. O almoço decorre no charmoso Madame Plüsch, onde os sabores da Baviera são o acompanhamento ideal para as conversas e recordações que já começam a tomar forma. Um dia de contemplação, história e encerramento simbólico de uma viagem memorável.
r egresso Com o Coração C heio O regresso a Garching faz-se com o coração cheio. Entre despedidas e promes-
esta experiência criou laços que vão muito além da estrada. Foram dias de superação, de comunhão com a natureza e de partilha entre apaixonados pelas duas rodas. O GS Experience Dolomiti 2025 provou, uma vez mais, que conduzir uma BMW GS é sinónimo de descoberta, emoção e autenticidade. Entre trilhos sinuosos, vales verdes e montanhas imponentes, esta jornada deixou uma marca duradoura em cada quilómetro percorrido.
Até à próxima aventura. A estrada chama por nós.
A LENDA CONTINUA
Há nomes que, quando pronunciados, transportam consigo décadas de história, aventuras e um estatuto quase mitológico no mundo automóvel. O Jeep Wrangler é, sem sombra de dúvida, um desses nomes. E na mais recente iteração, o icónico modelo norte-americano continua a honrar as suas
Oum todo-o-terreno puro e duro. Numa
off-road
Melhorias iMportantes
Conforto à vista
OPEL GRANDLAND HYBRID GS 1.2T 136CV
O Opel Grandland é o SUV de maiores dimensões da marca alemã e, nesta versão Hybrid GS com motor 1.2 Turbo de 136 cv, assume-se como uma proposta ideal para quem pretende conjugar o estilo e espamild-hybrid).
SMART #3 BRABUS
reforçam o seu lado mais desportivo, como as jantes de liga leve espe-lações garante suavidade nas passagens, ajudando a otimizar consumos que rondam os 5,5 l/100 km em utilização realista. Apesar das dimensõestaque para o conforto da suspensão e o bom isolamento acústico. coupésivos que reforçam a ligação à preparadora BRABUS. A frente é e as jantes de maior dimensão completam o visual desportivo. bancos desportivos, costuras contrastantes e um ambiente envolven-
de som premium capot
POLESTAR 2 DUAL MOTOR PERFORMANCE
O Polestar 2 Dual Motor Performance é a interpretação mais elegante e desportiva do modelo elétrico da marca sueca. Com dois
da pela presença de componentes otimizados, como a suspensão -
estilo de condução e condições de utilização. A aceleração dos 0 aos
HYUNDAI TUCSON PLUG-IN
O Hyundai Tucson é um dos SUV mais populares do mercado europeu, plug-in representa o auge da sua versatilidade. Nesta
mente em ambiente urbano.
A base mecânica dispõe de um motor 1.6 T-GDi a gasolina, conjugado com
Ao volante, destaca-se o bom isolamento acústico, a resposta instantânea da componente elétrica e um comportamento equilibrado entre
HONDA E:NY1
O Honda e:Ny1 é o primeiro SUV compacto 100% elétrico da
este modelo assume-se como o irmão elétrico do HR-V, mas
ALFA ROMEO JUNIOR IBRIDA SPECIALE
O Alfa Romeo Junior Ibrida Speciale 1.2 de 136 cv é o mais re -
Este novo modelo posiciona-se como a porta de entrada para o universo Alfa Romeo, com um visual jovem e desportivo que se -
design transalpino, mas agora com uma abordagem claramente voltada para a mobilidade eletrificada.
Sob o capot , encontramos um sistema mild-hybrid composto por conjunto com o apoio elétrico, consegue entregar 136 cv de po -
ra transições suaves e contribui para o conforto geral.
ração linear e resposta imediata ao acelerador. A bateria de
A CIDADE NUNCA FOI TÃO DIVERTIDA
Com carisma, desempenho e qualidade premium, a C 400 X prova que a mobilidade urbana pode (e deve) ser emocionante, mesmo quando o trânsito tenta o contrário.
ABMW C 400 X é muito mais do que uma scooter de média cilindrada. É uma extensão do universo Motorrad adaptada à cidade – e àqueles que se recusam a viver o trânsito como um fardo. Compacta, ágil e cheia de personalidade, esta scooter urbana junta a precisão bávara ao prazer de condução diário. No centro da ação está um monocilíndrico de 350 cc, com 34 cv de potência e 35 Nm de binário, que empurra com entusiasmo desde o arranque e mantém um ritmo fluido até aos 140 km/h. Suficiente para dominar o caos citadino e fugir dele pela via rápida sem esforço.
A ciclística é irrepreensível, com uma estrutura rígida e suspensões bem calibradas, capazes de absorver as agruras do piso urbano sem sacrificar a estabilidade. A travagem – com ABS de série – transmite confiança, e a conectividade com o painel TFT (opcional) reforça a sensação de estarmos ao comando de algo mais sofisticado do que uma simples scooter Esteticamente, a C 400 X distingue-se pelo visual anguloso, quase inspirado nas GS, com farol LED assimétrico e uma postura que impõe respeito. E o espaço debaixo do banco com sistema “Flexcase” é uma solução engenhosa para o dia a dia.
Para os entusiastas que querem uma companheira urbana sem abdicar de sensações, esta BMW é uma aposta segura e cheia de carácter.
A REBELIÃO ELÉTRICA SOBRE DUAS RODAS
Esqueça tudo o que sabe sobre scooters e motas urbanas. A nova CE 02 da BMW Motorrad rasga convenções com um estilo provocador, espírito livre e uma condução tão divertida quanto surpreendente.
ABMW CE 02 não é uma scooter. Também não é uma mota no sentido clássico. É uma nova linguagem de mobilidade urbana – elétrica, irreverente e com ADN BMW Motorrad em cada traço. Para os puristas, pode parecer heresia. Para os entusiastas do futuro, é simplesmente o início de uma nova era. Com 15 cv e binário elétrico imediato, a CE 02 arranca com energia e leva-nos até aos 95 km/h com uma leveza quase surreal. O prazer está nas pequenas acelerações, nos atalhos do trânsito, nas ruas estreitas onde as motos grandes hesitam. E tudo com uma autonomia de 90
para a selva urbana. O design ? Um murro no estômago das convenções: quadro aberto, linhas cruas, rodas de 14 polegadas com pneus largos, e um assento tipo skate que convida ao estilo e à liberdade. Cada detalhe respira atitude. A CE 02 não quer agradar a todos. Quer apaixonar alguns. É a máquina ideal para quem vive a cidade com espírito rebelde, para quem vê em cada deslocação uma oportunidade de se divertir, e para quem entende que emoção em duas rodas não depende do ruído do escape, mas sim da alma da máquina.
“SOBRE O VINHO: NAS DERROTAS
4 Dezasseis 2015
Bairrada | Vinho Tinto | Quinta do Ortigão
CASTAS: Touriga Nacional, Baga,Tinta Roriz e Cabernet Sauvignon
ENOLOGIA: Osvaldo Amado
PREÇO: 29,50€
“Com matéria-prima de excecional qualidade, tecnologia de ponta e o saber fazer de várias gerações, a Quinta tem condições para se impor no mundo do vinho.”
ACOMPANHA BEM: pratos à base de carnes vermelhas grelhadas ou com molhos, caça e queijos fortes.
B rutalis 2018
Lisboa | Vinho Tinto | Vidigal Wines
CASTAS: Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon
ENOLOGIA: António Mendes Lopes, António Ventura, Rafael Neuparth e Arnaldo Simões
PREÇO: 30,00€
“O Brutalis é um vinho que sem ser propriamente deselegante e ‘super-extraído’… é uma verdadeira mão de ferro numa luva de veludo.”
ACOMPANHA BEM: pratos substanciais baseados em carnes, caça de grande porte, queijos de sabor intenso e cozinha oriental.
View alVarinho 2021
Monção e Melgaço | Vinho Verde | By Élio Lara
CASTAS: Alvarinho
ENOLOGIA: Élio Lara
PREÇO: 23,90€
“Este vinho é fruto de todo o trabalho de blend de Élio Lara, conjugando vários lotes de Alvarinho inspirado na majestosa vista do nosso Vale.”
ACOMPANHA BEM: saladas, mariscos, tártaros e caldeiradas.
NAS VITÓRIAS É MERECIDO, É NECESSÁRIO”
Napoleão Bonaparte, líder político francês
aMeixâMBar Branco 2020
Açores | Vinho Branco | Adega do Vulcão
CASTAS: Arinto dos Açores, Terrantez do Pico e Verdelho
ENOLOGIA: Alberto Antonini
PREÇO: 50,00€
“Utilizamos os métodos mais naturais possíveis durante todo o processo de produção, para criar vinhos autênticos e exclusivos com um forte sentido de identidade.”
ACOMPANHA BEM: como aperitivo, sendo perfeito com pratos de mariscos e peixe.
Quinta Do Piloto Moscatel roxo
10 anos
Península de Setúbal | Vinho Generoso
Quinta do Piloto
CASTAS: Moscatel Galego Roxo
ENOLOGIA: Filipe Cardoso
PREÇO: 45,00€
“Dar a saborear a essência dos vinhos de Palmela no seu melhor é a promessa da Quinta do Piloto… os vinhos são elegantes, expoentes das castas autóctones e pequenas quantidades de castas escolhidas pela excelência.”
ACOMPANHA BEM: como aperitivo ou sobremesas de chocolate negro.
BerBereta Brut nature
reserVa 2017
Lisboa | Vinho Espumante
Casa Romana Vini
CASTAS: Arinto, Chardonnay
ENOLOGIA: António Ventura
PREÇO: 20,00€
“Desde sempre que a família se dedicou à produção da vinha, do pomar e da floresta. O foco na produção de vinhos de qualidade, onde o prazer e o bem-estar de quem os bebe é uma prioridade.”
ACOMPANHA BEM: peixe grelhado, marisco, sushi, carnes magras e sobremesas.
STUNNING VILLA IN QUINTA PATINO, CASCAIS
Situada na prestigiada Quinta Patino, num lote elevado
oferece total privacidade, vistas panorâmicas e um estilo
master suite com dois closets
No exterior, o jardim paisagístico e a piscina proporcio-
design clássico com o conforto da vida moderna, esta propriedade representa uma oportunidade
Preço: 13.500.000,00€
TIMELESS PRIVATE VILLA IN MELIDES
Inserida no Melides Art Park, na costa alentejana, esta vila minimalista – uma das 18 residências num contexto verdadeiramente singular, onde a arte se integra na paisagem – oferece
ate-
lier Esteva i Esteva Arquitectura, a casa conjuga uma estética escultórica com uma sensação de acolhimento, recorrendo a
Mais do que uma casa, a vila representa uma forma de viver
Preço: 5.000.000,00€
RED VILLA IN BIRRE, CASCAIS
Desenhada pelo prestigiado atelier ARX Portugal Arquitectos, esta vila contemporânea distingue-se pela arquitetura arpisos, o nível superior é inteiramente dedicado à master suite,
No exterior, o jardim paisagístico integra uma impressionante piscina de 12,5 metros, revestida a mármore, e um pátio
Mais do que uma residência, uma verdadeira peça de arqui-
Preço: 3.750.000,00€
VILLA IN ONE GREEN WAY, QUINTA DO LAGO, ALGARVE
One Green Way, um empreendimento da Quinta do Lago, é um condomínio privado que oferece aos seus residentes um nível superior de privacidade e exclu-
direto a um conjunto de amenidades de excelência, que inclui ginásio, campos de padel, receção, parque infantil e
ção cuidada, pensadas para responder às necessidades de
SEA VIEW PENTHOUSE IN ESTORIL, CASCAIS
One Living, esta penthouse entre design contemporâneo, conforto diário e vistas am-
social integra de forma harmoniosa a sala de estar, a sala de open space, totalmente
O projeto de arquitetura distingue-se pela forma como integra ruínas existentes com elementos preservar a autenticidade da paisagem algarvia, ao
Preço: 45.000.000,00€
AMBIENTE DE EXCELÊNCIA
Um restaurante é muito mais do que um espaço onde se serve comida. É um cenário de memórias, de encontros, de celebrações. É palco de uma experiência sensorial que envolve sabores, aromas, texturas e a arte de bem receber.
O Grill Four Seasons é um restaurante de excelência que se distingue pela qualidade dos produtos, pela criatividade da cozinha e pela subtileza do serviço, criando uma atmosfera única que transforma cada refeição numa ocasião especial.
No coração do icónico hotel Palácio Estoril, o restaurante Grill Four Seasons
e bom gosto, onde a tradição e a inovação convivem em perfeita harmonia. Com uma história que atravessa décadas, o Hotel Pa-
ras ilustres do mundo inteiro, mantendo-se como um bastião da elegância clássica.
O seu restaurante emblemático não é exceção: é uma celebração da cozinha requintada, num ambiente acolhedor e discreto.
O Grill Four Seasons distribui-se por dois níveis cuidadosamente decorados. O mezanino e o piso inferior oferecem uma capacidade total para cerca de 80 pessoas, proporcionando ambientes distintos, mas igual-
por um charme intemporal, onde detalhes como madeiras nobres, estofos de qualidade e uma iluminação suave criam um cenário propício ao prazer da gastronomia.
A carta do restaurante é uma homenagem à -
cionais, respeitando os sabores autênticos e as técnicas mais apuradas. Do marisco fresco
ao peixe da costa, das carnes selecionadas aos produtos sazonais, tudo é pensado para proporcionar uma experiência que satisfaça os paladares mais exigentes. O cuidado na seleção dos ingredientes é evidente, bem como a apresentação dos pratos, sempre marcada por um rigor estético e funcional.
Cozinha aberta
Uma das singularidades do Grill Four Seasons é a sua cozinha aberta de grelhados, que permite aos comensais observar a mestria dos chefs em ação. Este contacto direto com a preparação dos alimentos não só acrescenta um elemento de entretenimento, como também sublinha a transpa-
A qualidade do grelhado é elevada a um patamar superior, onde a temperatura, o tempo e a técnica se conjugam para exaltar o sabor natural dos alimentos.
O serviço personalizado é outro dos pilares desta casa. A equipa de sala, experiente e atenciosa, garante que cada cliente se sinta especial, com um atendimento discreto mas sempre presente.
A carta de vinhos do Grill Four Seasons merece destaque. Com uma seleção criteriosa de rótulos nacionais e internacionais, oferece harmonizações perfeitas para cada prato. O sommelier está sempre disponível para aconselhar as melhores combinações, elevando a experiência gustativa a um nível superior.
Convite irreCusável
Num mundo onde a pressa se tornou norma, o restaurante Grill Four Seasons convida a abrandar, a saborear, a desfrutar. É um refúgio de elegância e tranquilidade, onde cada refeição se transforma num momento de puro prazer. Ideal para um jantar romântico, uma ocasião especial ou simplesmente para celebrar o quotidiano com requinte. No Estoril, terra de encantos e tradição, o Grill Four Seasons é uma paragem obrigatória para quem aprecia a arte da gastronomia no seu expoente máximo. Com um equilíbrio perfeito entre o clássico e o contemporâneo, entre o sabor e a apresentação, entre o serviço e a atmosfera, este restaurante continua a escrever a sua história com letras de ouro, conquistando o paladar e o coração de quem o visita.
ONDE A ARQUITETURA VANGUARDISTA BRINDA COM A TRADIÇÃO VINÍCOLA
No coração da região de La Rioja, na pitoresca localidade de Elciego, o Hotel Marqués de Riscal ergue-se como um marco do design contemporâneo, envolto por vinhas seculares e uma cultura vinícola centenária. Integrado no complexo da prestigiada bodega Marqués de Riscal, este ícone hoteleiro representa um casamento entre o luxo moderno, a arquitetura arrojada e a tradição enológica espanhola.
Obra-prima do aclamado arquiteto Frank Gehry, o edifício de titânio e vidro apresenta linhas sinuosas e inesperadas, numa expressão de liberdade criativa que desafia as convenções estéticas e convida ao espanto. As suas fachadas iridescentes, em tons de prata, rosa e dourado, são uma homenagem às cores do vinho, à madeira das barricas e ao papel de estanho das garrafas. Um convite para descobrir um universo onde a arte, o design e a enologia se entrelaçam.
E xp E riência s E nsorial
O hotel conta com apenas 43 quartos e suítes, distribuídos entre o edifício principal e um anexo ligado por uma ponte suspensa com vista sobre os vinhedos. Cada quarto é uma ode ao conforto e ao detalhe, conjugando elementos contemporâneos com peças de design único. As janelas amplas enquadram a paisagem ondulante de La Rioja, criando uma envolvência que remete à serenidade rural com um toque de sofisticação.
O spa Vinotherapie Caudalie Marqués de Riscal oferece tratamentos exclusivos que exploram os benefícios antioxidantes da uva. Mergulhar numa banheira com extrato de vinho ou desfrutar de uma massagem com cremes vinoterápicos é
parte de um ritual de bem-estar que se funde com o terroir
G astronomia com assinatura
Duas experiências gastronómicas esperam os visitantes. No restaurante Marqués de Riscal, premiado com uma estrela Michelin, o chef Francisco Paniego propõe uma cozinha de autor que honra os sabores da região com uma abordagem inovadora. Cada prato é uma experiência
visual e gustativa, muitas vezes harmonizada com os vinhos produzidos na própria adega.
Já o restaurante 1860 Tradición oferece uma abordagem mais informal mas igualmente refinada, com pratos que celebram a tradição culinária local num ambiente descontraído e acolhedor. O wine bar e os terraços panorâmicos completam a oferta, proporcionando momentos de convívio com vista sobre as vinhas.
a rquit E tura qu E inspira
O edifício, inaugurado em 2006, revolucionou a paisagem de Elciego e deu origem a um novo conceito de enoturismo de luxo. A silhueta escultural do hotel contrasta com os edifícios tradicionais da região, criando um diálogo entre passado e futuro, entre a pedra das vinhas e o titânio vanguardista. Esta fusão entre arte e terroir atrai tanto enófilos como apreciadores de arquitetura, consolidan -
do o Hotel Marqués de Riscal como um destino obrigatório.
Para além do design, a experiência inclui visitas à adega histórica, onde se conservam vinhos de colheitas raras, bem como provas comentadas e masterclasses orientadas por enólogos experientes. A envolvência campestre convida a passeios entre vinhas, visitas a produtores artesanais e descobertas pelas vilas medievais da região.
s ofisticação com alma
No Hotel Marqués de Riscal, cada detalhe conta uma história de dedicação
à qualidade, à cultura e ao bem-receber. O serviço é discreto mas atento, revelando um profissionalismo à altura do prestígio internacional da unidade. Os materiais nobres, a decoração depurada e a atenção ao conforto criam uma atmosfera que equilibra o luxo com a autenticidade.
Ao cruzar o limiar deste hotel, os hóspedes não entram apenas num alojamento de cinco estrelas: são convidados a viver um sonho arquitetónico e enológico, onde cada estadia é um brinde à beleza, à criatividade e ao prazer de bem viver.
O SUV FAMILIAR ENTRA NA ERA ELÉTRICA COM CHARME FRANCÊS
Apresentado em Cascais, o novo ëC5 Aircross chega com uma silhueta
OCitroën C5 Aircross foi testado, pela imprensa nacional, a partir do Onyria Marinha Boutique Hotel, em Casacis. Reinventou-se para continuar a ser aquele SUV uma alma mais verde e uma silhueta mais elétrica, o ëC5 Aircross prova que é possível abraçar a sustentabilidade sem abdicar do conforto, da versatilidade ou do estilo. O design está mais limpo, com uma pre-
luminosa distinta e contribuem para uma melhor aerodinâmica – tudo pensado ao pormenor. No interior, reina o bem-estar. Os bancos envolvem com suavidade, a se-
deve ser num verdadeiro Citroën. Disponível com duas baterias – 73 ou 97
por Ana Laia
uma pitada de charme francês. Sempre fa-
TECNOLOGIA E AVENTURA COM EMISSÃO REDUZIDA
por Ana Laia
Foi em Santo Antão do Tojal, que a Jeep revelou à imprensa nacional duas das suas mais recentes propostas: o renovado Compass e o inovador Avenger 4xe.
Num cenário que combina tradição e modernidade, os jornalistas tiveram a oportunidade de conhecer de perto es-
marca em direção à mobilidade sustentável sem abdicar da sua lendária capacidade todo-o-terreno.
ADN da marca, oferecendo uma capacidade lendária, robustez, tecnologia de ponta e uma versatilidade sem paralelo. Produzi-
da Stellantis, o Compass apresenta-se com uma gama alargada de motores, incluindo e-Hybrid, híbrido plug-in e uma versão totalmente elétrica com autonomia até 650 quilómetros e tração às quatro rodas. Já o Jeep Avenger 4xe estreia-se em estralendárias capacidades fora de estrada. Equipado com um sistema híbrido de 48V de vanguarda, que combina um robusto motor turbo com dois motores elétricos de 21 kW, totalizando 145 cv, o Avenger 4xe estrada. A versão Overland, já disponível para encomenda, destaca-se por faróis Full LED, sensores de estacionamento de 360°, monitorização do ângulo morto, iluminação ambiente interior multicolor, condução as-dução superior.
Com esta apresentação, a Jeep reforça o seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade, oferecendo veículos que combinam desempenho, tecnologia e respeito pelo ambiente, prontos para ou fora dela.
MAIS DO QUE UM AUTOMÓVEL, UM ESTILO DE VIDA
Sob o céu primaveril de Turim, com a silhueta dos Alpes ao fundo e o charme industrial do design italiano no ar, a apresentação do Fiat Grande Panda Hybrid foi inesquecível.
Foi no lendário Centro Stile da Fiat, um templo do design automóvel, que o mundo conheceu, em primeira mão, aquele que foi carinhosamente apelidado de Fiat Pandastic. Mais do que um automóvel, o novo Panda é uma carta de amor à herança italiana. As linhas simples, mas marcantes, evocam a nostalgia dos anos 1980. Em Turim, esse romance foi reaceso. O Grande Panda apresenta-se como a reinvenção do urbano com alma. Compacto por fora (3,99 m), espaçoso por dentro, com 5 lugares e 361 litros de mala. A versão hybrid, equipada com motor 1.2 mild-hybrid de 100 cv, alia desempenho a responsabilidade ambiental – consumos baixos, emissões reduzidas e uma experiência de condução suave e inteligente.
O destaque visual, os detalhes esculturais, faróis pixelados com assinatura luminosa e cores vibrantes inspiradas no Mediterrâneo tornam impossível não sorrir ao vê-lo. O Panda voltou e está mais estiloso do que nunca. O evento decorreu com experiências de realidade aumentada e test drives por Turim. A noite fechou com um brinde à “mobilidade com alma”, celebrando o futuro elétrico e híbrido da marca, com direito a um vislumbre da versão 100% elétrica, que promete até 320 quilómetros de autonomia com zero emissões.
Romantic, Fantastic, Bombastic, o Grande Panda é tudo isso. Um regresso triunfante com olhos postos no futuro, mas o coração profundamente enraizado no charme eterno da dolce vita italiana.
por Ana Laia
AS PERSPETIVAS PARA A ECONOMIA PORTUGUESA
Teve lugar no Sheraton Lisboa Hotel & SPA mais um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, cujo orador convidado foi Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, com o tema “As perspetivas para a Economia Portuguesa”. Perante uma audiência de empresários, líderes e especialistas, o evento promoveu umaçou por falar que a economia nacional se encontra hoje mais robusta do que há uma década, graças ao esforço de consolidação orçamental, à capitalização do sistema bancário e à redução sustentada da dívida pública. Apesar disso alertou: “Portugal não pode regressar às más práticas do passado”, referindo-se ao incumprimento sistemático das regras orçamentais da União Europeia, que durante anos afetou a credibilidade do país. Falou das projeções do Banco de Portugal que, para este ano, apontam para um cresci-ternas, como as tensões comerciais e as oscilações cambiais, salientando que “Portugal écentou ainda o impacto positivo da criação de emprego: “Nos últimos anos, criámos um milhão de postos de trabalho. A população ativa aumentou de 4 para 5 milhões, e os média europeia.”