Revista Essência - Edição 116 - Hospital Santa Catarina Blumenau

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Ano 21 Edição 116 JAN•FEV•MAR 2016

2016: VOCÊ EM PRIMEIRO LUGAR Como podemos fazer para que este seja de verdade o ano das realizações?

Correr: só com avaliação de um cardiologista PÁG. 6

Text Neck e o uso

excessivo de celulares: qual a relação? PÁG. 10

Zika: conheça mais sobre o vírus que está amedrontando o Brasil PÁG. 20




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EXPEDIENTE

Foto: Fabiane Moraes

EDITORIAL

RECEBA 2016 E ABRACE O QUE LHE FAZ BEM por Maciel Costa Diretor-superintendente

Mais um ano começou! Então que tal ser mais feliz? Acreditar mais? Sorrir mais? Amar mais? Fazer mais amigos? Ler mais? Trabalhar mais? Relaxar mais? Para 2016, se me permite um conselho: respire! Comece devagar. Faça planos e se organize. Isso faz bem. Mas não se esqueça de viver o presente, pois é nele que a vida acontece. Aproveite! Amor, fé, esperança, sucesso, saúde! E mantenha o foco apenas no que faz bem a você. Viva com a intensidade que a vida merece!

Abandone

os

velhos hábitos. Aprenda coisas novas. Descubra outros caminhos. Agradeça! Há sempre o que e a quem agradecer. E acredite! Acredite em

Viva com a intensidade que a vida merece! Abandone os velhos hábitos. Aprenda coisas novas. Descubra outros caminhos.

um ano melhor para você, para a sua família, para os seus amigos. Acredite em você e nas pessoas.

A Revista Essência é uma publicação do Hospital Santa Catarina de Blumenau. Diretorsuperintendente: Maciel Costa. Diretor Técnico: Mário Celso Schmitt - CRMSC:1538 - RQE:1221. Projeto Gráfico: Seven Comunicação Total. Jornalista Responsável: Fabiane Moraes SC 4152. Foto de Capa: Banco de Imagem. Redação: Rua Amazonas, 301, Bairro Garcia, Blumenau – SC, CEP 89020-900, tel.: (47) 3036-6034, e-mail: fabiane.moraes@hsc.com.br. Conselho Editorial: Maciel Costa, Ernandi D. S. Palmeira, Maurício de Andrade, Mário Celso Schmitt, Genemir Raduenz, Sirlete Aparecida Leite Krug. Anúncios: Luciane Mello, tel.: (47) 3036-6141, e-mail: luciane. mello@hsc.com.br. Impressão: Elbert Indústria Gráfica Ltda. Tiragem: 5 mil exemplares. A Redação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados.

REVISTA ESSÊNCIA E VOCÊ

Indique uma pauta ou solicite gratuitamente a revista pelo e-mail: fabiane.moraes@hsc.com.br. Confira também novidades da Revista Essência nas redes sociais. Curta o Hospital Santa Catarina de Blumenau no Facebook e siga @hscblumenau no Twitter.

NESTA EDIÇÃO 05 • COM LEVEZA

Sede? Isso pode ser sinal de desidratação

06 • EM QUESTÃO

Correr: só com avaliação de um cardiologista

07 • EM PAUTA

Prepara-se para o verão: invista na salada de frutas

08 • EM QUESTÃO

Risco de quedas: o protocolo como uma das medidas de prevenção

10 • EM QUESTÃO

Text Neck e o uso excessivo de celulares: qual a relação?

12 • CAPA

2016: você em primeiro lugar

16 • DIÁLOGO ABERTO Com Dra. Irene Wiggers

18 • INTERNAS Viva mais intensamente cada dia, esse é o meu desejo para você. E que tenhamos todos um 2016 mais focado naquilo que nos faz bem. Um abraço, Maciel Costa

20 • ARTIGO

Zika: conheça mais sobre o vírus que está amedrontando o Brasil

22 • CRÔNICA

Dóda (continuação)


05 COM LEVEZA

SEDE? ISSO PODE SER SINAL DE DESIDRATAÇÃO por Fabiane Moraes

ESTE VERÃO PROMETE ser

de elasticidade e, em casos

um dos mais insuportáveis

mais graves, queda de pres-

de todos os tempos no País,

são arterial, perda de consci-

com as temperaturas ultra-

ência, convulsões e coma.

passando os 40ºC nos locais

Assim, para evitar a desidra-

tradicionalmente mais quen-

tação:

tes. Beba bastante líquido, no Segundo meteorologistas, os termômetros podem regis-

mínimo dois litros por dia. Use roupas leves.

trar um calor de até 4ºC aci-

Evite, sempre que possí-

ma da média. Isso alerta para

vel, a exposição direta ao sol

o risco de desidratação, que

nos dias muito quentes.

ocorre quando o corpo não

Não pratique exercícios fí-

tem líquidos em quantidade

sicos nas horas mais quentes

suficiente para funcionar da

do dia.

forma adequada.

Prefira alimentos mais leves como: frutas e verduras.

São sinais clássicos de desidratação: sede excessiva

E, embora isto não tenha a

- leve e moderada -, dores de

ver com hidratação, não se

cabeça, fraqueza, tontura,

esqueça do protetor solar.

boca e pele secas, urina escura e pouco frequente, falta


06 EM QUESTÃO

CORRER: SÓ COM AVALIAÇÃO DE UM CARDIOLOGISTA por Fabiane Moraes

PRATICAR EXERCÍCIOS, além de ser supersaudável, virou moda. Afinal, quem não se sente bem ao caminhar ou correr em um dia lindo de sol? Mas calma, antes de calçar o tênis, é fundamental consultar um médico. Um erro comum – e muito arriscado – dos iniciantes é achar que correr é um movimento natural do corpo e que, por isso, não exige nenhuma preparação. Não é assim. Uma pessoa que inicia uma atividade física mantendo uma rotina pesada de tarefas, sono irregular e refeições inadequadas só acrescenta mais fatores de exaustão. Para usufruir dos benefícios, é preciso se preparar. O primeiro passo é realizar uma avaliação com um cardiologista, fazer os exames necessários. E tem mais, durante o exercício, independentemente de ter passado ou não por um Check-up, é recomendável interromper a atividade física e procurar um médico sempre que sentir: cansaço mais intenso do que o habitual, dor torácica, tontura, mal-estar, náuseas ou palpitações. Com a saúde não se brinca. Então, agora você já sabe, antes de começar qualquer exercício físico regularmente, converse com o seu médico. Praticar uma atividade física faz bem apenas quando se tomam os devidos cuidados.

Fonte: Dr. Humberto B. Tridapalli, Médico Cardiologista do Hospital Santa Catarina de Blumenau.


07 EM PAUTA

PREPARE-SE PARA O VERÃO: INVISTA NA SALADA DE FRUTAS por Fabiane Moraes

O VERÃO pede salada de frutas. Indispensáveis para uma dieta balanceada, as frutas ganham força total na estação mais quente do ano. Bem-vindas no café da manhã, almoço e jantar, como sobremesa ou como lanche entre as refeições, elas são doces, suculentas e muito saborosas. “As frutas, além de refres-

cantes, auxiliam na eliminação de toxinas, possuem ação anti-inflamatória, contribuem no combate ao estresse e têm propriedades que protegem contra o envelhecimento precoce, pois agem como antioxidantes combatendo os radicais livres”, destaca a nutricionista do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Débora Belz Eufrázio Corsi.

Prática e saudável, a salada de frutas é uma ótima opção para os dias de calor. “As frutas são fontes naturais de vitaminas, sais minerais, fibras e carboidratos, o que as tornam indispensáveis para o bom funcionamento do organismo. Cinco porções de frutas por dia! É o que recomenda a Organização Mundial de Saúde”, completa.

Confira agora uma receita de salada de frutas super-refrescante e saborosa: Ingredientes: • 1 fatia de abacaxi • 1 nectarina ou pêssego • 1 fatia fina de melão

• cubinhos de melancia • 1 laranja • limão

• folhinhas de hortelã

Preparo: Pique todos os ingredientes. Utilize o suco do limão e da laranja para misturar as frutas. Acrescente as folhinhas de hortelã. Se necessário, utilize o adoçante de sua preferência. Sugestões: açúcar mascavo, orgânico ou mel. Diabéticos: adoçante dietético.

Dicas: • Lave as frutas em água corrente. Para higienizá-las, utilize água sanitária ou produtos específicos, facilmente encontrados em supermercados. No caso da água sanitária, use uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água. Deixe de molho por 30 minutos. Escorra e enxágue. • Após o preparo, conserve-a sob refrigeração em temperatura média de 10°C por até 24 horas após sua manipulação. • Acrescente em sua salada de frutas: linhaça, mel, iogurte, granola ou aveia. Além de melhorar o sabor, os grãos contêm antioxidantes e são ricos em fibras, auxiliando no funcionamento intestinal.


08 EM QUESTÃO

RISCO DE QUEDAS: O PROTOCOLO COMO UMA DAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO por Fabiane Moraes

UMA DAS MAIORES PREOCUPAÇÕES dos Hospitais, especialmente do HSC Blumenau, é garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes. E isso, embora seja do conhecimento de todos, não é uma tarefa fácil. Garantir a segurança do paciente é um grande desafio. De modo geral, a condição física e emocional em que o paciente se encontra no momento da internação já o expõe a diversos riscos, entre eles, o risco de queda. Estudos indicam que a taxa de queda de pacientes em hospitais de países desenvolvidos varia entre 3 e 5 quedas por 1.000 pacientes-dia, sendo mais frequentes nas unidades em que há maior concentração de pacientes idosos, neurológicos e em processo de reabilitação. De acordo com a supervisora clínica administrativa, a enfermeira Vânia Montibeler Krause, a queda pode gerar impacto negativo sobre a mobilidade dos pacientes, além de danos psíquicos evidenciados pelo medo de cair novamente, o que pode aumentar o risco de nova queda. “A queda de pacientes produz danos em 30% a 50% dos casos, sendo que de 6% a 44% desses pacientes sofrem danos de natureza grave, tais como: fraturas, hematomas subdurais e sangramentos”, informa.

É por isso que, desde 2005, o HSC Blumenau conta com o Protocolo de Prevenção de Quedas, que se tornou obrigatório pelo Ministério da Saúde em 2014. O protocolo é um documento institucional que preconiza quais pacientes têm mais ou menos riscos de quedas, quais as medidas de prevenção, como os familiares podem ajudar, enfim, é um documento que orienta como agir preventivamente em cada caso.


09 EM QUESTÃO

Segundo a enfermeira Vânia, o objetivo do protocolo é estabelecer ações multidisciplinares que visam à redução do risco de quedas e das lesões decorrentes delas. “O protocolo parte do pressuposto que todos os pacientes adultos internados têm risco de queda, mas que alguns possuem maior predisposição do que outros, como é o caso dos idosos e dos pacientes que fazem uso de múltiplos medicamentos”, explica a supervisora. Aqui, no HSC Blumenau, as medidas de prevenção de queda iniciam logo na admissão do paciente, que é avaliado de acordo com as condições clínicas, medicamentos em uso e tratamentos adotados. “Todos os pacientes que possuem um risco elevado de queda recebem uma pulseira de identificação amarela com a escrita QUEDA, o que auxilia os profissionais a tomarem os cuidados específicos”, ressalta Vânia. Neste ano, especialmente, o Hospital intensificou a identificação dos pacientes sob risco e reforçou ainda mais as medidas de prevenção, o que resultou em menores índices de ocorrência de quedas e lesões decorrentes delas.

SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS Quando o assunto é segurança, não existe apenas um responsável. Todas as pessoas que convivem com paciente ou participam do seu cuidado podem e devem adotar as medidas de prevenção. Confira algumas delas: • Instruir o paciente a pedir ajuda antes de ele sair do leito. • Propiciar um ambiente seguro, mantendo corredores livres e ambiente iluminado. • Utilizar e/ou orientar o uso de calçados antiderrapantes. • Manter o paciente confortável com relação as suas limitações. • Alocar dispositivos/equipamentos de maneira a facilitar a movimentação do paciente no leito ou na sua saída.


10 EM QUESTÃO

TEXT NECK E O USO EXCESSIVO DE CELULARES: QUAL A RELAÇÃO? O Text Neck começa provocando apenas má postura que, se não tratada, transforma-se em degeneração da coluna cervical. por Fabiane Moraes

NA SALA DE ESPERA, no ponto de ônibus ou na fila do banco, sempre há alguém de olho no smartphone. Parece até exagero, mas o problema de postura relacionado ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos portáteis já é uma preocupação global. É o que diz o médico Ortopedista, Dr. Adelcio César Bueno, ao mencionar o termo Text Neck - ou pescoço de texto, em tradução livre - como uma lesão por esforço repetitivo, principalmente na coluna cervical, ombros e braços, provocada pelo uso excessivo de dispositivos eletrônicos portáteis.

“A pessoa que usa seus aparelhos de forma racional e faz atividade física aeróbica dificilmente será acometida pelo problema.”


11 EM QUESTÃO

O QUE É? “O Text Neck começa provocando apenas má postura que, se não tratada, transforma-se em degeneração da coluna cervical, decorrente do estresse repetido e frequente da cabeça inclinada para frente, enquanto olhamos para o celular por longos períodos”, explica. Acostumada a aguentar o peso da cabeça – cerca de seis quilos em um adulto – , a coluna cervical, dependendo do grau de inclinação do pescoço, pode receber até 27 quilos a mais, como ilustra a figura a seguir. Segundo Dr. Bueno, o Text Neck é um futuro possível para quem passa de duas a quatro horas por dia (média mundial) de cabeça baixa para checar o Facebook, ler notícias, postar fotos ou bater papo pelo WhatsApp. “São de 700 a 1.400 horas por ano de estresse excessivo sobre a coluna”, destaca o ortopedista. SINTOMAS Dor na coluna cervical com irradiação para os ombros e braços, sensação de peso sobre o pescoço, dores de cabeça e, em fases mais tardias, processos inflamatórios de tendões e articulações, dormência e diminuição da força nos braços são alguns dos sintomas apontados pelo profissional. Entre as consequências mais graves estão: deformidades na coluna vertebral, hérnia de disco cervical, tendinose e bursite de ombros e tenossinovites de punho, mão e dedos. Para evitar isso, o ortopedista dá duas dicas importantes: a primeira é limitar o uso dos aparelhos

eletrônicos e a segunda, praticar atividades físicas. “A pessoa que usa seus aparelhos de forma racional e faz atividade física aeróbica dificilmente será acometida pelo problema”, completa. TRATAMENTO O tratamento inclui desde a recomendação de atividades físicas, uso racional dos celulares e massagens até a prescrição de anti-inflamatórios, relaxantes musculares e cirurgias de reparo nos casos mais graves. Mas, para que a situação não chegue a esse ponto, confira algumas dicas do Dr. Bueno para utilizar os seus aparelhos móveis sem prejudicar a sua saúde: • Olhe para o seu celular – ou qualquer outro dispositivo portátil – com as costas retas. • Mantenha o seu pescoço o mais próximo possível de ângulo de 90 graus em relação ao chão. • Ao olhar para o dispositivo, não dobre o pescoço. Em vez disso, erga o celular na altura dos olhos. • Lembre-se de fazer algumas pausas. Evite gastar horas consecutivas debruçado sobre as novas tecnologias. • Reforce a boa postura com exercícios simples. Olhe para frente devagar e, com cuidado, incline a cabeça - até sentir uma leve resistência - em quatro direções: esquerda, direita, frente e costas. Repita esta sequência 10 vezes.


12 CAPA


13 CAPA

2016: VOCÊ EM PRIMEIRO LUGAR Como podemos fazer para que este seja de verdade o ano das realizações? por Fabiane Moraes

O ANO NOVO CHEGOU trazendo consigo o clima de renovação. Todo início de ano é assim. Planejamos, projetamos, arquitetamos, desejamos para o próximo ano uma vida praticamente nova. Os desejos são quase sempre os mesmos: mais tempo, mais lazer, mais amor, mais sucesso. Entretanto, o saldo do ano novo – que agora é velho - parece não ser assim tão animador. O que faltou? O que podemos fazer para que 2016 seja de verdade o ano das realizações? Segundo a psicóloga Érica Pires Stolaruk, o caminho para a mudança começa na nossa capacidade de focar. Sempre que direcionamos toda a nossa atenção, capacidade, talento, recursos e esforços numa direção específica e com elevada intensidade, isso nos coloca num estado facilitador para fazer acontecer o que de-

sejamos. “Se existe uma receita para o alcance dos nossos objetivos, essa receita é manter constantemente o foco naquilo que queremos”, garante a psicóloga. Sem foco não há trabalho produtivo, não há dieta que dê resultado, não há relacionamento que vá para frente. Com a concentração afiada e a atenção treinada, não há meta, promessa ou desafio que não possamos superar e cumprir. FOCO: A ARTE DE RESSIGNIFICAR Tão simples no primeiro momento, o foco mostra-se, no entanto, bastante complexo no dia a dia. Mas, afinal, por que é tão difícil focar, se na teoria sabemos exatamente o que nos interessa? A resposta é teoricamente


14 CAPA

simples: estamos desperdiçando a nossa energia em vários interesses e em nenhum objetivo de fato. Para Érica, quanto menos foco colocamos naquilo que queremos, mais curto fica o tempo e mais difícil se torna administrar a nossa vida. “Nos dias de hoje, é muito fácil dispersar. É preciso disciplina para administrar o tempo e saber o que é prioridade, o que é importante e o que pode ser feito depois”, salienta.

Ressignificar é despertar a energia que nos impulsiona para o que queremos. Ou seja, é canalizar as boas energias para o que queremos e não para o que não queremos. “Precisamos buscar formas produtivas de administrar a nós mesmos e, consequentemente, a nossa vida profissional, financeira e pessoal. É aí que mora o equilíbrio que tanto almejamos”, adverte Érica. Por onde começar? Há várias opções. A primeira delas é dar um

novo significado às nossas escolhas. “Nem sempre há necessidade de sair, de acabar algo, às vezes é só questão de ressignificar: dar um novo significado às escolhas que um dia já foram as nossas metas, enxergar o ‘velho’ com um ‘novo’ olhar”, explica a psicóloga. É claro que isso não é tão simples. Antes de qualquer mudança, é preciso se voltar para si mesmo e perceber o que quer e porque quer? Ressignificar, segundo Érica, é uma maneira diferente – e porque não dizer inteligente – de mudar a nossa vida para melhor, de encontrar novamente a nossa motivação, seja ela pessoal, afetiva ou profissional. “Ressignificar é despertar a energia que nos impulsiona para o que queremos. Ou seja, é canalizar as boas energias para o que queremos e não para o que não queremos. Se o objetivo é ter uma alimentação saudável, o foco é o que se deve comer e não o que não se deve”, afirma. HORA DE PRATICAR Então vamos lá. Primeiramente, saiba que o foco não é um talento, mas sim uma habilidade que, como qualquer outra, pode ser desenvolvida, seja ela qual for: dirigir, andar de bicicleta, consertar carros ou cuidar das plantas. Nenhuma dessas habilidades nasceu com você. Todas elas, sem exceção, você precisou desenvolver. Assim como foi pos-


15 CAPA

sível desenvolver cada uma delas, também é possível desenvolver a habilidade do foco. Que tal começar agora? • Escolha um único objetivo a focar – Isso não quer dizer que você não possa ter vários objetivos, mas que deve focar-se exclusivamente em um de cada vez, dedicando todo o tempo e energia suficiente para a sua realização. Decida o que é mais importante para você e, em seguida, dedique-se de corpo e alma, focando-se intensamente e sentido as emoções associadas à obtenção do seu resultado. • Eleve o nível de intensidade – Depois de selecionar um objetivo, não deixe que nada o distraia. Proponha-se a fazer alguns sacrifícios para conseguir o que deseja. Pergunte a si mesmo o que está disposto a fazer para alcançar o seu objetivo. E se não estiver disposto a deixar outras coisas em segun-

do plano, talvez seja hora de reconsiderar. A intensidade é o combustível das realizações. • Monitore o seu progresso – Seja capaz de quantificar, documentar e analisar os seus progressos ao longo do caminho. Esse é um processo crucial para manter o foco e não permitir que a motivação diminua. E lembre-se: as grandes metas levam tempo para serem atingidas e, ao longo do caminho, muitas coisas podem e vão acontecer. Não desista! • Inspire e expire – Pratique exercícios de respiração. Eles ajudam a limpar a mente e se concentrar no que é preciso. Inspire e expire quantas vezes for necessário. E tente outra vez, pois o nosso maior desejo é que você encontre o seu foco para 2016 e alcance todas as metas a que se propôs.


16 DIÁLOGO ABERTO

com DRA. IRENE WIGGERS A BLUIMAGEM reúne em um mesmo local, além dos mais variados exames de Diagnóstico por imagem e de uma equipe especializada no que faz, a infraestrutura do HSC Blumenau. Um complexo integrado composto de vários serviços, entre eles, análises clínicas, urologia, cardiologia, ortopedia, medicina nuclear, medicina hiperbárica, endoscopia e fisiologia digestiva e cirurgia. Tudo em um único lugar. Foi para falar disso e muito mais, que convidamos para um Diálogo Aberto a médica radiologista da Bluimagem, Dra. Irene Wiggers.

Foto por Fabiane Moraes


17 DIÁLOGO ABERTO

A CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM – BLUIMAGEM E O HOSPITAL SANTA CATARINA DE BLUMENAU SÃO TOTALMENTE INTEGRADOS. QUAIS AS VANTAGENS DESSA INTEGRAÇÃO PARA OS PACIENTES? Os pacientes que optam por realizar os exames na Bluimagem têm à disposição um atendimento huma-

nas dependências do Hospital e também nas clínicas parceiras, um prontuário 100% eletrônico e acessível aos profissionais que dele necessitem a qualquer hora do dia ou da noite. Ou seja, se um cliente da Bluimagem procurar o ProntoAtendimento do HSC Blumenau, o médico que lhe atender terá à disposição, no sistema, todo o seu

nizado, em um ambiente confortável, com equipamentos modernos e o mais importante de tudo: com a segurança de um hospital referência em alta complexidade. Isso quer dizer que os pacientes contam com uma equipe multidisciplinar especializada, pronta para atuar nas mais diversas intercorrências que podem surgir na realização de um exame de diagnóstico por imagem, seja este, de alta ou baixa complexidade.

histórico, os exames que realizou, laudos, as doenças que está investigando, os medicamentos que já fez uso ou está fazendo, enfim, o médico terá, a qualquer hora do dia, todo o apoio necessário para um diagnóstico ágil e preciso.

PELO QUE VIMOS, A BLUIMAGEM POSSUI DIVERSOS DIFERENCIAIS. QUAIS OS PRINCIPAIS? O principal é o de estar integrada ao HSC Blumenau. Um hospital com 95 anos de tradição. Isso garante aos pacientes, atendidos

AO LONGO DOS ANOS, A BLUIMAGEM MUDOU MUITO. QUAIS FORAM OS PRINCIPAIS DESAFIOS? O nome Bluimagem surgiu em 22 de outubro de 2007, mas o serviço de diagnóstico por imagem do HSC Blumenau existe há quase um século e, desde então, vem superando desafios. A área da saúde, pela sua própria natureza, é muito desafiadora. Trabalhamos continuamente para manter os equipamentos sempre atualizados, a

equipe motivada e preparada para atuar no dia a dia e também nas adversidades, tanto a assistencial como a de gerenciamento do serviço, buscando formas de otimizar os atendimentos dos pacientes e dos médicos que precisam do nosso apoio, tudo isso para garantir um serviço cada vez mais seguro e qualificado. QUAIS OS PROJETOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS? Uma das principais características do HSC Blumenau é a busca pelo novo e por tudo o que pode garantir ao paciente um atendimento completo, com mais segurança e qualidade. E assim é com todos os serviços oferecidos pelo Hospital. Para a Bluimagem já existem, para médio e longo prazo, projetos de ampliação do espaço físico, aquisição de uma nova ressonância magnética, abertura de um serviço de densitometria óssea, instalação de um sistema digital de imagens com acesso a laudos e imagens via internet (site) e a inauguração de um posto da Bluimagem no Centro Clínico Santa Catarina, este último ainda em 2016.


18 INTERNAS

HOSPITAL INVESTE MAIS DE R$ 5 MILHÕES EM OBRAS E EQUIPAMENTOS por Fabiane Moraes

O HOSPITAL Santa Catarina de Blumenau investiu, durante o ano de 2015, mais de R$ 5 milhões em obras, reformas e equipamentos. Entre as áreas com o maior investimento estão: o Centro Cirúrgico, a nova Unidade de Internação e a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica que juntas somam R$ 3,4 milhões investidos. Enquanto o valor de R$ 1,8 milhão foi investido nas áreas de Diagnóstico por Imagem, Pronto-Atendimento, Unidade de Terapia Intensiva Adulto e melhorias nos quartos das seis Unidades de Internação. De acordo com o diretor-superintendente, Maciel Costa, os investimentos estão atrelados ao previsto no Planejamento Estratégico 2013/2018, que tem entre os principais objetivos: garantir a qualidade dos serviços prestados, promover a inovação tecnológica e adequar/ampliar a estrutura física.

“Nesse sentido, o investimento de maior impacto é a construção da nova Unidade de Internação, que resulta na ampliação da capacidade instalada com a implantação de 16 novos apartamentos, uma necessidade antiga da Instituição e que agora, mesmo num momento adverso da economia, vamos poder entregar aos nossos clientes. A previsão de abertura desta nova Unidade é para março de 2016”, enfatiza.

HSC BLUMENAU CONQUISTA ACREDITAÇÃO ONA NÍVEL 2 por Fabiane Moraes

HOSPITAL CELEBRA a Acreditação Plena Massaroli, para conceder a Acreditação Nível 2, Nível 2 – conferida pela Organização Nacional os avaliadores observaram a maturidade dos de Acreditação (ONA), que atesta a processos com foco na disseminação HOSPITAL SANTA CATARINA BLUMENAU segurança e a integração de seus da cultura de segurança do paciente. processos. Esta é a segunda vez que “Ao recomendar o Hospital ao Nível o Hospital passa por uma avaliação 2, a equipe do IPASS ressaltou que, de acreditação da ONA, a primeira desde a primeira acreditação até foi em 2013, quando a Instituição agora, o HSC Blumenau evoluiu ao recebeu a Acreditação ONA Nível 1. demonstrar o comprometimento De acordo com o supervisor da Gestão com a melhoria contínua em todas as suas da Qualidade do HSC Blumenau, Rodrigo rotinas”, afirmou o supervisor. Certificado nº 0632/001/061 Validade: 27/10/2017



20 Foto: Arquivo Pessoal

ARTIGO

ZIKA: CONHEÇA MAIS

SOBRE O VÍRUS QUE ESTÁ AMEDRONTANDO O BRASIL

por Dr. Amaury Mielle Filho - Médico Infectologista

EM NOVEMBRO DE 2015, o Ministério da Saúde declarou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento nos casos de notificação de microcefalia em crianças recém-nascidas. Somente em Pernambuco, foram 141 casos, números bem mais expressivos do que os registrados de 2010 a 2014, uma média de 10 casos por ano. Dados semelhantes também começaram a ser relatados em outros estados do Nordeste. Paralelamente, houve um aumento significativo no diagnóstico de casos de infecção pelo vírus Zika, até então não detectado em nosso país. Daí surgiu a possibilidade de haver uma ligação entre esse vírus e os defeitos congênitos observados. Essa correlação foi confirmada através de exames genéti-

O diagnóstico costuma ser bastante difícil. Uma vez que apenas 20% dos pacientes apresentam sintomas.


21 ARTIGO

cos enquanto novos casos se espalhavam por todos os estados do Nordeste, chegando a quase 2.000 no início de dezembro. O Zika vírus tem esse nome porque foi primeiramente isolado em macacos da floresta Zika em Uganda na África, em 1947. Até o ano de 2007, somente 14 casos haviam sido registrados em seres humanos. Todos no continente Africano. Nessa ocasião, foi notificada a primeira epidemia, que atingiu a Ilha de Yap na Micronésia, com 73% da população infectada. Posteriormente, outros casos surgiram na região do Sul Asiático, especificamente na Polinésia Francesa, entre 2013 e 2014, onde 47 pacientes desenvolveram uma doença neurológica chamada de síndrome de Guillan Barre. No Brasil, os registros dos primeiros casos ocorreram apenas em março de 2015, em Camaçari na Bahia. O Zika é um vírus da família Flaviridae, a mesma do vírus da Dengue e da Febre Amarela e, por isso, a sua forma de transmissão é a mesma: através da picada do mosquito Aedes aegypti. Entretanto, diferentemente da Dengue, o Zika é transmitido também por relação sexual e aleitamento materno.

O diagnóstico costuma ser bastante difícil. Uma vez que apenas 20% dos pacientes apresentam sintomas. Febre, dores pelo corpo, dor de cabeça e a presença de manchas avermelhadas pela pele são os sinais mais comuns, quadro que dura aproximadamente cinco dias. Por enquanto, não existem testes diagnósticos disponíveis comercialmente para confirmar a infecção, sendo que o caso é considerado suspeito no momento em que se afasta a possibilidade de Dengue - que sempre deve ser pesquisada. Não existe tratamento específico. Os casos de microcefalia atestam para a infecção que ocorreria no primeiro trimestre da gestação, estando a gestante sintomática ou não. O fato de essa situação congênita registrar-se apenas no Brasil sugere que o vírus possa ter sofrido mutações, o que o tornaria diferente das cepas registradas na África e Ásia. Quanto à prevenção, as medidas são idênticas às da Dengue: acabar com os focos de criação dos mosquitos, usar repelente e evitar viagens para áreas onde há registros do vírus, especialmente, mulheres no início da gestação devem tomar esses cuidados.


22

Foto: Marion Rupp

CRÔNICA

DÓDA

(CONTINUAÇÃO) por Dr. Cezar Zillig Médico Neurocirurgião

(...) ASSIM COMO DÓDA E DODÔ, também o “pére” entrou para a cultura familiar. Nascida nas periferias de Curitiba, Dóda viveu praticamente toda sua vida por lá. Como, há muitos anos, uma de suas duas filhas havia se mudado para Porto Alegre, Dóda passou as últimas décadas de sua vida pendulando entre estas capitais. Uma vez, olhando o céu carregado ao norte de POA, concluiu: em Curitiba “há de tar” chovendo. (Desconsiderou, simplesmente, os setecentos quilômetros de distância.) Volta e meia passava umas temporadas conosco em Blumenau. O primeiro carro com ar-condicionado que eu tive foi um Passat Iraque. Estávamos nos aproximando de Curitiba, quando ela comentou: como está frio pra cá, hein Cezar? (Era um dia quente e abafado e o ar-condicionado comia solto.) Outro Passat que tive era a álcool. A caminho de Porto Belo, parei num posto em Itapema e fui pagar a conta do combustível. Quando voltei e ia dar partida no carro, percebi que ela me olhava com um riso malicioso. O que foi, Dóda? E ela me respondeu: pensa que me engana? Foi tomar um

traguinho, hein? Certa ocasião, Doda chamou meu tio e lhe disse: Joãozinho, preciso que você me compre um remédio. Ele revirou Porto Alegre e não encontrou o tal de “Chegarem”. O que ela queria era o anti-inflamatório Voltaren; fizera uma associação com “voltar” que, porém, acabou lhe saindo às avessas. Uma vez, aos 87 anos, com dor nas costas e as mãos apoiadas nas “cadeiras”, deixou escapar: “Deus me livre ficar que nem mamãe que viveu 40 anos numa cadeira de rodas!” (É simplesmente impossível que uma pessoa de 87 anos viva mais quarenta anos). Como fazia com frequência, a Dóda estava passando uma temporada em POA quando meu tio colocou sua casa do bairro Guarujá à venda. Certo dia apareceram interessados para ver a casa. E a Dóda, não querendo cruzar com eles, resolveu sair rapidinho pela janela, mas não deu tempo: o que mais chamou a atenção dos compradores foi a visão de uma velhinha assustada, entalada na janela exibindo-lhes a sola do pé direito. (Não sei se compraram a casa.) No ano 2000, ela tinha 92 anos e

costumava passar temporadas sozinha em sua casa em Curitiba. Numa noite, ligou para minha irmã Izabel pra dizer que estava tendo problemas com a Embratel. Era aniversário do neto Zé Maria, e ela queria felicitá-lo. Já havia tentado ligar diversas vezes, e suas ligações caiam sempre em mensagens gravadas recomendando consultar a lista, mas ela achava que estava falando com alguém muito antipático que não lhe respondia. Foi aí que teve uma ideia: ligou para minha irmã pedindo o número do Zé Maria. Enquanto a Bell ia lhe dizendo o extenso número, escutou um barulho de discagem, tlec, tlec, tlec. Ou seja, durante a ligação com a Bell, Dóda já queria ir ligando para o Zé Maria usando o mesmo telefone. Seria mais prático que anotar, disse ela. Para concluir, acabo de lembrar um incidente típico “Dóda”, ocorrido quando eu tinha uns cinco anos de idade. Durante a faxina - que acontecia todas as sextas - ela mandou a criadinha Tereza limpar com paninho úmido os bocais das lâmpadas, inclusive por dentro. Fácil imaginar o que aconteceu. Menos mal que em Curitiba a voltagem é só cento e dez.




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