MIPs 2017

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Parte integrante do

ATENDIMENTO O papel do farmacêutico é imprescindível para a orientação correta dos medicamentos ao consumidor. Conheça as principais dúvidas recorrentes deste universo

REVISTA DIRIGIDA AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

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ANO XXIV | Nº 295 | JUNHO DE 2017

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EDITORIAL

EXPEDIENTE

Incremento próximo ue os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) cumprem um papel importante para o tratamento de males menores, é um fato incontestável, mas o destaque mesmo fica por conta do papel social que desempenham no País, ao diminuírem, substancialmente, os custos e as demandas para o sistema de saúde. Atualmente, cerca de 350 mil médicos são responsáveis por prescrever os em torno de 64% que representam os medicamentos vendidos sob prescrição médica. Mas não seria possível que esses mesmos médicos dessem vazão também ao atendimento de males menores, que podem ser resolvidos hoje pelos MIPs. Essa classe medicamentosa representa mais de 31% do mercado farmacêutico total. Segundo dados do QuintilesIMS, de abril de 2016 a março de 2017, o mercado de MIPs movimentou quase R$ 18 milhões, alta de

5,80% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 40,39% na comparação com o intervalo entre abril de 2012 e março de 2013. No acumulado de março deste ano, já foram mais de um bilhão de unidades comercializadas. E ainda há muito potencial de crescimento. Existem cerca de 30 casos aptos à chamada Lei do Switch e alguns laboratórios já solicitaram essa alteração. Estima-se que, com a liberação dessas substâncias, a representatividade dos MIPs no mercado total de medicamentos irá saltar de 30% para até 40% nos próximos anos, o que pode incrementar, sem dúvidas, os investimentos desse segmento. Por isso, abra espaço para eles no autosserviço e promova o autocuidado consciente, 24 horas por dia, sete dias por semana. Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Laura Martins EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Giulliana PImentel DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ASSISTENTES DE MARKETING Flávia Marcochi e Noemy Rodrigues PROJETO GRÁFICO Junior B. Santos COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Kathlen Ramos Revisão Maria Elisa Guedes IMRESSÃO Abril

> www.guiadafarmacia.com.br Suplemento Especial MIPS é uma publicação anual da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino São Paulo (SP), CEP 04039-010 Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.

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SUMÁRIO

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PANORAMA

O mercado de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) representa aproximadamente 25% da receita do setor. Por isso, é importante entender o papel desses produtos para o segmento e para a saúde da população brasileira

E MAIS + PATOLOGIAS

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O conhecimento de cada uma delas é essencial para que a orientação seja feita de maneira correta, evitando a automedicação errônea ou o não desaparecimento dos sintomas

ACESSO O uso de MIPs trata muitas das doenças menores, ajudando a desafogar o sistema de saúde. Com isso, os recursos públicos podem ser focados no tratamento de patologias mais graves

22-ALERGIAS RESPIRATÓRIAS 24-AZIA E MÁ DIGESTÃO 26-CARÊNCIAS NUTRICIONAIS 28-DOR E FEBRE 30-GRIPES E RESFRIADOS

INOVAÇÃO Por ser um mercado extremamente importante para o segmento farmacêutico, os investimentos em MIPS são cada vez maiores. Veja como a indústria aposta nesses medicamentos e em últimos lançamentos

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ATENDIMENTO 4•

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Pesquisa de Shopper

anos

Comportamento de Compra Árvore de Decisão Jornada de Compra Teste de Materiais de PDV

Mais de

Consultoria de Trade

Projetos

Manual de Vendas Guia de Execução Selling Story Planejamento de Materiais

100

Realizados

Gerenciamento por Categoria Terceirização do GC Processos Ferramentas Plano Estratégico

Profissionais capacitados com experiência em

Indústria e Varejo

de Mercado

Experiência em diversos varejos: Alimentar, Farmacêutico, Construção Civil, Franquias entre outros

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PANORAMA

Potencial de crescimento em diversas frentes Ganho de novas classes terapêuticas, investimentos no ponto de venda e busca do consumidor por alternativas simples e de qualidade para o tratamento de males menores traz força ao mercado de Medicamentos Isentos de Prescrição TEXTOS: KATHLEN RAMOS

M

ais de 31% do mercado farmacêutico total. Essa é a representatividade que os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) abocanham, hoje, no setor, e que ainda tem muito potencial para crescer. Segundo dados do QuintilesIMS, de abril de 2016 a março de 2017, o mercado de MIPs movimentou quase R$ 18 milhões, alta de 5,80% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 40,39% na comparação com o intervalo entre abril de 2012 e março de 2013. No acumulado de março deste ano, já foram mais de um bilhão de unidades comercializadas. Para a vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescri-

ção (Abimip), Marli Sileci, o principal motivo desse crescimento constante é um incremento nos investimentos em comunicação e no varejo. “Nos últimos anos, os MIPs aumentaram os aportes em mídia em 41%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) Monitor, para que os consumidores possam ser mais bem informados sobre os medicamentos disponíveis e sobre seus benefícios”, diz, acrescentando que também é importante destacar as oportunidades de crescimento no ambiente do comércio digital e os lançamentos dessa indústria. Segundo explica Marli, isso diz respeito à educação. “A comunicação também está relacionada à orientação sobre o uso consciente dos MIPs para o empoderamento do conIMAGENS SHUTTERSTOCK

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sumidor, oferecendo-lhe plenas condições de tomar decisões conscientes sobre sua saúde”, comenta. O gerente de marketing do Grupo Cimed, Marcelo Pontello, considera, ainda, que o momento atual do País, com alta taxa de desemprego, foi outro fator responsável pelo ganho de força a este mercado. “O consumidor brasileiro, independentemente da renda, quando lida com problemas de saúde considerados ‘simples’, opta pelos MIPs”, analisa.

CATEGORIAS EM ALTA

Algumas classes de medicamentos ganham destaque em potencial de crescimento. Entre elas, os multivitamínicos, segundo afirma a diretora de marketing da Pfizer Consumer Healthcare, Cristina Viana da Fonseca. Ela comenta que as pessoas têm se conscientizado de que não consomem a quantidade necessária de frutas e verduras todos os dias, principalmente devido à correria da vida moderna e a um aumento no consumo de produtos industrializados. A pesquisa Barreiras para uma Vida Saudável, realizada on-line em março último, pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) Conecta em parceria com Centrum Vitamints, aponta que mais de 80% dos brasileiros não conseguem manter uma alimentação regrada em meio à rotina corrida. Outro destaque são os analgésicos, já que o Brasil é um dos maiores mercados do mundo para esta categoria. “Mais de 90% dos brasileiros fazem uso. Essa é a maior categoria de MIP e um mercado ainda em constante crescimento”, complementa a especialista da Pfizer.

Aliás, o ranking do QuintilesIMS aponta que, seja em unidades ou volume, os analgésicos constituem a classe de medicamentos mais vendida e que mais fatura no setor, seguida pelos “produtos para tosse, resfriados e outros itens para vias respiratórias” e “digestivos e gastrointestinais”.

FUTURO PROMISSOR

A principal oportunidade para que os MIPs cresçam ainda mais no mercado brasileiro está na publicação da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 98/2016 e Instrução Normativa 11, que dispõe sobre a lista de MIPs. A relação inclui anti-inflamatórios, analgésicos, anti-histamínicos, expectorantes, entre outros. “Essa mudança tornará vários produtos que, hoje, apesar da segurança e histórico de uso, são tarjados”, comenta o farmacêutico do setor de lançamentos do Teuto, Thiago Lobo Matos. Marli, da Abimip, também considera o reenquadramento de substâncias que podem ser adquiridas sem necessidade de prescrição médica como uma grande oportunidade ao setor. “Hoje, existem cerca de 30 casos aptos à chamada Lei do SWITCH e alguns laboratórios já solicitaram Alteração do essa alteração. Esenquadramento da categoria tima-se que, com de venda dos a liberação dessas medicamentos substâncias, a repara MIP. presentatividade dos MIPs no mercado total de medicamentos irá saltar de 30% para até 40% nos próximos anos, o que pode incrementar, sem dúvidas, os investimentos desse segmento”, projeta.

EVOLUÇÃO DOS MIPS 17 de dezembro de 1973: os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) foram mencionados pela primeira vez na legislação sanitária brasileira, na Lei 5.991, que dispõe sobre o controle sanitário de medicamentos. 2003: neste ano, a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip) promoveu, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o switch de 18 classes terapêuticas, entre anti-inflamatórios, relaxantes musculares e antitabágicos, o que resultou em um crescimento significativo no número de MIPs no País. A Anvisa publicou a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 138, de 29 de maio de 2013, (republicada em 6 de janeiro de 2004), que foi o primeiro regulamento dos MIPs da Agência. 1º de agosto de 2016: a Anvisa aprovou um novo regulamento para os MIPs, a RDC 98, que apresenta sete critérios atuais para a classificação de um medicamento como isento de prescrição. Hoje, existem cerca de 30 substâncias aptas a serem MIPs.

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PANORAMA

NOVA LISTA A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a Instrução Normativa 11, de 29 de setembro de 2016, que contempla a lista completa de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). Acompanhe: GRUPOS TERAPÊUTICOS

INDICAÇÕES

Antiacneicos e tópicos adstringentes

Acne, acne vulgar, rosácea e espinhas

Antiácidos, antieméticos, acidez estomacal, azia, desconforto eupépticos, enzimas digestivas

Acidez estomacal, dor de estômago, dispepsia, enjoo, náusea, vômito, epigastralgia, má digestão, queimação, pirose, esofagite péptica, distensão abdominal, cinetose e hérnia de hiato

Antibacterianos tópicos

Infecções bacterianas da pele

Antidiarreicos

Diarreia e disenteria

Antiespasmódicos

Cólica, cólica menstrual, dismenorreia, desconforto pré-menstrual e cólica biliar/renal/ intestinal

Anti-histamínicos e antisseborreicos

Alergia, coceira, prurido, coriza, rinite alérgica, urticária, picada de inseto, ardência, ardor, conjuntivite alérgica, prurido senil, prurido nasal, prurido ocular alérgico, febre do feno, dermatite atópica, eczemas, caspa, dermatite seborreica, seborreia e oleosidade

Antissépticos orais, antissépticos bucofaríngeos

Aftas, dor de garganta e profilaxia das cáries

Antissépticos oculares

Antissépticos oculares

Antissépticos nasais, fluidificantes nasais, umectantes nasais

Antissépticos nasais, fluidificantes nasais e umectantes nasais

Antissépticos da pele e mucosas

Assaduras, dermatite de fraldas, dermatite de contato, dermatite amoniacal, intertrigo mamário/perianal/interdigital/axilar e odores dos pés e axilas

Antissépticos urinários

Disúria e dor/ardor/desconforto para urinar

Antissépticos vaginais tópicos

Higiene íntima e desodorizante

Aminoácidos, vitaminas e minerais

Suplemento vitamínico e/ou mineral pós-cirúrgico/cicatrizante, suplemento vitamínico e/ ou mineral como auxiliar nas anemias carenciais, suplemento vitamínico e/ou mineral em dietas restritivas e inadequadas, suplemento vitamínico e/ou mineral em doenças crônicas/ convalescença, suplemento vitamínico e/ou mineral em idosos, suplemento vitamínico e/ ou mineral em períodos de crescimento acelerado, suplemento vitamínico e/ou mineral na gestação e aleitamento, suplemento vitamí nico e/ou mineral para recém-nascidos, lactentes e crianças em fase de crescimento, suplemento vitamínico e/ou mineral para prevenção do raquitismo, suplemento vitamínico e/ou mineral para a prevenção/tratamento auxiliar na desmineralização óssea pré e pós-menopausal, suplemento vitamínico e minerais antioxidantes, suplemento vitamínico e/ou mineral para prevenção de cegueira noturna/xeroftalmia e suplemento vitamínico como auxiliar do sistema imunológico

Anti-inflamatórios

Lombalgia, mialgia, torcicolo, dor articular, artralgia, Inflamação da garganta, dor muscular, dor na perna, dor varicosa, contusão, hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, lumbago, dor pós-traumática, dor ciática, bursite, distensões, flebites superficiais, inflamações varicosas, quadros dolorosos da coluna vertebral e lesões leves oriundas da prática esportiva

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Antiflebites

Dor nas pernas, dor varicosa, sintomas de varizes, dores das pernas relacionadas a varizes e dores após escleroterapia venosa

Antifiséticos, antiflatulentos, carminativos

Eructação, flatulência, empachamento, estufamento, aerofagia pós-operatória, gases, meteorismo

Antifúngicos, antimicóticos

Micoses de pele, frieira, micoses de unha, pano branco, infecções fúngicas das unhas, onicomicoses, dermatomicoses, pitiríase versicolor, tínea das mãos, tínea dos pés, pé de atleta, tínea do corpo, micose de praia, tínea da virilha, candidíase cutânea, monilíase cutânea, dermatite seborreica, dermatomicoses superficiais, vulvovaginites, dermatiteperianal, balanopostite, candidíase vaginal e candidíase oral

Anti-hemorroidários

Sintomas de hemorroidas

Antiparasitários orais e anti-helmínticos

Verminoses

Antiparasitários tópicos, escabicidas e ectoparasiticidas

Piolhos, sarna, escabiose, carrapatos, pediculose e lêndea

Antitabágicos

Alívio dos sintomas decorrente do abandono do hábito de fumar e alívio dos sintomas da síndrome de abstinência

Analgésicos, antitérmicos, antipiréticos

Dor, dor de dente, dor de cabeça, dor abdominal e pélvica, enxaqueca, sintomas da gripe, sintomas dos resfriados, febre, cefaleia, dores reumáticas, nevralgias, lombalgia, mialgia, torcicolo, dor articular, artralgia, inflamação da garganta, dor muscular, contusão, hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, lumbago, dor pós-traumática, dor ciática, bursite e distensões

Ceratolíticos

Descamação, esfoliação da pele, calos, verrugas, verruga plantar e verruga vulgar

Cicatrizantes

Feridas, escaras, fissuras de pele e mucosas e rachaduras

Colagogos e coleréticos

Distúrbios digestivos e distúrbios hepáticos

Descongestionantes nasais tópicos

Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido

Descongestionantes nasais sistêmicos

Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido

Emolientes e lubrificantes cutâneos e de mucosas

Hidratante, dermatoses hiperqueratóticas, dermatoses secas, pele seca e áspera, ictiose vulgar, hiperqueratose palmar e plantar, ressecamento da pele, substituto artificial da saliva, saliva artificial para tratamento da xerostomia

Emolientes, lubrificantes e adstringentes oculares

Secura nos olhos, falta de lacrimejamento e irritação ocular

Expectorantes, balsâmicos, mucolíticos. Sedativos da tosse

Tosse, tosse seca, tosse produtiva, tosse irritativa, tosse com catarro e mucofluidificante

Laxantes e catárticos

Prisão de ventre, obstipação intestinal, constipação intestinal e intestino preso

Reidratante oral

Hidratação oral e reidratação oral

Relaxantes musculares

Torcicolo, contratura muscular, dor muscular, lumbago e entorses

Rubefacientes

Vermelhidão e rubor

Tônicos orais

Estimulante do apetite e astenia

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PANORAMA

FATURAMENTO DOS MIPS (EM VALOR) Abr. 15 a Mar. 16

Abr. 16 a Mar. 17

Valores R$

16.954.687.700

17.939.074.834

Cresc. %

8,43%

5,81%

Fonte: QuintilesIMS

REPRESENTATIVIDADE DOS MIPS (EM VOLUME E VALOR) DENTRO DO FATURAMENTO TOTAL DA CLASSE DE MEDICAMENTOS Em unidades

Em valores

Abr. 16 a Mar. 17

Abr. 16 a Mar. 17

MIP

31,58%

MIP

23,71%

RX*

68,42%

RX*

76,29%

Fonte: QuintilesIMS *RX se refere aos medicamentos que necessitam de receita para ser comercializados

RANKING COM AS DEZ CLASSES DE MIPS MAIS VENDIDAS EM VOLUME (UNIDADES) Ranking

Classe

Analgésicos

Produtos para tosse, resfriados e outros produtos para vias respiratórias

Digestivos e outros produtos gastrointestinais

Tratamento da pele

Vitaminas, minerais e suplementos nutricionais

Oftalmológicos

Tônicos, outros estimulantes

Produtos para o sistema circulatório

Calmantes e produtos para melhoramento de humor

10°

Cuidados urinários e dos órgãos reprodutores Fonte: QuintilesIMS

5% 21% 9% 49%

CONCENTRAÇÃO DOS NEGÓCIOS A Região Sudeste foi a que concentrou o maior volume de negócios (49%), seguida pelo Nordeste (21%), Sul (16%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%). Fonte: QuintilesIMS, Mercado Over The Counter (OTC), MAT* Dez/16 *MAT – Moving Annual Total (Movimento Anual Total).

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Destaques do mês Destaques Destaques do mês mês Destaques dodo mês

Junho Junho Junho

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ACESSO

Papel social Como grandes aliados da população no tratamento de males e doenças de menor gravidade, os Medicamentos Isentos de Prescrição também cumprem uma função pública importante ao desafogarem o sistema de saúde IMAGENS SHUTTERSTOCK

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ue os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) cumprem um papel importante para o tratamento de males menores, é um fato incontestável. Mas esses medicamentos também se destacam pelo papel social que desempenham no País, ao diminuírem, substancialmente, os custos e as demandas para o sistema de saúde. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), atualmente, cerca de 350 mil médicos são responsáveis por prescrever os em torno de 64% que representam os medicamentos vendidos sob prescrição médica. Mas não seria possível que esses mesmos médicos dessem vazão também ao atendimento de males menores, que podem ser resolvidos hoje pelos MIPs. De acordo com a entidade, se todos os medicamentos precisassem de receita, isto demandaria um aumento de 56% no volume de médicos (em torno de 196 mil a mais), o que causaria um inchaço no sistema de saúde brasileiro que já é deficitário. Dados fornecidos pela Consumer Healthcare Products Association (CHPA), de 2012*, constatam que, para cada US$ 1 gasto com medicamentos sem prescrição nos Estados Unidos, o sistema de saúde economiza de US$ 6 a US$ 7. Ainda de acordo com a CHPA, sem os MIPs, 60 milhões de americanos ficariam sem tratamento para males menores, sendo que oito em cada dez americanos usam esses produtos para aliviar pequenos sintomas sem ter de recorrer ao médico. “No mundo inteiro, os MIPs são utilizados para pequenos problemas, já que não há necessidade de movimentar toda a cadeia para tratá-los. Com isso, gera-se uma economia para todo o complexo da saúde”, diz o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Pro-

ENTENDA AS DIFERENÇAS PELA EMBALAGEM Medicamentos sem tarja: chamados também de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), podem ser tomados e adquiridos sem prescrição médica. Destinam-se a situações corriqueiras para tratar sintomas menores e conhecidos. Em geral, não possuem efeitos adversos importantes e/ou significativos. Caso os sintomas persistam, o uso deve ser interrompido e o médico deve ser procurado. Medicamentos tarja vermelha: necessitam de receita médica para comercialização, já que se destinam a quadros clínicos que exigem maior cuidado e controle. Alguns deles precisam, além da apresentação da receita, que ela fique retida pelo farmacêutico. Esses são conhecidos como medicamentos controlados e psicotrópicos, que podem causar dependência e trazer muitos efeitos colaterais e contraindicações. Medicamentos tarja preta: também necessitam de prescrição médica para ser comercializados e ingeridos. A diferença deles para os de tarja vermelha é que necessitam de um maior controle, já que podem apresentar mais efeitos colaterais e reações adversas, e possuem ação sedativa ou com impacto no Sistema Nervoso Central (SNC), podendo levar à dependência. A sua venda é condicionada à apresentação de receita especial na cor azul. Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip)

dutos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. A vice-presidente executiva da Abimip, Marli Sileci, comenta que o Brasil carece de dados que meçam o impacto econômico dos MIPs para o País, mas há estudos em desenvolvimento que poderão refletir a realidade nacional em breve. De qualquer forma, segundo a executiva da entidade, por aqui, há o agravante do inchaço do sistema de saúde. “Os recursos públicos que são usados no tratamento de doenças menores pre-

cisam ser dirigidos para as mais graves, que têm um grande impacto sobre a população”, adverte. E os MIPs exercem um papel fundamental para desafogar o sistema, pela grande variedade de classes terapêuticas oferecidas. Entre elas: produtos para gripes e resfriados, analgésicos, laxantes, antiespasmódicos, anti-histamínicos, medicamentos para distúrbios hepáticos, escabicidas, azia e má digestão, calmantes, antirreumáticos, antissépticos, anti-helmínticos e tônicos, entre outros.

*Dados fornecidos pela Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip) JUNHO • 2017 • 13

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INOVAÇÃO

Alvo das farmacêuticas Além do benefício para a saúde pública, os Medicamentos Isentos de Prescrição também provaram ser rentáveis para os negócios da indústria do setor, que aposta, incessantemente, em novidades e inovação para o usuário

U

ma das principais oportunidades de crescimento no setor de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) está na busca pela inovação. E ela não vem apenas por meio de lançamentos de novas marcas e fórmulas. O novo vem por meio de diferentes nichos de mercado, extensões de linhas e novos claims de produtos (comunicação dos produtos). Há, ainda, investimentos em forças de vendas e comunicação, a fim de trazer mais informações sobre a marca e seus produtos; e aumentar a presença do laboratório pelo País. A Natulab, por exemplo, reconhecida pelo vasto portfólio de fitoterápicos, injetou R$ 5 milhões em nova configuração e posicionamento de sua equipe comercial, como parte de um projeto de expansão. “Uma nova equipe comercial foi contratada no início de 2017 para trabalhar mais fortemente junto às grandes redes de farmácias. A equipe é composta por 31 profissionais, sendo que 21 foram contratados este ano. O objetivo da força

de vendas é expandir a presença da Natulab nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste”, comenta a diretora de marketing da Natulab, Ivana Marques, salientando que, hoje, os MIPs representam 94% do portfólio da empresa, em faturamento. Com tais investimentos, a empresa espera, em 2017, crescer acima da média de mercado. “O mercado de MIPs prevê uma alta unitária por volta de 4% e a Natulab projeta crescer o dobro do mercado em unidades”, conta Ivana. E na busca constante de atualizar seu portfólio, oferecendo para o mercado os medicamentos adequados para os principais males e doenças de menor gravidade, a Natulab deve apresentar novidades. “Estão previstos lançamentos dentro das áreas de analgésicos e antitérmicos, vitaminas, desconforto abdominal, flatulência e gases e alívio dos sintomas do climatério (menopausa), entre outros”, enumera a gerente de marcas da companhia, Sylvia Granziera. Outra oportunidade dentro do mercado de MIPs que a indústria tem aproveitado para expandir no setor, está na puIMAGENS SHUTTERSTOCK

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blicação da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 98/16 e na Instrução Normativa (IN) 11, de 29 de setembro de 2016, que visa tornar medicamentos tarjados, por efeito da legislação, em livres de receita. O Teuto é um exemplo. “As principais apostas nessa classe de medicamentos estão nos produtos da companhia que hoje são de venda sob prescrição médica e, com a publicação da RDC 98/16, se tornarão isentos de prescrição”, reforça o farmacêutico do setor de lançamentos da empresa, Thiago Lobo Matos. Entre os principais lançamentos da empresa em MIPs estão: Prometazina Creme (anti-histamínico), Pneumucil Xarope Adulto (expectorante) e Ibupril Suspensão Oral 100 mg/mL (anti-inflamatório, antirreumático e analgésico). Para 2017 e 2018, o Teuto deve apresentar novos produtos. “Temos a previsão de lançamento de MIPs em diversas classes terapêuticas, como antissépticos tópicos, laxantes, expectorantes, etc., dentro da nossa estratégia de lançar, em média, 50 produtos por ano”, constata Matos. Os investimentos em mídia também têm sido maciços para crescer nesse mercado. Nos últimos quatro anos, a unidade de negócios Over The Counter (OTC) da EMS, por exemplo, expandiu o faturamento em 30% e espera quintuplicar sua demanda anual nos próximos cinco anos. “Neste ano, somente a unidade OTC investirá uma média de R$ 70 milhões em novas campanhas”, revela o diretor adjunto de marketing da unidade OTC da EMS, Everton Schemes. A empresa também aposta em grandes lançamentos. “Apresentamos o Suplevit Mulher, suplemento vitamínico feminino, que tem expectativa

de crescer mais de 70% apenas neste ano em demanda; e o Suplevit Kids, suplemento para crianças que faz parte da mesma família”, mostra o diretor comercial da unidade de Marcas da EMS, Luiz Fernando Dias, acrescentando que os MIPs representam 16% do faturamento da empresa e que, no último ano, cresceram 10% no mercado. Outras grandes apostas da empresa são o Lacday, alimento funcional para pessoas com dificuldade de digerir a lactose que já deve saltar de uma demanda atual de R$ 8 milhões para R$ 40 milhões nos próximos três anos; o Cicatenol Derma, gel hidratante e umectante desenvolvido para a pele com cicatrizes, lançado em 2016; e o Naridrin Jet, recém-lançado, e que consiste uma extensão da tradicional família Naridrin, um fluidificante e descongestionante.

AVANÇO INDISCUTÍVEL

Na Takeda, por exemplo, esse segmento já representa 48% do faturamento da companhia. A diretora de marketing CHC na Takeda Brasil, Bruna Fausto, pontua que o último lançamento da farmacêutica foi para a Eparema®. “A marca desenvolveu uma nova embalagem que contém quatro flaconetes de 10 mL para completar a família do fitoterápico que atua e traz alívio nos sintomas da má digestão. A novidade oferece praticidade e maior alternativa de escolha para o consumidor na hora da compra”, descreve. A linha MIP também é estratégica no Grupo Cimed. “Essa é a número 1 entre as seis unidades de negócios da empresa e representa 33% do faturamento”, comenta o gerente de marketing, Marcelo Pontello. No último ano, a Cimed registrou o crescimento de 23% em faturamento no

mercado de MIPs. “As principais forças para esse resultado são: lançamentos de novos produtos e novas apresentações, ações de trade, além da negociações com a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)”, diz. No ano passado, a empresa registrou 26 lançamentos e, em 2017, já apresentou oito novidades ao mercado. Entre elas, o Bepantriz® Derma Shampoo Regenerador (atua na regeneração dos fios), Bepantriz® Derma Creme para as Mãos (hidratante) e Ambroxmel Spray Sabor Gengibre e Freno Spray Sabor Gengibre (indicados para o alívio da dor de garganta). A projeção de crescimento da Cimed com esse mercado é de 25% entre 2017 e 2018. Para tanto, a empresa aposta em lançamentos em categorias ainda não presentes, como no mercado da Lactulose (laxante) que acontecerá neste mês, e melhor exposição dos produtos nos pontos de venda (PDVs), com materiais de divulgação. Entre 2017 e 2018, também há previsão de lançamentos nas especialidades otorrinolaringologia, gastroenterologia, dermatologia e ortopedia. Já a Pfizer Consumer Healthcare (PCH) – divisão de consumo da Pfizer – representa 15% do total de faturamento da Pfizer Brasil. No País, nos últimos 12 meses, a área de PCH, que engloba os MIPs, cresceu 7% em vendas e já apresenta novidades. “Lançamos o Centrum Vitamints, multivitamínico em formato mastigável com agradável sabor refrescante de menta e citrus. Um produto inovador e que é a aposta da companhia para crescer no mercado de multivitamínicos este ano”, destaca a diretora de marketing da Pfizer Consumer Healthcare, Cristina Viana Fonseca. JUNHO • 2017 • 15

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INOVAÇÃO

SETE CRITÉRIOS PARA O ENQUADRAMENTO DOS MIPS A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em 19 de julho do ano passado, novas regras para o enquadramento dos medicamentos que podem ser adquiridos pela população sem prescrição médica. A proposta de texto passou por consulta pública e, na época, cidadãos, representantes da sociedade civil e do setor regulado tiveram 60 dias para enviar contribuições, que previam a revisão da norma atualmente vigente, a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 138/03. Acompanhe, a seguir, os sete critérios estabelecidos: 1.TEMPO MÍNIMO DE COMERCIALIZAÇÃO: para esse quesito, passa a valer o tempo de comercialização do princípio ativo ou da associação de princípios ativos, com as mesmas indicações, via de administração e faixa terapêutica de: a) Dez anos sendo, no mínimo, cinco anos no Brasil como medicamento sob prescrição ou; b) Cinco anos no exterior como medicamento isento de prescrição, cujos critérios para seu enquadramento sejam compatíveis com os estabelecidos nesta Resolução. 2. SEGURANÇA: aqui, avaliam-se a causalidade, gravidade e frequência de eventos adversos e intoxicação, e o baixo potencial de causar dano à saúde quando obtido sem orientação de um prescritor, considerando sua forma farmacêutica, princípio ativo, concentração do princípio ativo, via de administração e posologia. O Medicamento Isento de Prescrição (MIP) precisa apresentar: a) Reações adversas com causalidades conhecidas e reversíveis após suspensão de uso do medicamento; b) Baixo potencial de toxicidade, quando reações graves ocorrem apenas com a administração de grande quantidade do produto, além de apresentar janela terapêutica segura; c) Baixo potencial de interação medicamentosa e alimentar, clinicamente significante. 3. SINTOMAS IDENTIFICÁVEIS: indicação para o tratamento, prevenção ou alívio de sinais e sintomas de doenças não graves e com evolução inexistente ou muito lenta, sendo que os sinais e sintomas devem ser facilmente detectáveis pelo paciente, seu cuidador ou pelo farmacêutico, sem necessidade de monitoramento laboratorial ou consulta com o prescritor. 4. TEMPO DE UTILIZAÇÃO: uso por curto período de tempo ou por tempo previsto em bula, exceto para os de uso preventivo, bem como para os medicamentos específicos e fitoterápicos indicados para doenças de baixa gravidade. 5. SER MANEJÁVEL PELO PACIENTE: precisa ser manejável não só pelo paciente, mas pelo cuidador, ou mediante orientação pelo farmacêutico. 6. APRESENTAR BAIXO POTENCIAL DE RISCO AO PACIENTE: o baixo risco deve obedecer as seguintes condições: a) Mau uso com a utilização do medicamento para finalidade diferente da preconizada em bula; b) Abuso com a utilização do medicamento em quantidade superior ao preconizado ou por período superior ao recomendado; e c) Intoxicação. 7. NÃO APRESENTA POTENCIAL DEPENDÊNCIA: esse quesito é válido, ainda que seja utilizado conforme preconizado em bula.

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ATENDIMENTO

Mitos e verdades Medicamentos Isentos de Prescrição não possuem bula? Deveriam ser tarjados? O consumo sem orientação médica é perigoso? Esclareça essas e outras dúvidas acerca desses produtos

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ão recorrentes as dúvidas a respeito do uso correto dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). Apesar do importante papel dessa classe, esses medicamentos são, muitas vezes, erroneamente relacionados ao uso indiscriminado e à automedicação. Por isso é fundamental que farmacêuticos e balconistas estejam atentos na

hora da dispensação, orientando os consumidores sobre as formas corretas de utilização para os melhores resultados e os riscos inerentes ao uso irresponsável. Para ajudar a solucionar equívocos, acompanhe, a seguir, alguns mitos e verdades sobre o tema, com os esclarecimentos da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip). IMAGENS SHUTTERSTOCK

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CONSUMIR MEDICAMENTOS SEM PRESCRIÇÃO É AUTOMEDICAÇÃO E É PERIGOSO. MITO O termo automedicação é utilizado no Brasil de uma forma diferente do resto do mundo. Aqui, o termo é confundido com a autoprescrição, que é a prática incorreta de comprar e utilizar medicamentos tarjados sem a receita/prescrição de um médico. Por isso, define-se a utilização responsável dos MIPs como sendo uma prática de autocuidado, que está alinhada com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

PARA QUE UM MEDICAMENTO SEJA APROVADO PELAS AUTORIDADES SANITÁRIAS COMO MIP, ELE DEVE TER UM ALTO PERFIL DE EFICÁCIA E, PRINCIPALMENTE, SEGURANÇA. VERDADE Para serem aprovados, os MIPs precisam apresentar características, como baixo potencial de toxicidade e risco (mau uso/abuso/intoxicação), reações adversas com causalidades conhecidas e reversíveis após a sua suspensão, baixo potencial de interações (medicamentosa e alimentar) e período curto de utilização. Para que seu uso seja seguro e consciente, sempre que o consumidor optar por usá-los, devem-se seguir as orientações da bula e rotulagem, e ter em mente que, se os sintomas persistirem, a suspensão do medicamento deve ser imediata e um médico deve ser procurado.

É IMPORTANTE QUE OS MIPS ESTEJAM FORA DO BALCÃO DAS FARMÁCIAS, NO AUTOSSERVIÇO.

O USO CONSCIENTE DE MIPS É PARTE IMPORTANTE DO CONCEITO DE AUTOCUIDADO.

VERDADE

VERDADE

O uso de MIPs é papel importante no direito que o consumidor exerce de fazer escolhas conscientes a respeito da sua própria saúde. Para que ele tenha plenas condições de optar pela melhor forma de tratar seu problema, as farmácias devem investir em uma correta exposição dos MIPs, para permitir a fácil identificação pelos usuários.

O autocuidado, conceito estabelecido pela OMS, é a forma como a população estabelece e mantém a própria saúde, e como previne e lida com as doenças. O conceito é amplo e envolve questões fundamentais, como higiene (geral e pessoal), nutrição (variedade e qualidade dos alimentos ingeridos), estilo de vida (atividades esportivas, lazer, etc.), fatores ambientais (condições de moradia, hábitos sociais, etc.) e socioeconômicos (nível de renda, crenças culturais, etc.), além do uso responsável dos MIPs. Por isso, esses medicamentos são parte essencial da saúde, pois permitem que os usuários possam fazer uso de medicamentos com segurança, qualidade e eficácia comprovadas, para tratar sintomas e males menores já diagnosticados ou conhecidos, ou como ferramenta essencial de prevenção, como é o caso das vitaminas e dos antioxidantes.

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ATENDIMENTO

O FATO DE OS MIPS SEREM VENDIDOS SEM RECEITA NÃO AUMENTA O CONSUMO DESSES MEDICAMENTOS PELA POPULAÇÃO. VERDADE Medicamentos, de maneira geral, são exemplos de bens inelásticos, ou seja, a relação entre oferta e consumo quase não se altera diante de mudanças de preço e volume de oferta. Quando um bem é inelástico, mesmo que se aumentem as quantidades ofertadas e se reduzam os preços, a resposta na demanda mantém-se praticamente inalterada. Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) mostram que os principais medicamentos causadores de intoxicações não são os MIPs e, sim, em ordem de importância: antidepressivos, anticonvulsivos, anticoncepcionais, neurolépticos e ansiolíticos (todos com tarja). A causa dessas intoxicações não é a ingestão de MIPs e, portanto, não está ligada à venda livre ou à propaganda.

TODOS OS MEDICAMENTOS DEVERIAM SER TARJADOS. MITO Entre os benefícios que os MIPs oferecem aos consumidores, está o conforto, já que não há necessidade de o usuário faltar a um compromisso importante para ir a um serviço de saúde tratar-se de um sintoma conhecido. A população que tem seus sintomas menores tratados por MIP apresenta aumento de performance (por exemplo, redução em ausência de trabalho/escola). O uso consciente desses medicamentos também age sobre a qualidade de vida e sobre o direito assegurado ao usuário de atuar sobre a própria saúde.

MIPS NÃO POSSUEM BULA. MITO Alguns MIPs são comercializados em cartelas, fazendo com que muitos consumidores achem que eles não possuem bulas, faltando, assim, informações sobre finalidade, forma de administração, entre outras. Mas o que eles nem sempre sabem é que, para esses MIPs vendidos em cartelas, podem exigir a bula, que deverá estar disponível na farmácia, segundo as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Se mesmo assim o consumidor tiver dúvidas quanto à finalidade e ao modo de utilização de um MIP, ele também pode pedir auxílio ao farmacêutico.

POR SEREM ISENTOS DE PRESCRIÇÃO, OS MIPS PODEM SER USADOS SEM ORIENTAÇÃO. MITO Para que o autocuidado seja pleno e o consumo de medicamentos sem prescrição, consciente e seguro, o consumidor deve estar bem informado para que exerça plenamente o direito de decisão. O farmacêutico é o profissional mais indicado para orientar o consumidor quanto aos benefícios e efeitos adversos dos MIPs, nas farmácias e drogarias. Ele tem o papel de informar quanto à forma de administração (posologia), duração do tratamento, modo de ação do medicamento e possíveis reações adversas, contraindicações e interações com outros medicamentos e/ou alimentos. Também cabe ao farmacêutico orientar o consumidor a recorrer ao médico, caso os sintomas persistam.

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QUATRO REGRAS PARA O USO RESPONSÁVEL DOS MIPS 1. O usuário deve cuidar sozinho apenas de pequenos males ou sintomas menores, já diagnosticados ou conhecidos. 2. Para isso, deve escolher somente medicamentos isentos de prescrição médica, de preferência com a ajuda de um farmacêutico. 3. O usuário também deve ser orientado a ler sempre as informações da embalagem do produto antes de tomá-lo. 4. Se os sintomas persistirem, o usuário deve parar de tomar o medicamento. Neste caso, o médico deverá ser consultado. Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip)

PASSO A PASSO DA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA Para orientar os pacientes de forma segura em relação aos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), os farmacêuticos precisam adotar alguns cuidados, conforme orienta a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti. “O processo de prescrição farmacêutica envolve um entendimento do indivíduo em sua integralidade, para que as orientações possam ser estabelecidas de acordo com a contextualização e complexidade apresentadas”, diz. Ela explica que a Resolução 586, de 29 de agosto de 2013, que regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências, estabelece quais etapas devem ser estabelecidas no processo. Nessa resolução, dois artigos merecem ser destacados. São eles: Art. 7º – O processo de prescrição farmacêutica é constituído das seguintes etapas: I – identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde; II – definição do objetivo terapêutico; III – seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com base em sua segurança, eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado; IV – redação da prescrição; V – orientação ao paciente; VI – avaliação dos resultados; VII – documentação do processo de prescrição. Art. 8º – No ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar medidas que contribuam para a promoção da segurança do paciente, entre as quais se destacam: I – basear suas ações nas melhores evidências científicas; II – tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente; III – considerar a existência de outras condições clínicas, o uso de outros medicamentos, os hábitos de vida e o contexto de cuidado no entorno do paciente; IV – estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos que serão entregues ao paciente; V – comunicar, adequadamente, ao paciente, seu responsável ou cuidador, as suas decisões e recomendações, de modo que estes as compreendam de forma completa; VI – adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes da prescrição farmacêutica, sejam acompanhados e avaliados.

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PATOLOGIAS

Alergias respiratórias ORIENTAÇÕES AO CONSUMIDOR PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS Nos higienizadores nasais, normalmente, a solução fisiológica (cloreto de sódio 0,9%) é a preparação mais utilizada, com o emprego do equipamento denominado de “lavador nasal”, que auxilia na limpeza e também na fluidificação do muco. Os descongestionantes também podem ser compostos por cloreto de sódio, mas outros compostos podem estar envolvidos. Entre eles, o cloridrato de nafazolina, descongestionante nasal de uso na mucosa do nariz, com um rápido início de ação vasoconstritora e com efeito prolongado. É indicado no tratamento da obstrução nasal, para o alívio dos sintomas em resfriados, quadros alérgicos nasais, rinites e rinossinusites. Existem também os antialérgicos, para casos mais graves.

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QUANDO INDICAR AUXÍLIO MÉDICO Em casos de acometimento dos seios nasais, presença de febre, tosse, dor no tórax e dor de cabeça, é indicada a busca por ajuda médica, considerando o acometimento geral do paciente e, também, pacientes que sejam asmáticos ou que apresentem bronquite.

PONTO DE VENDA EFEITOS SAZONAIS Os medicamentos que atuam como descongestionantes/umidificantes nasais, compostos por produtos à base de cloreto de sódio, por exemplo, são altamente sazonais

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e sua concentração de vendas acontece nos meses de outono e inverno, com pico em junho, quando as vendas mais que dobram quando comparadas a janeiro. Geralmente, a alergia respiratória é mais comum em alguns indivíduos com predisposição genética, surgindo na primavera ou inverno, devido à diminuição da umidade e ao aumento da concentração de alérgenos no ar. No caso de produtos que atuam apenas como higienizadores nasais, é importante tê-los no ponto de venda (PDV) durante todo o ano, a lavagem nasal diária pode trazer muitos benefícios e não causa efeitos colaterais. O hábito pode levar à melhora significativa da qualidade do sono, da respiração, garganta seca, tosse e na proteção contra doenças respiratórias. MIX IDEAL Hoje, a categoria de descongestionantes/ umidificantes nasais está disponível em diversas apresentações, sendo indicado que o PDV tenha mix mínimo de três produtos em cada uma delas. Entre as principais apresentações estão: spray frasco, aerossol jato contínuo suave e aerossol jato contínuo forte. A maior oportunidade, hoje, no mercado de descongestionantes nasais, são os jatos contínuos. Foram extremamente bem aceitos pela classe médica, como otorrinos e pediatras, e vêm alavancando a demanda desta categoria como um todo. MODELO DE EXPOSIÇÃO O desafio é manter todas as apresentações bem expostas no PDV para que o consumi-

dor encontre o produto mais adequado ao seu perfil. A categoria deve ser exposta fora do balcão no autosserviço, dentro da categoria de Gripe e Resfriado. É importante que o varejo garanta variedade de apresentações para atender às diferentes necessidades do shopper. DICAS PARA ALAVANCAR AS VENDAS Devem-se manter as gôndolas e os produtos limpos e organizados; identificar e precificar todos os itens corretamente; respeitar o agrupamento por categorias; e expor produtos de forma vendedora e explicativa por meio de materiais e elementos promocionais, como faixas de gôndola, woblers, stoppers, displays, banners, ilhas, pontas de gôndolas, etc. A gôndola deve estar sempre muito abastecida para que não passe uma má percepção. Volume é importante, principalmente em se tratando de consumidores de perfil popular. E, por último, atendimento. Por mais que não seja uma responsabilidade diretamente relacionada às ações de merchandising , nada adianta um PDV arrumado se seu atendimento não possuir o mínimo de simpatia e atenção aos clientes.

Fontes: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti; diretora de marketing e trade marketing Natulab, Ivana Marques; gerente de marcas Natulab, Sylvia Granziera; e diretora de trade marketing da Hypermarcas, Shelida Vicentini

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PATOLOGIAS

Azia e má digestão ORIENTAÇÕES AO CONSUMIDOR PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS Os antiácidos são medicamentos que aumentam o pH gástrico, neutralizando, assim, o ácido clorídrico presente no estômago. Os antiácidos são bases fracas e a maioria deles possui um dos seguintes componentes que, normalmente, estão associados, como: sais de magnésio, sais de alumínio, bicarbonato de sódio ou carbonato de cálcio. Os antiácidos estão disponíveis em diversas apresentações, como efervescentes, flaconetes e pastilhas. As diferentes formas farmacêuticas vão ao encontro das facilidades em relação ao seu manuseio e transporte, além da facilidade de administração. As pastilhas, por exemplo, são fáceis de carregar na bolsa e/ou carteira para possíveis eventualidades durante o horário de trabalho e em qualquer situação. Já os comprimidos efervescentes são mais palatáveis, bem como os flaconetes. QUANDO INDICAR AUXÍLIO MÉDICO Um episódio individualizado de azia e má digestão não merece tanta preocupação. Entretanto, se é uma manifestação frequente, ou mesmo que tenha alguma frequência, o farmacêutico deverá orientar o indivíduo para a busca do médico a fim de identificar as causas dos problemas que, neste sentido, poderão ser várias e em diferentes graus de complexidade. Muitas vezes, uma dor de estômago, que poderá ser confundida pela pessoa como alguma coisa de tenha comido e que não tenha tido uma boa digestão, poderá ser o indicativo de problemas sérios no trato digestório.

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PONTO DE VENDA EFEITOS SAZONAIS A categoria de medicamentos gástricos e hepatoprotetores cresce em torno de 6% em doses na época do carnaval e das festas de início de ano brasileiras, segundo dados do QuintilesIMS. Isso ocorre por conta da mudança da rotina alimentar, que pode modificar o desempenho físico, interferindo diretamente na sensibilidade gástrica da pessoa. Para evitar que qualquer problema encurte o lazer, é importante que as redes de farmácia e os farmacêuticos estejam preparados para receber essa demanda e auxiliar o consumidor na solução dos desconfortos gástricos.

PERFIL DO SHOPPER Feminino – 62,4%. Masculino – 39,6%. TIPO DE INTERAÇÃO Olhou – 100%. Parou – 98%. Interagiu – 77%. Comprou – 71%. TEMPO DE INTERAÇÃO O tempo de interação mostra a dificuldade que o shopper pode estar tendo com a categoria. Na categoria de Azia e Má Digestão, o tempo médio de interação é de até um minuto.

MIX IDEAL O sortimento da categoria Azia e Má Digestão conta com medicamentos gástricos e hepatoprotetores, que atuam no fígado, intestino e estômago.

DICAS PARA ALAVANCAR AS VENDAS A melhor orientação para essa categoria está em investir em pontos extras. Entre os principais, a área do checkout tem total identificação com a categoria, que é composta por produtos fracionados e de baixo desembolso.

MODELO DE EXPOSIÇÃO A exposição por meio dos sintomas deixa mais claro e proporciona mais fácil o entendimento para o consumidor encontrar a solução desejada. Por conta disso, a indústria, inclusive, tem investido em embalagens que comunicam, de forma clara, os sintomas tratados, auxiliando, assim, o shopper no consumo consciente dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). Logo após o sintoma, a marca é o atributo mais importante na hora da escolha.

Fontes: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti; QuintilesIMS. Base PMB – 2016/12 (dados fornecidos pela Takeda); diretora de marketing CHC na Takeda Brasil, Bruna Fausto; projeto Path to Purchase encomendada pela Takeda com a Toolbox Group – janeiro/2017 (dados fornecidos pela Takeda); e Pesquisa Jornada de Compras, desenvolvida pela Mind Shopper

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PATOLOGIAS

Carências nutricionais ORIENTAÇÕES AO CONSUMIDOR PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS As vitaminas e os multivitamínicos podem ter diversas composições, dependendo da finalidade. As vitaminas do complexo B e o ferro, por exemplo, são importantes cofatores para a geração de energia pelas células; minerais, como cálcio e magnésio, são fundamentais no funcionamento dos músculos e nervos; e as vitaminas A, C, D e E, bem como os minerais como zinco e selênio, têm potente ação antioxidante, prevenindo os efeitos nocivos dos radicais livres gerados em condições de estresse. Elas também são responsáveis por reforçar o sistema imunológico. QUANDO INDICAR AUXÍLIO MÉDICO A falta de uma dieta equilibrada que leva à deficiência vitamínica pode trazer os mais diversos sintomas, como cansaço, fadiga, queda de cabelo, entre outros. E algumas doenças também podem levar a esta deficiência e precisam, assim, de um acompanhamento médico mais frequente. Em pacientes com diabetes, por exemplo, é comum a carência de vitamina B12, a qual pode ter sua absorção diminuída devido ao uso crônico de metformina. Pessoas com câncer também podem ter necessidades vitamínicas especiais. Além da falta de apetite, que pode ter origem durante o próprio tratamento, por conta da quimioterapia, a condição da enfermidade pode levar o paciente a um estado de catabolismo, que consome o organismo e o deixa debilitado. Assim, dependendo do tipo e do grau da doença, também faz parte do tratamento do paciente a ingestão de alguns suplementos, especialmente com foco em proteínas e carboidratos.

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PONTO DE VENDA EFEITOS SAZONAIS Certamente existe sazonalidade, principalmente da vitamina C, que vende mais durante o inverno, quando a incidência de gripes e resfriados aumenta bastante. Já os shakes/suplementos para emagrecimento têm maior demanda do consumidor no verão. MIX IDEAL Ao escolher o sortimento da loja, é importante priorizar as marcas líderes e escolher os itens de maior venda. Outro fator relevante é o benefício específico para o consumidor, como energia, saúde muscular e defesas do organismo. O potencial de vendas da loja e o espaço dedicado à categoria irão determinar a variedade do sortimento, dos itens de maior venda para os de menor no mercado. MODELO DE EXPOSIÇÃO Certamente esse segmento merece uma atenção especial na farmácia. Por isso, a exposição desses produtos nas gôndolas e prateleiras requer um planejamento para ajudar o consumidor no momento da compra. Optar por um sistema que os reúna por categoria ou subcategoria é muito interessante, deixando juntas as monovitaminas, os suplementos de cálcio e vitamina C. Já para os multivitamínicos, é recomendável organizá-los por marca. PERFIL DO SHOPPER Feminino – 53,8%. Masculino – 46,2%. TIPO DE INTERAÇÃO Olhou – 100%. Interagiu – 69%. Parou – 100%. Comprou – 42%.

TEMPO DE INTERAÇÃO O tempo de interação mostra a dificuldade que o shopper pode estar tendo com a categoria. Justamente aquelas menos resolvidas no ponto de venda (PDV) e, portanto, com falta de clareza para o consumidor, são as categorias que demoram mais tempo para ser compradas. Suplementos nutricionais entram nesse quesito, com tempo de interação superior a cinco minutos. DICAS PARA ALAVANCAR AS VENDAS Podem ser usados alguns materiais de PDV, como faixas de gôndola para organizar os produtos e wobblers (material de merchandising colocado em frente às prateleiras para orientar o consumidor em relação a lançamentos ou vantagens de um determinado produto). Esses materiais ajudam na navegação pela gôndola e na educação do consumidor quanto à escolha do produto mais adequado às suas necessidades. Folhetos educacionais também podem ser distribuídos para orientar sobre a categoria e necessidades nutricionais. A assessoria do balconista, farmacêutico ou de uma consultora em nutrição é igualmente válida na decisão de compra. Assim, treinar os profissionais da farmácia sobre a categoria e os produtos também é essencial para alavancar as vendas.

Fontes: especialista em farmácia clínica pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG) e graduada em Farmácia pela Universidade Federal da paraíba (UFPB), Hariad Ribeiro Morais da Silva; Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde – Fascículo II Medicamentos Isentos de Prescrição, desenvolvido pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP); diretor da unidade de marcas da EMS, Luiz Fernando Dias; gerente de trade marketing do Grupo Cimed, Lucas Frias; e pesquisa Jornada de Compras, desenvolvida pela Mind Shopper

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PATOLOGIAS

Dor e febre ORIENTAÇÕES AO CONSUMIDOR PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS Os analgésicos e antitérmicos agem de forma parecida, por inibição periférica e central da atividade da enzima ciclo-oxigenase e subsequente diminuição da biosíntese e liberação dos mediadores da dor, inflamação e febre. Os analgésicos aliviam a dor sem amortecer os sentidos. Podem agir perifericamente, no local da dor, ou no Sistema Nervoso Central (SNC), modificando o processamento dos sinais que o cérebro recebe através dos nervos. São exemplos a dipirona, o ácido acetilsalicílico e paracetamol. Já entre os antitérmicos, são exemplos a dipirona, que tem absorção rápida, uniforme e quase completa, para a forma oral. Há, ainda, o paracetamol, que bloqueia perifericamente a geração do impulso da dor e inibe o centro de regulação térmica hipotalâmico. QUANDO INDICAR AUXÍLIO MÉDICO O farmacêutico deve sempre buscar informações acerca do tempo que vêm acontecendo os sintomas, pois a prevalência dos mesmos é um indicador de uma patologia mais grave.

PONTO DE VENDA EFEITOS SAZONAIS Nessa categoria, a sazonalidade é pequena, praticamente nula. Isso vale, principalmente, para a classe dos antitérmicos e analgésicos.

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MIX IDEAL O mix ideal é sempre baseado em um analgésico e um antitérmico. MODELO DE EXPOSIÇÃO A melhor exposição dessa categoria de produtos é, geralmente, no espaço premium da farmácia, local que tenha boa visibilidade para o consumidor e um fácil acesso, pois quem tem dor, tem pressa. A melhor maneira é sinalizar o espaço como Dor e Febre, a fim de facilitar a navegação do shopper na farmácia. Vale, ainda, explorar a cor vermelha na comunicação visual e colocar todos os produtos dessa categoria com preço e organizadas para que o shopper consiga decidir sozinho o que procura. Outra recomendação é a de colocar a marca referência no fim do fluxo do corredor, e as marcas de similares incentivados ou concorrentes de preço ao lado, todas precificadas. PERFIL DO SHOPPER Feminino – 62,5%. Masculino – 37,5%. TIPO DE INTERAÇÃO Olhou – 100%. Parou – 98%. Interagiu – 78%. Comprou – 70%. TEMPO DE INTERAÇÃO O tempo de interação mostra a dificuldade que o shopper pode estar tendo com a categoria. Na categoria de Dor e Febre, o tempo médio de interação varia de um a dois minutos.

DICAS PARA ALAVANCAR AS VENDAS Destaca-se a importância de um bom faceamento em loja, com uma boa exposição dos produtos, buscando a visibilidade do consumidor. Isso tudo sempre aliado a treinamentos para os colaboradores e profissionais do mercado farmacêutico, visando à geração de demanda. Para essa categoria, também podem-se explorar áreas quentes, como pontas de gôndola, balcão e checkout. PANORAMA DA CATEGORIA ● Dor de cabeça: a incidência de dor de cabeça é maior na faixa etária entre 20 e 30 anos, sendo que 20% das brasileiras têm enxaqueca. O problema costuma atingir as mulheres com mais frequência (três para cada homem), por conta de alterações hormonais, como a baixa de estrogênio. Os homens sofrem mais de cefaleia do tipo tensional. O mercado de analgésicos movimentou mais de R$ 340 milhões no último ano. ● Febre: o mercado de febre faturou mais de R$ 94 milhões e 46 milhões de unidades. Fontes: especialista em farmácia clínica pelo Instituto de PósGraduação e Graduação (IPOG) e graduada em Farmácia pela Universidade Federal da paraíba (UFPB), Hariad Ribeiro Morais da Silva; Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde – Fascículo II Medicamentos Isentos de Prescrição, desenvolvido pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP); diretor da unidade de marcas da EMS, Luiz Fernando Dias; gerente de trade marketing do Grupo Cimed, Lucas Frias; e pesquisa Jornada de Compras, desenvolvida pela Mind Shopper. Dados considerando as categorias Dor e Febre, Dor de Cabeça e Dor Muscular

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Gripes e resfriados ORIENTAÇÕES AO CONSUMIDOR PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS Normalmente, medicamentos utilizados em gripes e resfriados são analgésicos, antipiréticos, anti-inflamatórios, anti-histamínicos e, em presença de tosse, os antitussígenos ou expectorantes. ● Pastilha: é a forma farmacêutica sólida que contém um ou mais princípios ativos, usualmente, em uma base adocicada e com sabor. Normalmente, a pastilha ajuda nas crises agudas de tosse e, portanto, auxilia a conter a situação de profundo incômodo e desconforto, proporcionando alívio sintomático. É utilizada para dissolução ou desintegração lenta na boca. Em geral, as pastilhas contêm fármacos anti-inflamatórios, fluidificantes de secreções, antialérgicos, descongestionantes, etc. que ajudam a diminuir a dor e a irritação, além das outras manifestações de desconforto relacionadas à tosse. Entre os ativos que podem ser encontrados, estão cloridrato de benzidamina, cloridrato de difenidramina, citrato de sódio e o cloreto de amônio. ● Xarope: é a forma farmacêutica aquosa, administrada por via oral, e caracterizada pela alta viscosidade, que apresenta não menos que 45% de sacarose na composição, agentes flavorizantes ou outros açúcares, exceto quando para diabéticos. Para esse público, a composição apresenta sorbitol ou, então, uma goma com edulcorante sintético. Eles são indicados, principalmente, para uso pediátrico ou, então, para indivíduos que tenham dificuldade de deglutir formas farmacêuticas sólidas, como cápsulas, comprimidos, drágeas, etc. ● Antigripais: são diversos os fármacos usados nestes compostos. Entre eles, estão os analgé-

sicos anti-inflamatórios não esteroides (ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e dipirona sódica), que constituem um grupo variado de fármacos que têm em comum a capacidade de controlar a inflamação, de analgesia (reduzir a dor), e de combater a febre. O paracetamol provavelmente produz a antipirese, atuando no nível central sobre o centro hipotalâmico regulador da temperatura para produzir uma vasodilatação periférica que dá lugar a um aumento do fluxo de sangue na pele, de sudorese e da perda de calor. A ação dos antitérmicos (antipiréticos), como o paracetamol, transcorre no início do processo da febre, na inibição da enzima responsável pela elevação da temperatura corpórea. Deve ser salientado, entretanto, que os antitérmicos agem no sintoma (elevação de temperatura corpórea) e não na causa do problema gerador do sintoma apresentado. QUANDO INDICAR AUXÍLIO MÉDICO Se a presença de febre for persistente e/ou alta; ou queixas de dor nos seios nasais, dor de garganta intensa, dor de ouvido, placa de pus na garganta, eliminação de secreção espessa, dor no peito, tosse intensa e falta de ar, o paciente deverá procurar um médico.

PONTO DE VENDA EFEITOS SAZONAIS Nos meses mais frios do ano, a média das vendas da categoria de Gripes e Resfriados aumenta em torno de 57% versus a média de vendas dos outros meses. Esse período é responsável por

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34% do volume do ano. É uma época em que esses tipos de vírus são mais comuns, portanto, é importante que a categoria esteja bem abastecida e com boa visibilidade para o ponto de venda (PDV) garantir que atenderá às necessidades dos shoppers. MIX IDEAL A categoria de Gripes e Resfriados é composta pelas subcategorias de Antigripais, Nariz Entupido, Irritação na Garganta e Tosse. A solução adequada para trabalhar no PDV deve englobar um mix entre elas, devido à forte correlação dos sintomas, e também produtos para Dores e Febre, lenços de papel, vitamina C, etc. MODELO DE EXPOSIÇÃO A categoria é isenta de prescrição médica, então deve estar fora do balcão, no autosserviço, com acesso fácil ao shopper. O ideal é que os produtos estejam separados por sintoma, como: Antigripais, Nariz Entupido, Irritação na Garganta, Tosse, e Alergia (apesar de ser outra categoria, tem alta correlação, principalmente, com o sintoma nariz entupido), dando preferência na exposição sempre a marcas ícones de cada subcategoria, no caso de Antigripais. PERFIL DO SHOPPER Feminino – 62,7%. Masculino – 37,3%. TIPO DE INTERAÇÃO Olhou – 100%. Parou – 88%. Interagiu – 71%. Comprou – 65%.

TEMPO DE INTERAÇÃO O tempo de interação mostra a dificuldade que o shopper pode estar tendo com a categoria. Justamente aquelas menos resolvidas no PDV e, portanto, com falta de clareza para o consumidor, são as categorias que demoram mais tempo para ser compradas. Gripes e Resfriados entram nesse quesito, com tempo de interação variando de dois a três minutos. DICAS PARA ALAVANCAR AS VENDAS Vale explorar as vendas casadas de outras categorias com antigripais, como analgésicos e antitérmicos. É importante que o estoque esteja reforçado durante o período para não haver perda de vendas por ruptura. Vale, ainda, ter cuidados com a experiência de compra do shopper, que precisa ser agradável. Por isso, os produtos devem estar bem sinalizados, conforme os sintomas. Outro fator importante é abastecer o PDV com todas as apresentações, tamanhos de embalagens, tanto na categoria de Gripes e Resfriados, como nas correlatas. Vale, ainda, apostar em vendas casadas, como analgésicos e antitérmicos. Fontes: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti; Maio, Junho, Julho. QuintilesIMS PMB Brasil – Unidades – 2016; MC15 – Pesquisa Qualitativa e Quantitativa do Shopper de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) – 2016; diretora de trade marketing da Hypermarcas, Shelida Vicentini; pesquisa Jornada de Compras, desenvolvida pela Mind Shopper; e gerente de projetos da Mind Shopper, Rodrigo Marsili, com base nos dados da pesquisa Jornada de Compras

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Benegrip Multi: Paracetamol, Cloridrato de fenilefrina e maleato de carbinoxamina.

MS 1.7817.0768. Indicações: Analgésico e antitérmico. Descongestionante nasal em processos de vias aéreas superiores. Benegrip Multi é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas. Maio/2017. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Referências bibliográficas: 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Dengue : diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Febre de chikungunya: manejo clínico. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Febre do zika vírus: manejo clínico. Portal da Saúde, 2016.

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SERVIÇOS

A AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA) portal.anvisa.gov.br

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (ABIMIP) www.abimip.org.br

C CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO (CRF-SP) portal.crfsp.org.br

CONSUMER HEALTHCARE PRODUCTS ASSOCIATION (CHPA) www.chpa.org

E EMS www.ems.com.br

G GRUPO CIMED www.grupocimed.com.br

H HYPERMARCAS

M MIND SHOPPER www.mindshopper.com.br

N NATULAB www.natulab.com.br

P PFIZER CONSUMER HEALTHCARE www.pfizer.com.br

Q QUINTILESIMS www.quintilesims.com

S SINDICATO DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO (SINDUSFARMA) www.sindusfarma.org.br

T TAKEDA www.takedabrasil.com

TEUTO www.teuto.com.br

www.hypermarcas.com.br

I INSTITUTO BRASILEIRO DE OPINIÃO PÚBLICA E ESTATÍSTICA (IBOPE) www.ibopeinteligencia.com

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Respire melhor a jato

Descongestionante nasal Fluidifica e descongestiona as vias respiratórias NASOJET: cloreto de sódio 9mg/mL. INDICAÇÕES: Fluidificante e descongestionante nasal. APRESENTAÇÕES: Nasojet Jato contínuo – aerossol: frasco contendo 100 mL | Nasojet Jato forte – aerossol: frasco contendo 100 mL | Nasojet spray: frasco contendo 50 mL. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC ANVISA N° 199/2006. AFE N° 1.03841-3. Anúncio a ser veiculado em junho de 2017.

SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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