Edição 299 - Passagem obrigatória

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ANO XXIV • Nº 299 OUTUBRO DE 2017

PASSAGEM OBRIGATÓRIA

DEBATE Com o bolso mais apertado, o consumidor se torna mais seletivo. Afinal, o orçamento restrito pede escolhas inteligentes

ESPECIAL SAÚDE As dores estão presentes na vida de quase toda a população. Entre os principais impulsionadores do problema estão a correria do dia a dia, o estresse, a má postura e as noites de sono insuficientes

O checkout é o local perfeito da loja para apresentar itens que geram compra por impulso. Isso porque o caixa é a única área da farmácia que 100% dos consumidores atravessarão, tornando-se uma das grandes oportunidades de exposição

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EDITORIAL

Compras não planejadas A farmácia está expandindo seus negócios e deixando de ser somente uma loja de medicamentos, para ser um ponto de conveniência onde os clientes podem encontrar produtos inovadores e úteis ao seu dia a dia. O grande destaque fica para o autosserviço, que deve ser trabalhado de forma a despertar o desejo de compra. O checkout é o local perfeito para isso. Isto porque o caixa é a única área da farmácia em que 100% dos consumidores passarão, tornando-se uma das grandes oportunidades de exposição. A ideia é trabalhar a área para lembrar o shopper de alguma necessidade. Ou seja, a rentabilidade de uma loja pode ser melhorada a partir da compra por impulso, ao se organizar adequadamente com os produtos certos, de forma ordenada e sem parecer uma liquidação. O resultado é um tíquete médio e uma lucratividade maiores. Leia a reportagem de capa desta edição na íntegra e veja que para que as vendas sejam bem-sucedidas, é preciso que o mix de produtos escolhido seja assertivo. Os itens devem despertar o interesse e desejo de compra, ainda que não estejam na memória do consumidor. É o caso dos chocolates, balas, chicletes, confeitos, bebidas geladas, sorvetes, pi-

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Laura Martins EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Giulliana Pimentel COMERCIAL (EXECUTIVAS DE CONTAS) Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) IMAGEM: SHUTTERSTOCK

lhas, salgadinhos, aparelhos para barbear, preservativos, entre outros. Outro destaque fica por conta dos produtos inovadores. Geralmente, eles possuem uma jornada de compra diferente daqueles convencionais vendidos na farmácia, justamente porque requerem um conhecimento prévio do produto por parte do cliente. O processo de gerenciamento por categoria busca extrair insights poderosos que se traduzem, na prática, em melhorias de iniciativas no autosserviço, sempre buscando a melhora da experiência do shopper e, consequentemente, o crescimento da categoria a ser desenvolvida. Ainda que os produtos de autosserviço sejam uma grande oportunidade do varejo farmacêutico, muitas categorias expostas são confusas e não traduzem todas as informações necessárias que o shopper espera, tanto para encontrar facilmente o que procura, quanto para sanar eventuais dúvidas sobre determinados segmentos. Veja também nossas últimas homenagens ao querido amigo Paulo Heitor Lopes Bruno, que nos deixou em agosto último. Boa leitura!

O caixa é a única área da farmácia em que 100% dos consumidores passarão, tornando-se uma das grandes oportunidades de exposição

Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE COMERCIAL Mariana Batista Pereira

MARKETING DIGITAL Bianca Pereira

ASSINATURAS Morgana Rodrigues

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Laura Martins e Tassia Rocha Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Marcelo Cristian Ribeiro e Silvia Osso

COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ASSISTENTES DE MARKETING Leonardo Grecco e Noemy Rodrigues

IMPRESSÃO Prol Gráfica CAPA Shutterstock

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.:(11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

2017 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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SUMÁRIO #299 OUTUBRO 2017

82

46 > PONTO DE VENDA CAPA

A área do checkout é a única em que todos os consumidores passarão dentro da farmácia. Lugar é perfeito para as vendas por impulso, principalmente de produtos de baixo valor agregado

E MAIS 08 > ENTREVISTA 12 > ANTENA LIGADA 22 > ATUALIZANDO 28 > GUIA ON-LINE 34 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE 36 > DEBATE 44 > PESQUISA

50 > INOVAÇÃO A farmácia está deixando de ser somente uma loja de medicamentos para se tornar um ponto de conveniência. Nesse contexto, cresce a demanda por produtos diferenciados no autosserviço

56 > CONSUMO O brasileiro está enxugando o orçamento doméstico, mas produtos de Higiene & Beleza não perdem espaço. Pelo contrário, marcas de maior valor agregado ganham ainda mais fôlego

82 > SORTIMENTO Oral Care é uma das principais categorias de higiene e o canal farma é um dos mais importantes nas vendas dos produtos. Organização e mix correto são ideais para aumentar as vendas 4

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

ESPECIAL SAÚDE 60 > DEPRESSÃO 68 > APARELHO GASTROINTESTINAL 74 > DOR

88 94 100 106 108

> NUTRIÇÃO > CATEGORIA > EVENTO > HOMENAGEM > SEMPRE EM DIA

ARTIGOS 30 > VAREJO Silvia Osso 32 > GESTÃO Marcelo Cristian Ribeiro IMAGEM: SHUTTERSTOCK


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CATEGORIA

PERÍODO

UNIDADES

PREÇO CONSUMIDOR (R$)

CATEGORIA

ORAL CARE Antisséptico Bucal

Creme Dental

Escova Dental

Pós-Sol

Desodorante

Hidratante

20.806.203

252.962.027

Sabonete

MAT abril/17

20.973.884

275.178.287

Crescimento

1%

MAT abril/16

26.760.802

398.681.935

MAT abril/17

27.464.203

441.872.428

9%

Crescimento

3%

11%

56.780.495

393.603.913

MAT abril/16

48.583.412

193.599.375

MAT abril/17

59.209.805

449.753.188

MAT abril/17

48.880.724

228.794.490

Crescimento

4%

14%

Crescimento

1%

18%

MAT abril/16

36.837.316

369.224.005

MAT abril/16

80.010.961

410.037.710

MAT abril/17

37.353.346

412.561.715

MAT abril/17

81.236.882

498.356.621

Crescimento

1%

12%

Crescimento

2%

22%

MAT abril/16

5.252.043

45.260.158

MAT abril/17

5.079.847

45.733.739

Crescimento

-3%

1%

MAT abril/16

50.368.548

1.329.366.106

MAT abril/17

56.176.483

1.627.481.369

Crescimento

12%

22%

MAT abril/16

29.233.504

536.613.744

MAT abril/17

29.747.477

641.013.545

Crescimento

2%

19%

MAT abril/16

25.135.218

115.095.954

MAT abril/17

24.658.269

127.262.812

Crescimento

-2%

11%

30.274.989

1.492.636.146

MAT abril/17

31.381.138

1.618.498.082

Crescimento

4%

8%

MAT abril/16

664.614

10.713.239

MAT abril/17

781.473

13.967.029

Crescimento

18%

30%

MAT abril/16

121.501.999

1.415.370.496

MAT abril/17

115.702.501

1.488.623.953

Crescimento

-5%

5%

MAT abril/16

34.106.778

753.897.784

MAT abril/17

34.325.873

774.832.297

Crescimento

1%

3%

4.313.924

Preservativo

Absorvente

4.348.814

66.968.586

Crescimento

1%

13%

MAT abril/16

101.253.255

481.629.880

103.186.649 2%

Fralda Infantil

Fralda Adulto

Curativo

HAIR CARE

59.195.774

MAT abril/17

MAT abril/17

Lâmina de Barbear

Lenço Umedecido

MAT abril/16

Crescimento

501.095.344

Xampu Adulto

Xampu Infantil

4% Pós-Xampu

NUTRIÇÃO INFANTIL

Suplemento Infantil

PREÇO CONSUMIDOR (R$)

MAT abril/16

MAT abril/16 Espuma de Barbear

UNIDADES

DESCARTÁVEIS

MAT* abril/16

SKIN CARE

Protetor Solar

PERÍODO

MAT maiol/16

2.832.418

93.385.027

MAT maio/17

2.989.757

107.664.538

Crescimento

5,6%

14,60%

Tintura e Coloração

MAT abril/16

50.693.866

708.811.758

MAT abril/17

52.942.658

794.622.250

Crescimento

4%

12%

MAT abril/16

3.412.967

34.930.684

MAT abril/17

2.849.150

29.247.939

Crescimento

-17%

-16%

MAT abril/16

47.646.103

603.157.325

MAT abril/17

47.188.101

651.680.971

Crescimento

-1%

8%

MAT abril/16

45.023.392

599.029.335

MAT abril/17

44.474.943

616.279.180

Crescimento

-1%

3%

*MAT (Moving Annual Total), em português: Movimento Anual Total. Fonte: QuintilesIMS PM Mix

Diferente do que foi publicado no Guia de Sortimento 2017, os valores das categorias de Oral Care, Skin Care, Descartáveis e Nutrição Infantil tidos como “Faturamento” devem ser considerados em Unidades (correção e complemento acima colocados); os rankings das categorias de Hair Care devem ser considerados em Preço Consumidor; e, todas as informações da categoria de Bomboniere são do Close-Up International Brasil, referentes (MAT/jun-16x17). O suplemento completo atualizado encontra-se disponível no Portal do Guia da Farmácia: www.guiadafarmacia.com.br (Suplementos Especiais). 6

Errata 299.indd 6

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

22/09/17 17:47


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ENTREVISTA - GSK

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017 IMAGEM: DIVULGAÇÃO


Olhar para o paciente A CREDIBILIDADE DE UM NOVO MEDICAMENTO É CONSTRUÍDA A PARTIR DE MUITA PESQUISA, INOVAÇÃO E QUALIDADE, QUE CULMINAM NA EFICÁCIA DO TRATAMENTO, QUE É COMPROVADA NA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA QUE PROPORCIONA AO USUÁRIO

H

POR LÍGIA FAVORETTO

Há mais de 100 anos no mercado, a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) é uma das líderes mundiais na criação de soluções terapêuticas que ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas, atuando no desenvolvimento de produtos inovadores nas áreas de medicamentos com prescrição médica, vacinas e de cuidados com a saúde. Possui uma significativa presença global com atividades comerciais em mais de 150 países, uma rede de 84 unidades de produção em 36 países e grandes centros de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) no Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Bélgica e China. No Brasil, conta com fábricas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Com um olhar sempre orientado para o paciente, atua em constante cooperação com o governo, assim como os mais importantes institutos de pesquisa nacionais, com os quais estabelece alianças estratégicas para suprir necessidades não atendidas no âmbito de saúde, por meio do investimento no desenvolvimento de capacidade local. O presidente da divisão farmacêutica da GSK, no Brasil, Aleksey Kolchin, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia e revela, entre outros assuntos, a importância que o Brasil tem para a companhia. Acompanhe!

Guia da Farmácia • A GSK tem se destacado como uma das principais farmacêuticas no mundo, com mais de 100 anos de atuação no Brasil. Qual a importância do mercado brasileiro para a companhia? Aleksey Kolchin • A GSK tem uma longa trajetória de atividades no Brasil e, ao longo de décadas, tem contribuído para promover uma importante transformação na saúde dos brasileiros. As alianças estratégicas que estabelecemos para apoiar o Programa Nacional de Imunização são um bom exemplo disso. A taxa de mortalidade infantil, no Brasil, foi reduzida em 77% ao longo dos últimos 20 anos graças à vacinação. Além disso, o Brasil foi um dos primeiros países onde introduzimos nossa política de acesso, que visa fazer chegar aos pacientes as mais inovadoras soluções terapêuticas para a prevenção e o tratamento de doenças a preços acessíveis. Lançamos, no País, produtos inovadores, com preços inferiores aos das alternativas disponíveis no mercado até então. Guia • Entre os países emergentes, qual o destaque do Brasil? Kolchin • O Brasil é extremamente importante para a companhia e já ocupa espaço entre os cinco principais mercados para a empresa globalmente. Se observamos os dados da indústria, no Brasil, veremos que a GSK se destaca como uma das multinacionais farmacêuticas que mais 2017 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA - GSK

crescem no País, com atuação nos segmentos de vacinas, doenças respiratórias, HIV (vírus da imunodeficiência humana), além de outras áreas terapêuticas. Quando consideramos o tamanho da população brasileira e, principalmente, com o número de pessoas que sequer foram diagnosticadas com doenças importantes e, consequentemente, ainda não recebem o tratamento adequado, concluímos que ainda temos muito por fazer. Outro aspecto importante é a prevenção. O Brasil tem um dos mais sofisticados e bem-sucedidos programas de imunização do mundo e a GSK, com seu amplo portfólio de vacinas, atua de forma muito próxima do governo por meio de alianças estratégicas que têm sido determinantes ao longo das últimas três décadas para impactar positivamente a saúde pública brasileira. Guia • O comportamento de consumo do brasileiro e os trâmites mercadológicos se diferem muito do restante do mundo? Kolchin • O mercado brasileiro é bem mais sofisticado do que muitos outros em países emergentes. Tem uma cadeia de canais comerciais robusta e bem desenvolvida, o que faz do trade marketing um elemento importante. As grandes redes têm uma participação substancial do mercado. Há muita concorrência de preço e programas de apoio a pacientes bem desenvolvidos. Os processos de reembolso federal, estadual, municipal, assim como seguro privado de saúde ainda são um pouco complicados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desfruta de prestígio em nível global. Portanto, como podemos observar, o Brasil requer atuação com muita inteligência e trabalho em equipe de forma multidisciplinar. A excelência, em todas as frentes, é fundamental para ser bem-sucedido no Brasil. Guia • De que forma se constrói a credibilidade de um medicamento junto à classe médica, ao varejo farmacêutico e à população? Kolchin • De forma geral, a credibilidade de um novo medicamento é construída a partir de muita pesquisa, inovação e qualidade, que culminam na eficácia do tratamento, que é comprovada na melhora da qualidade de vida que proporciona ao paciente. A GSK investe mais de US$ 5 milhões, anualmente, em P&D. Nossa área de P&D emprega 16 mil colaboradores dedicados a pesquisas nas áreas respiratória, HIV/doenças infecciosas, oncologia, doenças raras e vacinas. Isso tem um reflexo importante na confiança que é depositada em nossas vacinas e nossos medicamentos. Outro elemento importante que, acredito, contribui para a credibilidade em nossos produtos é o nosso inovador modelo de interação com 10

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

profissionais de saúde. Temos uma equipe de representantes bem preparada e que é recompensada pela qualidade da informação científica que levam aos médicos e não pelas vendas originadas a partir de suas visitas. Além disso, utilizamos uma ampla e sofisticada gama de canais de interação com os médicos. Guia • Como ser inovador em um mercado cada vez mais competitivo? Kolchin • Para a GSK, a inovação acontece quando combinamos ciência com as necessidades dos pacientes. Nosso objetivo é assegurar que os pacientes tenham a melhor experiência possível com o tratamento, e isto não diz respeito apenas às moléculas. Por exemplo, pacientes de doenças respiratórias precisam realizar uma sequência de procedimentos para garantir que o medicamento chegue até o pulmão. Se isso não for feito de forma precisa, a eficácia do medicamento fica comprometida, pois a molécula não vai atuar como deveria. Para assegurar a eficácia necessária que o tratamento requer, inovamos com a introdução do incrível dispositivo Elipta. Temos muito orgulho das alianças estratégicas que realizamos com o governo brasileiro que inclui projetos de transferência de tecnologia para o desenvolvimento de capacidade local. Também inovamos a partir da introdução de um modelo que representa uma completa disrupção na indústria. Este novo modelo inclui o não pagamento a médicos para que falem em nome da empresa, assim como o patrocínio direto para viagens de profissionais de saúde para congressos. Portanto, a inovação de forma ampla é fundamental para garantir confiança e não há sustentabilidade nos negócios se a empresa não está em constante processo de renovação. No fim, o grande beneficiado é o paciente que vai poder fazer mais, sentir-se melhor e viver por muito mais tempo. Guia • Quais são os dados de faturamento global? Desse montante, qual a porcentagem brasileira? Kolchin • Globalmente, a GSK investe constantemente em P&D de novos produtos. Para este ano, estão previstos os lançamentos de dois novos medicamentos no Brasil. Entretanto, sob uma perspectiva global, a GSK projeta que aproximadamente 40 novas potenciais drogas devam chegar ao mercado até 2020. Além disso, a empresa acredita que 80% dos seus medicamentos têm potencial de ser “primeira classe”, com mecanismos de ação inovadores. Como resultado, muitos destes potenciais medicamentos e vacinas podem oferecer benefícios além dos padrões atuais de tratamento e, em alguns casos, poderiam transformar radicalmente a maneira como os pacientes são tratados.



ANTENA LIGADA

EM EXPANSÃO MELHORA DO CENÁRIO ECONÔMICO AUXILIA NO PROCESSO DE ABERTURA DE NOVAS LOJAS DO VAREJO FARMACÊUTICO. EMPRESAS APROVEITAM MOMENTO PARA MARCAR PRESENÇA EM MAIS PONTOS POR LAURA MARTINS

COOP DOBRARÁ NÚMERO DE FARMÁCIAS

A Cooperativa de Consumo (Coop) anunciou que, dentro de quatro anos, deverá contar com 80 drogarias. Esse número é praticamente o dobro de sua estrutura atual, de 42 unidades – sendo 30 anexas às lojas de autosserviços e outras 12 de rua. Segundo a Coop, o setor de farmácias já detém participação de 17% no faturamento geral da rede, percentual que vem aumentando desde 2013 com a investida em instalação de lojas de rua. www.portalcoop.com.br 12

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

NOVAS LOJAS DA FARMA CONDE

A Farma Conde inaugurou mais três lojas em São Paulo (SP), proporcionando a abertura de 40 vagas de emprego desde setembro último. Com os novos estabelecimentos, a Rede conta com 19 pontos na capital paulista. Em todo o estado, a Farma Conde possui 180 lojas em 70 cidades e tem se expandido por sua política de preços baixos e de democratização do acesso à saúde. O objetivo da empresa é abrir aproximadamente 60 lojas nos próximos meses e chegar a um total de 100 cidades. • www.farmaconde.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO/LEONARDO RODRIGUES


PROGRAMA POSITIVO

O Programa Qualidade Profissional Sandoz chega ao fim com saldo positivo. No total, foram 3.272 profissionais farmacêuticos e de atendimento inscritos e capacitados. Os participantes tiveram acesso aos conteúdos sobre as principais classes terapêuticas existentes, incluindo cardiologia, Sistema Nervoso Central(SNC), anti-infecciosos, gastro, saúde feminina e saúde masculina. Seus conhecimentos foram aplicados em jogos que geraram pontuação para a segunda fase. Os ganhadores visitarão a fábrica da Sandoz no Brasil, localizada em Cambé, no Paraná. Os profissionais farmacêuticos também irão participar de um curso de Farmácia Clínica ministrado em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL). • www.sandoz.com.br

GRANDES NOMES EM DISPUTA

CASA DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Membros pesados, dificuldade de caminhar, confusão mental e perda gradativa da visão. Os sintomas da Esclerose Múltipla (EM), doença que atinge cerca de 30 mil brasileiros, são diversos e representam grande desafio para os pacientes que convivem com eles. Pensada para levar informação e mostrar como é o dia a dia de uma pessoa com a doença, a Merck criou a "Casa da Esclerose Múltipla", espaço montado no Parque Mario Covas, em São Paulo (SP), ficou aberto à visitação entre os dias 23 a 30 de agosto último, para reforçar as ações do Agosto Laranja, mês que marca a luta e conscientização da EM. No local, as pessoas puderam vivenciar uma experiência imersiva em três ambientes, onde era possível sentir os sintomas e limitações da patologia. • www.merck.com.br

O Prêmio Destaque Ascoferj está em sua reta final. Até o fim de setembro último, os associados participaram da segunda etapa de votação, escolhendo somente uma empresa das três indicadas em cada categoria. Ao todo, 26 companhias foram indicadas na primeira etapa. Aché, Emefarma, L’Oréal, Neo Química, Rio Drog’s, Sanofi e Santa Cruz foram indicadas mais de uma vez, ou seja, são candidatas a destaque em mais de uma categoria. A Coty é indicada, pela primeira vez, ao Prêmio na categoria Indústria de Transformação e Coloração Capilar. Também estreante, a Unimarka é indicada como Distribuidor de Produtos de Perfumaria, disputando o troféu com DPC e Zamboni. A Germed Pharma ganhou força nos últimos sete anos, competindo em pé de igualdade com grandes laboratórios do segmento, como EMS, Medley e Neo Química. Indicada na categoria Laboratório de Medicamento Genérico, a empresa está concorrendo com nomes de peso: Medley e Neo Química. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 23 de novembro de 2017, no Windsor Barra Hotel. • www.premiodestaqueascoferj.com.br

OUTUBRO 2017 GUIA DA FARMÁCIA

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ANTENA LIGADA

DROGARIA ONOFRE ABRE ESTABELECIMENTO NO BROOKLIN

A Drogaria Onofre celebrou a abertura de sua nova loja em São Paulo (SP) com clientes e convidados. Localizada no Brooklin, um dos melhores bairros da cidade, está entre os maiores estabelecimentos da rede, onde estão disponíveis aproximadamente 12 mil itens de diversas marcas e internacionais. A nova unidade dá continuidade ao plano de expansão da rede, que abriu oito filiais no ano passado e deve inaugurar outras seis até o fim de 2017. Hoje, a Drogaria Onofre possui 38 pontos de operação. • www.onofre.com.br

FEIRA DE BELEZA

A maior feira de beleza profissional das Américas, Beauty Fair, aconteceu entre os dias 9 e 12 de setembro último, no Expo Center Norte (São Paulo). O evento contou com aproximadamente 500 expositores e mais de mil marcas, com público estimado de 160 mil pessoas entre profissionais, lojistas e empresários. Estiveram presentes no pavilhão Profissional marcas, como Vult, Muriel, MARCO BONI, Belliz, Coty, Impala, Kiss NY, Extratos da Terra, Maybelline, Salon Line, Cless Cosméticos, Risqué, entre outras. As marcas aproveitaram o momento para lançar seus novos produtos. • www.beautyfair.com.br

RD É PREMIADA

A RD, rede de farmácias formada por meio da fusão entre Droga Raia e Drogasil, foi eleita a Empresa do Ano e a Melhor Varejista na 44ª edição do Melhores e Maiores, da Exame. Elaborado em parceria com a equipe técnica da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras (Fipecafi) da Universidade de São Paulo (USP), o estudo avaliou mais de três mil empresas para ranquear as mil principais do Brasil. A RD encerrou 2016 com R$ 11,8 bilhões em receita bruta, crescimento de 25,5%. A empresa abriu 212 novos estabelecimentos, terminando o período com 1.420 lojas em 17 estados brasileiros. • www.rd.com.br 16

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

PFIZER BRASIL COM NOVO PRESIDENTE

A Pfizer Brasil anunciou Carlos Murillo como seu presidente. Com 20 anos de experiência no segmento farmacêutico e 12 anos de empresa, o executivo atuou em diferentes posições de liderança na América Latina e, desde 2013, estava à frente da presidência da Pfizer Chile. Com profundo conhecimento da cultura Pfizer e do mercado farmacêutico latinoamericano, Murillo se destaca por sua visão de negócio, gestão eficiente em diferentes cenários e habilidade na formação de times e desenvolvimento de talentos. • www.pfizer.com.br


EXPO PHARMA 2017 MARCA RIO DE JANEIRO

A Expo Pharma 2017 aconteceu entre os dias 12 e 14 de setembro último, no Riocentro (Rio de Janeiro). O evento recebeu algumas das maiores empresas do atacado farmacêutico e seus parceiros. “Ao longo dos últimos anos, redirecionamos a Expo Pharma para que se tornasse referência em evento setorial para o mercado farma. Durante esse período, assistimos também às mudanças a que cada player, principalmente o varejo, teve de promover para se adaptar às exigências do setor e também ao novo perfil do cliente. ”, afirma a diretora da Open Brasil Promoção e Eventos, Fátima Facuri. • www.expopharma.com.br

CANAL FARMA: ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS?

A sociedade passa por profundas transformações demográficas e tecnológicas e há um déficit no serviço público para atender às demandas relacionadas à saúde. Neste contexto, o canal farma tem ampliado seu papel no campo da saúde. Por isso, o GVcev realizará, no próximo dia 4 de outubro, o evento Canal Farma: Onde Estamos e para Onde Vamos? O objetivo é debater os desafios da saúde, o propósito do negócio farma e sua atuação frente a tais transformações e necessidades. A editora-chefe do Guia da Farmácia, Lígia Favoretto, será a moderadora do painel Paciente 360º: o Papel da Tecnologia. • cev.fgv.br

MERCADO FARMACÊUTICO CRESCE 11,4% BLAU APRESENTA ÓTIMO RESULTADO

A BLAU Farmacêutica fechou o primeiro semestre do ano com crescimento significativo em suas receitas em relação ao mesmo período de 2016. A empresa faturou R$ 345 milhões no País, aumento de 57% em comparação ao ano anterior. No período, seu lucro antes dos impostos foi de R$ 114 milhões. O foco da empresa permanece voltado para Pesquisa e Desenvolvimento de novos medicamentos, aumento da capacidade produtiva com melhoria de eficiência nos processos fabris e expansão geográfica. • www.blau.com.br

O mercado farmacêutico brasileiro continua em ascensão. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas no setor (considerando o preço ao consumidor) totalizaram R$ 99 bilhões, crescimento de 11,4% em relação ao mesmo período de 2016. Foram comercializadas 5,1 bilhões de unidades desde julho de 2016 a junho último, alta de 3,2% sobre o ano anterior. Esses são dados de uma pesquisa da QuintilesIMS, apurados a pedido da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). Se comparados ao acumulado no período de 2015, os resultados são ainda melhores. Há dois anos, as vendas totalizaram R$ 79,4 bilhões e, em unidades, foram 4,6 bilhões. “A demanda é forte, especialmente entre os genéricos, porque o brasileiro está cada vez preocupado com a saúde e tem o acesso mais fácil aos medicamentos”, afirma o presidente da Abradilan, Juliano Vinhal. Nos seis primeiros meses do ano, os associados da Abradilan proporcionaram vendas que totalizaram quase R$ 7 bilhões, 10,2% mais do que o registrado no primeiro semestre de 2016. Em unidades, o volume representou um aumento de 2,2%, passando de 486,4 milhões em 2016 para 497,1 milhões este ano. • www.abradilan.com.br OUTUBRO 2017 GUIA DA FARMÁCIA

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ANTENA LIGADA

HYPERMARCAS É EMPRESA DE MARKETING DO ANO

CONTENTO LANÇA SITE SOBRE MEDICAMENTOS GENÉRICOS

Focada em ajudar os profissionais da área de saúde, a Contento Comunicação acaba de lançar um novo site: medicamentogenerico.com.br, para a consulta de medicamentos genéricos. A procura pode acontecer pelo nome do genérico, referência ou princípio ativo. Além disso, traz informações sobre as diferenças entre medicamentos de referência, similares e genéricos; legislação; intercambialidade; perguntas frequentes sobre o assunto; e infográficos didáticos e esclarecedores. Os medicamentos genéricos são aqueles que possuem o mesmo princípio ativo e em igual quantidade, forma farmacêutica e via de administração que o medicamento de referência. Porém, não levam uma “marca”, somente o nome do princípio ativo. Os genéricos elevam a concorrência do Brasil entre os fabricantes de medicamentos, barateando o custo do tratamento farmacológico a todos os brasileiros. • www.medicamentogenerico.com.br

MELHOR EMPRESA PARA SE TRABALHAR

A Hypermarcas acaba de receber o prêmio Empresa de Marketing do Ano, durante o 8º Fórum de Marketing Empresarial. O evento, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), premia todos os anos os principais profissionais e as iniciativas que contribuem para o desenvolvimento do setor empresarial brasileiro e global. A farmacêutica é a maior anunciante do Brasil, de acordo com o Kantar Ibope Media Monitor e controla a terceira maior agência de propaganda do País, a MY Agência. Neste ano, a empresa manteve no ar 14 campanhas de televisão e rádio para algumas de suas tradicionais marcas de medicamentos, incluindo novos filmes para Benegrip Multi, Engov, Epocler e Estomazil. • www.hypermarcas.com.br

ACHÉ PARTICIPARÁ DE TESTES DE RASTREABILIDADE

O Aché acaba de ser selecionado para participar da fase de testes da rastreabilidade de medicamentos com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O laboratório participará dos testes com o Tandrilax comprimido. Aprovada em janeiro último, a Lei de Rastreabilidade de Medicamentos no Brasil é um tema de alta relevância, tanto para a cadeira produtiva quanto ao consumidor, pois a serialização e rastreabilidade possibilitarão ao consumidor a garantia de origem dos produtos, contribuindo para a inibição da venda de produtos roubados ou falsificados. • www.ache.com.br

A Zodiac Produtos Farmacêuticos ganhou o título de uma das 150 Melhores Empresas para Trabalhar, concedido pela GPTW 2017 (Great Place to Work) no Brasil. O estudo ocorre em 50 países do mundo e é considerado um dos mais importantes no universo corporativo, pois reflete a opinião dos colaboradores das companhias. A pesquisa avalia diferentes indicadores, como liderança, credibilidade, respeito, integridade, comunicação, entre outros. A certificação reconhece as empresas que valorizam pessoas no ambiente de trabalho. • www.zodiac.com.br 20

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017


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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

A linha Fini Natural Sweets acaba de ganhar mais um integrante: o Cálcio + Vit. D. Aliado da saúde dos ossos para homens e mulheres, o produto contém 61 calorias por porção, é livre de açúcares, possui 33% da ingestão diária recomendada dos ativos que dão o seu nome, com aromas e corantes naturais e naturalmente sem lactose. Cada embalagem de 18 g contém balas de gelatina nas versões iogurte de morango, iogurte de coco e iogurte de pêssego, com textura leve e sabor premium. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 • www.mundofini.com.br IMAGENS: DIVULGAÇÃO


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Completando a família SanyD (colecalciferol), o Aché Laboratórios lança a nova apresentação de 50.000 UI (Unidades Internacionais) para o tratamento da deficiência e insuficiência de vitamina D. O produto, que já estava disponível nas concentrações de 1.000 UI, 2.000 UI e 7.000 UI de vitamina D, chega agora na versão com 50.000 UI, recomendada para indivíduos que apresentam forte deficiência do nutriente. Importante nutriente para a saúde e o bem-estar da população, SanyD é indicado para prevenção e tratamento auxiliar da osteopenia e osteoporose na pré e pós-menopausa, além de atuar contra raquitismo, osteomalácia e fraturas em idosos. MS 1.0573.0481 • www.ache.com.br

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A Neo Química disponibiliza ao mercado o medicamento Neocopan® – similar do Buscopan Composto® –, indicado para o tratamento de cólicas menstruais e dores na região da barriga, como, cólica renal e Síndrome do Intestino Irritado. O medicamento, feito à base de butibrometo de escopolamina e dipirona sódica, possui ação rápida e prolongada e pode ser usado por adultos e crianças, a partir de um ano de idade. MS 1.5584.0075 • www.neoquimica.com.br 24

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

Lançado para tornar a troca de fraldas mais prática e higiênica, Aeroglós® é um novo antiassaduras. O produto vem para renovar o mercado de cremes dermoprotetores com a aplicação em spray contínuo, que rende até quatro vezes mais que uma pomada tradicional. Sem a necessidade de espalhar o creme com os dedos, protege a pele dos bebês em poucos segundos e evita a contaminação. A tecnologia única é fruto de mais de nove anos de pesquisa e desenvolvimento e permitiu combinar uma solução de aplicação inovadora e segura com uma fórmula de alta qualidade, com óleo de amêndoas e vitaminas A e E. MS 23.351.021695/2016-12 • www.aeroglos.com.br

YLANA

CIFARMA

A Cifarma lança no mercado o Ylana, contraceptivo oral combinado. Ylana tem em sua composição drospirenona 3 mg + etinilestradiol 0,03 mg, com ação contraceptiva. Além disso, melhora os sintomas associados à retenção hídrica, como distensão abdominal (aumento do volume do abdome), inchaço ou ganho de peso, diminui a acne e reduz o excesso de oleosidade da pele e dos cabelos, devido sua ação antiandrogênica. MS 1.1560.0181 • www.cifarma.com.br



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EZETIMIBA TEUTO

A ezetimiba é um agente antilipêmico indicado para reduzir a quantidade de colesterol e de triglicérides no sangue. O produto age ao reduzir a absorção do colesterol no intestino delgado, enquanto outros hipolipemiantes, como as estatinas e o fenofibrato, diminuem o colesterol de maneira diferente; eles agem no fígado. Portanto, a ezetimiba aumenta o efeito redutor do colesterol das vastatinas e do fenofibrato. Está disponível em embalagens contendo 30 comprimidos de 10 mg. MS 1.0370.0686.004-9 • www.teuto.com.br

NOAFTA®

MASTER FARMACÊUTICA

NoAfta® é uma solução contra as aftas e inflamações bucais e estomatites, principalmente infantil, conhecida como sapinho. O produto é composto por extrato fluido de rosa rubra, mel de abelhas purificado, benzoato de sódio, glicerol e água purificada. É apresentado em frasco spray 30 ml, com moderno aplicador com jato direcionador. MS Produto de notificação simplificada conforme a RDC 199/2006 • www.masterfarmaceutica.com.br

DICLORIDRATO DE BETAISTINA PRATI-DONADUZZI

A Prati-Donaduzzi lançou recentemente o dicloridrato de betaistina, na concentração 16 mg e 24 mg, apresentações com 30 e 60 comprimidos. O medicamento é indicado para o tratamento de Síndrome de Ménière, caracterizada por três principais sintomas: vertigem (sensação de tontura com mal-estar acompanhado de náusea ou vômito), zumbido nos ouvidos e perda ou dificuldade de audição. MS 1.2568.0259.003-2 (16 mg com 30 comprimidos) MS 1.2568.0259.004-0 (16 mg com 60 comprimidos) MS 1.2568.0259.013-1 (24 mg com 30 comprimidos) MS 1.2568.0259.014-8 (24 mg com 60 comprimidos) • www.pratidonaduzzi.com.br

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PAUSEFEMME NATULAB

A Natulab leva às farmácias o PauseFemme, que diminui os sintomas e incômodos da menopausa, como ondas de calor no corpo e no rosto (fogachos) e crises de sudorese noturna. O medicamento fitoterápico é produzido a partir do princípio ativo Glycine max, com extrato vegetal padronizado à base de isoflavonas da soja na concentração de 150 mg. As isoflavonas de soja presentes no PauseFemme têm ações semelhantes aos hormônios produtivos femininos nos vasos sanguíneos e, por isto, trata os principais sintomas da menopausa. MS 1.3841.0070 • www.natulab.com.br


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A maior parte da população aprova a aplicação de vacinas nas farmácias. Entrevistados afirmam confiar no canal farma, além de achar mais cômodo ir aos estabelecimentos ao invés de a uma clínica de imunização. 28

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SAÚDE

Dores de cabeça são comuns a quase toda a população. Saber como prevenir o problema é um dos primeiros passos para que ele não volte a incomodar. Dicas ajudam na orientação correta.

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VAREJO

Medindo seu sucesso com indicadores de desempenho

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ELES SÓ FUNCIONAM QUANDO ALINHADOS ÀS ESTRATÉGIAS E QUANDO SE TEM DISPOSIÇÃO DE SAIR DA ROTINA PARA ACOMPANHÁ-LOS COM EFICIÊNCIA

SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS . Para adquirir os livros, acesse: www.lojacontento.com.br E-mail siosso@uol.com.br 30

Também chamados de KPI (da sigla inglesa Key Performance Indicator, ou Indicador-Chave de Performance), os indicadores de desempenho têm sido muito usados no mercado. São métricas que quantificam a performance da empresa de acordo com objetivos organizacionais. Para que os indicadores contribuam no controle da empresa, são necessários objetivos claros na definição das metas a alcançar. A partir daí, podem monitorar a evolução dos resultados, servindo como referência para o processo de tomada de decisão e criação de estratégias de melhoria. Os indicadores de desempenho mais usados pelas empresas de sucesso são: Indicador de lucratividade: empresários se preocupam em acompanhar o faturamento da empresa e, não raro, se deparam com resultados positivos, mas o dinheiro não sobra. Se o faturamento foi positivo, mas o dinheiro não está disponível, é sinal de que as despesas andam elevadas e é preciso resolver isso. O cálculo do percentual de lucro sobre o faturamento ajuda a entender melhor que caminho o negócio tem seguido e que ações podem melhorar os resultados. Uma forma de analisar se a lucratividade do negócio está em bom estado é compará-la com a lucratividade média do mesmo setor no mercado. Valor do tíquete médio: permite entender como funciona a dinâmica de ven-

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

das e pode ser acompanhado de três formas: por venda, por cliente e por vendedor. Com esses parâmetros, é possível identificar a performance do setor de forma mais ampla e identificar ações que podem maximizar os resultados ou pontos que necessitam de melhoria. Por exemplo: se acompanha o tíquete médio por vendedor, consegue identificar quais se saem melhor. A partir daí, vale investigar os motivos e implementar soluções, como a de investir mais na capacitação de vendedores ou na criação de programas de incentivos. Taxa de sucesso em vendas: auxilia a entender qual é o índice de vitórias em cada negociação realizada pela empresa. Ela pode ser medida estabelecendo a relação entre a quantidade de vendas que foram efetivamente fechadas e a quantidade total de oportunidades que foram abertas em determinado período. Ao medir as taxas de sucesso, é possível identificar qual é o maior gargalo nas vendas. Por exemplo: se os clientes desistem logo no início, o problema pode estar relacionado à abordagem dos vendedores. Em um momento seguinte, pode ser falta de oferta de possibilidades de pagamento. Índice de turnover: o grau de rotatividade dos funcionários ajuda a entender questões internas da empresa. Grandes taxas de turnover sinalizam problemas de liderança, de clima organizacional e de valorização dos colaboradores. IMAGEM: DIVULGAÇÃO


2017 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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GESTÃO

O farmacêutico competente UM CONJUNTO DE HABILIDADES FAZ COM QUE O PROFISSIONAL SE DESTAQUE FRENTE À CONCORRÊNCIA E SE TRANSFORME EM ALGUÉM CONFIÁVEL E DE CREDIBILIDADE

I MARCELO CRISTIAN RIBEIRO Farmacêutico e consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento

Iniciamos o artigo lembrando o que é competência, um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que juntos formam a aptidão para cumprir a tarefa de forma competente, excelente. Competências que diferenciam no contexto do empregador (farmácia) e trazem muito valor ao farmacêutico. Conhecimento: técnico, específico e humano. É o saber técnico, específico e também o conhecimento humano. Tão útil e imprescindível para o profissional. Aqui, enquadramos as formações, os estudos, os livros lidos e toda a gama de conhecimentos. Habilidade: todo esse conhecimento adquirido na formação, de maneira isolada, não é suficiente para o profissional ser competente, seguro e um diferencial, como proposto no artigo. É necessário a habilidade, o fazer com segurança, confiança e qualidade neces-

sária para encarar todos os desafios que o mercado de trabalho tem. Atitude: já temos todo o conhecimento, a habilidade em fazer aquilo, adquiridos pela aplicabilidade do conhecimento e agora temos a atitude. O querer fazer, o querer aplicar. Se o conhecimento é o saber, a habilidade é o saber fazer... a atitude é o querer fazer. Atitude está ligada à ação, ao porquê está fazendo o que está fazendo, à escolha, ao julgamento, à decisão. Esse conjunto de três letras “CHA” torna o farmacêutico ideal, imprescindível e capaz de atuar como um diferencial para as farmácias do País. Alguém que faz a diferença, que sempre possui emprego, ganha mais que todos e que é requisitado por seus pacientes. Estuda, é especialista e possui atitudes de um farmacêutico competente. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017


Renda-se ao novo clássico. O esmalte que todo mundo adora, agora com uma fórmula ainda melhor. Branco Natural

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Tabloide


POR QUE TÉCNICO EM FARMÁCIA NÃO PRECISA DE CRF? ELE PODE TRABALHAR NORMALMENTE EM FARMÁCIA COMO ATENDENTE? PERGUNTA ENVIADA POR LEILA CRISOSTOMO – ALTO PARAÍSO (PR)

P

Profissões regulamentadas são aquelas definidas por lei e com uma regulamentação própria, de direitos e garantias, tais como piso salarial, jornada de trabalho, adicionais, exames médicos. Elas possuem regimento próprio, não importando a categoria predominante dos demais empregados da empresa ou empregador em que o referido profissional está inserido, trabalhando. A ideia de criação de órgão profissional de farmácia começou em 1936. Em 11 de novembro de 1960, com a Lei 3.820, foram criados o Conselho Federal de Farmácia (CFF) e os Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs), sendo estes dotados de personalidade jurídica, de direito público, com autonomia administrativa e financeira.

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

Os Conselhos são destinados a zelar pelos princípios da ética e da disciplina da classe dos que exercem qualquer atividade farmacêutica no Brasil. Portanto, farmacêutico de acordo com a CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES (CBO) – MINISTÉRIO DO TRABALHO (MT)1: Norma Regulamentadora: • Lei 3.820, de 11 de novembro de 1960 – Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia e dá outras providências. • Decreto 85.878, de 9 de abril de 1981 – Regulamenta a Lei 3.820/60. * Alterações: Lei 9.120/95; Lei 4.817 e Lei 5.724/71. Segundo o Código de Ética Farmacêutica: o farmacêutico é um profissional da saúde, cumprindo-

-lhe executar todas as atividades inerentes ao âmbito profissional farmacêutico, de modo a contribuir para a salvaguarda da saúde e, ainda, todas as ações de educação dirigidas à coletividade na promoção da saúde. Em seu Art. 4º – O farmacêutico responde individual ou solidariamente, ainda que por omissão, pelos atos que praticar, autorizar ou delegar no exercício da profissão. Segundo a Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 521,de 16 de dezembro de 2009: Art. 2º – Estão sujeitos a inscrição, nos Conselhos Regionais de Farmácia, os bacharéis em Farmácia, os não farmacêuticos, nos termos do artigo 14 da Lei 3.820 de 11/11/1960. FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


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LUIZ ANTONIONICOLETTI DE LIMA MARIA APARECIDA Farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP)

§ 1º – É bacharel em Farmácia o profissional diplomado em curso superior de graduação em Farmácia devidamente reconhecido pelo Ministério da Educação (ME) . § 2º – São profissionais não farmacêuticos os práticos e oficiais de farmácia licenciados e provisionados e os auxiliares técnicos de laboratórios industriais farmacêuticos, laboratórios de análises clínicas e laboratórios de controle e pesquisas relativas a alimentos, drogas, tóxicos e medicamentos, preenchidos os requisitos do Regimento Interno do Conselho Regional de Farmácia (CRF). § 3º – São auxiliares técnicos os egressos de curso técnico de segundo grau devidamente reconhecido, conforme regulamentação expedida pelo Conselho Nacional de Educação, os quais não terão direito à assunção de responsabilidade técnica por estabelecimentos inscritos nos CRFs. Saliente-se que de acordo com a CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES, há menção para: - Auxiliar de Farmácia – Código CBO: 5152-10. - Atendente de Farmácia – balconista Código CBO: 5211-30 – Sinônimo: Ajudante de Farmácia – CBO: 5211-30. Em maio de 2017, a Comissão de Trabalho, de Administração e

Serviço Público aprovou proposta que regulamenta o exercício da profissão de auxiliar de farmácias e drogarias. Pelo texto, só poderá exercer a atividade o trabalhador com nível médio completo e curso profissionalizante. Será exigido ainda do funcionário registro na Carteira de Trabalho que comprove o ofício em farmácias e drogarias. O substitutivo incluiu a obrigação de os auxiliares de nível médio terem curso técnico de nível médio na área e estarem inscritos no CRF da sua localidade. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.2 O atendente de farmácia – balconista é o profissional que atua diretamente sob a supervisão do farmacêutico, portanto, deverá executar as atividades estabelecidas pelo farmacêutico e em seu grau de competência. O atendente deverá ter formação compatível com as atividades a ser executadas, além de treinamentos frequentes. As atividades do atendente estão sob a responsabilidade do farmacêutico que estará atuando de acordo com o Código de Ética da Profissão Farmacêutica (Art. 4º – O farmacêutico responde individual

ou solidariamente, ainda que por omissão, pelos atos que praticar, autorizar ou delegar no exercício da profissão), portanto, esse colaborador deve estar sob a supervisão direta do farmacêutico, realizando as ações permitidas dentro de sua área de competência. Há uma quantidade expressiva de drogarias, farmácias de manipulação, hospitais, indústrias farmacêuticas, instituições de saúde e, dessa maneira, se faz necessária a presença de profissionais qualificados adequadamente para se inserir neste segmento e suprir suas necessidades. Entre as atribuições do atendente, estão a organização do ambiente de trabalho, a ajuda nas atividades do farmacêutico e o zelo pela ética profissional e comercial na venda de produtos prescritos por profissionais da saúde. Sua atuação envolve setores de dispensação e logística de produtos farmacêuticos e cosméticos, em farmácias e drogarias comunitárias públicas ou privadas, farmácias hospitalares e de Unidades Básicas de Saúde (UBS), distribuidoras de medicamentos, insumos e correlatos, bem como, de processos administrativos pertinentes aos segmentos farmacêuticos. Portanto, sua atividade profissional é importante e colaborativa ao farmacêutico.

REFERÊNCIAS: 1. http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/regulamentacao.jsf; 2. http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/534883-TRABALHO-APROVA-REGULAMENTACAO-DE-AUXILIAR-DE-FARMACIA-E-DROGARIA.html. 2017 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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DEBATE

Empoderados e digitais

COM O CELULAR EM MÃOS PARA FAZER SUAS CONSULTAS DE PREÇOS, PRODUTOS E TRATAMENTOS E VALORIZANDO UMA EXPERIÊNCIA DE COMPRAS RÁPIDA, INTERATIVA E SEGURA, OS CONSUMIDORES LEVAM AS FARMÁCIAS PARA UMA NOVA ERA

A

POR KATHLEN RAMOS

A crise econômica brasileira não se reflete no varejo apenas pela queda no consumo. Um efeito que exige atenção dos players da área é que, com o bolso mais apertado, o consumidor se torna mais seletivo. Afinal, o orçamento restrito pede escolhas inteligentes, tanto de produtos quanto de pontos de venda (PDVs). Entretanto, essa seletividade no consumo não é consequência, apenas, da situação econômica. O crescente acesso dos brasileiros à informação também é preponderante.

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

Com o celular na ponta dos dedos, o shopper consegue comparar preços, mercadorias, canais de venda e tudo mais de que precisar, tomando a decisão da lista de compras antes de sair de casa. Em uma era de tanta concorrência entre lojas e produtos, essa realidade se intensifica, fazendo com que as compras não sejam escolhidas apenas pelo preço. Podem ser levados em conta experiência de compras, prestação de serviços, atendimento, conveniência, entre diversos outros fatores factíveis ou subjetivos, mas capazes de fazer toda a diferença na hora da escolha pela preferência. IMAGENS: SHUTTERSTOCK



DEBATE

Nesse sentido, assim como todo o varejo, as farmácias precisam estar atentas a esse comportamento, de um consumidor digital e emponderado, que requisita excelência na hora de investir sua renda. Acompanhe, a seguir, comportamentos que não podem ser deixados de lado pelo canal e como algumas farmácias pelo País têm se adaptado a esse novo perfil de compras. 1. Consumidor omnichannel Utilizar lojas físicas ou virtuais, simultaneamente, e esperar a mesma experiência na hora de efetuar a compra já é uma característica marcante entre os brasileiros. O canal farma, que tem entrado de forma gradativa ao e-commerce, já começa a sentir os efeitos dessa realidade. Segundo a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, por aqui, o comércio eletrônico das farmácias tem sido uma fonte de pesquisas de preços a distância. “Depois da pesquisa, o consumidor se dirige ao PDV para ‘barganhar’ mais descontos, ofertas ou substituição de produtos por outros de tão boa qualidade, mas com preços mais baixos”, diz. A Ultrafarma, por exemplo, já está atenta a essa prática. “Fazemos questão de praticar o mesmo preço, tanto no ponto físico quanto no e-commerce. Como complemento à unidade de preço, priorizamos um atendimento humanizado via chat, televendas e mídias sociais. São quase 200 colaboradores contratados, pois não terceirizamos a relação com o cliente”, mostra a diretora de marketing da empresa, Lana Bitu. A rede Pague Menos e outras de grande porte também estão atentas à questão dos preços. Assim, ao entrar no Portal de compras da loja, o cliente precisa selecionar o seu estado. Essa ação faz com que a rede se adapte para uma determinada região e traga os preços praticados nela, até por conta de questões tributárias de cada área. A Drogaria Onofre, considerada uma das pioneiras do setor em vendas on-line, também tem conseguido conquistar esse mercado ainda pouco explorado. “Hoje, as vendas pelo e-commerce representam 40% do faturamento da empresa. Temos realizado fortes investimentos para logo integrar toda a experiência dos clientes, independentemente do canal”, sinaliza o diretor de marketing da companhia, Eduardo Magion, acrescentando que, nas três capitais onde atua com lojas físicas, são oferecidos serviços de entrega expressa, que podem ser realizados em até quatro horas, para as compras efetuadas até às 21h. Apesar de cases de sucesso como esses serem cada vez mais frequentes, o e-commerce ainda não deslanchou nas farmácias. O presidente executivo da Associação Brasileira 38

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

AVANÇOS DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PELA TECNOLOGIA Não é só o consumidor que adere ao formato digital. Já estão sendo desenvolvidas novas soluções para que as farmácias também sejam capazes de usar a tecnologia a seu favor. Durante o Abrafarma Future Trends 2017, foi anunciado o desenvolvimento de um novo software que promete ajudar na gestão dos serviços farmacêuticos: o ClinicaRx. O sócio fundador desse novo sistema, Cassyano Correr, explica que a solução foi apresentada em agosto de 2017 e, até o fechamento desta edição, estava em fase de pré-comercialização para redes interessadas em testes numa etapa-piloto. “O ClinicaRx permite criar um registro eletrônico de todos os atendimentos clínicos que se faz na farmácia”, conta. Quando as informações sobre um paciente são inseridas nesse sistema, ele também é capaz de disponibilizar inteligências e algoritmos, trazendo respostas automáticas a respeito da melhor interpretação do resultado, orientação adequada que o farmacêutico pode fazer ao paciente e as recomendações de encaminhamento ao médico. “O software também dá suporte total à gestão de pacientes crônicos, para o estímulo à adesão do tratamento, à aplicação de vacinas na farmácia, ao gerenciamento de tratamentos, à prescrição farmacêutica e a uma série de outros parâmetros”, resume o executivo.

das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, acredita que poderá haver uma mudança nesse comportamento se as normas brasileiras permitirem fazer o que já é praticado nos Estados Unidos. “Por lá, há um modelo chamado ‘refil’, em que o paciente pode baixar um aplicativo da farmácia e solicitar, ao médico, a renovação da receita, eletronicamente, sem a necessidade de voltar ao consultório. A compra se torna automática. Se chegamos a esse patamar no Brasil, as compras vão decolar”, projeta. Para o diretor da consultoria Inteligência de Varejo, Olegário Araújo, também existem desafios mercadológicos


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DEBATE

A CONVENIÊNCIA É ALGO QUE SEMPRE FOI BUSCADO NO CANAL FARMA E QUE, PELA FALTA DE TEMPO DA POPULAÇÃO, GANHA MAIS IMPORTÂNCIA. CLIENTES DE FARMÁCIA GOSTAM DE COMODIDADE NAS FORMAS DE PAGAMENTO, ALÉM DE VELOCIDADE E AGILIDADE NO ATENDIMENTO importantes (preço) e operacionais (processos e sistemas) para ser vencidos. “O cliente quer ter uma solução conveniente e uma boa experiência, mas que passa um site responsivo (acessível de qualquer equipamento), intuitivo, seguro e com informações corretas do produto. A qualidade do cadastro (informações básicas do produto) e a imagem (a interação com o item virtual) ainda comprometem muitas operações”, pondera. Em relação ao comportamento do consumidor, que pesquisa preços antes de fazer suas compras, vale um alerta. “As farmácias precisam ser mais proativas e não apenas reagir ao preço da concorrência. Somente reagir pode afetar a lucratividade do negócio”, finaliza. 2. Busca por promoções Há algum tempo se destacando nos PDVs, as promoções seguem firmes e fortes entre as preferências do consumidor, segundo aponta o estudo Winning the Future, realizado pela Kantar Worldpanel, entre abril de 2016 a março deste ano. O Brasil está entre os países que mais geraram valor em ofertas especiais (40,1%) no primeiro trimestre de 2017. A pesquisa indica que 80% dos consumidores brasileiros compraram itens em promoção no último trimestre, sendo que 55% deles afirmaram que a oferta especial é o principal fator na hora da escolha da loja. Assim, algumas farmácias pelo País começam a atrair o consumidor utilizando essa tática e de forma personalizada, para resultados mais assertivos. A Raia Drogasil é um exemplo, segundo Mena Barreto. “Quando o cliente chega a uma das lojas da rede, recebe um cupom com ofertas de produtos personalizadas de acordo com o seu Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). São indicadas ofertas com base em produtos já comprados pelo consumidor ou com os quais ele poderia se interessar”, conta. 3. Era dos aplicativos Que os brasileiros aderiram aos aplicativos, não é mais segredo. Com tantos celulares em mãos, é natural que haja mais maturidade no uso dessas soluções, inclusive para compras. 40

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Uma pesquisa recentemente divulgada pela Panorama Mobile Time e o Opinion Box revelou que 46,2% dos internautas do País com smartphone já fizeram compras dentro de um app. As farmácias já têm usado esse hábito em seu favor, seja para aumentar as compras, como também para atrair mais clientes à loja. A comprovação dessa realidade vem por meio de números apresentados pelas redes associadas à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), que adotaram, há cerca de um ano, uma ferramenta que a entidade desenvolveu em parceira com a Stefanini Inspiring. Um grande destaque do projeto foi o chat do aplicativo, pelo qual os consumidores trocaram mensagens com as lojas. Por meio dessa ferramenta, eles buscaram, principalmente, atendimento farmacêutico e informações sobre produtos. Dados referentes ao mês de julho último apontaram que a frequência nas farmácias das redes de um cliente com aplicativo instalado em seu smartphone foi de 2,3 vezes por mês, já a de um cliente sem aplicativo contabilizou 1,6. Mas o impacto maior está em relação ao tíquete médio mensal consumido pelos clientes, sendo o valor com aplicativo de R$ 90,97, e de quem não tem aplicativo de R$ 68,89. “A diferença se justifica pela capacidade de fidelização que a ferramenta proporciona, pois está sempre municiando os clientes de informações pertinentes e promoções que se enquadrem em suas reais necessidades. É de enorme serventia para o cliente, pois a tecnologia é utilizada, por exemplo, para identificar os padrões de consumo e oferecer as promoções que realmente sejam relevantes”, explica o diretor de operações da Febrafar, Ney Henrique Arruda Santos. Atualmente, já são 12 redes (769 lojas) ligadas à entidade que aderiram ao aplicativo e são desenvolvidas sete campanhas, entre elas, de boas-vindas, cupons de descontos e uso contínuo. A Drogaria Onofre, igualmente, tem investido no mobile. Recentemente, lançou a uma nova versão de seu aplicativo


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DEBATE

para Android e iOS, apostando num diálogo ainda mais próximo com o cliente. “A nova versão traz banners de destaque, navegação por categorias de produtos, busca e detalhamento das mercadorias, informações de Servicço de Atendimento ao Consumidor (SAC), link para as redes sociais da Onofre, relação das lojas físicas, entre outras”, enumera Magion. Com isso, o faturamento nos canais eletrônicos da Onofre deve receber um incremento de 10% até o fim do ano. Para Araújo, um dos segredos para farmácias conquistarem bons resultados via aplicativos é sair do limite da divulgação de preços. “Num ambiente altamente tecnológico, o toque humano é fundamental. É a combinação desses fatores que permitirá o varejista conquistar a mente (a razão ou o bolso), mas também o coração dos clientes e assim construir uma relação de longo prazo”, ensina o consultor. 4. Conveniência e prestação de serviços A conveniência é algo que sempre foi buscado no canal farma e que, pela falta de tempo da população, ganha mais importância. “Clientes de farmácia gostam de comodidade nas formas de pagamento, além de velocidade e agilidade no atendimento. As farmácias com Atenção Farmacêutica ou Consultório Farmacêutico também têm sido bem-vistas junto aos clientes, principalmente com aqueles com mais idade e baixo poder aquisitivo”, sinaliza Silvia. As farmácias de grande porte têm investido para aprimorar a conveniência. A Ultrafarma, por exemplo, já conta com uma equipe de 200 colaboradores no televendas/SAC e de 250 motoboys contratados, que entregam o pedido de 12 a 24 horas após ele ser feito (entregas na Grande São Paulo). Além disso, suas lojas físicas dispõem de, aproximadamente, 100 colaboradores com conhecimento técnico para dispensação de medicamentos, apoiados por grupo de farmacêuticos em tempo integral, prestando serviço de Atenção Farmacêutica. “Com treinamentos, desenvolvimento e capacitação, as farmácias da marca têm tempo médio de atendimento de sete minutos”, constata Lana. 5. Mídias sociais Divulgação de ofertas e descontos, somadas a orientações sobre doenças e prevenção – seja via Facebook, Instagram e WhatsApp – têm sido táticas usadas pelas farmácias para divulgação de suas marcas nas redes sociais. Esta aposta é extremamente válida. A pesquisa Panorama Mobile Time e o Opinion Box, que entrevistou brasileiros que acessam a internet e possuem smartphone, já identifica que o WhatApp é o aplicativo mais presente nos celulares dos brasileiros, com 42

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66% de usuários; seguido pelo Facebook (57,4%); e Instagram (32,4%). Para atender a essa realidade, a Ultrafarma tem uma equipe digital voltada, exclusivamente, para as estratégias não apenas de mídia (que tem como premissa a conversão em vendas), mas também de mídias sociais, de forma que sejam mais do que relevantes: que agreguem valor ao consumidor. A Onofre também tem buscado usar as redes sociais, inclusive com foco em cativar seus clientes por meio da informação, incentivando-os à prevenção de doenças. “Firmamos uma parceria com o especialista em qualidade de vida e saúde Marcio Atalla, que será o embaixador da marca pelos próximos dois anos. Inclusive, ele está comandando a webserie Desafio Onofre – 90 dias para mudar sua vida, que visa incentivar as pessoas para um estilo de vida mais saudável”, diz Magion. 6. Experiência e fidelidade A experiência do consumidor no canal farma tem se transformado e o layout das lojas é a parte mais visível desta transformação. A Ultrafarma é um exemplo. “Nossas lojas começaram a passar, em agosto último, por uma renovação de espaço e de comunicação que visa a uma experiência de compra mais confortável, dinâmica e rica em conteúdo. Incluímos, inclusive, uma agenda de degustação de produtos e permanente consultoria de nutricionistas”, revela Lana. Também este ano, em fevereiro, a Drogaria Onofre deu início a um novo projeto arquitetônico às lojas, a fim de melhorar e simplificar a experiência de navegação e compra. “Hoje, os mais de 12 mil itens, de variadas marcas, estão disponibilizados em quatro setores: Sentir-se bem [conveniência de saúde, medicamentos com prescrição e Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPS)]; Cuidar de Você (produtos de higiene, beleza e dermocosméticos para homens e mulheres); Viver Melhor (vitaminas e itens destinados a diabéticos e pessoas da terceira idade); e Pais e Filhos (dedicado a grávidas e ao dia a dia dos bebês)”, descreve Magion.



PESQUISA

Bons olhos aos serviços clínicos ESTUDO REALIZADO COM MORADORES DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO REVELA QUE, PARA O CONSUMIDOR, A APLICAÇÃO DE VACINAS DENTRO DAS FARMÁCIAS SERIA UTILIZADA PELA POPULAÇÃO

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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Grande parte dos cariocas (74%) usaria os serviços de vacinação, caso fossem oferecidos por farmácias e drogarias da cidade, de acordo com uma pesquisa encomendada pela Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj). A vacinação nos estabelecimentos farmacêuticos da capital carioca foi autorizada pela Lei Complementar 167/16, mas ainda aguarda regulamentação por parte da Secretaria Municipal de Saúde. Para o presidente da Ascoferj, Luis Carlos Marins, o resultado não é uma surpresa, tendo em vista a carência da população no âmbito de saúde. “O serviço de vacinação em farmácias e drogarias beneficia os consumidores

em vários sentidos: de acesso, devido à capilaridade dos estabelecimentos, e econômico, pois temos a certeza de que o valor da vacina será mais baixo do que o cobrado nas clínicas”, avalia. De acordo com ele, o setor não quer privilégios para si e nem todas as lojas devem disponibilizar as vacinas; somente aquelas localizadas em pontos estratégicos e dispostas a se adequarem às normas sanitárias para vacinação passarão a oferecer o serviço. Mais da metade dos entrevistados (54%) reconhecem a figura do farmacêutico e 74% já pediram auxilio a ele, ao menos uma vez, avaliando que o atendimento foi útil. Além disso, 74% utilizariam o serviço de acompanhamento e orientação sobre o uso de medicamentos, mas somente 30% pagariam por ele.

OPINIÕES SOBRE OS SERVIÇOS CLÍNICOS NAS FARMÁCIAS Verificação de pressão, o (a) Sr. (a) utilizaria?

Aplicação de vacinas, o (a) Sr. (a) utilizaria?

74,2% – Sim 23,3% – Não 2,5% – Talvez

Aplicação de vacinas, o (a) Sr. (a) pagaria?

62,8% – Sim 22,6% – Não 14,6% – Talvez

75% – Sim 20% – Não 5% – Talvez Verificação de pressão, o (a) Sr. (a) pagaria?

51% – Sim 31% – Não 18% – Talvez

Aplicação de medicamentos injetáveis, o (a) Sr. (a) utilizaria?

79% – Sim 18% – Não 3% – Talvez Aplicação de medicamentos injetáveis, o (a) Sr. (a) pagaria?

82% – Sim 8% – Não 10% – Talvez

Realizar curativos de pequeno porte, o (a) Sr. (a) utilizaria?

64% – Sim 31% – Não 5% – Talvez

Realizar curativos de pequeno porte, o (a) Sr. (a) pagaria?

58% – Sim 24% – Não 18% – Talvez

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PONTO DE VENDA

Na boca do caixa

O CHECKOUT É A ÚNICA ÁREA DE UMA LOJA EM QUE 100% DOS CONSUMIDORES PASSARÃO. VAREJISTA DEVE SABER APROVEITAR O FLUXO DE PESSOAS PARA AUMENTAR O TÍQUETE DE MÉDIO DA FARMÁCIA

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POR LAURA MARTINS

Sabe aquele produto que o consumidor quer comprar, mas ainda não sabe? O checkout é o local perfeito para apresentar esses itens e impulsionar as compras por impulso. Isso porque o caixa é a única área da farmácia em que 100% dos consumidores passarão, tornando-se uma das grandes oportunidades de exposição. “O checkout é a principal área no ponto de venda (PDV) que gera compras por impulso, já que é

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

onde praticamente todos os shoppers frequentam (apenas os que não compraram nada não transitam neste local da loja) e, em muitos casos, acabam ficando uma boa parte do tempo de sua jornada ao esperar na fila”, comenta o gerente de gerenciamento por Categorias da Mind Shopper, Cristiano Samara. A ideia é trabalhar a área para buscar uma compra por impulso ou para lembrar o shopper de alguma necessidade. Ou seja, a rentabilidade de uma loja pode ser IMAGENS: SHUTTERSTOCK


melhorada ao se organizar adequadamente o checkout, com os produtos certos, de forma ordenada e sem parecer uma liquidação. O resultado é um tíquete médio e uma lucratividade maiores. Para que as vendas sejam bem-sucedidas, é preciso que o mix de produtos escolhido seja assertivo. Os itens devem despertar o interesse e desejo de compra, ainda que não estejam na memória do consumidor. É o caso dos chocolates, balas, chicletes, confeitos, bebidas geladas, sorvetes, pilhas, salgadinhos, aparelhos para barbear, preservativos, entre outros. Segundo a consultora especialista em varejo farmacêutico, Silvia Osso, os produtos devem ter quatro principais requisitos para estarem no checkout: ter baixo valor agregado, ter baixa complexidade de compra, ser pouco lembrado e ter giro médio ou alto de venda. O sortimento deve ser baseado no que o consumidor deseja dentro da categoria. Por ser uma área nobre, os produtos expostos neste local devem ter um alto giro, sendo de marcas de boa imagem, para equilibrar as expectativas entre o varejo e a indústria. O gerente do canal farma na Fini, Daniel Carvalho, analisa que a política de preço adequada é essencial,

O IMPULSO DA COMPRA A venda por impulso acontece basicamente de duas maneiras: ao lembrar o shopper de uma necessidade ou ao criar uma necessidade. Na primeira situação, o objetivo é expor em pontos estratégicos alguns produtos de uso recorrente e do dia a dia do consumidor, para lembrálo da existência destes itens e, caso ele necessite, efetue a compra. São produtos, como: pilhas, lâminas de barbear, blister de medicamentos, kits de escova e pasta de dente para viagem, entre outros. No segundo caso, o foco está em mostrar produtos de que o shopper não necessariamente precisa, porém pode querer consumir naquele momento. É o caso de snacks, revistas e sorvetes. Fonte: gerente de gerenciamento por Categorias da Mind Shopper, Cristiano Samara

já que o consumidor tem migrado entre lojas e canais a fim de conquistar vantagens no momento da compra. “Atualmente, fazem parte do checkout os itens de bonbonnière (consumo de oportunidade), alguns medicamentos de uso corriqueiro e produtos de higiene pessoal. Essa área pode representar até 40% do faturamento da loja”, revela ele. Somente a categoria de balas, pastilhas e gomas chega a ter até 70% de seu faturamento nesse espaço. A farmácia deve estar preparada, ainda, para trabalhar com a época do ano mais favorável à exposição de certos produtos. A sazonalidade determina o tipo de produto que deve ser exposto. Na época de inverno, há muitos medicamentos, como antigripais, analgésicos e antitérmicos, lenços descartáveis, vitaminas, termômetros, protetores labiais, álcool em gel. Enquanto para a primavera e o verão, a maioria deles deve ser alterada. O calendário alavanca as vendas também em datas especiais. É o caso de preservativos, que podem ter maior exposição no carnaval/verão, Dia dos Namorados, Dia do Sexo e Dia da Luta contra a Aids. O diretor executivo da DKT do Brasil (dona das marcas Prudence e Andalan), Daniel Marun, explica que os preservativos acabam sendo uma compra por impulso. “O shopper de preservativo, de maneira geral, tem certa inibição em pedir pelo produto e até de esclarecer alguma dúvida. Por este motivo, a exposição da categoria é muito importante. É preciso que o preservativo esteja bastante visível, de fácil acesso, para que o shopper possa fazer sua escolha sem que necessariamente precise de auxílio”, frisa. Na contramão da maior parte dos produtos ofertados, há crescimento da oferta de serviços que chamam o consumidor diretamente ao caixa. É o caso da recarga de crédito no celular, que coloca a farmácia em um posto de ponto de conveniência. Atualmente, o canal farma é um dos principais destinos dos consumidores que precisam fazer uma recarga no seu celular. Ainda assim, as lojas podem trabalhar melhor sua comunicação, para informar todo o fluxo de pessoas sobre o serviço (com melhor sinalização no estabelecimento). “É um serviço interessante para as farmácias, primeiro pela conveniência e pelo tíquete médio. O produto pode ser considerado de alto tráfego, então agrega valor rapidamente ao estabelecimento. Por último, ao crescer o tráfego de pessoas, aumenta a chance de o cliente consumir outros produtos da farmácia”, comenta o diretor de marketing da epay, Rogério Lima. 2017 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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PONTO DE VENDA

INVESTIMENTO CORRETO Entre os produtos mais importantes para a área de checkout, estão:

Alimentos • Chocolates • Balas • Drops • Caramelos • Chicletes • Chips • Batatas • Biscoitos

Líquidos • Refrigerantes • Sucos • Achocolatados • Energéticos e isotônicos • Água mineral • Água de coco

Utilidade geral • Pilhas e baterias • Lenços de papel • Cortador de medicamentos • Porta-medicamentos Higiene • Álcool em gel • Inseticidas • Aromatizantes • Desodorizantes

Não existe uma lei federal que permita ou barre a comercialização dos produtos no checkout. A regulação acontece por meio de leis estaduais ou municipais. Por isso, cabe ao varejista se informar sobre as regras de sua região. Fontes: consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso; e advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj), Gustavo Semblano

ORGANIZANDO O CAIXA É muito importante que o checkout esteja ordenado, sem parecer que é apenas um “saldão”, com produtos misturados e desorganizados. Caso contrário, pode-se passar a impressão de que o varejista está simplesmente interessado em se livrar dos produtos. A desorganização deixa os clientes confusos, diminuindo a compra por impulso. Silvia comenta que os produtos devem ser agrupados, preferencialmente, por categoria. As barrinhas de cereais devem estar todas juntas, assim como balas, chocolates e todo o mix que será apresentado na área de checkout. Além disso, caso a loja tenha espaço, pode ser trabalhada a “fila incentivada” em direção ao checkout, onde podem ser expostos os kits promocionais que ajudam a aumentar a venda. Os produtos maiores são mais bem trabalhados nessa fila, já que o checkout pode não ter espaço para eles. “Existe um tempo de espera na fila das drogarias, então um corredor modulado especialmente para entreter o consumidor, com exposição organizada, layout atraente e 48

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mix diferenciado pode chamar atenção do cliente”, diz o gerente da Fini. Os itens devem ser expostos com seus respectivos preços, itens promocionais e exclusivos que agucem o desejo de compra na categoria a que o produto pertence e as promoções como ‘de/por’ e ‘leve/pague’. Na maioria das vezes, o ganho de pontos de exposição dentro de uma loja leva ao aumento das vendas. O uso de expositores próprios é uma boa estratégia, sendo os mais utilizados os displays de chão e de balcão. Marun exemplifica o caso de preservativos, que devem ser expostos com um pequeno display com ganchos. O ideal é sempre fazer algo especial para a rede de varejo, de acordo com o layout e o espaço da loja. “Portanto, é uma área da loja extremamente estratégica e que deve ser trabalhada muito bem, inclusive aproveitando as movimentações de mercado e sazonalidades para alavancar ainda mais as vendas incrementais”, finaliza Samara, da Mind Shopper.


A bala que você já conhece, disponível em três sabores nas farmácias de todo o Brasil! Tenha sempre com você a refrescância de Menta, o aquecimento de Gengibre e Própolis e a suavidade de Mel e Limão!

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INOVAÇÃO

Autosserviço transformador FARMÁCIA TORNA-SE UM PONTO DE REFERÊNCIA PARA A COMPRA DE PRODUTOS QUE VÃO MUITO ALÉM DOS MEDICAMENTOS. ITENS INOVADORES AUMENTAM A MARGEM DE LUCRO DO VAREJO E A SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR

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POR LAURA MARTINS

A farmácia está expandindo seus negócios e deixando de ser somente uma loja de medicamentos, para ser um ponto de conveniência onde os clientes podem encontrar produtos inovadores e úteis ao seu dia a dia. Em um movimento similar às drogarias americanas, que oferecem muitos itens além dos fármacos, as farmácias brasileiras tornam-se uma loja mais completa e inovadora.

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O balcão no fim da loja ajuda na importância do autosserviço no canal farma. Ainda que o consumidor tenha ido ao estabelecimento a fim de comprar somente um medicamento, ele precisa passar por boa parte do espaço antes de chegar ao balconista ou farmacêutico, recebendo informações de diversos produtos neste caminho. Para o presidente do Grupo SSP e da Enter Varejo e coordenador do programa Retail Farma – parceria IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO



INOVAÇÃO

do núcleo de Varejo da ESPM com a QuintilesIMS –, Paulo Gomes, esse novo autosserviço exige da indústria e do varejo ferramentas integradas para atender o shopper multicanal. “Tem de ser interativo, proporcionar experiência de compra, promover sortimento e organização inteligentes para garantir a satisfação do cliente”, comenta. Atualmente, o market share vendido em farmácias é de 66% medicamentos e 34% não medicamentos, provando que as pessoas começam a enxergar as farmácias de uma maneira diferente, com visão de compras em geral. “O processo de gerenciamento por categoria busca extrair insights poderosos que se traduzem, na prática, em melhorias de iniciativas no autosserviço, sempre buscando a melhora da experiência do shopper e, consequentemente, o crescimento da categoria a ser desenvolvida”, explica o professor do núcleo de Varejo da ESPM e sócio diretor da RPLLima Consultoria e Treinamento, Rogério Lima. Ainda que os produtos de autosserviço sejam uma grande oportunidade do varejo farmacêutico, muitas categorias expostas são confusas e não traduzem todas as informações necessárias que o shopper espera, tanto para encontrar facilmente o que procura, quanto para sanar eventuais dúvidas sobre determinados segmentos.

TRABALHANDO A INOVAÇÃO “Geralmente, produtos considerados inovadores possuem uma jornada de compra diferente daqueles convencionais vendidos na farmácia, justamente porque requerem um conhecimento prévio do produto por parte do cliente”, diz a gerente de marketing de Violeta Cup, Camila Akemi. Nem sempre as compras são feitas por impulso, tanto pela falta de informação quanto pelo preço. A CEO da Babydeas, Jackeline Niehues, analisa que as compras sem desejo anterior são feitas com produtos de valor agregado mais baixo – até R$ 30,00 ou R$ 40,00. Acima desse preço, as pessoas costumam comprar os produtos que já gostariam de adquirir – ainda que não nesse ponto de venda (PDV). É o caso dos coletores menstruais, conforme explica Camila. Por serem produtos ainda não convencionais, a decisão de compra é geralmente feita antes de ir à loja. A consumidora já ouviu sobre o assunto, pesquisou sobre o tema e vai ao local já com a intenção de comprá-lo. As vendas não intencionais acontecem quando ela vai à farmácia e acidentalmente encontra o item que tinha interesse, mas não sabia onde comprar. 52

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OFERECER INOVAÇÕES AO CONSUMIDOR É FAVORÁVEL PARA A FARMÁCIA NÃO SOMENTE PELO LADO DA VISÃO DO SHOPPER, MAS PARA AUMENTAR SEU TÍQUETE MÉDIO. ENQUANTO A MARGEM DE LUCRO DOS MEDICAMENTOS TENDE A SER BASTANTE BAIXA, OS PRODUTOS INOVADORES POSSUEM VALOR AGREGADO MAIS ALTO E MARGEM MAIS BEM TRABALHADA, OU SEJA MAIS VANTAJOSA As compras de produtos inovadores e, nem sempre tão conhecidos do público, são impulsionadas por três pilares: exposição dos produtos; treinamento de equipe e ações no PDV. Cada item deve ser exposto dentro da sua categoria, com a intenção de mostrá-lo e chamar atenção do consumidor. “A gente passa muito por isso. Nós temos um repelente que é adesivo, mas a pessoa não sabe que ele existe, mas vai até a categoria de repelentes. Mostrando que ele é convidativo e funciona, com ações de amostra para que o shopper conheça o produto, é possível realizar a venda”, exemplifica Jackeline. A inovação passa, também, pela oferta daquilo que já está no dia a dia do consumidor, mas ele não esperava comprar em farmácias. É o caso de carregadores e cabos para celular, cada vez mais presentes no canal farma. De acordo com o sócio e diretor comercial da Ícone Mobile, Marcelo Menezes, as pessoas compram acessórios de celular ou nos camelôs, com baixo preço, mas sem qualidade ou em lojas de shopping que costumam ter um preço extremamente alto. A proposta da empresa é oferecer um preço médio em um produto de boa qualidade. “Hoje, 100% dos clientes que entram na farmácia têm celular e acessórios. Esses produtos atingem todo o público que está na farmácia, independente de gênero e de classe social”, frisa.



INOVAÇÃO

CONHEÇA ALGUNS EXEMPLOS DE PRODUTOS INOVADORES 1.

1. Coletor menstrual (Violeta Cup): confeccionado em silicone cirúrgico, hipoalergênico e sem químicos, é um dispositivo de barreira, em formato de copo. Considerado pelos ginecologistas super-higiênico, o produto possui baixo risco de infecções e alergias e, quando bem colocado, as chances de vazamento são quase nulas. 2.

3.

2. Sea-Band (Babydeas): pulseira de acupressão que foi desenvolvida para amenizar possíveis desconfortos causados por náuseas e enxaqueca. Com faixas elásticas que possuem um botão plástico, o produto faz pressão em um ponto específico do pulso, chamado de ponto Nei-Kuan, que é localizado três dedos abaixo da dobra do punho, aliviando náuseas e enjoos de forma natural, sem efeitos colaterais. 3. Sai Mosquito (Babydeas): adesivo repelente natural, que aplicado nas roupas pode afastar mosquitos e pernilongos por até oito horas. Indicado para todas as idades, é feito de óleo concentrado de citronela, o que não causa incômodo.

4.

4. Carregador Veicular (Ícone Mobile): carregador de celulares Android ou iOS, adaptado em duas entradas e disponível em diferentes cores. Produto seguro e de qualidade para uso no dia a dia.

Nesse caso, não há exatamente uma categoria a ser explorada na loja, mas um espaço que deve ser trabalhado como uma nova oportunidade. No caso dos acessórios para celular, a própria empresa trabalha com três diferentes displays – um de chão e dois giratórios, sendo o menor trabalhado no checkout sem ocupar muito espaço. A CEO da Babydeas passa pelo mesmo desafio com o Sea-band, uma pulseira que alivia os sintomas de enjoo. Ela conta que o produto acaba sendo trabalhado em dupla exposição – em cima do balcão, para que o balconista ou farmacêutico possa apresentar e explicar o produto, e no checkout. “Fora do Brasil, a pulseira é vendida há mais de 30 anos e a maior parte dos países tem uma categoria que o Brasil não possui: viagem. Nessa categoria, há tampão para o ouvido, kits de viagem, tampão para os olhos, meias de compressão e uma série de outros produtos para viagem, incluindo linha de itens para náusea”, diferencia Jackeline. 54

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A importância do balconista e do farmacêutico é acentuada pela gerente de Violeta Cup ao dizer que os profissionais precisam ser treinados para oferecer informações técnicas. “Por serem produtos novos e ainda pouco conhecidos no mercado, eles orientam a respeito do item e são, também, formadores de opinião, contribuindo para a decisão de compra”, revela. Oferecer inovações ao consumidor é favorável para a farmácia não somente pelo lado da visão do shopper, mas para aumentar seu tíquete médio. Enquanto a margem de lucro dos medicamentos tende a ser bastante baixa, os produtos inovadores possuem valor agregado mais alto e margem mais bem trabalhada, ou seja, mais vantajosa. “A bola da vez são os itens inovadores do autosserviço, uma vez que seu tíquete médio e sua rentabilidade são maiores do que os produtos convencionais oferecidos ao consumidor”, finaliza Gomes, do Grupo SSP.



CONSUMO

Artigos prioritários O BRASILEIRO ESTÁ ENXUGANDO O ORÇAMENTO DOMÉSTICO, MAS PRODUTOS DE HIGIENE & BELEZA NÃO PERDEM ESPAÇO, PELO CONTRÁRIO, MARCAS DE MAIOR VALOR AGREGADO GANHAM AINDA MAIS FÔLEGO POR FLÁVIA CORBÓ

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A economia é cíclica. De tempos em tempos, alguns fatores se combinam de forma a colocar obstáculos à frente do consumidor. Para driblar as dificuldades, uma das primeiras providências é enxugar possíveis excessos no orçamento doméstico. Refeições fora de casa, viagens e a aquisição de bens de consumo duráveis costumam ser os primeiros itens a ser afetados. No entanto, o setor de beleza, que à primeira vis-

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ta poderia ser dispensável, mostra que, em tempos difíceis, costuma seguir firme e forte. Primeiro, porque a redução de gastos provoca uma natural mudança de hábitos. “Em momentos de crise, o brasileiro corta gastos fora do lar. Então, já que ele reduz as idas ao salão de cabeleireiro, por exemplo, acaba investindo mais em produtos para cuidados pessoais dentro de casa”, afirma a executiva de contas da indústria de Higiene & Beleza (H&B) da Nielsen, Tatiene Vale. IMAGENS: SHUTTERSTOCK



CONSUMO

Em seguida, vem o chamado fenômeno da indulgência. Quando o consumidor se vê obrigado a cortar gastos de maior peso no orçamento familiar, tende a compensar essas perdas com produtos que tragam bem-estar. Afinal, nada como cuidar bem de si mesmo para aliviar o peso dos problemas. E quando se tratam de cuidados pessoais, o brasileiro está disposto a buscar o melhor, ainda mais em tempos turbulentos, conforme explica a colaboradora da Academia de Varejo, Dayane Silva. “O setor de beleza cresce a cada dia, principalmente entre o público feminino – as mulheres economizam de um lado, mas acabam gastando do outro (e, neste último contexto, se encaixam os produtos premium)”, analisa. Segundo Dayane, esse tipo de comportamento é conhecido como “efeito ampulheta”, o qual, ao mesmo tempo em que contribui para o crescimento dos setores premium, deixa os considerados “produtos de meio” sofrerem mais com a desaceleração econômica.

PERFIL DO PÚBLICO Os jovens são os grandes responsáveis pela preferência por produtos de maior valor agregado. Uma pesquisa realizada pela Nielsen mostra que 37% dos indivíduos da chamada geração Millennials (21 a 34 anos de idade) não pretendem economizar, pois gostam de viver o momento e comprar por impulso, não abrindo mão do que gostam, o que inclui produtos considerados supérfluos. Além disso, consumidores dessa faixa etária são 10% mais leais às marcas líderes, por se engajarem com elas. Quando se fala de classes de consumo, a preferência por produtos premium é mais democrática. Desde que o brasileiro atingiu maior poder de compra, os consumidores da classe C aprimoraram suas escolhas e passaram a optar por itens de melhor qualidade e que, até então, eram consumidos apenas pelas classes A e B. Segundo dados da Nielsen, nos últimos anos, o consumo de itens premium representa em torno de 25% de vendas no País. “Esses consumidores estão em busca de produtos mais refinados e adquirir um item com melhor qualidade é percebido como garantia daquele investimento”, analisa Dayane.

DENTRO DA LOJA Na lista de produtos de H&B premium mais vendidos, estão os itens para cuidados de cabelo e banho, seguindo a preferência geral do brasileiro, conforme indica a pesquisa realizada recentemente pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Os produtos de cabelos representam 22,8% do setor e os 58

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O SETOR DE BELEZA, QUE À PRIMEIRA VISTA PODERIA SER DISPENSÁVEL, MOSTRA QUE, EM TEMPOS DIFÍCEIS, COSTUMA SEGUIR FIRME E FORTE. PRIMEIRO, PORQUE A REDUÇÃO DE GASTOS PROVOCA UMA NATURAL MUDANÇA DE HÁBITOS de banho vêm em segundo lugar, com 20% das vendas. A seguir, estão os de perfumaria e maquiagem. No entanto, a categoria premium não pode ser posicionada junto aos produtos de massa, caso seja de interesse do varejista se posicionar como um especialista nesta área. Por serem itens ligados à sofisticação e ao refinamento, precisam de exposição diferenciada dentro do ponto de venda (PDV). “É interessante mudar o layout das prateleiras e gôndolas, criando, assim, conceitos de iluminação que permitam atrair a visão do consumidor enquanto ele estiver no PDV”, sugere a especialista da Academia do Varejo. Segundo ela, outro ponto importante é colocar, em uma única prateleira, todos os produtos da mesma categoria e marca, já que essa exposição diferenciada facilita e valoriza o acesso do consumidor aos produtos. Vale lembrar, ainda, que os artigos premium tendem a ter um preço mais alto, porque possuem características diferenciadas dos comuns. Assim, para que o consumidor entenda esses benefícios agregados e se disponha a gastar mais em busca de maior qualidade, é importante contar com uma equipe treinada, capaz de fornecer todas as informações em relação a essa categoria especial. “Por serem ligados à inovação e possuírem aspectos de ‘produtos de salão de beleza que podem ser usados em casa’, é importante que o varejista tenha, no local, um representante da marca para atender o consumidor”, destaca Dayane. As informações essenciais podem ser adquiridas junto ao fabricante ou fornecedores e disseminadas por toda a equipe de venda, a fim de que se conquiste uma venda mais assertiva. Dayane também sugere outras formas de divulgação, como folders explicativos, comunicação voltada para o benefício do produto e campanhas nas mídias sociais com o passo a passo e indicações de uso.


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DEPRESSÃO

O novo mal do século TRISTEZA PROFUNDA, PENSAMENTOS NEGATIVOS, BAIXA AUTOESTIMA, CULPA, ESTRESSE E ALTERAÇÕES NO SONO SÃO SINAIS DE UMA DOENÇA SILENCIOSA E QUE MERECE SER ENCARADA COM MAIS ATENÇÃO PELA SOCIEDADE POR LAURA MARTINS, LÍGIA FAVORETTO E TASSIA ROCHA

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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Os brasileiros acreditam, de modo geral, ter maior conhecimento sobre a doença do século: a depressão. Mas na realidade, falta informação e muitos possuem uma concepção equivocada do problema e seus sintomas. A depressão deve ser levada a sério, deve ser desmistificada e não encarada com preconceito, carregando rótulos como: “frescura”, “uma fase que logo passa” ou, ainda, “doença de preguiçosos”. Trata-se de um distúrbio afetivo manifestado por sintomas emocionais e físicos, com presença de apatia, pessimismo e baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si, interferindo na habilidade do indivíduo para trabalhar, estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas do mundo sofrem com a depressão, o que consiste em 5% da população mundial. “O brasileiro com mais acesso à informação de mídia (rádio, TV, internet) consegue obter mais informações sobre os sintomas da depressão, evidenciando a doença. Porém, ela sempre esteve presente, cercada de muito preconceito e desinformação. Dessa forma, entendendo-a como uma doença tal qual ela é, faz-se imprescindível o acompanhamento médico, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado”, informa o psicólogo do Hospital Israelita Albert Einstein, Thiago Amaro. Estudos apontam que o aumento da depressão pode estar relacionado com a vida que se leva nas grandes cidades, alta urbanização associada a privações sociais. Segundo a OMS, São Paulo é a cidade com maior índice de perturbações mentais no mundo. A depressão pode aparecer em todas as idades e em ambos os sexos e classes sociais, de acordo com dados da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata) que realizou uma pesquisa por meio do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), no estado de São Paulo, com 793 homens e mulheres,

ESTIMA-SE QUE ATÉ 2030 A DEPRESSÃO SERÁ A DOENÇA MAIS COMUM DO MUNDO, ACOMETENDO MAIS PESSOAS DO QUE QUALQUER OUTRO PROBLEMA DE SAÚDE. ELA SEMPRE EXISTIU, APENAS NÃO ERA DEVIDAMENTE DIAGNOSTICADA com mais de 18 anos de idade, com o objetivo de identificar a incidência de pessoas com depressão. A pesquisa apurou que a doença é muito mais representativa nas pessoas mais jovens, com maior incidência em 25% dos entrevistados na faixa etária de 18 a 29 anos, seguido por pessoas entre os 30 e 39 anos que apresentam um índice de 23%. Porém, deve-se destacar que esses dados se referem à ocorrência do primeiro episódio. “Em tais casos, só podemos aferir que a população jovem em plena atividade econômica e social sofre muito com o estresse habitual da vida moderna, com pouco tempo livre e muita cobrança, refletindo diretamente na incidência de quadros depressivos. Entretanto, é importante destacar que a prevalência de depressão após os 40 anos de idade é também bastante elevada. E, ainda, embora com menor evidência, a depressão na infância também não pode ser esquecida. Mas é importante dizer que apesar da ocorrência ser maior entre 20 e 40 anos de idade, pode se iniciar em qualquer faixa etária, da infância à terceira idade”, explica Amaro. A preocupação com a depressão em crianças e adolescentes é recente. Os casos nessa faixa etária também estão crescendo, sendo uma grande preocupação já que o problema, quando surge na infância e na adolescência, afeta múltiplas funções e causa danos psicossociais significativos. As causas de quadros depressivos são as mesmas em todos os estágios da vida, mas nessa fase em específico, é preciso observar como a criança e o adolescente vivenciam situações de perdas, luto, mudanças, separações. 2017 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

DEPRESSÃO

RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE DA FARMÁCIA Manter hábitos saudáveis de vida • Boa alimentação; • Atividade física regular; • Evitar álcool em excesso; • Não utilizar drogas; • Manter uma regularidade no ciclo de sono e vigília. Ser sociável • Buscar fazer e manter amizades; • Procurar atividades prazerosas fora do ambiente de trabalho; • Manter uma rede social ativa; • Reservar momentos para o lazer. No trabalho • Avaliar quais são os limites; • Não se esquecer de intercalar trabalho e lazer. Fonte: médica psiquiatra pela Santa Casa de São Paulo e consultora da Libbs Farmacêutica, Dra. Giuliana Cividanes

“Na adolescência, eles podem apresentar um comportamento agressivo, para camuflar os sintomas depressivos. Além disso, a passagem de uma etapa de vida para outra também acarreta mudanças, e toda mudança pode ser considerada uma crise em busca de uma nova identidade, tornando o jovem adulto entre os fatores de risco associados à depressão”, salienta a psicóloga do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Luciana Sasso.

FOCO NO FUTURO Segundo dados da OMS, estima-se que até 2030 a depressão será a doença mais comum do mundo, acometendo mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde. Ela sempre existiu, apenas não era devidamente diagnosticada, contudo tornou-se mais frequente no decorrer das décadas e tem muito a ver com a vida que se leva nas grandes cidades. A falta de vínculos afetivos deixa as pessoas mais suscetíveis a transtornos mentais, com menos tempo para usufruir do convívio com as pessoas de quem gostam, somado a outros problemas naturais (de62

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semprego, falecimento de pessoas próximas, mudanças repentinas), e uma vida cada vez mais exigente por sucesso, por dinheiro, por destaque, entre outros, aumentando muito o nível do estresse. “Existe uma regra básica em medicina para se manter a saúde, seja física ou mental, que é a de se ter uma alimentação equilibrada, atividade física regular e equilíbrio entre os períodos de sono e vigília e de atividade e repouso. No caso da depressão, outro fator importantíssimo é a rede afetiva e social. Sabemos que indivíduos casados, que constituem família, que possuem amigos, que têm atividades sociais, adoecem menos de depressão. Isso talvez seja um dos motivos que cause a impressão de que as pessoas estão mais doentes nos grandes centros urbanos, pois, além de estarem mais estressadas pelos fatores ambientais, elas estão mais solitárias”, aponta a médica psiquiatra pela Santa Casa de São Paulo e consultora da Libbs Farmacêutica, Dra. Giuliana Cividanes. Segundo informa a médica, comunidades menores tendem a ser mais acolhedoras com seus membros. As pessoas se conhecem mais intimamente, sabem o nome do seu vizinho, por exemplo, e tendem a ser mais solidárias, aumentando o suporte e a rede social do indivíduo. De acordo com os especialistas, fazer um trabalho mental é fundamental e significante, pois na depressão, normalmente, os pensamentos são sempre pessimistas, desta forma, domar a imaginação e usar a lógica pode ajudar na negatividade antes de perder o controle. Ainda é muito importante ressaltar que a depressão afeta todas essas situações e, dependendo da gravidade dos sintomas, o paciente não vai conseguir executar essas alternativas. “É difícil falar de cura no transtorno depressivo, o objetivo central do tratamento é a remissão (melhora completa dos sintomas depressivos), pois mesmo quando tratada de forma adequada, cerca de 80% das pessoas com diagnóstico de depressão devem apresentar um ou mais episódios de recaídas, dessa forma, devemos ver como uma doença crônica, como diabetes e hipertensão, e o uso de medicamentos, combinado com uma abordagem psicológica (psicoterapias) e alterações de hábitos, comportamentos e ambiente quando necessárias podem levar o paciente a ter uma vida absolutamente normal”, ressalta Amaro.


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ESPECIAL SAÚDE

DEPRESSÃO

ESTÁGIOS DA DOENÇA Não existe um consenso para os estágios da depressão, pois ela pode se manifestar de formas diferentes em cada indivíduo, porém há algumas similaridades da intensidade que podem ocorrer entre vários indivíduos. Dessa forma, a depressão pode acontecer em três níveis: 1º nível:

2º nível:

3º nível:

Considerada leve, quando a pessoa sofre com os sintomas e diminui seu rendimento, mas, com grande esforço, consegue manter suas atividades sociais e seu trabalho.

É a depressão moderada, que conduz ao isolamento; a pessoa falha em seus compromissos, pode faltar ao trabalho e evita ocasiões de lazer e contato social.

Na forma profunda, o paciente abandona qualquer tipo de atividade, isola-se totalmente e permanece sentado ou deitado.

Fonte: psicólogo do Hospital Israelita Albert Einstein, Thiago Amaro

Algumas alternativas naturais têm sido utilizadas como os medicamentos fitoterápicos e homeopáticos, que garantem menos efeitos colaterais.

ATENÇÃO AOS SINAIS O principal sintoma da doença é o desinteresse pela vida, que pode ser expresso por uma tristeza profunda pelo acometido, sem nenhum motivo aparente ou uma perda de prazer por todas as coisas que antes gostava de fazer; uma sensação imensa de tudo ter ficado cinza ao redor; além de alterações cognitivas, como pensamento lentificado, dificuldade para raciocinar e tomar decisões, visão extremamente negativa de si, do mundo e do futuro, um sentimento de culpa persistente, pessimismo e pensamentos negativos que podem, inclusive, contemplar a ideia de “não mais existir” ou de se suicidar. “Sintomas físicos também acompanham a síndrome, como sensação de dificuldade para respirar, como se o ar faltasse e a respiração ficasse curta, dor 64

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com aperto no peito (que chamamos de angústia) e dores generalizadas pelo corpo. É comum o paciente desenvolver alterações de sono e apetite. Insônia e dificuldade para se alimentar, como se a comida ‘não descesse’, são as alterações mais comuns, porém alguns pacientes podem apresentar sonolência excessiva e aumento de apetite, com preferência para doces e carboidratos”, alerta a Dra. Giuliana. Perda de produtividade, choros imotivados, excesso de emoção negativa e isolamento social são sinais que podem ser observados por familiares e amigos e servem de alerta para buscar ajuda profissional. Um ponto importante é diferenciar tristeza de depressão, tristeza isolada não é depressão, apenas um sentimento universal, assim como a ansiedade. Logo, não é necessariamente patológico. Normalmente, o indivíduo que está triste correlaciona o sentimento a algum evento, já na depressão, não é tão simples de ser estabelecido, pode ser devido a vários fatores ou nenhum em específico. Não necessariamente existe um nexo causal.


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ESPECIAL SAÚDE

DEPRESSÃO

10 MITOS E VERDADES SOBRE O USO DE ANTIDEPRESSIVOS Para ampliar o diálogo sobre essa temática, o psiquiatra diretor técnico do Hospital do Arsenal do Rio de Janeiro e professor da pós-graduação em Psiquiatria na Pontifício Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Dr. Roberto Miotto, estimula esse debate listando e esclarecendo os dez principais mitos associados ao tratamento com antidepressivos. 1. Depressão é uma herança genética? Verdade. Existe, sim, um componente genético já bastante conhecido no meio médico relacionado à depressão, embora este não seja um fator determinante para o desenvolvimento da doença. “Costumo dizer que genética não é destino. Percebemos que alguns indivíduos com alto grau de depressão incidente na família evoluem de forma melhor quando começam a ser tratados desde cedo”, afirma. 2. Antidepressivos causam dependência? Mito. De acordo com o psiquiatra, não existem evidências de que os antidepressivos causem dependência. Por outro lado, como a depressão é uma doença crônica, o tratamento farmacológico é, muitas vezes, mantido por toda a vida. “Na maioria dos casos, o uso dos antidepressivos será necessário durante a vida toda, assim como se dá com o diabetes, a hipertensão ou qualquer outra doença crônica. A diferença é que não existe um estigma associado ao uso contínuo de uma medicação para hipertensão arterial, por exemplo”, esclarece o Dr. Miotto. “Só sairemos desse julgamento preconceituoso relacionado à depressão com informação e educação da nossa sociedade”, completa. 3. Antidepressivos podem afetar o ciclo menstrual? Parcialmente verdade. Durante o ciclo menstrual, os níveis de hormônios como estrógeno e progesterona, por exemplo, mudam constantemente. “Esse fato parece exercer um poderoso efeito sobre os estados de humor das mulheres. Assim, considerando também a terapêutica antidepressiva, algumas vezes, pode-se ter alterações na prolactina, o que pode levar a mudanças no ciclo menstrual, atrasando e até bloqueando a ovulação”, esclarece o Dr. Miotto. De qualquer forma, de acordo com o psiquiatra, apenas algumas classes de antidepressivos podem interferir na produção hormonal e no ciclo menstrual. Por isso, é importante que a mulher discuta o assunto com seu médico e, em casos de risco, é recomendável utilizar mais de um método anticoncepcional. 4. O uso de antidepressivos é relacionado à sonolência e à letargia, o que poderia interferir na concentração e no trabalho. Isso é verdade? Mito. De acordo com o médico, é comum que o paciente relate esses efeitos apenas no início do tratamento, até que o organismo se adapte à medicação. “Após esse período, essa sintomatologia não é admissível, uma vez que se busca o efeito contrário no tratamento, que é a funcionalidade plena do paciente”, afirma o psiquiatra. 5. Antidepressivos causam ganho de peso? Parcialmente verdade. Existem, hoje, no mercado três gerações de antidepressivos. Os mais antigos estão, de fato, mais associados ao ganho de peso, entre outros efeitos, mas nem por isto são menos eficazes. Já os mais modernos, que apresentam ação dual, como a desvenlafaxina, possuem um perfil metabólico diferente, sem impactos significativos sobre o peso. São medicamentos que conseguem equilibrar a disponibilidade de dois neurotransmissores importantes e diretamente relacionados aos quadros depressivos: a noradrenalina e a serotonina. Contudo, essa escolha depende do perfil de cada paciente. “Se temos um paciente anoréxico, por exemplo, ele pode se beneficiar, mesmo que por um curto período de tempo, de um antidepressivo mais antigo, associado ao ganho de peso”, pondera o Dr. Miotto. “Não deixamos de prescrever os antidepressivos mais antigos. Muitas vezes, a associação com os medicamentos mais modernos é uma combinação benéfica”, completa. Referências: 1. ERESHEFSKY, L. Drug-drug interactions with the use of psychotropic medications. Question & Answer Forum, v. 14(8), p. 1-8, 2009. 2. Ciraulo DA, Shader RI, Greenblatt DJ, Creelman W. Drug interactions in psychiatry. 2nd ed. Baltimore (Maryland): Williams & Wilkins; 1995.

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6. Muitas pessoas deixam de procurar tratamento por sentirem vergonha e acabam escondendo a doença o quanto podem de amigos e até mesmo de seus familiares. Verdade. O Dr. Miotto observa que a depressão ainda é, muitas vezes, percebida como um sinal de fraqueza pela sociedade, especialmente entre os homens. “A vergonha e os aspectos sociais e educacionais fazem com que os pacientes tardem muito na busca por ajuda, especialmente o público masculino”, esclarece o médico, ressaltando que as taxas de suicídio são mais elevadas justamente entre os homens, embora a depressão seja mais frequente entre as mulheres. 7. Antidepressivos estão associados à perda da libido? Parcialmente verdade. Vale ressaltar que a própria depressão pode levar ao desinteresse pelo sexo. Contudo, em relação à medicação, é importante compreender que os antidepressivos atuam de forma diferente em cada um dos pacientes. De qualquer forma, os medicamentos de ação dual, já citados, não costumam exercer impacto significativo sobre o desejo sexual, ao contrário de alguns antidepressivos mais antigos. “Cabe, então, a avaliação diagnóstica criteriosa por parte do médico, que saberá delimitar o perfil de cada paciente e ajustar o antidepressivo adequado, de modo a minimizar os efeitos indesejados”, destaca o Dr. Miotto. 8. O diagnóstico é uma das principais dificuldades no tratamento adequado da depressão? Verdade. De fato, o diagnóstico precoce ainda é um desafio no Brasil. “É o médico, por meio de uma análise precisa e criteriosa, que poderá diferenciar uma tristeza, como um período de luto, de um quadro com componentes orgânicos, cerebrais e comportamentais, que traz prejuízos funcionais prolongados”, explica. Vale destacar que a depressão, quando não tratada adequadamente, pode trazer sequelas importantes, como a diminuição do número de células nervosas e, com o passar do tempo, do volume de algumas regiões cerebrais de modo irreversível, levando a déficits cognitivos significativos, ou até mesmo, a tentativas de tirar a própria vida. 9. É verdade que antidepressivos podem ser ingeridos juntamente com outros medicamentos sem prejudicar o mecanismo de ação deles? Parcialmente verdade. O perfil de interação medicamentosa é variável entre as diferentes classes de antidepressivos. Em geral, na comparação com indivíduos saudáveis, os pacientes com quadros depressivos apresentam maior probabilidade de interações medicamentosas, uma vez que os antidepressivos costumam ser prescritos por um longo período de tempo, muitas vezes por anos¹. A literatura médica descreve interações medicamentosas de significativa importância entre algumas classes de antidepressivos e outros medicamentos comumente utilizados por idosos, como analgésicos, anestésicos, anticoagulantes, anticonvulsivantes e anti-hipertensivos². Por isso, é importante discutir com o médico qual a medicação mais indicada para cada caso, considerando que há opções no mercado mais compatíveis com o uso concomitante de outras medicações. “Os antidepressivos mais novos apresentam melhor interação medicamentosa e mecanismos metabólicos diferenciados, que permitem o tratamento com vários outros medicamentos associados”, destaca o Dr. Miotto. 10. Os antidepressivos mais modernos, que apresentam menos efeitos colaterais, também são menos eficazes? Mito. A evolução no entendimento da depressão e o conhecimento cada vez mais aprofundado dos fatores relacionados à doença têm possibilitado o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais modernos, eficazes e seguros, como os antidepressivos de terceira geração. Com ação dual, esses medicamentos conseguem equilibrar a disponibilidade de dois neurotransmissores importantes e diretamente relacionados aos quadros depressivos: a noradrenalina e a serotonina. “Na verdade, com essa nova classe de antidepressivos, conseguimos mais sucesso terapêutico, até mesmo com alguns pacientes que não reagiam às medicações já existentes até então. Foi uma grande evolução”, afirma o médico.

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APARELHO GASTROINTESTINAL

A famosa queimação AS RECLAMAÇÕES DE DESCONFORTO NO ESTÔMAGO OU LIGADAS À DIGESTÃO SÃO COMUNS E PODEM SER RESOLVIDAS COM PEQUENAS MUDANÇAS DE HÁBITO. ALÉM DISSO, HÁ MEDICAMENTOS AUXILIARES POR LAURA MARTINS

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Ao imaginar um almoço de família ou amigos, não é difícil pensar nas pessoas que acabam reclamando de desconfortos por ter “comido demais”. Queimação, gases, vontade de ir ao banheiro e outros sintomas são característicos de problemas no aparelho gastrointestinal, tão constantes no dia a dia. O aparelho é composto, basicamente, de um tubo que vai da boca ao ânus e, junto dele, os órgãos adjacentes que têm outras funções, além da digestão. “As principais são receber, tratar e selecionar os alimentos, colocá-los de forma apro-

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priada dentro do organismo e eliminar os resíduos não aproveitáveis”, diz o gastroenterologista do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Mario Kondo. Há, ainda, atividade de metabolismo, feita pelo fígado, e endócrina, feita por alguns órgãos, especialmente o pâncreas, que produz a insulina. Além disso, existe uma função de defesa que todo o aparelho realiza que é importante. “Conseguimos observar que, quando um paciente tem problemas graves no aparelho digestório, a imunidade dele geralmente é ruim. Talvez esse seja o mais complexo dos aparelhos de forma geral, exatamente pelo número de órgãos”, complemenIMAGENS: SHUTTERSTOCK


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ESPECIAL SAÚDE

APARELHO GASTROINTESTINAL

ta o gastroenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Jaime Gil. De acordo com ele, cerca de 20% a 30% da população brasileira sofre com refluxos gastroesofágicos e 10% a 15%, com gastrite. Nos Estados Unidos, aproximadamente, dez a 20 milhões de pacientes sofrem com a Síndrome do Intestino Irritável (SII). Mas esses números podem ser ainda maiores, já que muitas pessoas acabam não buscando um médico. “Como são sintomas que, muitas vezes, não levam à gravidade, o paciente acaba não procurando o médico até que incomode demais ou tenha alguma associação com algo que chame mais atenção, quando começa a limitar a vida. Se é um sintoma esporádico, não procura ajuda”, revela o médico do Hospital Israelita Albert Einstein.

ENTENDENDO CADA UM O desconforto sentido no aparelho gastrointestinal pode ser classificado entre diferentes problemas, como azia, má digestão, prisão de ventre, gases, entre outros. O tratamento certo depende da identificação correta do que cada inconveniente traz ao paciente. O refluxo gastroesofágico, por exemplo, ocorre quando o esfíncter (estrutura muscular que contorna um orifício ou canal natural, permitindo sua abertura ou fechamento) posicionado no interior do esôfago não fecha corretamente. A partir disso, o conteúdo do estômago volta ao esôfago, causando sensação de queimação no tórax ou garganta. Esse é o problema mais comumente chamado de azia. De acordo com a gastroenterologista do Hospital Moriah, Dra. Nilma Ruffeil, o funcionamento irregular do intestino é chamado de constipação intestinal, também conhecida como prisão de ventre. “A ‘normalidade’ de frequências de idas ao banheiro pode variar de três vezes ao dia até três vezes por semana, desde que isto seja o habitual para a pessoa e não cause nenhum desconforto”, explica. O gastroenterologista do Hospital Sírio-Libanês resume os sintomas mais comuns citando os problemas ácidos, além de dores nos mais diversos pontos do abdômen, diarreia e constipação. Segundo ele, os inconvenientes são provocados por maus hábitos alimentares, estresse e as doenças não previsíveis (congênitas, genéticas, adquiri70

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das de agentes externos, envelhecimento e as de causas desconhecidas). As particularidades podem atingir, por exemplo, um grupo específico. No caso da constipação intestinal, as mulheres costumam ser as mais atingidas. A gastroenterologista do Hospital Moriah explica que isso acontece por algumas alterações hormonais associadas à fase do ciclo menstrual, além do pudor do uso de banheiro fora de casa. “Qualquer um de nós pode ter tanto um, quanto vários desses sintomas que, às vezes, podem não


07:30h reunião da diretoria

13:00h judô do Rafa

07:00h escola das crianças

15:15h reunião externa

09:45h relatório de ações

06:00h correr 5k no parque

13:30h BISALAX

11:50h balé da Manú

18:20h levar o Paçoca para passear

17:45h pegar as crianças na escolinha

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ESPECIAL SAÚDE

APARELHO GASTROINTESTINAL

OS DIFERENTES TIPOS DE MEDICAMENTOS Os comprimidos, os efervescentes e as pastilhas são classificados como formas sólidas obtidas a partir da compressão de pós e granulados.

Efervescentes: se desintegram e dispersam quando em contato com a água, liberando dióxido de carbono (CO2). Podem ter ação local, como os antiácidos (bicarbonato de sódio) ou sistêmico, como os que contêm analgésicos como princípio ativo. O efeito é visualizado mais rapidamente por ser administrado já em solução.

Fonte: doutora em farmacologia de produtos naturais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e professora pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Dra. Camila de Albuquerque Montenegro

ser graves. Não é obrigatoriamente uma doença, pode ser algo pontual. Muito eventual, uma vez a cada três ou quatro meses, é algo pouco relevante”, frisa o Dr. Gil. O alerta deve acender quando as queixas começam a ser frequentes ou outros sintomas mais graves aparecem. É o caso de sangramento que, mesmo que visto somente uma vez, deve ser investigado. Além da perda de peso, pioras dos sintomas e alterações dos hábitos usuais do paciente. “Para evitar os problemas, é preciso que a pessoa tenha alimentação saudável e bons hábitos de vida, como não fumar, beber com moderação e evitar o estresse”, cita o Dr. Kondo. Essas pequenas mudanças no dia a dia são muito relevantes para que o paciente minimize ou deixe de sentir os desconfortos. 72

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Pastilhas: apresentam ação local por se dissolverem na cavidade bucal, enquanto os comprimidos, ação sistêmica e um efeito mais demorado pela necessidade de desintegração e dissolução, para, então, se ter a absorção e chegada do fármaco ao local de ação.

Líquidos: como as soluções orais e suspensões, possuem uma velocidade de absorção e efeito mais rápidos em comparação às formas sólidas.

COMO TRATAR Para aliviar a azia e a queimação em decorrência da hiperacidez gástrica – azia, queimação e má digestão –, são indicados os efervescentes e pastilhas. Os medicamentos promovem alívio dentro de poucos minutos, porém, sua duração é efêmera. “Medicamentos líquidos e comprimidos também são recomendados para o alívio sintomático da hiperacidez estomacal, geralmente associada ao diagnóstico de úlcera péptica, gastrite, esofagite péptica e refluxo gastroesofágico (doenças com sintomas mais recorrentes)”, comenta a doutora em farmacologia de produtos naturais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e professora pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Dra. Camila de Albuquerque Montenegro.



DOR

Presença constante INCÔMODO NAS COSTAS, CABEÇA E EM OUTROS MÚSCULOS É CRÔNICO EM GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO. CONHEÇA AS DORES MAIS SENTIDAS PELOS BRASILEIROS POR LAURA MARTINS

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As dores estão presentes no cotidiano de quase toda a população ao menos uma vez na vida. A correria do dia a dia, o estresse, os maus costumes – como a falta de atividades físicas, má postura, noites de sono insuficientes, entre outros – são os principais impulsionadores daqueles dias em que sair da cama é quase um martírio. Grande parte da população (76%) afirma ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses; 65% dizem ter tido dor nas costas; e 63% relatam ter tido dores musculares em outras partes do corpo, segundo a pesquisa A Dor no Cotidiano, rea-

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

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Gelol. Solução aerossol. salicilato de metila 0,0333mL/mL, cânfora 0,0333g/mL e mentol 0,0083 g/mL. Pomada. salicilato de metila 52,50 mg/g, cânfora 44,4 mg/g e mentol 20 mg/g. Indicações: reumatismo, nevralgias, torcicolos, contusões e alívio das dores musculares. MS 1.7817.0027. Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A. Setembro/2017. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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ESPECIAL SAÚDE

DOR

lizada por Advil com o apoio do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) Conecta. Em um menor período de tempo, as dores lombares são ainda mais frequentes que as dores de cabeça. Dos entrevistados, 65% sentem incômodos nas costas ao menos uma vez por semana. Já as dores musculares gerais são sentidas por 57% das pessoas. “A dor mais comum no mundo é a nas costas, especialmente lombalgia, e a segunda mais comum é a dor de cabeça. Ninguém sabe exatamente o porquê. Existem algumas teorias que dizem que, com a evolução do macaco, o homem passou a estar em dois apoios, forçando essa região. Outros dizem que a vida do homem moderno, com menor atividade física e sobrepeso são fatores de risco”, revela o médico do Núcleo Avançado de Dor e Distúrbios do Movimento do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Daniel Ciampi de Andrade. As principais causas apontadas na pesquisa para as dores musculares são má postura (58%) e excesso de exercício (56%). Na sequência, os motivos citados são gripes ou resfriados e excesso de trabalho ou estudo, com 48% e 42%, respectivamente. Se divididos por faixa etária, são mais comuns as reclamações de gripes e excesso de exercício entre os mais jovens. “As dores recorrentes dos exercícios físicos podem ser causadas por seu excesso, mesmo quando a pessoa está condicionada, ou pela prática de movimentos a que o corpo não está acostumado, ainda que sejam atividades cotidianas, como varrer a casa ou subir escadas”, explica o presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), Irimar de Paula Posso. Para o médico do Hospital Sírio-Libanês, ter algumas dores é normal, se não sentíssemos dor, poderíamos ter lesões muito graves ou até morrer. Porém, a dor crônica acontece em uma porcentagem muito grande da população. Somente no estado de São Paulo, 28% da população geral apresentou dores nos últimos três meses, de várias intensidades. 76

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As dores podem ser avaliadas de diferentes maneiras. “Por escalas de intensidade de zero a dez, sendo zero sem dor e dez à de maior intensidade. A dor pode ser avaliada por escalas comportamentais e por descritores, de dor leve, moderada, forte e muito forte”, comenta o anestesista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. George Freire. O problema começa a piorar quando o paciente deixa de ter perda de função, deixando de ir ao trabalho ou fazer coisas de seu lazer. O estudo revelou que deixar de trabalhar é a primeira perda para 56%, ainda que os compromissos com família e amigos ou lazer não sejam tão impactados pela dor. Além de todos os fatores externos, como sono, estresse e alimentação, há ainda pessoas que são mais predispostas a sentir dor. “Depende do tipo de dor. Existem, por exemplo, mais casos de lombalgias em profissões como motoristas; dores articulares em idosos; e fibromialgia em mulheres de meia idade”, exemplifica o Dr. Freire.

NOVO CONCEITO O “conceito de dor mista” foi sugerido pela primeira vez há mais de dez anos, se referindo à dor na lombar, onde a dor era causada por uma combinação entre os mecanismos patofisiológicos nociceptivos e neuropáticos. Enquanto isso, o número de estudos comprovando a presença da dor mista em outras condições de dor está aumentando significativamente. Além da dor lombar, várias outras condições foram classificadas como dor mista, incluindo a dor cervicobraquial, síndrome da cirurgia lombar falhada, dor associada à espondilite anquilosante, osteoartrite, dor após cirurgia ou trauma e, principalmente, dor oncológica. No entanto, o conceito de dor mista ainda não é muito conhecido. Conscientizar sobre a dor mista, seu diagnóstico e tratamento traria enormes benefícios ao paciente, especialmente nos postos de pronto atendimento, locais onde se lida muito com dor crônica.


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ESPECIAL SAÚDE

DOR

Para isso, a Merck realizou um estudo para medir o valor do conceito de dor mista, avaliando sua aceitação e interpretação por profissionais de saúde. Trata-se de um estudo transversal realizado com pacientes adultos buscando assistência médica para dor em 551 locais (pronto atendimentos e centros de ortopedia) na Espanha. Os pesquisadores categorizaram cada paciente em algum dos três tipos de dor: nociceptiva, neuropática ou mista, de acordo com certos critérios. Dados referentes à intensidade da dor, frequência, qualidade de vida, etc., foram coletados. No total, 5.024 pacientes foram analisados: 2.798 em postos de pronto atendimento e 2.661 em centros de ortopedia. Dor mista foi o tipo de dor registrado mais frequentemente no estudo (59,3%), seguido pela dor nociceptiva (31,8%) e neuropática (8,9%). As proporções de pacientes cuja dor foi considerada mista ou neuropática foram maiores nos postos de pronto atendimento do que nos centros ortopédicos (61,2% vs. 57,3% e 10,5% vs. 7,2%, respectivamente), enquanto a dor nociceptiva foi mais frequente nos centros de ortopedia (35,5% vs. 28,3%). O tempo entre o início da dor e o diagnóstico de sua causa foi significantemente menor em pacientes com dor mista, como consequência, a dor crônica era mais comum entre esses pacientes. Níveis máximos e médios na escala de dor foram consideravelmente menores em pacientes com dor nociceptiva do que naqueles com dor mista ou neuropática. Pacientes com dor mista foram mais afetados nos aspectos psicossociais de suas vidas, tinham mais limitações funcionais, mais comorbidades, como depressão, distúrbios de sono e reportaram uma menor qualidade de vida. Apenas um terço dos pacientes estava recebendo tratamento adequado à sua dor antes da visita do estudo, enquanto mais da metade dos pacientes foi subtratada. A proporção de pacientes subtratados e sobretratados foi significantemente maior no grupo que apresentava dor mista, enquanto a proporção de pacientes que não receberam nenhum tipo de tratamento para sua dor foi maior nos grupos com dor neuropática (15,5%) e nociceptiva (10,9%). Os pesquisadores do estudo perceberam dificuldades no manejo dos pacientes (comunicação, exame, diagnóstico, intervenção, etc.) em 59,5% dos pacientes. 78

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As condições que causam a dor mista são variadas. A maior prevalência de dor mista foi quando se tratava do conglomerado de condições na espinha dorsal, seguido pela osteoartrite. Confira, abaixo, os dados de prevalência de dor mista nas principais condições identificadas no estudo:

54%

Lombalgia

30%

Cervicalgia

29%

Osteoartrite

9,8%

Dor pós-traumática (incluindo fraturas)

9,8%

Dor no joelho (excluindo osteoartrite)

9,2%

Compressão do nervo periférico

7,3%

Neuropatias não traumáticas

7,2%

Pós-cirúrgico

Adaptado de: Ibor Vidal PJ, et al. J Drug Assess. SEMERGEN. 2015; 41 (Espec Congr): Resumo publicado do cartaz congresso.

Os resultados do estudo mostram um pior estado de saúde e uma maior complexidade clínica nos pacientes que sofrem de dor mista, comparado aos pacientes com outros tipos de dor, com mais comorbidades e adversidades psicossociais, maior utilização de recursos de saúde, menor percepção de eficácia dos tratamentos e menor qualidade de vida. Esses pacientes costumam ser subtratados ou sobretratados e de difícil manejo por parte dos profissionais de saúde. Uma categoria independente na classificação patofisiológica da dor é justificada com base nas características diferenciadoras de pacientes com dor mista, apesar da conceitualização da dor mista precisar ser melhorada. Pacientes com dor mista precisam receber uma consideração especial.


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ESPECIAL SAÚDE

CONTRA A DOR • Analgésicos: reduzem a condução do impulso ao longo das fibras nervosas e, assim, a sensação da dor. • Antitérmicos: diminuem a temperatura corporal ao inibir a ação de enzimas e a síntese eicosanoides. • Anti-inflamatórios: amenizam e resolvem o quadro clínico da inflamação, caracterizado pela presença dos sinais cardinais: rubor (vermelhidão), tumor (edema), calor, dor e perda da função. • Relaxantes musculares: restringem os espasmos causados pela dor aguda, aliviando-a ao diminuir o tônus muscular, facilitando os movimentos corporais. • Aerossóis: as partículas são tão pequenas que ficam suspensas no ar e formam um nevoeiro não “molhante” ao ser pressionado o botão de liberação. • Emplastros: fazem com que o princípio ativo lá contido fique em contato por mais tempo na pele. Assim como os aerossóis, possuem fármacos lipofílicos, com capacidade de atravessarem as camadas da pele e agirem localmente em determinada região do músculo.

Fonte: doutora em farmacologia de produtos naturais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e professora pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Dra. Camila de Albuquerque Montenegro

DOR

GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO (76%) AFIRMA TER TIDO DOR DE CABEÇA PELO MENOS UMA VEZ NOS ÚLTIMOS TRÊS MESES; 65% DIZEM TER TIDO DOR NAS COSTAS; E 63% RELATAM TER TIDO DORES MUSCULARES EM OUTRAS PARTES DO CORPO O TRATAMENTO Cuidar das dores vai muito além de somente tomar medicamentos. Segundo o médico do Hospital Sírio-Libanês, as dores lombares necessitam de reabilitação, melhorando a postura e os hábitos diários. O mesmo pode acontecer com as dores que surgem por fatores que possam ser mudados, como o estresse e sono. Os relaxantes musculares, por exemplo, podem ser usados em situações de tensão, dor e nas contraturas musculares, torcicolos ou lombalgias. “Sobretudo, a sua utilização deve ser associada à prática de exercício físico regular e alongamentos diários que ajudam a estender os músculos do corpo”, comenta a doutora em farmacologia de produtos naturais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e professora pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Dra. Camila de Albuquerque Montenegro. Já os medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais apresentam as propriedades analgésica, antitérmica e anti-inflamatória. O que difere entre esses fármacos é o potencial dessas propriedades, quando alguns terão maior poder analgésico ou anti-inflamatório que antitérmico e vice-versa. Entre os medicamentos mais usados, o Dr. Andrade frisa que parte dos anti-inflamatórios (como ibuprofeno e aspirina) podem causar problemas graves em alguns pacientes. Já o paracetamol pode ser usado, mas não com consumo excessivo. O fármaco com menos riscos é a dipirona. 2017 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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SORTIMENTO

A importância do sorriso MERCADO DE ORAL CARE GANHA ESPAÇO NO CANAL FARMA, TORNANDO-SE UM DOS PROTAGONISTAS ENTRE OS PRODUTOS DE HIGIENE & BELEZA. SABER TRABALHAR A CATEGORIA É CRUCIAL PARA AUMENTAR VENDAS POR LAURA MARTINS

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Mais de 60% dos brasileiros escovam os dentes três vezes por semana, sendo uma das populações que mais consomem creme dental per capita. Ao fazer a correta higienização bucal, as pessoas estão prevenindo a incidência de doenças bucais e ajudando a manter a saúde do corpo, pois a boca é a principal porta de entrada para muitas doenças. E parece que as pessoas por aqui estão preocupadas com isso. O Brasil está na quarta colo-

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cação mundial no mercado de produtos para higiene bucal, de acordo com dados de O Panorama do Setor, realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Não é uma coincidência que os produtos de oral care sejam importantes na composição do mix de produtos de Higiene & Beleza (H&B) do canal farma. Segundo a gerente shopper marketing Oral Care da GSK, Alice Amigo, o market share das farmácias no mercado de enxaguatórios, escovas e cremes IMAGENS: SHUTTERSTOCK



SORTIMENTO

dentais é de 39%. Se considerar somente creme dental, o canal farma representa 18%. De acordo com o diretor de Engajamento Científico da Johnson & Johnson, José Pelino, somente a categoria de enxaguatórios movimentou aproximadamente R$ 700 milhões nos últimos 12 meses (Nielsen SO 2016). Já a categoria como um todo, apesar de crescer, desacelera no curto prazo. O crescimento no MAT (Moving Annual Total – em português, Movimento Anual total) era de 6% e no TRI (trimestre) é de 2%. Contando somente o canal farma, a categoria de cremes dentais cresce 5%. “Cremes dentais direcionados para o uso de toda a família ainda são os mais vendidos no mercado, quando consideramos todos os canais. No entanto, os cremes dentais com um posicionamento de uso mais individual, como os especializados, ou seja, produtos com benefícios específicos para pessoas com condições bucais especiais (sensibilidade, halitose, gengivite, entre outros) vêm ganhando relevância no canal farma. Produtos para dentes sen-

síveis, por exemplo, já são 30% da venda total no canal”, frisa Alice, da GSK. Além disso, deve ser orientado o uso de enxaguantes bucais e fio dental, uma vez que o uso somente de escovas e cremes dentais alcança 25% das áreas da boca, enquanto que a higienização completa alcança 100% das áreas, eliminando até 99% dos germes que causam placa, gengivite e mau hálito. O gerente de marketing de Oral-B, Luis Henrique Siqueira, explica que a categoria pode ser dividida em quatro grandes segmentos: cuidado básico (anticáries, limpeza básica); frescor (sensação de hálito fresco); branqueamento (para dentes mais brancos); saúde/terapêutico (sensibilidade, cuidado da gengiva). Entre os principais ativos estão: • Flúor: atua no processo de remineralização dental, prevenindo a cárie. • Antimicrobianos: previnem as doenças periodontais, cárie e mau hálito.

O MIX PERFEITO Nas grandes farmácias, os cremes dentais de 90 representam cerca de 40% das vendas.

g

Tamanhos de 70

g, apesar de menos relevantes no sell out total quando comparado com 90 g, apresentam o maior crescimento. Consumidor busca melhor custo-benefício, sendo assim, vender tamanhos que tenham um melhor preço por grama é recomendado.

No canal farma independente, a tendência não é muito diferente, mas é importante ter um mix com menor desembolso absoluto.

Fonte: gerente shopper marketing Oral Care da GSK, Alice Amigo

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SORTIMENTO

• Agentes clareadores: auxiliam no processo de clareamento e na remoção e prevenção de manchas extrínsecas. • Agentes dessensibilizantes: reduzem a sensibilidade dental. • Estanho: cria uma película protetora sobre o dente, protegendo-o da erosão dental. Uma das grandes oportunidades de mercado são os produtos com benefícios específicos para pessoas com condições bucais especiais. “Isso porque em torno de um terço da população adulta (acima dos 20 anos de idade) brasileira tem sensibilidade, por exemplo, e apenas 25% se tratam. O desafio é conseguir executar com excelência no ponto de venda (PDV) as ações que endereçam as principais barreiras para esses consumidores não penetrarem no segmento”, frisa Alice. Para isso, é essencial que o segmento tenha boa visibilidade, com o sortimento certo e com o preço executado corretamente. Ter promoções auxilia no ganho de penetração, assim como trabalhar com ações de comunicação que eduquem o shopper sobre os benefícios e os diferenciais dos SKUs (Stock Keeping Unit – Unidade de Controle de Estoque, em português) dentro do portfólio.

RANKING – TOP 10 EM VENDAS 1

Colgate (Colgate)

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Close-Up (Unilever)

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Oral-B (P&G)

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Sensodyne (GSK)

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Sorriso (Colgate)

6

Tandy (Colgate)

7

Malvatrikids (Daudt)

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Paradontax (GSK)

9

Bitufo (Coty)

10

Prevent (Colgate)

Fonte: QuintilesIMS PM Mix – Abril/17 – MAT abril./17 (Moving Annual Total – em português, Movimento Anual Total) – Unidades

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O MERCADO DE ENXAGUATÓRIOS, ESCOVAS E CREMES DENTAIS É DE 39%. SE CONSIDERAR SOMENTE CREME DENTAL, O CANAL FARMA REPRESENTA 18%. A CATEGORIA DE ENXAGUATÓRIOS MOVIMENTOU APROXIMADAMENTE R$ 700 MILHÕES NOS ÚLTIMOS 12 MESES

A ORGANIZAÇÃO DA LOJA A visibilidade é o primeiro ponto de importância no PDV. “Se o consumidor consegue visualizar rapidamente o produto, terá tempo para pensar se o deseja ou não. Se não perceber o produto, não irá comprá-lo. Os itens premium devem ficar na altura dos olhos, passando a imagem de inovação para a categoria. Abaixo da linha dos olhos ficam os produtos de primeiro preço”, revela o diretor da PowerDent, Angelo Lloret. Além disso, é importante buscar a segmentação da gôndola, agrupando em um mesmo espaço os produtos que sejam de uso mais individual. Todos os itens para branqueamento ou gengivite, por exemplo, devem estar juntos. A gerente da GSK explica que as pessoas com condição bucal especial têm a tendência de ser mais leais e trocarem com maior frequência a escova dental. Por isso, expor o creme, o enxaguatório e a escova juntos ajuda a impulsionar as vendas de categorias correlatas ao creme dental, aumentando o tíquete médio do estabelecimento. “Para oferecer o mix adequado, deve-se procurar perceber quais são as linhas mais procuradas na loja no dia a dia e em épocas sazonais. No caso de higiene bucal, grande parte dos consumidores que vão às farmácias, tanto de redes quanto as independentes, está à procura de produtos que são indicados pelos seus dentistas”, completa Lloret.


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NUTRIÇÃO

Esporte na balança NÃO SOMENTE DE TREINOS É FEITO UM ATLETA. TER UMA ALIMENTAÇÃO BALANCEADA E O AUXÍLIO DE SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS É TÃO IMPORTANTE QUANTO O ESFORÇO FÍSICO

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POR LAURA MARTINS

A nutrição esportiva é o ramo da nutrição que orienta a alimentação de maneira que o desempenho de atletas (competitivos ou não) seja mais elevado. A ingestão correta de líquidos e alimentos é essencial para que haja resultado satisfatório daqueles que praticam exercícios. “A nutrição esportiva tem um pé no body building. Eles acabaram desenvolvendo produtos que ajudam na nutrição esportiva. Mas a nutrição avançada dá resultado em diversos esportes, ainda que o acesso seja

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complicado, pelo seu preço elevado”, explica o diretor da E4 (agência voltada ao marketing nutricional), Gustavo Negrini. Quando consumidos corretamente, os alimentos geram energia durante o treino e ajudam no processo de recuperação pós-treino. Por isso, a dieta balanceada é tão importante na entrega de resultados quanto na prevenção de lesões e na recuperação de todo o corpo de maneira mais rápida. Para o nutricionista e educador físico, Dr. Marcelo Carvalho, um atleta é formado por quatro pilares: genética, treino/recuperação, motivação e a nutrição IMAGENS: SHUTTERSTOCK/ DIVULGAÇÃO



NUTRIÇÃO

– que deixa todos os potenciais em evidência. “A nutrição é quase invisível, quase não se fala no âmbito esportivo, mas isto está mudando”, frisa ele. Segundo o estudo Nutrition and Athletic Performance (Nutrição e Perfomance Atlética, em português), publicado na Medicine & Science in Sports & Exercise, toda a composição dos alimentos tem função importante no corpo, como, por exemplo: • Carboidratos: fornecem combustível para o cérebro e o Sistema Nervoso Central(SNC), além de haver evidências de que os exercícios de alta intensidade prolongados são reforçados pela alta disponibilidade dos carboidratos. • Proteínas: melhoram as mudanças estruturais em tecidos não musculares, como tendões e ossos; recomendações recentes falam sobre a importância da ingestão correta de proteína não somente

EQUIPE MAIS BEM NUTRIDA

SUPLEMENTAÇÃO É ALIADA Não somente a alimentação é importante para o desempenho do atleta, mas o uso de suplementos vitamínicos pode ajudar – e muito – na vida saudável. Entre eles estão: • Creatinina Hidroclorizada: até 40 vezes mais solúvel que a creatina mono-hidratada, dá força e velocidade sem reter líquidos. • Beta-alanina: melhora a performance de tiros de corridas curtos e médios. • Extrato de beterraba: diminui a produção do lactato (responsável pela dor e desconforto em exercícios físicos) em tiros de 400 metros. • Ácido Tetrametilúrico: possui os mesmos benefícios da cafeína, mas sem os efeitos colaterais. • Citicolina: aumenta a disponibilidade de neurotransmissores, aumentando o foco. Fonte: educador físico Érico Caperuto

Com foco na melhora do desempenho, o Corinthians e a agência E4 desenvolveram um projeto para a equipe feminina profissional de futebol do clube, para que as atletas possam aproveitar uma consultoria completa de nutrição esportiva. O projeto será inteiro voluntário e terá a participação de nutricionistas, médicos e todo o apoio da agência para trazer mais apoiadores, como os de suplementos vitamínicos. A apresentação do projeto aconteceu no dia 11 de agosto último, na sede do Corinthians.

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para aqueles que não tenham como foco a hipertrofia muscular. • Gordura: é um componente necessário para uma dieta saudável, fornecendo energia, elementos essenciais das membranas celulares e facilitando a absorção de vitaminas lipossolúveis. A nutrição auxilia na força, concentração, velocidade, potência e resistência do usuário, além de participar na prevenção e no tratamento de lesões. “No esporte, a nutrição oferta carga de nutrientes que vai promover alterações em alguma variável de treinamento, deixando os atletas mais tolerantes ao esporte”, comenta o Dr. Carvalho. Isso acontece, por exemplo, pelo melhor controle da composição corporal.A gordura abdominal é o melhor preditor de lesões musculares quando comparado ao Índice de Massa Corporal (IMC). Ou seja, se a composição corporal estiver errada, poderá ser prejudicial para a saúde física da pessoa.


30 de outubro – Parabéns, Balconista!

JUNTOS, CUIDAMOS DA SAÚDE. A Sandoz parabeniza os profissionais que levam mais saúde e conhecimento a seus pacientes. Conte com o portal Cuidamos da Saúde para auxiliá-lo em suas atividades diárias e seguir com esse papel tão fundamental.

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NUTRIÇÃO

O FAMOSO WHEY PROTEIN Entre os mais famosos suplementos proteicos, o Whey Protein visa suprir a demanda proteica diária de um indivíduo. Durante uma atividade física, o corpo se estressa e necessita que as fibras musculares expostas aos danos do exercício sejam reparadas após a atividade, sendo necessário que aconteça a síntese proteica. É uma boa opção para quem não tem muito tempo entre o término da atividade física e seus compromissos diários. O produto é, basicamente, a proteína do soro do leite e é apresentado em três formas diferentes: Concentrado, Isolado e Hidrolisado. O que difere os três são principalmente os traços de lactose presentes – sendo em maior quantidade no Concentrado até ausente no Isolado. Além disso, o teor de Proteínas dos Concentrados costuma ser menor do que nas outras opções. Albumina, proteína do arroz, proteína da carne e outros suplementos proteicos têm a mesma finalidade, mas cada um com sua particularidade na composição e preço.

PROTEINA

Fonte: nutricionista Rafael Toledo Prado

Dentro desse contexto, o nutricionista deve preencher a anamnese (entrevista realizada entre profissional de saúde e paciente que serve como ponto inicial no diagnóstico do problema); consulta presencial com os atletas; entrega do plano alimentar e suplementação; retorno; e ajustes. Com isso, ele consegue identificar e corrigir as deficiências nutricionais e os parâmetros de composição corporal. Todos esses cuidados podem evitar problemas ainda maiores, se trabalhados junto da medicina. “A medicina preventiva é focada na saúde e prevenção da população, sendo, muitas vezes, sinônimo de detecção precoce de doenças”, revela o médico Dr. Fábio César dos Santos. Ou seja, a nutrição e a medicina caminham juntas para entender o corpo do atleta e torná-lo mais forte contra adversidades que podem surgir.

FARMÁCIA GANHA ESPAÇO Os suplementos são parte importante da dieta de um atleta. Esses produtos ganham força de vendas em farmácias e drogarias, pois englobam todas as vitaminas, complexos vitamínicos, estimulantes de 92

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apetite, complementos alimentares, bebidas isotônicas e nutrição esportiva. “No Brasil, estima-se que a categoria dos suplementos alimentares em farmácia tenha um faturamento superior a US$ 400 milhões em 2017, segundo informa a Euromonitor International. O aumento do faturamento da categoria esperado para o próximo ano é de, no mínimo, 25% no País. Há a migração do consumo desses produtos das lojas especializadas para as farmácias”, revela a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso. Nesse sentido, o papel do farmacêutico e do balconista é essencial para a recomendação e aconselhamento dos produtos corretos. Para Silvia, por ser um mercado em expansão, muitos consumidores precisam de informações adicionais sobre quais suplementos são mais indicados para cada necessidade. “Desse modo, é fácil reconhecer que a venda de suplementos em farmácias melhora o tíquete médio e atrai o novo perfil de consumidores para as lojas, melhorando inclusive a área de perfumaria, pois o consumidor de suplementos é preocupado com a boa aparência e a qualidade de vida”, finaliza ela.


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Proteção diária O SOL É O VILÃO DA CÚTIS SAUDÁVEL E BONITA. A MUDANÇA CULTURAL FAZ COM QUE O BRASILEIRO BUSQUE PRODUTOS QUE O PROTEJAM DAS AÇÕES DOS RAIOS ULTRAVIOLETA, AUMENTANDO A OFERTA DOS PROTETORES SOLAR POR LAURA MARTINS

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A preocupação com a saúde da pele passa, necessariamente, pelo uso diário de protetor solar. Apesar disso, o volume de bloqueador solar comprado pelo consumidor brasileiro é de 220 mL, ou seja, 1,75 unidades por ano, segundo dados da Nielsen BRA – Homescan YTD Until Q3 2016, quantidade pequena se for considerado que o uso médio deveria ser de um tubo por mês. Em uma parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a SUNDOWN ® fez um levantamento que revelou o uso de protetor solar atrelado a atividades em ambientes externos e propensos à exposição. Em torno de 35% dos entrevistados disseram aplicar protetor solar em seus filhos ape-

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nas de vez em quando. Ao perguntar sobre o número de crianças que usam protetor solar para ir à escola, a porcentagem caiu para 5%. Além disso, as pessoas que usam os protetores solares tendem a não aplicar o produto da maneira correta. Segundo a diretora médica da Pierre Fabre (laboratório da Avène), Dra. Ana Coutinho, as pessoas aplicam muito menos do que a dose recomendada (2 mg/cm²), variando de 0,5 mg e 1,5 mg/cm², o que acaba por produzir uma redução na proteção conferida pelo fotoprotetor comprado. Em geral, a pessoa consegue um valor médio de 20% a 50% do Fator de Proteção Solar (FPS) rotulado no produto comprado. Por outro lado, o clima tropical brasileiro contribui para que o País tenha o segundo maior mercado de protetores solares do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos. IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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“O setor movimentou mais de R$ 650 milhões entre julho e dezembro de 2016”, revela a gerente de trade marketing da Divisão de Cosmética Ativa da L’Oréal, Juliana Valeriano. “Existe a crença de que só a exposição solar intencional (na praia, na piscina, no quintal ou durante as férias de verão) representa risco à saúde. Além das queimaduras e do envelhecimento precoce, um dos efeitos mais preocupantes da exposição desprotegida é o câncer de pele, o que pode ser prevenido por meio de medidas adequadas de fotoproteção no dia a dia”, revela a diretora de trade marketing e Sales Operations da Johnson & Johnson, Juliana Sztrajtman. Qualquer parte do corpo exposta ao sol (incluindo lábios, olhos, couro cabeludo e lobos da orelha, por exemplo) pode sofrer queimaduras. Elas aparecem depois de algumas horas de exposição e se manifestam desde uma pele avermelhada e quente, sensível e dolorosa ao toque, até pequenas bolhas com líquido dentro. “Se o quadro for mais grave, podem surgir sinais e sintomas gerais, como dor de cabeça, febre, calafrios e fadiga. A queimadura é uma resposta inflamatória à radiação solar. Ao olhar a pele queimada pelo sol, utilizando um microscópio potente, é possível ver as células e os vasos sanguíneos danificados pelos raios solares. Com o dano repetido pela exposição crônica ao sol, a pele começa a desidratar e ficar enrugada”, comenta a médica da Pierre Fabre. Visando atender ainda melhor o consumidor, a indústria lança alternativas que facilitem o uso dos produtos. É o caso de protetores solares específicos para um tipo de pele, com outras finalidades ou em embalagens menores. O Physical Matte UV Defense, da SkinCeuticals, por exemplo, tem efeito matte para peles oleosas, combinando alta proteção com filtros minerais e efeito blur que minimiza a aparência dos poros. “Percebemos uma forte tendência dos produtos multifuncionais, que entregam mais de um benefício ao consumidor, como cor (por meio de base) e em produtos que se adaptem às necessidades do dia a dia, com fragrância e texturas mais suaves”, complementa a diretora da Johnson & Johnson. 96

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2017

MAIOR VALOR AGREGADO Em geral, os fotoprotetores faciais são mais caros que os usados no corpo. Isso acontece por entregarem outras funções cosméticas, além da proteção. Ativos com efeito anti-idade, controle de oleosidade, minimização de efeito visual de manchas e hidratação são alguns dos diferenciais que encarecem os produtos. Fonte: diretora médica da Pierre Fabre (laboratório da Avène), Dra. Ana Coutinho

ROSTO OU CORPO A pele do rosto é mais delicada e necessita de uma formulação compatível, com um sensorial mais leve e com uma cosmeticidade mais adequada para essa região. “Por uma questão de praticidade, algumas fórmulas atuais trazem outros benefícios além da proteção solar, como controle de oleosidade, atividade antioxidante e uniformização da tonalidade da pele”, diz Juliana Sztrajtman. Entre as principais preocupações na formulação estão o não pesar, não obstruir os poros, não sensibilizar a pele e não causar irritações. Ainda assim, pessoas com pele normal podem usar os fotoprotetores de corpo na face, se não houver incômodo no dia a dia. “O filtro solar usado no corpo tende a ser mais oleoso, deixando, muitas vezes, a pele mais brilhosa e mostrando-se mais pesado ao toque durante a aplicação, o que para a face não é, na maioria das vezes, desejável. Os produtos desenvolvidos para o corpo podem ser também resistentes à água, já que a sua aplicação é mais frequente em praias e piscinas, onde há maior contato com a água e a exposição solar é mais intensa e constante”, analisa a Dra. Ana.


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CATEGORIA

AS 10 MARCAS MAIS VENDIDAS 1. Sundown (J&J) 2. Anthelios (La Roche-Posay) 3. NIVEA (NIVEA) 4. Neutrogena (J&J) 5. Episol (Mantecorp Skincare) 6. Solar Expertise (L’Oréal) 7. Minesol (J&J) 8. Cenoura & Bronze (Coty) 9. Capital Soleil (Vichy) 10. Helioderm (Kley Hertz) Fonte: QuintilesIMS – MAT [Moving Annual Total (Movimento Anual Total)] junho de 2017 – Unidades

A EXPOSIÇÃO NO PONTO DE VENDA A categoria de exposição solar é dividida em uso familiar (praia e piscina), uso individual (beleza) e uso diário. “Dessa forma, o primeiro passo é trabalhar a exposição da categoria de maneira estratégica, separando esses universos. Primeiramente, recomenda-se blocar os produtos por marca, facilitando a identificação da categoria”, cita a diretora da Johnson & Johnson. Dentro das marcas, devem ser agrupados os segmentos (facial, infantil, pós-sol, regular e bronzeadores). E, por fim, dentro de cada segmento, separar por aplicador. Entre as linhas, os produtos devem ser expostos em ordem decrescente de FPS (do maior para o menor), conforme o fluxo do corredor. “Essa organização também irá segmentar os preços, que variam conforme o valor de proteção. O sortimento de produtos deve ser trabalhado de acordo com o espaço físico de cada loja”, com98

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plementa a gerente da L’Oréal. Esse entendimento passa, por exemplo, pelo aumento da procura de produtos específicos para o rosto, sendo necessário atender os consumidores que buscam por diferentes protetores. Naturalmente, a demanda dos protetores solares aumenta nos meses mais quentes do ano. Nesse momento, o varejista deve aproveitar para expor um mix de produtos maior do segmento e fomentar a educação em relação ao seu uso. “Pesquisas de consumidor apontam como preferência lojas com variedade de sortimento, pois o consumidor quer encontrar diferentes produtos para poder fazer a sua escolha. Temos dados, também, que mostram um incremento de até 60% em redes que ajustaram o mix na gôndola, oferecendo marcas dermocosméticas, premium e massivo, faciais e corporais, variedades de FPS”, complementa a executiva.



EVENTO

Discussão sobre o futuro ABRAFARMA FUTURE TRENDS É MARCADO PELA TROCA DE CONHECIMENTO E ESTREITAMENTO DE RELACIONAMENTO ENTRE INDÚSTRIA E VAREJISTAS DO CANAL FARMA POR LAURA MARTINS E LÍGIA FAVORETTO

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O congresso Abrafarma Future Trends chegou em sua quarta edição trazendo uma agenda de palestras com os maiores especialistas na área de consumo e inovação digital no varejo. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), aconteceu entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro último, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP). Na ocasião, foram mais de 2.600 visitantes, 25 das mais importantes empresas do setor, 26 grandes redes (que juntas representam mais de 42% do mercado brasileiro de medicamentos) representadas por mais de 900 executivos, 49 palestrantes nacionais e internacionais e 50 horas de conteúdo.

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Global Director Digital Commercial da The Coca-Cola Company (EUA), Stephen Thompson

A programação deste ano contemplou um número maior de palestrantes internacionais, com destaque para o Global Director Digital Commercial da The Coca-Cola Company (EUA), Stephen Thompson. Ele abordou a transformação digital do varejo. Outro convidado de peso e relevância foi Jonathan Carney, principal gestor dos serviços aos fornecedores da QuintilesIMS no Reino Unido e um estudioso das novas tendências do setor. Destacou-se ainda a presença do CEO da Jackman Reinventions, empresa que criou o projeto de reinvenção da Duane Reade, Hexall, Walgreens e Vitamin Shoppe, Joe Jackman. Também estiveram presentes o diretor presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas IMAGENS: KLEBER MARQUES


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EVENTO

O evento Abrafarma Future Trends recebeu mais de 2.600 visitantes

Barbosa; o presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge; e a CEO do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), Márcia Cavallari. “O evento tornou-se referência no calendário mundial e, nesta edição, trouxe temas importantes ligados à tecnologia na indústria e varejo, além de destacar a pesquisa inédita sobre vacinação”, ressalta o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. Nas edições anteriores, o espaço disponível para que os visitantes assistissem às palestras era de 700 lugares, nesta edição, subiu para 1.700, ou seja, mil novos lugares. “O objetivo é proporcionar mais conforto, receber melhor as pessoas, que estão focadas e são qualificadas para estarem ali. Nesse evento, não há ‘chinelão’, quem vem apenas para passear e ganhar brindes. Aqui, o cara que vem, vem para conversar, falar sobre negócios, com objetivos, uma conversa que vem do dia a dia e se efetiva aqui, ou uma conversa que se inicia aqui e vai fluir para o dia a dia. Cada rede faz uma apresentação, mostra suas propostas e para uma rede ainda pequena, que não tem uma vitrine e precisa explorar isso, é uma grande oportunidade”, comenta. Mena Barreto ressalta que tenta sempre mesclar conteúdo e negócios. “Para o profissional da rede, quero entregar conteúdo, apresentando, por exemplo, o que o Walmart faz, mostrando a reformulação de lojas do Walgreens; por outro lado, há a parte comercial da indústria, que também passa a entender um pouco o varejo. Estamos discutindo aqui o que se discute no mundo inteiro.” 102

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O EVENTO É TAMBÉM UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA AS EMPRESAS QUE NÃO ESTÃO NO EIXO RIO-SÃO PAULO E ACABAM NÃO ESTANDO TÃO PRESENTES FISICAMENTE NA VIDA DOS VAREJISTAS VACINAS, UM CAPÍTULO À PARTE A CEO do Ibope apresentou uma pesquisa que revela que a vacinação em farmácias é tida como positiva pela população brasileira. Os dados revelam que 26% dos brasileiros deixam de tomar vacinas por causa de falta de informação; 22% por causa do preço; e 12% pelo acesso. Nesse contexto, o canal farma é visto como positivo pela comodidade e facilidade de acesso. Mena Barreto lembra que existe um mito de achar que tudo gira em torno do médico e isto gera um entrave. “A gente tem miopia de que só o médico pode prescrever a vacina, de que o paciente vai ter uma reação alérgica, é um em um milhão; a mesma vacina produzida para uma clínica de imunização é a que será aplicada na farmácia. O farmacêutico fará a anamnese, registrará o paciente, precisará ter toda a estrutura de cadeia fria, passará por um treinamento, feito isto, ele tem todo o empoderamento para realizar a aplicação.”


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EVENTO

PELA FEIRA Além do conhecimento, o evento tem como pilar o relacionamento. Para a gerente de trade marketing da Sandoz, Carolina Pardo, o Future Trends é o principal evento para o canal de redes de farmácias que possibilita essa proximidade. O coordenador de trade da Hypermarcas, Gustavo Alves, concorda com a afirmação, dizendo que o evento é uma vitrine para todas as redes. “Ter relacionamento e mostrar lançamentos, sentar e conversar para depois discutir negócios”, comenta. Na ocasião, a farmacêutica estava apresentando alguns novos produtos, como Alivium cápsulas gel, Benegrip Multi e Doril Enxaqueca. O evento é também uma ótima oportunidade para as empresas que não estão no eixo Rio-São Paulo e acabam não estando tão presentes fisicamente na vida dos varejistas. É o caso da Prati-Donaduzzi, situada em Toledo (PR). “É extremamente importante estar aqui. Há concentração de aproximadamente 40% do mercado farma brasileiro. Usamos o evento para fazer relacionamento, rever amigos e parceiros. Não há negócios, nem trazemos planilhas de vendas”, comenta o presidente do laboratório, Eder Maffissoni. O Grupo Cimed inovou e apresentou um estande inspirado na Praça Vermelha, um dos pontos turísticos mais famosos de Moscou, na Rússia. A farmacêutica aproveitou a oportunidade como pontapé inicial às ativações para a Copa do Mundo da Rússia. “Como patrocinadores oficiais da Seleção Brasileira, dedicamos um espaço para ativações especiais, entre elas, a exposição de uma camisa da conquista do Pentacampeonato, em 2002, autografada por atletas. Também tivemos a presença dos ex-jogadores Ricardo Rocha, Juninho Paulista e Careca”, conta o diretor de marketing do Grupo Cimed, Hélio Melo. A farmacêutica dedicou ainda um lugar à stock-car em outro ponto da feira, exibindo um dos carros das equipes e os quatro pilotos: Marcos Gomes e Cacá Bueno, da Cimed Racing; e Felipe Fraga e Denis Navarro, da Cimed Racing Team. A presença de players tão importantes do varejo atrai não somente as indústrias focadas em medicamentos, mas aqueles que trabalham no mercado de Higiene & Beleza (H&B). O gerente de trade da P&G, Yuri Guazzelli, explica que a presença da companhia é importante para ter proximidade com as redes. Atualmente, o canal farma é um dos mais importantes para a empresa. Com cerca de 20 marcas de produtos de beleza e cuidados pessoais no Brasil, a multinacional Coty também marcou presença na Abrafarma Future Trends 2017. A 104

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Presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto

empresa tem crescido cada vez mais no território nacional desde o início de sua operação no País, em 2016, já ocupando a terceira posição no ranking do setor. “O evento é uma grande oportunidade de apresentarmos a dimensão da Coty em seu novo momento de negócio, após as relevantes aquisições promovidas, agregando ao seu portfólio marcas icônicas presentes na rotina dos consumidores brasileiros e, também, de renome internacional, como: Risqué, Adidas, Monange, Bozzano, Paixão, Cenoura & Bronze, Koleston e Soft Color”, expôs a diretora de trade marketing da divisão Coty Consumer Beauty, Analicia Toledo. A Fini Guloseimas também esteve presente e apresentou um novo produto em sua linha Natural Sweets, o Cálcio + Vit. D. Aliado da saúde dos ossos para homens e mulheres, o produto contém 61 calorias por porção, é livre de açúcares, possui 33% da ingestão diária recomendada dos ativos que dão o seu nome, com aromas e corantes naturais e naturalmente sem lactose. Cada embalagem de 18 g contém balas de gelatina nas versões iogurte de morango, iogurte de coco e iogurte de pêssego, com textura leve e sabor premium.


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HOMENAGEM

Adeus a Paulo Heitor Lopes Bruno O MERCADO FARMACÊUTICO LAMENTA A MORTE DE UM PROFISSIONAL DA MAIS ALTA COMPETÊNCIA E RELEMBRA LEGADO A SER SEGUIDO

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POR LÍGIA FAVORETTO

A Contento Comunicação comunica, com pesar, a morte de Paulo Heitor Lopes Bruno, 48 anos, ocorrido no último dia 24 de agosto, em decorrência de um câncer. Profissional da mais alta qualidade, homem simples, direto e visionário, precursor do modelo de feiras desenvolvidas hoje no setor farmacêutico, como a ShopFarma, que evoluiu para a Econofarma.

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Desenvolveu diversos projetos que contribuiram para o crescimento do canal farma em todo o Brasil. Ex-diretor da empresa PH Eventos, atualmente viajava o Brasil palestrando. Natural de Bauru, morava atualmente em Taubaté, cidades do estado de São Paulo. A esposa de Paulo Heitor, Sara Isabel da Silva Nogueira, lembra que o “Paulinho”, como costuma chamá-lo carinhosamente, era um ser humano IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


maravilhoso. “Um espírito de luz. Que só semeou o bem e a paz em muitos corações. Quem teve a benção de conhecê-lo sabe que o Paulinho se definia em uma só palavra: amor.” Ela comenta que apesar da sua doença, continuava com o sorriso no rosto e a alegria no coração, tentando, somente, acalmar outros corações. “Nunca ficou revoltado e nem de mau humor. Como ele dizia: ‘Tenho uma doença, mas não sou doente’”. Eles foram casados por 11 anos e tiveram Ivan Nogueira Bruno, único filho de Paulo Heitor, hoje com dez anos de idade. O presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia, lembra a importância que Paulo Heitor teve para a Febrafar e para o associativismo. “Foram dez anos de Econofarma e incontáveis eventos regionais, todos fomentando nosso modelo de negócios, mas acho que não é isso que devemos ressaltar no Paulo. Na minha opinião, a grande contribuição que ele teve foi como ser humano e sua incomparável espiritualidade, além do foco em ajudar os menos favorecidos.” A consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, lembra que parece que foi ontem que encontrou esse grande amigo e lá se vão 12 anos. Ela comenta que Paulo Heitor era um jovem visionário, empreendedor, cheio de sonhos e com uma alegria enorme de viver. “Durante anos, tive o privilégio de compartilhar com ele expectativas, aprendizados, orientações e muito trabalho. Esse era o Paulo Heitor: um profissional competente que muito fez pelo varejo farma, unindo-o à industria e às distribuidoras. Um realizador de feiras de farmácia que depois se transformaram nas Econofarmas, com sucesso de conteúdo e público. Uma pessoa admirada por muitos pela sua gentileza e atenção. Sua presença física vai fazer falta a todos os colegas, mas o exemplo ficará para sempre. Vou sentir saudades dos nossos cafés ‘no meu escritório’”.
 O diretor comercial da Metalfarma, Regis Rodero, também não poderia deixar de prestar sua última homenagem e emocionado conta que teve a oportunidade e o privilégio de conhecer Paulo Heitor em uma reunião onde ele lançaria o 1º workshop “Encontro de Negócios”. “Fomos apresentados pelo Sr.

Edison Tamascia, que naquele momento presidia a Rede Farmavip de Piracicaba (SP). A partir daí, estive em todos os encontros e feiras organizados pelo Paulo. Em uma das apresentações, fui surpreendido ao ser chamado à frente do palco, junto a mais três empresas, para receber uma homenagem, por acreditar em seu evento desde a primeira edição, e com isso, tivemos seu reconhecimento de não haver outra empresa do mesmo segmento que o nosso em suas feiras.” É importante dizer que, em um momento em que redes associativistas e independentes precisavam, apesar de terem suas próprias estruturas, de informações e condições comerciais que as colocassem de maneira mais competitiva e profissional no mercado, Paulo Heitor fez a diferença. “Paulo criou a Econofarma, uma feira que unia o varejo e as indústrias, trazendo muito conteúdo e muita informação necessária e importante, proporcionando condições para que o associativismo e as independentes pudessem estar no mercado mais preparadas e competitivas do ponto de vista comercial.” Já o diretor da Desenvolva Consultoria e Treinamento, Marcelo Cristian Ribeiro, viajou o Brasil com Paulo Heitor quando estiveram juntos à frente do projeto ShopFarma. “Sempre conversávamos a respeito da vida, da saúde e da família. Ele era uma pessoa muito espiritualizada que encarava o trabalho como se fosse algo maior do que ele. Uma pessoa que cobrava perfeição, que avaliava feedback”, resume. Em parceria com a Contento Comunicação, desenvolveu diversos projetos conjuntos, entre eles, o Guia Prático do PDV. “Nos solidarizamos com a dor dos familiares, amigos e dos que com ele conviveram nas esferas profissional e pessoal, rendendo homenagens ao trabalho por ele realizado em toda a sua carreira”, enaltece o diretor da empresa, Gustavo Godoy. Sara deixa registrado que seu marido tinha um canal no YouTube com o nome Paulo Heitor Palestrante, onde ele apresentava e desenvolvia os temas de suas palestras. “O canal está ativo, são 12 vídeos que continuarão circulando, como forma de inspirar aqueles que possam estar passando pelo mesmo desafio que a vida nos apresenta e propõe”, finaliza. 2017 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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SEMPRE EM DIA

Hora do banho A ROTINA DE CUIDADOS COM O CORPO COMEÇA NO CHUVEIRO. SABENDO DISSO, EMPRESAS FOCAM EM DESENVOLVER PRODUTOS QUE SEJAM ÚTEIS E PRÁTICOS NO DIA DO CONSUMIDOR POR LAURA MARTINS

CUIDADO FEMININO

OPÇÃO HIDRATANTE

Um dos primeiros hidratantes para banho dermocosmético do mercado, Eucerin® In-Shower Loção Corporal Hidratante para Banho é formulado com 5% de dexpantenol, ideal para usar durante o banho, pois fortalece as defesas naturais da pele e hidrata rapidamente. Indicado para peles sensíveis, o produto ajuda a manter a proteção e o equilíbrio natural da pele. • www.eucerin.com.br

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BELEZA NO DIA A DIA

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BRILHO NAS UNHAS

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BLOQUEIO DE LUZ

As lesões da pele são causadas não somente pela luz solar, mas por fontes artificiais que emitem radiação infravermelha. Para atender a esta necessidade de fotoproteção completa, Cetaphil® desenvolveu o Cetaphil® Sun Fator de Proteção Solar (FPS) 70 Ultra Matte & Oil Control, protetor solar facial para uso diário nas versões com e sem cor, desenvolvido com as tecnologias Solar Care Intelligence, combinação de filtros solares com ingredientes de ação antioxidante contra os efeitos da radiação solar, garantindo proteção 360º (UVA, UVB, luz visível e infravermelho). www.cetaphil.com.br

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INSTITUCIONAL – ABRADILAN

Os próximos passos para a rastreabilidade

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A ANVISA DESEJA A PARTICIPAÇÃO DE TODO O SEGMENTO, INCLUSIVE POR PORTE DE EMPRESA, PARA CONSEGUIR O MELHOR RESULTADO POSSÍVEL

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PO R J O S É C AR LOS N OGUEIR A , A SSESSOR J UR ÍDICO E D E RELAÇ Õ ES INSTITUC IO NAIS D A AB RAD ILAN

Quando surgiu a Resolução 54 sobre a rastreabilidade, a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) foi contra porque ali previa que as informações, coletadas no sistema, seriam repassadas para a indústria, fato que poderia deixar o restante do setor vulnerável. Já a nova resolução retira da indústria essa condição (de armazenador de informações repassadas por meio das ferramentas do Sistema). Daqui para frente, ainda é preciso fazer ajustes sobre como os dados serão transmitidos, por exemplo. E é por isso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deseja, nesta fase experimental, a participação de todo o segmento, inclusive por porte de empresa, para conseguir o melhor resultado possível. Temos um prazo de quatro meses para esta fase experimental, a partir da edição

dessa resolução, quando aqui teremos a publicação de especificações tecnológicas necessárias à operacionalização do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) e que serão publicadas por meio de Instrução Normativa. Depois, tem-se o prazo de até um ano, conforme a Lei 11.903/09, em seu artigo 5, parágrafo único, Inciso I, depois de concluída a regulamentação dos aspectos operacionais do SNCM (no prazo de quatro meses como comentado), para que a indústria, os importadores e os representantes da distribuição e do varejo farmacêutico, escolhidos pelo órgão de vigilância sanitária federal competente, possam, em caráter experimental, receber e transmitir dados referentes a, no mínimo, três lotes de medicamentos que contenham as informações previstas nos incisos I,II,III e IV do parágrafo primeiro do artigo 3 da Lei em questão (vale mencionar que essas

regras foram inclusas nessa Lei pela outra Lei – a de número 13.410/16). E para que o prazo e os dados citados sejam cumpridos, será instituído, em Ato Normativo, um comitê com representação dos integrantes do SNCM e coordenado pela Anvisa (e considero fundamental nossa presença nesse comitê). Esse ato normativo está previsto na Resolução 157, em seu artigo 16, que se reporta ao inciso II, do parágrafo único do artigo 5, da Lei 11.903/09. Nesse momento, diz-se que em até oito meses, depois da etapa estabelecida no inciso I mesmo parágrafo único e artigo 5 (já comentado) – será instituído o referido comitê. A Abradilan já tem os nomes de seus participantes para as discussões sobre as especificações tecnológicas necessárias à operacionalização e que deverão surgir por meio de Instrução Normativa (conforme prevê o artigo 17 da Resolução 157/17).

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