HANDS ON 19

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ON DECOR

Reconectando com a Natureza & O Poder do Design Biofílico nos Espaços Construídos

P.O., SÓCIO DA LIVE MARKETING CONSULTORIA E DIRETOR-EXECUTIVO DA UBRAFE CONVERSA SOBRE CARREIRA, CRESCIMENTO NO SETOR DE EVENTOS, FEIRAS DE NEGÓCIOS, E A IMPORTÂNCIA DA RELEVÂNCIA PARA SE DESTACAR ON EVOLUTION

Cannabis além das propiedades medicinais e recreativas

PAULO OCTAVIO PEREIRA DE ALMEIDA

“A EXPERIÊNCIA IMERSIVA FAZ PARTE DA NATUREZA HUMANA, E HOJE NÓS DEIXAMOS DE SER ORGANIZADORES DE EVENTOS PARA SERMOS DESIGNERS DE EXPERIÊNCIAS”

www.onnatv.com.br Ed. 19 - Ano 03 - R$ 80

Shows, Congressos e Feiras em

É ISSO E MUITO MAIS.

São Paulo é referência na realização de eventos em centros de convenções e espaços especializados, como a Sala São Paulo, que possui uma das melhores acústicas do mundo. Seja na capital ou no interior, existem muitas opções para realizar eventos e oferecer a melhor experiência possível. Tem São Paulo para todos os tipos e tamanhos de encontros. Consulte também os programas de Stopover e aproveite para conhecer os destinos paulistas.

São Paulo, sempre um espetáculo.

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OTAVIO NETO

CEOGrupoOnMedia e Publisher HANDS ON

RENOVANDO A INSPIRAÇÃO

Prezados leitores, a HANDS ON magazine tem o prazer e a honra de abrir sua 19ª edição com chave de ouro na matéria de capa, sobre um dos mais importantes e renomados líderes no Brasil; Paulo Octavio de Pereira Almeida (P.O.) grande responsável pela retomada do setor de grande feiras e eventos de negócios pós-pandemia.

marca e exemplo na história de marketing e eventos.

Falamos também, do comportamento de consumo da geração Z e o quanto a confiabilidade hoje é necessária no consumo digital.

A HANDS ON MAGAZINE TEM O PRAZER E A HONRA

Trazemos novidades sobre polêmicas, tal qual o uso da CANNABIS, numa matéria que aboradará o uso além das propriedades medicinais ou recreativas.

CEO e PUBLISHER

EDITOR E JORNALISTA

RESPONSÁVEL

Luciana Albuquerque

MTB: 53210/SP

DESIGN E DIAGRAMAÇÃO

Peron Publicidade

Ele também que reabriu tantas oportunidades e gerou outras, tem em seu DNA a liderança, sendo diretor-executivo da UBRAFE e sócio da LIVE MARKETING CONSULTORIA, deixando assim a cada dia sua

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Helena de Mendonça Godoy

REPÓRTER

Vanda Fulaneto

CONSELHO EDITORIAL

Adelson Coelho

Otavio Neto

DEPARTAMENTO COMERCIAL

Otavio Neto

otavio@onnatv.com.br

E como deixar nossas ruas e casas mais agradáveis e sustentáveis? Temos tudo isso e muito mais nessa edição, informações recheadas de ações para nos inspirar e motivar.

Desejamos a todos, uma agradável leitura!

DESENVOLVIMENTO PROJETOS ESPECIAIS

Luiz Octavio Pinto Neto (JAKA) luizoctaviopn@icloud.com +55 (11) 98400-9130

FOTOS E ILUSTRAÇÕES

GREGORY GRIGORAGI (Capa), Divulgação e Freepik

ASSINATURA E DISTRIBUIÇÃO

+55 (11) 11 98803-0299

UMA PUBLICAÇÃO DO GRUPO ON Media

Redação e administração: Radar Comunicação e TV LTDA. (CNPJ 36.398.837/0001-88)

COLABORADORES

Adelson Coelho

Luiz Marins

Helena de Mendonça Godoy

Luciana Albuquerque

Rodrigo Januário

Suely de Souza

Toni Sando

Willy Herrmann

Av. Fernando Nobre n. 11 - Vila de São Fernando Golfe - Cotia /São Paulo Tel.: +55 (11) 11 98803-0299

A HANDS ON não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados.

Não é permitida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização.

Data de publicação: 03/08/2023

6 HANDSON 19 EDITORIAL
DE ABRIR SUA
19ª EDIÇÃO COM CHAVE DE OURO NA MATÉRIA DE CAPA

Sócio da LIVE MARKETING Consultoria e diretor-executivo da Ubrafe está otimista com o crescimento dos eventos de entretenimento e feiras de negócios, que desempenham um papel crucial de impulsionar a economia do país, e destaca que a lei da relevância é a lei da sobrevivência do setor

PAULO OCTAVIO PEREIRA DE ALMEIDA

6 EDITORIAL

Renovando a inspiração

8 SPEAKERS ON Luiz Marins

16 SPEAKERS ON Tonico Senra

48 ON DIGITAL Sinergia com propósito

20 ON EVOLUTION Cannabis

52 ON STYLE

10 SPEAKERS ON Suely de Souza

42 SPEAKERS ON Willy Rermmann

54 GALERIA DOS NOTÁVEIS

12 ON DECOR

Arquitetura Sustentavel

44 ON GREEN

Termocolor

INDEX
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GREGORY GRIGORAGI

LUIZ MARINS

NÃO BRIGUE COM O TEMA!

Tema é uma coisa que você pode trabalhar, analisar, discorrer sobre ele, mas que você não pode mudar. Tema é tema! Há anos peço a meus clientes que aprendam a não brigar com o tema.

Brigar com o tema significa brigar contra coisas, fatos, situações e mesmo pessoas que não podemos mudar. Eles são como são e ponto final. Muitas vezes, nos deparamos com situações na vida e no trabalho que não são exatamente como gostaríamos que fossem. Seja um projeto que não está indo como planejado, uma mudança de emprego que não era esperada ou uma situação pessoal difícil, é comum sentir a tentação de lutar contra o que está acontecendo e resistir ao tema.

No entanto, essa resistência só serve para aumentar o estresse e a ansiedade, tornando as coisas ainda piores. Em vez disso, é importante aprender a não brigar com o tema e aceitar as coisas como elas são.

Aceitação não significa resignação ou apatia. Significa reconhecer que algumas coisas estão fora do nosso controle e, em vez de lutar contra elas, trabalhar com elas da melhor forma possível. Isso pode significar ajustar

nossas expectativas, encontrar novas soluções ou simplesmente nos adaptar à situação

Na vida pessoal, a aceitação pode significar aceitar uma doença crônica e encontrar maneiras de viver com ela da melhor forma possível. No trabalho, pode significar aceitar um projeto que não está indo como planejado e encontrar maneiras de melhorá-lo em vez de lutar contra ele. A aceitação também pode ser uma ferramenta poderosa para lidar com o estresse e a ansiedade. Quando lutamos contra algo que não podemos mudar, perdemos energia e nos sentimos sobrecarregados. Quando aceitamos a situação e trabalhamos com ela, podemos nos concentrar em encontrar soluções e fazer o melhor possível.

Nós temos os clientes que temos e não os que adoraríamos ter. Como professor, tenho os alunos que tenho e não os que eu adoraria ter, assim como meus alunos têm o professor que têm e não o que adorariam ter.

Fico impressionado ao ver quantas pessoas passam a vida brigando com o tema! Querendo mudar coisas que não dependem delas e com isso sofrem muito e perdem uma preciosa energia que faz falta em sua motivação.

Pense nisso. Sucesso!

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Antropólogo,consultor, palestranteeescritor www.marins.com.br
SPEAKERS ON
+CONTEÚDO @hands_on_magazine ON na TV onnatv.com.br MUITAS VEZES, NOS DEPARAMOS COM SITUAÇÕES NA VIDA E NO TRABALHO QUE NÃO SÃO EXATAMENTE COMO GOSTARÍAMOS QUE FOSSEM

AS INFLUÊNCIAS DOS

MESES UNIVERSAIS, PELA NUMEROLOGIA, TÊM

SIGNIFICADOS EM TERMOS DE SITUAÇÕES E ATITUDES

SUELY DE SOUZA

Numerologista

www.numerandos.com.br

Agosto de 2023 será Mês Universal “6” (2023 + 08= 7+8=15=6)

Mês Universal “6”

Atividade educacional, assuntos de família e comunitários são focos de atenção. Há interesses na saúde e em melhorar as condições de vida de um modo geral. Há tendências para desenvolver atividades de interação social e para a criação de centros de convivência. Favorável para solucionar problemas e para estabelecer relacionamentos mais equilibrados.

Durante este mês há grande necessidade de se procurar harmonia , que é a palavra chave do número 6.Este mês traz mais responsabilidades e obrigações, tanto no trabalho como no âmbito familiar. Tente usar um método de organização nas suas tarefas. Sucesso nesse mês depende de um bom plano de ação. Evite passar adiante coisas incompletas, pois se voltarão contra você em um curto espaço de tempo. É hora de buscar acordos amigáveis tanto no recebi-

mento como nos pagamentos. Proteja, dê amor e atenção e será recompensado. Aceite as pessoas como elas são. Não queira modificar ninguém. Evite os confrontos.Compreenda os sentimentos e as emoções dos próximos e esteja disponível quando necessitarem dos seus conselhos. São indicados: uma atitude de boa vontade em ajudar os outros e um desejo de promover harmonia. Este mês pede para dar especial atenção a tudo o que diga respeito ao Lar e à Família. Seja compreensivo, tolerante e justo. Não cobre do outro aquilo que ainda não está preparado para dar. Para além da família podemos aqui incluir os amigos, os colegas, e todas as pessoas que de algum modo precisam da nossa atenção, do nosso cuidado e até mesmo do nosso colo. Evite tirar a dor de quem precisa sofrer para crescer. Neste mês há muita possibilidade de usar as características do número para decorar ou redecorar espaços pessoais ou profissionais.

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+CONTEÚDO
ON na TV onnatv.com.br
SPEAKERS ON
@hands_on_magazine
“EVITE TIRAR A DOR DE QUEM PRECISA SOFRER PARA CRESCER”

RECONECTANDO COM A NATUREZA

O Poder do Design Biofílico nos Espaços Construídos

DECOR ON
FOTOS: DIVULGAÇÃO Por Helena de Mendonça Godoy

Na busca por soluções sustentáveis e humanizadas no design de espaços, uma abordagem tem se destacado como uma das principais tendências: o Design Biofílico. Em meio à crescente urbanização e a desconexão do ser humano com a natureza, essa abordagem surge como uma forma de reintroduzir elementos naturais nos ambientes construídos, criando espaços mais saudáveis, inspiradores e resilientes.

O DESIGN BIOFÍLICO REPRESENTA UMA

√ Aumento da Criatividade e Produtividade: Espaços biofílicos inspiram e estimulam a mente, aumentando a capacidade criativa e o desempenho das pessoas em ambientes de trabalho e aprendizado.

O termo “biofílico” deriva de “biofilia”, que representa a afinidade inata que os seres humanos têm com a natureza e outras formas de vida. Essa conexão ancestral entre o homem e a natureza tem sido amplamente estudada, e o biólogo Edward O. Wilson popularizou o conceito em seu livro “Biophilia” (1984), ressaltando sua importância para o bem-estar humano.

O Design Biofílico busca incorporar essa ligação entre as pessoas e a natureza em seus projetos, abraçando a ideia de que espaços que evocam elementos naturais, como luz do sol, vegetação, água e materiais orgânicos, podem promover o bem-estar físico e mental dos ocupantes.

Benefícios e Princípios

Os benefícios do Design Biofílico são diversos e impactam tanto os indivíduos quanto o meio ambiente. Entre os principais estão:

√ Saúde e Bem-Estar: A exposição a ambientes biofílicos tem sido associada à redução do estresse, ansiedade e depressão, além de promover a recuperação mais rápida de pacientes hospitalizados.

√ Sustentabilidade Ambiental: Ao incorporar elementos naturais no design de interiores, reduz-se o consumo de energia, aumenta-se a eficiência hídrica e minimiza-se o impacto ambiental, contribuindo para um futuro mais sustentável.

√ Resiliência Urbana: Espaços com características biofílicas têm maior capacidade de adaptação às mudanças climáticas e eventos extremos, tornando as cidades mais resilientes.

Os princípios fundamentais do Design Biofílico incluem:

√ Conexão Visual com a Natureza: Janelas amplas, varandas e pátios que permitem a visão da vegetação externa e da luz natural.

√ Presença de Elementos Naturais: Uso de materiais orgânicos, como madeira e pedra, e incorporação de elementos naturais, como plantas e água, na decoração e mobiliário dos espaços.

√ Espaços Verdes Internos: Integração de jardins internos, paredes verdes e áreas ajardinadas para trazer a natureza para dentro dos ambientes.

√ Ventilação e Iluminação Natural: Maximizar o uso de ventilação e luz natural para criar espaços mais saudáveis e confortáveis.

√ Acesso a Espaços ao Ar Livre: Criação de áreas externas para lazer, convívio e trabalho,

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ÍMPAR
MANEIRA COMO PROJETAMOS
OPORTUNIDADE
DE TRANSFORMAR A
E INTERAGIMOS COM OS ESPAÇOS CONSTRUÍDOS

promovendo a interação com a natureza.

√ Sensibilidade Cultural e Contextual: Respeitar as características locais e culturais na aplicação de elementos biofílicos no design.

Conclusão

O Design Biofílico representa uma oportunidade ímpar de transformar a maneira como projetamos e interagimos com os espaços construídos. Ao priorizar a conexão entre o homem e a natureza, podemos melhorar a qualidade de vida das pessoas, promover a sustentabilidade ambiental e criar espaços que inspirem, curem e fortaleçam a sociedade como um todo.

“Com essa abordagem inovadora, estamos dando passos importantes em direção a um futuro mais equilibrado e harmonioso entre o ser humano e o meio ambiente. O Design Biofílico não se trata apenas de decorar ou construir, mas de criar experiências que nos conectem com a natureza, honrando nossa essência e contribuindo para um mundo mais verde e sustentável”. Diz

ESTAMOS

DANDO PASSOS

IMPORTANTES EM DIREÇÃO A UM FUTURO MAIS EQUILIBRADO

André Ricardo, arquiteto renomado e expert em criar ambientes verdes, sustentáveis e muito requisitado por importantes empresas, escritórios e casas que presam pela mesma filosofia.

À medida que designers, arquitetos e urbanistas abraçam essa filosofia, podemos almejar cidades mais verdes, interiores mais saudáveis e ambientes que celebrem nossa natureza biofílica intrínseca. Ao fazer isso, estaremos investindo em um futuro mais humano, sustentável e resiliente para todos.

Para mais informações:

André Ricardo contato@panapanapaisagismo.com.br

14 HANDSON 19 +CONTEÚDO @hands_on_magazine ON na TV onnatv.com.br DECOR ON
André Ricardo, arquiteto e paisagista

TONICO SENRA

Colunista Social

ON SOCIAL POR TONICO SENRA

● Mais flexível e resistente, o protótipo do novo traje especial que a tripulação da missão Artemis III usará na superfície lunar, foi apresentado com melhorias significativas em relação aos usados no programa Apolo. Prevista para ocorrer em 2025, a missão Artemis III incluirá a primeira mulher a pisar na Lua.

● O ex-presidente dos EUA Mike Pence testemunhou em um tribunal federal em Washington audiência sobre o papel de Donald Trump na invasão do Congresso em 2021. Contou tudo e mais um pouco. O caso pode dificultar ainda mais a situação legal de Trump e complicar seu desejo de voltar à Casa Branca.

● Com o aumento da demanda das empresas Antonio Sergio de Moraes Pitombo e Flávia Mortari Lotfi, sócios da Moraes Pitombo Advogados tem se dedicado a atuação denominada “Shadow” – revisão de investigações para identificar possíveis lacunas ou deficiências no âmbito das apurações.

● Para a economista Elena Landau, o embate de Lula sobre a privatização da Eletrobrás feita no passa-

do, prejudica a segurança jurídica do país e destrói o patrimônio público ao desvalorizar as ações da empresa. Elena sabe o que diz por ter comandado o programa de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso.

● Roberto Musto – homem-forte do mercado financeiro dinamizando o Banco Master de Investimentos, sacudindo as estruturas de sua sede da Faria Lima.

● Pouco tempo após lançar a linha 2024 do Corolla Cross, a Toyota reajustou os preços do SUV, dependendo da versão. O maior reajuste foi aplicado no preço da XRV híbrida, cuja tabela começa em R$ 209.890.

● O Canadá expulsou o diplomata chinês Zhao Wei, acusado de orquestrar uma campamnha para intimidar um deputado canadense que criticava a China. A relação entre os dois países vai de mal a pior. Enquanto mandavam o diplomata chinês de volta para casa, a ministra da defesa canadense Anita Anand disse que o país está interessado em cooperar com a aliança militar da Austrália, Reino Unido e EUA, o conhecido Aukus.

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SPEAKERS ON
@hands_on_magazine ON na TV onnatv.com.br
“PREVISTA PARA OCORRER EM 2025, A MISSÃO ARTEMIS III INCLUIRÁ A
PRIMEIRA MULHER A PISAR NA LUA”
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL INTEGRADA | Plataforma de relacionamento | Networking | Geração de Negócios | Conteúdo e Conhecimento Business | Events | Lifestyle

CANNABIS ALÉM

DAS PROPRIEDADES MEDICINAIS

Uma abordagem sobre tecnologias que envolvem o uso não terapêutico ou recreativo da planta.

EVOLUTION ON
Por Helena de Mendonça Godoy
IMAGENS: DR. PAULA VINHA / DIVULGAÇÃO

Quando ouvimos falar sobre o cânhamo (Cannabis sativa L), é inevitável pensar em narcótico ou em sua boa reputação para uso na medicina, como fitoterápico ou fitofármaco. O cânhamo é uma subespécie da Cannabis Sativa L. que normalmente tem até 0,3% de THC, principal componente da Cannabis e responsável por possíveis efeitos alucinógenos. Alguns países aceitam um índice de THC maior ou menor. O cânhamo não tem o efeito psicotrópico que a maconha tem, sendo que a maconha vendida comercialmente normalmente tem uma concentração de THC que gira entre 15% e 25%, muito distante dos 0,3% do cânhamo. Entretanto, a verdade é que essa planta é incrivelmente versátil, podendo ser inclusive explorada além do campo médico.

O cânhamo está sendo usado na obtenção de produtos têxteis, cosméticos e alimentícios, sem contar a sua aplicação na fabricação de plásticos, papéis, biocombustíveis, resinas, cerveja, construção civil e recentemente utilizado como supercapacitadores e baterias.

DE PRODUTOS TÊXTEIS, COSMÉTICOS E ALIMENTÍCIOS, SEM CONTAR A SUA APLICAÇÃO NA FABRICAÇÃO DE PLÁSTICOS, PAPÉIS, BIOCOMBUSTÍVEIS, RESINAS, CERVEJA, CONSTRUÇÃO CIVIL E RECENTEMENTE UTILIZADO COMO

SUPERCAPACITADORES E BATERIAS

Um dos principais uso do cânhamo está na produção têxtil. Sua textura é super-resistente e parecida com o linho e a fibra pode ser combinada a outros materiais como o algodão e a seda, por exemplo, diversificando ainda mais a sua utilização.

No âmbito da propriedade industrial, tomamos como exemplo, o pedido de patente brasileiro BR1020200119834, depositado em 16 de junho de 2020 no Instituto Nacional da Propriedade Indus-

trial (INPI) e intitulado “Material composto à base de polímero termofixo epoxídico (um tipo de resina) reforçado com tecido híbrido de fibras naturais de cânhamo, garantindo sua resistência”. As características deste material composto, são tais que o tornam tão resistente quanto economicamente vantajoso para utilização em blindagens balísticas em multicamadas visando proteção contra disparos de fuzil com munição de alto poder de impacto. Permitindo substituir materiais sintéticos muito mais custosos atualmente começam a ser empregados nas forças armadas em todo o mundo, como os tecidos de fibras conhecidas comercialmente por Kevlar®. A indústria da moda atual, inclusive, tem apostado no cânhamo como alternativa ecológica. Outro uso importante do cânhamo é na construção civil. Empresas na Irlanda, Holanda e China já utilizam produtos feitos à base de cânhamo para o isolamento térmico e acústico de casas e edifícios. Além disso, também existe uma variedade de materiais de construção, como um concreto - mais leve e resistente produzido a partir da substância. O concreto de cânhamo, ou hempcrete, é uma nova aposta da construção civil. Ele é feito com a parte interna do caule da planta cannabis (chamada de lascas de cânhamo) misturada com cal e água. Essa mistura origina um material de construção durável, ecológico, resistente, não-tóxico, isolante e leve, pesando cerca de um sétimo do peso do concreto, aproximadamente. O uso tem as vantagens de boas funções à prova de fogo, resistente ao calor,

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O CÂNHAMO ESTÁ SENDO USADO NA OBTENÇÃO

permeável ao ar e permeável à umidade.

Assim como acontece com a maioria dos óleos vegetais, o óleo de cânhamo pode ser processado e convertido em biocombustível, cuja queima é menos poluente do que a queima dos combustíveis fósseis. Portanto, além da produção de biodiesel a partir do óleo presente nas sementes e no caule da planta, a parte fibrosa também pode ser empregada para a obtenção de versões quimicamente semelhantes à da gasolina convencional.

O cânhamo também pode ser utilizado na produção de bioplásticos. Alguns fabricantes de carros inclusive vêm substituindo painéis e outras peças que costumavam ser feitos de fibra de vidro por versões fabricadas com o cânhamo, e outros usos populares incluem embalagens, potes e utensílios domésticos. O pedido de patente chinês CN 202703699, depositado em 30 de janeiro de 2013, descreve componentes do painel interno do teto de carros que é composto por uma placa de base feita de materiais de fibra de cânhamo polimérico, onde a eficiência de produção é melhorada. Talvez um dos usos mais surpreendentes do cânhamo seja como descontaminante.

porque os eletrodos passam a ter uma capacidade de armazenamento de energia superior.

Podemos ver invenções recentes também para a culinária canábica, como bebidas alcoólicas e temperos, extratos, azeites, sucos, dependendo da legalização em cada país. A cervejaria californiana Humboldt Brewing Co. possui uma cerveja preparada com sementes de cânhamo.

DIFERENTES

As plantas também, podem ser utilizadas para eliminar, estabilizar ou tornar inertes substâncias nocivas presentes no solo - como solventes, pesticidas, metais tóxicos e explosivos. Um exemplo famoso foi a iniciativa de plantar centenas de pés em uma área da Ucrânia afetada pelo desastre nuclear de Chernobyl para ajudar a minimizar os danos provocados pela radiação.

Ainda temos a fabricação de supercapacitadores e baterias com base nas fibras de cânhamo. Seu desempenho eletroquímico é superior às baterias comuns,

No Brasil, a Cannabis sativa permanece listada pela ANVISA como planta que não pode ser cultivada, colhida, explorada, importada, exportada, comercializada, extraída, manuseada ou utilizada no país, tendo que ser importada com receita médica, o que encarece substancialmente os preços. De acordo com a projeção de estudo da Kaya Mind, empresa de inteligência de mercado para o setor, no relatório “Cânhamo no Brasil”, divulgada em março de 2022, a legalização do cânhamo industrial no Brasil, planta pertencente à Cannabis sativa L, cujos insumos são usados na produção de alimentos, suplementos nutricionais, produtos industriais, óleos terapêuticos e cosméticos, poderia acarretar R$ 4,9 bilhões com a venda de seus derivados e R$ 330,1 milhões de impostos arrecadados para o Estado. Quando referente à Cannabis medicinal, esse valor seria de R$ 9,5 bilhões.

Considerando que existem vários outros usos comerciais da variação da planta, além dos medicinais, conforme vistos acima, já há projetos em tramitação no Congresso Nacional para retirar a proibição. Afinal, é um novo mercado com diferentes oportunidades econômicas e potencial ecológico que pode impulsionar o desenvolvimento de uma indústria, não apenas firme como sustentável.

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ON
EVOLUTION
AFINAL,
É UM
NOVO
MERCADO
COM
OPORTUNIDADES ECONÔMICAS E POTENCIAL ECOLÓGICO QUE PODE IMPULSIONAR O DESENVOLVIMENTO DE UMA INDÚSTRIA, NÃO APENAS FIRME COMO SUSTENTÁVEL

CICMED REUNIRÁ ESPECIALISTAS

INTERNACIONAIS PARA ABORDAR OS BENEFÍCIOS DOS TRATAMENTOS DERIVADOS DA CANNABIS

Até então, a 2ª edição da Conferência Internacional da Cannabis Medicinal já conta com a participação de cinco representantes de quatro países distintos.

Para debater as novas tendências de uso da Cannabis no campo da medicina, a 2ª edição da Conferência Internacional da Cannabis Medicinal (CICMED) estará reunindo mais de 50 autoridades nacionais e internacionais no Centro de Con-

venções Frei Caneca, em São Paulo. O italiano Fabio Iannotti, a americana Debra Karhson, o canadense Gilles Lavigne e os israelenses Dedi Meiri e Yossi Tam são alguns dos nomes que já estão confirmados no elenco de palestrantes.

Apontada como um dos principais eventos científicos da América Latina e voltada a médicos, profissionais de saúde, residentes, acadêmicos e pós-graduandos em Medicina, a CICMED

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Dra. Paula Vinha
EVOLUTION ON

Um hub de união de Líderes e compartilhamento de melhores práticas e ideias inovadoras que impactam a vida empresarial e a sociedade como um todo. A proposta é buscar soluções que possam ajudar as organizações a inovar

SempreJuntosBR semprejuntosbr www.sjbr.com.br

apresentará o uso farmacêutico da erva na medicina veterinária, na odontologia, neurologia, psiquiatria, dentre as mais de 15 especialidades médicas que têm benefícios comprovados após tratamento com uso do canabidiol.

Nesse sentido, já foram confirmadas as participações da especialista em veterinária Caroline Campagnone; do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Canabinoide (SBOCAN), Guilherme Martins; do diretor da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI), Rubens Wajnsztejn; e da presidente da Associação Médica Brasileira de Endocanabinologia (AMBCANN), Ana Hounie.

O evento está previsto para acontecer entre os dias 3 e 5 de agosto e terá o seu primeiro dia destinado exclusivamente para a aplicação de dois cursos, com direito a certificado, que vão se alternar entre os módulos básico e avançado sobre Endocanabinologia e Cannabis Medicinal na Prática Clínica. “Neste ano estamos ainda mais preparados para atender às principais necessidades de todos aqueles que buscam na

Cannabis uma alternativa para a promoção da qualidade de vida, seja para si mesmo ou para seus próprios pacientes”, ressalta o coordenador geral da CICMED, Breno Luz.

No âmbito internacional com o propósito de contribuir com a propagação de novas tecnologias ligadas à Cannabis medicinal, a conferência vai reunir especialistas de quatro países, que já estão levando qualidade de vida e melhorando o estado clínico de pacientes ao redor do mundo. Entre eles, destacam-se o israelense Dedi Meiri, que dirige o Laboratório de Biologia do Câncer e Investigação Canabinoide na Faculdade de Biologia de Technion Israel, o professor Dr. Gilles Lavigne, reconhecido mundialmente por promover estudos sobre bruxismo, apnéia e demais interações do sono, e a norte-americana Debra Karhson, que examina o papel do sistema endocanabinóide na neurobiologia e na neurofisiologia dos comportamentos sociais em populações neurodivergentes.

“Assim como a própria medicina que se encontra em uma constante evolução, os derivados

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EVOLUTION ON

Breno Luz, um dos coodenadores do CICMED da cannabis medicinal estão sendo inseridos em tratamentos onde sua utilização era impensável há alguns anos. Com isso, esperamos que este grande elenco de especialistas seja capaz de ilustrar sobre as muitas possibilidades de aplicação desta tecnologia em nosso país”, ressalta a médica nutróloga e coordenadora científica da CICMED, professora Dra. Paula Pileggi Vinha. Muitos podem se surpreender ao descobrir que, apenas nos últimos cinco anos, vimos um aumento de 300% no uso de cannabis para fins terapêuticos. Mas o que a torna tão promissora? Por que civilizações antigas já a empregavam na medicina e agora ela retorna como um pilar de esperança para milhões de pessoas que sofrem de dor crônica?

Há milênios, a humanidade usa a cannabis como medicamento. Das antigas tradições ayurvédicas da Índia à medicina chinesa, passando pelos egípcios, os benefícios terapêuticos

da planta eram reconhecidos e aplicados. Com o avanço da ciência moderna e a alteração do quadro legal em muitos países, agora estamos mais capacitados do que nunca para entender e utilizar o poder medicinal dessa planta notável. No coração da cannabis, encontramos os canabinóides, compostos químicos que interagem com nosso sistema endocanabinoide. Os mais conhecidos são o THC (tetra-hidrocanabinol) e o CBD (canabidiol).

Os benefícios medicinais da cannabis são vastos e variados. Estudos recentes demonstraram que a Cannabis Medicinal oferece alívio significativo para a dor crônica, reduz a ansiedade, controla convulsões em certos tipos de epilepsia e até mesmo ajuda a tratar náuseas e vômitos em pacientes submetidos à quimioterapia.

Sobre a CICMED - Surgida através da EVENTMED, empresa especializada na idealização e realização de eventos ligados à Medicina, a CICMED se destaca por ser o maior evento científico sobre cannabis medicinal das Américas. Criada em 2022 devido a necessidade de disseminar o universo da cannabis medicinal no Brasil e no mundo, sobretudo diante da tendência do aumento de doentes crônicos, a 2° edição da CICMED reunirá mais de 50 autoridades nacionais e internacionais durante os três dias consecutivos do evento.

SERVIÇO

II Conferência Internacional da Cannabis Medicinal

Data: 03, 04 e 05 de agosto

Local: Centro de Convenções Frei Caneca

4º Andar, R. Frei Caneca, 569

Bela Vista, São Paulo

Instagram: www.instagram.com/icicmed/

Facebook: www.facebook.com/icicmed

Site: www.cicmed.com.br/

@hands_on_magazine

27 HANDSON 19 +CONTEÚDO
ON na TV onnatv.com.br
SPOT ON
FOTOS: GREGORY GRIGORAGI / DIVULGAÇÃO

PAULO OCTAVIO PEREIRA DE ALMEIDA

Sócio da LIVE MARKETING Consultoria e diretor-executivo da Ubrafe – União

Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios – P.O, como é conhecido, bateu um papo com a Hands ON Magazine sobre carreira, retomada do setor, experiências imersivas e o poder da relevância no mercado de feiras eventos

Por Luciana Albuquerque Executivo renomado do setor de feiras, eventos e marketing, Paulo Octavio Pereira de Almeida, ou P.O., como é mais conhecido, tem uma vasta carreira com mais de 35 anos de experiência em marketing, entretenimento, shows e feiras de negócios, passando por um dos maiores eventos privados do Brasil, o Rock In Rio, ao gerenciamento de centenas de eventos B2B. Empreendedor visionário, com sua empresa LIVE MARKETING Consultoria, ajuda marcas a se diferenciarem nesse novo cenário de consumo, por meio de ações de live marketing, onde foi pioneiro no mercado, criando os mais diversos projetos como eventos, shows, congressos, e plataformas proprietárias. Acumula ainda a missão de se ser diretor-execu-

tivo da Ubrafe – União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios, comandar um podcast e, como sempre, seguir apoiando e atuando junto à associações e entidades do setor, liderando diversas iniciativas que promovam e fomentem o poder econômico do setor de feiras e eventos.

Como tudo começou

Formado em administração de empresas pela PUC-SP, com mestrado em administração pela Fundação Dom Cabral, P.O. deu início à sua jornada profissional na Unilever como trainee. “Naquela época, há quase quatro décadas, o grande sonho das pessoas que estudavam administração de empresas era trabalhar com marketing. E tínhamos grandes escolas de marketing, como Nestlé e Unilever. Es-

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“EU SEMPRE FUI UMA PESSOA DE FÁCIL RELACIONAMENTO, SABIA CAMINHAR BEM ENTRE AS PESSOAS DE MARKETING, AS PESSOAS DE VENDAS, AS AGÊNCIAS, OS FORNECEDORES, EU FAZIA O ‘MEIO DE CAMPO’ MUITO BEM”

sas empresas contratavam recém-formados para seus programas de trainee e, assim, entrei para a empresa atuando com marketing e operações de vendas, que hoje seria o trade marketing, na área de produtos pessoais, como desodorantes, shampoos e cremes dentais”, lembra.

Segundo ele, seu objetivo era trabalhar com marketing puro e, na Unilever consegui. A vivência dentro de uma grande organização proporcionou àquele jovem muito aprendizado na gestão de todas as ferramentas de marketing, como propaganda, relações públicas, pesquisa, desenvolvimento de produto, além dos eventos. “Quando você vai lançar um produto novo acaba fazendo um superevento, seja para o público final ou para o público interno, então nesses dez anos que eu fiquei na Unilever fiz minha carreira em marketing, mas ao mesmo tempo eu tive a oportunidade de gerenciar vários eventos corporativos, eventos da empresa como um todo ou das marcas”, conta.

Aí começou a despontar a paixão por esse universo mágico. De feiras e eventos de negócios, como Apas, às convenções de vendas ou reuniões

de lançamento de produto, Paulo Octavio já havia percebido que essa área o atraia. “Eu sempre fui uma pessoa de fácil de relacionamento, sabia caminhar bem entre as pessoas de marketing, as pessoas de vendas, as agências, os fornecedores, eu fazia o ‘meio de campo’ muito bem. Quem faz eventos tem que atuar como um grande diplomata, um mediador, porque são vários interesses envolvidos. Então eu percebi que tinha facilidade nessa área, além de gostar do que fazia”, relembra.

No final dos anos 1990, saindo da Unilever, P.O. recebeu um convite para trabalhar o lançamento de uma empresa, uma startup naquela época, a DirecTV. “O segmento de televisão por assinatura estava entrando no Brasil, era uma tecnologia nova via satélite que entregava os mesmos canais que o cabo entregava”, conta.

Quem vive a era da TV on demand hoje talvez não se recorde de como as TVs à cabo e satélite eram tecnologias inovadoras naquela época, permitindo que o cliente comprasse um lançamento do cinema na hora que quisesse assistir ou um jogo da NBA para ver em casa. Foram cinco

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PO tem na bagagem a organização do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo

anos como CMO da empresa e responsável pelo lançamento da marca aqui no Brasil e, claro, que P.O. acabou levando sua vivência de eventos pra lá também. “Eu consegui implementar uma série de eventos que ajudavam a vender os canais, criei uma estratégia ultrasegmentada de eventos corporativos. Foi muito além das convenções de vendas”, pontua. E assim, Paulo Octavio seguia deixando sua marca na história do marketing brasileiro com sua visão à frente do seu tempo, pensamento inovador e, claro, a criatividade que todo profissional de marketing precisa ter.

Vibra São Paulo, Teatro Santander, Espaço Unimed, Allianz Parque.... se hoje é comum ouvir esses nomes de marcas ligados a um estabelecimento, como casas de espetáculos, estratégia chamada de Naming Rights, naquela época foi um marco, quando P.O. rebatizou a famosa casa de shows Palace, em São Paulo, como Directv Music Hall. “Naquela época, a gente queria ter o direito de exibição dos shows que passavam lá para criar

um canal específico. Então o Naming Rights foi um caminho para fazer esse canal de música dentro de uma TV por assinatura. Não transmitíamos ao vivo, gravávamos e depois liberávamos no canal e, pessoas de todos os cantos do Brasil, como Manaus, por exemplo, podiam ver os principais shows que aconteciam em São Paulo, na TV de casa, com qualidade digital. Foi uma estratégia comercial muito forte, foi inovação”, discorre.

Da DirecTV ao mundo dos eventos, P.O. fez sua carreira despontar atuando em grandes eventos, como o Salão do Automóvel e o Rock in Rio. No total, foram 10 anos no universo do entretenimento, até enveredar para a área de eventos de negócios onde atua há mais de dez anos. “Eu tive uma boa base teórica que foram os dez

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O executivo tem em seu portfólio, grandes eventos de negócios
O DIREITO DE
DOS SHOWS
PASSAVAM LÁ
PALACE PARA CRIAR UM CANAL ESPECÍFICO NA DIRECTV. O NAMING RIGHTS FOI UM CAMINHO PARA FAZER ESSE CANAL DE MÚSICA DENTRO DE UMA TV POR ASSINATURA”
“ NAQUELA ÉPOCA, A GENTE QUERIA
TER
EXIBIÇÃO
QUE
NO
CES 2020, maior evento de tecnologia do mundo

anos de escola de marketing na Unilever que me ajudaram a navegar muito bem nesse universo e com um olhar crítico, tive a chance de trabalhar em grandes empresas de evento, como a Dream Factory, da família Medina, que produz o Rock in Rio, tive bons mentores, bons sócios, bons chefes, e tive a chance de ter vivido nos dois lados do balcão: nos primeiros quinze anos eu comprava patrocínio e quando fui trabalhar com entretenimento eu vendia patrocínio. E isso me ajudou a ter essa boa leitura do mercado de eventos”.

A era da experiência

O setor de entretenimento vem recuperando suas forças após o baque da pandemia, mas com um diferencial: a era das experiências. A era em que falar em patrocínio era uma coisa muito básica, como dar ingressos, passar o comercial da marca antes do show, ou por o nome em um banner ficou no passado.

A marca não quer mais somente patrocinar um evento, ela quer ter um espaço diferenciado onde as pessoas vivam uma experiência proporcionada por ela, ativando a memória de marca, aumentando a fidelização e conexão com os consumidores.

Se antes o chão podia ter barro, a música podia ter eco, a cerveja podia ser cara, porque era o único evento que tinha na cidade, hoje não é assim. Se a pessoa não estiver satisfeita com aquela experiência ela vai reclamar da fila, vai reclamar do custo, vai reclamar de tudo. “Se um organizador de eventos pensar que ele vai organizar os eventos com a mesma cabeça de antes ele vai ‘morrer na praia’. Tem o banheiro, tem o cheiro, tem a tela, tem o ingresso, tem a fila. O nível de exigência da experiência imersiva vem só aumentando e o envolvimento está em outro patamar”, diz.

E é preciso entregar o que promete. “Eu falo que hoje, nós deixamos de ser organizadores de eventos para sermos designers de experiências. Pode parecer um jogo de palavras, mas não é.

O organizador de eventos está preocupado com a planilha e está fazendo aquilo como sempre fez. O designer de experiências está preocupado com a imersão das pessoas”.

Para ele, o grande desafio do designer de experiências é não olhar isso como sendo uma ampliação de custos. “Não é custo. Não adianta reclamar que vai ficar mais caro. O que pode acontecer é talvez você ficar menos relevante. Porque se você continuar com a sua relevância, os custos são uma decorrência”.

Por outro lado, ele não deixa de pontuar que o mercado está um pouco saturado e que é preciso ter cuidado e estratégias de marketing muito bem pensadas para não comprometer a reputação das marcas. “Temos uma quantidade muito maior de atividades de live marketing, entretenimento, shows. Temos festivais acontecendo praticamente todo final de semana, mas nosso bolsa não está aguentando essa oferta”, brinca, dizendo que, em alguns momentos é até maior do que toda essa demanda reprimida. “Alguns shows ou alguns setores específicos estão ficando saturados e a programação perde qualidade. Será que São Paulo aguenta três festivais da magnitude como a gente vai ter, em um ano? Temos público pra isso?”, questiona, citando o Lollapalooza, realizado em março, o The Town, programado para setembro, e o Primavera Sound, em dezembro.

Conteúdo relevante é diferencial

Quando questiona sobre o excesso de shows acontecendo em um curto espaço de tempo, P.O. não põe em xeque a capacidade de organização, mas, sim, quanto o conteúdo relevante. “Eu sei que nessa fase pós-pandemia todos os artistas estão com vontade de fazer show, que o caixa baixou, que o povo está com a demanda reprimida. Mas, parece que todo mundo resolveu fazer a última turnê”, brinca.

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“ EU FALO QUE HOJE, NÓS DEIXAMOS DE SER ORGANIZADORES DE EVENTOS PARA SERMOS DESIGNERS DE EXPERIÊNCIAS.
PODE PARECER
UM JOGO DE PALAVRAS, MAS NÃO É”

Mas, reforça que, quando se organiza um grande evento, existem os famosos headlines, os principais nomes e isso, sim, é complexo de se organizar no que tange a relevância. “No headline do The Town, por exemplo, tem Bruno Mars se apresentando em dois dias. Nunca vi isso acontecer”, diz. “E o The Town é bianual. Ele reveza indo para o Rio de Janeiro em 2025, onde a pandemia já terá ficado no passado. Se esses festivais não tiverem muito bem focados no ponto de vista do seu posicionamento do que eles querem oferecer, pode acontecer de não ter show suficiente, um lineup de

qualidade naquele ano para ocupar todos os dias. Isso sem falar que tem a concorrência de shows fora dos festivais, com artistas como Coldplay e Taylor Swift, por exemplo”, completa Paulo Octavio. E sem relevância fica difícil ser competitivo. A área de entretenimento exige um conhecimento muito grande de quem organiza e também

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FOTOS: FREDY UEHARA Compartilhando conhecimento em palestra no evento SDA PO foi um dos líderes que atuou em prol da retomada do setor de eventos e feiras de negócios Entrevista à CNN sobre o retorno dos eventos em São Paulo
49 ESFE Magazine 2020 Jornal ● Portal ● Eventos ● Revista ● Emarketing ● Redes Sociais ● Educação /mee_turismo /mercadoeeventos /mercadoeeventos /MercadoeEventos Edição Especial 47ª Abav Expo Internacional de Turismo -Setembro 2019 QUAIS OS RUMOS Agências e Operadoras, Assistência ao Viajante, Aviação, Hotelaria, Cruzeiros, Parques e Locadoras RETROSPECTIVA Relembre os fatos que marcaram o setor em 2018 SUPLEMENTOS ESPECIAIS empresários e executivos do turismo DO TURISMO? NA AVIAÇÃO COMERCIAL E LUGAR NA AGENDA POLÍTICA ABREM BOAS PERSPECTIVAS PARA O SETOR de autoridades, WWW.MERCADOEEVENTOS.COM.BR

impõe muitos desafios para as marcas, que precisam entender bem onde se posicionar. Até porque, cada vez mais os consumidores cobram esse posicionamento genuíno. Não pode ser uma mera estratégia de marketing. Não dá pra uma marca apoiar a Parada LGBT, por exemplo, se ela não tiver ações durante o ano todo que beneficiem essa comunidade. Soa falso.

“Eu dei um curso na ESPM recentemente em que o tema era “Patrocínios e Ativação de Marcas como Ferramenta de Marketing” e abordei exatamente isso, de que não adianta o gestor de

marketing escolher um patrocínio porque ‘acha legal’, ou porque ‘todo mundo’ está falando. Se não tiver uma estratégia de marketing muito coerente com seu propósito de marca, um posicionamento que tenha a ver com o artista ou do festival, corre o risco de ‘o tiro sair pela culatra’. Um exemplo é esse cenário novo de Metaverso e Inteligência Artificial, onde uma meia dúzia de marcas está realmente muito bem preparada, enquanto a maioria está entrando em ‘rabo de foguete’ e correndo riscos desnecessários”, avalia. “O problema não é o excesso de eventos,

SE APROFUNDAR

PARA ENTENDER

mas a necessidade do mercado se aprofundar para entender o que fazer e como fazer. Isso é o que me preocupa um pouco. O setor de entretenimento tem muita atratividade da mídia, tem muita reverberação, é muito vitrine. É preciso cuidado”, alerta.

Por outro lado, se no passado as marcas compravam o patrocínio que tinha sem pensar em nada disso, o enorme número de eventos que estamos tendo hoje, permite que elas possam encon-

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Com Otavio Neto, recebendo o prêmio Radar
“ O PROBLEMA NÃO É O EXCESSO DE EVENTOS, MAS A NECESSIDADE DO MERCADO
O QUE FAZER E COMO FAZER, ISSO É O QUE ME PREOCUPA UM POUCO ”
Na Automec, evento voltado para soluções para veículos

trar um conteúdo para chamar de seu e realmente fazer uma ativação relevante para seu público. “ O entretenimento ao vivo nunca teve tantas oportunidades e isso é ótimo. Seja pra quem produz, seja pra quem ativa. Estamos vivendo um momento único no mercado. Eu acho ótimo isso. Quanto mais shows tivermos, mais oportunidades para mais marcas fazerem ativações . É perfeito. Inclusive os festivais segmentados, como Monsters of Rock e Girls, que têm promessas completamente distintas, mas permitem que marcas façam seus patrocínios alinhados a seus propósitos, com qualidade”, pontua.

Feiras e eventos de negócios

“ ESSA É A LEI DA RELEVÂNCIA’. SE VOCÊ NÃO TEM UM EVENTO

QUE SEJA RELEVANTE

PARA O SEU SETOR

ECONÔMICO, NÃO ADIANTA TER

Um dos setores que mais sofreu na pandemia foi o de feiras e eventos. Um dos últimos a retomarem suas atividades, culminando em muitos empresários fechando as portas de suas empresas, demitindo, ou passando por grandes dificuldades financeiras.

“É difícil a gente encontrar um outro setor econômico, seja aqui no Brasil, seja no mundo, que foi proibido pelo governo de acontecer. O governo proibiu a realização de eventos presenciais ao não emitir alvarás. Os supermercados funcionaram, o transporte público funcionou, as fábricas abriram na metade de 2021, vários setores da economia que tinham até mais capacidade de disseminação do vírus, voltaram a funcionar e nosso setor não. Fomos penalizados pelo governo”, relata. “Enquanto a gente não se vacinou, enquanto a situação sanitária não estava mais controlada, as feiras ficaram paradas. E isso demorou dois anos e meio”.

O PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, que para ele é excepcional, pois permite que, nos próximos cinco

anos de atividades desse setor, esses dois anos de prejuízo sejam recuperados com o não pagamento de alguns impostos federais, demorou, sendo aprovado somente em 2022, pós-pandemia, após várias empresas falirem. Hoje, o programa está sendo extremamente necessário para ajudar as empresas que resistiram a trabalhar nesse momento em que temos um calendário absolutamente bombando.

E o setor segue em plena recuperação. Um levantamento da Ubrafe preveu para este ano, R$ 18 bilhões de investimentos na realização de feiras e eventos no Brasil. O valos significativo reforça que essa indústria desempenha um papel crucial ao impulsionar não apenas a economia do país, mas também cerca de 50 setores diferentes. Já o portal Feiras do Brasil relatou um aumento de 160% no calendário nacional de eventos corporativos em 2022 em comparação com 2021.

Para 2023, estima-se que ocorrerão mais de 4 mil feiras, congressos e cerimônias profissionais em todo o país. “Quando eu converso com promotores de feiras de todos os setores, não só daqui de São Paulo, mas do Brasil todo, vejo todos eles me

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CONTRATO COM NINGUÉM, UMA DATA NO PAVILHÃO, ISSO NÃO GARANTE NINGUÉM. A LEI DA RELEVÂNCIA É A LEI DA SOBREVIVÊNCIA NESSE SETOR”

dizendo que estão tendo, no mínimo, mais 20% de compradores do que a edição de 2019”, diz. Mas, embora alguns eventos estejam com esse saldo positivo, outros, deixaram de acontecer. “As pessoas me perguntam, ‘mas por que que acontece isso? Por que alguns estão bombando e outros deixaram de existir?’. E eu respondo. ‘Essa é a lei da relevância’. Se você não tem um evento que seja relevante para o seu setor econômico, não adianta ter contrato com ninguém, uma data no pavilhão, isso não garante ninguém. A lei da relevância é a lei da sobrevivência nesse setor”, ensina.

E essa lei é universal. Segundo ele, isso está acontecendo aqui, está acontecendo na Europa. Os

eventos que são relevantes estão colhendo o saldo positivo, enquanto os que já não estavam com a sua relação de valor, seja com seus visitantes e com seus expositores, muito bem adequada, caíram. “A pandemia foi um divisor de águas e fez a relevância se tornar cada vez mais importante”, afirma P.O.

E se a era pós-pandemia reforçou também o poder dos dados, o próximo estágio adicional para o designer de experiências, o antigo organizador de eventos, é ser um catalizador de comunidades. Não basta mais criar experiência, você tem que ter o público correto pra que essas pessoas gerem negócios.

Como diretor-executivo da Ubrafe, seu maior de-

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Vencedor do Prêmio Caio 2021 - o “Oscar dos Eventos”

safio é “tornar esse setor visível ao aos olhos do poder público, mais relevante com os empreendedores e também mais relevantes junto a nova geração de cidadãos, para que eles se interessem e venham trabalhar nessa área que tem um déficit de gestores de experiências”.

Brasil no mapa do grandes eventos

“ A EXPERIÊNCIA IMERSIVA FAZ

PARTE DA NATUREZA HUMANA. O SER HUMANO QUER ISSO.

O SER HUMANO NÃO NASCEU

Para ele, um dilema que o setor tem hoje é que se você tiver relevância, você vai precisar de infraestrutura. “O RD Summit, que aconteceu durante anos em Florianópolis, está vindo para o São Paulo Expo porque ele não cabe mais em Florianópolis. Tiveram que mudar de cidade devido o quanto o evento cresceu”, conta.

Mas, se esses 20% de crescimento do setor se prolongarem para o biênio 2025/2026, a infraestrutura está sendo preparada pra isso. “A GL está investindo bilhão para fazer com que o distrito Anhembi seja o que o Anhembi foi no passado e que por negligência da gestão pública, ficou meio abandonado. Em 2024 o distrito Anhembi que é uma referência latino-americana como local de eventos, já vai estar disponível e teremos um calendário de eventos a ser preenchido. Em Recife, o Centro de Convenções – Cecon-PE, foi privatizado e vai ter um será construído outro centro. O Rio de Janeiro já tem o Expomag, o Riocentro, o Pier Mauá e a Marina da Glória. Em Porto Alegre a gente tem o FIERGS que está sendo remodelado e a prefeitura anunciou um novo local de eventos às margens do Guaíba. Em várias localidades do Brasil estão sendo criados novos espaços para eventos, feiras, congressos, com foco na geração de negócios”.

E se precisamos de cada vez mais infraestrutura quando nos tornamos relevantes, que bom que está sendo desenvolvido uma infraestrutura aqui no Brasil. “Para quem tem conhecimento desse mercado, há muitas oportunidades de trabalho surgindo. E para nadar nessa onda, o

setor passou a ser visto pelo poder público com outros olhos. “O prefeito de São Paulo recentemente foi à Europa para trazer mais uma prova de automobilismo para a capital. Estamos vendo os eventos começarem a entrar na agenda política de um outro nível. O prefeito do Rio atraiu o Web Summit para eles, o Lula anunciou a COP-30 em Belém do Pará. Vemos os eventos entrando completamente numa outra seara pós-pandemia. Eles estão comprovando que são uma das formas mais relevantes para as marcas se comunicarem com os seus públicos”.

Conexões humanas

Para ele, outro divisor de águas que a pandemia trouxe é de falar que os eventos presenciais acabaram. Não vai ser tudo online, a tecnologia está aí, mas não para substituir e sim para somar. “Não é

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PROGRAMADO PARA FICAR SOZINHO”

uma nem 10 pandemias que vai mudar o DNA do ser humano. Precisamos de socialização, inclusive nos negócios. A tecnologia não veio pra substituir os eventos e, sim, para aumentar a relevância dos mesmos. Por isso que a gente teve 2 mil brasileiros visitando o SXSW este ano, por isso que o Web Summit veio para o Rio de Janeiro”, comenta.

A possibilidade de interação social que um evento, seja de lazer ou de negócios, proporciona, é indescritível. Para ele, “a experiência imersiva faz parte da natureza humana. O ser humano quer isso. O ser humano não nasceu programado para ficar sozinho. Nós somos programados para sermos gregários, pra viver em sociedade. Vivemos em aglomerados urbanos como São Paulo. E marketing é sobre a natureza humana, é sobre os indivíduos. Então a experiência imersiva vai ser sempre o objeto mais desejado do ser humano. Desde que ela seja desenhada da melhor forma possível”, ensina P.O.

A transformação digital mudou nossa forma de consumir, de interagir e fez com que as marcas também se adaptassem para se conectar com seus clientes de forma genuína e se destacar da concorrência nesse novo universo de possibilidades entre o mundo real e o digital. “Com a fragmentação das mídias, conseguir atingir a audiência certa tem sido cada vez mais difícil. E a conexão humana nunca fez tanto sentido”, conclui P.O.

Exemplo de liderança do setor, com uma carreira sólida e renomada, ele não esquece sua base e onde tudo começou. E principalmente, os relacionamentos com as pessoas que passarem em sua trajetória. As conexões humanas que contribuíram para que ele se tornasse quem é hoje. “Eu tive uma boa base teórica que foram os dez anos de escola de marketing na Unilever que me ajudaram a navegar muito bem nesse universo e com um olhar crítico, tive a chance de trabalhar em grandes empresas de evento, como a Dream Factory, da família Medina, que produz o Rock in Rio, tive bons mentores, bons sócios, bons chefes, e tive a chance de ter vivido nos dois lados do balcão: nos primeiros quinze anos eu comprava patrocínio e quando fui trabalhar com entretenimento eu vendia patrocínio. E isso me ajudou a ter essa boa leitura do mercado de eventos”, finaliza.

Lançado pela editora Dialética, o novo livro de Paulo Octavio Pereira de Almeida, “Gestão e Desenvolvimento de Alianças Estratégicas”, propõe um estudo de caso obre os eventos B2B. “Quem organiza eventos B2B tem que entender que não está organizando um evento. Você está organizando um meio ambiente aonde alianças estratégicas vão acontecer. São os seus visitantes, que você convidou, fazendo alianças estratégicas com seus expositores. E o organizador de feiras não tem essa visão. Então meu mestrado foi com esse tema e o livro nasceu dessa ideia, de como as empresas podem se apropriar dos eventos para desenvolver alianças estratégicas”, finaliza.

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MÃOS A OBRA COM O PÉ NO ACELERADOR

Nos dias de hoje se houve falar muito na redução da “Pegada de Carbono”, ou seja, o compromisso de se reduzir a geração do carbono poluente. Os mais radicais têm como objetivo chegar a atividades que produzam “Zero Carbono”.

Porém, de fato é muito difícil quantificar esta geração numa atividade ou cadeia produtiva. Por exemplo, um veículo elétrico não emite carbono na sua operação, porém é quase impossível apurar quanto gerou o processo produtivo, o transporte, o descarte de peças e principalmente quanto carbono produziu e produz a geração da eletricidade que está se consumido na sua operação.

regiões áridas o plantio do Agave praticamente não concorre com outras culturas e permite obter etanol de primeira e segunda geração, biocombustíveis e bioeletricidade com pouco impacto ambiental. Curiosamente nunca se pensou nesta possibilidade, mesmo sendo esta planta conhecida mundialmente pela Tequila Mexicana.

A NOVA META AGORA É O CARBONO NEGATIVO

Mesmo sendo muito menos poluentes que um veículo a combustível fóssil os veículos que utilizam etanol também geram um impacto uma vez que além da pegada na fabricação se faz necessário apurar os dados desde a preparação da terra até a colheita e depois o processo de produção de etanol na usina do combustível.

Diante disso me interessa muito o Projeto Brave (Brazilian Agave Development) uma parceria da SHELL com a UNICAMP. Um projeto que utiliza recursos da ANP que agora é a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Este projeto elegeu o Agave pela sua resistência e produtividade em ambientes semiáridos como o nosso sertão nordestino. Ocupando

Além da geração de energia com baixo impacto ambiental e a meta do Carbono Zero esta cultura do agave, pela capacidade das plantas de captação do carbono na atmosfera, abre a perspectiva de uma operação de Carbono Negativo. Ou seja, em dado momento esta cadeia de geração energia poderá retirar mais carbono da atmosfera que o gerado na sua operação.

Também não é difícil vislumbrar os benefícios sociais deste projeto para uma das, senão a mais pobre região do país, bem como outros aspectos positivos a médio e longo prazo.

Então fica a pergunta para você e a indústria automobilística: será que veremos mesmo o fim dos motores a explosão e dos combustíveis líquidos? Eu não pagaria para ver.

Enfim, como a nossa cachaça da cana de açúcar e a tequila do agave são apenas um estágio mais nobre para ser bebido. Façamos um brinde aos envolvidos no projeto! Até

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a próxima, Willy.
Representanteda FórmulaINDYpara a América Latina
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SPEAKERS ON
WILLY HERRMANN
Idéias em 360 graus para elevar a sua marca e criar um elo com o seu público. estratégia design marketing +55 11 2359-4227 • 11 98013-7804 Av. Eng. Luís Carlos Berrini, 1681 São Paulo, SP contato@rainov.com.br www.rainov.com.br @rainovdesign

TERMOCOLOR: UM OLHAR PARA O FUTURO

As ações pioneiras da indústria especialistas em cores e propriedades para produtos plásticos com foco na economia circular

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IMAGENS: FREEPIK / DIVULGAÇÃO GREEN ON

O conceito de economia circular, que engloba a reutilização de produtos e recursos aplicados à cadeia de produção e ao consumo, nem existia quando a Termocolor, empresa especialista em cores e propriedades para produtos plásticos, foi fundada, em 1984. Mas como sempre, atenta ao seu tempo, às questões sociais e ambientais, a companhia vem seguindo uma trilha de ações sustentáveis e sobretudo, priorizando a aplicação da economia circular.

AQUI DENTRO TEMOS

Presente nos mais diferentes segmentos, como construção civil, caixarias, linha branca, embalagens plásticas, utensílios domésticos, higiene pessoal e movelaria automotivo, a Termocolor entende que o reaproveitamento de recursos não começa quando o produto final recebe o destino correto por meio da reciclagem, mas sim no início do seu processo de fabricação. “Aqui dentro temos um circuito de água para evitar o desperdício, aqui nós não perdemos água por evaporação, não descartamos água, ela é utilizada várias vezes. Fora isso, trabalhamos com energia renovável como a solar e a eólica, que além de ajudar nos custos, colabora com o meio ambiente. Temos também planos de descarte, só descartamos em lugares que são regularizados e tentamos diminuir cada vez mais nosso lixo”, explica Roberta Fantinati, diretora administrativa da Termocolor.

Reciclagem não avança no Brasil

Com repercussão nacional, o documento recente “Avaliando a contribuição de esquemas de crédito de plástico para reduzir a poluição de plásticos e melhorar a reciclagem”, publicado pela UNEP – Programa Ambiental da ONU – com foco em clima, natureza, poluição e desenvolvimento sustentável, destacou a inovação e a importância da Central de Custódia para o sucesso do Sistema de Créditos de Reciclagem no Brasil.

Nesse sentido, além do reaproveitamento de materiais, a conscientização é uma das estratégias da Termocolor para aumentar ainda mais o seu engajamento na economia circular. “Ao invés de comprarmos matéria prima, primeiro tentamos reciclar o que temos internamente. Só 1% que a gente descarta. Aqui temos a consciência que o plástico não é o vilão, e sim o ser humano, por isso temos campanhas para incentivar o descarte de maneira correta, pois não se pode misturar as resinas dos plásticos, então sempre tentamos ensinar a maneira correta”, conta a executiva.

Embora possa parecer que o reaproveitamento de materiais plásticos no país seja baixo - e ainda temos muito a percorreras iniciativas brasileiras a favor

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Roberta Fantinati, diretora administrativa da Termocolor
UM CIRCUITO DE ÁGUA PARA EVITAR O DESPERDÍCIO, AQUI NÓS NÃO PERDEMOS ÁGUA POR EVAPORAÇÃO, NÃO DESCARTAMOS ÁGUA, ELA É UTILIZADA VÁRIAS VEZES

da reciclagem crescem e se destacam no cenário global. Um estudo do Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria de Plástico) indica uma tendência de estabilidade. Em 2020, 23% das embalagens plásticas foram recicladas no Brasil, transformando-se em novos produtos. Antes da pandemia, em 2019, esse dado era de 24% e, em 2018, 22%.

“No Brasil, nós temos bastante reciclagem de plástico por conta dos nossos catadores, que acabam tendo necessidade de renda, por isso, reciclamos 20% do plástico - que é pouco, mas comparado a outros países é muito”, pontua a executiva. Os Estados Unidos, por exemplo, são de longe os maiores poluidores de plásticos em todo o mundo, e somente 5% das 50 milhões de toneladas de lixo desse material descartado pelas residências foram recicladas de acordo com o Greenpeace.

Segundo Roberta, esta evolução no cenário da reciclagem pode ser constatada nas cidades. “Hoje em dia, você não vê mais, por exemplo, garrafas pet no Rio Tietê ou na rua, isso tem acontecido

porque ela tem valor no mercado. Com a garrafa pet você consegue fazer tapete, roupa, muitas coisas. A Adidas está fazendo tênis com pet reciclado. Estamos entrando numa onda boa da economia circular. Quando o cliente vê que não usa uma resina reciclada, ele acha que vai ser mais barata, mas acaba sendo o mesmo valor porque ela passa por vários processos para a reutilização”, explana.

E como não poderia ser diferente, essa postura mais sustentável tem sido bem aceita entre os colaboradores. “Sem eles a ideia da sustentabilidade não anda. Então, nós trabalhamos em um treinamento bem forte para eles entenderem e não ficarem perdidos. Nossa proposta é fazer com que eles saibam qual é o objetivo na empresa e aderirem a isso, e felizmente, percebemos o pessoal bem engajado” diz a profissional da Termocolor.

É possível afirmar ainda que o sucesso da reciclagem para a indústria do plástico só não é maior devido a algumas dificuldades que esbarram no descarte, a exemplo da mistura de dois tipos de plásticos que acabam contaminados.

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GREEN ON
Fábrica da Termocolor em Diadema (SP)

Mercado engajado

A Termocolor desenvolveu um produto pet PCR que é a resina usada para fazer um master pet e que são recicladas. Dessa maneira, ao usar todo material na pós-indústria é possível fechar o ciclo de economia circular.

Para os clientes da empresa, o momento é de conhecer e projetar um futuro com mais espaço para a economia circular. “O pessoal fica bem

curioso em conhecer e acaba demandando esse produtos, porque além de ser uma novidade, os clientes estão colaborando por um meio ambiente melhor e geram mais valor ao seu produto. De início há a preocupação se a durabilidade, performance e a cor serão as mesmas. Mas eles vão demandar mais o produto que usa resina pós indústria”, conta a diretora administrativa da Termocolor. Alguns dos seus clientes inclusive têm projetos de consumir até 50% do material PCR até 2030.

Outra estratégia da Termocolor, foi a sua estreia na Plástico Brasil, mais completa feira do setor no país. Para a marca, valeu o investimento, já que foi uma grande oportunidade para levar essas e outras novidades aos seus clientes. “É como você receber o cliente na sua casa, porque no dia a dia é difícil o cliente ir até nós, então é como recebê-los em nossa casa e é uma ótima oportunidade de mostrar nosso valor”, contou Roberta.

Sustentabilidade 360º

Há 39 anos trabalhando com cores para diferentes projetos, masterbatches, compostos, aditivos, resinas tingidas e color match, a Termocolor vem construindo diversas soluções ligadas à sustentabilidade.

√ A Termocolor adota procedimentos alinhados às normas internacionais garantindo qualidade e comprometimento com a excelência de seus materiais.

√ Os produtos são produzidos sem o uso de metais pesados, atendendo ao rigoroso controle de qualidade da Diretiva Europeia RoHS - Restriction of Certain Hazardous Substances (Restrição de Certas Substâncias Perigosas), diretiva adotada em fevereiro de 2003 pela União Europeia que proíbe que certas substâncias perigosas sejam usadas em processos de fabricação de produtos: cádmio, mercúrio, cromo hexavalente, bifenilos polibromados, éteres difenil-polibromados e chumbo.

√ A Termocolor apoia instituições sociais, como a Fundação Vanzolini, e usa de forma consciente os recursos naturais adotando medidas como racionalização de energia e destino adequado de resíduos.

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ON na TV onnatv.com.br
A sustentabilidade vem de dentro para fora na fábrica da Termocolor

SINERGIA COM PROPÓSITO

Como a geração Z impulsiona conteúdos de marca alinhados com ESG

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DIGITAL ON FOTOS: FREEPIK E DIVULGAÇÃO

Recentemente, os temas ambientais, sociais e de governança (ESG) têm se tornado pautas cada vez mais importantes nas reuniões de negócios. Essa relevância, ganha ainda mais foco com o crescimento do poder de voz da Geração Z. Nascidos entre 1995 e 2010, esses jovens agora ganham poder de consumo. Com alta conexão digital e consciência social, moldam o cenário do mercado e demandando que as marcas adotem posturas responsáveis e alinhadas aos critérios ESG. A conscientização sobre os desafios enfrentados pela atual humanidade tem levado a Geração Z a questionar o tradicional modelo de consumo. Eles buscam significado mais

UMA ABORDAGEM QUE REFLETE UMA NOVA ERA DE NEGÓCIOS, NA QUAL TORNAM DIFERENCIAIS COMPETITIVOS, CAPAZES DE CRIAR LAÇOS PROFUNDOS E DURADOUROS

profundo em suas escolhas e procuram alinhar o consumo aos seus valores pessoais. Para eles, não basta apenas adquirir produtos de qualidade, é essencial compreender o impacto de suas decisões de compra no meio ambiente e na sociedade.

O consumo consciente tornou-se mais do que uma tendência passageira para a Geração Z, é um imperativo moral. Esses jovens acreditam que suas ações individuais podem fazer a diferença e, por isso, apoiam empresas que compartilham seus valores e agem de forma ética e transparente.

Diante dessa realidade, marcas que desejam conquistar a Geração Z precisam se adaptar às suas expectativas e demonstrar um compromisso genuíno com a sustentabilidade e a responsabilidade social. A autenticidade é fundamental, pois essa geração é crítica em relação a discursos vazios e ações de marketing enganosas. Eles buscam marcas que realmente abra -

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Gustavo Coelho Perez - Mestre em Marketing Digital e professor de MBA em Gestão e Transformação Digital da USP

cem ações concretas em prol do bem comum.

Empresas que adotam esses critérios demonstram seu compromisso em criar um impacto positivo em diversas esferas, incluindo o meio ambiente, a sociedade e a gestão interna.

A adoção de práticas ESG não é apenas uma tendência passageira, mas sim uma mudança significativa no paradigma corporativo. Os consumidores, especialmente a Geração Z, estão cada vez mais exigentes e desejam se associar a marcas que se preocupam com o bem-estar do planeta e da sociedade como um todo.

SÃO PUBLICADOS DIVERSOS

A Ascensão da Geração

Z Consciente

A Geração Z está entrando no mercado de trabalho e adquirindo poder de consumo. Esses jovens cresceram em um ambiente repleto de informações sobre as crises ambientais, desigualdades sociais e problemas de governança. A constante exposição a essas questões moldou suas perspectivas e valores, e eles estão buscando um futuro mais justo e sustentável.

A Geração Z não se contenta apenas em adquirir produtos; eles buscam experiências que reflitam seus ideais. Esses jovens conscientes buscam se identificar com marcas que compartilham seus valores e que estão comprometidas em agir de forma responsável em relação ao meio ambiente e à sociedade.

RELATÓRIOS

DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL, FORNECENDO

DADOS CONCRETOS

SOBRE SEU

DESEMPENHO EM QUESTÕES ESG.

ALGUNS EXEMPLOS

SÃO O ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE

EMPRESARIAL B3

E O OS DIVERSOS

RELATÓRIOS DA DOW JONES

O conteúdo de marca desempenha um papel crucial na conexão com a Geração Z. Esse público é altamente conectado digitalmente e busca infor-

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mações detalhadas sobre as empresas antes de realizar uma compra. Portanto, o conteúdo de marca deve transmitir transparência, autenticidade e compromisso com questões ESG.

Ao criar conteúdo de marca alinhado com ESG, as empresas têm a oportunidade de educar seus consumidores sobre suas iniciativas sustentáveis, seus esforços para promover a igualdade social e suas práticas de governança ética. A Geração Z valoriza a honestidade e a sinceridade, e o conteúdo de marca deve refletir esses princípios.

Aqui vale ressaltar o crescimento dos influenciadores no Brasil, pessoas que usam seus perfis nas redes sociais com abordagem mais autêntica e responsável, visando likes e compartilhamentos. Reconhecem que a busca desenfreada por popularidade, nem sempre é saudável e pode levar a uma falta de conexão genuína com seu público.

Diversas marcas têm abraçado a abordagem ESG em seu conteúdo e colhido resultados positivos. Por exemplo, algumas empresas adotaram embalagens sustentáveis, utilizando materiais reciclados e biodegradáveis, e compartilharam essas iniciativas em suas campanhas.

Outras marcas têm se comprometido com projetos sociais, apoiando comunidades carentes, promovendo a inclusão e a diversidade em seus times e comunicando essas ações de maneira transparente. Um bom exemplo é o número crescente de parcerias de marcas com Gerando Falcões, promovendo ações com foco em desenvolvimento social.

Além disso, são publicados diversos relatórios de sustentabilidade e responsabilidade social, fornecendo dados

concretos sobre seu desempenho em questões ESG. Alguns exemplos são o Índice de Sustentabilidade Empresarial B3 e o os diversos relatórios da Dow Jones. A nona edição do ranking Merco Responsabilidade ESG Brasil, divulgado recentemente, apresenta as 100 melhores empresas no cenário ESG. Natura, Itaú, Ambev, Google, Grupo Boticário, Magazine Luiza, Bradesco, Unilever, Nestlé e Danone. São as dez empresas mais responsáveis em ESG do Brasil. Os dados foram coletados entre julho e dezembro de 2022.

O mercado está sendo moldado por uma Geração Z consciente, redirecionando o foco das marcas para a sustentabilidade e responsabilidade social. “As empresas que conseguirem transmitir de forma genuína seu compromisso com o meio ambiente, a sociedade e a ética em seus negócios terão uma vantagem significativa na conquista dessa geração exigente de consumidores” diz Gustavo Coelho Perez, referencia no universo de marketing digital e professor da USP (olho1 e citação)

O propósito e a consciência não são apenas uma tendência, mas uma abordagem que reflete uma nova era de negócios, na qual tornam diferenciais competitivos, capazes de criar laços profundos e duradouros com a Geração Z e com todos os consumidores que buscam um mundo melhor.

A Geração Z corresponde aos nascidos a partir de 1995 até aproximadamente 2010, que são a transição do século XX para o século XXI. É caracterizada pelo domínio das novas tecnologias e pela urgência e multiplicidade de interações realizadas num universo particular, individual e, por vezes, alheio ao ambiente e às relações interpessoais de primeira hora, conectando-se a pessoas de vários lugares, recebendo um grande volume de informações.

A diversidade de mídias disponíveis, a velocidade no tráfego de informação, a interatividade no ambiente virtual e o uso cotidiano desses ativos tecnológicos influencia o comportamento dos indivíduos dessa geração, imprimindo polivalência, agilidade, curiosidade.

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Por Vanda Fulaneto
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PAULO OCTAVIO PEREIRA DE ALMEIDA

Conhecido como P.O., o executivo acumula 35 anos de carreira em marketing, entretenimento, shows e feiras de negócios, estando a frente de movimentos importantes para a retomada e valorização do setor de turismo e eventos de negócios.

Empreendedor visionário, é sócio fundador da LIVE MARKETING Consultoria, onde ajuda marcas

por meio de ações de live marketing, onde ele é pioneiro no mercado e acumula larga experiência, a se destacarem com eventos, shows, congressos, e plataformas proprietárias. Como diretor-executivo da Ubrafe – União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios, lidera projetos e iniciativas que promovem e fomentam o setor de feiras e eventos.

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Diretor-executivo da Ubrafe
NOTÁVEIS GALERIA DOS 22
GREGORY GRIGORAGI

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