3 minute read

Escritor residente em Itu lanca o 3 livro em Portugal o

Márcio Pitliuk apresentou novo projeto denominado “O engenheiro da Morte”, um romance que relata a participação da elite alemã no Holocausto. O livro será lançado oficialmente no Brasil no fim deste ano.

Confira o bate-papo com o escritor, que também é especialista em comunicação e marketing.

Advertisement

Para quem ainda não teve o prazer de conhecer um pouco mais sobre a sua história e trajetória, quem é Márcio Pitliuk?

Fui publicitário durante 35 anos, sou especialista em comunicação e marketing. Os primeiros 10 anos trabalhei em multinacionais, BBDO, McCann e Ogilvy. Depois, durante 25 anos, tive minha agência de propaganda.

A partir de 2008 passei a me dedicar 100% as atividades culturais. Escrevo livros, realizo filmes, palestras, principalmente sobre os temas II Guerra e Holocausto. A publicidade me ensinou a trabalhar com todos os meios de comunicação. Como surgiu a oportunidade e porque escolheu Itu para se estabelecer?

Tenho casa aqui desde 2000, para final de fim de semana, onde vinha com minhas duas lindas filhas.

Há 4 anos, como posso trabalhar em casa e não preciso mais viver em São Paulo, saí do inferno e mudei para o paraíso. Costumo dizer que o Jacó e o Rosaldo criaram o paraíso que deu certo, sem a maçã e sem a cobra. Gosto tanto de Itu que em poucos anos vivendo e colaborando com a cidade, recebi o título de cidadão ituano, que me orgulha muito. A entrega será em agosto.

Acabara de lançar o seu terceiro livro em Portugal, o “O engenheiro da Morte”, após “A Alpinista” e “O homem que venceu Hitler”. Nesta nova edição, traz a percepção sobre a participação ativa das elites alemãs no III Reich. Como foi essa produção e o lançamento em terras lusitanas?

Meus romances têm como cenário a II Guerra e o Holocausto. Assim posso ensinar o que foram esses acontecimentos de maneira a envolver o leitor, fica mais fácil de ler que um livro histórico. Procuro ângulos pouco explorados, aprendi isso na publicidade.

O engenheiro da morte é sobre a participação da elite alemã no Holocausto. É importante destacar que os soldados que organizavam as filas nas câmaras de gás eram o último elo na corrente. Até os judeus chegarem lá era preciso transportá-los de um país para outro, construir os campos nazistas, que muitas vezes tinham uma população entre cinquenta e cem mil pessoas, verdadeiras cidades, fazer uniformes para os prisioneiros e para os guardas, fabricar o gás letal, os fornos crematórios, e muito mais, e isso custava muito dinheiro. As empresas alemãs é que fizeram isso, com ajuda de engenheiros, arquitetos, médicos, advogados, a elite da Alemanha. E ganharam muito dinheiro com esse assassinato industrial. Conheci o mais importante escritor português da atualidade, que também apresenta o principal jornal da TV portuguesa. Ele me indicou à editora dele e se interessaram por publicar em Portugal. Lancei A alpinista em novembro passado e agora em maio O engenheiro da morte, que será lançado no Brasil no final do ano.

E trazendo para os demais livros, como foi seu trabalho de pesquisa para a escrita de seus livros?

Sempre procurando novos ângulos para o tema. No O homem que venceu Hitler, escrevo sobre os cristãos que salvaram judeus do Holocausto. No A Alpinista, sobre a participação das alemãs na II Guerra, de maneira ativa ou conivente. Pesquiso o assunto há 14 anos, visitei os principais museus do mundo, fui para os campos nazistas mais de 10 vezes. Quem tiver interesse, os livros estão à venda em todas as livrarias do Brasil e também edições digitais pelo Kindle.

Curador do Museu da Imigração Judaica e Memorial do Holocausto de São Paulo, além de membro da Acadil. Como surgiu o seu interesse pela história e o que te motiva a contar essa passagem mundial?

Quando a gente envelhece, entra em vários conselhos e curadorias! Também sou o representante no Brasil do museu do Holocausto de Jerusalém; do Conselho Acadêmico do SWU, uma organização que divulga Israel pelo mundo; do Conselho Cultural Municipal de Itu; do conselho do Clube Hebraica e até do conselho fiscal e consultivo do nosso condomínio! O interesse pela II Guerra e Holocausto surgiu em 2008, quando documentei um evento mundial sobre o Holocausto que acontece na Polônia. Fiz um filme longa metragem, um livro de fotografias e tive o privilégio de conhecer dezenas de sobreviventes que vivem no Brasil e a coragem e resiliência deles mudou minha vida. Vendi minha agência e passei a me dedicar 100% a divulgação do Holocausto. Não abro mão dos meus princípios e do acho correto.

O que o mundo viveu no passado retratado nos livros e o que mundo vive atualmente. Existem semelhanças? O ser humano melhorou?

O Holocausto foi o maior crime da humanidade e espantosamente realizado por um dos povos mais civilizados e cultos na segunda metade do Século XX, no coração da Europa. O povo alemão virou serial killer. Quando a gente acha que a humanidade melhorou, descobrimos que o Homem continua mau. Tivemos guerras nos Balcãs, na Síria, genocídios na África, terroristas se explodindo para matar inocentes, neste exato momento cinco milhões de ucranianos estão refugiados em outros países porque o louco do Putin quer reconstruir o Império Russo! Infelizmente o homem continua cruel, obcecado pelo poder e pelo dinheiro. Estamos no Século XXI e continuamos bárbaros.

This article is from: