historiadora. Investigou as origens e a natureza do mal em seus livros sobre criminosos de guerra nazistas (Into that Darkness: An Examination of Conscience e Albert Speer: His Battle with Truth) e sobre crianças assassinas (The Case of Mary Bell). Durante a anexação da Áustria pela Alemanha, Sereny viveu na França e depois nos Estados Unidos. Após a Segunda Guerra Mundial, retornou para a Europa e trabalhou com crianças que haviam sobrevivido a campos de concentração ou sido levadas de seus pais. A partir de 1958, viveu com o marido, Don Honeyman, em Londres, onde se tornou jornalista freelancer. Em 2003, foi condecorada com uma ordem de cavalaria britânica por seus serviços ao jornalismo. Morreu em 2012, em Cambridge, aos 91 anos.
ISBN 978-85-54126-22-3
9 788554 126223
GITTA SERENY POR QUE CRIANÇAS MATAM A HISTÓRIA REAL DE MARY BELL
G I T T A S E R E N Y foi jornalista, biógrafa e
“Matamos Martin Brown mesmo. Foda-se, seu desgraçado.”
G I T TA S E R E N Y
“Este livro irá mexer com você. Tornará impossível olhar para crianças acusadas de crimes violentos da mesma forma.” The New York Times
E M 1 9 6 8, Mary Bell, de 11 anos, foi julgada
POR QUE CRIANÇAS MATAM MARY BELL
A HISTÓRIA REAL DE
e condenada pelo assassinato de dois garotinhos em Newcastle upon Tyne, Inglaterra. Antes mesmo de ir ao tribunal, Mary Bell foi apresentada como a encarnação do mal, a “semente ruim”. Mas a jornalista Gitta Sereny, que cobriu o julgamento sensacionalista, nunca aceitou essa explicação. Ao longo dos anos, Sereny se deu conta de que, se quisermos entender as pressões que levam crianças a cometer crimes hediondos, precisamos voltar nosso olhar para os adultos que elas se tornaram. Passados 27 anos de sua condenação, Mary Bell concordou em falar com Sereny sobre a sua infância angustiante, os dois terríveis atos cometidos no intervalo de nove semanas, o seu julgamento público e os doze anos de detenção. Em Por que crianças matam, Bell e Sereny discutem o que ela fez e o que foi feito a ela, bem como a criança que era e a pessoa que se tornou. Nada do que Mary Bell disse nos cinco meses de conversas intensas serve como desculpa para seus crimes: ela mesma rejeita qualquer atenuação nesse sentido. Mas sua história devastadora nos força a pensar na responsabilidade da sociedade sobre crianças que são levadas ao limite.