Aos olhos dos seus eleitores, as deficiências dos líderes populistas tornam-se qualidades. Sua inexperiência é a prova de que não pertencem ao círculo corrupto das elites, e sua incompetência é uma garantia da sua autenticidade. As tensões que causam em nível internacional demonstram sua independência, e as fake news, marca inequívoca de sua propaganda, evidenciam sua liberdade de pensamento.
No mundo de Donald Trump, Boris Johnson, Matteo Salvini e Jair Bolsonaro, cada dia traz sua própria gafe, sua própria polêmica, seu próprio golpe brilhante. No entanto, por trás das manifestações desenfreadas do carnaval populista, está o trabalho árduo de ideólogos e, cada vez mais, de cientistas e especialistas do Big Data, sem os quais esses líderes populistas nunca teriam chegado ao poder.