Revista Saúde Integrativa

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Nº5, VOLUME 5

EDIÇÃO TRIMESTRAL (FEV-ABR), 2020

FACULDADE DE ENFERMAGEM UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

REVISTA SAÚDE INTEGRATIVA


SOBRE A REVISTA Esta é uma publicação da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEn-UFG), em parceria com a Associação Brasileira de Enfermeiros Acupunturistas e Enfermeiros de Práticas Integrativas (Abenah). O objetivo é divulgar as ações desenvolvidas pelo Ambulatório de Práticas Integrativas e Complementares, integrando ensino, pesquisa e extensão.

CRÉDITOS Editores e autores desta edição: Bryan Vitorino Pereira dos Santos Camila Alves Leão de Araújo Revisão técnica desta edição: Cynthia Assis de Barros Nunes Sistematização dos dados do ambulatório de Práticas Integrativas e Complementares, edição de fevereiro - abril de 2020: Camila Alves Leão de Araújo Resigno Barros Lima


EXPEDIENTE


AMBULATÓRIO DA FACULDADE DE ENFERMAGEM O Ambulatório de Práticas Integrativas e Complementares da Faculdade de Enfermagem da UFG funciona desde 01 de agosto de 2018. Trata-se de uma parceria da Abenah – Associação Brasileira de Enfermeiros Acupunturistas e Enfermeiros de Práticas Integrativas. Os atendimentos são semanais, gratuitos e por demanda espontânea. Coordenadora Geral: Cynthia Assis de Barros Vice-coordenadora Geral: Katiane Martins Mendonça Coordenadora Técnica: Ana Cecília Coelho Melo Coordenadora Administrativa: Jaqueline Evangelista da Costa Juliana Roque Lima Membros Acadêmicos: Ana Carolina Pereira dos Santos Bárbara Teodora Tavares Alves Bryan Vitorino Pereira dos Santos Camila Alves Leão de Araújo Jennifer Siqueira Souza Resigno Barros Lima Neto Portaria 32/2018 - Faculdade de enfermagem da Universidade Federal de Goiás (62) 9100-7344 @ambulatorio_fen Rua 227 Qd. 68 St. Leste Universitário - Goiânia-GO. CEP: 74605-080 Fones: 55 (62) 32096280 - www.fen.ufg.br


Práticas Integrativas e Complementares Atualmente, no Ambulatório de PICS da FEN-UFG são oferecidas 16 práticas, são elas: acupuntura, aromaterapia, auriculoterapia, cone hindu, cromoterapia, cristaloterapia, estimulação neural, florais de bach, fitoterapia, kinesioterapia, microfioterapia, reiki, tft, thetahealing, ventosaterapia e ynsa.


TERAPEUTAS VOLUNTÁRIOS Ana Carolina Pereira dos Santos Ana Cecília Coelho Melo Ana Kleide Luiz Esteves Andréa Nogueira Anailde Alves Azevedo Bárbara Teodora Tavares Alves Bryan Vitorino Pereira dos Santos Carolina Silveira Carmen Lúcia Francisca Borba Consuelo Guilardi Debora Giovanella Dionne Hallyson Silva de Siqueira Lorena Pires Tavares Fernanda Vieira Teixeira Arêdes Lyvia Pires Tavares Geisell Castro da Silva Maria Vitoria Evangelista de Sousa Gustavo Souto Mariene de Fátima Ferreira Jaqueline Evangelista Bittencourt Jennifer Siqueira Souza Maria Paixão Juliana de Sousa dos Santos Barreto Kenia Regina Nunes Ribeiro Marisa Gonçalves Aguiar Layena Lindsy Matheus Moreira Nábia Leandra do Prado Nelzina Pereira Pestana Sidneia Boiko Martins Raquel Alves Pereira Rodrigo Correa Bittencourt Sergio Abrikian Sidneia Boiko Martins Tania Mieko Ueno Tsukamoto Thallyta Araújo


07 SUMÁRIO PÁGINA 8-13 PNPIC - POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES

PÁGINA 14 THETAHEALING - SÉRGIO ABRIKIAN

PÁGINAS 15,16 FITOTERAPIA - DR. MATHEUS MOREIRA

PÁGINAS 17-20 ACOLHER E RECEBER

PÁGINAS 21,22 COVID-19

PÁGINAS 23,24 ATENDIMENTOS À DISTÂNCIA

PÁGINAS 25 SUGESTÃO DE LEITURA: PROTOCOLOS DE PICS NO COMBATE À COVID-19.

PÁGINA 27 A MÚSICA COMO FORMA DE CUIDADO


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A necessidade da criação de uma Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) já vinha se mostrado necessária desde a 8° Conferência Nacional de Saúde e após demandas nas próximas Conferências Nacionais de Saúde. Diante disso, e da busca cada vez maior das pessoas por práticas terapêuticas que fugiam do modelo biomédico de saúde, se mostrou necessária a criação de diretrizes para práticas que já eram realizadas por alguns profissionais da rede pública, mas de modo desigual, descontinuado, sem registro e acompanhamento e fornecimento adequado de insumos. A PNPIC surge com o intuito de respaldar os profissionais que já atuavam na rede pública com as práticas integrativas, mas sem apoio e financiamento, como uma forma de incorporar e ampliar serviços antes acessíveis na rede privada, e para a integralidade da atenção à saúde, pois contribui para a corresponsabilidade e empoderamento do indivíduo no seu processo de saúde.


09 OBJETIVOS: Incorporar e implementar a PNPIC no SUS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada para o cuidado continuado, humanizado e integral em saúde; Contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso; Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades; Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde. As Práticas Integrativas no SUS são regulamentadas pela Portaria GM/MS no 971, de 3 de maio de 2006, que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC) no Sistema Único de Saúde.


10 De acordo com a Resolução Cofen nº 581/2018 as especialidades que podem ser exercidas pelos profissionais de enfermagem dentro da área das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são: Acupuntura, Cromoterapia, Fitoterapia, Hipnose, Homeopatia, Musicoterapia, Ortomolecular, Reiki, Reflexologia Podal, Toque Terapêutico, Terapia Floral, Yoga. A enfermagem é uma das profissões da saúde que mais mantém contato direto com o paciente e observando o aumento da procura desses serviços, se faz necessário um maior conhecimento dos enfermeiros sobre as PICs para não se manter estagnado diante do cenário atual. O estudo dessas práticas permite uma forma de emancipação e empoderamento do enfermeiro, permitindo a ocupação de novos espaços e trazendo uma forma de cuidado mais amplo (PENNAFORT et al.,2012) (Cofen nº 581/2018)

PICS EM GOIÂNIA Relato da Ana Cecília Coelho Melo, Presidente da Associação Brasileira de Enfermeiros Acupunturistas e Enfermeiros de Práticas Integrativas (ABENAH)


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“Quando saiu a portaria 971/2006 haviam diversos profissionais da saúde do município de Goiânia, como enfermeiros, psicólogos, médicos, farmacêuticos, nutricionistas e fisioterapeutas que tinham a intenção de dispor parte do seu trabalho para atuar com as PICs, porém os gestores não entendiam a importância das PICs e não haviam recursos e nenhuma tabela com os procedimentos específicos das práticas. Uma das dificuldades que a política das PICs possui é a falta de obrigatoriedade de adesão de alguns programas como o programa de imunização, saúde da mulher, etc e nenhum gestor apontava interesse. Em 2017, com a mudança política fui procurada pelo vereador Cabo Sena para uma conversa sobre a implantação das PICs em Goiânia para que ele pudesse colaborar com a implantação da mesma, que inclusive já existia a Lei Municipal 195/009 elaborada pela Vereadora Cidinha Siqueira. Assim, foi decidido que houvesse uma audiência pública na Câmara dos Vereadores, que aconteceu em março de 2017, tivemos a presença do Ministro da Saúde, presidentes de conselhos de categoria (enfermagem, medicina, fisioterapia, psicologia), representantes do Estado de diversas regionais de saúde, secretaria de saúde de Goiânia e um grande público de profissionais atuantes. Nesse dia, a Secretaria de Saúde fez o compromisso conosco de implantação das PICs e por estar a frente desse processo, fui chamada para sair da vigilância epidemiológica para coordenar a implantação das PICs na Secretária Municipal de Goiânia.


12 Ainda em 2017, começamos a fazer um levantamento sobre quais eram as pessoas que trabalhavam com as PICs, quem tinha interesse e em quais práticas. Abrimos também processos para aquisição de materiais, cursos de capacitação, porém todos os processos faliram e não conseguimos nem os materiais nem os cursos. Entre 2018 a 2020, começamos a fazer a capacitação de profissionais da rede de saúde, do nível superior em auriculoterapia, independente se chegasse materiais ou não. Até o momento, capacitamos 40 profissionais da área da saúde na Atenção Primária e no Centro de Atenção Psicossocial(CAPS) em auriculoterapia, e fizemos uma turma de Reiki. Além disso, montamos uma comissão de PICs que atua juntamente com a coordenação e possui representantes de todas as categorias profissionais da área da saúde. E atualmente, temos projetos de aumentar a capacitação dos profissionais de saúde e trazer mais diversidade de PICs a serem realizada no SUS em Goiânia. "


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Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpic.pdf Acesso em: 05/05/2020 GOIÂNIA. Lei nº 195, de 16 de Julho de 2009. Dispõe sobre a Implantação de práticas integrativas e complementares no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial do Estado de Goiânia, Goiânia, 21 jul. 2009. p. 2. Disponível em: http://www.goiania.go.gov.br/Download/legislacao/diariooficial/2009 /do_20090721_000004658.pdf. Acesso em: 05/05/2020 . CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução COFEN581/2018. Atualiza, no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, os procedimentos para Registro de Títulos de Pós Graduação Lato e Stricto Sensu concedido a Enfermeiros e aprova a lista de especialidades. Brasília (DF), 2008. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-581-2018_64383.html. Acesso em: 05/05/2020 PENNAFORT, V.P.S. et al. Práticas integrativas e o empoderamento da enfermagem. Rev. Min. Enferm, v. 16, n. 2, p.289-95, 2012. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/531. Acesso em: 05/05/2020


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THETAHEALING SÉRGIO ABRIKIAN ThetaHealing é uma filosofia e um sistema de cura complementar que pode substituir crenças limitantes e programas negativos em crenças e programas positivos, sempre com a prévia permissão da pessoa para cada substituição proposta. Pode ser utilizado também para autoconhecimento e desenvolvimento espiritual. As mudanças ocorrem nos níveis físico, mental, emocional e espiritual. Essa técnica foi criada em 1994 pela americana Vianna Stibal de Idaho Falls, Estados Unidos da América. Ela já treinou professores e terapeutas em mais de 25 países. O terapeuta Thetahealing pode auxiliar a pessoa nas seguintes questões de: conflitos internos ou de relacionamentos profissional, familiar ou pessoal ansiedade, estresse ou depressão. dificuldade em lidar e transformar as próprias emoções. auxílio na tomada de decisões. vícios, obsessões, medos e transtornos alimentares. perdas, separações e lutos. harmonia e equilíbrio emocional..


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FITOTERAPIA MATHEUS MOREIRA

A fitoterapia teve origem na China com relatos no livro (Huang Di Nei King) “Clássico de Medicina Interna” do Imperador Amarelo, que remonta a 200 a.C. Este texto é um relato das observações da Natureza e dos fenômenos naturais, concluindo-se que a vida é regida por leis naturais encontrando conceitos de base para a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) como os conceitos Yin e Yang, os cinco elementos e a influência da natureza sobre a saúde do homem. Na MTC, viver em harmonia com esses princípios, é a chave para saúde e longevidade. São mais de 2 mil anos de estudos, práticas, erros e acertos. Foi a base de toda medicina ocidental! Na medicina ocidental a fitoterapia tem a função principal de tratar os sintomas de uma determinada doença, enquanto na medicina chinesa a função é tratar o doente, a doença desde sua causa até os presentes sintomas. O tratamento através das plantas na medicina ocidental se dá pelo estudo farmacológico de cada planta e o que sua formação química pode gerar de benefícios para respectivas doenças. Da mesma maneira, se for manipulada, indicada ou usada de forma errada pode gerar complicações ao organismo A fitoterapia chinesa tem um papel de prevenção. Não existe doença para a MTC e sim padrões de desarmonias, normalmente associadas a natureza, por exemplo: padrão de frio, calor, vento, secura, umidade, fleuma, vento frio, vento calor e que quando não tratados esses desequilíbrios,


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podem acometer os órgãos em sua forma mais crônica e se transformar nas doenças ditas pela medicina ocidental. Exemplos: invasão de vento frio = resfriado; invasão de vento calor = gripe mais forte com febre, infecção; calor no estômago = gastrite, úlcera; Qi rebelde do estômago = refluxo, enjoo; calor no fígado = enxaqueca, insônia, ansiedade. O terapeuta faz uma avaliação minuciosa física, fisiológica, emocional e energética do paciente em que resultará na indicação de fórmulas específicas para aquele paciente que podem ser através de chás, cápsulas, tintura, xaropes, etc. A avaliação se dá pela observação da língua, pulsologia chinesa, queixas, sintomas, aparência, coloração, dentre outros. Os critérios utilizados para escolhas das plantas são sabores: amargo, azedo, picante, doce, salgado; temperatura estrutural: quente, fria, morna, neutra, refrescante; Elementos da natureza afetado pelo desequilíbrio: madeira/fígado, fogo/coração, terra/baço, metal/pulmão, água/rins. Deve perceber-se a essa altura que não é simplesmente tomar um chá que você ouviu por aí que seria bom pra isso ou aquilo, isso pode trazer muitos efeitos colaterais e malefícios se mal indicados, se o paciente tem um padrão de calor que gera doenças de calor e você indica uma planta que aumenta o calor, esse paciente pode ter um colapso daquele órgão. Sendo assim, se você é amante da natureza e das suas propriedades consulta seu terapeuta de confiança antes de começar a usar a fitoterapia.


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ACOLHER E RECEBER O ambulatório buscando uma maior interação entre os membros da Faculdade de Enfermagem (FEN), terapeutas e os interagentes, para que esse contato não exista apenas durante o atendimento, vem realizando atividades de acolhimentos que objetivam aumentar cada vez mais esse vínculo entre o ambulatório e a comunidade. Afinal, acolher não é apenas recepcionar, é receber com sensibilidade

e

cuidado,

ouvir

as

queixas

dos

interagentes, não como uma mera formalidade e sim como mais uma forma de ofertar o cuidado. Dentre os acolhimentos desse semestre, tivemos: Conversa sobre as PIC e um momento de meditação com os interagentes (Débora Giovanella); Introdução e esclarecimento de dúvidas sobre o ThetaHealing (Sergio Abrikian); Diagnóstico e realinhamento energético (Ana Cecilia); Acolhimento com música (Suelen Malaquias, Sara Duarte,Daniella

Costa,Blenda

Guimarães,Natielly

Marques); Recepção com a Liga Pronto Sorriso, da Faculdade de Medicina

da

Duarte,Daniella Marques).

UFG Costa,

(Suelen Blenda

Malaquias,

Sara

Guimarães,Natielly


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Nas imagens 1 e 4 temos o acolhimento com diagnóstico e realinhamento energético; Imagem 2 instruções sobre o Thetahealing; Imagem 3 visita da Liga Pronto Sorriso.


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PRONTO SORRISO NO AMBULATÓRIO

No dia 11 de Março os interagentes do ambulatório foram recebidos com muito sorriso e palhaçada, mas um sorriso diferente dos que eles estão acostumados. Recebemos a presença da Liga Pronto Sorriso, da Faculdade de Medicina da UFG, composta por alunos dos mais diversos cursos e que realizam visitas a hospitais, ações de educação em abrigos, escolas.

“ Nosso intuito é levar alegria e um pouco de alívio para os hospitais e locais que visitamos vestidos de palhaço, mas acaba sendo muito mais do que isso, e claro, os sentimentos gerados são recíprocos e muito difíceis de serem expressos. No acolhimento realizado no ambulatório preparamos duas músicas e algumas brincadeiras a serem realizadas com os interagentes. Nosso grupo foi composto por quatro integrantes da Pronto Sorriso e a intervenção teve duração de aproximadamente 30 minutos, foi muito produtiva, notamos pelos sorrisos e agradecimentos dos interagentes, assim como os sentimentos bons causados em nós, palhacinhas. A primeira música cantada foi Trem bala, da cantora Ana Vilela, que é uma música muito bonita, sua letra retrata as coisas importantes da vida que devemos valorizar, assim como família, amigos e momentos especiais. A segunda música cantada foi “Dia especial, de Tiago Iorc”, que também tem uma mensagem muito bonita, e sua escolha foi principalmente por uma frase que diz que o amor é maior que tudo, até a dor. Assim, relacionamos ao intuito de várias pessoas ali, que é a busca do alívio de suas dores. Ao final da apresentação, fomos agraciados com diversos agradecimentos e carinhos, somos gratos pelo convite e oportunidade de participar deste momento importante. “ Relato da Daniella Costa, discente da FEN e membro da Liga Pronto Sorriso, sobre o acolhimento realizado no ambulatório.


20 "Eu não imaginava que um encontro entre pessoas buscando cuidado e um grupo de quatro meninas loucas para brincar poderia render tantos sorrisos, mas nesse dia foi isso o que aconteceu. Nós palhaças cantamos, fizemos mágica e dançamos, tentando fazer o que mais une essas três vertentes: distrair, o que foi capaz não só de entretenimento mas também de cuidado e promoção da saúde." Relato da Sara Duarte, discente da FEN e membro da Liga Pronto Sorriso, sobre o acolhimento realizado no ambulatório.

Diretora da FEN/UFG: Dra. Claci Fátima Weirich Rosso; Docente da FEN/UFG: Suelen Gomes Malaquias e acadêmicas da FEN/UFG: Sara Duarte e Daniella Costa, acadêmica de enfermagem UNICAMPS: Natielly Marques; acadêmica de Psicologia/PUC: Blenda Guimarães


21 COVID-19

É com pesar no coração que os atendimentos presenciais do ambulatório foram suspensos por tempo indeterminado, mas além do pesar no coração o que é mais importante nesse momento é a consciência social. É o momento de se guardar e ficar quietinho em casa por si mesmo, pelas pessoas que você ama e pelas pessoas que você não conhece, afinal, fazer o bem sem olhar a quem! A maioria das ameaças a pandemias são causadas por vírus transmissíveis de animais aos seres humanos ou por origem vetorial (porta de entrada e saída). As doenças infecciosas representam a maior ameaça à saúde pública por resultar em morte. Atualmente estamos frente a uma pandemia causada pelo novo Coronavírus (SARS-COV2), que provoca a doença COVID-19, na qual a maioria dos pacientes podem ser assintomáticos, cerca de 80%. Desta forma, precauções são recomendadas com a finalidade de diminuir o número de casos. Precauções como isolamento social, higienização das mãos são recomendadas.


22 COVID-19 Frente a isso, como fica a saúde mental em meio a essa pandemia? Medo e ansiedade, representam o sentimento da maioria da população. O que fazer? As PICs são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais para aliviar, diminuir e prevenir doenças como ansiedade, dores, medo e entre outras. Diante disso, o Ambulatório vem fornecendo algumas terapias virtualmente, para as pessoas não ficarem desassistidas. Com isso, muitas pessoas podem continuar nesse processo de autocuidado, fortalecendo a imunidade, ideal para o meio que estamos enfrentando no momento e ocasionando o bem estar social. No momento que estamos toda a atenção e cuidado fazem toda a diferença! E apesar do momento de dificuldade que vivenciamos, passaremos por isso e o contato com aqueles que são queridos por nós voltará a ser presencial e com o calor e afeto humano que precisamos. BRASIL. Ministério da Saúde.Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (Covid-19) na Atenção Primária à Saúde, Versão 7.Brasília, Ministério da Saúde; 2020. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/08/2020 0408-ProtocoloManejo-ver07.pdf. Acesso em: 05/05/2020


23 ATENDIMENTOS À DISTÂNCIA Considerando o momento em que estamos passando e observando que o Ambulatório de Práticas Integrativas e Complementares é visto como uma fonte de cuidado e apoio para muitos interagentes que o frequentam fielmente todas às quartas-feiras, tornamos possível com o apoio dos nossos terapeutas o atendimento à distância de algumas terapias. Até o momento da publicação do boletim contávamos com a colaboração de 12 terapeutas atuantes em diversas áreas com a Fitoterapia, Reiki, Thetahealing, Orientações de práticas da Medicina Tradicional Chinesa, Tui ná e Acupuntura. As consultas online iniciaram no dia 25 de Março e já somam mais de 80 atendimentos, sem contabilizar o envio de reiki à distância que é realizado de segunda à sexta e já foi enviado para mais de 60 pessoas. Além dos interagentes que já conhecemos, foi observado que muitas pessoas que nunca puderam comparecer ao ambulatório pelo horário ou que não conheciam passaram a ter esse contato mais próximo.

"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite nele. Fiquemos bem e em paz!"


AMBULATÓRIO FEN/UFG

TERAPEUTAS VOLUNTÁRIOS Agradecemos a todos os terapeutas que se disponibilizaram a continuar os atendimentos à distância, nesse período turbulento. Juntos somos mais fortes!

Ana Cecília Ana Paula Borges Andréa Nogueira Consuelo Débora Giovanella Gustavo Souto Ítalo Lutorres Matheus Moreira Mirian Abrikian Raquel Sergio Abrikian Sidineia Boiko Digite aqui...


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LEITURAS SUGERIDAS Trouxemos alguns protocolos publicados sobre o uso de PICs no aumento da imunidade.

Manual realizado com a colaboração entre o SUS e a Prefeitura de Florianópolis com orientações sobre o uso de aromaterapia, fitoterápicos, acupuntura, automassagem, yoga e ayurveda para a aumento da imunidade, redução da ansiedade, relaxamento.

Fonte: Sistema Único de Saúde - Prefeitura de Florianópolis https://drive.google.com/file/d/1XL2OH8rHMoh5MVWUB0EG8zpIypVCrR WD/view


26 Protocolo com pontos de acupuntura para estimular a imunidade.

FERREIRA, A. A. M. et al. Protocolo de acupuntura preventiva para estimular imunidade frente à Covid-19. InterAm J Med Health v. 3, 2020. Disponível em: https://www.iajmh.com/iajmh/article/view/81. Acesso em: 05/05/2020

Auriculoterapia no tratamento e prevenção do corona vírus.

Fonte:https://issuu.com/abenanacional/docs/auriculote rapia_-_cartilha_covid_19_pdf


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A MÚSICA COMO FORMA DE CUIDADO

O podcast “Cuidado Musical” é uma colaboração entre o NUTADIES (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Tecnologias de Avaliação, Diagnóstico e Intervenção de Enfermagem e Saúde) da Faculdade de Enfermagem da UFG , O Ambulatório de Práticas Integrativas e Complementares da Faculdade de Enfermagem da UFG e a ABENAH (Associação Brasileira de Enfermeiros Acupunturistas e Enfermeiros de Práticas Integrativas).O intuito é ser um canal para incentivar a troca e interação entre os terapeutas e os interagentes e divulgar informações sobre o ambulatório e a apresentação de técnicas, estudos, informações, pesquisas que envolvam o uso terapêutico da música. Os episódios podem ser encontrados no canal do YouTube: Cuidado Musical. Link: https://www.youtube.com/channel/UCneyV0ROxtQ9hM 9Y1aa_qvA


! s C I P a t n e t S U #S


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