Grande Consumo N.º 66

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Uniself: fornecer refeições num novo contexto de cuidados redobrados A Uniself, empresa de capital 100% nacional, com quase 40 anos de história, passou o ano de 2020 focada em manter a sua sustentabilidade, apesar das muitas adversidades decorrentes da pandemia de Covid-19. A natureza do seu negócio, num contexto de grande incerteza, que forçou o confinamento da população portuguesa e o encerramento de muitos locais de trabalho e de estudo, obrigou a um ajuste dos modelos de comércio, confirma João Lobo, diretor comercial da Uniself. Contudo, acrescenta, nem tudo no país ficou parado. Os hospitais e as cadeias de distribuição moderna continuaram a operar e, através da unidade fabril em Loures, foi possível à Uniself dar resposta a muitas situações pontuais junto de clientes que, de repente, ficaram sem meios de produção, assim como assistir as autarquias com os seus respetivos planos de emergência.

ALIMENTAR TEXTO Bárbara Sousa FOTOS Sara Matos

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esde 1981 que a Uniself se dedica à alimentação coletiva em Portugal. Nasceu na capital, mas rapidamente ultrapassou os limites da área de Lisboa para as zonas em seu redor. Eventualmente, cresceu para o norte do país, seguindo os passos de um cliente de referência que para lá expandiu o seu negócio, e abriu um refeitório no Porto, que foi seguido por uma delegação. “Em 1997, coincidindo, por acaso, com a minha entrada na empresa, chegámos aos Açores. Em 2004, abrimos na Madeira. Portanto, já estamos, desde esse ano, na totalidade do território nacional, inclusivamente nas ilhas. Temos vindo a crescer, felizmente, em termos de faturação, número de colaboradores e condições de trabalho”, conta João Lobo, diretor comercial da Uniself. Hoje, a empresa atua em diversas áreas, entre as quais estabelecimentos escolares,

hospitais, clínicas, organismos oficiais e refeitórios de empresas privadas, e emprega mais de 3.500 colaboradores, dos quais 70% estão efetivos e 30% a prazo. Esta atuação verifica-se em diversas unidades, nas instalações dos clientes, espalhadas por todo o território continental e ilhas, que são abastecidas de matéria-prima e produtos e, no próprio local, são confecionadas e servidas as refeições. “Em 2019, chegámos perto dos 100 milhões de euros de faturação. Este ano, tivemos uma quebra global de cerca de 30% e esperamos fechar entre 70 e 75 milhões de euros, no máximo. Acaba por ser, ainda, um bom exercício. No entanto, é uma perda grande, quando se fala de uma percentagem de 30%. Não perdemos clientes de referência, mas tivemos menos faturação porque as pessoas estiveram em casa”, explica o responsável.


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