“Quando se impede uma marca de
comunicar, está-se a impedir uma marca de ser marca
TEXTO Carina Rodrigues FOTOS Sara Matos
As marcas estão sob fogo cerrado. Os desafios vêm de todos os flancos e o da comunicação é apenas um deles. Sob o argumento da defesa da saúde pública, entre outros, despontam medidas que tentam inibir a possibilidade de se fazer publicidade a vários produtos. Ou ainda que apresentem qualquer sinal distintivo que os permita associar a uma marca. Este é, apenas, um dos focos de preocupação de Nuno Fernandes Thomaz, recentemente eleito presidente da Centromarca. Numa altura em que se debate a atualização da chamada lei das PIRC e a construção de uma diretiva europeia sobre práticas comerciais desleais, são muitos os temas na agenda do gestor que, com carreira feita no sector financeiro, quer contribuir para o universo das marcas de consumo com uma visão e perspetiva globais e abrangentes. Em entrevista à Grande Consumo, o presidente da Centromarca “foi a todas”. O crescimento das marcas próprias, o jogo da exposição e visibilidade nos lineares, o equilíbrio nas relações negociais entre indústria e distribuição, a concentração do retalho nacional, os desafios colocados pelos novos consumidores, hábitos de consumo, canais de distribuição, com destaque para o e-commerce, e a nova vaga de concorrentes foram alguns dos temas abordados pelo presidente que, no final do seu mandato, ambiciona menos legislação e mais autorregulação para assegurar a concorrência leal e a equidade nas relações comerciais.
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A CAOP UBRO E D / UT O R B A EM T M E S TE 2018 |