Grande Consumo N.º 43-2017

Page 26

RO EI

26

A ER ST /FEV

O VIJANEIR E R |

“É um grande orgulho estar à frente desta empresa e é sem

T 017 EN.º43/2 n

TEXTO Bruno Farias FOTOS Sara Matos

sacrifício faço todos dias”

que o

os

Tudo começou a 21 de janeiro de 1977, com Francisco Tarré e os seus dois filhos, Manuel e Joaquim Tarré. O negócio arrancou baseado na experiência da venda de arcas congeladoras e gelados e, face à inexistência de um mercado alargado de peixe congelado, o espírito empreendedor desbravou o caminho. Uma câmara frigorífica de cinco toneladas montada numa garagem marcou o início da atividade. Desde então, ao longo de quatro décadas, muitas conquistas foram alcançadas. A Gelpeixe é hoje uma referência nacional e internacional, presente em 20 mercados e cuja marca preenche muitos metros de linear. Manuel Tarré atribui o seu sucesso à defesa dos princípios de parceria, compromisso, seriedade, onde a palavra de ordem é crescer em conjunto com os parceiros de negócio.

Grande Consumo - A Gelpeixe é hoje uma empresa bastante distinta daquela que começou com o seu pai e irmão. A génese é a mesma, mas tudo mudou. A visão e a realidade presentes são as que tinha quando, aos 20 e poucos anos, decidiram arrancar com este negócio? Ou o sonho foi-se construindo à medida que o tempo passava? Manuel Tarré – Quando partimos para este projeto foi com uma ambição: ter uma ocupação, um posto de trabalho, de alguma forma, uma vida um pouco melhor. Na altura, em 1975/76, o mercado de trabalho era muito limitado. Havia uma crise política muito diferente face à que temos hoje, havia falta de emprego, a economia não crescia ou era modesto o crescimento, pelo que, quando demos as mãos, era mais para sobrevivência pessoal do que

outra coisa. Era conseguir encontrar um caminho para ultrapassar o facto de termos um curso superior e, de alguma forma, contribuir para o crescimento, fosse da economia, fosse a título pessoal. De repente, tínhamos um diploma debaixo do braço, mas não passava disso, não havia oportunidades e as portas onde batíamos não se abriam. Hoje, agradeço não se terem aberto, pois levou a que eu, o meu pai (Francisco Tarré) e o meu irmão (Joaquim Tarré) dessemos as mãos e partíssemos para este projeto. Nunca pensámos que esse mesmo projeto, nascido da forma como nasceu, pudesse chegar aos 40 anos com a visibilidade e responsabilidade que temos. GC - Tem saudades do tempo do “camião sem travões a descer”? As suas motivações empresariais são hoje outras


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.