Portugueses levam produtos de
maior valor e
exigem mais
inovação
Os consumidores, principalmente os mais jovens, até aos 34 anos, estão mais atentos à inovação e querem mais conveniência quando se deslocam aos hipermercados. Compram em menor quantidade e estão cada
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vez mais seletivos face ao que consomem, segundo a terceira edição do estudo Marcas+Consumidores, uma parceria entre a Centromarca e a Kantar Worldpanel.
TEXTO Carina Rodrigues FOTOS Shutterstock
MARCAS
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De acordo com a análise, destacam-se atualmente três grandes tendências no universo dos bens de grande consumo. Por um lado, os consumidores compram em menor quantidade, mas gastam mais em cada ida ao hipermercado. Por outro, não se importam de pagar mais por produtos mais saudáveis. Além de que Portugal está acima da média europeia no que toca à experimentação de novos produtos. Este facto pode ser explicado pelo crescimento da atividade promocional, que tem levado à experimentação de novas marcas e ao aumento das compras exclusivas em promoção. De facto, os novos produtos já representam 14% do sortido das lojas
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n. º4 3/ 20 17
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portuguesas, um valor acima da média europeia. Note-se ainda que, de acordo com o estudo, a Sonae foi a insígnia que mais referenciou as inovações a nível europeu, com 76% dos produtos novos em 2014. Globalmente, nos últimos três anos, houve uma tendência de redução do sortido, exceto em Portugal, que estabilizou nas 67 categorias. “A inovação introduzida no mercado é fundamental, mas, no caso português, os novos produtos são mais renovação (novo sabor, tamanho ou variante) do que inovação (nova marca ou submarca). Portugal está acima da média europeia no que diz respeito ao total das vendas de novos produtos (13,5% versus 16%), o que o posiciona como um dos países ‘mais inovadores’ quando