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Bahia-Oeste de 29-09 a 20-10-2014 Ano I nº: 09 - Lino Almeida - Diretor

Empresários discutiram programa para Brasil retomar crescimento sustentável

Raissa Almeida

Lídice aponta forma de desenvolvimento para o oeste baiano para gerar empregos

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aso seja eleita, a candidata criará a Agência de Desenvolvimento, que irá coordenar ações de diversos órgãos e atrair investimentos

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Bahia sedia mais de 100 indústrias de cosméticos e exporta para África

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Brasil ocupa a terceira posição em relação ao mercado mundial de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Setor faturou R$38 bilhões

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Com ferrovia, agricultores podem diminuir despesas em até 30%

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lém do alto preço do combustível, segurança e tempo de deslocamento para carga, os produtores precisam de maior infraestrutura para otimizar.

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vento em São Paulo, com FHC e Armínio Fraga e mais de 600 convidados debate agenda econômica viável para o Brasil.

Conforme Armínio Fraga o País vive uma recessão e, mais grave do que isso, uma já prolongada fase de baixo crescimento. O desempenho fraco,

baixa produtividade, além de grande dificuldade em acelerar o trabalho na área da educação. É preciso grande mudança para que o Brasil volte a crescer.

“O custo muito alto, num modelo que obriga a população a se financiar com juros a 28%, não é sustentável.”

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Novidade automobilística: Carros que voam e que “conversam” entre si. ........................................................................................................ pág. 10 automotivos Grandes ofertas e serviços Pág.: 19 a 22


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Editorial

eleições 2014 duas mulheres vão disputar segundo turno

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e um lado o PT, com a presidente Dilma, que já está no poder há 12 anos, sem controlar a inflação e diminuindo o poder de compra dos brasileiros. Com a economia totalmente parada há 3 anos, com PIB quase zero, sem investimento em infraestrutura na educação e na saúde, nestes últimos 4 anos o governo do PT e Dilma se perderam e não encontraram o caminho do crescimento que o País precisa, para ter uma distribuição de renda mais justa. Mas o que se viu, foi uma corrupção extremada, inclusive a maior empresa do Brasil, a Petrobras, teve seu diretor com delação premiada para contar o que viu na distribuição de dinheiro, para vários setores da autarquias que inclui outros poderes. A esperança do povo agora, está com a candidata do PSB, Marina Silva, que nasceu no Acre, no seringal e foi alfabetizada aos 16 anos de idade, e vem mostrando propostas coerentes para consertar o Brasil, com uma nova forma de fazer política, com eficiência, verdade, solidez e sem corrupção. Seja na economia, saúde, educação, segurança e demais setores, havendo pessoas comprometidas em trabalhar para o País, não tem como não dar certo. A candidata Marina, tem a humildade e a sabedoria para fazer as mudanças que precisam ser feitas para os

brasileiros de bem, que acordam cedo todos os dias para trabalhar, pagam impostos, enfrentam trânsito, transporte público lotado e para àqueles que necessitam de um apoio assistencial do governo federal não só com benefícios como o Bolsa Família, mas que ofereça cursos de qualificação para que essas pessoas possam com dignidade prestar serviços e ter a própria renda, fruto do seu trabalho. Marina vai seguir com o lema “Coragem para mudar o Brasil”, com um novo jeito de governar, com políticos sérios e que respeitem o que não é seu, pois, são somente administradores do erário. Para acabar com esse cenário tenebroso de uma corrupção extremamente “escancarada” que se viu recentemente nos últimos anos, não podemos dar mais 4 anos para o PT, e para esta economia pífia e sem perspectiva de melhora. Chegou a hora de mudar para não piorar, por isso no próximo dia 5 vote certo, para não se arrepender, vote certo para novas mudanças às quais o Brasil precisa e vem clamando. Para quem ainda acredita que dias melhores estão chegando, com Marina presidente.

Lino Almeida Editor Executivo

Circucação - São Paulo, Bahia e Brasília

Global News Editora Sede: Rua Banco das Palmas, 349, CJ 03 - Santana São Paulo/ SP - CEP 02016-020 Telefone (11) 2978-8500 - Fax: (11) 2959-1784 Site: www.oestadodabahia.com.br/ www.globalnews.com.br Email: arte@globalnews.com.br / globalnews@globalnews.com.br

Oferta de energia em 2015 já preocupa grandes indústrias G randes indústrias que compram energia no mercado livre, com contratos prestes a vencer, temem pela falta de oferta do insumo e preços em alta para 2015. A situação é ainda mais preocupante, pois importantes contratos de fornecimento entre as geradoras Chesf e Cemig e grandes fabricantes chegam ao fim no próximo ano, o que pode pressionar ainda mais a demanda. “Há uma preocupação muito grande com casos específicos de indústrias que estão mais expostas, mas mesmo aquelas que têm políticas muito conservadoras têm contratos sendo renovados no ano que vem. O cenário está bastante preocupante”, diz o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa. A entidade representa 46 empresas responsáveis pelo consumo de 20% da energia elétrica produzida no país e cerca de 45% do consumo industrial. O executivo ressalta, porém, que é preciso separar o que é um cenário crítico real de especulações de mercado por parte de agentes interessados em valorizar a contratação no próximo ano. Segundo Pedrosa, parte do problema vem do fato da energia mais barata das usinas, já depreciadas, disponibilizada através de cotas pela Lei 12.783/2013, ter sido destinada apenas a consumidores do mercado regulado. “Isso aumentou a dificuldade na contratação para os próximos anos”, avalia o presidente da Abrace. Outro fator de angústia para a indústria nacional é o fim iminente de contratos de energia incentivada da Chesf e da Cemig, somando 1.500 megawatts-médios (MWm), segundo Pedrosa. “Se esses 1.500 MWm vierem buscar con-

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tratos no mercado livre, vão trazer uma pressão adicional ao mercado”, alerta. Dificilmente essas empresas conseguiriam suprir a demanda no mercado cativo, diante do cenário de subcontratação das distribuidoras. A prorrogação dos contratos da Chesf, de 800 MWm, a R$ 90 por megawatt-hora (MWh), com grandes fabricantes instalados no Nordeste, como Caraíba Metais, Grupo Paranapanema, Braskem, Gerdau, Dow Química e Ferbasa, foi incluída recentemente em emenda a uma medida provisória em tramitação no Senado (MP 641/2014). O adendo, no entanto, foi retirado do texto aprovado no dia 4 de julho. Procuradas Chesf e Cemig informaram que não comentariam o assunto. Independentemente do possível choque de demanda, o cenário de preços para 2015 deve permanecer desfavorável aos consumidores livres. Este ano, o preço de liquidação de diferenças (PLD, preço da energia no curto prazo) permaneceu no teto regulatório de fevereiro ao início de maio, e ainda mantém patamar elevado. “Esperamos para o ano que vem preços de energia ainda altos, pois a expectativa é que vamos chegar ao fim do período seco com os reservatórios bastante baixos. Haverá, portanto, a necessidade de despacho térmico significativo, a não ser que a próxima temporada de chuva seja excepcional”, avalia o presidente

Rua Pará, 304 - sala 05 - Luís Eduardo Magalhães - Bahia - BA - CEP 47850-000 Esacon Representante Rua Coronel Manoel Teixeira, 36 - 1º andar - Xiquexique - BA - CEP 47400-000 Telefone: (77) 3661-1122 Diretor Responsável: Lino de Almeida (MTB 40.571) Diagramação: Ana Carolina da Costa - email: ana.carolinacosta90@gmail.com Jornalismo: Regina Elias (MTB 40.991) Publicidade: Marina Crisostemo Circulação: Daniela Crisostemo Almeida. Produção e Acabamento: Global News Editora Faça um bom investimento, anuncie. Ligue: (11) 2978-8500 Assessoria Jurídica: Dra Cassiana Crisostemo de Almeida e Dr. Rômulo Barreto de Souza. Impressão: Gráfica Lance As matérias assinadas refletem o ponto de vista de seus autores, isentando a direção deste jornal de quaisquer responsabilidades provenientes das mesmas. A empresa esclarece que não mantém nenhum vínculo empregaticio com qualquer pessoa que conste neste expediente. São apenas colaboradores do jornal. É vetada a reprodução parcial ou integral do conteúdo deste jornal sem autorização expressa do Diretor Responsável.

da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Vianna. Problema estrutural. Para o presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Reginaldo Medeiros, a preocupação da oferta de energia no mercado livre é uma questão permanente. Nesse sentido, a entidade apresentou em maio uma proposta ao Banco de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) para tentar viabilizar 4 mil MW em projetos financiados pelo mercado livre. Hoje, novos projetos de geração são viabilizados através dos leilões organizados pelo governo para suprimento do mercado cativo, com apenas parcela da oferta sendo destinada ao mercado livre. A situação de oferta e preço da energia é crítica para a competitividade da indústria nacional.

Mais da metade dos eleitores da Bahia são mulheres Divulgação

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percentual de mulheres é 4% superior ao número de homens votantes. Das 10.185.417 pessoas aptas ao voto, 5.304.570 são do sexo feminino. Assim como nas últimas eleições, as mulheres representam mais da metade do total de eleitores da Bahia. Um balanço divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) aponta que, das 10.185.417 pessoas aptas ao voto no estado em 2014, 5.304.570

são do sexo feminino. Em relação ao ano de 2012, quando foram eleitos prefeitos e vereadores, o percentual de mulheres votantes permaneceu praticamente estável, saindo de 51% para 52%. Apesar de representar mais da metade dos eleitores, as mulheres ainda são minoria entre os candidatos que disputam as eleições no estado. Dos 1.023 pedidos de candidatura neste ano, 703 foram de homens e 320 de mulheres.


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Agentes de saúde baianos estão sendo treinados para atuar contra o ebola O

Preocupação maior é com a chegada de navios da África que atracam em Salvador: Fiscalização s profissionais da área da vigilância epidemiológica da Bahia passam por um treinamento para ajudar a evitar a entrada do vírus ebola no estado - não há registros de casos da doença nem no estado, nem no país, mas as equipes de saúde se preparam. A preocupação na Bahia é com a chegada de navios de países africanos, pois não há voos diretos para o continente, onde há países que passam por surto da doença - o maior em 40 anos. Os procedimentos para evitar a contaminação foram mostrados durante uma palestra para profissionais da saúde de todo o estado. Navios que vêm

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da Nigéria, Libéria, Serra dar no mar, sem poder Leoa e outros países afri- aportar em Salvador, canos precisarão aguar- Aratu e Ilhéus até que

haja uma ação da Vigilância Sanitária, segundo a TV Bahia. Os navios

geralmente transportam minério para Aratu e cacau ou amêndoas para o

porto de Ilhéus. Também há uma preocupação com clandestinos que podem estar contaminados. A abordagem é feita em alto mar, por técnicos protegidos com roupa especial - ainda não disponíveis para os profissionais do estado. “É uma doença desconhecida, que ainda não tem tratamento específico. Não se tem medidas de prevenção como uma vacina, então temos que estar preparados pelo menos para dar o mínimo necessário a esse paciente, para que ele não venha a óbito e não contamine outras pessoas”, diz Juarez Silva, coordenador de saúde da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).


Eduardo Campos deixa um legado: Coragem para mudar o Brasil Brasil perde um líder inovador, com a morte prematura, o desaparecimento de Eduardo Campos põe fim a um dos protagonistas do cenário político nacional, não vamos desistir do Brasil.

“Não vamos desistir do Brasil”

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m 2014, candidato a presidência da República, que sempre teve pressa e não abria mão de seus ideais e convicções. Neto e herdeiro político de Miguel Arraes, queria romper a polarização entre PT e PSDB. Eduardo Henrique Accioly Campos acalentava o sonho de quebrar a polarização de Dilma Rousseff e o PSDB de Aécio Neves. Ex-governador de Pernambuco, apostava no início do horário da propaganda eleitoral na TV, logo acima de 20% das intenções de votos e se mostrar competitivo na disputa. O Brasil perdeu Eduardo Campos, sua competência, sua liderança jovem e promissora de estadista, que tinha ideais que ia ao encontro ao povo brasileiro.


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ascido no Recife em 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos, é filho de Ana Arraes, atual ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) com o escritor Maximiano Campos. Neto do ex-governador Miguel Arraes, é considerado seu principal herdeiro político. Eduardo Campos, entrou na faculdade aos 16 anos. Formou-se em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco aos 20 como aluno laureado e orador da turma. Era casado com a, também, economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, Renata Campos, com quem teve cinco filhos: Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel. Divulgação

Ministro de Ciência e Tecnologia Em 2003, Eduardo Campos foi empossado ministro de Ciência e Tecnologia. Em sua gestão, o MCT deixou de ser um órgão restrito aos interesses das comunidades científicas e acadêmicas e se transformou em um mecanismo capaz de colocar os conhecimentos dos cientistas à disposição da sociedade. Como Ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos tomou iniciativas que repercutiram até no plano

internacional, como a articulação e aprovação do programa de Biossegurança, que permite a utilização de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa. Também conseguiu unanimidade no Congresso para aprovar a Lei de Inovação Tecnológica, resultando no marco regulatório entre empresas, universidades e instituições de pesquisa. Presidente Nacional do PSB Em 2005, Eduardo Campos assumiu a presidência nacional do

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PSB. A solenidade de posse no cargo foi uma expressiva demonstração de que ele é hoje uma das principais referências da política brasileira. Após seu discurso, Eduardo foi aplaudido de pé pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente, José Alencar; seis ministros, os presidentes nacionais de vários partidos e outras lideranças. Candidato eleito ao Governo do Estado No início 2006, Eduardo se licenciou da presidência nacional do

PSB para concorrer ao Governo do Estado pela Frente Popular de Pernambuco. No dia 29 de outubro daquele mesmo ano, foi eleito governador. Em 1º de janeiro de 2007, assumiu o Palácio do Campo das Princesas. Nas últimas eleições, o presidente do PSB foi reeleito governador de Pernambuco com 82,83% dos votos válidos. No dia 04 de abril de 2014, Eduardo Campos entregou formalmente o cargo de governador de Pernambuco para dedicar-se à campanha presidencial.

Eduardo Campos foi inovador, criativo e objetivo. Ele construiu uma nova forma de fazer política e preparava-se para consolidar seu maior projeto: ser presidente do Brasil. Sua meta foi interrompida pelo destino, mas seu legado e ideais, serão mantidos pela sua sucessora Marina.

“No dia em que os filhos do pobre, do rico, do político, do cidadão, do empresário e do trabalhador estudarem na mesma escola... nesse dia o Brasil será o país que queremos” Eduardo Campos


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Primeiro coração artificial definitivo é implantado em paciente

Cirurgiões franceses implantaram com sucesso o Carmat, um coração artificial definitivo, em um paciente humano pela primeira vez. É o único a reproduzir o movimento natural das correntes sanguíneas do corpo humano. O aparelho combina componentes mecânicos e tecido cardíaco de vacas e foi desenvolvido para durar até cinco anos. A desvantagem, no entanto, é que o novo coração artificial pesa quase um quilo e custa algo próximo de 500 mil reais.

Para FHC e Armínio Fraga, Brasil parou e precisa de mudanças drásticas Convidados de Almoço-debate Lide discutiram programa para retomar crescimento sustentável para o Brasil

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Brasil parou. Nossa máquina de desenvolvimento pifou”, afirmou o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, durante Almoço-Debate promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. “Perdemos o rumo e isso é muito preocupante”, completou o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso. Ambos foram convidados pelo empresário João Doria Jr., presidente do LIDE, para debater uma agenda econômica viável para o Brasil. O evento aconteceu no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, e contou com a presença histórica de 602 convidados. Para Armínio Fraga, que foi anunciado como ministro da Fazenda do governo Aécio Neves, caso este seja eleito, o País vive uma recessão e, mais grave do que isso, uma já prolongada fase de baixo crescimento. “Muita coisa precisa mudar para que o País volte a crescer”, diz. Ele explica que o Brasil tem apresentado um desempenho fraco e cadente

Fredy Uheara

em produtividade, além de grande dificuldade em acelerar o trabalho na área de educação. “O custo muito alto, num modelo que obriga a população a se financiar com juros a 28%, não é sustentável”. Como consequência surge um crescimento da incerteza, a inflação grudada no alto do teto da banda, um déficit em conta corrente surpreendente para um país que se encontra em recessão, a indústria vivendo a maior crise dos últimos anos. Trata-se de um proble-

ma sistêmico, não pontual.” Fraga destaca que a renda média da população brasileira ainda representa 20% da americana e, por isso, os cidadãos estão reclamando tanto. Para continuar crescendo, o Brasil precisa de uma economia mais dinâmica. Para FHC, falta indignação por parte dos políticos e da população para que se vá mais a fundo em temas como o escândalo da Petrobras. O governante, segundo ele, ou faz parte do esquema ou, no mínimo, é conivente se

Brasil tem 12ª passagem de avião mais cara entre 43 países, mostra pesquisa

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Brasil tem a 12ª passagem de avião mais cara entre 43 países, de acordo com um levantamento feito pelo serviço alemão Go Euro, que coleta e compara preços de transportes e serviços pelo mundo. O preço médio para um trajeto de 100 quilômetros entre as maiores cidades do Brasil é de US$ 44,92, equivalente a cerca de R$ 100. A passagem mais cara, segundo o site, é da Finlândia (US$ 138,90), seguida por Suíça (US$ 125,07) e Lituânia (US$ 116,72). Áustria e Estônia completam o top 5 do ranking da Go Euro. O preço médio das passagens no Brasil supera o de outros países emergen-

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tes, como Argentina (US$ 24,74), México (US$ 20,35), China (US$ 20,06) e Rússia (US$ 16,86), bem como de vários países desenvolvidos, como Alemanha (US$ 23,93), Suécia (US$ 23,69), França (US$ 20,30) e Estados Unidos (US$ 13,89). As passagens mais baratas estão na Índia (US$ 10,36), Malásia (US$

11,43) e África do Sul (US$ 11,63), segundo o Go Euro. O cálculo foi feito pesquisando os voos regulares mais baratos entre as cidades mais populosas de cada país. Ao final, foi encontrado um preço médio para cada 100 km voados no país, e não para o valor total da passagem.

não tiver controle sobre os acontecimentos. O ex-presidente também criticou a falta de regras mais claras para financiamentos empresariais a campanhas políticas. “Assim como nos Estados Unidos, as empresas devem ter um limite para doação e escolher apenas um partido”, disse, referindo-se ao fato de metade das doações de campanhas declaradas pelos candidatos à eleição vêm de poucos grupos privados. Segundo ele, o cenário tem que ser tratado como

situação de crise e cuidado em diversas frentes. Uma delas é implantar um modelo fiscal transparente, acompanhado de uma atuação firme do Banco Central para conter a inflação. A simplificação do sistema tributário, o investimento em infraestrutura e a guerra total ao Custo Brasil fazem parte desse programa, assim como reduzir o gasto público, que deve crescer menos do que o PIB. “Com este modelo é possível crescer de 4 a 4,5% de maneira sustentável”, afirma. FHC finalizou o evento declarando que um novo governo, independentemente de partido, não vai mudar tudo da noite para o dia. “As mudanças fazem parte de um processo. O importante é votar em um presidente que seja um líder e tenha a capacidade de falar com o Congresso, com os partidos e as lideranças. Sendo assim, as medidas necessárias são passíveis de serem tomadas e o país poderá ser (re)construído a cada dia”.


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Lídice da Mata vai criar a Agência de Desenvolvimento do Oeste da Bahia A

candidata a governadora Lídice da Mata, do PSB, comprometeu-se a, caso seja eleita, criar a Agência de Desenvolvimento do Oeste da Bahia, uma entidade estadual que irá coordenar as ações de diversos órgãos governamentais e atrair investimentos para a instalação de novas indústrias ligadas à produção agrícola na região. “Ao todo, 70% do que é produzindo no Oeste da Bahia fica por aqui, no Nordeste. Temos algodão de boa qualidade, mas os empregos e a renda gerados em empresas de confecções ficam no Ceará e Pernambuco. Temos que investir para que estas cadeias produtivas gerem empregos aqui, agregando valor ao nosso produto”, disse Lídice, em reunião com empresários da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). O presidente da Aiba, Júlio César Busato, concordou com a necessidade de industrialização da região Oeste para aumentar a geração de emprego e renda ligados à produção agrícola. “Precisamos de mais indústrias, que seria um acelerador enorme para a região. Precisamos é trazer a agroindústria, para gerar emprego e renda. Hoje são 60 mil empregos na região, mas poderia ser muito mais, com empregos de qualidade”, afirmou. Busato destacou que os 1,3 mil produtores do agronegócio no Oeste da Bahia filiados à Aiba são fiscalizados para que cumpram todas as exigências de sus-

Divulgação Comitê

tentabilidade ambiental – uma ação em consonância com o discurso de sustentabilidade incorporado na candidatura de Lídice. “O Município de Luís Eduardo Magalhães tem 56% da área com agricultura e o resto está preservado, para proteger a natureza, proteger os rios, isso nós cobramos”, disse. Embrapa. Uma das principais reivindicações dos produtores rurais apresentada a Lídice durante a reunião foi a instalação, em Barreiras, de uma filial da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para desenvolver

ciência e tecnologia para ampliar a produtividade dos grandes, mas também médios e pequenos empresários do agronegócio. “A Agência de Desenvolvimento do Oeste terá também este papel, mas temos também de trazer a Embrapa para cá, principalmente para que ela desenvolva pesquisas em parceria com a Universidade Federal do Oeste da Bahia”, disse Lídice. Já o candidato a deputado federal Domingos Leonelli (PSB) reiterou a necessidade da criação da Agência de Desenvolvimento do Oeste da Bahia e defendeu.

Raissa Almeida

Antonio Lisboa; Helvin Herber; Lídice da Mata; Rômulo Barreto; Domingos Leonelle; Lino Almeida


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Lídice da Mata /lidicedamata /LidicedaMata

Em defesa do Oeste baiano

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omo senadora do PSB pelo Estado da Bahia, tenho procurado destacar o potencial das diversas regiões do meu Estado, em particular a pujança econômica do oeste baiano, uma das mais fortes em volume de agronegócios, notadamente a produção de grãos. Para se ter uma ideia, em 2013, o oeste foi responsável por 6,2 milhões de toneladas de grãos, principalmente soja, milho, algodão e feijão e também arroz, mamona e sorgo. Como maior produtora de milho da Bahia, a região teve produção estimada em 2,1 milhões de toneladas do produto, mesmo com a pouca incidência de chuvas. Da mesma forma que destaco o potencial econômico do oeste, tenho defendido a necessidade de equiparação na distribuição de projetos para seu desenvolvimento. Costumo dizer que hoje existem dois oestes: um, do desenvolvimento do agronegócio; e outro, do desemprego, da pobreza, dos pequenos agricultores precisando de apoio. Em julho último, pude me reunir com empresários da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), no município de Barreiras, ocasião em que voltei a defender proposta de criação da Agência de Desenvolvimento do Oeste da Bahia. Este projeto de entidade estatal poderia coordenar as ações de diversos órgãos governamentais, apoiar possíveis parcerias público-privadas, articular ações de planejamento e promoção de programas e políticas para reduzir as desigualdades e ampliar a infraestrutura para a produção, com a participação

dos setores econômicos e sociais, governos estaduais e municipais, além de atrair investimentos para a instalação de novas indústrias ligadas à produção agrícola na região. Temos que investir para que estas cadeias produtivas gerem empregos na região, agregando valor aos nossos produtos. Aliás, esta é uma importante demanda dos empresários do setor: mais industrialização para aumentar a geração de emprego e renda ligados à produção agrícola, de forma sustentável. Outra reivindicação dos produtores rurais da região se refere à instalação, em Barreiras, de uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para desenvolver ciência e tecnologia e ampliar a produtividade dos grandes, médios e pequenos empreendimentos do agronegócio. Acredito que os investimentos e a gestão dos recursos devam ser feitos de forma coordenada por diversos órgãos federais e estaduais, para que possamos ter um desenvolvimento regional mais integrado. Hoje, a principal meta para o Oeste da Bahia deve ser a de desenvolver a região de forma mais igualitária. E é para isso que o Estado precisa atuar e integrar a Bahia, para reduzir as desigualdades regionais e impulsionar o desenvolvimento de forma mais igualitária. Em outra oportunidade, em maio deste ano, visitei a cidade de Santa Maria da Vitória e pude, junto com a população da região, debater as perspectivas de “Qual oeste queremos?”. Não se pode mais conviver com a realidade de ter um polo desenvolvido e outro cercado de desigualdades sociais no nosso es-

tado. É preciso desenvolver projetos estruturantes para o oeste e fazer sua real integração produtiva, econômica e social, com distribuição de riquezas e proporcionando, por exemplo, cursos universitários condizentes com a realidade regional. Nesse sentido, em 2013 pudemos aprovar no Congresso Nacional a criação da Universidade Federal do Oeste da Bahia, com campus principal a ser instalado em Barreiras, e outros quatro campi (Barra, Bom Jesus da Lapa, Santa Maria da Vitória e Luiz Eduardo Magalhães), o que ajudará a impulsionar o desenvolvimento regional e proporcionar o desejado incentivo à formação educacional e cultural de nossos jovens. Ainda no que se refere à educação, é preciso desenvolver um novo modelo educacional. Não podemos mais conviver com a dura realidade de crianças que acordam às 4 horas da madrugada para se deslocar da zona rural para estudar na cidade. É preciso levar a escola até essas pessoas, para que tenham perspectivas e não fiquem entregues ao tráfico de drogas e ao subemprego. Da mesma forma, a região oeste também carece da construção de um hospital que atenda aos municípios da Bacia do Rio Corrente. Durante aquela visita à Santa Maria da Vitória, que contou com a participação de lideranças dos municípios de Coribe, Cocos, Serra do Ramalho, Bom Jesus da Lapa e Jaborandi, entre outros, recebi um documento contendo sete reivindicações dos moradores locais, incluindo sugestão de ações nas áreas da saúde, infraestrutura, educação e agricultura, além da revitalização do Rio São Francisco. Aliás, nesse sentido, temos acompanhado com atenção o projeto de transposição do Velho Chico, dada a importância do oeste na composição dos recursos hídricos do estado, tão escassos e essenciais não apenas para a Bahia, mas para todo o Nordeste brasileiro. Em nosso mandato, temos defendido a importância dessa região em

diversas oportunidades, como a efetiva construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) e do Complexo Intermodal Porto Sul, que irão facilitar o escoamento da produção. Nessa perspectiva, tive a chance, no Senado, de defender melhorias nas condições de infraestrutura logística para o escoamento da produção, com a implantação de um novo armazém público no município de Luis Eduardo Magalhães, como o que solicitei e articulei junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Também apresentei e relatei projetos que vão ao encontro da melhoria das condições de negociação das dívidas de produtores rurais, o que alcança pequenos produtores não só desta região, mas do Nordeste como um todo; e também alertei para a necessidade de medidas efetivas de controle da praga Helicoverpa armigera, que tem causado sérios prejuízos para a produção dos municípios. Nossa atuação vai ao encontro de continuar defendo o crescimento regional, associado às boas práticas de sustentabilidade e preservação ambiental. Os desafios persistem. Ainda há carências nas áreas de infraestrutura para escoamento da produção, cultura e saúde. É fundamental valorizar os bons resultados da agroindústria e da pecuária, que impulsionaram o processo de crescimento e desenvolvimento econômico das três principais microrregiões do Oeste (Barreiras, Santa Maria, Barra). Mas, da mesma forma, é de vital importância explorar melhor o potencial econômico do turismo regional. Com certeza, as transformações que vêm ocorrendo nos cenários econômico e cultural da região, em boa parte ligadas aos resultados do agronegócio e da pecuária, podem ampliar consideravelmente o desenvolvimento do oeste e, com isso, de todo o estado. O engajamento num processo participativo é fundamental para se estabelecer as prioridades e para que sejam atendidos, efetivamente, os anseios da população.

Parceria entre Bahia Pesca e Coelba beneficia pescadores com desconto na tarifa energia Divulgação

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s pescadores baianos terão, a partir de setembro, descontos de até 100% nas contas residenciais de energia. Uma parceria entre a Bahia Pesca, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), e a Coelba utilizará informações do CadCidadão para identificar potenciais beneficiários do programa “Tarifa Social” da concessionária de energia, voltado para famílias de baixa renda. Indígenas e quilombolas terão descontos de até 100%, e os demais pescadores terão abatimentos de até 65% na tarifa de energia. A Bahia Pesca já cadastrou quase nove mil pescadores, marisqueiras e aquicultores em todo o estado, dos quais cerca de quatro mil poderão ser beneficiados pela tarifa social. A assinatura do termo de cooperação entre as duas empresas aconteceu no Terminal Pesqueiro Público de Ilhéus. “Agora estamos realizando o cruzamento destes dados com os cadastros da Coelba, para identificar quais destes profissionais têm acesso à tarifa mais barata, quais não têm e quais ainda poderão se beneficiar desta importante

política pública”, explica o presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto. Os candidatos ao benefício devem ter renda familiar mensal de até três salários mínimos ou ser portador de doença ou deficiência que precise do uso continuado de aparelhos ou equipamentos elétricos. Famílias com idosos que recebam o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social também podem se candidatar. Outra ação que está sendo planejada entre as duas empresas é a participação do “Coelba Itinerante” durante as ações de cadastramento no CadCidadão que a Bahia Pesca realiza no interior do estado. “A ação conjunta aumentará ainda mais a agilidade das equipes e permitirá que os pescadores possam usufruir dos benefícios da tarifa social de forma mais rápida”, diz Cássio Peixoto. A Coelba Itinerante oferece ainda os mesmos serviços encontrados nas agências da concessionária, como troca de titularidade, mudança de endereço e parcelamento de dívida. Fonte: Ascom Bahia Pesca


Economia & Agronegócios Nordeste, Norte e Centro- Sem o prêmio, produtores à soja transgênica Oeste se destacam no PIB voltam Produtor de soja do MT se frustra com falta de

Em 2011, as três regiões juntas respondiam por 28,4% do total da renda, mais postos de trabalho pagamento pelo produto convencional da safra Divulgação

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mbora os números da economia brasileira sinalizem de forma cada vez mais clara a desaceleração da atividade em diferentes setores, alimentando a baixa confiança de empresários e consumidores, ainda existe no Brasil uma fronteira de crescimento. No cinturão formado por Nordeste, Centro-Oeste e Norte, o consumo, o mercado de trabalho e a economia como um todo ainda têm fôlego para exibir resultados superiores aos do Sudeste e do Sul, bem como da média do País. Em 2011, último dado disponível, as três regiões juntas respondiam por 28,4% do total da renda gerada no Brasil, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) - um aumento de 2 pontos porcentuais em relação a 2002, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre de 2014, o Nordeste gerou 1,04 milhão de postos de trabalho em relação a igual período de 2013, mais da metade do 1,77 milhão de vagas abertas no País inteiro no período. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra

de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), também apurada pelo IBGE, que contabiliza tanto empregos formais quanto informais, embora ainda não conte com dados por setor. Trata-se do melhor desempenho entre as regiões, com alta de 4,9%, superior à média nacional, que aponta 2%.

“O crescimento econômico está maior para Nordeste, Centro Oeste e Norte porque é lá que está a fronteira do consumo.” “O Nordeste é o que vem apresentando o maior crescimento em termos de emprego e foi a região que mais contribuiu para a queda do desemprego nos últimos trimestres”, observa o pesquisador Rodrigo Leandro de Moura, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/ FGV). Segundo ele, a geração de postos de trabalho aumenta a massa de rendimentos obtida por uma população, impulsionando o consumo das famílias. A explicação pode estar no custo de trabalho, que

ainda é mais barato, apesar de a defasagem na formação dos trabalhadores em relação a outros locais ter diminuído, avalia Moura. A taxa de desemprego por lá também é mais elevada (de 9,3% no primeiro trimestre deste ano, ante 7,1% na média do País), o que se traduz em maior disponibilidade de mão de obra. “O Nordeste está um pouco mais longe do pleno emprego do que outras regiões. Por isso, a geração de vagas é mais robusta”, explica o economista do Ibre/FGV. O Centro-Oeste, por sua vez, abriu 181 mil postos de trabalho, o que significou avanço de 2,6% ante o primeiro trimestre de 2013. No Norte, foram 122 mil vagas, aumento de 1,8% - levemente abaixo da média nacional, mas ainda assim melhor que Sul e Sudeste, ambos com alta de 0,8% no período. “O crescimento econômico está mais para Nordeste, Centro-Oeste e Norte, porque é lá que está a fronteira do consumo. Sul e Sudeste estão mais saturados”, diz o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

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esestimulados pelo não pagamento de prêmio pela soja convencional, os agricultores do Centro-Oeste, maior região produtora de grãos do Brasil, deverão intensificar suas apostas em soja transgênica na safra 2014/15. Praticamente às vésperas do início do plantio do grão, que terá início em setembro, os produtores estão dispostos a converter as lavouras, uma vez que as processadoras de soja não sinalizam com pagamento de ágio pelo grão livre de transgênicos, como ocorreu nas duas últimas safras. Os grãos transgênicos predominam nas lavouras de soja no Brasil nos últimos anos. No entanto, alguns produtores, impulsionados por pagamento de prêmio por saca de soja de grão convencional entregue ao exportador, começaram a converter suas lavouras para áreas livre de transgênico. O prêmio para o grão livre transgênico chegou a atingir R$ 5 por saca de 60 quilos nos últimos meses. O preço da saca de 60 quilos de soja no Mato Grosso encerrou a R$ 54, de acordo com a consultoria FNP Informa. Levantamento da Abrange (Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados) mostra que na safra 2013/14 o Estado do Mato Grosso voltou a avançar no plantio de soja convencional pela primeira vez depois que as sementes transgênicas começaram a ser plantadas em larga escala nas lavouras brasileiras. Avanço. Na safra 2013/14, a área plantada com soja no estado alcançou 8,3 milhões de hectares, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato

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Grosso (Famato). Desse total, 20% foram destinados para os grãos convencionais. No ciclo anterior, a participação era de 18%. A expectativa era de que os produtores pudessem avançar ainda mais no tipo convencional na safra 2014/15, mas a falta de sinalização das indústrias freou os planos dos agricultores que já tinham apostado nessa estratégia. “A Europa é a maior importadora global de soja convencional. Mas os principais compradores, sobretudo a Alemanha, estão mais flexíveis em relação à soja geneticamente modificada. Isso desestimulou o pagamento desse bônus”, disse Ricardo Tatesuzi de Sousa, diretor executivo da entidade. Segundo ele, o pagamento de prêmios na safra 2012/13 estimulou os produtores mato-grossenses a apostar na expansão do grão convencional no ciclo seguinte. “Vale lembrar que o produtor tem de pagar royal-

ties para a produtora de semente transgênica e o custo de produção por hectare é praticamente o mesmo para o grão transgênico ou convencional”, afirmou Sousa. De acordo com Nelson Picolli, diretor financeiro e administrativo da Famato, cerca de 70 a 80% dos produtores do Centro-Oeste já realizaram compra de insumos, como defensivos e fertilizantes, e sementes para a próxima safra. “A decisão de plantio já está praticamente tomada”, disse. Lavoura. Com 3 mil hectares plantados com soja em Vilhena, em Rondônia, o produtor Roberto Tissot está apostando em 75% de sua área em transgênico pela primeira vez, já que o estado que tentava obter o status de livre de transgênico liberou o plantio. “Nossa opção era entregar o grão para os grupos Amaggi, que paga ágio, ou para Cargill, que não paga. ”

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aplicou na poupança no 1º semestre? perdeu dinheiro, aponta consultoria

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Juros menores só em 2016, afirma Banco Central

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Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, divulgou a ata da última reunião, quando foi decidida a manutenção da taxa Selic em 11% ao ano. Segundo o documento, a Selic deve ser mantida assim durante todo 2015, devendo ser revista para baixo somente em 2016. “A projeção de inflação para 2014 diminuiu, mas permanece acima da meta. Para 2015, as projeções se mantiveram acima da meta; e, nos trimestres

iniciais de 2016, as projeções indicam que a inflação entra em trajetória de convergência”, informa o texto da ata. Trajetória de convergência significa que o Banco Central espera que em 2016 a inflação volte novamente para perto do centro da meta, atualmente de 4,5%. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que os empréstimos fiquem mais baratos, com incentivo à produção e ao consumo. Mais consumo leva a preços mais altos e à volta da

inflação. Quando o Copom mantém a taxa, indica que a alteração anterior foi suficiente para conter os preços e ainda evitar uma retração econômica. O Brasil passa por um momento de pressão inflacionária. O IBGE informou que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor, Amplo) chegou a 6,51% em 12 meses, encerrados em agosto, portanto, 0,01 ponto percentual acima do teto da meta (6,5%). Por outro lado, diversos indicadores apontam para o desaquecimento da ativi-

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dade econômica, como na indústria e no comércio. No momento, o objetivo do BC é deixar os juros como estão. Se baixar a Selic, a pressão inflacio-

nária pode estourar. Se aumentá-la ainda mais, a economia desacelera, e, então, pode chegar a recessão. Assim até 2016. Jornal Metro

Com ferrovia, custo para os agricultores cairia até 30%

Alto custo para transporte através de rodovias tem estrangulado o orçamento de pequenos empresários. Necessário novo modelo de logística

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A inflação oficial (medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulada no primeiro semestre foi de 3,75%, enquanto a rentabilidade da caderneta, descontada a mordida da inflação, foi de 3,47%, Desde o início do Plano Real, há 20 anos, essa situação aconteceu em 2003, 2008, 2011, 2013 e, agora, em 2014, segundo a consultoria.

apoio majoritário do transporte de cargas via rodovia vem encarecendo os custos do pequeno e médio agricultor. A perspectiva de empresários é que a mudança para o modal ferroviário poderia diminuir as despesas operacionais em até 30%, ampliando a competitividade do setor. “Além do alto preço dos combustíveis, o custo com segurança para carga e o tempo de deslocamentos são venenos para o industrial e o agricultor menor”, diz o doutor em transporte ferroviário da Universidade São Paulo, Luiz Henrique Brasson. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o novo modelo para uso das ferrovias no país, lançado com o Programa de Investimento em Logística, deverá proporcionar redução do preço do frete entre 25% e 30% para o usuário final, impulsionado pela venda fragmentada de espaços dentro dos vagões ferroviários. A potencial queda no preço, de acordo com o gerente de Regulação de Infraestrutura e de Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas da ANTT, Alexandre Por-

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to, acontece em função do ganho de escala que a operação com a Valec pode proporcionar ao adquirir toda a capacidade da ferrovia concedida. Segundo Porto, o modelo “open access”, que será aplicado nas próximas concessões, consiste em um formato horizontal de negócio, onde a Valec compra a capacidade do modal do concessionário que ganhar o leilão, de modo que o operador será responsável apenas pela construção e manutenção da via. Para Brasson, o modelo abrirá o mercado para que pequenos empresários se unam e comprem

espaço. Para Porto, “a compra de 100% da capacidade pela Valec vai permitir ganho de escala e aumentar a competitividade das empresas brasileiras. Centro-Oeste Entre as ferrovias que precisam destravar com mais velocidade, Brasson destaca a Norte-Sul. “Esta malha será a espinha dorsal do Brasil. Com ela em pleno funcionamento, haverá uma grande impulsão no agronegócio, que acompanhará o crescimento da safra ano a ano”, diz. Pequenos e médios A fabricante de ração para cavalos, bois e ani-

mais de pequeno porte, Ilustra, situada em Rondonópolis (MT) é uma das empresas que aguardam ansiosamente a chegada da ferrovia que ligará Campinorte a Lucas do Rio Verde. Segundo o presidente da empresa, Emerson Silva, a ferrovia será fundamental para a saúde financeira do grupo. “Não conseguimos mais competir com as gigantes. Nossos custos de transportes são muito elevados”, disse ele. Na visão do executivo, a perspectiva de poder comprar, em conjunto com outros produtores, espaço nos vagões é a solução para o mercado.

De olho no certame. Empresários já começam apontar interesse na participação do certame. Este ano a Odebrecht Transport informou estar de olho nos processos e não descarta a entrada na corrida pelo controle de alguns trechos. Além da brasileira, a estatal alemã Deutsche Bahn (DB) e a chinesa Communication Construction Company (CCC) já demonstraram interesse. As empresas, porém, estão buscando parceiros nacionais para o certame.


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Baixa formação continuada desmotiva professores no Brasil, afirma estudo

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ais de 70% das atividades de formação continuada de professores no Brasil têm baixa eficácia e aplicabilidade, deixando o docente desmotivado e sem tempo para continuar com os estudos. Os métodos mais eficazes, as tutorias, são adotados apenas por 2% das escolas do País. Essas são principais conclusões do estudo “Formação continuada de professores no Brasil”, feito pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) em parceria com The Boston Consulting Group (BCG), consultoria multinacional de gestão empresarial. A pesquisa, inédita, foi divulgada na tarde desta segunda-feira em São Paulo, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Educação, José Henrique Paim O estudo ouviu 2.732 educadores entre novembro de 2012 e março de 2013, sendo diretores de escolas (51%), coordenadores pedagógicos (18%) e professores (26%). A partir das respostas, a pesquisa identificou os principais entraves para a formação continuada de docentes no Brasil e traçou linhas de ação para a capacitação dos profissionais. As percepções, contudo, não são homogêneas em todos os estados do País. Enquanto profissionais do Sudeste, por exemplo, elegem a escassez de tempo como um dos principais entraves para a continuação dos estudos, em grande parte do Sul e em Rondônia, Tocantis e parte do Nordeste, este é um considerado um “desafio leve”. Por outro lado, se nos estados do Norte, é a alta rotatividade dos professores é mais responsabilizada, no Rio ela seria encarada com mais facilidade pelos educadores. De acordo com o estudo, as disparidades regionais demandariam abordagens diferenciadas para a formação continuada,

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inclusive na questão curricular. A pesquisa ressalta que uma das maiores dificuldades seria responder a essa questão: como produzir um material que sirva ao professor de São Paulo e ao do interior da Região Norte? Os pesquisadores chamam atenção ainda para a urgência de se institucionalizarem planos de carreira que estimulem a qualificação do profissional. Vale lembrar que essa é uma das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado mês passado pela presi-

há oferta nenhuma. “A iniciativa tem que partir de nós. Eu fiz mestrado porque quis e porque houve incentivo da Escola Sesc. É uma pena, porque nos sentimos mais seguros ao lecionar depois de um curso de reciclagem”, afirma a professora. Fonte: O Globo

Microsoft e Google assinam acordo “kill switch” em smartphones

dente Dilma Rousseff. Natália Souza sabe muito bem a importância dos estudos. Professora de História na Escola Sesc, de ensino privado, e de uma escola municipal na comunidade de Cidade de Deus, no Rio, Natália conta que percebe bem como cada rede lida com a questão da formação continuada. Enquanto na escola particular paga seus estudos de pós-graduação, a rede municipal lhe dá acréscimo de R$ 200 por titulação de mestrado. Na rede pública, não

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assunto da vez é adicionar um “botão da morte” ou “kill switch” em smartphones. Windows Phone e Android já contam com ferramentas para limpar a memória dos dispositivos em caso de roubo, nenhum deles permite inutilizar completamente os smartphones. Essa iniciativa foi influenciada por números referentes a iPhones 5S, que chegaram ao mercado com um botão da morte e desbloqueio via impressões digitais.


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GranBio inicia produção de etanol 2G A GranBio, empresa de biotecnologia industrial com capital 100% brasileiro, iniciou produção na primeira fábrica de etanol de segunda geração (2G) em escala comercial do Hemisfério Sul.

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GranBio, empresa de biotecnologia fundada pela família Gradin, deu início à produção de etanol de segunda geração (2G) no Brasil, desenvolvido à base de palha e bagaço da cana. Trata-se da primeira unidade produtora em escala comercial do hemisfério Sul. A fábrica poderá mudar no País uma tradição de mais de 500 anos no jeito de se produzir álcool, até então feito do caldo da cana. O principal desafio dos Gradin, neste momento, é tornar o seu negócio rentável, uma vez que as tradicionais usinas do setor enfrentam uma das piores crises de sua história. A unidade Bioflex 1, instalada na cidade São Miguel dos Campos, em Alagoas, recebeu investimentos de US$ 190 milhões na parte industrial, US$ 34 milhões acima do previsto inicialmente, e outros US$ 75 milhões em cogeração de vapor e energia, em parceria com a usina Caeté, do grupo Carlos Lyra, totalizando US$ 265 milhões. O

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BNDES financiou R$ 300 milhões desse projeto. A Bioflex 1 terá capacidade para produzir, por ano, 82 milhões de litros de etanol anidro (que é misturado à gasolina) e deverá operar a plena carga a partir de 2015. Cerca de 50% da produção será exportada e a outra metade, comercializada na região Nordeste do País, dependendo das condições do mercado. A expectativa inicial é de que a primeira planta de etanol de 2G da GranBio

atinja faturamento de R$ 150 milhões em 2015. Idealizada em 2012, a GranBio tem como sócios a família Gradin, com 85%, e o braço de participações do BNDES (BNDESPar), com 15%. O banco aportou R$ 600 milhões na empresa, controlada pela GranInvestimentos. O plano da GranBio é erguer outras 10 plantas de etanol 2G, com parceiros, até 2022, em um investimento que deve somar R$ 4 bilhões, disse

Bernardo Gradin, presidente da GranBio. A meta é atingir a produção de 1 bilhão de litros de etanol 2G nesse período. Segundo Gradin, a segunda planta do grupo deve entrar em operação a partir de 2016. “Os investimentos nas futuras fábricas deverão ser mais baratos que os da primeira.” Tecnologia. Para viabilizar o projeto de 2G, a GranBio firmou parcerias com empresas estrangeiras: a italiana BetaRenewables (do grupo

M&G, produtor de resinas PET), que detém a tecnologia de pré-tratamento da matéria-prima; a dinamarquesa Novozymes, fornecedora de enzimas que atuam como catalisadores na quebra das fibras de celulose em açúcares; e a holandesa DSM, que entra no processo de fermentação, com a transformação desses açúcares por meio de ação de leveduras. “A expectativa é de que nos próximos meses o custo de produção de eta-

nol de segunda geração seja 20% mais baixo que o da primeira geração”, disse. O custo de produção de etanol de primeira geração gira em torno de R$ 1,50 por litro, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). A subsidiária da M&G tem uma planta de demonstração (menor escala) de etanol de segunda geração. Neste ano, três grupos, a DuPont, Poet e Quad County, começaram a produzir o combustível em escala comercial, nos EUA. No Brasil, a Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, e a usina São Manoel também apostam nessa tecnologia. O Brasil tem potencial de aumentar em 50% a produção de etanol apenas com uso de palha e bagaço, sem necessidade de ampliação de canaviais, de acordo com Gradin. A GranBio desenvolveu um sistema próprio de armazenamento da matéria-prima que a coloca entre as mais competitivas do mundo.

Brasil vai dobrar investimentos em mobilidade, estima o BNDES

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Brasil deverá dobrar o volume de investimentos em mobilidade urbana nas principais regiões metropolitanas do país nos próximos anos, em relação ao que foi verificado nos últimos 20 anos. Ainda assim, terá um déficit de R$ 229 bilhões, num horizonte de 12 anos. A previsão faz parte de um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ainda em fase final de conclusão. Um trecho do trabalho foi apresentado durante a 20ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, realizada em São Paulo. “Haverá uma mudança de patamar, mas não solucionará o déficit em

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expansão de malha”, resumiu o gerente do departamento de Mobilidade e Desenvolvimento Urbano do BNDES, Marcio Zeraik. Com base nos projetos em execução, licitação e estudos, nas 15 principais regiões me-

tropolitanas brasileiras, a previsão é de que os investimentos superem os R$ 10 bilhões/ano nos próximos anos, ante uma média histórica de 0,1% a 0,15% do PIB. A estimativa leva em conta só grandes obras. DCI


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Estado da Bahia sedia mais de 100 indústrias de cosméticos e já exporta produtos para África

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resce cada vez mais o mercado de cosméticos e produtos de beleza na economia do País. De acordo com a Euromonitor, agência internacional de pesquisa e análise de mercado, Em 2013, o setor apresentou um faturamento de R$ 38 bilhões, segundo informações da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Apesar de não existirem dados oficiais regionalizados, a Bahia se destaca na área, com mais de 100 indústrias de cosméticos instaladas, sendo que algumas já exportam para a África, com produtos voltados para o público negro. Salvador, por sua vez, é a terceira cidade do país com mais salões de beleza.

Exposição. Um exemplo do dinamismo desse setor no estado está na 6ª Feira Cosmética Bahia 2014, ocorreu no Pavilhão de Feiras do Centro de Convenções. Lá estavam expostos mais de 100 marcas. E, o principal, é um canal para a formação de rede de contatos para o fechamento de negócios. A feira trouxe diversas inovações: cabelos cacheados em menos de 15 minutos, secadores com aroma, esmaltes que duram mais de um mês e não saem com acetona são apenas algumas delas. De acordo com a estudante Luziane Nunes, 24 anos, a feira é uma oportunidade diferenciada, já que ela quer se especializar na área estética. “Vim para o Congresso Interna-

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cional de Cosmetologia e Estética e, além de aprender, testei e conheci produtos inéditos e técnicas”, conta a soteropolitana, que aprovou o cacheador profissional, lançamento da MiraCurl. A cabelei-

reira Solange Freiras, 50 anos, também considerou a experiência que teve na feira positiva: “Aprendi novas técnicas e consegui promoções”. Negócio. Para Rogério Gomes, dono de uma dis-

tribuidora com estande no local, a feira é uma oportunidade para fechar e fomentar negócios: “Apesar de não ser fácil e requerer grandes investimentos, quem tem novidades e inova - com

uma comunicação e marketing pesados, se dá bem”. O investimento inicial de sua empresa deu retorno em 3 anos e hoje, grande, tem margens de lucro de até 500%.


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Gaudêncio Toquarto @gaudtoquarto Jornalista, é professor titular da USP e consultor político e de comunicação.

Aristocracia à brasileira?

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overnar com os melhores quadros. Na floresta política dominada pelas árvores dos ismos - patrimonialismo, mandonismo, caciquismo, nepotismo, grupismo, fisiologismo e devastada pelo fogo da corrupção que consome parcela das nossas riquezas, a ideia de convocar uma casta de notáveis para o desafiante empreendimento de governar o País até parece medida simpática. Poucos haverão de levantar a voz contra tão eloquente demonstração de civismo. Pressupõe-se que os “melhores” a serem chamados para as tarefas governativas integrarão uma plêiade de sábios, cultores da moral e da ética, experientes, espelhos de uma vida regrada de bons exemplos. Onde estariam esses luminares? Em partidos políticos, nas organizações sociais, no universo produtivo, enfim, nos mais diferentes ambientes da vida nacional. Esse é um compromisso de Marina Silva, caso seja vitoriosa no pleito de outubro. Seria viável reunir um núcleo de dirigentes com essa diferenciada qualificação sem afetar as instituições nacionais e manter o equilíbrio do triângulo do poder, que, convenhamos, tem sido submetido nos últimos tempos a tantas tensões? Uma reflexão se faz necessária. Primeiro, vale reconhecer que não se pode acusá-la de fazer

promessa eleitoreira, com interesse em tirar proveito da tese que a insere numa posição apartidária independente, sob a aplaudida intenção de procurar os melhores e tomar distância dos piores. Ao recorrer à ideia com frequência, reforça a impressão de sinceridade. A ex-seringueira acriana chega a denominar perfis, jogando uns no fogo do inferno (os identificados com a velha política) e glorificando outros com hosanas celestiais (os aparentados com a nova política). Um “governo dos melhores”, como se sabe, constitui uma das três formas clássicas de governar, sendo a primeira, a aristocracia, a que confere o poder às mãos dos áristoi, os melhores; as outras formas são a monarquia (monos, único, e arché, comando) e a democracia (kratos e demos, poder do povo). Esses tipos puros conduzem, na visão do filósofo Políbio, que se inspirou na República, de Platão, e na Política, de Aristóteles, a três tipos corrompidos - tirania, oligarquia e demagogia -, sistemas que têm povoado a História ao longo dos tempos. No caso brasileiro, não é novidade a pletora de oligarcas que fincam pé nos vãos da República desde sua origem. Ao se comprometer a governar com os melhores, Marina mostra a intenção de resgatar as virtudes da sabedoria, da integridade e do

conhecimento, inerentes ao original termo aristocracia na República ideal desenhada por Platão. Ora, pinçar quadros perfeitos, sábios, possuidores da verdade, íntegros, dentro de uma cultura política permeada por mazelas históricas parece missão impossível. Afinal, as (poucas) figuras denominadas, caso aceitem a missão oferecida por uma mandatária-mor com intenção de recriar uma “aristocracia brasileira” (não se entenda isso de maneira pejorativa), seriam aprovadas pelos partidos que as abrigam? Imaginemos a engenharia administrativa. Marina pede as planilhas e escolhe: três representantes de um partido, quatro de outro, dois de um terceiro, e assim por diante. Seleciona “os melhores”. As siglas aceitariam a convocação unilateral de alguns feita pelo Palácio do Planalto? Pouco provável. Mais uma observação: a tríade do poder, arquitetada pelo barão de Montesquieu, está em plena vigência por estas plagas. A estabilidade de um regime requer que a correlação das forças sociais possa expressar-se nas instituições políticas. Os escolhidos pelo povo - não necessariamente os “melhores quadros” - são também legítimos representantes da sociedade e qualquer arranjo institucional voltado para a governabilidade há de considerar sua condição. Noutros termos, as chamadas bancadas do “baixo clero” também representam (e como) o povo. Qualquer iniciativa no sentido de forçar uma facção política (os qualificados) a prevalecer sobre as demais será antidemocrática. Há de se considerar, para efeito de garantia de governabilidade, o princípio de correlação de forças. Sem tal premissa a estabilidade de governos vai para o brejo. Já se disse que os 513 deputados federais retratam fielmente a cara esbu-

racada do País. Escolher os bem-compostos, os fluentes, os preparados, enfim, os mais qualificados para compor as estruturas governativas até pode constituir disposição do Poder Executivo. Porém tal iniciativa, mesmo carregando bom senso, haverá de ganhar endosso de partidos e, caso os escolhidos integrem entidades de intermediação social, delas devem receber o passaporte para compor a moldura administrativa. Vale lembrar que a harmonia alcançada pelos governos resulta da aplicação de certas capacidades, dentre elas, a extrativa, que abriga a extração de recursos necessários ao seu funcionamento, aqui entendidos não apenas os meios econômicos e financeiros, mas os suportes e apoios políticos (não só dos melhores). Desvios nessa vertente produzem tensões. Por último é oportuno levantar o véu que cobre nossa cultura política. Nela se verão manchas de toda ordem: costumes do passado; desvios gerados pelo declínio dos mecanismos da política (partidos sem doutrina), infidelidade partidária, invasão da coisa pública pelo interesse privado, distorções no sistema de votação (vota-se num candidato e se elege outro), distorção na representação (o voto em alguns Estados vale mais que em outros), cooptação imoral de eleitores, Parlamento refém do Executivo, presidencialismo de índole imperial, etc. Portanto, o compromisso central de um governante deve contemplar a reforma do sistema político e sua remodelação implicará necessariamente mudanças no modelo de administração pública, dentro da qual se implantará a meritocracia. Eis o cerne da questão posta pela candidata Marina Silva quando invoca a pretensão de “governar com os melhores”.

A Ligação de telefone fixo para celular vai subir 1,5% em 2014

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Anatel (Agência Nacional de Te l e c o m u n i cações) aprovou um reajuste de 1,5% nas tarifas de telefonia para ligações entre telefones fixos e móveis, tanto em chamadas locais como em longa distância. O reajuste vale para os planos básicos oferecidos pelas empresas de telecomunicações aos clientes. Já as ligações partindo de fixo para o chamado Serviço Móvel Especializado, operado pela Nextel, vão ficar 5,27% mais baratas, porque foi aplicado um fator de redução, que é empregado periodicamente para essa modalidade. As novas tarifas devem começar a valer a partir da publicação no “Diário Oficial da União,” o que deve ocorrer ainda neste ano. O reajuste aprovado

refere-se à tarifa teto, mas muitas operadoras praticam preços inferiores. Telecom Italia quer fundir TIM e GVT. O grupo Telecom Italia, cujo principal acionista é a espanhola Telefonica, confirmou que negocia com a Vivendi para fundir suas filiais brasileiras, a TIM e a GVT. A Telecom teria oferecido à Vivendi uma participação no grupo e a fusão de suas filiais brasileiras. Além disso, ajudaria a distribuir o conteúdo multimídia da Vivendi no Brasil e na Itália. A Telefonica fez uma oferta inesperada de 6,7 bilhões de euros pela GVT. Essa oferta daria à Vivendi a chance de adquirir uma participação de 8,3% na Telecom Italia. Fonte: Metro Divulgação

Maioria dos bilionários trabalha 60 horas por semana ou mais

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ecentemente, a Forbes perguntou a 50 bilionários quantas horas eles trabalham por semana e o resultado foi surpreendente. Quase 60% dos bilionários consultados têm uma jornada semanal superior a 60 horas e os outros 40% possuem uma jornada de trabalho de 40 horas ou menos por semana (mesma jornada de trabalho dos brasileiros). Já entre os bilionários

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“workaholics” (viciados em trabalho), 29,8% disseram trabalhar cerca de 60 horas por semana, enquanto 29,8% ultrapassam essa jornada. 2,1% afirmaram que tem uma jornada menor de 4 horas por semana.


Ciências & Tecnologia Sobrepeso pode depender Médico documenta terapia com derivado da alimentação da mãe da maconha em filho Divulgação

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om um filho portador da síndrome de Dravet, forma grave de epilepsia, o médico do Hospital das Clínicas da UFMG Leandro Cruz da Silva, 50, encontrou na compra ilegal de um composto da maconha a solução para as crises convulsivas da criança. Há dois meses ele importa dos EUA pastas de CBD (canabidiol), um composto não psicoativo presente na maconha. Naquele país, o produto é legal. O resultado do tra-

tamento caseiro é filmado pelo próprio Silva, que disponibiliza os vídeos na internet. A pasta é misturada a óleo de gergelim e colocada em iogurte. Em um dos vídeos o médico ensina como preparar a mistura. Como não há regulamentação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não existe a dosagem indicada a ser dada. Silva dá à criança uma quantidade que o fabricante sugere. Pesquisas já demonstraram os efeitos terapêu-

ticos do CBD. No Brasil, o uso é proibido pela Anvisa, mas a reclassificação do composto está em discussão. “Sei que é crime, mas não há lei ou autoridade que vai me impedir de dar CBD ao meu filho”, disse Silva. Desde que tomou o CBD pela primeira vez, em 29 de abril, Benício, 6, teve apenas seis crises convulsivas leves. Antes, o menino sofria de cinco a seis convulsões por dia, segundo Silva. O menino teve a primeira convulsão aos cinco meses de idade e já foi internado 48 vezes. Importação. Para importar a pasta, Silva conta com o auxílio de um amigo brasileiro que mora em Orlando. Cada tubo custa R$ 1.400. Para diminuir os custos, ele disse que já entrou em contato com um produtor de maconha no Canadá, cuja planta é rica em CBD e pobre em THC, um psicoativo. O objetivo é comprar sementes e ele mesmo fazer a plantação da maconha e a extração do CBD.

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que é mais importante para fazer de você a pessoa que é hoje: a “receita” para construir seu corpo, presente no DNA que você herdou dos seus pais, ou as influências do mundo ao seu redor, como a comida que come, os amigos da escola ou o país onde você nasceu? Essa é a grande pergunta do livro “Quem

Sou Eu?”, de Richard Walker, e a resposta dada pelo autor, embora pareça coisa de gente que gosta de ficar em cima de muro, é a correta: as duas coisas, claro. Só para dar um exemplo: É verdade que algumas pessoas têm tendência natural a ser mais cheinhas ou mais magrelas, mas isso também pode depender, por exemplo, do que a mãe

(ou até a avó!) dessa pessoa costumava comer quando estava grávida. Da mesma maneira, parece que a inteligência é, em parte, uma coisa que a gente herda da família, mas é possível ampliar muito a potência da nossa cabeça com “ginástica” fazendo palavras cruzadas, aprendendo uma nova língua ou jogando xadrez, entre outras coisas. Fonte: Folha

Mais de 60% dos internautas brasileiros compartilham imagens íntimas na web

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azamento de fotos íntimas não é privilégio de celebridades. Expor fotos e vídeos reveladores é um comportamento cada vez mais comum entre os brasileiros. Na maioria dos casos, as intimidades costumam ser compartilhadas com parceiros. Para 76% dos que enviam conteúdo íntimo, é comum enviar fotos e vídeos a parceiros, enquanto 17% compartilham com desconhecidos. Porém, a maioria (91%) confia plenamente que

seus parceiros não enviarão conteúdo íntimo ou informações privadas para outras pessoas. Quando o relacionamento termina, 75% afirmam pedir ao parceiro que apague as informações. De acordo com o estudo, 62% dos entrevistados disseram que enviam ou recebem conteúdo privado, incluindo vídeos, fotos, e-mails e mensagens. E a maioria (61%) das pessoas que recebem costumam armazenar esse conteúdo. A faixa etária entre 18

a 24 anos é a mais preocupada em acompanhar o que o parceiro faz na internet. Para 79% dos entrevistados, é comum olhar o celular do seu parceiro e verificar o conteúdo armazenado nele, incluindo mensagens e fotos. As pessoas que dizem entrar na conta do Facebook de seu parceiro, pelo menos uma vez por dia, somam 27%, enquanto 39% dos entrevistados admitiram também bisbilhotar o ex nas redes sociais. Quando o assunto é

proteção para os dados em smartphones, 82% afirmam usar senha ou código de acesso. No entanto, 43% compartilham essas senhas com o parceiro, e 49% usam a mesma sequência em vários dispositivos, o que aumenta a probabilidade de estes serem hackeados. Além de senhas, 60% dos entrevistados diz compartilhar com o parceiro o conteúdo do smartphone e 63% compartilha também contas de e-mail. Para dificultar o vazamento, é preciso evitar

o uso de senhas fracas, facilmente descobertas, como datas de aniversá-

rios, números em sequência ou números repetidos.


O Estado da Bahia

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Pesquisa do CNJ aponta Relatório das Organização das Nações Unidas perfil dos magistrados apresenta melhores índices em 35 anos. brasileiros atualmente Cientistas afirmam que camada de ozônio está se recuperando

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frágil camada de ozônio que protege a Terra está começando a se recuperar, principalmente por causa da progressiva eliminação, desde a década de 80, de alguns elementos químicos informou um painel científico das Nações Unidas em uma rara notícia positiva sobre a saúde do planeta. Pela primeira vez em 35 anos, cientistas foram capazes de confirmar um aumento estatístico significativo e sustentado no ozônio estratosférico, que nos protege da radiação solar que causa câncer de pele, danos à agricultura e outros problemas. A camada de ozônio vinha se tornando cada vez mais fina desde o final dos anos 70. Após um alerta de cientistas, países ao redor do mundo concordaram com

Divulgação

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um tratado em 1987 para eliminar progressivamente os CFCs. Os níveis desses elementos em alturas de 30 a 50 milhas estão diminuindo. As Nações Unidas estimaram em um relatório anterior que, sem o pacto, em 2030, dois milhões de casos extras de câncer de pele seriam registrados por ano no mundo. O relatório diz que a ampliação do nível de dióxido de carbono e outros gases esfria a estratosfera

superior, e o ar mais frio aumenta a quantidade de ozônio. Elementos químicos devoradores de ozônio e de longa duração que ainda permanecem na atmosfera criam anualmente um buraco no extremo do Hemisfério Sul, e o buraco não foi fechado. Além disso, a camada de ozônio ainda está cerca de 6 por cento mais fina do que na década de 80, segundo cálculos de Newman.

Brasil tem maior aumento na produção de lixo em 10 anos Em 2013, foram quase 210 mil toneladas diárias; quase metade ainda vai para lixões

U

m relatório sobre o panorama do lixo no país, que será lançado oficialmente pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostra que o Brasil teve, de 2012 para 2013, o maior crescimento na geração de resíduos por dia da última década. No ano passado, foram geradas 209.208 toneladas de lixo por dia, o que representa 4,1% a mais em relação a 2012, quando a cifra estava em 201.058 toneladas diárias. Ao mesmo tempo, essa escalada do descarte, fruto do aumento da renda e do consumo, não foi acompanhada de avanços significativos em gestão ambiental de qualidade, destaca o documento. Quase metade do que os brasileiros jogam

Divulgação

fora (41,7%) ainda vai para lixões, sem controle adequado e com altos índices de poluição. Na avaliação do presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, o maior gargalo para o País cumprir a Política Nacional de Resíduos está do Nordeste, região que ainda conta com 837 lixões a céu aberto, contra 453 aterros sanitários licenciados. O País

tem cobertura de coleta média de 90,4%. Na região nordestina, o índice é de 78,2%. No Rio, a geração de lixo foi menor do que o crescimento populacional. A população fluminense cresceu 0,84% de 2012 para 2013, ao passo que a geração de resíduos no mesmo período avançou em ritmo mais lento: 0,42%.

omem branco, de 45 anos, casado e com filhos. Esse é o perfil da maioria dos juízes que compõem a magistratura brasileira, que é composta majoritariamente por homens, segundo os números preliminares do Censo dos Magistrados, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no final do ano passado e divulgados no Plenário do CNJ, durante a 191ª Sessão Ordinária do Conselho. A pesquisa apontou que 64% dos magistrados do Brasil são do sexo masculino. Eles chegam a representar 82% dos ministros dos tribunais superiores. Realizado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/ CNJ) entre 4 de novembro e 20 de dezembro de 2013, o levantamento também aponta que a maioria da magistratura é casada ou está em união estável (80%) e tem filhos (76%). A idade média de juízes, desembargadores e ministros é de 45 anos. Na Justiça Federal estão os juízes mais jovens, com 42 anos, em média. Em geral, a carreira dos magistrados começa aos 31,6 anos de idade, enquanto a das magistradas começa aos 30,7 anos. Em relação à composição étnico-racial da carreira, juízes, desembargadores e ministros declararam ser brancos em 84,5% dos casos. Apenas 14% se consideram pardos, 1,4%, pretos e 0,1%, indígenas. Segundo o censo, há apenas 91 deficientes no universo da magistratura, esti-

Divulgação

mado em pouco mais de 17 mil pessoas, segundo o anuário estatístico do CNJ Justiça em Números, elaborado com base no ano de 2012. A jornada de trabalho diária dos juízes é, em média, de 9 horas e 18 minutos. Os juízes em início de carreira (substitutos) têm a maior carga horária de trabalho, com 9 horas e 37 minutos. Além do trabalho jurisdicional, 14% dos magistrados também realizam atividades docentes – 63% deles informaram possuir pós-graduação. Para o coordenador do Censo, conselheiro Paulo Teixeira, trata-se da primeira pesquisa aberta aos magistrados de todo o país. Os resultados são alvissareiros, mesmo comparando-os a pesquisas realizadas nos Estados Unidos da América, Inglaterra e Canadá. A diferença é que, nesses países, as pesquisas são

periódicas e realizadas há muitos anos. O estudo completo está disponibilizado no site do CNJ e será disponibilizado também aos tribunais e associações de classe.

“Esse trabalho gigantesco tende a melhorar a prestação jurisdicional e a identificar a magistratura brasileira” afirmou. O objetivo do estudo era identificar o perfil da magistratura brasileira por meio de questionário sobre informações pessoais e profissionais. Dos 16.812 magistrados em atividade no país, 10.796 responderam ao questionário eletrônico proposto pelo CNJ, o que indica índice de resposta 64%.


Brasileiro é quem poupa menos para pagar estudo dos filhos, entre 15 países

O brasileiro é quem menos poupa para educar seus filhos, segundo um levantamento do HSBC com mais de 4.500 pais no ranking de 15 países.

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penas 42% dos brasileiros entrevistados disseram ter guardado dinheiro para a educação dos filhos. O índice fica abaixo da média global (64%), e muito atrás da Malásia, primeira colocada no ranking, com um índice acima de 85%. Para o diretor de gestão de patrimônio do HSBC, Augusto Miranda, os brasileiros estão cientes da importância de pagar pelos estudos dos filhos, mas acabam poupando tarde para isso. “Apesar de terem o desejo de ver o filho pós-graduado, a maioria dos pais no Brasil pensa em manter o estudo dos filhos com a renda atual. É preciso planejar antes para não ter surpresas no futuro”, disse.

No Brasil, 7% dos pais acha que filho pode bancar estudos com trabalho Com pouco dinheiro guardado, 71% dos pais brasileiros dizem confiar apenas na renda atual como a principal fonte para pagar os estudos dos filhos. Mas, apesar de compartilharem deste pensamento, quase 40% desta parcela se arrepende por não ter guardado o suficiente para a educação dos filhos -também maior índice entre os 15 países pesquisados. Porcentagem de pais que poupam para a educação dos filhos: Malásia - 85%; Hong Kong - 81%; China 81%; Cingapura - 80%;

Indonésia - 77%; Taiwan - 74%; Índia - 65%; México - 58%; Canadá - 55%; França - 55%; EUA - 54%; Reino Unido - 54%; Turquia - 48%; Austrália 48%; Brasil - 42%. Apesar de os pais brasileiros pouparem menos para o futuro educacional dos filhos em relação a

outros países, a pesquisa apontou maior dependência financeira dos filhos por aqui. No Brasil, apenas 7% dos pais acreditam que os filhos podem ajudar a custear seus próprios estudos, por exemplo, a partir de um trabalho de meio período. Quando investir na

educação do filho? A pesquisa mostrou também que 18% dos pais entrevistados consideram pagar pela educação fundamental dos filhos. O índice aumenta para 33% quando questionados sobre o ensino médio e para 62% quando se fala em graduação e pós-gradua-

ção. A Índia (90%), os Estados Unidos (89%), a China (87%), a Indonésia (86%) e o Brasil (83%) são os países onde os pais mais acreditam no investimento para todas as fases da educação (fundamental, médio e graduação/pós-graduação).


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O Estado da Bahia

70% das faculdades baianas têm índice do MEC acima de 3 Divulgação

Pelo Brasil

Celular é novo aliado da indústria de cartões Divulgação

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e acordo com a recente divulgação dos indicadores de qualidade do Ministério da Educação (MEC), mais de 70% das Instituições de Ensino Superior (IES) da Bahia estão com índice acima de três pontos. Segundo o presidente da Abames - Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior, Professor Carlos Joel Pereira, este avanço se deu em decorrência das mudanças empreendidas pelas instituições no intuito de alinhar seus procedimentos às normatizações do ministério. ”A Abames tem

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realizado nos últimos doze meses uma série de seminários para divulgar os novos padrões que surpreenderam as faculdades. Foi necessário algum tempo para que as faculdades conseguissem de adequar aos novos modelos”, comentou. Ele conta que a Associação forneceu suporte técnico para as instituições da Bahia e promoveu encontros para discutir mudanças. Os indicadores de qualidade do MEC das instituições são constituídos a partir do IGC que indica a eficiência de todos os cursos de graduação e pós-graduação e baseia-se

no CPC, índice composto a partir da nota da instituição no Enade e na titulação dos professores. O indicador vai de 1 a 5. O presidente diz também que, nesse processo, houve um aprimoramento do corpo docente. “Foi ampliada a carga horária de professores mais titulados e adotado um modelo para que os professores se dediquem mais ao meio acadêmico”. O presidente acredita que esse conjunto de fatores contribui para ampliar os indicadores de qualidade do Ministério da Educação na maioria das instituições.

do o celular como meio de pagamento. A estimativa da Visa é que essas novas tecnologias possam atrair para os meios eletrônicos cerca de R$ 117 bilhões (US$ 53 bilhões) em transações feitas sem cartão por profissionais liberais no País. A aposta é que as soluções de pagamento via celular sejam adequadas para pequenos empresários e profissionais autônomos, pois seu custo é menor do que o das maquininhas que estão no varejo.

Degradação florestal na Amazônia é a menor em 7 anos Divulgação

COMUNICADO

Vice-Presidente da Comissão Executiva Provisória Municipal do Partido Socialista Brasileiro, no uso de suas atribuições legais, convida os filiados do PSB (Partido Socialista Brasileiro) de Luís Eduardo Magalhães –Bahia e interessados que no próximo dia 02/10/14 estará realizando uma reunião no Hotel Paranoá, localizado no bairro Santa Cruz, à partir das 19:00 horas, para discutirmos as diretrizes de um novo perfil de política que o Brasil e Luís Eduardo Magalhães precisa para crescer e se desenvolver. O Partido Socialista Brasileiro tem como compromisso o legado deixado por um de seus representantes mais ilustres e expoente recentemente, Eduardo Campos: “Coragem para mudar o Brasil” Dr. Rômulo Barreto de Souza Vice-Presidente Municipal – LEM-BAHIA Maiores informações com Dr. Rômulo (77) 9757-53-27 rbarretodesouza@yahoo.com.br

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celular é o novo aliado da indústria de cartões na guerra contra o papel-moeda. Oito meses após a regulamentação do segmento de pagamento móvel, soluções que há pouco tempo eram promessas já estão funcionando no mercado. Os brasileiros podem, por exemplo, pegar táxi e comprar um café sem tirar a carteira do bolso, usan-

E

m 2013, a área da Amazônia que sofreu degradação florestal retirada seletiva de árvores por madeireiros ou deterioração por incêndios foi de 5.434 km², a menor desde que o governo começou a medir o problema na região. O levantamento foi feito

pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) pelo programa Degrad. O dado mais recente aponta uma tendência de queda, já que os dois anos anteriores, 2011 e 2012, exibiram extensões de floresta degradada com 24.650 km² e 8.634 km², respectivamente. Em 2013, mesmo ano em que a degradação registrou uma queda, o número do desmate por corte raso subiu (12%).

Governo deve abrir novo prazo para o refis Divulgação

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governo deve dar uma nova chance para a quitação de débitos tributários dos contribuintes com a Receita Federal. A área econômica negocia com o relator da Medida Provisória nº 651, deputado Newton Lima Neto (PT-SP), a reabertura do Refis, cujo prazo de adesão terminou em 25 de agosto. O “Broadcast” apurou que a ideia é criar uma

nova “janela” de 15 dias para beneficiar as empresas que não aderiram ao último parcelamento. A reabertura do prazo deve ocorrer em novembro, após a aprovação da MP pelo congresso. O governo, no entanto, quer evitar a inclusão de emendas que tornem as regras mais favoráveis ao contribuinte. O novo prazo do Refis deve se encerrar até 30 de novembro, segundo a fonte, mesmo prazo fixado pela MP 651 para quem já tem parcelamentos ativos.


O Estado da Bahia

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Carros voadores, das telas para as ruas

“Até o final da década, os carros voadores serão uma realidade nas grandes cidades do mundo. Além dos diversos protótipos em testes, as primeiras vendas já começaram.”

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esde a década de 1960, quando o cinema começou a mostrar as primeiras possibilidades de os carros voarem, essa ideia aparece no imaginário de motoristas de todo o mundo. A promessa

era de que esta seria a grande aposta de mobilidade do século XXI, mas os anos 2000 chegaram e continuamos presos ao chão. Apesar de ainda soar quase como ficção científica, os recursos para fazer uma carro voador

já existem há décadas. Com o que a indústria dispõe em termos de materiais e sistemas inteligentes, já poderíamos estar decolando com nossos pequenos automóveis individuais há tempos. As questões que impediam a

popularização desse tipo de veículo já foram financeiras e de tecnologia. Hoje elas são muito mais burocráticas e de desenvolvimento. O primeiro carro voador à venda tem preço próximo dos R$600 mil, menor que o de

um helicóptero convencional. O veículo, que garante o conforto de um carro para duas pessoas e a agilidade de uma motocicleta no trânsito, tem hélice que pode ser desdobrada rapi-

damente para alcançar os céus. Voando abaixo dos quatro mil pés, ele não interfere no tráfego áreo comercial, o que dispensa o uso de plano de voo. O modelo pode alcançar 180 km/h na terra ou no ar.


Uma nova era de segurança quando carros ‘conversam’

Pesquisa busca veículos em comunicação uns com os outros e com o entorno, prevenindo os motoristas

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esquisadores americanos estão trabalhando para somar tempo a essa equação. Eles imaginam um futuro não muito distante em que os veículos estarão em constante e harmoniosa comunicação uns com os outros e com seus entornos, prevenindo instantaneamente os motoristas sobre perigos não enxergados. O Departamento de Transporte anunciou na semana passada um plano que vai requerer, dentro de alguns anos, que a tecnologia conhecida como comunicação de veículo para veículo seja instalada em todos os carros e caminhões dos Estados Unidos. Custo. O Departamento Nacional de Segurança do Tráfego em Estradas calcula que os transmissores veículo para veículo acrescentarão apenas cerca de US$ 350 ao custo total de um veículo em 2020. A agência de segurança espera que os preços caiam à medida que a obrigatoriedade se aproximar, como já aconteceu com recursos como câmeras retrovisoras, que serão obrigatórias em 2018. A tecnologia que está sendo desenvolvida em Ann Arbor se concentra em riscos que mesmo

Divulgação

olhos eletrônicos não conseguem perceber. A tecnologia sem fio vai além de carros conversando com outros carros. Ela também permite que as próprias estradas se comuniquem – não só sobre engarrafamentos de trânsito ou obras na estrada, mas se há gelo negro à frente, por exemplo. Até os faróis de trânsito podem fazer parte da rede. ‘Corredor verde’. À medida que o veículo se aproximava de um farol verde, a tela mostrava quantos segundos restavam para o farol ficar vermelho. Uma rede de carros e sinais de trânsito também poderia informar motoristas so-

bre a velocidade que devem rodar para encontrar todos os sinais abertos, criando o chamado “corredor verde”. Isso poderia não só diminuir o congestionamento, como ajudar na economia de combustível. Mas as autoridades estão mais interessadas na prevenção de acidentes. Debby demonstrou com veículos de teste um risco comum: um motorista freando bruscamente. Princípio. Transmissores enviam e recebem informações dez vezes por segundo: velocidade, direção, localização e outros dados que montadoras e reguladores esperam trazer segurança na estrada. Divulgação

Cadillac CTS da General Motors, com tecnologia de comunicação V2V (vehicle-to-vehicle)






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