Monografia TCC1 UMC - Glaucia de Fátima Fontana

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES GLAUCIA DE FÁTIMA FONTANA

CLÍNICA DE REABILITAÇÃO PSICOMOTORA PARA VÍTIMAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO

Mogi das Cruzes 2019

GLAUCIA DE FÁTIMA FONTANA RGM 11151504395

CLÍNICA DE REABILITAÇÃO PSICOMOTORA PARA VÍTIMAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Arquitetura.

Orientador (a): Prof.ª M.ª Martha Lúcia Cardoso Rosinha

Mogi das Cruzes 2019

GLAUCIA DE FÁTIMA FONTANA

CLÍNICA DE REABILITAÇÃO PSICOMOTORA PARA VÍTIMAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Arquitetura.

Orientador (a): Prof.ª M.ª Martha Lúcia Cardoso Rosinha

Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em: dia, mês e ano.

Banca examinadora:

______________________________________________________ Prof.ª M.ª Orientadora Martha Lúcia Cardoso Rosinha Universidade de Mogi das Cruzes

______________________________________________________ Professor Convidado Universidade de Mogi das Cruzes

______________________________________________________ Arquiteto Convidado

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, irmãos, avós (em especial àqueles que já não estão comigo neste plano) e aos amigos que me apoiaram desde o início.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me conceder o discernimento e a força necessários para chegar até aqui.

Aos meus pais por me terem ensinado a não desistir, também pela paciência e compreensão nos momentos mais difíceis.

Agradeço ainda, à Prof.ª M.ª Martha Lúcia Cardoso Rosinha, que me orientou durante o desenvolvimento deste trabalho.

EPÍGRAFE

“A arquitetura é a arte que determina a identidade do nosso tempo e melhora a vida das pessoas” (Arq.º Santiago Calatrava)

RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de Curso para bacharel em Arquitetura e Urbanismo visa abordar o projeto de um Centro de Reabilitação Psicomotora, priorizando o atendimento adequado a vítimas de acidentes de trânsito tanto da cidade de Mogi das Cruzes, onde está localizado o Centro, quanto da região do Alto Tietê. Para o desenvolvimento do projeto foram realizadas pesquisas de abordagem do tema, evolução das deficiências e estatísticas, além de estudos de caso e visitas técnicas em clínicas relacionadas, considerando a análise das potencialidades de cada uma para que fossem aplicadas a este projeto e assim promovendo a reintegração e reabilitação dos pacientes por meio de inclusão e terapias ocupacionais.

Palavras-chave: humanização – arquitetura hospitalar – deficiência – inclusão social – reabilitação – acidentes – terapia – acessibilidade – saúde – alto tietê.

ABSTRACT

This final work of graduation in Architecture and Urbanism aims to approach the design of a Psychomotor Rehabilitation Center, prioritizing the adequate attendance to victims of traffic accidents both in the city of Mogi das Cruzes, where the Center is located, and the region of Alto TietĂŞ. For the development of the project, researches were carried out to approach the theme, evolution of deficiencies and statistics, besides case studies and technical visits in related clinics, considering the potentialities of each one to be applied to this project and thus promoting the reintegration and rehabilitation of patients through inclusion and occupational therapies.

Keywords: humanization - hospital architecture - disability - social inclusion rehabilitation - accidents - therapy - accessibility – health

LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Processo de reabilitação............................................................................28 Figura 2 – Vista aérea do Hospital SARAH Lago Norte.............................................36 Figura 3 – Implantação Geral - Setorização...............................................................37 Figura 4 – Planta: Edifício de Residência Médica e Núcleo de Pesquisas................38 Figura 5 – Edifício de Residência Médica e Núcleo de Pesquisas............................38 Figura 6 – Planta: Centro de Apoio à Paralisia Cerebral............................................39 Figura 7 – Centro de Apoio à Paralisia Cerebral........................................................39 Figura 8 – Planta: Área de internação e ginásio para exercícios físicos e esportes náuticos.......................................................................................................................40 Figura 9 – Área externa do bloco de internação e ginásio para exercícios físicos e esportes náuticos........................................................................................................40 Figura 10 – Croqui – Conforto térmico........................................................................41 Figura 11 – Fachada do Centro de Reabilitação Infantil Teleton................................43 Figura 12 – Planta e corte – Edifício Administrativo...................................................43 Figura 13 – Arco de tijolo cerâmico.............................................................................44 Figura 14 – Área externa que dá acesso ao edifício ambulatorial.............................44 Figura 15 – Planta Edifício de Atendimentos..............................................................45 Figura 16 - Cortes.......................................................................................................45 Figura 17 – Tijolos cerâmicos na fachada..................................................................46 Figura 18 – Clínica Fisio..............................................................................................47 Figura 19 – Planta geral/Setorização..........................................................................48 Figura 20 – Sala de Pilates.........................................................................................48 Figura 21 – Equipamentos de Pilates.........................................................................49 Figura 22 – Elevação frontal.......................................................................................49 Figura 23 – Vista lateral direita...................................................................................50 Figura 24 – Sala de Pilates com vista para a rua.......................................................50 Figura 25 - Fachada/Entrada: Clínica Valério.............................................................52 Figura 26 - Recepção..................................................................................................53 Figura 27 - Sala de RPG, Acupuntura e Micro fisioterapia.........................................53 Figura 28 - Sala de ortopedia adulta...........................................................................54 Figura 29 - Sala de ortopedia pediátrica.....................................................................54 Figura 30 - Turbilhões de Hidroterapia.......................................................................54

Figura 31 - Sala de Nutrição e Fisioterapia Uroginecológica.....................................55 Figura 32 – Sala de Cinesioterapia.............................................................................55 Figura 33 – Piscina de Hidroginástica.........................................................................56 Figura 34 - Vestiário Masculino...................................................................................56 Figura 35 – Vestiário Feminino...................................................................................56 Figura 36 – Piscina para Natação...............................................................................56 Figura 37 – Mezanino..................................................................................................57 Figura 38 – Vestiário Masculino..................................................................................57 Figura 39 – Vestiário Feminino...................................................................................57 Figura 40 – Elevador panorâmico...............................................................................58 Figura 41 – Academia.................................................................................................58 Figura 42 – Estacionamento.......................................................................................59 Figura 43 – Jardim......................................................................................................59 Figura 44 - Comprovante fotográfico da visita............................................................60 Figura 45 – Fachada/Entrada e estacionamento: Cardiofit........................................61 Figura 46 – Espera I (consultas).................................................................................62 Figura 47 – Espera II (terapias)..................................................................................62 Figura 48 – Sala de RPG, Fisioterapia e Massoterapia.............................................62 Figura 49 – Piscina para Hidroginástica e Hidroterapia.............................................62 Figura 50 – Vestiário Masculino..................................................................................63 Figura 51 - Vestiário Feminino...................................................................................63 Figura 52 – Copa.........................................................................................................63 Figura 53 – Vestiário dos funcionários (masculino e feminino)..................................63 Figura 54 – Sala II de RPG e Avaliação......................................................................64 Figura 55 – Elevador de acesso.................................................................................64 Figura 56 – Sala de condicionamento físico...............................................................65 Figura 57 – Sala de prática de pilates.........................................................................65 Figura 58 – Hall de espera..........................................................................................65 Figura 59 – Sala de eletrocardiograma.......................................................................66 Figura 60 – Sala de armazenagem de medicamentos...............................................66 Figura 61 – Sala de fisioterapia..................................................................................66 Figura 62 - Comprovante fotográfico da visita............................................................68 Figura 63 - Fachada/estacionamento - Instituto Rodrigo Fortes................................69 Figura 64 - Recepção..................................................................................................69

Figura 65 - Espera.......................................................................................................69 Figura 66 - Consultório de fisioterapia........................................................................70 Figura 67 - Piscina de hidroterapia.............................................................................70 Figura 68 - Vestiário Masculino...................................................................................70 Figura 69 - Vestiário feminino.....................................................................................71 Figura 70 - Pista de caminhada..................................................................................71 Figura 71 - Sala de nutrição........................................................................................71 Figura 72 - Sala de Psicoterapia.................................................................................71 Figura 73 - Sala de condicionamento físico................................................................72 Figura 74 - Sala de Pilates..........................................................................................72 Figura 75 - Elevador....................................................................................................72 Figura 76 - Comprovante fotográfico da visita............................................................74 Figura 77 - Fachada do IMREA - Rua Domingos Soto...............................................75 Figura 78 - Implantação..............................................................................................75 Figura 79 - Subsolo - Setorização...............................................................................76 Figura 80 - Pavimento térreo - Setorização................................................................76 Figura 81 - Primeiro pavimento - Setorização............................................................77 Figura 82 - Segundo pavimento - Setorização...........................................................78 Figura 83 – Terceiro pavimento - Setorização............................................................78 Figura 84 – Pavimento técnico/Casa de máquinas - Setorização..............................79 Figura 85 - Laje - Setorização.....................................................................................79 Figura 86 - Comprovante fotográfico da visita............................................................81 Figura 87 – Dimensões do terreno..............................................................................88 Figura 88 – Condicionantes ambientais......................................................................88 Figura 89 - Topografia do terreno................................................................................89 Figura 90 - Perfil topográfico.......................................................................................89 Figura 91 – Vista para a Rua Yoshiteru Onishi...........................................................90 Figura 92 – Vista para a Rua Masuzo Maniwa...........................................................90 Figura 93 - Zoneamento..............................................................................................94 Figura 94 - Layout - Área para prescrição médica...................................................102 Figura 95 - Layout - Quarto.......................................................................................103 Figura 96 - Layout - Enfermaria................................................................................103 Figura 97 - Layout - Sala de psicomotoricidade e ludoterapia.................................104 Figura 98 - Layout - Sala para Recepção, Registro e Espera..................................104

Figura 99 - Layout - Box de Terapias........................................................................105 Figura 100 - Layout - Sala para Turbilhão................................................................105 Figura 101 - Layout - Piscina....................................................................................106 Figura 102 - Layout - Salão para Cinesioterapia e Mecanoterapia..........................106 Figura 103 - Layout - Consultório de Terapia Ocupacional (individual)....................107 Figura 104 - Layout - Sala de Terapia Ocupacional (grupo).....................................107 Figura 105 – Cores em hospitais – Laranja..............................................................133 Figura 106 – Cores em hospitais - Azul....................................................................133 Figura 107 – Cores em hospitais - Verde.................................................................133 Figura 108 – Bloco reciclado (feito com rejeitos da construção civil).......................134 Figura 109 – Telha tetrapak.......................................................................................134

LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Classificação dos Centros de Reabilitação....................................................29 Tabela 2 – Análise SWOT – Sarah Lago Norte.................................................................42 Tabela 3 – Análise SWOT – Teleton....................................................................................46 Tabela 4 – Análise SWOT – Clínica Fisio...........................................................................51 Tabela 5 - Análise SWOT – Clínica Valério........................................................................59 Tabela 6 – Análise SWOT – Centerfisio............................................................................67 Tabela 7 – Análise SWOT – Instituto Rodrigo Fortes.......................................................73 Tabela 8 – Análise SWOT – IMREA....................................................................................80 Tabela 9 – Potencialidades x Fragilidades do local de intervenção..............................87 Tabela 10 – Índices Urbanísticos.........................................................................................94 Tabela 11 – Cálculos de área...............................................................................................94 Tabela 12 - Classificação das edificações quanto à sua ocupação.............................100 Tabela 13 - Dados para o dimensionamento das saídas..............................................100 Tabela 14 - Número de saídas e tipos de escadas........................................................101 Tabela 15 - Programa de necessidades - Setor de deficiência física..........................113 Tabela 16 - Programa de necessidades - Setor de oficina ortopédica........................116 Tabela 17 - Programa de necessidades - Área comum/Reabilitação.........................119 Tabela 18 - Programa de necessidades - Setor de ensino e pesquisa.......................126 Tabela 19 - Programa de necessidades - Setor administrativo e recepção...............128 Tabela 20 - Programa de necessidades - Área externa................................................130

LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Agenciamento - Setor para tratamento de deficiência física....................110 Quadro 2 - Agenciamento - Setor de Reabilitação Psicomotora..................................111 Quadro 3 - Agenciamento - Setor de Educação e Pesquisas......................................112 Quadro 4 - Agenciamento - Setor de Apoio Administrativo...........................................112

LISTA DE MAPAS Mapa 1 – Localização do estado de São Paulo no mapa do Brasil.........................83 Mapa 2 – Região Sub-regiões..................................................................................84 Mapa 3 – Região a ser atendida: Alto Tietê.............................................................85 Mapa 4 – Localização do terreno.............................................................................87 Mapa 5 – Uso e ocupação do solo...........................................................................92 Mapa 6 – Cheios e Vazios........................................................................................92 Mapa 7 – Gabarito de altura.....................................................................................93 Mapa 8 – Sistema viário...........................................................................................93 Mapa 9 – Estudo de impacto de vizinhança.............................................................94

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Causas externas da deficiência adquirida................................................24 Gráfico 2 – População residente por tipo e severidade de deficiência (em milhões de habitantes)..................................................................................................................33 Gráfico 3 – Tipos de Lesões em Acidentes de Trânsito ..........................................111

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente CER – Centro Especializado em Reabilitação COFFITO - Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional CREFITO – Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de São Paulo DPVAT – Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre ou por sua Carga a Pessoas Transportadas ou Não IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Ie – Índice de Elevação IMREA HCMUSP - Instituto de Medicina Física e Reabilitação da Universidade de São Paulo Io – Índice de Ocupação ISPRM – International Society of Physical Rehabilitation and Medicine (Sociedade Internacional de Reabilitação Física e Medicina) LM – Lote Mínimo LOUOS – Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo OMS – Organização Mundial da Saúde ONU – Organização das Nações Unidas PNE – Pessoa com Necessidades Especiais Rd – Recuo Dianteiro Rf – Recuo Frontal Rl – Recuo Lateral RMSP – Região Metropolitana de São Paulo RPG – Reeducação Postural Global SOMASUS – Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde SWOT

–

Strengths

(Forças),

Weaknesses

(Fraquezas),

Opportunities

(Oportunidades) e Threats (Ameaças) To – Taxa de Ocupação TP – Taxa de Permeabilitade UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Saúde, Ciência e Cultura UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância

SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................................21 OBJETIVOS................................................................................................................22 OBJETIVO GERAL.......................................................................................................................22 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................................22

JUSTIFICATIVA..........................................................................................................23 PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................................23 2. FUNDAMENTAÇÃO DO TEMA...........................................................................24 2.1.

DEFICIÊNCIA.....................................................................................................................24

2.1.1.

Deficiência Física.....................................................................................................25

2.1.2.

Deficiência Auditiva.................................................................................................26

2.1.3.

Deficiência Visual....................................................................................................26

2.1.4.

Deficiência Mental ou Intelectual.........................................................................26

2.1.5.

Deficiência múltipla.................................................................................................27

2.2.

REABILITAÇÃO................................................................................................................27

2.3.

CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO.......................................................28

2.4.

CENTRO DE REABILITAÇÃO PSICOMOTORA.........................................................29

3. HISTÓRICO DO TEMA........................................................................................30 3.1.

DEFICIÊNCIA NO MUNDO DESDE A PRÉ-HISTÓRIA A ATUALIDADE.................30

3.2.

A DEFICIÊNCIA NO BRASIL..........................................................................................32

3.3.

CONTEXTO HISTÓRICO DA FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO............................34

4. ESTUDOS DE CASO...........................................................................................36 4.1.

HOSPITAL SARAH LAGO NORTE – BRASIL.............................................................36

4.1.1.

Ficha Técnica............................................................................................................36

4.1.2.

Descritivo do projeto..............................................................................................37

4.1.3.

Materiais e técnicas construtivas........................................................................41

4.1.4.

Análise........................................................................................................................42

4.2.

CENTRO DE REABILITAÇÃO INFANTIL TELETON - PARAGUAI..........................42

4.2.1.

Ficha Técnica............................................................................................................42

4.2.2.

Descritivo do projeto..............................................................................................43

4.2.3.

Materiais e técnicas construtivas........................................................................46

4.2.4.

Análise........................................................................................................................46

4.3.

CLÍNICA FISIO - ESPANHA............................................................................................47

4.3.1.

Ficha Técnica............................................................................................................47

4.3.2.

Descritivo do projeto..............................................................................................47

4.3.4.

Materiais e técnicas construtivas........................................................................50

4.3.5.

Análise........................................................................................................................51

4.4.

ANÁLISE GERAL DOS ESTUDOS DE CASO.............................................................51

5. VISITAS TÉCNICAS.............................................................................................52 5.1.

CLÍNICA VALÉRIO – JACAREÍ, SP...............................................................................52

5.1.1.

Pavimento Térreo.....................................................................................................53

5.1.2.

Pavimento Superior e Mezanino..........................................................................58

5.1.3.

Análise de SWOT.....................................................................................................59

5.1.4.

Conclusão..................................................................................................................59

5.2.

CARDIOFIT – JACAREÍ, SP...........................................................................................60

5.2.1.

Pavimento Térreo.....................................................................................................61

5.2.2.

Pavimento Superior.................................................................................................64

5.2.3.

Análise de SWOT.....................................................................................................67

5.2.4.

Conclusão..................................................................................................................67

5.3.

INSTITUTO RODRIGO FORTES – JACAREÍ, SP.......................................................68

5.3.1.

Pavimento Térreo.....................................................................................................69

5.3.2.

Pavimento Superior.................................................................................................71

5.3.3.

Análise de SWOT.....................................................................................................73

5.3.4.

Conclusão..................................................................................................................73

5.4. INSTITUTO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP (IMREA).................................................................................................74 5.4.1.

Subsolo......................................................................................................................76

5.4.2.

Pavimento térreo......................................................................................................76

5.4.3.

Primeiro pavimento.................................................................................................77

5.4.4.

Segundo pavimento................................................................................................77

5.4.5.

Terceiro pavimento..................................................................................................78

5.4.6.

Quarto pavimento/Pavimento técnico................................................................79

5.4.7.

Laje - Setorização....................................................................................................79

6. ÁREA DE INTERVENÇÃO..................................................................................81 6.1.

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO (RMSP).............................................82

6.2.

ALTO TIETÊ (SUB-REGIÃO LESTE).............................................................................83

6.3.

MOGI DAS CRUZES.........................................................................................................84

6.4.

BAIRRO MOGILAR..........................................................................................................85

6.5.

ANÁLISE DO TERRENO.................................................................................................86

6.5.1.

Premissas..................................................................................................................86

6.5.2.

Potencialidades e fragilidades.............................................................................87

6.5.3.

Justificativa da escolha..........................................................................................87

6.5.4.

Terreno.......................................................................................................................88

6.5.5.

Orientação Solar e Ventos Predominantes........................................................88

6.5.6.

Levantamento topográfico....................................................................................89

6.5.6.1.

Perfil topográfico do terreno.............................................................................89

6.5.7.

Levantamento fotográfico......................................................................................90

6.5.8.

Uso e ocupação do solo.........................................................................................91

6.5.9.

Cheios e Vazios........................................................................................................91

6.5.10.

Gabarito de altura................................................................................................92

6.5.11.

Sistema viário.......................................................................................................92

6.5.12.

Estudo de impacto de vizinhança....................................................................93

7. DIRETRIZES E PREMISSAS...............................................................................93 7.1. LEGISLAÇÃO DE ORDENAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE MOGI DAS CRUZES (LOUOS)..............................................................................................................93 7.2.

LEI Nº 6766, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979.............................................................95

7.3. NBR 9050/2015 – ACESSIBILIDADE E EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS.................................................................................................95 7.4.

RESOLUÇÃO – RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002.................................98

7.5.

PORTARIA Nº 2.728.........................................................................................................99

7.6.

NBR 9077- SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS............................................99

7.7.

SOMASUS........................................................................................................................102

7.8. CÓDIGO SANITÁRIO DE SÃO PAULO - DECRETO N. 12.342, DE 27 DE SETEMBRO DE 1978.................................................................................................................108

8. PERFIL DO USUÁRIO.......................................................................................109 9. AGENCIAMENTO..............................................................................................110 9.1.

SETOR PARA TRATAMENTO DE DEFICIÊNCIA FÍSICA........................................110

9.2.

SETOR DE REABILITAÇÃO PSICOMOTORA..........................................................111

9.3.

SETOR DE PESQUISAS................................................................................................112

9.4.

SETOR ADMINISTRATIVO............................................................................................112

10. PROGRAMA DE NECESSIDADES...................................................................113 11. CONCEITO.........................................................................................................132 12. PARTIDO............................................................................................................132 13. PROGRAMA ARQUITETÔNICO.......................................................................135

13.1.

SETORIZAÇÃO...........................................................................................135

13.2.

ORGANOGRAMA.......................................................................................135

13.3.

FLUXOGRAMA...........................................................................................136

14. ESTUDOS PRELIMINARES..............................................................................137 14.1.

ESTUDO PRELIMINAR I.........................................................................137

14.2.

ESTUDO PRELIMINAR II........................................................................137

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................143

21

INTRODUÇÃO Em 2018, apenas no primeiro semestre, a cidade de Mogi das Cruzes registrou cerca de 624 acidentes nas vias municipais, entre eles 36 vítimas foram fatais, a maioria causados por excesso de velocidade. (MARITAN, Luiz, 2018)

No ano de 2009, a Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação apurou que dentre as internações por lesões causadas no trânsito 70,5% são medulares, 9,7% são ortopédicas e 19,1% traumatismos crânio-encefálicos. Sabe-se ainda, que das lesões medulares, a paraplegia representa a maior parte dos diagnósticos com 59,1%. (Vias Seguras, 2011).

O projeto arquitetônico do Centro de Reabilitação Psicomotora para Acidentados visa oferecer atendimento psicológico e fisioterápico para pessoas vítimas de acidentes no trânsito que adquiriram algum tipo de deficiência física e/ou trauma. O atendimento deverá atender não somente à demanda da cidade de Mogi das Cruzes, local onde será implantado o Centro, mas também toda a região do Alto Tietê, principalmente por conta do alto índice de acidentes no trânsito que acomete os arredores da Grande São Paulo.

A definição da temática do projeto se deve à falta de um centro especializado e exclusivo para esse tipo de tratamento, sendo que as vítimas atualmente procuram hospitais de reabilitação que atendem também outras deficiências, fazendo com que a fila de espera por atendimento cresça e a recuperação leve mais tempo do que realmente é necessário. Com a construção do Centro, a recuperação dos pacientes deverá ser mais rápida e eficiente, visando reinserir as vítimas na sociedade por meio da realização de atividades cotidianas acompanhadas por terapeutas.

Para compreender as necessidades do público alvo, foram realizadas pesquisas de demanda na região, consulta aos órgãos do governo, levantamento de dados, como o índice de acidentes, serviços oferecidos, bem como estudos de caso para comparação e referências no atendimento e elaboração do projeto.

22

OBJETIVOS OBJETIVO GERAL O projeto de um Centro de Reabilitação para Acidentados localizado na cidade de Mogi das Cruzes está focado não somente em atender a população local, mas toda a região do Alto Tietê, oferecendo o atendimento especializado e agilidade na recuperação de pacientes vítimas de acidentes no trânsito, unindo os princípios da arquitetura humanizada com profissionais qualificados.

Centralizar esses pacientes em uma unidade especializada, reduzirá também o tempo de espera em outros centros de tratamento, já que a grande maioria dos atendimentos desses centros é voltado às vítimas de acidentes no trânsito, logo pessoas com deficiências congênitas e outras necessidades especiais poderão também ter mais agilidade no tratamento, já que após o tratamento hospitalar o paciente pode ser encaminhado o quanto antes, por meio de uma triagem, para a reabilitação.

A finalidade do espaço é tratar as deficiências dos pacientes dentro de ambientes acessíveis, pensados de acordo com a permanência e visando o bem estar dos usuários durante os tratamentos, sejam eles por meio da fisioterapia ou psicoterapia, reinserindo o paciente em atividades comuns do cotidiano e familiarizando-o com as suas limitações.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Oferecer terapias psicomotoras a pacientes vítimas de acidentes no trânsito;  Reduzir a espera por atendimento nas redes de hospitais para reabilitação;  Agilizar a recuperação dos pacientes por meio de tratamento especializado;  Proporcionar aos pacientes espaços agradáveis, adequados às suas necessidades e que estimulem sua recuperação;  Fazer com que o paciente não veja a permanência no Centro como obrigatória, proporcionando um ambiente no qual se sinta familiarizado e confortável.  Promover a inclusão e reabilitação dos pacientes por meio de psicoterapias e atividades cotidianas, para que recuperem aos poucos a autoconfiança e autonomia na realização de pequenas tarefas.

JUSTIFICATIVA

23

“Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, quase 84% das pessoas com deficiência não nasceram com as suas deficiências. É um contingente de mais de 10 milhões de pessoas que passaram a ter limitações após algum evento de suas vidas. Você não vai precisar pensar muito para lembrar de uma pessoa que teve alguma sequela depois de um acidente de trânsito, por exemplo. ” (PORRECA, Mateus, 2017)

A região Sudeste está em segundo lugar no ranking de maior incidência de acidentes no trânsito, sendo a maioria deles causados por automóveis dirigidos por homens entre 18 e 34 anos. Segundo o DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), 79% das indenizações pagas pelo seguro em 2015 foram destinadas a algum caso de invalidez permanente.

Das vítimas fatais de acidentes no trânsito na região do Alto Tietê em 2018, 35% são de Mogi das Cruzes, apesar de reduzido se comparado ao mesmo período de 2017, o número ainda é alarmante, gerando a necessidade de um espaço especializado para o tratamento de vítimas com deficiências adquiridas no trânsito.

PROBLEMATIZAÇÃO A principal causa externa da deficiência adquirida são os acidentes no trânsito, logo, cerca de metade dos pacientes atendidos pela Rede de Hospitais Lucy Montoro fazem parte das estatísticas das vítimas com lesões permanentes que ficaram paraplégicos, tetraplégicos ou algum tipo de lesão permanente como consequência.

Abaixo, um gráfico da Rede SARAH de Reabilitação com as causas externas da deficiência adquirida:

24

Gráfico 1 - Causas externas da deficiência adquirida

Fonte: Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação (Acesso em 17/02/2019)

Além da Rede Lucy Montoro, a Rede SARAH também oferece tratamento para pessoas com algum tipo de deficiência, porém nenhum destes centros de reabilitação oferece apoio específico às vítimas de acidentes no trânsito.

Considerando a região do Alto Tietê, tendo como foco principal, a cidade de Mogi das Cruzes e a alta incidência de acidentes, um Centro de Reabilitação para Acidentados pode trazer mais qualidade no tratamento de sequelas, disponibilizando também apoio psicológico, agilizando a recuperação desses pacientes, que pode durar de 6 meses a 1 ano, dependendo da gravidade.

2.

FUNDAMENTAÇÃO DO TEMA

2.1.

DEFICIÊNCIA “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimento de médio ou longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o que, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

(Portal Do Ministério Da Saúde, 2019)

25

Segundo o Decreto nº 3.298, de 22 de dezembro de 1999, é considerada deficiência a perda total ou parcial de funções psicológicas, fisiológicas e/ou anatômicas que impossibilite ou dificulte a realização de atividades consideradas normais para uma pessoa sem deficiência.

A deficiência pode ser classificada como:  Permanente: onde o quadro se estabiliza por tempo suficiente para que não haja recuperação mesmo com novos tratamentos; ou  Incapacidade: onde há uma redução de parte da capacidade, mas que com tratamentos adequados, adaptações e recursos especiais, é possível que voltem a exercer atividades cotidianas.

2.1.1. Deficiência Física A deficiência física representa a perda completa ou parcial da capacidade de mobilidade de um ou mais membros do corpo humano, comprometendo as funções motoras, podendo ser classificada em:  Paraplegia: completa perda de mobilidade dos membros inferiores;  Paraparesia: perda de parte da mobilidade dos membros inferiores;  Monoplegia: perda de parte da mobilidade de apenas um membro superior ou inferior;  Monoparesia: perda de parte da mobilidade de apenas um membro superior ou inferior;  Tetraplegia: completa perda da mobilidade dos membros superiores e inferiores;  Tetraparesia: perda de parte da mobilidade dos membros superiores e inferiores;  Triplegia; completa perda da mobilidade de três membros;  Triparesia: perda de parte da mobilidade de três membros;  Hemiplegia: completa perda da mobilidade do hemisfério direito ou esquerdo do corpo;  Hemiparesia: perda de parte da mobilidade do hemisfério direito ou esquerdo do corpo;  Amputação: perda total ou parcial de um membro do corpo;  Paralisia cerebral: lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, que afetem as funções psicomotoras, podendo também causar deficiência intelectual.

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 Ostomia: procedimento cirúrgico no abdômen que constrói um caminho alternativo para a excreção.

São consideradas, também deficiências físicas, o nanismo e deformidades congênitas ou adquiridas que dificultem ou impossibilitem o desempenho de funções motoras.

2.1.2. Deficiência Auditiva Dentro da terminologia, pode ser chamada também de surdez ou hipoacusia.

Trata-se da bilateral, parcial ou total de 41db ou mais na audição. A perda dessa capacidade varia em graus e níveis: a) b) c) d) e)

de 41 a 55db - considerada surdez moderada; de 56 a 70db - considerada surdez acentuada; de 71 a 90db - considerada surdez severa; acima de 91db - considerada surdez profunda; anacusia ou surdez total.

2.1.3. Deficiência Visual São considerados deficientes visuais pessoas com a capacidade de visão menor ou igual a 0,05 no melhor olho. As classes de acuidade visual são:      

Visão normal: 1,5 e 0,8 Próximo ao normal: 0,6 a 0,8 Baixa visão moderada: 0,25 a 0,12 Baixa visão profunda: 0,04 a 0,02 Próximo a cegueira: 0,015 a 0,008 Cegueira total: Sem projeção de luz

2.1.4. Deficiência Mental ou Intelectual Classifica-se como deficiente mental pessoas com a capacidade intelectual significativamente abaixo da média considerada normal para pessoas sem deficiência. A manifestação geralmente acontece antes dos 18 anos e as limitações são associadas a duas ou mais habilidades listadas abaixo:

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a) b) c) d) e) f) g) h)

Comunicação Cuidado pessoal Habilidades sociais Utilização de recursos da comunidade Saúde e segurança Habilidades acadêmicas Lazer Trabalho

2.1.5. Deficiência múltipla São consideradas pessoas com deficiência múltipla aquelas que são afetadas por dois ou mais tipos de deficiência dentre as classificadas acima, com amplas possibilidades de combinações. A múltipla deficiência é uma condição grave, porém ocorre em menor número.

2.2.

REABILITAÇÃO Habilitar/reabilitar é tornar hábil, devolver capacidades funcionais aos

indivíduos, desenvolvendo suas habilidades de acordo com as limitações e aptidões físicas, sensoriais, cognitivas, etc.

A habilitação/reabilitação prevê o envolvimento de diversos profissionais, juntamente com a família e a vítima, que em conjunto contribuem para a conquista da autonomia e inclusão social do paciente.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) conceitua a reabilitação como “um conjunto de medidas que ajudam pessoas com deficiências ou prestes a adquirir deficiências a terem e manterem uma funcionalidade ideal na interação com seu ambiente” Embora o termo “reabilitação” seja amplamente utilizado na saúde, o processo não abrange tudo que está relacionado à deficiência física, por exemplo, busca devolver a autonomia do paciente na realização de atividades cotidianas, mas não inclui remover barreiras no âmbito social, como instalação de rampas em espaços públicos, etc.

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A reabilitação é um processo contínuo desde o atendimento hospitalar até a reinserção na sociedade, quanto antes for iniciada, melhores os resultados funcionais obtidos.

Abaixo, o ciclo do processo de reabilitação:

Figura 1 - Processo de reabilitação

Fonte: Organização Mundial de Saúde (Acesso em 04/03/2019, organizado pelo aluno)

2.3.

CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO De acordo com a definição do Ministério da Saúde, um Centro Especializado

em Reabilitação (CER) fornece atenção ambulatorial, realizando o diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção da tecnologia assistiva das reabilitações auditiva, física, intelectual e/ou visual.

Um CER pode ser classificado em:  CER II – formado por dois serviços de reabilitação;  CER III – formado por três serviços de reabilitação;  CER IV – formado por quatro ou mais serviços de reabilitação habilitados no Ministério da Saúde.

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Os serviços habilitados são unidades ambulatoriais especializadas na reabilitação auditiva, física, intelectual, visual, ostomia ou múltiplas deficiências.

Os Centros de Reabilitação são classificados de acordo com o tipo e a quantidade de deficiências atendidas, conforme a tabela abaixo:

Tabela 1 – Classificação dos Centros de Reabilitação

Fonte: Ministério da Saúde - Portaria Nº 1.303 (Acesso em 04/03/2019)

2.4.

CENTRO DE REABILITAÇÃO PSICOMOTORA Um Centro de Reabilitação Psicomotora trata-se de uma instituição voltada ao

tratamento e recuperação das funções motoras do paciente ao passo que fornece acompanhamento psicoterápico buscando restabelecer as capacidades físicas, psicológicas e sociais, promovendo sua inclusão na sociedade e trabalhando a aceitação e superação das limitações individuais.

O Centro de Reabilitação Psicomotora para Acidentados no Trânsito visa, portanto, a recuperação de pacientes que tiveram perdas funcionais, atuando como suporte às clínicas de fisioterapia e reabilitação já existentes, porém, com atendimento médico dedicado às vítimas de acidentes de trânsito.

A instituição se limita ao atendimento pós-hospitalar, não desempenhando as funções de socorrer ou intervir cirurgicamente no quadro do paciente.

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3.

HISTÓRICO DO TEMA

3.1.

DEFICIÊNCIA NO MUNDO DESDE A PRÉ-HISTÓRIA A ATUALIDADE Não se tem registro dos primeiros seres humanos com deficiência que

viveram na Terra, mas estudiosos acreditam que, na pré-história, pessoas nessas condições não sobreviviam ao ambiente hostil ao qual estavam expostos, como frio e calor intensos. Como a caça era o principal meio de subsistência, aqueles que não conseguiam desempenhar essa tarefa eram desprezados pelo grupo, por isso, alguns povos se desfaziam das crianças com deficiência.

Já no Egito Antigo, restos biológicos de cerca de 4.500 a.C., registram que pessoas com nanismo se integravam à sociedade e não tinham qualquer impedimento físico para desemprenhar suas funções.

Na Grécia, durante o planejamento das cidades, as pessoas com deficiência eram “eliminadas” por exposição, abandono ou atiradas do alto de uma montanha.

Em Roma, as leis antigas também não eram favoráveis às pessoas com deficiência, era permitido aos pais que matassem ou abandonassem as crianças nascidas com deformidades, os sobreviventes eram explorados em circos como entretenimento. No entanto, foi no Império Romano onde surgiu o cristianismo e com ele a luta contra as barbáries cometidas contra crianças nascidas com deficiência.

Nesse período registra-se o surgimento dos primeiros hospitais de caridade onde era dado abrigo à indigentes e pessoas com deficiência.

Na Idade Média, uma época marcada por condições de vida precárias, as pessoas viam o nascimento de crianças com deficiência como castigo de Deus, alguns mais ignorantes e supersticiosos acreditavam que essas crianças nasciam com poderes de feitiçaria. As crianças então, eram caçadas e as que sobreviviam eram abandonadas pela família e ridicularizadas. Foi na Idade Média, mais precisamente no século XIII que o Rei Luiz IX fundou o primeiro hospital para pessoas cegas, onde os primeiros pacientes foram os soldados que tiveram seus olhos vazados na 7ª cruzada.

As primeiras línguas de sinais surgiram em meados do século XVI, quando o médico e matemático Gerolamo Cardomo (1501-1576) criou um código para ensinar pessoas surdas a ler e escrever e influenciou o monge Pedro Ponce de Leon (15201584) a criar um método para educar deficientes auditivos por meio de sinais. Tais

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avanços contrariavam o pensamento da sociedade que não acreditava na possibilidade de pessoas surdas serem educadas.

Foi entre os séculos XVI e XVII, quando a Europa se encontrava abalada pelas guerras e suas consequências, com suas ruas ocupadas por pobres, mendigos e pessoas com deficiência, que o médico francês Ambroise Paré (15101590) buscou um método para solucionar os graves ferimentos dos soldados e aperfeiçoou os métodos cirúrgicos para que ao invés de cauterizar os ferimentos, os membros fossem amputados conforme necessário, evitando assim possíveis infecções.

O Rei Felipe II, da Espanha, usou uma cadeira de rodas no século XVI, mas estudiosos apontam que a primeira cadeira de rodas da história surgiu na China por volta do século VI. A cadeira de rodas mais próxima ao modelo que conhecemos hoje, dobrável, surgiu em 1931 nos Estados Unidos, por Everest e Jennings, fundadores da empresa que leva seus nomes e que também foram responsáveis pela primeira cadeira motorizada em 1950.

Já o braile, sistema de escrita tátil, de grande importância para a comunicação de deficientes visuais (principalmente os congênitos, que são educados por esse método), surgiu do capitão francês Charles Barbier, a pedido de Napoleão, no século XIX, para que as mensagens pudessem ser enviadas e lidas durante a noite nos campos de batalhas. O sistema, a princípio foi rejeitado pelos militares por ser considerado muito complicado, Barbier então apresentou seu invento num encontro para cegos em Paris e nesse encontro estava o jovem Louis Braille, que ao ver a recusa de Barbier em aperfeiçoar o método, modificou ele mesmo e criando o sistema que é usado por pessoas cegas até hoje.

Junto com o século XX, vieram muitas inovações para as pessoas com deficiência, principalmente com relação ao embasamento técnico e tecnologias para tratamento, mesmo aqueles que já eram usados como as cadeiras de rodas, bengalas, etc., foram aperfeiçoados. A aceitação também passou a ser uma conquista, a sociedade se viu de frente às consequências das guerras e se uniu para enfrentar os problemas e dar atendimento a pessoa com deficiência.

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Nesse período, houve uma crescente no surgimento de instituições em apoio às deficiências e com isso começou-se a levantar fundos para manutenção desses locais, visando atender melhor aos acolhidos. As pessoas com deficiência passaram a ter uma participação mais efetiva na sociedade e sua causa foi ganhando importância.

Com o fim da Primeira Guerra, a sociedade passou a se organizar em busca de soluções para melhorar os meios de reabilitação. A primeira organização oficial a surgir com esse propósito foi a Sociedade Escandinava de Ajuda a Deficientes, atualmente conhecida como Rehabilitation International, depois dessa, outras organizações foram surgindo ao longo do século XX, como:  Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) – 1945  Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) – 1946  Organização Mundial da Saúde (OMS) – 1948  World Confederation of Physical Therapy – 1951  International Society of Physical Rehabilitation and Medicine (ISPRM) – 1999; entre outros.

Atualmente, segundo a OMS, cerca de 1 bilhão de pessoas vivem com algum tipo de deficiência no mundo e mesmo com tantos avanços, essas pessoas ainda sofrem com algum tipo de discriminação, principalmente a exclusão no mercado de trabalho. E a ONU ainda reforça que 80% dessa parcela da população vive em países em desenvolvimento, onde a oferta de atendimento especializado é bastante limitada.

3.2.

A DEFICIÊNCIA NO BRASIL Relatos da história brasileira fazem referência a “aleijados”, “mancos” e

“cegos”, porém essas menções se faziam somente em relação aos pobres e menos favorecidos, pressupunha-se desde o início que as pessoas com deficiência só faziam parte dessa parcela da população.

A população indígena, assim como os povos mais antigos, acreditava que as crianças nascidas com qualquer deficiência eram castigos dos deuses e “criaturas” vistas com maus olhos.

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Ao contrário da crença dos povos indígenas, na escravidão, as deficiências físicas e sensoriais dos escravos eram consequências dos castigos sofridos, além das doenças adquiridas durante o tráfico negreiro e dos transportes precários em embarcações superlotadas.

Enquanto as mudanças aconteciam na Europa, o Brasil seguiu os passos dos europeus, e em 1857 criou-se o Instituto dos Meninos Cegos, por insistência de Dom Pedro II e apenas três anos depois, também surgia o Instituto Nacional de Educação de Surdos.

De acordo com um censo divulgado pelo IBGE do ano de 1920, para cada 10.000 habitantes, aproximadamente 15,6 eram cegos e 11,4 eram surdos-mudos.

Em 2000, a população com deficiência representava 23,9% do total de brasileiros, mas uma nova margem de corte foi desenvolvida considerando a severidade da deficiência de acordo com o grau de dificuldade em domínios funcionais centrais para participação na vida em sociedade e segundo o novo censo do IBGE feito em 2018, essas pessoas representam cerca de 6,7% da população brasileira.

Gráfico 2 – População por tipo e severidade de deficiência (em milhões)

Fo nte: IBGE – Censo Demográfico, 2018 (Acesso em 17/02/2019)

Depois de tantos séculos de indiferença e exclusão por parte da sociedade, as questões relacionadas as pessoas com deficiência vem ganhando força, mas não são resolvidas de imediato. Atualmente são as ações de educadores, pais e ONGs relacionadas, que promovem a inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência nas escolas e na sociedade, visando tornar natural o respeito pelas diferenças, possibilitando o desenvolvimento e o acesso aos mesmos recursos disponíveis para pessoas sem nenhuma deficiência.

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“(...) as questões que envolvem as pessoas com deficiência no Brasil – por exemplo, mecanismos de exclusão, políticas de assistencialismo, caridade, inferioridade, oportunismo, dentre outras – foram construídas culturalmente”.

(Grifos nossos. Figueira, 2008, p.17)

Movimentos nacionais e internacionais têm tentado implementar uma política de integração e educação inclusiva, porém até então, sem sucesso. O mais próximo que se chegou foi a Conferência Mundial de Educação Especial, com a participação de 88 países.

A ignorância de informação por parte da sociedade faz com que ao se deparar com uma deficiência, ela seja encarada como um fardo, o que de certa forma afeta numa possível recuperação desses casos.

Grande parte das ações em prol da causa, são feitas em paralelo pelo governo e pela iniciativa privada, nenhum dos lados dando a devida importância, de certa forma apenas “cumprindo tabela”, desse modo, a questão não é levada adiante e não ganha repercussão.

3.3.

CONTEXTO HISTÓRICO DA FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO Segundo o CREFITO (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia

Ocupacional de São Paulo), a fisioterapia é tão antiga quanto o homem, que ao tentar diminuir algumas dores foi desenvolvendo técnicas e exercícios.

Acredita-se que a reabilitação tenha chegado ao Brasil em meados do século XIX, quando Dom Pedro II, preocupado com o problema dos cegos, enviou um médico à França para que estudasse e voltasse com a solução e o conhecimento acerca dessa deficiência.

Ainda no século XIX, a medicina europeia demonstrou grandes avanços, como a hidroterapia e a eletroterapia, numa tentativa de acompanhar esses avanços, por volta de 1883 chegou ao Rio de Janeiro a primeira unidade de eletroterapia.

A profissão “fisioterapeuta”, no entanto, surgiu com os reflexos das duas guerras mundiais que deixaram inúmeros feridos, com lesões graves e que necessitavam ser reabilitados. Inicialmente, a função era exercida por voluntários, ainda nos campos de batalhas, mas foi se expandindo e sendo aperfeiçoada por

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seus praticantes, com isso, muitos médicos migraram para os Estados Unidos e Europa para buscar conhecimento, é a partir daí que se acentua o desenvolvimento da reabilitação no Brasil e no mundo.

A fisioterapia chegou definitivamente ao país em 1929, através da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde os profissionais atuantes da área eram chamados de técnicos, mas só em 1951 surgiu o primeiro curso para formação para os técnicos (como eram chamados os profissionais da área na época). Foi em 1969, que a fisioterapia foi reconhecida como profissão por meio de decreto, mas até então vinha sendo exercida sem regulamentação e os devidos recursos.

O COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e o CREFITO (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) foram criados em 1975, pela lei nº 6.316, que regulamenta o exercício das atividades do fisioterapeuta e sua atuação em hospitais, clínicas, ambulatórios, etc.

O profissional da fisioterapia só adquiriu o direito de orientar, avaliar e prescrever medicações em 1994, quando o decreto 90.640 reconheceu sua identidade profissional.

Idealizado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, em 1960 foi inaugurado o primeiro hospital da Rede Sarah de Reabilitação (que leva o nome da primeira dama na época), em Brasília, posteriormente expandindo o atendimento para outras capitais como Belém, Belo Horizonte, São Luís, São Paulo, Rio de Janeiro, Macapá e Salvador. A rede gerou uma grande repercussão positiva por todo o país e é referência em neurociência e recuperação de capacidades motoras.

Em 1975, foi inaugurado o Instituto de Medicina Física e Reabilitação da Universidade de São Paulo (IMREA HCMUSP), que assim como a Rede Sarah, se tornou referência no campo da reabilitação motora e inclusão social, além de oferecer serviços de ensino e pesquisa, e ser pioneiro na realização de procedimentos voltados ao tratamento de deficiências congênitas e adquiridas.

A profissão evoluiu muito e assumiu papel de extrema importância no campo da medicina nos últimos anos, principalmente por englobar diversas áreas como esportes, reabilitação de acidentados, problemas ortopédicos, respiratórios, etc. O desenvolvimento de novas tecnologias, equipamentos mais eficientes e mais

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unidades oferecendo esse tipo de atendimento, além do aumento significativo nos índices de acidentes de trânsito conforme as estatísticas apresentadas ao longo deste trabalho, foram alguns dos fatores que contribuíram para que a fisioterapia ganhasse o devido reconhecimento.

4. ESTUDOS DE CASO 4.1.

HOSPITAL SARAH LAGO NORTE – BRASIL

4.1.1. Ficha Técnica      

Arquiteto Responsável: João Filgueiras Lima (Lelé) Local: Brasília, DF Início das obras: 1997 Inauguração: 2003 Área do lote: 80.000 m² Área construída: 24.000m²

Figura 2 – Vista aérea do Hospital SARAH Lago Norte

Fonte: Site Vitruvius – Projeto Sarah Brasília Lago Norte – (Acesso em: 10/03/2019).

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Figura 3 – Implantação Geral - Setorização

Fonte: Site Vitruvius – Projeto Sarah Brasília Lago Norte – (Acesso em: 10/03/2019).

4.1.2. Descritivo do projeto São duas unidades da Rede Sarah em atividade na capital do país, o SARAH Brasília Centro, que caracteriza-se pelo atendimento predominantemente hospitalar e o objeto de estudo deste trabalho, o Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação SARAH Lago Norte, que atende exclusivamente pacientes em estado de reabilitação.

O terreno, apesar de grande, com seus 80.000m², é bastante acidentado, com isso foram feitos platôs onde foram implantados os 3 (três) principais edifícios do hospital, sendo todos eles térreos e interligados por rampas de acesso.

No platô mais alto, está o Edifício de Residência Médica, com capacidade para 20 médicos residentes e Núcleo de Pesquisas, onde acontecem estudos importantes para o desenvolvimento de novas técnicas de reabilitação.

A circulação do edifício é realizada horizontalmente, já que todos os ambientes são térreos e distribuídos de forma linear. Externamente, rampas de acesso com angulações suaves fazem a interligação com os demais blocos do complexo.

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Figura 4 – Planta: Edifício de Residência Médica e Núcleo de Pesquisas

Fonte: Site Vitruvius – Projeto Sarah Brasília Lago Norte – (Setorizado pelo aluno em: 10/03/2019).

Figura 5 – Edifício de Residência Médica e Núcleo de Pesquisas

Fonte: Site Vitruvius – Projeto Sarah Brasília Lago Norte – (Acesso em: 10/03/2019).

No platô intermediário, está alocado o Centro de Apoio à Paralisia Cerebral, com cerca de 57m², conta ainda com salas de estímulo, ginásio, refeitório, etc.

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Figura 6 – Planta: Centro de Apoio à Paralisia Cerebral

Fonte: Site Vitruvius – Projeto Sarah Brasília Lago Norte – (Setorizado pelo aluno em: 10/03/2019).

Figura 7 – Centro de Apoio à Paralisia Cerebral

Fonte: Site Vitruvius – Projeto Sarah Brasília Lago Norte – (Acesso em: 10/03/2019).

Por fim, no platô mais baixo, está a área ambulatorial com cerca de 180 leitos de semi-internação, ou seja, internação para pacientes-dia, comportando até 60 acompanhantes. Às margens do Lago está o galpão de atividades náuticas, com anfiteatro, ginásio, etc, com atividades físicas voltadas à reabilitação.

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Figura 8 – Planta: Área de internação e ginásio para exercícios físicos e esportes náuticos

Fonte: Site Vitruvius – Projeto Sarah Brasília Lago Norte – (Acesso em: 10/03/2019).

Figura 9 – Área externa do bloco de internação e ginásio para exercícios físicos e esportes náuticos

Fonte: Site Vitruvius – Projeto Sarah Brasília Lago Norte – (Acesso em: 10/03/2019).

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4.1.3. Materiais e técnicas construtivas A matéria prima em sua maioria, foi baseada em pré-fabricados, como concreto armado e aço, produzidos no próprio laboratório da Rede SARAH em Salvador, Centro de Tecnologia da Rede Sarah, responsável pela manutenção de todos os hospitais da rede.

As peças pré-moldadas, fabricadas de maneira compacta e com apenas 2cm de espessura, foram transportadas em containers até Brasília, montadas manualmente e fixadas por encaixe, técnica que possibilitou que Lelé trabalhasse com mais liberdade a plástica dos edifícios.

As vigas e pilares metálicos usados na estrutura receberam tratamento especial e alta resistência à corrosão. A cobertura é feita de policarbonato transparente para maior aproveitamento da iluminação natural e possui sistema de captação de águas pluviais. Os forros metálicos são revestidos com mantas para isolamento termo acústico.

Figura 10 – Croqui – Conforto térmico

Fonte: Site Vitruvius – Projeto Sarah Brasília Lago Norte – (Acesso em: 10/03/2019).

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4.1.4. Análise Tabela 2 – Análise SWOT – Sarah Lago Norte TABELA DE ANÁLISE PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

- Conforto termo acústico em toda a edificação

- Terreno acidentado

- Acessibilidade em todos os ambientes

-

- Planta térrea

percorrer de um edifício a

- Ambientes bem distribuídos no terreno OPORTUNIDADES - Terreno amplo para possíveis expansões

outro.

- Exploração

de

-

Percursos

longos

AMEAÇAS Clima quente da

diversas modalidades de Centro Oeste

esportes náuticos na recuperação dos pacientes Fonte: Elaborado pelo aluno (10/03/2019).

4.2. CENTRO DE REABILITAÇÃO INFANTIL TELETON - PARAGUAI 4.2.1. Ficha Técnica  Arquiteto Responsável: Solano Benítez  Local: Lambare, Paraguai  Projeto: Gabinete de Arquitectura  Início das obras: 2009  Inauguração: 2010  Área do lote: 13.800m²  Área construída: 3.200m²

Figura 11 – Fachada do Centro de Reabilitação Infantil Teleton

para

região

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Fonte: Site ArchDaily - Centro de Reabilitação Infantil Teleton (Acesso em: 10/03/2019).

4.2.2. Descritivo do projeto No terreno onde seria implantado o Teleton, já havia uma construção, datada dos anos 80, que foi reaproveitada.

O primeiro prédio a ser inaugurado em 2009, menor em proporções com 224m², funciona como sede da fundação, mas antes de ser inaugurado o segundo prédio, também abrigou os consultórios.

Figura 12 – Planta e corte – Edifício Administrativo

Fonte: Site ArchDaily - Centro de Reabilitação Infantil Teleton (Acesso em: 10/03/2019).

O Centro foi todo construído com o dinheiro arrecadado das doações, por isso a dificuldade em finalizar de imediato o projeto. O fato de ter sido implantado em um

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país que passava por momentos críticos na política na época, também atrasou a obra.

O arco treliçado característico do edifício, é feito em tijolos de cerâmica, marca registrada do arquiteto responsável, também usado em outras obras. A intenção do uso desse material é mostrar que é possível fazer uma obra criativa elegante e de qualidade, com uso de matéria prima de baixo custo.

Figura 13 – Arco de tijolo cerâmico

Fonte: Site Viva Decora – Arquiteto Solano Benítez (Acesso em: 10/03/2019).

Entre os edifícios, grandes espaços vazios são preenchidos com jardins, compondo o paisagismo do Centro. A área de espera no edifício administrativo, é separada dos consultórios por arcos em um jardim.

Figura 14 – Área externa que dá acesso ao edifício ambulatorial

Fonte: Revista AU – Especial Teletón (Acesso em: 10/03/2019).

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No edifício principal, onde estão alocados os consultórios e salas de acolhimento, o tijolo aparente também está presente em meio à composição da fachada. Dentro dele, dois grandes jardins de inverno fazem a vez da iluminação natural aos ambientes.

Figura 15 – Planta Edifício de Atendimentos

Fonte: Site ArchDaily - Centro de Reabilitação Infantil Teleton (Acesso em: 10/03/2019).

Figura 16 - Cortes

Fonte: Site ArchDaily - Centro de Reabilitação Infantil Teleton (Acesso em: 10/03/2019).

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Figura 17 – Tijolos cerâmicos na fachada

Fonte: Site ArchDaily - Centro de Reabilitação Infantil Teleton (Acesso em: 10/03/2019).

4.2.3. Materiais e técnicas construtivas A cobertura é metálica com detalhes em vidro reciclado, também reaproveitada da construção anterior, apenas ajustada ao novo pé direito. As paredes foram feitas em tijolos cerâmicos, bem como o arco treliçado principal.

4.2.4. Análise

Tabela 3 – Análise SWOT – Teleton TABELA DE ANÁLISE PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

- Conforto térmico das paredes de tijolo cerâmico

- Recursos limitados para manter

- Iluminação natural

o centro

- Planta térrea - Uso de materiais reciclados na construção OPORTUNIDADES - Terreno com possibilidade de expansão dos edifícios

AMEAÇAS - Situação política local

Fonte: Elaborado pelo aluno (10/03/2019).

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4.3. CLÍNICA FISIO - ESPANHA 4.3.1. Ficha Técnica  Arquiteto Responsável: Pedro Salinas Aivar  Local: Granada, Espanha  Projeto: CUAC arquitectura  Inauguração: 2016  Área construída: 80m² 4.3.2. Descritivo do projeto Por se tratar de um antigo ponto comercial, a clínica é bastante compacta, senso assim, o arquiteto optou por integrar todos os ambientes, para melhor aproveitamento do espaço, de modo que não houvessem corredores.

Figura 18 – Clínica Fisio

Fonte: Site ArchDaily – Clínica Fisio (Acesso em: 10/03/2019).

Os equipamentos usados nos exercícios são usados como elementos na decoração da clínica.

Figura 19 – Planta geral/Setorização

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Fonte: Site ArchDaily – Clínica Fisio (Acesso em: 10/03/2019 – Setorizado pelo aluno).

Como é possível perceber em planta, todos os ambientes estão interligados. A clínica é bastante compacta, com apenas 80m². A sala de Pilates é multiuso, podendo se adaptar conforme a necessidade e o tipo de atendimento.

Figura 20 – Sala de Pilates

Fonte: Site ArchDaily – Clínica Fisio (Acesso em: 10/03/2019).

As paredes são vazadas até certo ponto, assim os equipamentos podem ser organizados e expostos.

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Figura 21 – Equipamentos de Pilates

Fonte: Site ArchDaily – Clínica Fisio (Acesso em: 10/03/2019).

Figura 22 – Elevação frontal

Fonte: Site ArchDaily – Clínica Fisio (Acesso em: 10/03/2019).

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Figura 23 – Vista lateral direita

Fonte: Site ArchDaily – Clínica Fisio (Acesso em: 10/03/2019).

4.3.3. Conceito e partido A ideia principal do arquiteto era de = preservar o exibicionismo da antiga construção, desse modo, ao manter as grandes aberturas existentes, o interior fica conectado ao exterior através das vidraças.

Figura 24 – Sala de Pilates com vista para a rua

Fonte: Site ArchDaily – Clínica Fisio (Acesso em: 10/03/2019).

4.3.4. Materiais e técnicas construtivas A reforma do espaço para transformá-lo em clínica se deu com materiais comuns de construção, foi usado concreto armado na estrutura, gesso no forro e

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acabamento das paredes, plástico e resina nos detalhes que compõem a estética do interior e vidro nas fachadas e divisão dos ambientes. O chão é feito em porcelanato líquido na cor cinza, contrastando com o vermelho dos detalhes.

4.3.5. Análise Tabela 4 – Análise SWOT – Clínica Fisio TABELA DE ANÁLISE PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS - Bom aproveitamento do espaço - Por se tratar de um espaço - Design moderno da clínica

comercial já existente, não há

- Planta térrea

possibilidade de expansão - Poucas especialidades atendidas - Capacidade de atendimento

OPORTUNIDADES - Facilidade de acesso por parte dos

reduzida devido ao porte da clínica AMEAÇAS - Bem em frente a uma via

pacientes

movimentada, a poluição sonora pode ser incômoda Fonte: Elaborado pelo aluno (10/03/2019).

4.4.

ANÁLISE GERAL DOS ESTUDOS DE CASO Todos os edifícios pesquisados atendes especialidades da área de fisioterapia

e reabilitação. No Sarah Lago Norte e no Teleton, os terrenos são amplos e existe a possibilidade de ampliação, em ambos também foram usadas técnicas de conforto ambiental e térmico, proporcionando maior comodidade ao paciente.

A Clínica Fisio é de porte bem menor que os outros estudos, porém com a inovadora proposta de integrar todos os ambientes (sem o uso de corredores) ao passo que integra o interior ao exterior da clínica.

Dos estudos realizados, foram absorvidas referências quanto ao fluxo e sustentabilidade dos projetos, que serão usadas no desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso.

5. VISITAS TÉCNICAS

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5.1. CLÍNICA VALÉRIO – JACAREÍ, SP  Localização: Av. Nove de Julho, 96 - Centro - Jacareí / SP  Visita realizada na data: 08/03/2019 às 14h00

A Clínica Valério está localizada em uma das principais e mais movimentadas avenidas de Jacareí, facilitando seu acesso tanto para quem é da cidade, quando para que vem, por exemplo, de São José dos Campos (cidade vizinha).

A clínica oferece atendimentos de Fisioterapia, Acupuntura, Alongamento, Hidroareróbica, Hidroginástica, Musculação, Nutrição, Natação, Pilates, Reiki, RPG e Yoga. O propósito é oferecer atividades variadas, com acompanhamento especializado e personalizadas de acordo com a avaliação dos pacientes, que podem ser crianças, adultos ou idosos em recuperação ou apenas interessados em praticar atividades físicas com segurança.

Como método construtivo, a clínica é feita em alvenaria estrutural, com esquadras em alumínio e vidro.

A visita foi guiada pela Dr.ª Maria Tereza Valério, que mostrou toda a unidade e explicou o uso de cada espaço.

Figura 25 - Fachada/Entrada: Clínica Valério

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

5.1.1. Pavimento Térreo

53

No primeiro pavimento da unidade encontra-se a recepção (cuja área de espera não pode ser fotografada devido à presença de pacientes, para que fosse preservada sua privacidade), com os sanitários masculino, feminino e PNE.

Figura 26 - Recepção

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Seguindo pelo corredor, estão as salas de Recuperação Postural (RPG), Acupuntura, e Micro fisioterapia, ministradas pela Dr.ª Maria Tereza, responsável pela clínica e guia da visita.

Figura 27 - Sala de RPG, Acupuntura e Micro fisioterapia

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

54

A clínica conta com profissionais de diversas áreas, sendo dois ortopedistas, um deles especializado no atendimento infantil (ortopedia pediátrica).

Figura 28 - Sala de ortopedia adulta

Figura 29 - Sala de ortopedia pediátrica

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Apesar de não oferecer todos os serviços de hidroterapia, a clínica possui dois turbilhões voltados para o tratamento de fraturas em membros superiores e inferiores.

Figura 30 - Turbilhões de Hidroterapia

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

55

Ainda no pavimento térreo, a Sala de Nutrição, onde é feito o trabalho de orientação

e

acompanhamento

da

dieta

dos

pacientes

e

a

Fisioterapia

Uroginecológica que é voltada aos pacientes com incontinência urinária, dores relacionadas às cicatrizes cirúrgicas, etc, além de evitar ou postergar procedimentos cirúrgicos.

Figura 31 - Sala de Nutrição e Fisioterapia Uroginecológica

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Na sala de cinesioterapia, ocorrem tratamentos que estimulam a resposta muscular do paciente por meio de aparelhos e exercícios específicos, massagens, etc.

Figura 32 – Sala de Cinesioterapia

56

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

A clínica conta com duas piscinas, sendo uma delas menor, voltada para hidroginástica e outra maior, para natação, sobre ela um mezanino sobre o qual ainda será falado.

Figura 33 – Piscina de Hidroginástica

Figura 34 - Vestiário Masculino

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Figura 35 – Vestiário Feminino Figura 36 – Piscina para Natação

57

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Figura 38 – Vestiário Masculino

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Figura 37 – Mezanino

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Figura 39 – Vestiário Feminino

58

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

No que diz respeito à acessibilidade, a clínica conta com ambientes acessíveis e um elevador panorâmico que liga o pavimento térreo ao superior.

Figura 40 – Elevador panorâmico

Fonte: Autoria do aluno.

5.1.2. Pavimento Superior e Mezanino No pavimento superior, encontra-se uma antessala para espera do atendimento e uma sala para prática de ioga (que não puderam ser fotografadas devido à presença de pacientes).

No mezanino, que fica sobre a piscina de natação, está a academia, com todos os equipamentos ergonômicos voltados para exercícios de musculação e fortalecimento de membros.

Figura 41 – Academia

59

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

De volta à entrada da clínica, encontra-se o estacionamento para cerca de 10 (dez) carros.

Figura 42 – Estacionamento

Figura 43 – Jardim

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

5.1.3. Análise de SWOT Tabela 5 - Análise SWOT – Clínica Valério TABELA DE ANÁLISE PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

- Equipamentos

- Falta de tratamento paisagístico

- Suporte profissional

- Imóvel improvisado

60

- Programa de atividades - Facilidade de acesso OPORTUNIDADES - Exploração de diversas modalidades de tratamento

AMEAÇAS - Poluição sonora devido ao fluxo intenso na via movimentada que passa em frente Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

5.1.4. Conclusão Com a visita, de acordo com o que foi observado e com as informações coletadas, conclui-se que o imóvel, a princípio, não era voltado à saúde, foi adquirido como residência e adaptada como uma clínica, ampliada e adequada ao uso com o tempo.

Foi notada também a falta de um espaço de paisagismo, já que o espaço conta com pouca ou nenhuma área permeável.

No geral, a clínica possui equipamentos modernos, salas privativas e confortáveis para o atendimento, além de profissionais de diversas áreas de atuação (dentro do contexto da fisioterapia) e o atendimento humanizado, itens que serão de grande importância no desenvolvimento do projeto deste Trabalho de Conclusão de Curso.

Figura 44 - Comprovante fotográfico da visita

Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

61

5.2. CARDIOFIT – JACAREÍ, SP  Localização: Rua Dom Pedro II, 84 – Jd. Leonídia - Jacareí / SP  Visita realizada na data: 20/03/2019 às 15h00 A Clínica de Fisioterapia e Reabilitação Cardiofit, está localizada próximo à Prefeitura Municipal de Jacareí, próxima a um ponto de ônibus e outras cínicas médicas. O acesso pode ser facilmente feito pela região central da cidade e também pela Rodovia Presidente Dutra (para quem vem de outras cidades, como São José dos Campos, por exemplo), já que está localizada próximo ao acesso para a rodovia.

Os atendimentos oferecidos pela clínica são: cardiologia, fisioterapia, pilates, nutrição,

hidroginástica,

fortalecimento

muscular,

hidroterapia,

natação

alongamento,

adulto

avaliação

e

e

infantil,

próteses

aeróbica, plantares,

massoterapia, podologia e badagem funcional. A clínica visa atender pacientes crianças, adultos ou idosos, em estado de recuperação pós-operatória, reabilitação pós-traumática ou interessados em melhorar o condicionamento físico com avaliação e acompanhamento de fisioterapeutas e profissionais capacitados.

O método construtivo da clínica é basicamente alvenaria com acabamento em gesso, esquadrias em ferro e algumas em vidro temperado.

A visita foi guiada pela Dr.ª Adriana Samico, fisioterapeuta que atua na clínica e explicou todo o uso dos espaços.

Figura 45 – Fachada/Entrada e estacionamento: Cardiofit

62

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

5.2.1. Pavimento Térreo No primeiro pavimento da unidade encontra-se o estacionamento na entrada, com 7 vagas para carros, ao entrar na clínica, está a recepção com três postos de atendimento e duas áreas de espera, sendo uma para os consultórios e uma para terapias.

Figura 46 – Espera I (consultas)

Figura 47 – Espera II (terapias)

Fo nte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Seguindo pelo corredor de atendimento dos consultórios está a sala de RPG, Fisioterapia e Massoterapia, num mesmo ambiente, seguida da piscina de Hidroginástica e Hidroterapia.

Figura 48 – Sala de RPG, Fisioterapia e Massoterapia

63

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Figura 49 – Piscina para Hidroginástica e Hidroterapia Nas dependências da piscina estão os vestiários masculino e feminino.

Figura 50 – Vestiário Masculino

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Figura 51 - Vestiário Feminino

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Nos fundos do terreno, próximo à piscina, uma copa e vestiário para funcionários (um masculino e um feminino, que não puderam ser fotografados, por estarem em uso).

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Figura 52 – Copa

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Figura 53 – Vestiário dos funcionários (masculino e feminino)

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

5.2.2. Pavimento Superior No pavimento superior estão as salas de condicionamento físico e estudos de pilates.

No final das escadas, está a segunda sala de Fisioterapia e RPG, onde acontecem tratamentos de patologias nas áreas de ortopedia, reumatologia, pneumologia, pré e pós-cirúrgico, etc.

Também é realizado na clínica o estudo e tratamento de desvios posturais ou deformidades adquiridas ou congênitas.

Figura 54 – Sala II de RPG e Avaliação

65

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Figura 55 – Elevador de acesso

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

A sala de condicionamento bem equipada com diversos equipamentos para uso dos pacientes com acompanhamento profissional do educador físico, nutricionista e fisioterapeutas da clínica.

Figura 56 – Sala de condicionamento físico

66

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Outros três consultórios de fisioterapia estavam em atendimento, por isso não foi possível fotografar, bem como a sala de pilates.

Figura 57 – Sala de prática de pilates

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Figura 58 – Hall de espera

Fonte: Autoria do aluno (20/03/2019).

Do outro lado do corredor, estão as salas de eletrocardiograma e geriatria (que estava em atendimento), além de uma “mini farmácia” onde a clínica armazena e ministra alguns medicamentos para os pacientes, e mais uma sala de fisioterapia.

67

Figura 59 – Sala de eletrocardiograma

Fonte: Autoria do aluno.

Figura 60 – Sala de armazenagem de

Figura 61 – Sala de fisioterapia

medicamentos

Fonte: Autoria do aluno.

5.2.3. Análise de SWOT

Fonte: Autoria do aluno.

68

Tabela 6 – Análise SWOT – Centerfisio TABELA DE ANÁLISE PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

- Equipamentos

- Falta de tratamento paisagísco.

- Suporte profissional - Programa de atividades OPORTUNIDADES - Exploração de diversas

AMEAÇAS - Poluição sonora devido ao fluxo intenso na

modalidades de tratamento

via movimentada que passa em frente - Sem possibilidade de expansão Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

5.2.4. Conclusão De acordo com o que pode ser observado na visita, a clínica é bem equipada e oferece serviços variados, com todo o apoio para o processo de reabilitação e condicionamento físico dos pacientes.

A clínica foi projetada para essa finalidade e não tem espaço para ampliações futuras, se este fosse o caso. Também foi notada a total ausência de área permeável ou qualquer paisagismo no entorno.

No geral, foi possível notar a boa distribuição dos ambientes, com o fluxo de pacientes controlado por duas recepções de acordo com o tipo de atendimento, o que reduz o tempo de espera. Os materiais são novos e as salas privativas, confortáveis ao uso, além de profissionais especializados e dedicados ao atendimento. A distribuição do fluxo e o caráter de acolhimento da clínica serão de grande importância no desenvolvimento do projeto para o Trabalho de Conclusão de Curso.

Figura 62 - Comprovante fotográfico da visita

69

Fonte: Autoria do aluno.

5.3. INSTITUTO RODRIGO FORTES – JACAREÍ, SP  Localização: Rua Nebraska, 133 – Jd. Flórida – Jacareí / SP  Visita realizada na data: 21/03/2019 às 14h45 O Instituto Rodrigo Fortes, que é bastante conhecido na cidade de Jacareí, recentemente mudou as instalações da clínica para um novo endereço, com o edifício especialmente projetado para esse fim. A localização é bastante afastada do centro da cidade, em região predominantemente residencial, relativamente próxima à saída da Rodovia Presidente Dutra, que facilita o acesso para quem vem de outras cidades, como São José dos Campos.

Dentre os atendimentos oferecidos pela clínica estão: fisioterapia, terapia biopsicossocial para dor, reabilitação de coluna, programa de educação terapêutica em dor, acupuntura e medicina oriental, ortopedia, hidroterapia, condicionamento físico, eletroterapia, psicoterapia, pilates, laserterapia e nutricionista.

A clínica foi construída em alvenaria estrutural, com acabamento em gesso e esquadrias em pvc, sendo algumas em vidro temperado.

A visita foi guiada pela administradora da clínica Adriana Santos, que mostrou os ambientes e o uso dos espaços. Durante a visita, algumas salas não puderam ser visitadas por estarem em atendimento.

Figura 63 - Fachada/estacionamento - Instituto Rodrigo Fortes

70

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

5.3.1. Pavimento Térreo No pavimento térreo da clínica, logo depois do estacionamento, está a recepção e a área de espera (que não pode ser fotografada para preservar a privacidade dos pacientes.

Figura 64 - Recepção

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Figura 65 - Espera

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Seguindo pelo corredor, estão os consultórios (que em sua maioria estavam ocupados por pacientes em atendimento e por isso não puderam ser fotografados).

São dois consultórios de fisioterapia, um de consulta inicial e um laboratório de análise postural.

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Figura 66 - Consultório de fisioterapia

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Mais ao fundo do terreno, ainda no térreo, está a piscina de hidroterapia, cujo ambiente é preservado à 33ºC para estimular a recuperação dos pacientes, junto aos vestiários masculino e feminino. Ao lado da piscina, uma pista de caminhada para auxiliar no condicionamento dos pacientes.

Figura 67 - Piscina de hidroterapia

Figura 68 - Vestiário Masculino

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Figura 69 - Vestiário feminino

72

Figura 70 - Pista de caminhada

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Ao longo do percurso até as escadas foram vistos mais dois consultórios indiferenciados que estavam em uso.

5.3.2. Pavimento Superior No

pavimento

superior

ficam

as

salas

de

nutrição,

psicoterapia,

condicionamento físico, pilates e elevador, que vem sendo aprimorado em questão de equipamentos.

Figura 71 - Sala de nutrição

Figura 72 - Sala de Psicoterapia

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

73

Figura 73 - Sala de condicionamento

Figura 74 - Sala de Pilates

fĂ­sico

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

Figura 75 - Elevador

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

74

5.3.3. Análise de SWOT Tabela 7 – Análise SWOT – Instituto Rodrigo Fortes TABELA DE ANÁLISE PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

- Suporte profissional

- Falta de tratamento paisagísco

- Programa de atividades

- Sala de condicionamento com poucos equipamentos

OPORTUNIDADES - Exploração de diversas modalidades

AMEAÇAS - Bairro residencial

de tratamento Fonte: Autoria do aluno (08/03/2019).

5.3.4. Conclusão Com a visita foi possível observar que a clínica é nova, construída especialmente para este fim, por isso alguns pontos poderiam ter sido pensados de forma diferente, como por exemplo a “mureta” que circula a porta do vestiário, que segundo a funcionária é para evitar que a água escorra pelo piso de toda a área, mas na verdade é inviável para pacientes com algum tipo de deficiência.

Estruturalmente falando, a clínica já possui marcas de mofo e até algumas rachaduras, o que é um ponto negativo considerando a idade da construção.

No quesito equipamentos, a clínica possui uma boa variedade, inclusive alguns mais tecnológicos, mas pode ser notada a falta de equipamentos de condicionamento no salão do piso superior.

A variedade de serviços oferecidos pela clínica também é algo bastaante positivo, já que são acompanhados vários estágios da recuperação do paciente.

No geral, a clínica atende o que foi proposto e possui bom fluxo de pacientes, que poderá ser usado como referência para o Trabalho de Conclusão de Curso.

75

Figura 76 - Comprovante fotográfico da visita

Fonte: Autoria do aluno (21/03/2019).

5.4.

INSTITUTO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP (IMREA)  Localização: Rua Domingos de Soto, 100 – Vila Mariana – São Paulo / SP  Visita realizada na data: 02/04/2019 às 10h00

O IMREA, mantido pela Faculdade de Medicina da USP, é responsável pelo comitê gestor da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que dá nome ao hospital e possui unidades espalhadas pela capital e interior de São Paulo. Seus principais produtos, além da assistência à saúde, a educação e pesquisa. O Instituto é referência no tratamento de limitações congênitas e/ou adquiridas.

Com boa localização, a unidade está situada logo ao lado de uma estação de metrô, o que facilita o acesso para pacientes que vem de longe em busca de atendimento.

Os atendimentos oferecidos são separados em exames clínicos e procedimentos de reabilitação, realizados por uma equipe multiprofissional, essas equipes se dividem em áreas especializadas em: lesão medular, paralisia cerebral e retardo de desenvolvimento neuropsicomotor, síndromes paralíticas, sequelas de AVC e trauma cranioencefálico, afecções musculoesqueléticas, fibromialgia,

76

amputações, hemofilia, doenças neurodegenerativas, dor crônica e sequelas de fraturas e lesões osteomusculares.

Participando de programas de residência médica, o IMREA promove cursos de especialização para profissionais de saúde em reabilitação, visando a recuperação e inclusão de seus pacientes.

O método construtivo da clínica é basicamente alvenaria estrutural, com suas superfícies laváveis com revestimento de piso liso sem frestas para resistir aos processos de desinfecção e higienização.

A visita foi guiada pela funcionária Cristiane, que não autorizou o registro fotográfico dos ambientes do hospital em respeito à privacidade dos pacientes. As plantas foram fornecidas pelo escritório L+M Gets (Gestão de espaços e tecnologias em saúde).

Figura 77 - Fachada do IMREA - Rua Domingos Soto

Fonte: Site Rede de Reabilitação Lucy Montoro (Acesso em 04/04/2019)

Figura 78 - Implantação

Fonte: Escritório L+M Gets (Setorizado pelo aluno em 04/04/2019)

77

5.4.1. Subsolo No subsolo estão as salas de fisioterapia e alguns leitos de observação para casos de emergência. O foco do atendimento é pós-hospitalar, ou seja, os pacientes chegam com um diagnóstico previamente estabelecido. A circulação é feita por meio de rampas e elevadores próprios para transporte de macas.

Figura 79 - Subsolo - Setorização

Fonte: Escritório L+M Gets (Setorizado pelo aluno em 04/04/2019)

5.4.2. Pavimento térreo No pavimento térreo, no nível da Rua Domingos Soto, está a recepção, o saguão principal, o estacionamento e a área coberta para ambulâncias, também estão as salas de apoio administrativo e uma área que seria destinada a uma lanchonete, mas que, segundo a funcionária Cristiane, está inativa.

Figura 80 - Pavimento térreo - Setorização

Fonte: Escritório L+M Gets (Setorizado pelo aluno em 04/04/2019)

78

5.4.3. Primeiro pavimento O primeiro pavimento concentra todo o setor administrativo do Instituto e o acesso ao auditório existente (as plantas são do pós-reforma, datado de 2011, por isso não contemplam o auditório).

Figura 81 - Primeiro pavimento - Setorização

Fonte: Escritório L+M Gets (Setorizado pelo aluno em 04/04/2019)

5.4.4. Segundo pavimento No segundo pavimento estão situadas outras salas de fisioterapia, incluindo os boxes de terapias, o ginásio multi-atividades e a área de atividades de vida prática, onde os exercícios visam reinserir o paciente na sociedade por meio de situações básicas presentes no cotidiano. A sala de robótica com aparelhos modernos que auxiliam os pacientes na recuperação da mobilidade e a área destinada à eletroterapia. Foi ressaltado pela funcionária que acompanhou a visita, que

os

pacientes

devem

comparecer

obrigatoriamente

ao

atendimento

acompanhados de um familiar ou tutor, para que o mesmo possa participar do processo de reabilitação. Também segundo informações coletadas durante a visita, todas as salas de fisioterapia são indiferenciadas, ou seja, podem ser usadas para outros fins e outros profissionais do IMREA.

79

Figura 82 - Segundo pavimento - Setorização

Fonte: Escritório L+M Gets (Setorizado pelo aluno em 04/04/2019)

5.4.5. Terceiro pavimento Já no terceiro pavimento estão os leitos de internação, onde os pacientes ficam instalados por um curto período de tempo durante o tratamento. Todos os apartamentos contam com sanitário individual, frigobar e sofá. Conforme informações, os pacientes só ficam nos quartos durante a noite, em descanso ou para banho, o cronograma de atividades é feito para durar o dia inteiro, aproveitando ao máximo o tempo no Instituto. A área dos leitos não foi liberada para visita em respeito à privacidade dos pacientes.

Figura 83 – Terceiro pavimento - Setorização

Fonte: Escritório L+M Gets (Setorizado pelo aluno em 04/04/2019)

80

5.4.6. Quarto pavimento/Pavimento técnico No quarto pavimento, ou pavimento técnico, está localizada a casa de máquinas.

Figura 84 – Pavimento técnico/Casa de máquinas - Setorização

Fonte: Escritório L+M Gets (Setorizado pelo aluno em 04/04/2019)

5.4.7. Laje - Setorização Na laje, não considerada como pavimento, já que não possui divisões de ambientes, estão os painéis solares fotovoltaicos que fornecem energia para todo o complexo.

Figura 85 - Laje - Setorização

Fonte: Escritório L+M Gets (Setorizado pelo aluno em 04/04/2019)

81

5.4.8. Análise de SWOT Tabela 8 – Análise SWOT – IMREA TABELA DE ANÁLISE PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

- Equipamentos/tecnologias utilizadas

-

Fila

- Equipe multiprofissional

atendimento

- Programa de atividades OPORTUNIDADES - Exploração de diversas modalidades de

-

tratamento

expansão

de

espera

AMEAÇAS Pouco espaço

por

para

- Programa educacional Fonte: Autoria do aluno (04/04/2019).

5.4.9. Conclusão O espaço conta com equipamentos de última geração para o tratamento de deficiências, além de profissionais de diversas áreas para auxiliar em todo o processo de recuperação dos pacientes.

A construção é inteiramente acessível, com pisos frios e lisos, facilitando a limpeza e desinfecção dos ambientes. A área externa, com leve tratamento paisagístico, foi pensada para aproveitas as árvores existentes e fazer pequenos circuitos como parte das atividades dos pacientes.

Como a unidade já passou por uma reforma, entregue em 2011, restou pouco espaço para futuras expansões, o que parece não prejudicar o atendimento, já que a estrutura atual atende plenamente à demanda.

Foi questionado durante a visita, já que está diretamente relacionado ao tema deste trabalho, o principal perfil dos pacientes atendidos pela unidade e de acordo com a funcionária Cristiane, são jovens adultos de 25 a 35 anos, sua maioria composta por homens, acidentados no trânsito, principalmente motociclistas. As lesões geralmente são medulares ou amputações.

Pode-se concluir com a visita que foi a mais importante para este Trabalho de Conclusão de Curso por se tratar de um hospital completo e inteiramente pensado para a reabilitação.

82

Figura 86 - Comprovante fotográfico da visita

Fonte: Autoria do aluno (02/04/2019).

6. ÁREA DE INTERVENÇÃO A cidade escolhida para a implantação do Centro de Reabilitação, foi Mogi das Cruzes, que possui localização privilegiada, já que está a apenas 50km da Grande São Paulo, na região do Alto Tietê e tem acesso pelas três principais vias do estado: a Ayrton Senna, a Rodovia Presidente Dutra e a Rio-Santos.

Além de uma das principais cidades do corredor econômico do país, Mogi também carrega uma história importante da cultura cafeeira, já que era rota de acesso à cidade de São Paulo e recebia grandes quantidades de pessoas, riquezas e suprimentos. Parte das construções do centro da cidade datam dessa época, algumas delas preservadas e outras se deteriorando devido a ação do tempo.

Mapa 1 – Localização da área de intervenção: Brasil > São Paulo > RMSP > Mogi das Cruzes

83

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.1.

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO (RMSP) A Região Metropolitana de São Paulo foi criada em 1973, pela Lei

Complementar nº 14 (oficializada apenas em 2011), que determinou a criação das regiões metropolitanas de algumas capitais, visando integrar o desenvolvimento econômico e social, políticas públicas, serviços de abastecimento, etc. Os municípios que compõem essas regiões também possuem benefícios como prioridade no recebimento de recursos por parte do Governo do Estado. É composta por 39 municípios divididos em sub-regiões: Norte, Leste, Sudeste, Sudoeste e Oeste, a capital paulista faz parte de todas as regiões.

Por abrigar a principal metrópole do país, a RMSP é o centro das decisões mais importantes do estado. Além disso, possui uma vasta oferta de serviços de cultura, educação, transporte e gastronomia.

Mapa 2 – Sub-regiões

84

Fonte: Site EMPLASA – RMSP (Acesso em 10/03/2019).

6.2.

ALTO TIETÊ (SUB-REGIÃO LESTE) A região do Alto Tietê, ou sub-região leste da RMSP, é composta por 11 (onze)

municípios, possui extensa área de vegetação e importantes mananciais, como o rio Tietê, pelo qual é conhecida.

Economicamente falando, a região é bastante diversificada, pois graças ao “Cinturão verde” ao qual faz parte, é a responsável por abastecer a capital paulista e diversas regiões do país. É referência no setor de hortifrutigranjeiros, além da produção de flores, em especial orquídeas. O comércio na região é bem amplo e as cidades de Mogi das Cruzes e Guarulhos estão entre as 100 (cem) cidades brasileiras com maior potencial de consumo. O Alto Tietê também abriga um dos maiores parques industriais do estado, com a presença de grandes empresas, contribuindo com a geração de empregos e receita para o município.

Três, das onze cidades da região estão no ranking das maiores economias do Brasil, sendo elas: Guarulhos (13º), Mogi das Cruzes (69º) e Suzano (87º).

Mapa 3 – Região a ser atendida: Alto Tietê

85

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.3.

MOGI DAS CRUZES A fundação da cidade de Mogi das Cruzes data de 1560, quando o

bandeirante Braz Cubas chegou ao território em busca de ouro.

Mogi é famosa por sua colônia japonesa, que imigrou para o Brasil entre as décadas de 1920 e 1940, se instalaram nos cafezais paulistas e se espalharam por todo o estado.

A cidade é abastecida pelo Rio Tietê, que a corta de ponta a ponta, tem cerca de 433.901 habitantes (Estimativa da população 2017, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), grande parte composta por jovens universitários.

Está cercada pela Serra do Itapeti e Serra do Mar, o que faz com que do total da área do município, cerca de 65% é composta por áreas de preservação ambiental.

A economia da cidade gira em torno do setor terciário, grande atividade industrial e agrícola, sendo um dos maiores produtores hortifrutigranjeiros do estado de São Paulo (área de domínio dos imigrantes japoneses que revolucionaram as técnicas de cultivo e irrigação de frutas, flores e verduras).

86

6.4.

BAIRRO MOGILAR O bairro Mogilar, situado no município de Mogi das Cruzes onde se encontra

o terreno, era um local agradável, com várias árvores frutíferas, haviam poucas casas e comércios no bairro, como ainda não havia pavimento, as ruas de terra alagavam em períodos de chuva. Clubes de dança e ringue de patinação eram as fontes de entretenimento no local em meados dos anos 50.

No final de 1957 um grupo de mogianos decidiu que a cidade deveria ter um Jockey Club. Após algumas reuniões, foi convocada uma assembleia de constituição da nova entidade, na sede da Associação Comercial, que então ocupava uma casa na Avenida Pinheiro Franco, em frente à Praça Firmina Santana. Aproximadamente 200 cidadãos mogianos aderiram prontamente ao projeto.

A ideia era construir uma raia de corrida, iluminada e com arquibancadas, também uma vila hípica para acolher os cavalos e transformar o Jockey Club de Mogi das Cruzes num referencial de turfe brasileiro. A pista foi construída, a arquibancada ficou pela metade, sem a cobertura e a vila hípica, anos depois, cedeu lugar ao Depósito da Prefeitura no Bairro do Mogilar.

No dia 4 de setembro de 1961 morreu Sebastiana de Almeida Mello Freire, a Yayá Mello Freire, proprietária das terras onde se instalou o Jockey Club e hoje são ocupadas pelo campus da Universidade Brás Cubas.

Os mogianos que idealizaram o Jockey entraram em contato com os administradores de sua fortuna e conseguiram celebrar um acordo para ocupar as terras do Mogilar. Até que em 13 de dezembro de 1968, o Tribunal de Justiça de São Paulo exarou sentença decidindo que, à falta de herdeiros legais, todo o patrimônio de Yayá deveria ser transferido para a Universidade de São Paulo. Sem resultados financeiros capazes de manter o acordo inicial, o sonho do Jockey Club de Mogi terminou 10 anos depois de começar a ser vivido.

O novo prefeito, Waldemar Costa Filho, eleito em 1969 desapropriou as terras da Chácara de Yayá e o espaço ocupado pelo Jockey e vendeu a preço simbólico, vastas áreas para as Universidades de Mogi das Cruzes e Braz Cubas.

Pela desapropriação, a prefeitura foi condenada a pagar, em 1976, o equivalente a US$ 700 mil para a Universidade de São Paulo.

87

Atualmente, Mogilar é um dos principais e mais cobiçados bairros de Mogi das Cruzes, com ruas largas e infraestrutura completa, próximo ao comércio, ao shopping da cidade, transporte coletivo frequente, rodoviária, hospitais e às universidades. Está em constante crescimento, principalmente devido ao surgimento de empreendimentos residenciais.

6.5.

ANÁLISE DO TERRENO Localização: Esquina da Rua Masuzo Maniwa com a Rua Yoshiteru Onishi,

Bairro Mogilar, Mogi das Cruzes – SP.

Mapa 4 – Localização do terreno

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.5.1. Premissas As premissas que nortearam a escolha do terreno para o projeto foram: 

Facilidade de acesso, tanto para quem é da cidade, quanto para quem vem

 

de fora; Proximidade de outros equipamentos urbanos, principalmente rodoviária; Topografia consideravelmente plana do terreno;

88

6.5.2. Potencialidades e fragilidades

Tabela 9 – Potencialidades x Fragilidades do local de intervenção POTENCIALIDADES - Próximo às universidades,

FRAGILIDADES - Próximo a vias movimentadas, de

rodoviária, AACD;

fluxo intenso de veículos em horários

- Topografia favorável

específicos

- Facilidade de acesso

- Próximo a áreas residenciais

- Área em expansão - Proximidade aos principais terminais de transporte coletivo - Proximidade a outros equipamentos urbanos de saúde Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.5.3. Justificativa da escolha O terreno no bairro Mogilar foi escolhido por atender às premissas do projeto, o acesso se dá pela principal avenida da cidade, a Av. Francisco Rodrigues Filho, o que aproxima o Centro de Reabilitação dos usuários. Há também o Terminal Rodoviário a poucos metros do terreno, além dos pontos de ônibus de linhas municipais.

A topografia do terreno é um grande atrativo, principalmente por se tratar de uma edificação inteiramente acessível.

A proximidade as universidades e aos outros serviços de saúde possibilita futuras parcerias e até mesmo integração dos atendimentos.

As fragilidades existem, mas podem ser vencidas com as devidas intervenções. Os pontos positivos se sobressaem.

89

6.5.4. Terreno

Figura 87 – Dimensões do terreno

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.5.5. Orientação Solar e Ventos Predominantes Figura 88 – Condicionantes ambientais

90

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.5.6. Levantamento topogrรกfico Figura 89 - Topografia do terreno

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.5.6.1.

Perfil topogrรกfico do terreno Figura 90 - Perfil topogrรกfico

91

Fonte: Google Earth, 23º30’39.42’’S 46º11’06.27’’O (Editado pelo aluno em 17/03/2019).

6.5.7. Levantamento fotográfico Figura 91 – Vista para a Rua Yoshiteru Onishi

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

Figura 92 – Vista para a Rua Masuzo Maniwa

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

92

6.5.8. Uso e ocupação do solo Mapa 5 – Uso e ocupação do solo

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.5.9. Cheios e Vazios Mapa 6 – Cheios e Vazios

93

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.5.10. Gabarito de altura Mapa 7 – Gabarito de altura

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.5.11. Sistema viário Mapa 8 – Sistema viário

94

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

6.5.12. Estudo de impacto de vizinhança Mapa 9 – Estudo de impacto de vizinhança

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

7.

DIRETRIZES E PREMISSAS Para o desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso foram

utilizadas as diretrizes e premissas constantes nas normas e legislações de níveis municipais, estaduais e federais, além dos órgãos que orientam a elaboração do projeto em conjunto com o programa de necessidades.

95

7.1.

LEGISLAÇÃO DE ORDENAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE MOGI DAS CRUZES (LOUOS) Segundo a LOUOS, a área de intervenção está localizada na ZDU-1 (Zona de

Dinamização Urbana), cujas características são: 

“Área de desenvolvimento econômico, onde preferencialmente devem ser instaladas atividades industriais compatíveis com as zonas urbanas do entorno, observando as regras e condições determinadas pela legislação estadual vigente e atividades do comércio atacadista e varejista, podendo absorver comércios e serviços, admitindo o uso residencial”.

Figura 93 - Zoneamento

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

Tabela 10 – Índices Urbanísticos ÍNDICES URBANÍSTICOS Taxa de ocupação (To) 40% Coeficiente de aproveitamento (Io) 4,00 Índice de elevação (Ie) 10 Lote mínimo (LM) 250,00m² Testada 12,00m² Recuo frontal (Rf) 5,00m Recuo lateral (Rl) 1,50m

96

Recuo dianteiro (Rd) Taxa de permeabilidade (TP)

1,50m 30%

Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

Tabela 11 – Cálculos de área Área do lote Área permitida Área permeável

CÁLCULOS 20.939m² 8.375,60m² 6.271,70m² Fonte: Elaborado pelo aluno (17/03/2019).

7.2.

LEI Nº 6766, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979 Dos requisitos urbanísticos para parcelamento do solo, os lotes deverão atender:



Áreas próprias para circulação de pedestres, implantação de equipamentos urbanos, espaços livres e de uso público, além de atender aos itens



constantes na lei municipal de acordo com a zona a que pertencem.

Os lotes deverão ter no mínimo 125m² de área e frente mínima de 5m, exceto quando o uso for específico previamente aprovado perante aos órgãos



públicos.

Quando ocorrer águas correntes ou dormentes, córregos, etc, nos arredores do lote, a edificação deverá respeitar o recuo de faixa não edificável de 15m de cada lado.

7.3.

NBR 9050/2015 – ACESSIBILIDADE E EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS.



Parâmetros antropométricos Para deslocamento de pessoas em cadeiras de rodas em linha reta é

necessário largura entre 1,50m e 1,80m, com proteção contra queda ao longo do percurso sempre que a inclinação for igual ou inferior a 0,60m. A proteção pode ser uma margem lateral pelo menos 0,60m antes do trecho inclinado (sinalizada com piso tátil) ou uma proteção vertical de 0,15m de altura ao longo do trecho. 

Informação e sinalização

97

Todas as informações devem ser apresentadas de forma completa, clara e objetiva, facilitando a compreensão, além de transmitidas por meios de sinalização táteis e visuais ou visuais e sonoros. 

Acessos e circulação Nas edificações e equipamentos urbanos, todas as entradas, bem como as

rotas de interligação às funções do edifício, devem ser acessíveis, a distância entre duas entradas acessíveis não pode ser superior a 50m, bem como o percurso até uma vaga de estacionamento acessível não deve ultrapassar essa distância.

A circulação pode ser feita de forma vertical por meio de escadas, rampas ou equipamentos eletromecânicos (elevadores, etc) e é acessível quando atender a no mínimo duas formas de deslocamento vertical. Os trechos de circulação devem ser revestidos com materiais lisos, de superfície regular e firme, antiderrapantes e sem a presença de padrões que possam causar impressão de tridimensionalidade, gerando insegurança.

A inclinação da superfície de pisos internos não pode ultrapassar 2%, para pisos externos a inclinação é de 3%, longitudinal de 5% e quando for igual ou superior a 5% são consideradas rampas e devem atender as diretrizes específicas.

Os desníveis de até 20mm são considerados normais, acima dessa altura, devem ser tidos como degraus e também atender as diretrizes específicas.

Recomenda-se uma área de descanso fora da área de circulação a cada 50m em áreas com inclinação de até 3% ou a cada 30m em áreas com inclinação de 3% a 5%, com instalação de bancos com encosto e braços. 

Rampas São consideradas rampas superfícies com declividade maior ou igual a 5%.

Para que a rampa seja confortável, é definido o limite máximo de 8,33% de inclinação. Em inclinações com mais de 50m de percurso, recomenda-se área de descanso nos patamares. 

Corrimãos e guarda-corpos Devem ser feitos em material rígido e firmemente fixados à uma distância

mínima de 4,0cm da parede e ter entre 3,0 e 4,0cm de largura, a altura deve ser

98

0,92m ou 0,70m do piso e devem prolongar-se por 0,30m antes do início e após o fim do percurso. 

Corredores Os corredores de circulação interna devem ser calculados de acordo com o

fluxo de pessoas, com percurso livre de barreiras e obstáculos, considerando as dimensões: a) 0,90m para corredores de uso comum com extensão até 4,00m; b) b) 1,20m para corredores de uso comum com extensão até 10,00m; e 1,50m para corredores com extensão superior a 10,00m; c) c) 1,50m para corredores de uso público; d) d) maior que 1,50m para grandes fluxos de pessoas, conforme aplicação da equação apresentada em 6.12.6. 

Estacionamento As vagas para estacionamento de veículos que conduzam ou sejam

conduzidos por pessoas com deficiência devem: a) ter sinalização horizontal; b) contar com um espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20m de largura, quando afastada da faixa de travessia de pedestres. Esse espaço pode ser compartilhado por duas vagas, no caso de estacionamento paralelo, ou perpendicular ao meio fio, não sendo recomendável o compartilhamento em estacionamentos oblíquos; c) ter sinalização vertical para vagas dentro e fora de vias públicas; d) quando afastadas da faixa de travessia de pedestres, conter espaço adicional para circulação de cadeira de rodas e estar associadas à rampa de acesso à calçada; e) estar vinculadas a rota acessível que as interligue aos polos de atração; f) estar localizadas de forma a evitar a circulação entre veículos. 

Circulação de pedestre em estacionamentos Para que ocorra a circulação segura de pedestres em estacionamentos, é

necessário deixar uma faixa de circulação de no mínimo 1,20m de largura até o local de interesse. 

Sanitários, banheiros e vestiários

99

Os sanitários, banheiros e vestiários devem estar em rotas acessíveis, próximas à circulação principal, considerando que a distância máxima a ser percorrida até um sanitário não deve ultrapassar 50m. Devem ser acessíveis e possuir entrada independente, para que pessoas do sexo oposto possam acompanhar a pessoa com deficiência. Os vestiários e sanitários de uso público devem ter no mínimo 5% das peças sanitárias acessíveis, recomenda-se ainda uma bacia infantil para uso por pessoas de baixa estatura. Quando houver divisão por sexo. As peças devem ser consideradas separadamente para cálculo. 

Barras de apoio A instalação de barras de apoio deverá ser junto à bacia sanitária, na lateral e

no fundo, devem ser colocadas barras horizontais para apoio e transferência com, no mínimo, 0,80m de comprimento, a 0,75m de altura do piso acabado (medidos pelos eixos de fixação). A distância entre o eixo da bacia e a face da barra lateral ao vaso deve ser de 0,40m, estando está posicionada a uma distância mínima de 0,50m da borda frontal da bacia. A barra da parede do fundo deve estar a uma distância máxima de 0,11m da sua face externa à parede e estender-se no mínimo 0,30m além do eixo da bacia, em direção à parede lateral.

7.4.

RESOLUÇÃO – RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002

Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. 

Quantitativo de pacientes/mês atendidos:

A média do número de usuários atendidos deve considerar o estabelecido para cada modalidade de reabilitação, a saber: Reabilitação Auditiva: mínimo de 150 usuários/mês.

Reabilitação Física: mínimo de 200 usuários/mês.

Reabilitação Intelectual: mínimo de 200 usuários/mês.

Reabilitação Visual: mínimo de 150 usuários/mês. [...] 

Prestação de atendimento de apoio ao diagnóstico e terapia

100

Realizar procedimentos por meio da fisioterapia - através de meios físicos: Termoterapia (tratamento através de calor) -forno de Bier, infravermelho, Ultravioleta, ondas curtas, ultra-som e parafina; Eletroterapia (tratamento através de corrente elétrica) -corrente galvânica e corrente farádica; Cinesioterapia (tratamento através de movimento) -exercício ativo, exercício passivo e exercício assistido (com ajuda de aparelhos); Mecanoterapia (tratamento através de aparelhos) -tração cervical, tração lombar, bicicleta fixa, bota de Delorene, mesa de Kanavel, espelho de postura, barra de Ling, escada e rampa, roda de ombro, paralela, tatame e quadro balcânico; Hidroterapia (tratamento por meio de água) -turbilhão, tanque de Hubbad e piscina; b) por meio da terapia ocupacional; e, c) por meio da fonoaudiologia.

7.5.

PORTARIA Nº 2.728 “Estabelece os requisitos mínimos de ambientes para os componentes da

Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Anexo à portaria, está a tabela com o programa mínimo para cada CER.”

7.6.

NBR 9077- SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS Estabelece as condições exigidas para que as edificações possam ser

evacuadas com segurança em caso de incêndio, protegendo a integridade física dos ocupantes e facilitando o acesso por parte dos bombeiros. [...] 

Cálculo da população

101

O cálculo da população das saídas de emergência (Tabela 15) é feito de acordo com a sua ocupação definida pela Tabela 14.

Tabela 12 - Classificação das edificações quanto à sua ocupação

Fonte: NBR 9077, pág.26 - 2019

Tabela 13 - Dados para o dimensionamento das saídas

Fonte: NBR 9077, pág.29 - 2019



Larguras mínimas a serem adotadas As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes: a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para as

ocupações em geral, ressalvado o disposto a seguir; b) 2,20 m, para permitir a passagem de macas, camas, e outros, nas ocupações do grupo H, divisão H-3

102

4.4.3.2 As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180°, em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, devem manter uma largura mínima livre de 1,10 m para as ocupações em geral. 

Acessos Os acessos devem: a) permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes do prédio; b) permanecer desobstruídos em todos os pavimentos; c) ter larguras de acordo com o estabelecido em 4.4; d) ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,00 m; e) ser sinalizados e iluminados com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido nesta Norma.

Para número de saídas, ver Tabela 3 abaixo.

Tabela 14 - Número de saídas e tipos de escadas

Fonte: NBR 9077, pág.31 – 2019

103

7.7.

SOMASUS O Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde

(SOMASUS) é um sistema criado pelo Ministério da Saúde visando orientar os órgãos públicos municipais, estaduais ou federais, com uma série de cartilhas separadas

em

volumes,

que

auxiliam

na

elaboração

de

projetos

de

Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS), fornecendo referências de layouts e equipamentos necessários para cada ambiente.

Figura 94 - Layout - Área para prescrição médica

Fonte: SOMASUS, vol.3, pág. 92 - 2019

104

Figura 95 - Layout - Quarto

Fonte: SOMASUS, vol.3, pรกg. 98 - 2019

Figura 96 - Layout - Enfermaria

Fonte: SOMASUS, vol.3, pรกg.100 - 2019

105

Figura 97 - Layout - Sala de psicomotoricidade e ludoterapia

Fonte: SOMASUS, vol.2, pág.124 - 2019

Figura 98 - Layout - Sala para Recepção, Registro e Espera

Fonte: SOMASUS, vol.4, pág. 72 - 2019

106

Figura 99 - Layout - Box de Terapias

Fonte: SOMASUS, vol.2, pรกg. 110 - 2019

Figura 100 - Layout - Sala para Turbilhรฃo

Fonte: SOMASUS, vol.2, pรกg. 112 - 2019

107

Figura 101 - Layout - Piscina

Fonte: SOMASUS, vol.2, pรกg. 114 - 2019

Figura 102 - Layout - Salรฃo para Cinesioterapia e Mecanoterapia

Fonte: SOMASUS, vol.2, pรกg. 116 - 2019

108

Figura 103 - Layout - Consultório de Terapia Ocupacional (individual)

Fonte: SOMASUS, vol.2, pág. 118 - 2019

Figura 104 - Layout - Sala de Terapia Ocupacional (grupo)

Fonte: SOMASUS, vol.2, pág. 120 – 2019

109

7.8.

CÓDIGO SANITÁRIO DE SÃO PAULO - DECRETO N. 12.342, DE 27 DE



SETEMBRO DE 1978.

Os ambientes deverão seguir as dimensões mínimas estabelecidas no



Código Sanitário e nas Normas Técnicas pertinentes.

Os pés-direitos também deverão atender ao mínimo estabelecido pelas normas específicas, no caso de edificações destinadas à prestação de serviços deverão ser de 3,00m em pavimento térreo e 2,70m em pavimentos superiores, quando não estiverem especificados deverão ser de, pelo menos,

 

2,50m e para garagens, de 2,30m.

O edifício deve priorizar sempre ventilação e iluminação natural.

Corredores de uso privativo não devem exceder 10,00m de comprimento e as



escadas de uso comum deverão ter iluminação natural direta ou indireta.

Para maior conforto térmico, as áreas de ventilação natural deverão ser de,



no mínimo, metade da área de iluminação natural.

A escolha de materiais construtivos deverá ser adequada ao uso da



edificação e atender às normas vigentes.

A edificação deverá ser inteiramente impermeabilizada em todas as



superfícies sujeitas à infiltração.

As paredes deverão ser espessas o suficiente para atender às exigências de resistência, isolamento termo acústico e impermeabilidade de acordo com o



seu uso e as normas vigentes.

A cobertura deverá ser feita em materiais impermeáveis, resistentes a



incêndios e pouco condutores de calor.

Quanto às áreas molhadas como cozinhas, depósitos e sanitários, deverão ter pisos e paredes revestidas até altura mínima de 2,00m, sendo o



revestimento de material liso, resistente, lavável e impermeável.

Para sanitários contendo apenas uma bacia sanitária e um lavatório, a dimensão mínima é de 1,00m e área mínima de 1,50m². Contendo bacia sanitária e área para banho com chuveiro, a dimensão mínima permanece de



1,00m e a área mínima passa a ser 2,00m².

Para áreas contendo outros tipos ou combinações de aparelhos, o espaço



deverá ser projetado de modo que o uso seja cômodo.

O espaço entre os eixos de mictórios de uso coletivo deverá ser de, no



mínimo, 0,60m².

Vestiários deverão ter área mínima de 6,00m² ou seguir legislação específica ao uso do edifício.

110



Estabelecimentos de saúde, deverão atender as exigências de instalações e condições de trabalho gerais contidas no Código Sanitário e nas Normas



Técnicas Especiais, além das legislações federais.

Para Institutos ou Clínicas de Fisioterapia e Congêneres além das disposições supracitadas, dever ter: I – sala de administração com área mínima de 10m²; II –sala para exame com área mínima de 10 m²; III – sanitários em cada setor, afastados da área comum; IV - vestiários independentes para funcionários.

8.

PERFIL DO USUÁRIO O Centro de Reabilitação Psicomotora visa atender as chamadas vítimas

“não-fatais” de acidentes de trânsito, sem restrição de idade, da cidade de Mogi das Cruzes e Região do Alto Tietê, dando suporte e os tratamentos necessários não somente aos acidentados.

Entre os serviços oferecidos pela unidade, está o tratamento das lesões mais comuns, deficiências adquiridas nos acidentes como:  Trauma raquimedular (paraplegia, tetraplegia ou tetraparesia);  Trauma craniano (que pode paralisar todo um lado do corpo, dependendo do lado do ferimento);  Amputação de membros (que na maior parte dos casos ocorre em membros inferiores, podendo também acontecer nos membros superiores, com menor recorrência).

Além do atendimento psicoterapêutico buscando auxiliar as vítimas durante o processo de reabilitação, aceitação das limitações e reinserção na sociedade, também fornecendo o acompanhamento psicológico aos familiares/tutores de modo que também façam parte da recuperação do paciente.

Gráfico 3 – Tipos de Lesões em Acidentes de Trânsito

111

Fonte: Site Vias Seguras, Acesso em 04/03/2019.

9.

AGENCIAMENTO

9.1.

SETOR PARA TRATAMENTO DE DEFICIÊNCIA FÍSICA Quadro 1 - Agenciamento - Setor para tratamento de deficiência física

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

9.2.

SETOR DE REABILITAÇÃO PSICOMOTORA

112

Quadro 2 - Agenciamento - Setor de Reabilitação Psicomotora

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

9.3.

SETOR DE PESQUISAS

113

Quadro 3 - Agenciamento - Setor de Educação e Pesquisas

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

9.4.

SETOR ADMINISTRATIVO Quadro 4 - Agenciamento - Setor de Apoio Administrativo

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

10.

PROGRAMA DE NECESSIDADES De acordo com o Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde (SOMASUS), o projeto proposto

de um Centro de Reabilitação Psicomotora se encaixa na classificação dos CERs supracitados, como CER II, abrangendo dois tipos de deficiências, física e intelectual. Desse modo, o programa de necessidades foi elaborado de acordo com essa recomendação:

Setor

Ambiente

Função

Layout

Deficiência Física

Tabela 15 - Programa de necessidades - Setor de deficiência física

Consultório diferenciado (ortopedia, fisiatria ou neurologia)

Atendimento multiuso

Biombo; Escada com dois degraus; Impressora; Instrumentos cirúrgicos (caixa básica); Mesa para exames; Mesa auxiliar para instrumental; Microcomputador; Negatoscópio; Refletor parabólico de luz fria; Suporte de hamper; Armário vitrine com porta; Balde cilíndrico porta detritos com pedal; Cadeira; Mesa para impressora; Mesa para Microcomputador; Mesa tipo escritório com gavetas; Cadeira com braços

Condicionantes ambientais Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

Qtde 3

Área mínima (m²) 12,50

Área mínima total (m²) 37,50

Consultório indiferenciado

Sala de preparo do paciente

Balança antropométrica; Biombo; Escada com dois degraus; Impressora; Instrumentos Preceder à consulta cirúrgicos (caixa básica); Mesa médica de para exames; Mesa auxiliar para fisioterapia, instrumental; Microcomputador; ortopedia ou terapia Negatoscópio; Refletor parabólico ocupacional; de luz fria; Suporte de hamper; Realizar Armário vitrine com porta; Balde procedimentos cilíndrico porta detritos com pedal; médicos de Cadeira; Mesa para impressora; pequeno porte Mesa para microcomputador; Mesa tipo escritório com gavetas; Cadeira com braços Recepção do paciente; Preparo para realização de procedimentos

Escada com dois degraus; Maca para transporte; Microcomputador; Escrivaninha; Impressora; Cadeira

Salão para Realização de Biombo; Escada com dois cinesioterapia procedimentos por degraus; Mesa para exames; e meio de fisioterapia Rampa com degraus; Esteira mecanoterapia com ou sem ergométrica; Bicicleta ergométrica; aparelhos Espelho de postura; Tatame; Barras de apoio; Jogo de bolas bobath; Balde cilíndroco porta detritos com pedal; Cadeira

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 1,10m Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

12,50

12,50

1

12,50

12,50

1

150,00

150,00

Box para terapias

Realizar procedimentos: por meio da fisioterapia Escada com dois degraus; Mesa - através de meios para exames; balde cilíndrico porta físicos: Eletroterapia detritos com pedal; mesa de (tratamento através cabeceira de corrente elétrica) - corrente galvânica e corrente farádica.

Piscina

Realização de procedimentos por meio de fisioterapia e hidroterapia

Vestiário

Proporcionar condições de conforto e higiene ao funcionário: descanso, guarda de pertences, troca de roupa e higiene pessoal.

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

4

8,00

32,00

Armário; Mesas para uso geral

Iluminação natural; P.D. mínimo de 3,00m; Vão mínimo de passagem 1,10m; Piso antiderrapante

1

280,00

280,00

Lavatório; Bacia sanitária; Chiveiro; Armário para guarda de volumes

Iluminação e ventilação naturais; P.D. mínimo 3,00m; Piso antiderrapante

2

15,00

30,00

Total (m²)

554,50

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

Tabela 16 - Programa de necessidades - Setor de oficina ortopédica Setor

Ambiente

Layout

Atendimento inicial; Recepção; Espera;

Postos de trabalho com microcomputadores; Cadeiras com braços; Impressora; Mesa para impressora;

Condicionantes ambientais

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Iluminação e Proporcionar ventilação condições de naturais; P.D. conforto e higiene ao Sanitários Lavatório; Bacia sanitária; Barras mínimo 3,00m, paciente e ao independentes de apoio para PNE circulação e público: troca de passagens roupa e higiene mínimas de pessoal 1,20m Iluminação natural; P.D. Fornecer próteses Loja mínimo de sob medida aos ortopédica 2,80m; Vão pacientes mínimo de passagem 0,80m Iluminação Recepção do natural; P.D. Sala de paciente; Coleta de mínimo de atendimento dados; Preparo para 2,80m; Vão individual realização de mínimo de procedimentos passagem 0,80m Sessão de Coleta de medidas Iluminação tomada de para confecção das natural; P.D. medidas próteses mínimo de Sala de espera/recepç ão

Oficina ortopédica

Função

Qtde

Área mínima (m²)

Área mínima total (m²)

1

80,00

80,00

2

10,00

20,00

1

40,00

40,00

1

15,00

15,00

1

15,00

15,00

2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

Sessão de gesso

Sessão de termomodelag em

Realizar estocagem de gesso em pó, secagem e modelagem dos moldes confeccionados em gesso.

Confecção de moldes

Sessão de montagem de prótese

Realizar a montagem dos componentes de próteses.

Sala de sapataria

Realizar a confecção e adaptação de calçados e palmilhas ortopédicas.

-

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

15,00

15,00

-

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

15,00

15,00

-

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

15,00

15,00

-

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

15,00

15,00

Sessão de montagem de órtese

Realizar a montagem dos componentes de órteses.

Sessão de adaptação e Realizar adaptação e manutenção manutenção de de cadeiras de cadeira de rodas. rodas, de Realizar solda e soldas e trabalho com metais. trabalho com metais Realizar a selaria, Sessão de tapeçaria, costura e selaria, acabamento de tapeçaria, componentes de costura e órteses, próteses e acabamento meios auxiliares de locomoção DML Zelar pela limpeza e higiene do edifício, instalações e áreas externas e materiais e instrumentais e equipamentos assistenciais, bem como pelo gerenciamento de resíduos sólidos.

-

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

15,00

15,00

-

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

15,00

15,00

-

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

15,00

15,00

1

4,00

4,00

-

Iluminação e ventilação naturais; P.D. mínimo de 2,80m

Sala de administração

Realizar os serviços administrativos do estabelecimento

Postos de trabalho com microcomputadores; Cadeiras com braços; Impressora; Mesa para impressora;

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

15,00

15,00

Total (m²)

294,00

Área mínima (m²) 8,00

Área mínima total (m²) 32,00

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

Setor

Ambiente

Função

Layout

Área comum/Reabilitação

Tabela 17 - Programa de necessidades - Área comum/Reabilitação

Sala de triagem médica e/ou de enfermagem

Fazer triagem para os atendimentos

Balança antropométrica; Braçadeira de injeção; Escada com dois degraus; Mesa para exames; Refletor parabólico de luz fria; Suporte de hamper; Suporte de soro de chão; Armário vitrine com porta; Balde cilíndrico porta detritos com pedal; Cadeira; Mesa tipo escritório com gaveta; Cadeira com braços

Condicionantes ambientais Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão de passagem mínimo de 0,80m

Qtde 4

Consultório indiferenciado (avaliação clínica)

Preceder à consulta médica de fisioterapia, ortopedia ou terapia ocupacional; Realizar procedimentos médicos de pequeno porte

Área de prescrição médica

Executar e registrar a assistência médica de enfermagem

Atendimento terapêutico em grupo (adulto)

Realizar acompanhamento terapêutico adulto.

Provocar estimulação física, intelectual, motora, sensorial, cognitiva e visual.

Balança antropométrica; Biombo; Escada com dois degraus; Impressora; Instrumentos cirúrgicos (caixa básica); Mesa para exames; Mesa auxiliar para instrumental; Microcomputador; Negatoscópio; Refletor parabólico de luz fria; Suporte de hamper; Armário vitrine com porta; Balde cilíndrico porta detritos com pedal; Cadeira; Mesa para impressora; Mesa para microcomputador; Mesa tipo escritório com gavetas; Cadeira com braços Impressora; Microcomputador; Negatoscópio; Armário vitrine com porta; Mesa para impressora; Mesa para microcomputador; Mesa tipo escritório com gavetas; Cadeira com braços Cadeira de rodas; Impressora; Microcomputador; Tatame; Jogo de bolas bobath; Armário; Balde cilíndro porta detritos com pedal; Mesa para impressora; Mesa para microcomputador; Mesa tipo escritório com gavetas; Cadeira com braços; Mesa de uso geral

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

5

12,50

62,50

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m;

1

4,50

4,50

1

20,00

20,00

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

Atendimento terapêutico em grupo (infantil)

Atendimento terapêutico individual (adulto)

Atendimento terapêutico individual (infantil)

Realizar Cadeira de rodas; Impressora; acompanhamento Microcomputador; Tatame; Jogo terapêutico adulto. de bolas bobath; Armário; Balde Provocar cilíndro porta detritos com pedal; estimulação física, Mesa para impressora; Mesa intelectual, motora, para microcomputador; Mesa tipo sensorial, cognitiva escritório com gavetas; Cadeira e visual. com braços; Mesa de uso geral Escada com dois degraus; Realizar Impressora; Mesa para exames; acompanhamento Microcomputador; Armário; Balde terapêutico adulto. cilíndrico porta detritos com Provocar pedal; Cadeira; Mesa para estimulação física, impressora; Mesa para intelectual, motora, microcomputador; Mesa tipo sensorial, cognitiva escritório com gavetas; Cadeira e visual. com braços Realizar Escada com dois degraus; acompanhamento Impressora; Mesa para exames; terapêutico infantil. Microcomputador; Armário; Balde Provocar cilíndrico porta detritos com estimulação física, pedal; Cadeira; Mesa para intelectual, motora, impressora; Mesa para sensorial, cognitiva microcomputador; Mesa tipo e visual. escritório com gavetas; Cadeira com braços

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

20,00

20,00

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

12,50

12,50

1

12,50

12,50

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

Sala de terapia individual

Sala de estimulação precoce

Escada com dois degraus; Realizar Impressora; Mesa para exames; acompanhamento Microcomputador; Armário; Balde terapêutico adulto. cilíndrico porta detritos com Provocar pedal; Cadeira; Mesa para estimulação física, impressora; Mesa para intelectual, motora, microcomputador; Mesa tipo sensorial, cognitiva escritório com gavetas; Cadeira e visual. com braços Realizar Balança antropométrica; Biombo; estimulação Escada com dois degraus; precoce em bebês.

Impressora; Instrumentos cirúrgicos (caixa básica); Mesa para exames; Mesa auxiliar para instrumental; Microcomputador; Negatoscópio; Refletor parabólico de luz fria; Suporte de hamper; Armário vitrine com porta; Balde cilíndrico porta detritos com pedal; Cadeira; Mesa para impressora; Mesa para microcomputador; Mesa tipo escritório com gavetas; Cadeira com braços

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

2

12,50

25,00

1

20,00

20,00

Balança antropométrica; Biombo; Escada com dois degraus; Impressora; Instrumentos cirúrgicos (caixa básica); Mesa Realizar treino, para exames; Mesa auxiliar para habilitação e instrumental; Microcomputador; reabilitação para Sala de Negatoscópio; Refletor ações relacionadas Atividade de parabólico de luz fria; Suporte de ao ambiente Vida Prática hamper; Armário vitrine com doméstico e porta; Balde cilíndrico porta desenvolvimento da detritos com pedal; Cadeira; autonomia.

Mesa para impressora; Mesa para microcomputador; Mesa tipo escritório com gavetas; Cadeira com braços Sala de reunião Promover ações de Mesa de reuniões; Cadeiras; educação para a Mesa para projetor; Projetor; saúde, através de Mesa para microcomputador; palestras, Microcomputador; Cadeira com demonstrações e braços treinamento “in loco”, campanha, etc.

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

2

20,00

40,00

1

15,00

15,00

Área de convivência interna

Possibilitar atividades terapêuticas, treinos de habilidades motoras, descanso e convivência em ambiente provido de paisagismo adequado

-

Iluminação natural; P.D. mínimo de 3,00m

Enfermaria

Prestar assistência nutricional e distribuir alimentação a pacientes (em locais específicos ou no leito) e a acompanhantes (quando for o caso); Prestar assistência psicológica e social.

Biombo; Cama hospitalar fawler com colchão; Escada com dois degraus; Maca para transporte; Régua de gases; Suporte de hamper; Suporte de soro de chão; Mesa para refeição; Armário; Balde cilíndrico porta detritos com pedal; Mesa de cabeceira; Poltrona

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 1,10m

Sala de cursos para família/tutores

Promover ações de Projetor multimídia; Retroprojetor; educação para a Tela de projeção; Televisor; saúde, através de Microcomputador; Mesa para palestras, retroprojetor; Mesa para demonstrações e microcomputador; Mesa tipo treinamento "in escritório com gavetas; Cadeira loco", campanha,etc giratória com braços; Cadeira universitária

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

80,00

80,00

1

6,00m² por leito (em geral são 6 leitos)

32,50

2

40,00

80,00

Sala de apoio psicopedagógic o

Quadra poliesportiva

Farmácia

Apoio Mesa tipo escritório com gavetas; psicopedagógico; Microcomputador; Mesa para Prestar assistência microcomputador; Cadeira com psicológica e social braço; Mesa multiuso

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

Prática de esportes

Dispensário de medicamentos

1

20,00

20,00

Quadra poliesportiva

Iluminação natural; P.D. mínimo de 7,50m;

1

Medida oficial 40x20

800,00

Armário; Mesa tipo escritório com gavetas; Microcomputador; Mesa para microcomputador; Cadeira com braço

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

50,00

50,00

Total (m²)

1326,50

Área

Área

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

Tabela 18 - Programa de necessidades - Setor de ensino e pesquisa Setor

Ambiente

Função

Layout

Condicionantes

Qtde

Ensino e Pesquisa

ambientais Sala de estudos em grupo

Espaço para estudos em grupo

Postos para estudos e desenvolvimento de Sala de pesquisas pesquisas relacionadas à reabilitação e novas tecnologias Promover ações de educação para a saúde, através de Sala de palestras, reunião demonstrações e treinamento “in loco”, campanha, etc.

Laboratório de Postos para uso de informática microcomputadores

mínima (m²)

mínima total (m²)

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

2

30,00

60,00

Mesas tipo escritório com Iluminação gavetas; Impressora; Mesa para natural; P.D. impressora; Microcomputadores; mínimo de 2,80m; Mesas para microcomputadores; Vão mínimo de Cadeiras passagem 0,80m

1

20,00

20,00

Mesa de reuniões; Cadeiras; Iluminação Mesa para projetor; Projetor; natural; P.D. Mesa para microcomputador; mínimo de 2,80m; Microcomputador; Cadeira com Vão mínimo de braços passagem 0,80m

1

30,00

30,00

1

50,00

50,00

Mesas para estudos; Cadeiras

Impressora; Mesa para Iluminação impressora; Microcomputadores; natural; P.D. Mesas para microcomputadores; mínimo de 2,80m; Cadeiras Vão mínimo de passagem 0,80m

Biblioteca

Acervo para pesquisas

Estantes; Mesas multiuso; Microcomputador; Mesa para microcomputador; Impressora; Mesa para impressora; Cadeira com braços

Iluminação natural; P.D. mínimo de 3,00m; Vão mínimo de passagem 0,80m

1

100,00

100,00

Auditório

Promover ações de educação para a saúde, através de palestras, demonstrações e treinamento “in loco”, campanha, etc.

Cadeiras; Púlpito; Microfone;

P.D. duplo

1

300,00

300,00

Sanitários

Proporcionar condições de conforto e higiene ao paciente e ao público: troca de roupa e higiene pessoal

Lavatórios; Bacias sanitárias; Barras de apoio para PNE

Iluminação e ventilação naturais; P.D. mínimo 3,00m, circulação e passagens mínimas de 1,20m

2

15,00

30,00

Total (m²)

590,00

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

Tabela 19 - Programa de necessidades - Setor administrativo e recepção

Apoio Administrativo e Recepção

Setor

Ambiente

Sanitários independentes

Fraldário

Sala de espera/recepçã o Vestiário dos funcionários

Função

Layout

Condicionante s ambientais

Iluminação e ventilação naturais; P.D. Lavatório; Bacia sanitária; Barras mínimo 3,00m, de apoio para PNE circulação e passagens mínimas de 1,20m Proporcionar Iluminação condições de natural; P.D. conforto e higiene Mesa para trocar fraldas; Cadeira; mínimo de ao paciente e ao Lavatório; Balde cilíndrico porta 2,80m; Vão público: troca de detritos com pedal; mínimo de roupa e higiene passagem pessoal 0,80m Postos de trabalho com Iluminação Atendimento inicial; microcomputadores; Cadeiras natural; P.D. Recepção; Espera; com braços; Impressora; Mesa mínimo de para impressora; 2,80m; Proporcionar Lavatório; Bacia sanitária; Iluminação e condições de Chiveiro; Armário para guarda de ventilação conforto e higiene volumes naturais; P.D. ao funcionário: mínimo 3,00m; descanso, guarda Piso de pertences, troca antiderrapante de roupa e higiene pessoal.

Proporcionar condições de conforto e higiene ao paciente e ao público: troca de roupa e higiene pessoal

Qtde

Área mínima (m²)

Área mínima total (m²)

2

10,00

20,00

1

4,00

4,00

1

80,00

80,00

2

15,00

30,00

Almoxarifado

Arquivo

Administração

Armazenar material de escritório e de consumo.

Organizar, processar e arquivar os dados de expediente Realizar os serviços administrativos do estabelecimento

Estantes de armazenamento

P.D. mínimo de 2,80m

1

20,00

20,00

Estantes de armazenamento

P.D. mínimo de 2,80m

1

15,00

25,00

Postos de trabalho com microcomputadores; Cadeiras com braços; Impressora; Mesa para impressora;

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m; Vão mínimo de passagem 0,80m

3

15,00

45,00

Iluminação e ventilação naturais; P.D. mínimo de 2,80m

1

4,00

4,00

1

25,00

25,00

Zelar pela limpeza e higiene do edifício, instalações e áreas externas e materiais e instrumentais e DML equipamentos assistenciais, bem como pelo gerenciamento de resíduos sólidos.

Copa/Refeitório Oferecer condições Pia; Geladeira; Microondas; Balde de refeição aos cilíndrico porta detritos com pedal; pacientes, Mesa para refeitório acompanhantes e funcionários.

Iluminação e ventilação naturais; P.D. mínimo de 2,80m

Sala de resíduos temporários

Descanso dos funcionários

Zelar pela limpeza e higiene do edifício, instalações e áreas externas e materiais e instrumentais e equipamentos assistenciais, bem como pelo gerenciamento de resíduos sólidos.

Proporcionar condições de conforto ao funcionário para descanso e convivência

-

Iluminação e ventilação naturais; P.D. mínimo de 2,80m

1

4,00

4,00

Poltrona; Televisor;

Iluminação natural; P.D. mínimo de 2,80m

1

50,00

50,00

Total (m²)

307,00

Área mínima (m²) 80,00

Área mínima total (m²) 80,00

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

Setor

Ambiente

Função

Layout

Área externa

Tabela 20 - Programa de necessidades - Área externa

Área de convivência externa

Possibilitar atividades terapêuticas, treinos de habilidades motoras, descanso e convivência em ambiente ao ar livre provido de paisagismo adequado

-

Condicionantes Qtde ambientais Ar livre

1

Embarque e desembarque (veículos)

Embarcar e desembarcar veículo adaptado ou não

-

Embarque e desembarque (ambulância)

Embarcar e desembarcar ambulâncias

-

Estacionamento

Estacionar veículos de funcionários e pacientes

-

Área pavimentada destinada à manobra de veículos Área pavimentada destinada à manobra de veículos Área pavimentada destinada à manobra e estacionamento de veículos

Fonte: Elaborado pelo aluno (04/03/2019).

1

21,00

21,00

1

21,00

21,00

40

12,50

500,00

Total (m²)

622,00

11.

CONCEITO Ao longo dos anos a arquitetura hospitalar vem sofrendo adaptações

com o intuito de pôr fim à imagem de frieza que os hospitais costumam transmitir, seja por meio de ambientes mais alegres com cores mais vivas (usando por base o estudo da psicologia das cores), na decoração com a escolha dos mobiliários e até no atendimento oferecido.

O intuito do projeto é promover a reabilitação de pacientes que sofreram algum tipo de trauma físico e/ou psicológico em acidentes de trânsito, o uso da arquitetura como parte do tratamento desses pacientes é feito por meio da humanização dos espaços, integrando o interior ao exterior do edifício, ampliando os espaços e fazendo com que o paciente se sinta livre, sem a sensação de clausura que, em geral, é causada por hospitais.

A inclusão da natureza na rotina de terapias visa colocar o paciente em contato com um ambiente dinâmico e “vivo”, fugindo da formalidade das salas fechadas e rotineiras, gerando o bem-estar físico e mental, além da melhora na qualidade do ar e conforto térmico do edifício, proporcionando também a socialização entre os pacientes para que aos poucos recuperem sua independência ou parte dela.

Palavras chave: humanização, dinamismo, inclusão, natureza, acolhimento, bem-estar.

12.

PARTIDO Para integrar os ambientes ao meio externo serão usadas grandes

janelas de vidro, corredores largos, com iluminação e ventilação naturais, além dos vãos preenchidos com jardins de fácil acesso tanto para pacientes, quanto para acompanhantes, visando também a participação dos familiares e pessoas próximas aos pacientes durante o tratamento e processo de recuperação.

No interior do edifício, o uso de cores que estimulem a recuperação ao longo dos ambientes e tornem a terapia um processo menos “forçado”. Ao contrário do que se pensa usualmente, não são só cores frias que podem compor um hospital, para transformar o ambiente em um lugar acolhedor uma cor recomendada é o laranja por seu efeito estimulante para o cérebro.

Figura 105 – Cores em hospitais – Laranja

Fonte: Medworld – Uso das cores em ambientes hospitalares (Acesso em 27/03/2019).

A cor azul, mais comumente utilizada se comparado ao laranja, apesar de fria, possui efeito tranquilizante e pode induzir a calma.

Figura 106 – Cores em hospitais - Azul

Fonte: Medworld – Uso das cores em ambientes hospitalares (Acesso em 27/03/2019).

Assim como a cor azul, o verde também transmite tranquilidade e por esse motivo, seu uso é bastante recomendado em hospitais.

Figura 107 – Cores em hospitais - Verde

Fonte: Medworld – Uso das cores em ambientes hospitalares (Acesso em 27/03/2019).

O edifício será feito com materiais de reuso, como blocos e tintas minerais, frutos de resíduos da construção civil, madeira de demolição, telhas alternativas que substituem as antigas telhas de fibrocimento, para uma construção mais limpa e ecologicamente correta.

Figura 108 – Bloco reciclado (feito com rejeitos da construção civil)

Fonte: Prefeitura de BH (Acesso em 27/03/2019).

Figura 109 – Telha tetrapak

Fonte: Ecopex – Telha ecológica (Acesso em 27/03/2019).

O projeto inteiramente térreo e acessível visa acolher o paciente, para que se sinta o mais independente possível na realização de tarefas simples do dia a dia, familiarizando-o com os espaços, tonando a recuperação e a permanência no Centro mais confortáveis.

13.

PROGRAMA ARQUITETÔNICO

13.1. SETORIZAÇÃO

13.2. ORGANOGRAMA

13.3. FLUXOGRAMA

139

14.

ESTUDOS PRELIMINARES Foram elaborados esboços da setorização e estudos de compatibilidade da

implantação do edifício no terreno escolhido. Também foram desenvolvidos testes com relação à volumetria e materialidade aplicada no edifício, com testes de texturas e cores.

14.1. ESTUDO PRELIMINAR I No primeiro estudo foi feita a análise da disposição dos ambientes em cada bloco com relação ao terreno, buscando soluções para melhor mobilidade dos pacientes, prezando pelo conceito de um edifício inteiramente térreo e acessível, tomando por base a ideia inicial de setorizar por blocos de atendimento e liga-los através de um único e extenso corredor.

14.2. ESTUDO PRELIMINAR II Foi a extensão excessiva do corredor que levou ao segundo estudo, que por sua vez foi baseado na premissa de um bloco central que dá acesso aos demais, sendo assim, os pacientes podem ir ao bloco de destino sem passar por outros blocos.

143

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