MENSAGEM DA DIRETORIA
PRESIDENTE Domício José Gregório Arruda Silva
Luiz Fernando Reis
VICE-PRESIDENTE
Marcos Amaral Teixeira
1. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
Rubens Balieiro de Souza
2. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
José Antônio da Silva Clemente
1. DIRETOR-FINANCEIRO
Luiz Cláudio Bastos de Moura
2. DIRETOR-FINANCEIRO
Alexandre Lopes Lacerda
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS
José Renato Chiari
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO
Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Marcelo Renck Real
DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS
O maior encontro da pecuária leiteira da América Latina de todos os tempos! É com esse propósito que estamos trabalhando incansavelmente na organização da 18ª edição da Megaleite. Unimos forças com várias entidades para mostrar ao mundo como a nossa pecuária leiteira é tecnológica e sustentável. Teremos quatro dias de muitas oportunidades de negócios, de troca de conhecimentos e de disputas acirradas nas pistas, afinal o criador brasileiro não brinca em serviço quando o assunto é melhoramento genético.
Pela qualidade que vem sendo apresentada nas exposições já realizadas em 2023, a Megaleite será um show de genética. Quem trabalha diretamente na seleção bovina sabe que não é fácil produzir exemplares superiores e ter esse trabalho coroado em uma pista de julgamento. É preciso um investimento constante em avaliações genética/genômica do rebanho, em ferramentas tradicionais, em acasalamentos, em biotecnologias de reprodução, em nutrição, bem-estar, sanidade, além de ter uma equipe qualificada e comprometida.
Sabemos que cada um dos expositores da Megaleite trabalhou duramente para levar o melhor de seus planteis para a “copa do mundo da pecuária leiteira”. Por isso, todo o evento foi pensado para enaltecer esse esforço e enriquecer a participação de cada visitante com palestras técnicas e reuniões que possam agregar ainda mais conhecimento a todos.
E dentro desse propósito, faremos na Megaleite um dos maiores lançamentos do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG). O Sumário de Touros 2023 trará 20 novas avaliações, sendo 15 características e cinco índices (compostos). Algumas delas são ligadas à composição do leite, como, por exemplo, produção e percentual de gordura, de proteína e CCS e o Índice de Qualidade do Leite. Também teremos características ligadas ao composto de leite e fertilidade do Girolando, para identificação de animais que produzem muito leite e ainda se reproduzem muito bem. Na parte de avaliação linear, ligadas a conformação e capacidade, garupa e força leiteira, teremos 10 novas características.
Esse foi um trabalho de fôlego desenvolvido conjuntamente entre nossa equipe do PMGG e da Embrapa Gado de Leite, contribuindo para que os próximos passos do melhoramento da raça sejam dados com total segurança. Todas essas características contempladas no Sumário 2023 são de grande interesse econômico para o mercado. É o Girolando se provando como uma genética altamente produtiva e sustentável.
Teremos inúmeras outras novidades na Megaleite, como os encontros do Conseleite, da Comissão do Leite, o Festival de Queijo e oportunidades de negócios. Serão oito leilões de Girolando e Gir Leiteiro, além da oferta de produtos e serviços por cerca de 100 empresas ao longo dos 4 dias da feira. Será um momento para celebrarmos os avanços do setor e de mostrar ao mundo que o Brasil é um grande produtor de genética bovina leiteira.
Esperamos todos lá, na capital mineira, para comemoramos uma história que já chega a seu 18º capítulo de sucesso. Até a Megaleite 2023!
EDITORIAL
Com muitas informações relevantes para quem atua na pecuária leiteira, esta edição da revista Girolando tem como destaque de capa a Megaleite 2023. A feira chega à sua 18ª edição ainda mais consolidada no cenário internacional, possibilitando aos visitantes uma programação diversificada, com leilões, competições, palestras, diversão e muito mais.
Sabemos que, paralelo as disputas nas exposições, a pecuária vem avançando com a adoção de tecnologias e ter acesso às informações é importante para direcionar as decisões. Na área de manejo de pastagem, a revista traz um artigo técnico sobre adubação de pastagem, uma estratégia de manejo necessária para manter o sistema produtivo saudável e economicamente viável. Já para quem produz silagem uma alternativa barata para armazenamento é o silo cincho, que pode ser construído facilmente e tem sido usado, principalmente, em pequenas e médias propriedades.
Na parte de nutrição, você vai conhecer como melhorar os índices reprodutivos e alcançar maior lucro na pecuária leiteira. Estudos mostram que a maior produção de embriões viáveis está relacionada com níveis de vitaminas e minerais adequados no organismo das fêmeas. Outro tema é a alimentação de bezerros com sucedâneo e leite integral. A fase de criação de bezerras leiteiras é uma das que mais impacta financeiramente a produção de leite atual, sendo que ape-
EXPEDIENTE
nas a dieta líquida desses animais chega a representar entre 70% e 80% do custo de produção nessa fase.
Dentro do tema sanidade, a revista traz uma reportagem sobre clostridioses, que podem causar vários tipos de doenças em bovinos. Elas afetam negativamente o rebanho, implicando em baixo desempenho produtivo, com queda na produção leiteira e até mesmo a morte dos bovinos. Vale ressaltar que as clostridioses são doenças de evolução rápida e letal. Você vai entender como evitar os tratamentos mais eficazes.
Ainda trazemos artigos e reportagens sobre a importância do controle leiteiro, as conquistas de criadores que têm investido nessa ferramenta e agora figuram entre os líderes do Ranking Nacional – Modalidade Rebanho. O documento está publicado na íntegra nesta edição da revista.
A taxação do agro é outro tema em destaque. Aumentar a tributação do agro, como mostram experiências desastrosas em outros países, resulta em desestímulo de todos os atores das cadeias produtivas, queda de produção, aumento generalizado dos alimentos, inflação, carestia, fome e miséria.
Outros temas desta edição são os resultados de diversas exposições, a formação da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB), a retomada do projeto internacional Brazilian Girolando e muito mais.
Boa leitura!
Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com • Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira (34) 9 9102-7029 yurisilveira04@hotmail.com • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo. com.br • Conselho editorial: Domício Arruda Silva, Leandro Paiva, Edivaldo Ferreira Júnior, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Idealiza Grafica (43) 3373-7877 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral (Março, Maio, Agosto e Novembro) • Circulação: Dia 15 dos meses ímpares • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.br. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ano – financeiro@mundorural.org • 22 anos de circulação ininterrupta
Evite perdas no rebanho por clostridioses Pistas refletem qualidade do Girolando
GIRO LÁCTEO
O setor leiteiro agora conta com a Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite na Câmara dos Deputados. Iniciativa da deputada Ana Paula Junqueira Leão (PP/MG), a Frente já conta com cerca de 200 deputados federais. A deputada visa a ampliação e discussão do setor leiteiro, reforçando a importância da cadeia que movimentou cerca de R$ 40 bilhões em 2020 e gerou 4 milhões de empregos no país. Segundo ela, que também é produtora de leite, é preciso defender o setor leiteiro, composto em grande parte por pequenos produtores que geram emprego e renda e garantem renda e subsistência da própria família. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda, a iniciativa tem o apoio da entidade e a expectativa é de que as principais demandas dos produtores de leite sejam contempladas pela Câmara dos Deputados, garantindo, assim, mais avanço para a pecuária leiteira.
Palestra na Bolívia
A diretora de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Tatiane Tetzner, participou do Seminário Latinoamericano 2023, que aconteceu em abril, na Bolívia. Ela ministrou palestra com o tema “Como produzir leite de maneira rentável com Girolando e Gir Leiteiro”. O evento teve a participação de visitantes de vários países e foi promovvido pela Associação Boliviana dos Criadores de Zebu (Asocebu).
Mato Grosso
O superintendente técnico da Girolando,
Leandro Paiva, esteve no Mato Grosso para fomentar o uso da raça no estado, que vem investindo nos últimos anos na ampliação e melhoria de seu rebanho leiteiro. Ele esteve em várias propriedades mato-grossenses acompanhado dos técnicos que atendem a região César Dellatesta e Fabiano Balistieri. “As visitas tiveram como objetivo iniciar um trabalho de prospecção e captação de novos associados no estado, com o apoio de criadores, de lideranças e dos representantes estaduais da atual gestão”, explica Paiva.
Com o intuito de aprimorar a atuação dos técnicos da Girolando no campo, a entidade está desenvolvendo ações de trabalho em conjunto com o Sebrae-MG. Durante reunião realizada em abril, na sede da associação, foram levantadas as demandas para execução do projeto. A proposta inclui, dentre outas ações, a capacitação da equipe técnica da Girolando e dos associados, a criação de um programa de certificação, estruturação e ampliação da base de dados para utilização em ações de inteligência de mercado, calendário anual de jornadas técnicas e eventos da associação por região.
Visita internacional
Diretores da Friesland Campina, maior cooperativa de leite da Holanda, visitaram
a sede da Girolando em abril. Jeroen Elfers e Yvonne van der Vorst estiveram no país para conhecerem o sistema de seleção de raças leiteiras. Acompanhados do gerente de Leite da Alta, Guilherme Marquez, os holandeses puderam acompanhar como funciona o trabalho de melhoramento da raça promovido pelo PMGG, além de outras ações desenvolvidas pela entidade e os avanços do Girolando pelo país. O grupo foi recebido pelo superintendente Técnico da entidade, Leandro Paiva. Durante a passagem pelo Brasil, os holandeses também visitaram fazendas de associados da Girolando.
Prestação de contas
A prestação de contas Exercício de 2022 da Girolando foi aprovada pelos associados. A Assembleia Geral Ordinária ocorreu no dia 18 de abril para apresentação das ações do ano, do balanço financeiro e demais demonstrações contábeis, tendo como presidente da mesa o ex-presidente Luiz Carlos Rodrigues e como secretário o associado Brasilino Ribeiro da Silva. Também estiveram presentes o ex-presidente Odilon de Rezende Barbosa Filho,
o presidente Domício Arruda, o diretor Marcos Amaral e outros associados. A votação pôde ser feita de forma online ou presencial. Dos 134 votantes, 120 aprovaram as contas de 2022. O Conselho Fiscal já havia avaliado as contas na semana passada e recomendado a aprovação. Todas as contas foram auditadas pela BDO Auditores. De acordo com pesquisa feita em anos anteriores para avaliar os motivos que levaram os associados a reprovarem as contas, ficou constatado que a principal razão foi a falta de entendimento do processo de votação por parte dos consultores que operaram o sistema para votar. Eles declinavam da aprovação por entenderem que não deveriam se manifestar por não serem associados.
Asocebu Bolívia
O presidente da Girolando, Domício Arruda, reuniu-se em maio com os representantes da Associação Boliviana dos Criadores de Zebu (Asocebu) Henrry Luis Suárez Ferreira e Guilhermo Agramont Méndez. O coordenador do Colégio de Jurados Euclides Prata também participou do encontro. Entre os temas tratados, estão a ampliação da parceria entre as duas entidades na área de melhoramento genético e a promoção da raça em eventos daquele país. Ficou definido que ainda este ano o Colégio de Jurados da Raça Girolando realizará pela primeira vez, na Bolívia, o curso para formação de jurados. A capacitação será voltada para criadores e técnicos. De acordo com o subcoordenador Técnico da Asocebu Guilhermo Agramont Méndez, a demanda pelo Serviço de Registro Genealógico de Girolando vem crescendo nos últimos meses com a entrada de novos criadores para a raça. Para atender a demanda em toda a Bolívia, a entidade estuda ampliar o número de técnicos responsáveis pelos registros de Girolando, que hoje é de cinco profissionais. A equipe responsável pelo
registro foi treinada pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando graças a uma parceria firmada em 2015 entre as duas entidades.
Mais genética
Fêmeas Girolando oriundas do programa Mais Genética passaram por avaliação e inspeção. O trabalho foi conduzido em propriedades rurais do Sul e Sudoeste de Minas Gerais pelo superintendente Técnico da Girolando, Leandro Paiva. Todas as visitas foram acompanhadas pelo coordenador do Mais Genética, Eliandro Lima, que está à frente do programa desde sua implantação. Durante as visitas aos rebanhos foram selecionadas 20 bezerras e novilhas da raça que serão expostas na Megaleite 2023, que acontecerá de 7 a 10 de junho, em Belo Horizonte/MG. Durante a exposição, será realizada a inseminação de número 200 mil do programa Mais Genética.
Uso de touros Girolando
O programa tem como objetivo melhorar a qualidade genética dos rebanhos de pequenos produtores, por meio da inseminação artificial. Os produtores recebem gratuitamente doses de sêmen de touros provados e com a prestação de serviço de inseminação, que atualmente é realizada por 127 inseminadores que atuam em 117 municípios mineiros. Cerca de 70% do sêmen utilizado no programa é de touros Girolando participantes do PMGG. Segundo o deputado federal Emidinho Madeira, o apoio da Girolando é fundamental para o avanço do Mais Genética no estado. Ele é idealizador do programa, que ainda conta com o apoio do Governo do Estado de Minas Gerais, de diversas prefeituras municipais, da Emater-MG, do IMA, do Instituto Federal Campus Muzambinho, de cooperativas locais, de
várias empresas de genética, dentre outras instituições.
Chip no rúmen
A quarta edição do Hackathon Inova Agro, realizado pelo Sebrae/PR e Sociedade Rural de Maringá (SRM), teve como vencedora a equipe Smart Bov, que sugeriu a implantação de um chip no rúmen, um compartimento do estômago de bovinos, para monitorar e administrar a saúde dos animais, visando à qualidade da produção de leite. É um aplicativo que verifica o estado de saúde da vaca e a qualidade do leite, com informações obtidas por meio de um chip introduzido no rúmen, uma parte do estômago, de cada animal Ao todo, foram 170 inscritos, que se dividiram em 31 equipes.
Crédito
rural
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um aumento nos recursos disponíveis para a linha de financiamento rural em dólar com taxa fixa desenvolvida em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária. Com mais R$ 2 bilhões suplementares, a linha BNDES Crédito Rural na modalidade com referencial de custo em dólar chegará a um total de R$ 4 bilhões. Para receber o crédito, o agricultor deve possuir receitas em dólar ou atreladas à moeda americana, visando reduzir riscos cambiais. Essa verificação será realizada pelo agente financeiro. O custo final partirá de cerca de 7,59% ao ano, mais variação cambial. Os prazos totais vão de 25 a 120 meses, com carência de até 24 meses.
Capacitação Emater
Mais de 60 técnicos da Emater/GO e Senar participaram do “Treinamento Raças Zebuínas e Cruzamentos”, em abril. Eles conheceram as vantagens do Girolando e as estratégias de cruzamento para produzir a raça a partir da genética Gir Leiteiro. O tema foi abordado pelo coordenador Operacional do PMGG, Edivaldo Ferreira Júnior. Outras palestras ministradas por técnicos da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) tiveram como tema o panorama do mercado do leite, evolução do zebu leiteiro, leite A2 e cruzamentos. Os participantes ainda fizeram uma visita à Fazenda Estância K, que é associada da Girolando. O evento foi promovido pela ABCZ e Emater e teve a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando entre as entidades parceiras.
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES
Pacote nutricional
A Tortuga, uma marca DSM, desenvolveu por meio de pesquisas de ponta o Feproxi, pacote nutricional composto por betacaroteno, vitamina E e Selênio. O Feproxi visa melhorar os índices reprodutivos, a saúde e, consequentemente, a lucratividade da fazenda uma vez que teremos vacas com melhores índices reprodutivos, produzindo mais leite ao longo de sua vida produtiva.
Cerca para silo
Cercar a área do silo é uma medida de proteção indispensável. Mas é preciso fazer um cercamento de qualidade para não se arrepender mais tarde. A Belgo Arames desenvolveu a tela Belgo Javaporco®, cerca inteligente e versátil, com 11 fios na horizontal, que comprovadamente impede a invasão de animais. Além disso, entrega alta durabilidade devido à camada pesada de zinco e alta resistência ao impacto de animais de médio e grande porte, além de ser um produto de fácil instalação e manutenção.
Antiparasitário Duplatak
A JA Saúde Animal lançou o “Duplatak”, um ectoparasiticida pour on à base de Fipronil e Fluazuron, indicado para o combate dos principais parasitas externos dos bovinos (carrapatos, moscas e bernes). O produto chega ao mercado com inúmeras vantagens, incluindo sua rápida ação após aplicação, efeito duradouro (por mais de 50 dias), ação antiparasitária potencializada e menor risco de resistência, por aliar dois antiparasitários em sua fórmula. Pode ser utilizado em praticamente todas as categorias animais (com exceção
dos bezerros com menos de 3 meses de vida).
Programas estratégicos
Com um posicionamento inovador e técnico, a Alta desenvolve as melhores ferramentas de suporte para a tomada de decisões dentro da fazenda. A empresa oferece programas estratégicos para auxiliar o produtor, como o Alta Gestão, Alta GPS e Alta Cross Mate. Ainda conta com programas como Alta Cria, Concept Plus Leite, programas de Consultoria, como o Alta Advantage e o Plano Genético para auxiliar as fazendas em seu dia a dia. Esse é um pacote de soluções desenvolvido para que o produtor consiga, com todo o suporte oferecido pela Alta, ter um rebanho extremamente produtivo e lucrativo.
Mulheres do agro
A mato-grossense Suellen Jacobsen estreou sua coleção de roupas voltadas às mulheres conectadas com o universo do Agro: a marca FOAL. Vivenciando de perto a experiência de vestuário das mulheres do agronegócio, vem com o propósito de ajudá-las a resgatar seu estilo: forte e produtivo, conectando-as a uma só essência, na cidade e no campo. A coleção da Grife FOAL pode ser vista no perfil da empresa no Instagram @foalleather.
Nutrição de plantas
A Mosaic Fertilizantes possui uma linha exclusiva para a nutrição das plantas forrageiras e de cultivares para produção de silagem, feno e pré-secado. A
Mpasto é uma linha de produtos pensada e formulada com tecnologias que atendem, de maneira completa e eficiente, as necessidades das plantas forrageiras, além da alta qualidade física dos grânulos, melhorando a eficiência no momento da adubação.
Pneus agrícolas
Projetados para uso nas condições mais adversas do ambiente rural como lama, pedras, terra solta, poeira e terrenos irregulares, os pneus agrícolas geralmente possuem uma banda de rodagem robusta e profunda, que proporcionam mais tração e aderência. De acordo com o Ezequias Távora, coordenador agrícola da DPaschoal, um equipamento que não esteja operando com os pneus corretos e em condições regulares pode sofrer uma evidente queda no desempenho, oferecer riscos à segurança de seu operador, além de desgastes, comprometendo a durabilidade e gerando custos inesperados. Em solos secos, são mais comuns o uso de pneus R-1 para tração, enquanto, para solos argilosos e úmidos, são indicados os R-1W. Essas opções são comercializadas pela Dpaschoal em todo o país.
Ordenha automatizada
O Lely Astronaut, robô referência na ordenha automatizada, foi criado para permitir aos animais o fluxo livre (Free Cow Traffic). Esse sistema faz com que as vacas façam sua própria rotina e tenham mais tempo para descansarem, colabora para um baixo índice de estresse animal e melhora o ambiente de ordenha. Entre outros benefícios, há as melhorias de gestão e tomadas de decisões mais corretas.
Trator
A Agritech lançou o trator na versão compacta com motor de 75 cv para a cafeicultura. O novo trator da Agritech faz parte da linha AGT 75. O modelo compacto conta com nova motorização Perkins – considerados motores nacionais já consagrados na agricultura brasileira. Tem garantia de até 3 anos e facilidade na manutenção, pela disponibilidade de peças de reposição. O modelo substituirá o modelo 1175 Compacto da marca. A Agritech também está disponibilizando para a venda a versão agrícola da nova linha AGT 75, indicado para o preparo de solo, para atender pequenas e médias propriedades.
Contra moscas
As moscas domésticas são a verdadeira praga do tempo mais quente, especialmente em instalações rurais, onde repelentes comuns não são eficientes ao combate à infestação, exigindo do produtor uma solução mais potente e específica. É aí que entra o programa No Fly Zone (Zona Livre de Moscas), da Elanco, que propõe um controle integrado da incidência de moscas para proteger a saúde e melhorar o bem-estar dos animais de produção, e assegurar a produtividade do animal e do negócio, evitando perdas por conta da infestação destes insetos. o processo inseticida do No Fly Zone atua em
duas frentes: na eliminação das larvas e das moscas adultas. O responsável pelo controle das larvas é o Neporex™ 50SP, impedindo que elas se desenvolvam e alcancem a fase adulta, e agindo de forma bastante seletiva, ou seja, o produto é inofensivo a insetos predadores naturais das moscas. Já a eliminação destes insetos em sua fase adulta fica por conta da solução Agita™ 10 WG, única do mercado que une em sua composição açúcar e feromônio sexual para atrair as moscas e eliminá-las com extrema rapidez, sem representar riscos à saúde de animais ou pessoas.
Utilização de bST 325 mg como estratégia para aumento da prenhez em receptoras de embrião
Foram utilizadas 751 novilhas receptoras F1 (Nelore x Angus) localizadas em duas fazendas comerciais localizadas nos estados do MS e BA pertencentes ao grupo Agropecuária Jacarezinho Os animais foram divididos em quatro grupos:
Eficiência em Metano
Como resposta às crescentes críticas sociais e políticas focadas no agro, a Semex está introduzindo uma solução genética que reduzirá a emissão de metano de seus animais em 20% a 30% até 2050. Os usuários globais do programa genômico Elevate® da Semex receberão, automaticamente, o índice de Eficiência em Metano para todos os animais testados genomicamente. Além disso, o índice estará disponível para todos os touros da raça Holandesa já nas provas de abril deste ano. Assim, os produtores terão uma solução clara e objetiva para a redução mais rápida da emissão de metano em seus rebanhos. A Lactanet publicou os valores genéticos para Eficiência em Metano. Produtores poderão utilizar estes dados genéticos para reduzir significativamente a emissão de metano em seus rebanhos. Para touros com avaliação genômica, a confiabilidade da característica é de 70% e estima-se que a seleção genética, por si só, poderá reduzir as emissões de metano entre 20% e 30% até 2050.
Aumento de prenhez
Estudo conduzido pelo Departamento
de Reprodução Animal da Universidade de São Paulo avaliou a administração de somatotropina bovina (bST) para aumento da taxa de prenhez em receptoras de F1 submetidas ao protocolo de Transferência de Embrião em Tempo Fixo (TETF). O produto utilizado foi o Posilac, da Agener União. A aplicação foi feita em diferentes momentos (na remoção do dispositivo de P4 e no momento da transferência do embrião) do protocolo para prenhez na transferência de embriões (P/TE) e o peso corporal (PC) em receptoras de cruzamento de F1. Um total de 751 novilhas cruzadas (Angus x Nelore) com 14 meses de idade de fazendas localizadas no MS e BA (Agropecuária Jacarezinho, Brasil) foram utilizadas para o
No início do protocolo de TE (D0), as novilhas receberam um dispositivo de P4 intravaginal reutilizado (3º uso) e 2 mg de benzoato de estradiol (BE). Após 9 dias (D9), o dispositivo de P4 foi removido e as novilhas receberam 2,5 mg de dinoprost e 0,3 mg de cipionato de estradiol (CE). Ao mesmo tempo, as novilhas foram aleatorizadas de acordo com PC (307,9 ± 1,33) e ECC (2,98 ± 0,01) e alocadas em quatro tratamentos usando um design fatorial 2x2: 1) Controle (n=183): nenhum tratamento; 2) bSTD9 (n=187): tratamento de 325 mg de bST em D9; 3) bSTD18 (n=190): tratamento de 325 mg de bST ®em D18; e 4) bSTD9-D18 (n=191): tratamento de 325 mg de bST em D9 e D18. Em conclusão, a administração da bST em nove dias (remoção do dispositivo P4) melhorou a P/TE em destinatários de cruzamento de raças. Além disso, a administração da bST em 18 dias aumentou o peso corporal registrado no diagnóstico de prenhez. Em breve, serão publicados resultados de estudos feitos com o Posilac, da Agener União, também em rebanhos leiteiros.
ENTREVISTA por Larissa
Clostridioses traz muitos prejuízos para o rebanho leiteiro?
Existem diversos tipos de clostridioses, podendo causar várias doenças em bovinos que afetam negativamente o rebanho, implicando em baixo desempenho produtivo dos animais, com queda na produção leiteira e até mesmo a morte dos bovinos. Vale ressaltar que as clostridioses são doenças de evolução rápida e letal, portanto, nem sempre os tratamentos são eficazes, desencadeando uma alta mortalidade no rebanho e grandes perdas econômicas. Entre as doenças causadas estão as mionecrosantes (carbúnculo sintomático, gangrena gasosa e edema maligno), as entéricas/enterotoxêmicas (enterite hemorrágica e
Evite perdas no rebanho por clostridioses
Dentro do manejo sanitário do rebanho leiteiro é essencial, a prevenção das doenças causadas por bactérias do gênero Clostridium, popularmente conhecidas como clostridioses, pois elas levam à queda de produção e até mesmo à morte dos animais. Em entrevista à revista Girolando, a médica-veterinária, mestre, doutora em Saúde Animal e professora da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba), Pollyanna Mafra Soares, fala sobre diagnósticos, tratamentos mais indicados e a forma correta de vacinar o rebanho contra as clostridioses.
enterotoxemia), as hepatonecróticas (hepatite necrónica e hemoglobinúria bacilar) e as neurotrópicas (botulismo e tétano).
Como fazer o diagnóstico dessas doenças?
O diagnóstico para clostridioses é pautado principalmente nos sintomas apresentados pelos animais, no entanto o diagnóstico laboratorial é necessário para a confirmação dos sinais clínicos em alguns tipos de clostridioses, com exceção do tétano, cujos sintomas são a principal ferramenta de diagnóstico. As clostridioses mais comuns que acometem os rebanhos bovinos são: botulismo, tétano, gangrena gasosa e carbúnculo sintomático (manqueira). No caso da gangrena gasosa (in -
fecção exógena) e do carbúnculo sintomático (infecção endógena), os sintomas são muito parecidos, tais como febre, apatia, anorexia, depressão e manqueira quando o membro é atingido, além de áreas de massas musculares afetadas apresentarem-se crepitantes e com inchaço local.
Girolando
Pollyanna Mafra Soares
Girolando
Pollyanna Mafra Soares
O botulismo pode levar à morte?
Sim. O índice de mortalidade é em torno de 15% em rebanhos não vacinados. Trata-se de uma infecção causada pela ingestão de toxina botulínica, portanto, o curso da doença será dependente da quantidade de toxina ingerida, podendo ser de horas após sua ingestão ou até duas a três semanas. O animal com botulismo apresenta paralisia flácida, apresentando: pupilas dilatadas; mucosas secas, diminuição da salivação; flacidez na língua, parada na alimentação; dificuldade de locomoção com incoordenação motora; paralisia nos membros posteriores, podendo evoluir para os membros anteriores, fazendo com que o animal permaneça deitado, tendo dificuldades ou não conseguindo se levantar. Com a evolução da doença, além do animal permanecer deitado, ele apresenta dificuldade para respirar, e sua morte geralmente é causada por insuficiência e parada respiratória. Para confirmação por diagnóstico laboratorial pode ser avaliado o conteúdo ruminal (investigação da presença de toxinas no conteúdo alimentar), fragmentos de fígado (não metaboliza toxina botulínica) e até mesmo o alimento suspeito de ter desencadeado a doença que foi fornecida para o animal.
E como o tétano ocorre?
O tétano, ao contrário do botulismo, é causado pelo conta -
to de feridas que não estão com assepsia adequadas com esporos de Costridium tetani que estão presentes no ambiente, além de apresentar uma paralisia espástica. Este tipo de paralisia causa o aparecimento de contraturas musculares, rigidez, dificuldades locomotoras, ranger dos dentes, parada na alimentação, espasmos musculares, sensibilidade, expressão facial alterada, cauda bandeira, orelhas eretas, alterações nas frequências cardíaca e respiratória e evolução para óbito.
Qual o manejo sanitário indicado para esses casos?
Pollyanna Mafra Soares
Girolando
Pollyanna Mafra Soares
As medidas de controle e profilaxia são indicadas para conter o avanço da doença. São elas: vacinação sistemática do rebanho, correto manejo alimentar com oferta de alimentos de boa qualidade e com ótimo estado de conservação, limpeza e desinfecção do ambiente, correto destino para animais mortos com a eliminação das carcaças da área de pastagem. O tratamento traz resultados efetivos? Quais são os mais indicados?
De maneira geral, os tratamentos são baseados no uso de antibióticos, fluidoterapia oral/intravenosa e antitoxinas (botulismo e tétano), no entanto, como a doença possui uma evolução rápida, nem sempre os tratamentos são eficazes, levando o animal a óbito ou a sequelas pós-tratamento que podem comprometer o desempenho produtivo do animal.
Girolando
Pollyanna Mafra Soares
A vacinação seria a forma mais eficaz contra essas enfermidades?
A vacina é um dos principais métodos preventivos para a clostridioses, porém a escolha correta da vacina é ideal para uma prevenção eficiente. Não é neces -
sário vacinar os animais contra todos os tipos de clostridioses, pois não é o número de estirpes bacterianas que definem a qualidade da vacina, mas, sim, a sua qualidade e a presença dos antígenos principais e a sua forma de apresentação ao animal no rebanho de acordo com o seu local de produção. Portanto, o valor comercial não deve ser o único critério avaliado na escolha da vacina, devendo-se escolher imunizantes de eficácia comprovada no campo. Além disso, devemos levar em consideração o histórico de clostridioses no rebanho, caso houver, visando a definição de uma vacina mais específica contra as enfermidades ocasionadas pelo Clostridium spp. Existem uma gama de vacinas no mercado, a maioria polivalentes contra várias espécies de Clostridium spp., mas a sua eficiência está relacio -
Pollyanna Mafra Soares
nada ao histórico de clostridioses no rebanho, bem como sua qualidade com eficiência comprovada a campo e a correta aplicação de acordo com as instruções do laboratório fabricante.
Quais cuidados tomar na hora de vacinar os animais?
É importante salientar que o uso de vacinações simultâneas pode atrapalhar a reposta em títulos de anticorpos das vacinas contra clostridioses. Em trabalho desenvolvido, em 2021, por Albuquerque e colaboradores de instituições públicas de ensino em parceria com a Embrapa, ficou constatado que o uso de vacinação simultânea contra brucelose e clostridioses, reduziu a eficiência da vacina contra clostridioses, pois induziu um decréscimo significativo nos títulos de anticorpos contra Clostridium spp.
PASTAGEM
Adubação de pastagens nos sistemas de produção animal
No Brasil a área de pastagem ocupa cerca de 154 milhões de hectares e está presente dentro de todos os seis biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa).
Segundo dados da Embrapa, cerca de 95% de toda a carne bovina brasileira é produzida em regime de pastagens, aumentando significativamente a sua competitividade devido ao menor custo de produção, além de não competir por grãos com a alimentação humana. Por esse motivo, a qualidade das pastagens tem importância estratégica para o produtor, uma vez que tem relação direta com o aumento da produtividade do rebanho, seja ele de corte ou leite.
Entre as espécies cultivadas em nosso território, algumas apresentam elevado potencial genético para produção de forragem, quando suas exigências em fertilidade do solo são atendidas. O problema é que grande parte dos solos cobertos com pastagens no Brasil apresenta baixa fertilidade e não atende à demanda de macro e micronutrientes essenciais para o bom desenvolvimento, limitando sua produtividade e, consequentemente, a conversão em produto animal.
A deficiência de nutrientes no pasto, combinada com o manejo incorreto, tem contribuído significativamente para a perda de vigor e degradação das pastagens Brasil afora. Vale lembrar que esse fator
aumenta a contribuição do setor agropecuário para as emissões dos gases de efeito estufa no ambiente. Portanto, para evitar a deficiência de nutrientes e a degradação das pastagens, a adubação se configura como uma estratégia de manejo necessária para manter o sistema produtivo saudável e economicamente viável.
As etapas da produção animal em pastagem
De maneira geral, a produção animal em pastagens ocorre em três etapas: 1) crescimento; 2) utilização e 3) conversão (HODGSON, 1990). Na etapa de crescimento, a produção de forragem é dependente dos recursos do solo, clima e do tipo de planta. Nessa etapa ocorre
Portanto, para evitar a deficiência de nutrientes e a degradação das pastagens, a adubação se configura como uma estratégia de manejo necessária para manter o sistema produtivo saudável e economicamente viável.
As etapas da produção animal em pastagem
belecimento da planta após a germinação ou implantação via mudas. Já a adubação de manutenção tem como prerrogativa repor o fósforo extraído pela cultura e manter a reserva do fósforo no solo.
A importância da adubação fosfatada para o estabelecimento de pastagem é bem documentada na literatura. REZENDE et al., 2011, observaram resposta positiva em produtividade de massa seca e melhoria no sistema radicular da brachiaria brizantha cv. marandu frente ao tratamento controle.
De maneira geral, a produção animal em pastagens ocorre em três etapas: 1) crescimento; 2) utilização e 3) conversão (HODGSON, 1990). Na etapa de crescimento, a produção de forragem é dependente dos recursos do solo, clima e do tipo de planta. Nessa etapa ocorre a absorção dos nutrientes do solo e a fixação da energia proveniente do sol para a produção de forragem. Quando essa forragem é colhida pelo animal temos a etapa de utilização. Já a conversão nada mais é que a transformação da forragem colhida em carne ou leite (Figura 1)
menor eficiência do pastejo, que compreende a etapa de utilização e queda na conversão dessa forragem em produto animal.
O efeito da adubação nos sistemas de produção animal a pasto
Os solos brasileiros normalmente apresentam quantidade limitada de nutrientes; por outro lado,
Um solo bem nutrido permite a formação de pastagens de qualidade. a absorção dos nutrientes do solo e a fixação da energia proveniente do sol para a produção de forragem. Quando essa forragem é colhida pelo animal temos a etapa de utilização. Já a conversão nada mais é que a transformação da forragem colhida em carne ou leite (Figura 1).
CARNEIRO et al., 2017, avaliaram diferentes fontes e doses de fósforo em capim mombaça e concluíram que a adubação promoveu maior altura das plantas, perfilhamento, produção fotossintética e, consequentemente, maior produção de massa seca. Resultados positivos da adubação fosfatada também foram encontrados por COSTA et al., 2017; nesse caso, o capim massai apresentou maior número de perfilhos com maior número e tamanho de folhas.
Recursos: solo, clima, planta Forragem produzida Forragem consumida Produto final
Crescimento Utilização Conversão
PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTAGEM
Figura 1 - Representação das etapas da produção animal em pastagem propostas por HODGSON, 1990.
Nesse esquema, qualquer ação de manejo realizado em uma dessas três etapas trará consequências nas demais. Por exemplo, quando feita a adubação na etapa de crescimento, teremos maior desenvolvimento e qualidade da planta forrageira. Porém, se não houver ajuste na taxa de lotação (em sistema contínuo), ou a redução do período de descanso dos piquetes (em sistema rotativo), teremos como consequência uma
Nesse esquema, qualquer ação de manejo realizado em uma dessas três etapas trará consequências nas demais. Por exemplo, quando feita a adubação na etapa de
as forrageiras topicais são bastante responsivas à adição desses nutrientes no solo. Por esse motivo, a recomendação equilibrada dos corretivos e fertilizantes deve ser rotineira nos sistemas de produção animal a pasto.
O uso de fertilizantes fosfatados é recomendado em várias ocasiões e atende os objetivos no manejo nutricional das pastagens. A adubação fosfatada no plantio acelera o esta -
O potássio geralmente é o segundo elemento mais extraído do solo pelas plantas. Em pastagens os níveis de adubação potássica se diferenciam conforme o tipo de exploração da planta. De acordo com OLIVEIRA 2008, os níveis de extração em pastagens são muito altos: cerca de 2% de potássio na matéria seca da forragem colhida. Porém, em sistemas de pastejo, boa parte desse nutriente é reciclado no sistema via morte de partes da planta, perdas pelo pastejo, deposição de fezes e urina. Mesmo assim, a correção do solo para esse nutriente, no momento da implantação da cultura, e a adubação de manutenção se fazem necessárias para obtermos maiores índices produtivos.
A deficiência de K pode causar queda no crescimento e desenvolvimento tanto da parte aérea (folhas e colmo), quanto do sistema radicular das plantas, reduzindo a resistência e espessura do colmo. No
caso de milho para silagem, reduz o enchimento dos grãos, o que causa prejuízo no teor de amido das silagens.
O nitrogênio, por sua vez, é um fertilizante de extrema importância para os sistemas de produção animal a pasto, sendo responsável por incrementos significativos na produção de massa seca, o que permite aumentarmos a taxa de lotação e o ganho animal por área.
CANTO et al., 2009, avaliaram a produção de bovinos de corte em recria sob lotação continua em pastagens de capim Tanzânia adubada com doses crescentes de nitrogênio (100, 200, 300 e 400kg ha-1). Os autores tiveram como resposta um incremento significativo na produção de forragem, que permitiu o aumento da taxa de lotação de 3,2 UA ha-1 na dose de 100kg de N/ ha-1 para 7,1 UA ha-1 para a dose de 400kg de N ha-1, com um ganho médio diário de 730g animal/dia. Para as doses de 200 e 300kg de N ha-1, o aumento na taxa de lotação foi de 4,5 e 5,8 UA ha -1 respectivamente. Com o incremento da taxa de lotação obtida, os autores constataram, também, maior produção animal por unidade de área. Esses resultados deixam claro o potencial que o uso de adubos nitrogenados tem para aumentarmos a produção animal brasileira.
Vale lembrar que todo e qualquer incremento obtido via adubação das plantas forrageiras precisa
ser colhido de forma adequada e isso implica em ajustes constantes na intensidade e frequência com que essa forragem será colhida pelos animais, através de manejo do pastejo. Basicamente, a frequência de pastejo deve aumentar, reduzindo, assim, o intervalo entre pastejo dentro de um piquete em sistemas rotativos ou o intervalo entre uma desfolha e outra da planta em sistemas contínuos, para que a eficiência da utilização da adubação e da planta forrageira seja garantida. Mas você deve estar se perguntando: Por que devo mudar o manejo do pastejo em áreas que receberam adubação?
A resposta é simples: quando a pastagem é adubada, temos um desenvolvimento mais acelerado e se mantivermos o mesmo período de descanso utilizado antes da adubação, ou a mesma taxa de lotação animal, teremos um aumento significativo na participação de colmo e material morto. Isso, além de reduzir o valor bromatológico da forragem, também altera o padrão de consumo, uma vez que os colmos atuam como barreira física que dificulta os animais explorarem de forma eficiente a pastagem.
Podemos dizer, então, que os benefícios obtidos através da adubação em pastagens são:
1) Aumento da produção de massa de forragem/hectare e ganhos significativos no valor bromatológico quando o manejo do pastejo efi -
ciente é aplicado em conjunto com a adubação, convertido em maior produção animal por área;
2) Aumento da produção de forragem para ser utilizada durante o período de seca, com uso de adubação estratégica no fim do período das águas;
3) Produção de volumoso suplementar;
4) Uso de cultivares forrageiras mais exigentes e também de maior produtividade em solos de baixa fertilidade natural.
Conclusão
A recomendação de adubação de pastagens não é uma receita de bolo. Cada solo, região, cultivar, sistema de produção apresentam suas particularidades. Por esse motivo, busque sempre a orientação de um profissional da área para auxiliar na correta recomendação da adubação e também do manejo do pasto e do pastejo que deverá serão adotados após a aplicação do fertilizante.
Bibliografia Consultada
CARNEIRO, J.S.S.; SILVA, P.S.S.; SANTOS, A.C.M.; FREITAS, G.A.; SILVA, R.R. Response of grass mombasa under the effect of sources and doses of phosphorus in the fertilization formation. Journal of Bioenergy and Food Science, v.4, n.1, p.12- 25, 2017.
COSTA, N.L.; JANK, L.; MAGALHÃES, J.A.; GIANLUPPI, V.; FOGAÇA, F.H.S.; RODRIGUES, B.H.N.; SANTOS, F.J.S. Características morfogenéticas e acúmulo de forragem de Megathyrsus maximus x M. infestum cv. Massai em resposta à adubação fosfatada. Anais... XII Congresso Nordestino de Produção Animal.
OLIVEIRA, P.P.A; PENATI, M.A; CORSI, M. Correção do solo e fertilização de pastagens em sistemas intensivos de produção de leite. Embrapa, 2008.
SANTOS, M.E.R & FONSECA, D.M. Adubação de pastagens em sistemas de produção animal. Ed. UFV, Viçosa, 2016.
SUSTENTABILIDADE
Pecuária leiteira sustentável é eficiência da produção
Embora “sustentabilidade” seja a palavra do momento, muitos criadores acreditam que sua aplicação na produção leiteira é limitada. O significado por vezes é distorcido, deixando a sensação de que esse conceito é contra as atividades agropecuárias. Na verdade, sustentabilidade significa manter uma atividade econômica de modo que os recursos sejam utilizados e não se esgotem para as gerações seguintes. Analisando dessa forma, que é muito mais correta, é fácil perceber que a sustentabilidade está completamente alinhada com o agronegócio. Manter os recursos para as gerações futuras, juntamente com o retorno econômico, e provendo alimentos e ou -
tros produtos para a humanidade, sempre foi o compromisso desse setor.
Tendo em vista que a população mundial aumenta a cada ano, obviamente há um acréscimo da demanda por produtos de origem animal – entre eles, o leite. Isso requer expansão da produtividade e/ou da área destinada à criação. Porém, o aumento da produção tem como consequência a multiplicação dos resíduos provenientes da atividade.
Dessa forma, é crucial que a produção de tais resíduos seja diminuída ou que ocorra a reciclagem desses dejetos. Esse conceito de “reciclagem” dos recursos é a base da chamada economia circu -
lar. Ou seja, a atividade tem que ser rentável, mas os resíduos precisam ser aproveitados de alguma forma benéfica e que minimize os impactos causados na natureza.
Medidas sustentáveis têm sido aplicadas há anos na produção do leite brasileiro, e são práticas que, unidas, fazem grande diferença no impacto ambiental. Instalações do tipo compost barn são um grande exemplo. Nesse sistema, as camas revolvidas promovem a fermentação dos dejetos, podendo ser aproveitadas como fertilizantes para a própria produção de componentes da dieta desses animais. Trata-se de uma forma “artificial” de promover o que já acontece na natureza: o reaproveitamento dos
resíduos e a transformação em algo que será utilizado novamente. Em uma produção sustentável, os processos utilizados ajudam a não sobrecarregar o solo e a água, de forma que possam reciclar os nutrientes sem que haja poluição. Assim, a economia circular é aplicada na própria fazenda.
A biodigestão é um outro processo para o reaproveitamento dos dejetos de forma a manter um ciclo de nutrientes dentro da propriedade. Os biodigestores são equipamentos que utilizam o esterco como matéria-prima, o qual é metabolizado por bactérias que formam o biogás. O biogás, por sua vez, é um combustível que pode ser utilizado tanto para gerar energia dentro da propriedade quanto pode ser comercializado. Há fazendas que utilizam o biogás como combustível das máquinas agrícolas. Em alguns países, como a Alemanha, a produção de biogás por biodigestores é uma importante fonte de renda em fazendas de leite. Além disso, os efluentes gerados nos biodigestores possuem capacidade fertilizante, o que também ocorre com o uso de esterqueiras. Assim, observa-se de forma exemplar a capacidade circular da natureza.
Outra forma sustentável de geração de energia é a utilização da energia fotovoltaica, popularmente conhecida como energia solar. Subsídios governamentais nos últimos anos vêm disseminando a instalação de placas solares em fazendas. O Brasil possui grande potencial de aumento do uso desse tipo de energia, que é renovável e não gera resíduos, devido à alta incidência de luz do sol no território nacional.
Um dos conceitos mais relacionados ultimamente à produção sustentável é o crédito carbono. Trata-se de um certificado que pode ser adquirido quando há uma redução da emissão de gases do efeito estufa, os quais causam
o aquecimento do planeta e possuem carbono em sua composição. Esse certificado pode ser comercializado e ser mais uma fonte de renda para o pecuarista que implementar práticas mais sustentáveis em sua fazenda. No caso da pecuária bovina, o metano é o gás do efeito estufa de maior preocupação. Esse gás é produzido pelo sistema gastrintestinal dos bovinos, sendo lançado ao ambiente principalmente pela eructação (“arroto”) dos animais.
Muitas tecnologias têm sido desenvolvidas para promover a diminuição dos efeitos do gás metano causados pela pecuária, baseadas em ações em diversas frentes: genética, nutricional e ambiental. A genética busca desenvolver animais mais produtivos, implicando em menos animais para uma mesma quantidade de leite produzida, além da seleção genética para maior conversão alimentar. O melhoramento genético também deve ser aplicado na agricultura, para a obtenção de pastagens com melhor digestibilidade e maior retenção do carbono no solo. Em relação à dieta, aditivos alimentares têm sido desenvolvidos para que ocorra menor emissão do metano. O ambiente pode promover melhor retenção do carbono em sistema de produção silvipastoril (integração lavoura-pecuária-floresta). O metano emitido é neutralizado em boa parte pelo consumo vegetal. A eficiência produtiva da terra também é maximizada, visto que há constante reciclagem de nutrientes pelas espécies vegetais que fixam oxigênio. A simples rotação de pastagens também pode ser utilizada para menor impacto sobre os nutrientes do solo, aliada à maior qualidade nutricional para os animais. A redução do desmatamento e a atenção às normas ambientais contribuem para a absorção do carbono emitido. Para o menor uso da terra, algumas propriedades têm também
utilizado a forragem hidropônica, em produção semelhante à de hortaliças.
Infelizmente, ainda há pouco destaque para a saúde animal como elemento de sustentabilidade. Manejo sanitário inadequado leva à perda de recursos, ao aumento de resíduos e, consequentemente, impacta na sustentabilidade. A saúde da vaca leiteira impacta diretamente em sua produtividade. Todo produtor já teve problemas com a “quebra do leite” de animais doentes. Os impactos podem ser não apenas produtivos, com também reprodutivos. O animal consome recursos sem que haja uma compensação financeira suficiente em sua produção. Além disso, há um grande problema de resíduos de medicamentos. Uma vaca em tratamento não apenas gera o descarte do leite no período de tratamento, como também no período de carência. O leite, fezes e urina desses animais são eliminados no ambiente, atingindo o solo e seus microrganismos. Os impactos de antibióticos utilizados na produção animal sobre as bactérias do ambiente são alvo de grande preocupação de órgãos de saúde e meio ambiente. Descarte de embalagens de defensivos e fertilizantes também deve ser realizado em locais adequados, devido ao impacto sobre o solo e lençóis freáticos.
O uso racional da água recebe grande foco do agronegócio sustentável. O criador sabe que é necessária grande quantidade de água para a produção de leite, que vai desde a obtenção de alimento, passando pelo consumo direto pelos animais, a limpeza dos equipamentos de ordenha e as instalações da propriedade. Deve-se evitar deixar os animais consumirem a água diretamente de rios e lagos, devido às sujidades que podem levar aos cursos d’água. Cochos adequados e limpos devem ser acessíveis a todos os animais.
Para a limpeza dos equipamentos de ordenha, deve-se também utilizar água limpa de primeiro uso. Na limpeza de instalações, entretanto, deve-se priorizar a água de reuso, e fazer o uso dos resíduos (biodigestores, esterqueiras) para não os lançar diretamente no ambiente e contaminar lençóis freáticos.
O uso racional dos recursos está diretamente relacionado a uma gestão eficiente da fazenda. Uma produção com mínimo desperdício é uma das premissas de empresas que possuem maior grau de eficiência em sua produção. Esse conceito se iniciou na indústria, com o nome de “manufatura lean”, mas atualmente é aplicado em todos os setores da economia, inclusive agricultura e pecuária. O aproveitamento eficiente dos recursos, inicialmente, gera maior lucro; entretanto, uma consequên -
cia muito positiva dessas práticas é justamente a redução de resíduos, que tem sido um grande ganho quando extrapolada para a pecuária.
Desse modo, entende-se por eficiência o uso racional dos recursos com a mínima geração de resíduos e excelente lucratividade, e não apenas a alta produção. Pode-se dizer, portanto, que uma fazenda eficiente é uma fazenda mais sustentável. Mas, afinal, como coordenar o processo de melhoria da eficiência de uma propriedade leiteira? A base para a eficiência é o gerenciamento sistemático e ágil das informações da propriedade. Como os processos estão todos interligados – dieta, reprodução, produção etc. – a coordenação e a sincronização dos dados em tempo real, tanto dos eventos quanto do manejo, possibilitam a produção de leite rentá -
vel e sustentável. Sistemas digitais para o gerenciamento da produção facilitam esse processo e também são mais sustentáveis, pois reduzem a necessidade do uso do papel e de processos demorados feitos em planilhas. A própria forma de gerenciamento deve ser sustentável/eficiente para que todo o ciclo tenha um fluxo de qualidade. Diante do exposto, cabe a todos os envolvidos nessa atividade – criadores, veterinários, zootecnistas, agrônomos, empresas de genética e nutrição, laticínios, consultores, gestores, entre outros – se conscientizarem e iniciarem uma implementação concreta e coordenada de práticas sustentáveis. Assim, possibilita-se que as gerações futuras tenham recursos para produção constante e regular de alimentos e consigam suprir as demandas de mercado.
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GENÉTICA
Mercado do leite prova o sabor do investimento em genética
O investimento em genética é um dos responsáveis pelo cenário atual do mercado do leite no país, o melhor dos últimos quatro anos. Na média ponderada, os preços ao produtor fecharam 2022 em R$ 2,65. E se mantêm firmes até o momento, retomando o ânimo perdido por altos e baixos recentes.
O produtor reconhece que o melhoramento genético é um agente importante nesse processo, pois tem custo baixo (entre 1,5% e 2,5%) e efeito vantajoso a longo prazo para a evolução do projeto pecuário – aprimora a qualidade do plantel e deixa um(a) bezerro(a). Mais do que isso, a genética se perpetua no plantel, sendo repassada para as próximas gerações.
Esses benefícios são potencializados pela evolução das técnicas reprodutivas, como o sêmen sexado, que possibilita a escolha do sexo do bezerro, colaborando enormemente para a velocidade de renovação do plantel.
Estamos vivendo uma transformação positiva na pecuária leiteira. Há propriedades com 100, 300 ou 500 vacas com média de produtividade superior a 40 litros de leite. É algo fantástico e inimaginável até pouco tempo atrás. Esse
dado também mostra como o efeito da genética melhoradora é contínuo e rápido.
É vital que todos os produtores entendam a importância do investimento na multiplicação da genética superior. A inseminação e outras biotecnologias reprodutivas podem colaborar com o crescimento de pequenos pecuaristas, potencializando seus ganhos, e com médios e grandes projetos, os consolidando ainda mais no setor de produção leiteira. O caminho natural é a democratização cada vez maior do acesso às tecnologias de reprodução, com acesso facilitado a todos os tamanhos de projeto. Atualmente, há menos criadores, mas a oferta de leite continua aumentando. Esse é o fruto de animais ainda mais produtivos.
Além dos ganhos de produtividade, esse aporte de tecnologia proporciona ganho de escala, contribuindo para a redução dos custos em uma atividade em que cada centavo faz a diferença.
Mas, claro, os investimentos serão maiores à medida que a rentabilidade também crescer. Nossa expectativa é que os preços ao produtor devam continuar em alta pelo menos por mais dois ou três meses. Um passo de cada vez.
Contribui para esse momento positivo a relativa estabilidade dos custos de produção – responsáveis por pesadelos em muitos momentos. Teremos excelente safra de milho e soja, o que deve segurar o aumento dos preços. Bom para os produtores de leite.
Outra boa notícia é a possível inclusão do leite na merenda escolar. Se sair do papel, essa medida terá duplo impacto: aumentará a demanda interna e fornecerá aos estudantes – especialmente os mais carentes – um alimento essencial e de alta qualidade.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais do leite. São 35 bilhões de litros por ano. O consumo interno está em torno de 170 litros por habitante/ ano, ainda aquém das exigências da FAO. Porém, se trata de uma atividade de ciclos. E o atual é positivo, que nos permite voltar a falar, inclusive, em exportação.
Para isso, é essencial que os investimentos em genética continuem, assim como os cuidados com nutrição, sanidade, conforto e bem-estar animal. Mais produtividade significa menos custos e com isso mais rentabilidade e motivação para os criadores investirem. E isso é bom para todos.
TECNOLOGIA
Uso de drones na pecuária
Um drone de pulverização sobrevoa pela primeira vez a lavoura de milho da Fazenda Olhos D’Água, localizada em Pompéu, região central de Minas Gerais. Como as chuvas foram intensas na região nos meses de dezembro e janeiro e a lavoura já estava alta, o criador Alexandre Freitas optou por não pulverizar com trator para não correr o risco de as plantas serem amassadas e, consequentemente, ter a produção reduzida. “Nesta época do ano, sempre encontramos muita dificuldade em fazer as pulverizações com trator nos momentos mais adequados, seja pela ausência de dias com sol, seja pelo fato de as lavouras já estarem com uma altura muito elevada. A opção foi utilizar os drones para pulverizar parte da lavoura. O resultado tem sido surpreendente e certamente será mais uma tecnologia que utilizaremos na propriedade”, assegura Freitas, que é selecionador da raça Girolando.
Dos 32 hectares de lavoura, o drone pulverizou em 10 hectares. Foi feita a aplicação de adubo foliar
e de inseticidas para lagarta e cigarrinha. Toda a safra de milho vai para a produção de silagem, para alimentar o rebanho da Olhos D´Água, que hoje conta com um plantel de 400 animais Girolando registrados. “Como temos maquinário, a pulverização com trator fica mais barata e consigo jogar mais produto. Mas, analisando as perdas que teria em não pulverizar as áreas inviáveis para uso do trator, como o aparecimento de pragas, por exemplo, o custo de uso do drone é totalmente viável”, garante o criador.
Os preços variam conforme a região e o tipo de serviço prestado, mas, em média, a pulverização com drone em Minas Gerais está entre R$ 140,00 e R$180,00 por hectare.
Na visão do coordenador de Graduação em Agrocomputação e de Pós-graduação em Agricultura de Precisão das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU), Matheus Oliveira Alves, as diversas vantagens da tecnologia compensam o investimento. “Os drones vêm ganhando espaço entre os pecuaristas porque
Drone pulverizador de lavoura dão uma visão ampla da lavoura e do pasto, permitindo identificar com antecedência os pontos que precisam de maior atenção”, diz Alves.
Entre os vários usos do equipamento, está o mapeamento. Com base nas imagens precisas coletadas de vários pontos da fazenda, o profissional consegue correlacioná-las com os outros dados, obtidos por meio de satélites ou mapeamento digital da lavoura. Com isso, é possível identificar precocemente problemas na plantação, como falhas de plantio, pragas e doenças. “Por fazer um monitoramento rapidamente, mesmo em áreas maiores, o drone dá mais agilidade e precisão ao diagnóstico que as imagens de satélites, por exemplo. Assim, o agricultor pode tomar medidas com maior assertividade, visando o bom desenvolvimento das plantas e a produtividade da safra”, diz o professor da FAZU, que, em 2016, ganhou um prêmio internacional na Drone Show Latin America por ter desenvolvido metodologia para identificar falhas em
lavouras de cana-de-açúcar.
As imagens capturadas ainda permitem definir estratégias de plantio e os locais mais propícios para a semeadura. O uso do equipamento ainda facilita a identificação de falhas no plantio. Isso permite que o produtor decida sobre estratégias de replantio, ajuda definir o número de mudas que devem ser plantadas e em quais áreas esse replantio deve ocorrer. Como consequência, o agricultor evita a queda da produtividade da safra provocada por essas falhas.
Nesta área de mapeamento, alunos da FAZU realizaram um estudo sobre o uso de drone na identificação de falhas na área de grãos que será publicado em breve em um evento internacional.
A Prefeitura Municipal de Uberaba, por meio da Secretaria do Agronegócio, tem utilizado drones para mapeamento das áreas agrícolas, tanto na pecuária quanto na agricultura. O serviço é gratuito e tem contribuído para que os produtores locais possam elevar a produtividade de suas lavouras.
Pulverização de pastos e lavouras
Assim como o criador Alexandre Freitas, outros criadores têm adotado o drone para pulverização. Neste caso, é um equipamento específico para este trabalho, com capacidade de carga, de defensivos agrícolas,
como inseticidas, fungicidas, herbicidas e nematicidas. A grande vantagem desse método de pulverização é que a aplicação ocorre de forma localizada, rápida e precisa, evitando o desperdício do produto e diminuindo o impacto ambiental. Além de controlar problemas fitossanitários, como a presença de pragas, o uso de drones otimiza o número de pessoas envolvidas na operação.
Já na pecuária o drone pode ser um aliado para o mapeamento das pastagens, podendo apontar o nível de degradação, as áreas que precisam ser reformadas, a qualidade da pastagem, dentre outros pontos. “Na FAZU, estamos utilizando o equipamento também para a aplicação de fertilizantes na pastagem, alcançando uma maior eficiência no uso do produto. Ainda estamos desenvolvendo um estudo para monitorar a lavoura, plantada para produção de silagem para o rebanho da FAZU”, explica o professor.
Ele destaca que o drone uma ferramenta complementar. É como vê também o criador Alexandre Freitas. “Aqui na Fazenda Olhos D’Água sempre tentamos utilizar as melhores tecnologias disponíveis, tanto no tocante ao melhoramento genético, bem como para a parte gerencial, nutricional, sempre contando com assistências de especialistas do setor, e, pelo visto, neste tocante à utilização dos drones foi mais uma tecnologia que veio para ficar”, conclui o
criador de Girolando.
Novo curso de drone
No Brasil, a utilização do drone é regulamentada pelo Ministério da Agricultura (MAPA), que admite seu uso na aplicação de defensivos, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes. Apesar de popularmente ser conhecida como drone, o termo técnico da tecnologia é Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), direcionado para classificar as aeronaves não tripuladas de caráter não recreativo.
Originalmente, esse equipamento surgiu para fins militares. Porém, por conta da sua praticidade e ampla possibilidade de aplicação, passou a ser utilizado em outras áreas, como na agricultura.
O professor da FAZU lembra que para operar o drone é preciso ter um curso específico reconhecido pelo Ministério da Agricultura. Para atender a grande demanda do mercado pelo serviço, em 2023, a FAZU ofertará em sua grade curricular o curso de operação de drone. A duração do curso será de uma semana, com aplicação de prova ao final, para obtenção do certificado. “É um grande diferencial para os profissionais de Ciências Agrárias, principalmente, pois muitas empresas dão preferência a quem tem o curso de operação de drone”, conclui o professor Matheus Alves.
NUTRIÇÃO
Como melhorar os índices reprodutivos e alcançar maior lucro na pecuária leiteira?
das vacas pode ser melhorada com vitaminas
Nos últimos anos a pecuária vem sofrendo expressiva alta nos custos de produção. Diante dessa pressão, os pecuaristas têm procurado alternativas para maior eficiência de produção com o objetivo de permanecerem na atividade. Na pecuária de leite, o aumento da eficiência pode estar relacionado à evolução de práticas agrícolas, como: manejo de solo, híbridos, irrigação, por exemplo, que melhorem a produção e a qualidade da alimentação animal; evolução genética, como o uso de IATF, FIV e aplicação de técnicas genômicas; evolução de manejo, mão de obra qualificada; infraestrutura para mitigação de estresse térmico; além de práticas de nutrição animal através do uso de aditivos, minerais e vitaminas, que estão cada vez mais
tecnificadas.
No entanto, juntamente com a busca pela maior eficiência surgem também os novos desafios que, muitas vezes, podem comprometer a saúde, a reprodução e o bem-estar animal. Uma vaca mais produtiva também tem um metabolismo mais ativo e, com isso, há aumento na produção de radicais livres, também chamados de espécies reativas de oxigênio (EROs). Quando em excesso, as EROs podem desencadear distúrbios metabólicos, doenças, perda de desempenho e baixa fertilidade. Essa baixa fertilidade e os problemas reprodutivos podem incorrer em baixa produtividade, uma vez que rodar corretamente o ciclo reprodutivo implica em ter ao longo do ano maior número de vacas perto
do pico de lactação e, consequentemente, com maior produtividade e rentabilidade.
Algumas vitaminas e minerais têm a capacidade de impedir a formação de radicais livres, prejudiciais à meia vida da célula imune, e ter efeitos negativos na reprodução da vaca. A vitamina E é um antioxidante que atua convertendo as espécies reativas de oxigênio em formas não reativas. Estudos têm demonstrado não só a redução de doenças importantes, como a mastite e retenção de placenta, como também melhora significativa na reprodução das vacas. Bill Weiss et al. (1997), comprovaram redução de 11,8% no número de casos de mastite clínica de vacas recebendo suplementação com vitamina E. Outros autores (Pontes et
(Sales et al., 2008).
(Sales et al., 2008).
al., 2005) demonstraram benefícios com a vitamina E injetável na redução de retenção de placenta (20,1% para 13,5%) e abortos.
concepção de 12 pontos percentuais, com o uso do betacaroteno. Corroborando com esses resultados, Madureira et al. (2020) reportaram redução na perda de prenhez de 62,5% de vacas com maior concentração de betacaroteno no plasma no dia da inseminação (IATF).
ry cows. Journal of Dairy Science. 99:5808–5819.
Madureira et al., 2020. Association of concentrations of beta-carotene in plasma on pregnancy per artificial insemination and pregnancy loss in lactating Holstein cows. Theriogenology 142:216-222.
Referências
Referências
Já o selênio, um micro mineral com ação antioxidante tão importante quanto a da vitamina E, é componente estrutural da enzima glutationa peroxidase, que protege contra danos oxidativos. Esses dois micronutrientes – o selênio e a vitamina E – têm ação sinérgica no metabolismo da vaca e diversos estudos têm demonstrado os benefícios dessa sinergia, como a redução nos sintomas da mastite (Smith et al. 1984) e redução na retenção de placenta e cistos ovarianos (Harisson et al 1984).
Pontes et al., 2015. Effect of injectable vitamin E on incidence of retained fetal membranes and reproductive performance of dairy cows. Journal of Dairy Science 98, 2349–2437.
Bian et al., 2007. The influence of β-carotene supplementation on postpartum disease and subsequent reproductive performance of dairy cows in China. Journal of Animal and Feed Sciences, 16, Suppl. 2, 370 –375.
O betacaroteno é uma provitamina A, que tem a capacidade de se biotransformar em vitamina A nos folículos ovarianos sendo, por isso, importantíssimo para que ocorra a ovulação. Além disso, o betacaroteno atua aumentando a concentração de hormônios da reprodução (De Bie et al. 2016), além de reduzir o estresse oxidativo que afeta a qualidade do oócito e o desenvolvimento do embrião. Com tudo isso e com os excelentes resultados na reprodução que se tem alcançado, o betacaroteno passou a ser chamado de vitamina da fertilidade. Pesquisadores (Bian et al., 2007) observaram redução no número de abortos de 10% para zero, e aumento na taxa de
Outros autores (Sekizawa et al., 2012) avaliaram os níveis de vitaminas no sangue das vacas e constataram que apenas 42% delas tinham níveis adequados de vitamina A, 47% de vitamina E e 14% de betacaroteno. Estes mesmos autores (Sekizawa et al., 2012) classificaram os embriões (figura 1), correlacionaram com o nível de vitaminas (figura 2) e constataram maior produção de embriões viáveis com níveis de vitaminas adequados. Sales et al., injetando vitamina E e betacaroteno em vacas com inseminação artificial em tempo fixo observaram produção maior de embriões (+4) e de melhor qualidade (Sales et al., 2008).
Bian et al., 2007. The influence of β-carotene supplementation on postpartum disease and subsequent reproductive performance of dairy cows in China. Journal of Animal and Feed Sciences, 16, Suppl. 2, 370 –375.
Sales et al., 2008. Embryo production and quality of Holstein heifers and cows supplemented with beta-carotene and tocopherol. Animal Reproduction Science 106, 77–89.
Referências
Bian et al., 2007. The influence of β-carotene supplementation on post-partum disease and subsequent reproductive performance of dairy cows in China. Journal of Animal and Feed Sciences, 16, Suppl. 2, 370–375.
De Bie et al., 2016. The effect of a negative energy balance status on β-carotene availability in serum and follicular fluid of nonlactating dai -
Sekizawa et al., 2012. Relationship between embryo collection results after superovulation treatment of Japanese black cows and their plasma beta-carotene and vitamin concentrations. Journal of Reproduction and Development 58, 377-379.
Smith et al., 1984. Effect of vitamin E and selenium supplementation on incidence of clinical mastitis and duration of clinical symptoms. Journal of Dairy Science 67:1293.
Weiss et al., 1997. Effect of vitamin E supplementation in diets with a low concentration of selenium on mammary gland health of dairy cows. Journal of Dairy Science. 80:1728–1737.
NUTRIÇÃO
Aleitamento: Leite Integral X Sucedâneo
A fase de criação de bezerras leiteiras é uma das que mais impacta financeiramente a produção atual de leite, sendo que apenas a dieta líquida desses animais chega a representar entre 70% a 80% do custo de produ-
ção nessa fase.
Após o nascimento, as bezerras recebem aproximadamente 10% do seu peso vivo em colostro (primeira secreção da glândula mamaria depois do parto). O ideal é que esse forne-
cimento permaneça pelas primeiras seis horas de vida, período em que ocorre a melhor absorção, pelo intestino do animal, das imunoglobulinas que compõem o colostro.
Em seguida, os animais continu-
am recebendo o leite “sujo” e/ou leite integral até o 5º dia de vida, e a partir daí são adotadas estratégias nutricionais com volume e período pré-determinados para fornecimento de dieta líquida e sólida, podendo variar de acordo com o objetivo do produtor.
No Brasil, a maioria das propriedades ainda opta por oferecer às bezerras leite de composição e qualidade variável, sendo que menos de 15% dos produtores adotam sucedâneos lácteos como dieta líquida (SANTOS & BITTAR, 2016). Entretanto, com a necessidade de reduzir cada vez mais os custos de produção, essa porcentagem de propriedades utilizando sucedâneo lácteo vem crescendo consideravelmente.
Um dos principais motivos para essa prática é o preço final do produto reconstituído que, na maioria das vezes, é mais barato que o preço recebido dos laticínios pelo litro de leite integral. Isso torna o sucedâneo uma das principais formas de substituição do leite na alimentação de bezerros nas propriedades (BOITO et al., 2015).
Apesar de um excelente alimento, quando o produtor opta por utilizar o leite integral como fonte de dieta líquida para as bezerras leiteiras, nos deparamos com alguns entraves em relação ao manejo alimentar dos animais. Entre eles, podemos pontuar susceptibilidades de variações no horário do trato, na temperatura de
fornecimento aos animais e dos sólidos do leite, além da possibilidade de transmissão de doenças, uma vez que o referido leite ainda não passou por nenhum processo de pasteurização. Os sucedâneos lácteos, por sua vez, são fórmulas com ingredientes que aproximam a sua composição à do leite integral em termos de proteína, energia e até em seu perfil de aminoácidos, de forma a garantir o bom desempenho dos animais (EDUCAPOINT, 2018).
Essa tecnologia vem sendo amplamente difundida no Brasil, porém, exige que os produtores adotem alguns critérios para escolher o produto que melhor atenda às necessidades do animal para alcançar os índices de desempenho desejados na propriedade, devido à enorme gama de variações nas formulações disponíveis no mercado.
A qualidade do sucedâneo, principalmente a fonte proteica, é o fator que determina os resultados semelhantes aos observados a partir do fornecimento de leite integral (NCR, 2001). Quando escolhidas fórmulas com proteínas de origem animal, os resultados de desempenho tendem a ser superiores se comparados às fórmulas com mais inclusão de proteínas de origem vegetais.
Entre as vantagens dos sucedâneos, estão: a possibilidade de comercialização do leite integral produzido, gerando mais receita para proprieda-
de como dito anteriormente; redução do custo de aleitamento; além de permitir uma concentração ou diluição dos sólidos, de acordo com o objetivo do aleitamento; permite também uma definição nos horários do trato, uma vez que o funcionário não precisa esperar as atividades da sala de ordenha para iniciar o trato dos animais; além de evitar transmissão de doenças.
Em alguns experimentos a composição dos sucedâneos influenciou diretamente no ganho de peso das bezerras, sendo este um fator de grande relevância. ALVEZ et al., 2001, observaram ganho de peso diário de 0,930kg para animais alimentados somente com leite integral e 0,948kg para os que foram submetidos a uma alimentação apenas com sucedâneo lácteo.
FERREIRA et al., 2008, observaram que o ganho médio de peso diário foi de 0,580kg para os que consumiram leite integral e 0,530kg para os submetidos ao consumo de sucedâneo, sendo que ambos os trabalhos apresentaram valores acima dos encontrados por BOITO et al., 2015.
NUNES et al, 2019, ao realizarem seu experimento utilizando sucedâneo lácteo de qualidade e leite integral para dieta líquida dos grupos, observaram que não houve diferenças estatísticas.
Sendo assim, independente da escolha entre leite integral ou sucedâneo lácteo, é de grande importância
realizar uma avaliação criteriosa dos níveis e fontes nutricionais do produto eleito, buscando equilíbrio no custo alimentar e desenvolvimento desses animais. Lembrando que, bezerras bem nutridas na fase inicial resultarão em vacas saudáveis e produtivas para reposição do rebanho da fazenda.
Referências
ALVEZ P.F.M, LIZIEIRE R.S. Teste de um Sucedâneo na Produção de Vitelos. Revista Brasileira de Zootecnia., 30(3):817-823, 2001.
BITTAR, C. M. M.; FERREIRA, L. S.; SILVA, J. T. Sucedâneos lácteos para bezerras leiteiras. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia. Edição da FEPMVZ Editora em convênio com o CRMV-MG, nº 81, 57 p, junho de 2016.
BITTAR, PEREIRA, A. C. F. C., PORTAL, R. N. S. Criação de bezerras leiteiras. ESALQ/USP, em parceria com a Casa do Produtor, a 1ª edição da Cartilha 2018. Disponível em:
< www.esalq.usp.br/cprural/upimg/ ck/files/PDFs/cartilha.pdf >. Acesso em: 07/02/2023.
BOITO, B. et al. Uso de sucedâneo em substituição ao leite no desempenho de bezerros da raça holandesa durante a cria e recria. Ciência Animal Brasileira, Goiânia, v. 16, n. 4, p. 498-507, 1 out. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cab/a/zcYJf8 bV6stBdRr9SqKL3wk/?format=pdf >Acesso em: 02/02/2023.
EducaPoint. Sucedâneo lácteo: como escolher, preparar e fornecer às bezerras?. 04/07/2018. Disponível em: <https://www.educapoint.com.br/blog/pecuaria-leite/ leite-ou-sucedaneo-lacteo-como-e-quanto-fornecer/#:~:text=Os%20 suced%C3%A2neos%20 s%C3%A3o%20 formula%C3%A7%C3%B5es%20 com,o%20bom%20desempenho%20dos%20animais.> Acesso 02/02/2023.
FERREIRA L.S., BITTAR C.M.M.,
SANTOS V.P., MATTOS W. Desempenho animal e desenvolvimento do rúmen de bezerros leiteiros aleitados com leite integral ou sucedâneo. B. Indústr. anim., N. Odessa, v.65, n.4, p.337-345, out./dez., 2008.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC. Nutrient requeriments of dairy cattle. 7 eds. Washington, D.C.: 2001. 381p.
NUNES, J.; TÚLIO, L. M. Comparação de aleitamento entre sucedâneo lácteo e leite integral em bezerras da raça holandesa. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária FAG – Vol. 2, nº 1, jan/jun 2019.
SILVA, T. M., ARTONI, S. M. B., CRUZ, C., OLIVEIRA, M. D. S. Desenvolvimento alométrico do trato gastrintestinal de bezerros da raça holandesa alimentados com diferentes dietas líquidas durante o aleitamento. Acta Scientiarum. Animal Sciences. Maringá, v. 26, no. 4, p. 493499, 2004.
Ranking Rebanho evidencia avanços na seleção
Criatórios de Girolando apostam no Serviço de Controle Leiteiro para gerar dados importantes para a identificação de animais de alta produtividade nos rebanhos
Quando iniciou o projeto de genética da raça Girolando, o criador Anderson Carlos do Nascimento tomou duas decisões que levaram o rebanho da Agropecuária ACN a atingir um patamar superior. “Adquirimos animais de criatórios tradicionais para iniciar o nosso
plantel e passamos a fazer periodicamente o controle leiteiro oficial de 100% das vacas em lactações. Essa é uma ferramenta que gera informações reais da produtividade dos animais e que nos auxiliam na seleção”, diz Nascimento, cujo rebanho leiteiro está sediado na unida -
de da ACN em Monte Alegre do Sul /SP.
Junto com as avaliações intrarrebanho, as avaliações fenotípicas feitas pelos técnicos, o pedigree, os dados do controle leiteiro têm norteado os acasalamentos das raças Gir Leiteiro e Holandês para
produção do Girolando da ACN. “Assim conseguimos ter todo histórico de lactações das nossas doadoras”, informa o criador. Por meio das biotecnologias de reprodução, a genética de grandes indivíduos vem sendo multiplicada em escala no plantel.
Como resultado, o criatório figura entre os melhores da categoria “Maior Média de Produção por Dia de Intervalo de Partos” do Ranking Nacional – Modalidade Rebanho 2022, recentemente divulgado pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.
De acordo com o coordenador Operacional do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), Edivaldo Ferreira Júnior, o Ranking foi idealizado para valorizar os criadores que melhor desempenham o trabalho
de seleção, produção, reprodução e sanidade dentro de seus rebanhos. “Na edição de 2022, foram utilizados dados de 22.001 lactações encerradas entre o período de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2022. Participam 342 rebanhos ativos no Serviço de Controle Leiteiro Oficial no ano passado”, informa o coordenador do PMGG.
Dentre esses rebanhos, também está a Fazenda Floresta, em Lins/SP, da criadora Roberta Bertin. Com um plantel de Girolando de 1800 animais, desde bezerros até as vacas em lactação, a propriedade faz o controle leiteiro tanto do gado Girolando quanto do Gir Leiteiro. “No Brasil, onde o ‘n’ de animais controlados da raça ainda é pequeno em comparação ao Holandês, é de extrema importância fazer o controle leiteiro e é uma forma de verificar o
avanço da produção das raças. Com esses dados, conseguimos fazer um comparativo de todas as lactações das vacas do rebanho, inclusive dos dados de qualidade do leite”, assegura Roberta Bertin.
No Ranking Rebanho, a Fazenda Floresta alcançou classificação em seis categorias: Maior média de PTA e GPTA para produção de leite; Maior média de produção vitalícia; Maior média de teor de gordura no leite; Maior média de produção por dia de intervalo de partos; Menor média de CCS no leite; e Menor média de idade ao primeiro parto. Com a técnica de produção in vitro de embriões, as matrizes da Fazenda Floresta são acasaladas com base em testes de progênie e genômicos, resultando em animais de alta qualidade. Todos esses investimentos têm levado a genética do
criatório a atravessar as fronteiras do país e a ampliar sua participação no mercado interno. “No mercado internacional, a genética leiteira brasileira tem ganhado cada vez mais destaque e reconhecimento. O Girolando é uma raça conhecida por sua rusticidade, adaptabilidade a diferentes condições climáticas e boa produção leiteira. Essas características são altamente valorizadas em outros países, especialmente aqueles com condições climáticas tropicais e subtropicais”, informa. O coordenador do PMGG destaca que, atualmente, a pecuária leiteira enfrenta o desafio de margens cada vez mais estreitas. “Diante disso, melhorar os indicadores zootécnicos é fundamental para incrementar a produtividade, o ganho em escala de produção e manter o produtor na atividade”, diz Edivaldo. Segundo ele, o Ranking Rebanho é uma referência para os criadores de Girolando que buscam melhorar seus indicadores e, como consequência, elevar a rentabilida -
de de seus negócios.
Para o criador Carlos Eduardo Durcercino da Silva, o controle leiteiro vem permitindo melhorar os índices da sua propriedade, localizada em Pompéu/MG. “Quando iniciei meu rebanho Girolando registrado, em 2007, percebi que para avançar no melhoramento genético seria necessário ter uma base genética forte, oriunda de criatórios consagrados no mercado, e acompanhar o desempenho dos animais por meio de ferramentas como o controle leiteiro”, destaca Silva, que é membro do Núcleo de Criadores Girolando das Gerais. A entidade teve diversos associados classificados no Ranking.
Com os resultados alcançados ao longo dos últimos anos, o criatório vem multiplicando a genética pode meio de Fertilização in vitro (FIV), transferência de embrião, IATF. Hoje, o rebanho já conta com 600 cabeças no total. Com uma área total da propriedade de 150 hectares, os animais ficam instalados em
galpão de compost barn. Há ainda sistema de energia fotovoltaica, tornando o sistema de produção ainda mais sustentável.
No Ranking Rebanho, o rebanho de Carlos Eduardo ficou classificado em duas categorias: Maior média de produção de leite em 305 dias; Maior média de produção por dia de intervalo de partos. Não é a primeira vez que ele consegue a classificação. “Estamos investindo em um Girolando eficiente, uma genética capaz de contribuir para o avanço da pecuária leiteira do Brasil”, finaliza Silva.
O coordenador do PMGG, Edivaldo Ferreira Júnior, explica que o Ranking Rebanho é dividido em 10 categorias, sendo que cada uma delas conta com 6 classes, conforme o número de animais participantes. São divulgados os 5 rebanhos de melhor classificação dentro de cada classe. Para verificar o documento completo, basta acessar o site da Girolando.
CONTROLE LEITEIRO
Controle Leiteiro: ferramenta essencial para a avaliação do desempenho do rebanho
O Serviço Controle Leiteiro (SCL) é uma importante ferramenta que fornece diversas informações ao produtor. É a prática de aferir a produção leiteira dos animais em lactação, definindo os valores de pesagem de leite que esses animais produziram em um dia, sendo que essas medições são realizadas mensalmente ou bimestralmente. A partir de tal aferição, o criador tem o caminho para avaliar a aptidão dos animais, realizando, assim, sua seleção.
Com essa ferramenta, gerenciar a propriedade leiteira se torna mais fácil, tendo em vista que informações como o potencial produtivo, persistência de lactação, melhor regime alimentar, conhecimento dos índices reprodutivos, manejo sanitário ligado à qualidade do leite e valorização do rebanho, começam a ser de ciência do
produtor.
A partir do Controle Leiteiro é possível que o criador realize a comparação de produção entre matrizes, estabeleça critérios de descarte técnico das vacas, estime a produção total de leite por vaca no período de lactação, além do total de leite produzido na propriedade, defina o fornecimento de alimento de acordo com a produção e, ainda, realize diagnósticos, planejamentos e melhorias na sua cadeia produtiva.
Ao se inscrever no Serviço de Controle Leiteiro, a primeira atitude que o criador precisa tomar é visualizar todos os relatórios a que ele terá acesso sobre todo o seu rebanho controlado. Essas informações ele irá utilizar para conhecer o seu rebanho e adotar as melhores táticas de gestão para potencializar a sua produção.
Relatórios como o Individual de Lactação, Mensal de Produção
Individual por serviço, por rebanho da fazenda e por rebanho do criador, Relação de Partos e Lactações encerradas por Serviço, são exemplos dos arquivos disponíveis para consulta de cada criador inscrito no Serviço de Controle Leiteiro da Raça Girolando. Interação do meio ambiente com o animal e o potencial produtivo
Existe uma interação chamada genótipo x fenótipo que atinge diretamente a produção do animal. Essa é a interação e influência que o ambiente em que aquele animal está inserido tem em cima da expresão do seu valor genético. Por exemplo: um animal quando submetido a estresses térmicos, nutricionais ou até mesmo vindo de manejos indevidos, não terá boa
produção, pois o ambiente em que ele se encontra não permite que ele expresse suas características genéticas.
Sendo assim, ao mensurarmos o máximo de informações fenotípicas (como a pesagem de leite, o regime alimentar, a presença de bezerro ao pé ou não, a explicação da lactação, a estação do ano e a localização da propriedade), mais facilmente será possível identificar qual interação não está sendo positiva, prejudicando a expressão genética do animal.
Ou seja, ao se utilizar o Controle Leiteiro como ferramenta dimensionável de desempenho, o rebanho pode se tornar altamente produtivo e eficaz, gerando mais lucro ao produtor e auxiliando nos métodos de seleção, manejo, alimentação e até mesmo reprodutivos. É o instrumento necessário para que o produtor acerte no ponto a ser alterado.
Persistencia de lactação
Em virtude do SCL, a avaliação individual de Persistência da Lactação se torna possível. Dessa
forma, já se tem mais uma análise que afeta diretamente o retorno financeiro: quanto maior a duração da lactação do animal, maior pode ser a quantidade de leite produzido, o que abala diretamente o capital.
Essa avaliação consiste em visualizar a capacidade da vaca de manter a sua produção leiteira mesmo após o seu pico de lactação, além de apresentar, também, animais sujeitos a menor estresse fisiológico, o que afeta diretamente a redução de problemas metabólicos e incidência de doenças reprodutivas.
Manejo alimentar
Animais mais produtivos possuem maior demanda de nutrientes; sendo assim, ao se observar os animais com maior produção no plantel devido ao uso da ferramenta do Controle Leiteiro, o criador consegue balancear melhor a dieta em que incluiu os animais e ainda garantir o patamar de produção da propiedade.
Vale lembrar que vacas leiteiras precisam de manejo nutricional
muito eficiente e que atenda todas as suas necessidades: tudo o que é consumido não vai somente para o gasto de energia dessas vacas para caminhar ou beber água, mas também vai para o leite e atinge diretamente a sua composição, auxiliando no aumento ou redução de gordura, proteína e/ou lactose.
Índices reprodutivos
Dentro das aferições que o Controle realiza, têm-se as informações de data de secagem e data do parto, o que permite visualizar e conhecer o Intervalo Entre Partos (IEP) de cada animal, o tempo em período seco e, ainda, quais os motivos que levaram à secagem desse animal, podendo ser relacionados com doenças, vendas, mortes, baixa produção, peitos perdidos por mamite ou por estar próximo ao parto subsequente.
Manejo sanitário da fazenda
Além da pesagem do leite, também é feita a coleta de amostras de leite por animal, para submissão a análises de qualidade e composição. Sendo assim, a partir dos resultados é possível verificar os
teores de proteína, gordura, lactose e CCS desse subproduto de cada vaca do rebanho controlado. Esse tipo de análise não visa somente a valorização e qualidade do leite, mas também pontua os problemas de mastite ao produtor, conseguindo indicar decisões que contribuam na redução dessa incidência, como: melhor limpeza do curral, alteração de produtos químicos utilizados na desinfecção do ambiente de manejo, etc.
Valorização do plantel
Por fim, não se pode deixar de pontuar o valor agregado que o SCL fornece aos animais. Os acessos ao Relatório Individual de Lactação (RIL) e aos Relatórios Mensais de Produção Individual (RMPI) podem ser utilizados para valorizar cada vaca, identificando suas principais qualidades e potenciais de produção, além de pontuar as produções estimadas.
O Serviço de Controle Leiteiro,
diferente do que muitos criadores pensam, é uma ferramente de total relevância dentro da propriedade. O conjunto de avaliações possíveis de serem realizadas a partir desse serviço contribui tanto para melhorar a gestão da fazenda (com direcionamentos de produtos e manejos atualizados) como para uma melhor produção, com maiores retornos financeiros.
Atualmente, muitos produtores apenas atuam de forma mecânica em suas fazendas, não conhecendo as qualidades e o desempenho do seu próprio rebanho, e essa é uma situação que precisa ser modificada. Com isso, a metodologia do Controle é de simples prática e agrega muito valor aos animais, além de fornecer ao criador informações fidedignas do seu plantel, lhe permitindo ter maior conhecimento de seus animais e a tomar decisões mais assertivas no mercado.
Referências
Controle leiteiro reduzido para propriedades leiteiras de economia familiar. EMBRAPA TECNOLOGIAS. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/ produto-servico/4311/controle-leiteiro-reduzido-para-propriedades-leiteiras-de-economia-familiar> Acesso em: 27-abr-2023.
Por que fazer o Controle Leiteiro de seu rebanho?. GIROLANDO. Disponível em: <https://www.girolando.com.br/noticia/3688/por-que-fazer-o-controle-leiteiro-de-seu-> Acesso em: 27-abr-2023.
Regulamento do SCL. GIROLANDO. Disponível em: <https:// www.girolando.com.br/pmgg/ regulamento-do-scl> Acesso em: 26-abr-2023.
Controle leiteiro: lucro para o produtor. EMBRAPA PUBLICAÇÕES. Disponível em: <https:// www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/895014/controle-leiteiro-lucro-para-o-produtor> Acesso em: 25-abr-2023.
GIR DO
FUTURO FUTURO
MATÉRIA DE CAPA
Megaleite 2023 transforma Belo Horizonte na capital do leite
A exposição é considerada o maior evento da pecuária leiteira da América Latina
As principais raças leiteiras do Brasil participarão da 18ª Exposição Nacional do Agronegócio do Leite (Megaleite), maior evento da pecuária leiteira da América Latina, que acontecerá de 7 a 10 de junho, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte/MG. O evento deve reunir cerca de 1200 animais das raças Girolando, Gir Leiteiro, Holandês, Guzerá, Jersey, Simental, Simbrasil e Búfalos. No 32° Torneio Leiteiro Nacional de Girolando, a novidade é a premiação dos vencedores com motos zero KM. Terão direito a uma moto o expositor da Grande Campeã de Produção Absoluta de Leite e o expositor da Grande Campeã de Composição do Leite. “A Megaleite tem cumprido seu papel de ser uma vitrine internacional da genética leiteira nacional e, a cada ano, apresenta animais de extrema qualidade”, assegura o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda.
A abertura oficial será no dia 7 de junho, com a presença de diversas autoridades, lideranças do setor e criadores. Na ocasião será entregue o Mérito Girolando. Este ano, a comenda será concedida ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (categoria Liderança Nacional), à deputada federal Ana Paula Leão, à chefe geral da Embrapa Gado de Leite Elisabeth
Nogueira Fernandes, ao presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, ao presidente da FAEMG, Antônio Pitangui de Salvo, ao presidente da CCCPR, Marcelo Candiotto, e aos criadores Marcos Amaral Teixeira, Afonso Celso de Resende, Antonio de Souza Salgueiro e José Afonso Bicalho.
Com entrada gratuita, os visitantes poderão acompanhar as competições na pista de julgamento e do torneio leiteiro ao longo do evento. Eles também terão a oportunidade de conhecer as inovações direcionadas para a pecuá-
ria leiteira que serão apresentadas por cerca de 100 empresas expositoras. Já as crianças poderão visitar a Mini Fazendinha, que terá diversos tipos de animais expostos, permitindo o contato das novas gerações com o campo.
A feira ainda terá palestras técnicas, o Congresso da Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos, reunião da Câmara Setorial do Leite da CEPA/ SEAPA, 6º Encontro Regional Reunião do Conseleite-Minas, reunião da Comissão Técnica da Pecuária de Leite da FAEMG/SENAR. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando fará
a publicação dos Sumários de Touros e de Fêmeas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando.
Para quem gosta de queijo, a Megaleite acontecerá paralelamente ao Festival do Queijo Minas Artesanal. O público poderá degustar produtos de regiões reconhecidas na produção de queijo artesanal no estado, incluindo vários premiados no Concurso Mundial em Tours na França. Também terá a participação de chefs de cozinha,
além da exposição de cafés, azeites, cervejas artesanais, cachaça, mel e outros produtos típicos do estado. O festival é coordenado pela FAEMG.
Na parte comercial, a Megaleite terá oito leilões de bovinos, permitindo aos visitantes adquirirem exemplares de alto valor genético das raças Girolando e Gir Leiteiro. A agenda de remates será de 6 a 9 de junho, com todos os eventos ocorrendo no interior do Parque da Gameleira e com trans-
missão ao vivo.
A programação completa do evento está disponível no site www.megaleite. com.br. O evento tem como Parceiro Premium a Alvoar Lácteos; Parceiros Master: ALLFLEX, Tortuga, uma marca DSM, Agener União, UCBVET, Sobcontrole Fazenda, Berrante, Agroceres Multimix, Zoetis, Mosaic Fertilizantes, Alta, GENEX Brasil; Canal Master: Terraviva; Apoio Master: Bebamaisleite.
Recepção de Animais
18ª EXPOSIÇÃO BRASILEIRA DO AGRONEGÓCIO DO LEITE PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR
SEGUNDA-FEIRA (29/05/2023) a QUARTA-FEIRA (31/05/2023)
• 08:00 –18:00 – Início da entrada dos animais para torneio leiteiro (todas as raças)
QUINTA-FEIRA (01/06/2023)
Programação Especial “Dia do Leite”
• 18:00 – Live do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando – PMGG | Local: Plataforma virtual SEXTA-FEIRA (02/06/2023)
Recepção de Animais
• 08:00 – 18:00 – Início da entrada dos animais para julgamento, mostra e continuação da entrada dos animais para torneio leiteiro (todas as raças)
• 08:00 – 09:00 – Encerramento da recepção de animais Girolando e de Gir Leiteiro para torneio leiteiro
Torneio Leiteiro
• 09:30 – 10:00 – Reunião da comissão técnica com os expositores e participantes do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 10:00 – 13:00 – Realização de exames clínicos e laboratoriais dos animais Girolando participantes do torneio leiteiro
• 14:00 – Início da fiscalização do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
SÁBADO (03/06/2023)
Recepção de Animais
• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais Girolando para julgamento e mostra
• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)
DOMINGO (04/06/2023)
Recepção de Animais
• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)
• 08:00 – 18:00 – Encerramento da entrada dos animais Girolando para julgamento e mostra
Torneio Leiteiro
• 14:00 – 1ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 22:00 – 2ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
Recepção de Animais
SEGUNDA-FEIRA (05/06/2023)
• 08:00 – 10:00 – Mensuração e pesagem oficial dos machos Girolando para julgamento Local: Parque da Gameleira | Currais de Manejo
• 08:00 – 12:00 – Encerramento da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)
Programação Especial
• 17:30 – Reunião da comissão de ética da Girolando com os expositores, tratadores e apresentadores de animais Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
• 18:00 – Churrasco de Boas -vindas da Megaleite 2023 – Tratadores | Local: Tatersal 1 “Redondinho” Torneio Leiteiro
• 06:00 – 3ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 14:00 – 4ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 22:00 – 5ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
Programação Especial
TERÇA-FEIRA (06/06/2023)
• 15:00 – Evento Sincronize | Ouro Fino Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 18:00 – Publicação dos sumários de touros e de fêmeas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando – PMGG Local: Parque da Gameleira | Camarote Master Julgamento
• 17:00 – Divulgação da comissão de jurados efetivos e sorteios da raça Girolando (composição racial e jurados assistentes ) Local: Parque da Gameleira | Camarote Master Torneio Leiteiro
• 06:00 – 6ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 14:00 – 7ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 22:00 – 8ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
Leilões e Shoppings
20:00 – 2º Leilão Estrelas da Megaleite | Raça: Girolando Modalidade: Virtual – Restaurante do Camarote Master Leiloeira: Programa Transmissão: Canal Terra Viva
QUARTA-FEIRA (07/06/2023)
Programação Especial
• 09:00 – Abertura oficial e hasteamento das bandeiras Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
• 10:00 – Entrega do “Mérito Girolando” Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
• 10:30 – Inseminação da ducentésima milésima matriz e primeiro registro genealógico do programa “Mais Genética” Local: Parque da Gameleira | Pista de Julgamento
06:00 6ª ordenha
• 14:00 – 7ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 22:00 – 8ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
Leilões e Shoppings
20:00 – 2º Leilão Estrelas da Megaleite | Raça: Girolando Modalidade: Virtual – Restaurante do Camarote Master Leiloeira: Programa Transmissão: Canal Terra Viva QUARTA-FEIRA (07/06/2023)
Programação Especial
• 09:00 – Abertura oficial e hasteamento das bandeiras Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
• 10:00 – Entrega do “Mérito Girolando” Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
• 10:30 – Inseminação da ducentésima milésima matriz e primeiro registro genealógico do programa “Mais Genética” Local: Parque da Gameleira | Pista de Julgamento
• 11:00 – Reunião da Comissão Técnica do Queijo Minas Artesanal – FAEMG Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 14:00 – Encontro com os Presidentes e Representantes dos Núcleos Oficiais de Fomento da Raça Girolando Local: Parque da Gameleira
• 14:00 – Reunião da Comissão Nacional de Leite – CNA Local: Parque da Gameleira | Auditório do IMA (Palestra aberta ao público – Tema: Qual a atratividade financeira da pecuária de leite? | Palestrante: Thiago Rodrigues – Coordenador do Projeto Campo Futuro da CNA)
• 18:00 – Lançamento do sumário do PMG2B Local: Parque da Gameleira | Estande Gir Leiteiro 2B
• 18:00 – Palestra Técnica Alta Genetics Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
Mini Fazenda
• 08:00 – 19:00 – Visitação aberta ao público
Julgamento
• 15:00 – Início dos julgamentos de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens CCG 1/4) Torneio Leiteiro
• 06:00 – 9ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 14:00 – 10ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro (encerramento)
Leilões e Shoppings
• 20:00 – 2º Leilão Virtual Sul das Gerais | Raça: Girolando Modalidade: Virtual – Restaurante do Camarote Master Leiloeira e Transmissão: Nem Assessoria
• 20:00 – Leilão o Fabuloso Gir Leiteiro | Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa | Transmissão: Canal Terra Viva
Programação Especial
• 08:00 – Festival do Queijo Artesanal de Minas Local: Expominas
QUINTA-FEIRA (08/06/2023)
• 08:00 – Reunião da Comissão Técnica de Pecuária de Leite do Sistema Faemg Senar Local: Auditório do Expominas
• 10:00 – 6º Encontro Regional do Conseleite Minas e Encontros dos Técnicos do ATeG Leite e Agroindústria Local: Auditório do Expominas
• 13:00 – Entrega da premiação e desfile das campeãs do 32º Torneio Leiteiro Nacional de Girolando Local: Parque da Gameleira | Pista de Julgamento
• 14:00 – Encontro Nacional Conseleite (MG, PR, SC, RS, MT e RO) Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 18:00 – Palestra Técnica Integral Grupo Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais Mini Fazenda
• 08:00 – 19:00 – Visitação aberta ao público Julgamento
• 09:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens CCG 1/2) e de Gir Leiteiro (pista 1)
• 14:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1), de Guzerá (pista 3) e de Holandês (pista 4)
• 15:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Machos da Raça Girolando)
Leilões e Shoppings
• 14:00 – V Leilão Núcleo Girolando das Gerais | Raça: Girolando Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web
• 20:00 – Leilão 62 Anos Gir Leiteiro Fazenda Brasília | Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Canal Terra Viva SEXTA-FEIRA (09/06/2023)
Programação Especial
• 08:00 – Festival do Queijo Artesanal de Minas Local: Expominas
• 09:00 – Reunião da Câmara Setorial do Leite da CEPA/SEAPA MG Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 13:30 – Congresso da Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos – ABCB Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 17:30 – Avaliação genômica do Gir Leiteiro: resultado do primeiro semestre de 2023 para fêmeas e touros jovens da pré-seleção Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais Mini Fazenda
• 08:00 – 20:00 – Visitação aberta ao público Julgamento
• 09:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens da Raça Girolando | pista 3 - Fêmeas Jovens CCG 3/4), de Jersey (pista 4) e de Gir Leiteiro (pista 1)
• 14:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1), de Guzerá (pista 3) e de Holandês (pista 4)
• 15:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Machos CCG 3/4) Leilões e Shoppings
• 14:00 – Leilão Elo de Minas | Raça: Girolando Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web
• 20:00 – 17º Leilão Gir Leiteiro Reserva Especial 2B | Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web
• 20:00 – 5º Leilão Orgulho de Minas | Raça: Girolando Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web
Programação Especial
• 08:00 – Festival do Queijo Artesanal de Minas Local: Expominas
SÁBADO (10/06/2023)
• 08:00 – Seminário Técnico do Queijo Artesanal de Minas Local: Auditório Expominas Mini Fazenda
• 10:00 – 18:00 – Visitação aberta ao público Julgamento
• 08:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Adultas e Progênies CCG 3/4 | pista 3 – Fêmeas Adultas e Progênies CCG 1/4), de Gir Leiteiro (pista 1) e de Jersey (pista 4)
• 14:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Adultas e Progênies da Raça Girolando | pista 3 - Fêmeas Adultas e Progênies CCG 1/2) e j ulgamento de Gir Leiteiro (pista 1)
• 19:00 – Divulgação e premiação dos melhores expositores e criadores da 32ª Exposição Nacional de Girolando | ENCERRAMENTO Local: Pista de Julgamento DOMINGO (11/06/2023)
Saída dos Animais
• 06:00 – Início da saída dos animais da Megaleite 2023
Acesse o site do evento www.megaleite.com.br *Programação sujeita a alterações até o início do evento.
EXPOSIÇÕES E EVENTOS
Pistas refletem qualidade do Girolando
Entre os eventos em que a raça participou está a Exposição Interestadual de Girolando - Circuito Megaleite 2022/2023, realizada durante a ExpoZebu
Exposições em várias regiões do Brasil tiveram a participação da raça Girolando, dentre elas Leopoldina, Expogrande, Exposul Rural e ExpoZebu, confirmando a qualidade dos trabalhos de seleção que vem sendo desenvolvidos por diversos criatórios. Um exemplo foi a 88ª ExpoZebu, realizada de 29 de abril a 7 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. Dos mais de 2.300 bovinos de várias raças participantes, 130 eram de Girolando. Eles concorreram em julgamento e torneio leiteiro. A feira sediou a Exposição Interestadual de Girolando -
Circuito Megaleite 2022/2023 e teve como jurado Juscelino Ferreira.
Para o expositor José Renato Chiari, que encerrou o evento como Melhor Criador, Melhor Expositor e Melhor Afixo, a pista vem refletindo os investimentos em melhoramento genético. “É uma felicidade enorme ganhar na ExpoZebu, porque aqui é um lugar sagrado e que representa uma das raças mães do Girolando. É a coroação de um trabalho de seleção, focado no uso de touros Girolando e de ferramentas, como a genômica”, pontua Chiari.
Para o expositor Túlio Gomes
Araújo, que conquistou os títulos de Melhor Criador e Melhor Expositor CCG 1/4, vencer na ExpoZebu é a realização de um sonho de criança. “Sempre vinha com meu pai na feira, via os animais e sonhava um dia participar como expositor. Participamos o ano passado, conquistando algumas premiações, mas agora tivemos um desempenho ainda melhor”, comemora Araújo. O expositor Luiz Fernando Pinto Monteiro de Barros, que levou para casa o Grande Campeonato de fêmeas CCG 1/2, ressalta que a vitória é fruto de uma seleção genética que busca identificar o me -
lhor da raça. “É uma emoção ver um animal de meu criatório vencer na ExpoZebu”, garante.
Entre as fêmeas Girolando CCG 1/2, o troféu de Grande Campeã ficou com Tequila FIV da Pavana, do expositor Luiz Fernando Pinto Monteiro de Barros. A Melhor Fêmea Jovem foi Tais FIV da Pez, da expositora Maria Beatriz do Prado Zago, que também conquistou o título de Melhor Criadora. A Melhor Vaca Jovem foi 2530 FIV Vidralia Country JCRF, da expositora Mirian Moreira Santana. O Melhor Expositor foi Paulo Victor Sousa Machado.
No Girolando CCG 3/4, a Grande Campeã foi Bruna da Pavana, do expositor Luiz Fernando Pinto Monteiro de Barros. A Melhor Fêmea Jovem foi Ramalha Delta Lambda FIV Boa Fé, do expositor Ezra Ma, também Melhor Criador/Expositor. A Melhor Vaca Jovem foi Bruna da Pavana, do expositor Luiz Fernando Pinto Monteiro de Barros.
No Girolando CCG 1/4, a Grande Campeã foi Geleira FIV das Arábias I, do expositor Jônadan Ma. A Melhor Fêmea Jovem foi Daslu FIV Ivã
da Juluca, do expositor João Pedro Ayres neves de Azevedo. A Melhor Vaca Jovem foi Pass Ocitocina FIV, do expositor Túlio Gomes Araújo.
No Girolando, a Grande Campeã foi ICH Q259 Lapa Pety, do expositor José Renato Chiari. O Grande Campeão foi BH 27 Crushabull FIV JGG, da Fazenda Passatempo. A Melhor Fêmea Jovem foi Rovena Hancock FIV da Boa Fé, do expositor Ezra Ma. A Melhor Vaca Jovem foi ICH T5123 Alicia Crushabull, do expositor José Renato Chiari.
Torneio Leiteiro - A vaca CCG 1/2 Arena das Arábias foi a Grande Campeã de Produção Absoluta de Leite com uma produção de 216,680 kg/leite em nove ordenhas, atingindo a média de 72,227 kg/dia. O animal pertence ao expositor Jônadan Ma. “A raça Girolando tem elevado sua produção de leite de forma significativa ao longo dos últimos anos graças ao trabalho de seleção criterioso dos criadores. E o torneio leiteiro refletiu toda essa evolução”, diz Ma.
Já na categoria Composição do Leite a campeã foi Happy FIV Mc -
cutchen Guto, da expositora Mirian Moreira Santana. Ela teve uma produção de 177,952 kg, obtendo uma média de 59,317 kg. Happy é uma vaca adulta Girolando 5/8.
Mais eventos
A cidade de Cachoeiro do Itapemirim/ES sediou de 4 a 7 de maio a Exposul Rural ES 2023. Com 172 animais inscritos, a raça Girolando contou com julgamento e torneio leiteiro. Os trabalhos na pista foram conduzidos pelo jurado Artur Patrus Campo Belo.
Nas competições na pista de julgamento, a Grande Campeã CCG 1/2 foi Esmeralda FIV MCCUTCHEN SV, do expositor Célio Tubes Liborio. A Grande Campeã e Melhor Vaca Jovem CCG 3/4 foi Pitucha FIV Kingboy SJ Lalu, do expositor Luiz Claudio Bastos. A Grande Campeã Girolando foi Pandora FIV Bandoli, do expositor Luiz Carlos Bandoli Gomes.
No torneio leiteiro, a Campeã Vaca Jovem foi Sorocaba FIV Montross Santa Luzia, do expositor Emanuel Ribeiro Moulin. Ela teve produção de 139,570 kg/leite, média
de 46,523 kg/leite. A Campeã Vaca Adulta foi Heliacia FIV CAL, do expositor Emilio Vieira Paulino, com produção de 289,180 kg/leite, média de 96,393 kg/leite.
Maior feira agropecuária do Mato Grosso do Sul, a 83ª Expogrande aconteceu de 13 a 23 de abril no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande/MT. Durante o evento, aconteceu a 21ª Exposição com Julgamento Ranqueado da Raça Girolando, sob o comando do jurado Frederico Paiva. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando foi representada pelo diretor de Fomento e Eventos, Marcelo Real.
A Grande Campeã CCG 1/2 foi
Atena Ribeirão Grande, do expositor Rodipa Agropecuária Ltda. A Grande Campeã CCG 1/4 foi Cristina Profana Moura Leite, do mesmo expositor. A Grande Campeã Girolando foi Exótica Evoque Morty R da Fortaleza, do expositor Rubens Belchior da Cunha Filho. O Grande Campeão foi Macan Evoque Máquina R da Fortaleza, do mesmo expositor.
A raça também foi destaque no Showpec, um evento de circuitos de palestras que ocorreu durante a Expogrande. O pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinícius Barbosa Silva, ministrou uma palestra sobre o uso da genômica.
Leopoldina
A 1ª Exposição Interestadual de Girolando – Circuito Megaleite 2022/2023 – Etapa Sul/Sudeste aconteceu de 10 a 15 de abril na cidade de Leopoldina/MG. Quem comandou o julgamento foi o jurado Fábio Fogaça. A Grande Campeã CCG 1/4 foi CHL Famosa FIV Teatro, do expositor Luiz Carlos Bandoli Gomes. A Grande Campeã 3/4 foi Hannie FIV Doorman MJP, do expositor Marcos
José de Paiva. O Grande Campeão foi TBF Corola, do expositor Tiago Ferreira. A Grande Campeã Girolando foi Pandora FIV Bandoli, do expositor Luiz Carlos Bandoli Gomes.
Além das competições em pista, a Exposição de Leopoldina sediou o 3° Encontro Regional do Conseleite MG. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda, participou do debate, cujo tema central foi “Como utilizar a nova ferramenta geradora de valores de referência do leite”. Ele destacou a importância do Conseleite para a tomada de decisão dos produtores rurais.
Todos os resultados completos das exposições estão disponíveis no site da Girolando.
GESTÃO
Silo cincho: conservação de forrageira a baixo custo
Uma das vantagens desse modelo é dispensar o uso de maquinário e mão de obra especializada, reduzindo o custo da instalação
No dicionário, uma das definições da palavra cincho é “o molde usado para apertar o queijo”. Mas, no Norte de Minas Gerais, o cincho tem sido fonte de alimentação do gado durante os longos períodos anuais de estiagem. Com a aproximação dessa época mais seca do ano no Estado, a tecnologia de armazenar forragem em pequenos bolos vegetais compactados é a garantia de
sobrevivência dos animais e de renda para produtores de pequeno porte que exploram a pecuária leiteira. No município de Brasília de Minas, a cerca de 100 quilômetros de Montes Claros, a equipe da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) tem divulgado intensamente a tecnologia de implantação de silos cincho na agricultura fami -
liar. A iniciativa começou em 2015, na comunidade chamada Raiz, com a confecção experimental de um silo desse tipo, que dispensa o uso de trator para a compactação da matéria vegetal e armazena quantidades menores de forragem. “Nos últimos anos, já realizamos vários eventos para apresentar as vantagens do silo cincho e o processo de montagem. A prática já se tornou comum aqui
no município e em outros vizinhos, o que demonstra a satisfação com o processo”, afirma o extensionista agropecuário Manoel Milton de Sousa, da Emater-MG.
Ele explica que o silo cincho é ideal para propriedades com poucos animais e também pouco material forrageiro para ser transformado em silagem. Além disso, por dispensar o uso de máquinas para a compactação, que é feita pisoteando a forragem, o processo fica bem mais barato. Manoel Milton conta como conheceu a tecnologia: “Em conversa com um comerciante do setor agropecuário local, ele me falou de um modelo de silo, que chamava de silo bolo. A conversa me despertou interesse e fui pesquisar mais sobre o assunto. É uma tecnologia antiga, de origem Italiana, e a Emater-MG já havia utilizado essa prática, principalmente na região do Vale do Jequitinhonha, que também enfrenta longos períodos de seca”, diz o extensionista.
Materiais
Inicialmente, era utilizada uma chapa de aço de 14 milímetros para dar forma ao silo. Mas o produtor rural Carlos Roberto, também de
Brasília de Minas, teve a ideia de utilizar uma chapa de zinco, mais barata e bem mais leve, que pode ser inclusive enrolada, quando não estiver em uso. Por ser bem mais fina que a chapa de aço, foi necessário fazer adaptações com vergalhões nas bordas superior e inferior para dar maior firmeza na forma. “Esse novo arranjo atende todos os requisitos da forma original, mas com um custo mais acessível e até mais facilidade no transporte”, elogia Manoel Milton.
Além da chapa metálica (geralmente de 50 centímetros de altura por 10 metros de comprimento), os outros materiais necessários são lona plástica e corda, para acondicionar o material ensilado. Para fechar a forma, podem ser usadas dobradiças, unidas com um pino, ou cantoneiras e parafusos. “Uma forma dessas pode armazenar até seis toneladas de silagem”, informa o técnico da Emater-MG.
Para a forragem, podem ser utilizados diversos materiais, desde capim, cana-de-açúcar, milho, sorgo, e até ramas da mandioca. Um pequeno desintegrador garante que os restos vegetais sejam picados do tamanho
ideal para favorecer a fermentação adequada da matéria verde, para garantir a durabilidade e a qualidade da alimentação para o gado.
Economia
O produtor rural Carlos Roberto cita as diversas vantagens do silo cincho: “Não preciso alugar a máquina (trator) para compactar a forragem. E outra coisa positiva é que quase não perdemos nada da silagem, depois de aberto o silo. Tenho poucos animais e, se fosse fazer um silo tradicional, que é bem maior, corro o risco de desperdiçar parte do material. E tem mais, não preciso de muita forragem. Aproveitamos todo resto de lavoura que não tenha vingado, e até as ramas da mandioca, depois que colhemos as raízes”, diz o produtor.
O extensionista da Emater-MG acrescenta que, caso haja necessidade de alimentar um maior número de animais, é possível fazer vários pequenos silos, que serão abertos conforme a demanda. “Por exemplo, se for necessário ter 20 toneladas de silagem para um ano, o que é ainda considerado uma quantidade pequena, o produtor pode fazer quatro silos de cinco toneladas cada. Assim, ele vai abrindo cada um conforme a necessidade, e mantém a conservação do material nos outros silos”, explica Manoel Milton.
Para o produtor Valdir Ferreira de Aquino, o silo do tipo cincho tem sido a salvação, nestes tempos de alta de combustíveis: “Já fizemos um bocado de silos desses aqui. É bem mais barato, porque não depende de trator. Ainda mais que agora o combustível está tão caro e aumentou muito a diária de aluguel da máquina. A ração fica perfeita, os animais aceitam muito bem. O Milton (técnico da Emater-MG) veio aqui e nos explicou tudo como fazer.” Valdir mantém cerca 25 animais na propriedade, voltada para a pecuária de leite. “Já faço comida pro meu gado pra passar seis ou sete meses de seca”, conta o produtor, já adaptado a passar por longos períodos de estiagem.
GESTÃO
Taxação do agro e a reforma tributária
Ignorância, má fé, oportunismo e dificuldade para compreender a complexa realidade brasileira parece estar por trás daqueles que – nos últimos tempos – passaram a defender “a tributação do agronegócio”, como se o setor já não fosse penalizado por variáveis imprevisíveis como clima, mercado, pragas, guerras etc.
Infelizmente, a verdade é uma só: a carga tributária brasileira é uma das maiores do mundo e consome um terço das riquezas nacionais. O Brasil é ineficiente, cobra impostos elevados e presta serviços precários. O Sistema Tributário Nacional está longe de ser ideal, porque é complexo, moroso, burocrático, gigantesco e injusto. São milhares de normas tributárias federais e milhares de normas dos 26 Estados, do Distrito Federal e dos mais de 5.500 municípios. Levantamento recente mostra a existência de quase 90 tributos, incluindo impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico, para categorias econômicas ou profissionais e empréstimos compulsórios.
É muito curioso que o Governo Federal não planeja reduzir despesas, enxugar o tamanho da máquina, fazer uma reforma administrativa ou implementar um programa de racionalização, desburocratização e aumento da
eficiência do Poder Público. Ao contrário, aumenta o número de Ministérios, cria cargos, eleva os salários e, enfim, só eleva as despesas.
Em compensação, quer tributar um setor que gera 25% das riquezas produzidas no país, sustenta 1 em cada 5 postos de trabalho formais e responde pela metade das exportações brasileiras, colocando 150 bilhões de dólares em divisas para o superávit comercial. A população ocupada no agronegócio brasileiro supera 19 milhões de pessoas, sendo que somente na agroindústria o contingente ocupado é de 4 milhões de trabalhadores. Isso representa bilhões de reais em salários e rendimentos injetados mensalmente na economia.
A comida não surge por geração espontânea nas gôndolas dos supermercados. Milhões de famílias de produtores e empresários rurais no campo e milhares de operários nas agroindústrias trabalham para produzir e processar carnes, grãos, leite, frutas, hortaliças etc. para alimentar o Brasil e boa parte do Planeta. Além da segurança alimentar que oferece aos brasileiros, a agricultura verde-amarela alimenta quase 1 bilhão de pessoas no mundo.
Não há dúvida que o País necessita de uma ampla, justa e racional reforma tributária, mas inexiste consenso sobre essa ma -
téria. O Legislativo Federal, nesse momento, analisa diferentes Propostas de Emendas Constitucionais (PECs): a PEC 45/2019, que tramita na Câmara dos Deputados, que substitui vários tributos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), e a PEC 110/2019, proposta no Senado Federal, que estabelece um imposto subnacional, um imposto federal seletivo e uma contribuição federal sobre a produção e circulação de bens e serviços.
As duas propostas, especialmente as PECs 45 e 110, propõem um sistema padronizado de alíquotas e, dessa forma, aumentam a carga tributária sobre as cadeias produtivas do agronegócio. Na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nós já alertamos que a aprovação da reforma tributária nos moldes de uma alíquota fixa para diferentes setores pode provocar um aumento de carga tributária para a agricultura e para a pecuária, afora os impactos sobre a inflação e o aumento do custo dos produtos ao consumidor final.
Aumentar a tributação do agro, como mostram experiências desastrosas em outros países, resulta em desestímulo de todos os atores das cadeias produtivas, queda de produção, aumento generalizado dos alimentos, inflação, carestia, fome e miséria. E os pobres serão sempre os mais prejudicados.
GENÉTICA
Vacas de 4 Eventos são mais eficientes e lucrativas
Objetivo é melhorar a lucratividade de cada rebanho
A atividade leiteira é um negócio e precisa ser lucrativa. Os produtores buscam constantemente o aumento de eficiência e produtividade dentro da fazenda, com o objetivo de aumentar seus lucros. Mas, como é possível conseguir esse aumento
de eficiência e produtividade?
Para mostrar ao produtor quais são os bovinos mais eficientes e lucrativos de um rebanho, o conceito de Vaca de 4 Eventos vem sendo aplicado pela empresa Alta. De acordo com o gerente de Leite da Alta,
Cleocy Júnior, a Vaca de 4 Eventos, como o próprio nome diz, é um animal eficiente e que não traz problema para o produtor. “Quando você vê as informações de uma vaca, em qualquer ficha ou banco de dados do seu programa de gerenciamen -
to de rebanho, a Vaca de 4 Eventos possui, unicamente, quatro principais ocorrências listadas ao longo de sua lactação: Parto, Inseminação, Diagnóstico de Prenhez e Secagem. Então, é um animal que produz muito leite, não traz problemas e, por isso, permanece na fazenda por muito tempo produzindo. Ou seja, a Vaca de 4 Eventos entrega a lucratividade para o produtor”, afirma. Eventos básicos, como mudança de lotes, casqueamentos, vacinações e reconfirmações da prenhez, também ocorrem durante a lactação de uma vaca. Contudo, o que realmente não deve estar anotado na ficha de lactação de uma Vaca de 4 Eventos são os contratempos: os problemas de alto custo e demorados, que impedem a lucratividade geral do rebanho. “Uma Vaca de 4 Eventos não
desenvolve mastite, não é acometida por hipocalcemia clínica, cetose e nem mesmo retenção de placenta. Além disso, é um animal que não tem claudicações e não aborta o seu bezerro durante a prenhez. Ela não contrai doenças, infecções e problemas que podem causar grandes dores de cabeça, mesmo para os melhores produtores de leite”, detalha o gerente de Leite.
O objetivo do produtor não deve ser o de ter apenas uma Vaca de 4 Eventos dentro da fazenda, mas, sim, um rebanho inteiro de quatro eventos. “O produtor precisa considerar o tempo e o dinheiro que ele economiza, assim como a tranquilidade que vai ganhar com as Vacas de 4 Eventos, que não exigem tratamentos caros e não diminuem a produção de leite devido a proble -
mas de saúde”, destaca. Uma das melhores maneiras de criar mais Vacas de 4 Eventos para o seu futuro rebanho é focar sua seleção genética em características de saúde, como a Vida Produtiva (PL). “Quando você trabalha para dar ênfase suficiente à Vida Produtiva (PL) em seu Plano Genético personalizado, isso não significa apenas que você criará vacas que ficaram mais velhas. A PL prevê quais vacas serão mais resistentes, mais saudáveis e mais fáceis de manejar. Incluir Vida Produtiva em seu Plano Genético aumentará suas chances de ter um rebanho cheio de Vacas de 4 Eventos”, garante Cleocy.
Vacas com alto valor genético para Vida Produtiva têm menos problemas após o parto e durante a lactação. “As vacas com alta Vida Produtiva têm menos abortos, menos problemas de reprodução e tiveram menos casos de deslocamento de abomaso, claudicação, mastite e retenção de placenta. Consequentemente isso levou com que menos vacas de alta Vida Produtiva deixassem o rebanho involuntariamente e permanecessem mais tempo produzindo e gerando lucros na fazenda”, destaca.
O acesso a um material genético de alta qualidade, às ferramentas de suporte especializadas para a tomada de decisão, soluções integradas, expertise técnica e serviço de consultoria para fornecer soluções customizadas aos produtores de leite auxiliam o produtor a criar um rebanho repleto de Vaca 4 Eventos. “Com a inseminação artificial é possível usar touros comprovadamente superiores, o que é uma grande segurança para o aumento da produtividade. Outra vantagem é a possibilidade de selecionar touros que melhor atendam às particularidades de cada rebanho, promovendo evolução mais rápida dos rebanhos, de acordo com as necessidades de cada fazenda e da realidade de mercado”, explica o gerente de Leite.
GIROLANDO E VOCÊ
América Latina de olho no Girolando
Projeto Brazilian Girolando volta a percorrer vários eventos internacionais para fomentar o
uso da raça e de tecnologias
Um dos países que mais importa sêmen da raça Girolando, o Panamá foi escolhido para a retomada do projeto internacional Brazilian Girolando, que, por conta da pandemia, estava paralisado. A Feira Internacional David, realizada em março, teve uma participação inédita da raça, com exposição de 25 animais, além de um estande para divulgar as inovações da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e das empresas associadas.
O Brazilian Girolando tem como objetivo promover no exterior a genética Girolando, que vem conquistando espaço por conseguir boa produção de leite em regiões tropicais e a baixo custo. “No caso do Panamá, a raça está viabilizando o desenvolvimento da pecuária leiteira nas áreas mais baixas, de grande umidade e temperaturas elevadas, por ter grande adaptabilidade, menor estresse calórico e resistência maior a parasitas e doenças. Os produtores têm utilizado os touros Girolando tanto para formação de rebanhos puros quanto em cruzamentos com raças crioulas para melhorar a produção de leite”, explica o gerente do projeto internacional Brazilian Girolando, Marcello
Cembranelli, que conduziu uma mostra da raça na pista de julgamento do evento, destacando as principais características raciais e de desempenho dos animais Girolando. De acordo com a diretora de Relações Internacionais da Girolando, Tatiane Tetzner, a demanda pela genética da raça é forte na América Latina. “Nossa missão é levar informações técnicas sobre a raça não só para o Panamá, mas também para vários países da América Latina. Também vamos divulgar as tecnologias desenvolvidas pelas empresas e o trabalho de seleção dos criatórios parceiros do projeto”, esclarece.
Em maio, a entidade recebeu em sua sede visitantes estrangeiros de vários países para o “Encuentro para Ganaderos”. O presidente Domício Arruda destacou que a entidade emitirá, a partir de 2023, a Certificação Internacional da raça Girolando em países interessados em garantir a qualidade genética e o padrão racial de seus rebanhos.
Participaram criadores da Bolívia, Colômbia, Equador, República Dominicana, México e Venezuela. Segundo o presidente da Associação Venezuelana de Criadores de Zebu, José Antonio Carrasquero, está sendo
alinhada uma parceria com a Girolando na área de melhoramento genético. “A proposta é contar com todo o know-how da Associação de Girolando para implantarmos em nosso país os serviços de controle leiteiro e de registro genealógico”, diz Carrasquero.
No México, a raça vem crescendo e a demanda maior é por animais Girolando CCG 1/2. “Como nossa região tem um clima muito quente e úmido, o Girolando consegue manter uma boa produção de leite. Fizemos um estudo com animais CCG 1/2 e ficou comprovado que a raça tem produção bem acima da média nacional. Tivemos uma produção média de 18 litros/leite/dia enquanto a média no país não ultrapassa 9 litros/dia. Para o México é a raça ideal”, garante o criador de Girolando no México, Manuel Suarez.
O encontro internacional também contou com a presença de representantes das empresas parceiras do Brazilian Girolando ABS, ACN Agropecuária, Agroexport, Agrotrip, CRV, GBF Global, Grupo Cabo Verde. Outras empresas participantes do projeto são Fazenda Floresta, Estância K, Zago Agropecuária e revista Pecuária Brasil.
GIROLANDO E VOCÊ
Associações fundam Frente para defesa da pecuária
da FABB
O grupo tem a participação de 14 entidades responsáveis pelo registro genealógico de bovinos e da ASBIA
Associações de raças delegadas do Ministério da Agricultura e Pecuária para o serviço de registros genealógico uniram forças na defesa dos direitos das entidades e fundaram a Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Capitaneada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), a iniciativa foi oficializada no dia 5 de maio, durante reunião com a presença de representantes das 14 associações que agora integram a FABB. Também faz parte do grupo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA). “O grupo de trabalho é uma iniciativa da ABCZ para assegurar oportunidades mais amplas de participação em assuntos de interesse da pecuária nacional, como a agilidade na liberação de touros em central”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.
Durante o encontro, foram apresentadas propostas de alinhamento de demandas de ordem técnica, política e de comunicação em favor dos produtores. Em pauta, definições sobre atribuições de cada representante e vigência de atuação. “Apesar de serem raças diferentes, muitas
vezes as demandas das associações em relação ao registro genealógico são semelhantes. Então, a união das entidades na busca de soluções junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária contribuirá para dar a celeridade a demanda de todos”, ressalta o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda. O superintendente Técnico da entidade, Leandro Paiva, também participou da reunião.
Para a presidente da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, Mariana Tellechea, essa iniciativa inédita marcará a história da pecuária nacional brasileira. “Estamos muitos orgulhosos e felizes por estarmos fazendo parte da Frente. O Brasil, por ser um dos principais países exportadores de carne do mundo precisa ter essa união, só assim conseguiremos abrir novos espaços para as nossas raças. Teremos outros encontros e nesses momentos iremos apresentar propostas técnicas, políticas e de comunicação”, comemora a presidente da Angus.
Ficou definido que haverá uma alternância entre as entidades para o comando
da Frente. A ABCZ será a primeira associação a coordenar. Após o primeiro ano de trabalho, a responsabilidade da liderança passará para a Girolando. Também ficou definido que as demandas de cada equipe técnica das raças serão levantadas e apresentadas no próximo encontro, agendado para o dia 7 de junho, na Megaleite 2023, em Belo Horizonte/MG.
As demais associações que fazem parte da FABB são: Associação Brasileira de Santa Gertrudis; Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental e Simbrasil; Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos das Raças Wagyu; Associação Brasileira dos Criadores de Girolando; Associação Brasileira dos Criadores de Hereford e Braford; Associação Brasileira dos Criadores de Marchigiana; Associação Brasileira dos Criadores de Devon e Bravon; Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol; Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa; Associação Brasileira de Brangus; Associação Brasileira dos Criadores de Caracu; e Associação Nacional de Criadores de Herd-Book Collares.
Melhor aproveitamento de nutrientes.
Quando o rebanho é bem nutrido, o resultado é de peso também no leite. MPasto é a linha de fertilizantes desenvolvida especialmente para a nutrição da pastagem e forrageiras conservadas, fornecendo ao rebanho a alimentação necessária para aumentar a qualidade da produção e a sua rentabilidade. Pode confiar: MPasto é da Mosaic Fertilizantes. Peça ao seu distribuidor.
Maior rendimento na silagem.
Aumento do número de animais por área.
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MERCADO
Mercado de animais ganha novo formato de vendas
Berrante e Agro Reserva inovam com o Agro Experience
Que tal começarmos com uma pequena dinâmica? Experimente digitar “experiência do cliente” na barra de pesquisas do Google. Só na primeira página, uma infinidade de resultados: desde análises e definições muito bem elaboradas, até cursos de renomadas instituições sobre o tema, ou ainda blog-posts caça-cliques com listas “infalíveis” de como, de fato, promover uma experiência para o seu cliente, seja qual for o seu ramo de atuação.
E o mais interessante é que, quanto mais conteúdos lemos, a quantas mais “receitas” temos acesso, mais é possível perceber que até podemos buscar por inspirações, mas as experiências, por si só, são únicas!
Partindo também dessa premissa, Berrante e Agro Reserva vivem um momento bastante alinhado a esta ideia de promover experiências, encantar o cliente e criar conexões! O segredo? Não existe, porque nosso desafio é reinventar a cada dia. “Preferimos sempre ver o copo mais cheio a vazio. Nesses momentos de instabilidade é que enxergamos mais oportunidades para crescer”, diz Gustavo Ribeiro, CEO da Berrante e da Agro Reserva, em uma breve análise sobre a instabilidade política e econômica vivenciada no último ano, o que não impediu o crescimento das duas empresas.
Para Ribeiro, uma das chaves esteve na convicção sobre o poder da comunicação: “É a ferramenta mais importante
para que você se posicione, crie valor para a sua marca, principalmente nesses momentos de desafio. Então, foi o que fizemos: orientamos nossos clientes e passamos a trabalhar para poder enxergar oportunidades dentro desse cenário”.
O principal fruto desse crescimento está baseado na grande aposta do empresário e de toda a sua equipe. Trata-se de um centro experimental onde é possível testar e validar produtos: “Comunicando isso, expandindo canais de venda, aumentando nossa presença digital, e criando um novo canal de comercialização para as marcas que atendemos”, enfatiza Gustavo, que traz a palavra-chave deste momento da comunicação: investir na experiência do cliente.
E aí está outra grande palavra-chave, totalmente ao encontro das inúmeras formas de criar experiências: presença! Participar dos momentos, das oportunidades em que as marcas precisam e podem ser vistas. Estar onde o público está.
BX: a materialização de um sonho
O que chancelou a criação desse projeto criado em função das experiências foi um evento realizado no final do mês de março, no próprio Berrante Ranch. O BX, com o convite “Viva o seu momento Agro Experience”, trouxe a proposta de aproximar os clientes da Berrante, os clientes da Agro Reserva, e criar essas conexões entre empresas e produtores rurais que precisam das soluções que essas empresas entregam. “Vejo que foi
uma experiência muito bem-sucedida em termos de organização, presença do público, presença de autoridades e, especialmente, quando fizemos uma pesquisa de satisfação, entendemos que a mensagem foi bem-passada; às pessoas gostaram e valorizaram o que foi vivido aqui”, afirma Gustavo Ribeiro.
Para o CEO, esse era o combustível necessário para acreditar que o caminho está correto e a proposta é ser cada vez melhor: “Se nós vendemos 100 novilhas Girolando, por que não podemos vender 200? Se tivemos aqui 15 empresas parceiras, por que não podemos pensar em ter 30? Se foi um dia muito focado na pecuária, vamos fazer um evento de dois dias envolvendo também 100% da agricultura, com talhões experimentais. Isso vai continuar, e ser cada vez mais um ambiente de inovação, conexões, relações comerciais e muito networking”, adianta.
“E assim como toda a atmosfera do agro, o mundo não para, apesar das dificuldades”, compara Gustavo, trazendo um incentivo a toda a cadeia produtiva. “Não tem como desacelerar e faz parte do ciclo pecuário, do ciclo da fazenda. Precisam girar todas as atividades. O agropecuarista, quando cai a primeira chuva, não deixa de plantar, e depois não deixará de colher e comercializar, assim como as pessoas não deixam de comer…”, e finaliza: “Então, sempre acreditamos! Enxergamos nosso ramo de atividade dessa forma”.
ALTA GIROL ANDO:
Lideranças de de vendas sumário e
ELO SUPERSIRE FIV KUB
Seagull-bay Supersire-et X Mineira Teatro Fiv Rpm da S. Antonio
C ARUSO FIV MONTEREY 2B DA MIRAÍ
View-Home Monterey-et X Quelinha
Everest Fiv 2b
NOVOS ASSOCIADOS
ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO
SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES FEVEREIRO / MARÇO E ABRIL DE 2023.
AGROPECUÁRIA SETE COPAS LTDA
BRENO JOSÉ DE SOUZA JUNQUEIRA
CENTRO DE CIÊNC. HUM. SOCIAIS E AGRÁRIAS DA UNI. FED. DA PARAÍBA (CCHSA/UFPB)
CÉSAR HENRIQUE OLIVEIRA DOS ANJOS
CÉZAR DE LIMA QUEIROZ JÚNIOR
COOP. CENTRALDOS PRODUTORES RURAIS DE MG LTDA
EUZÉBIO PANCOTO
FAZENDA SANT’ANNA LTDA
FERNANDO COLCERNIANI JÚNIOR
GABRIEL POMPEI MATTA
GIROLANDO CAMBAÚVA
IGOR FEITOSA ARAÚJO
JAQUES SILVA SANTOS
JOÃO FLORESTA NETO
JOSE EYMARD MORAES DE MEDEIROS FILHO
JOSÉ GABRIEL LIMA BORGES
JOSÉ GILBERTO OLIVEIRA ALMEIDA
MAMBAÍ - GO
SAPUCAIA - RJ
BANANEIRAS - PB
PEDRO ALEXANDRE - BA
APARECIDA DO TABOADO - MS
BELO HORIZONTE - MG
MUNIZ FREIRE - ES
PARDINHO - SP
PARACATU - MG
PETRÓPOLIS - RJ
CAMPINÁPOLIS - MT
ARACAJU - SE
PATROCÍNIO - MG
SANTA BÁRBARA - MG
JOÃO PESSOA - PB
MONTES CLAROS - MG
RESENDE - RJ
LUCCA GIULLIANO MARCATTI
LUCIANO AFONSO OLIVEIRA BICALHO
MARCELO MORBIN
MARCELO RUTTER SALLES
NATALICIO ONÉRIO DE REZENDE/MÜLLER
RODRIGUES REZENDE
NEWTON CARDOSO
NIVALDO HENRIQUE TEIXEIRA NOGUEIRA DA GAMA
OMAR ROCHA FAGUNDES
OTÁVIO LUIZ DE CARVALHO SOUZA
PEDRO ANTÔNIO FREIRE
PLACIDINO GONÇALVES BORGES
RAFAEL MUNIZ MARCHEZI
RAFAEL RAMOS FEIJÓ MUNHOZ
RRCJ INVEST COTAS AGROPECUÁRIA EIRELI
TIAGO JESUS DE SANTANA
VITÓRIA DE OLIVEIRA MIRANDA
BELO HORIZONTE - MG
BELO HORIZONTE - MG
AVARÉ - SP
POUSO ALEGRE - MG
MINEIROS - GO
PITANGUI - MG
ALÉM PARAÍBA - MG
ANÁPOLIS - GO
TAPIRA - MG
JI-PARANÁ - RO
CAMPO FLORIDO - MG
ANCHIETA - ES
BARUERI - SP
RIO DAS FLORES - RJ
RIBEIRA DO POMBAL - BA
UNAÍ - MG
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2023 / 2025
PRESIDENTE: Domicio José Gregório Arruda Silva VICE-PRESIDENTE: Luiz Fernando Reis
1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO: Marcos Amaral Teixeira
2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO: Rubens Balieiro De Souza
1º. DIRETOR-FINANCEIRO: José Antônio Da Silva Clemente
2º. DIRETOR-FINANCEIRO: Luiz Cláudio Bastos De Moura
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS: Alexandre Lopes Lacerda
AL - Alessandro Teixeira Costa
AL - André Gama Ramalho
AL - João Paulo Brandão Do Amaral
AM - Ildo Lucio Gardingo
AM - Muni Lourenço Silva Júnior
BA - Cláudio Micucci Vaz Almeida
BA - Dirleia Santos Meira
BA - Fabricio Lima Costa
BA - Francisco Peltier De Queiroz Filho
BA - Marinaldo Da Silva Rocha
BA - Valdemir Acácio Osório
CE - Eduardo Felicio Calou Rodrigues Costa
CE - Rafael Carneiro Da Silveira
ES - José Luiz Vivas
ES - Rodrigo José Gonçalves Monteiro
ES - Weverton Machado Bastos
GO - Diego Hilario Ribeiro
GO - João Domingos Gomes Dos Santos
GO - Léo Machado Ferreira
GO - Luiz Eduardo Branquinho
MA - Joeldo Oliveira Lima
MG - Cleiton Gonzaga Castilho
MG - Eutálio Marcio Da Silva
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO: José Renato Chiari
DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS: Marcelo Renck Real
CONSELHO FISCAL: Afonso Celso de Resende
Alexandre Honorato
José Luiz Zago
SUPLENTES CONSELHO FISCAL:
Alexandre Gondim Da R. Oiticica
Henrique Vieira Da Rocha
Márcio Eugênio Leite De Castro
Conselho de Representantes Estaduais:
MG - Evandro Do Carmo Guimarães
MG - Guilherme Mendes Rodrigues
MG - Gustavo Frederico Burger Aguiar
MG - João Dário Ribeiro
MG - João Machado Prata Júnior
MG - José Coelho Da Rocha
MG - José Humberto Resende
MG - Luciano Paiva Nogueira
MG - Marcelo Zuculin Junior
MG - Maria Cristina Alves Garcia
MG - Otavio Pereira Dos Santos Neto
MG - Renato Miglio Martin
MG - Roberto Martins De Andrade
MG - Roberto Martins Villela
MG - Rodrigo Lauar Lignani
MG - Sérgio Reis Peixoto
MG - Túlio Sertã Junqueira
MG - Vitor Cezar Vellozo
MS - Eduardo Folley Coelho
MS - Fábio Taveira Sandim
MS - Francisco De Paula Ribeiro Jr.
MS - Gustavo Henrique Panucci Da Silva
MS - Paulo César Doninho Pellegrini
MS - Reinaldo Vilela De Moura Leite
MS - Renato Prado Medrado
MS - Thiago Barros Xavier
MS - Thiago Nogueira Lemos
MT - Luciano Ferrari
PA - Adelino Junqueira Franco Neto
PB - Waerson José Souza
PE - Cristiano Nóbrega Malta
PI - Hermógenes Almeida De Santana Júnior
PI - José Gomes Do Amaral Neto
RJ - André Gustavo Vasconcellos Monteiro
RJ - Jean Vic Mesabarba
RJ - José Gabriel De Souza Machado
RJ - Luiz Carlos Bandoli Gomes
RN - Aécio Pinheiro Fernandes
RN - Alexandre Carlos Mendes
RN - Manoel Montenegro Neto
RN - Ricardo José Roriz Da Rocha
RO - Darcy Afonso Da Silva Neto
RO - Gilberto Assis Miranda
RO - Otayr Costa Filho
RS - Jairo Andre Gorczevski
RS - José Adalmir Ribeiro Do Amaral
SE - Carlos Augusto Santos Da Paixão
SE - Fúlvio Breno De Oliveira Lima
CONSELHO CONSULTIVO:
Bernardo Sousa Lima Mattos De Paiva
Everardo Leonel Hostalacio
Olavo De Resende Barros Júnior
Paulo Cruz Martins Junqueira
Ronan Rinaldi De Souza Salgueiro
SUPLENTES DO CONSELHO CONSULTIVO: Alexandre Freitas Dos Santos
Arildo Benetti Ferreira
Aurora Trefzger Cinato Real
Nelson Ariza
Ronaldo De Souza Queiroz
SE - João Bosco Machado
SE - Lafayette Franco Sobral
SE - Marciano Machado De Andrade Júnior
SP - Alexandre Pereira Da Costa
SP - Carlos Adalberto Rodrigues
SP - Fructuoso Roberto De Lima Filho
SP - João Pedro Ayres Neves De Azevedo
SP - Raul De Oliveira Andrade Neto
SP - Rubens Aparecido Câmara Júnior
TO - Napoleão Machado Prata
CDT
Membros Natos
Márcia Tereza Vieira Scarpati Leandro de Carvalho Paiva
Membros Efetivos
José Renato Chiari , Edivaldo Ferreira Júnior, Gustavo Sousa Gonçalves, Tiago Moraes Ferreira, Marcello Mamedes dos Santos, Maurício Silveira Coelho, Olavo de Resende Barros Júnior, Adriano Fróes Bicalho, Cláudio André da Cruz Aragon
GIROLANDO KIDS
dos Criadores de Girolando
Depto. Financeiro / ADM / MKT
Dúvidas / Reclamações: faleconosco@girolando.com.br
ADT adt@girolando.com.br
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DNA dna@girolando.com.br
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Grife grife@girolando.com.br
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Uberaba/MG
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Uberaba/MG
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