
3 minute read
RUMO AOS 2 MILHÕES DE REGISTROS
GIROLANDO E VOCÊ
Larissa Vieira
Advertisement
O registro é um passo importante para formação de rebanho superior
Raça Girolando completa 25 anos, aproxima-se de marca recorde de registros e aprimora seu regulamento do Serviço de Registro Genealógico


Fonte: Superintendência do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando (SRGRG), janeiro de 2021.
Quase meio século depois de iniciado um ideal por criadores mineiros que não mediram esforços pelo reconhecimento oficial da Girolando como uma raça leiteira nacional, 2021 deve entrar para a história com a conquista de mais um recorde. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando trabalha para superar neste ano a marca dos 2 milhões de controles/registros genealógicos de animais.
A entidade é a maior em número de bovinos leiteiros registrados no Brasil. Já são 31 anos atuando como delegada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para execução do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando (SRGRG) em todo o País. No primeiro ano, em 1989, a entidade efetuou 7.804 de controles/registros genealógicos. Os números foram crescendo ano a ano, à medida que a raça foi mostrando bons resultados em campo. “O registro é o primeiro passo para a formação de um rebanho geneticamente superior, que, aliado às ferramentas de seleção do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando, vem permitindo aos criadores formar rebanhos altamente produtivos e longevos, com as vacas produzindo satisfatoriamente por longos anos”, assegura o presidente da entidade, Odilon de Rezende Barbosa Filho.
O relatório final de controles/ registros efetuados em 2020 aponta que no ano passado foram efetuados 90.541 contra 81.412 controles/registros de 2019. Este é o melhor desempenho dos últimos cinco anos. Somando os registros efetuados desde 1989, o banco de dados conta com 1.943.188 controles/registros.
A expectativa é ultrapassar a marca dos 2 milhões de registros ainda no primeiro semestre de 2021, número que será comemorado quando a raça chega aos seus 25 anos. No dia 1° de fevereiro de 1996 foi publicada Portaria do Mapa reconhecendo oficialmente a Girolando como raça leiteira. Segundo dados do Controle Leiteiro Oficial, houve um aumento de 53% na produção individual de leite por vaca, desde 2000, com a produção saltando de 3.695kg, em até 305 dias, para 5.671kg, em 2019.
Para acompanhar os avanços da raça, o Conselho Deliberativo Técnico (CDT) da Raça Girolando realiza revisões constantes no SRGRG.
Dentre as últimas alterações propostas pelo Conselho e homologadas pelo Mapa, estão: •Para que um animal receba o controle ou registro genealógico definitivo será exigido apenas que ele já tenha o padrão racial definido, sem exigência de idade mínima e sem necessitar estar apto à reprodução. Cabe ao técnico inspetor fazer esta avaliação. •Para cadastrar a genealogia de animais Gir ou Holandês, será exigida a apresentação de ao menos a cópia do certificado de nascimento. Antes era exigido apresentar o certificado de registro definitivo. Porém, as pendências de falta do registro definitivo e de transferência de propriedade/autorização de uso permanecerão, mas não impedirão que o animal seja cadastrado na base de dados, ficando seus descendentes apenas impedidos de serem inspecionados. •As regras para aproveitamento de genealogia de animais com mais de 12 meses ficaram mais flexíveis. O objetivo é facilitar a conclusão do processo de aproveitamento de genealogia, sem perder a credibilidade e segurança das informações. Como são regras muito específicas, melhor não detalhar. •A exigência de DNA para todos os animais com nascimento comunicado com atraso superior a 90 dias deixou de existir, passando para 12 meses a obrigatoriedade, com exceção dos animais oriundos de FIV, TE ou TN. A escolha dos animais que serão submetidos ao DNA será feita de forma aleatória e de acordo com as regras já existentes, respeitando-se, também, as indicações feitas pelo SRGRG. •A marca PS na paleta direita do animal, por ocasião do registro definitivo na categoria Puro Sintético, foi abolida, passando a ser opcional do criador. •Será possível emitir certificados de controle/registro digitais. Porém, para isso, será necessário adequar o sistema para que esta função esteja disponível. •No padrão racial, para que um animal seja desclassificado por ter despigmentação, será permitido, mas somente se houver presença de lesão. •Está regulamentada a realização de reuniões virtuais do CDT. Antes eram permitidas apenas reuniões presenciais.