RAD' ART!
Design — Arte — Feminismo
Apresentação Uma nação criativa
Novembro/2021
Nº18Análise Mulheres
brasileiras no design Biografia Ruth Kedar, Cristiana Grether, Ana Couto, Goya
Lopes e muito mais!
www.europanet.com.br
QR Code que direciona para os créditos do contéudo de texto e ilustração que foi utilizado para a diagramação desta revista:
Expediente
Giovanna Kelly Silva Campos Técnico em Comunicação Visual Aplicativos Informatizados em Design Gráfico II (AIDG II) Professor Pedro Luis Buonano ETEC Doutora Maria Augusta Saraiva 2º Módulo Tarde – Grupo A Novembro de 2021
DESIGNER GRÁFICA
Giovanna Kelly
PESQUISA E SELEÇÃO DE TEXTOS
Giovanna Kelly
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Giovanna Kelly
www.radartrevista.com.br
contato@radartrevista.com Realização RAD' ART!
Carta ao leitor
Um convite para que você venha conhecer um pouco mais sobre a nossa revista.
AescritadaHistóriadoDesign
Gráfico apresenta uma lacuna apenas muito recentemente percebida no âmbito nacional: a citação detida e cuidadosa de produtoras femininas nos livros. Um professor com certa experiência na disciplina pode enfrentar dificuldade em responder a uma questão como “quaissãoasdesignersgráficasmaisimportantesdahistória?”.E talvez tal embaraço não aconteceria se a pergunta fosse formulada de uma forma genérica, retirando-se o feminino da questão. A resposta viria indubitavelmente com extrema facilidade e com uma quantidade infinitamente superior de nomes, quase todos masculinos.
Dentro de projetos de design, o próprio estereótipo de profissionais mulheres com um “estilo mais feminino, fofo e delicado” já é um fator histórico que ainda hoje prejudica a introdução e crescimento de mulheres em áreas que historicamente sempre foram dominadas por designers homens, como é o caso do Design Industrial e do Design Tipográfico. Infelizmente, a realidade é que faz sentido que as mulheres sejam mais inseguras de suas capacidades, visto que a história e a sociedade as esquecem, ignoram e subestimam-as; e em contraste, os heróis são sempre os homens.
Ao procurar pelos reais motivos da ausência das mulheres no design, foi possível entender que o motivo vai além da História do Design, em particular, e está presente em todo o contexto histórico, seja no Brasil ou no mundo. Até hoje, infelizmente, a majoritária parcela de relações de trabalho ainda se baseia na cultura do patriarcado, em que homens são superiores e a eles estão reservados o espaço público/social e o trabalho e, às mulheres, o legado de cuidar do marido, filhos e afazeres domésticos. Não podemos esconder o fato de que ainda existe um certo preconceito velado, silencioso e com rosto de amizade, que insiste em dizer que designers mulheres não são as mais indicadas para assumir posições criativas ou de liderança.
No entanto, o que almejamos é que um dia seja claro para todos que da mesma forma como em outras áreas e profissões da comunicação, as mulheres devem possuir um espaço para mostrar todo o seu poder e criatividade dentro do âmbito do design – uma vez que o mesmo apresenta um campo de atuação social por natureza, sempre pensando no bem-estar das pessoas e em transformar o mundo em um lugar melhor.
Considerando esta constatação e diante dos fatores citados, é com o objetivo de atribuir a devida importância ao tema da representatividade profissional feminina no design gráfico que decidi trazer à tona este foco para o meu projeto de revista que contempla os Designers Gráficos Brasileiros & Suas Obras. Enquanto uns são enaltecidos, outras ainda continuam desvanecidas e, na história, é preciso se atentar a todos os pontos de vista. Não quero que continuemos a escrever de uma só perspectiva.
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que consiste ho de designgráfico?
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ÍNDICE
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PUMA NAÇÃO CRIATIVA
Para falar de design gráfico contemporâneo no Brasil, há que se analisar os alicerces sobre o qual nossa modernidade está se construindo. Desde sempre nós, brasileiros, fomos indagados e nos indagamos muito sobre a nossa própria identidade. Afinal, o que nos caracteriza de forma clara e sucinta e que se reflete em nossa produção cultural e material?
Os estereótipos são parcialmente confirmados: o povo brasileiro reconhece-se como um povo alegre, hospitaleiro, festivo, despreocupado, etc, mas nossas características não se restringem à simpatia e acolhimento. O Brasil tem aproximadamente 190 milhões de habitantes, uma extensão gigantesca, fronteiras com 10 países, e uma diversidade muito grande de paisagens, raças, climas e rostos.
Desde o início da colonização no Brasil, estivemos expostos a várias etnias e trocas culturais. A imigração em peso e as diferenças regionais de um país tão vasto geraram uma diversidade cultural e étnica impressionantes, resultando numa cultura bastante híbrida, inclassificável. Nossa identidade, sem dúvida, é a . Diversidade essa que nos agrega um diferencial construtivo, positivo e que nos possibilita pensar em novas formas de dinâmica social e, consequentemente, utilizá-la como combustível para o nosso potencial criativo.
A mestiçagem, a diversidade de religiões, cultos, festas populares, que fazem parte de nossa cultura influenciam a sensibilidade e o olhar dos criadores. Características híbridas e ilógicas da cultura brasileira, que imprimem
uma marca peculiar a essa diversidade, se disseminam por nossa cultura material, criando soluções e gostos diversificados e indefiníveis.
Criamos e recriamos sobre preceitos e conceitos muito bem definidos por ideias e modelos de movimentos culturais internacionais, a partir de nossa própria realidade, remodelando-os de forma a encontrar soluções originais e às vezes até curiosamente incoerentes com os conceitos que serviram de inspiração. Nossa formação básica de design gráfico provém do racionalismo alemão. Como dizemos, somos netos da Bauhaus e filhos de Ulm , porém nossa história complexa, multifacetada, barroca, “contaminou” o fazer do design, na busca de uma identidade própria.
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QUE
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O QUE O QUE É
DESIGNDESIGN DESIGN DESIGN
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GRÁFICO?
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hamamos de design gráfico o conjunto de atividades voltadas para a criação e a produção de objetos de comunicação visual, geralmente impressos, tais como livros, revistas, jornais, cartazes, folhetos e tantos outros. O termo vem da junção de duas palavras com histórias muito peculiares. Para melhor compreender todo o seu sentido, é útil esclarecer primeiramente o que se entende por design e por gráfico.
Design é um vocábulo de importação muito recente na língua portuguesa, começando a ser empregado no Brasil a partir da década de 1960. É sinônimo de desenho industrial, termo utilizado nos meios educacional e jurídico como designação técnica, respectivamente, da profissão e do tipo de propriedade intelectual por ela gerada. De modo geral, design refere-se à concepção e à elaboração de projetos, tanto para a fabricação de artefatos industriais quanto para a configuração de sistemas de interação entre usuários e objetos. Sua origem imediata está na língua inglesa, mas sua etimologia remonta ao latim designare , do qual derivam duas palavras bem mais conhecidas: desenhar e designar. O trabalho do designer (o profissional que faz design) abarca ambas essas ações, em
seu sentido mais amplo: o de representar conceitos através de algum código de expressão visual e o de conjugar processos capazes de dar forma a estruturas e relações.
Gráfico, por sua vez, é uma palavra mais antiga, cujo uso em português data do século XIX. Em sua origem remota, deriva do grego graphein , que quer dizer escrever, descrever, desenhar, e está ligada a outras palavras, como grafar, grafismo, grafite, grafologia, bem como a toda uma série de palavras que terminam no sufixo-grafia (por exemplo, geografia, fotografia, tipografia). Na sua acepção mais imediata, o adjetivo gráfico costuma ser usado para nomear as atividades desenvolvidas dentro do âmbito das oficinas, fábricas ou outras instalações que se dedicam à produção de materiais impressos – popularmente chamadas de gráficas. Tal nomenclatura deriva, por sua vez, do processo tipográfico que dominou a confecção de impressos desde a invenção da prensa para imprimir com tipos móveis, no século XV. O termo gráfico está associado, historicamente, a uma série de processos de impressão de texto e imagens que incluem a gravura em madeira e em metal, a litografia, a serigrafia, o offset, o clichê a meio-tom e diversos outros métodos fotomecânicos.
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bem da verdade, hoje em dia o alcance do design gráfico estende-se para muito além dos objetos propriamente gráficos, ou seja, aqueles que resultam da impressão com tinta sobre papel. Embora não se trate de processos gráficos, necessariamente, é comum empregar o termo para descrever atividades de design ligadas à sinalização de ambientes, ao desenvolvimento de sistemas de identidade visual, à inclusão de blocos de texto em suportes audiovisuais (por exemplo, os créditos de um filme ou programa de TV) e, até mesmo, à confecção de páginas na Internet . Neste último caso, vem-se tornando frequente a substituição do nome designgráfico por outros mais específicos, como webdesign . Mesmo assim, o termo abrange uma área de atuação bem ampla, cujos limites talvez correspondam mais precisamente à expressão programação visual, ainda muito utilizada nas faculdades para definir a habilitação profissional específica. Sendo ou não o melhor nome para descrever todas essas atividades, o importante é que o design gráfico entrou para o uso corrente e é cada vez mais reconhecido pelos próprios designers como denominação profissional.
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EM QUE CONSISTE O TRABALHO DE DESIGN GRÁFICO?
uas matérias-primas básicas são: um suporte (desde papel e cartão até a ‘página’ virtual), tipografia (a forma visual das letras, dos números e de outros caracteres) e elementos visuais diversos, como traços, sombreados, cores e imagens. O desafio essencial envolve a disposição eficaz e criteriosa dessas matérias-primas de modo a gerar uma comunicação inteligente e propositada dos significados que se deseja transmitir. As principais atividades envolvidas no design gráfico incluem
Por planejamento entende-se todo processo voltado para o melhor aproveitamento do suporte, como, por exemplo, calcular o número de páginas e cadernos de um livro ou uma revista, pensar as dimensões e o posicionamento de um cartaz ou um banner, explorar as possibilidades técnicas e informáticas de um suporte eletrônico. Por diagramação, entende-se o arranjo espacial dos elementos visuais sobre o suporte, como, por exemplo, a disposição de caracteres, linhas e margens sobre uma página ou de imagens e blocos de texto em um cartaz. Por ilustração, no sentido
maior da palavra, entendem-se todos os processos utilizados para gerar e situar imagens, desde o desenho até a manipulação digital de fotografias.
Em suma, o designer gráfico se propõe a gerir a informação visual através do uso criativo das matérias-primas, técnicas e ferramentas ao seu alcance. Para melhor entender os limites do campo, é bom conhecer um pouco de sua história, de suas origens. O design gráfico não nasceu pronto, do nada, e nem é uma coisa monolítica, cristalizada no tempo e obediente a regras e definições preestabelecidas sobre o que é e não é, o que pode e não pode.
Como toda atividade humana, o design gráfico evolui e se transforma, acompanhando as mudanças na sociedade e na cultura. A consciência histórica, do tanto que já mudou no passado, pode nos ajudar a repensar nossos pressupostos sobre presente e futuro.
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mulheres brasileiras no design
Em um momento em que o mundo está mais híbrido, a mulher está cada vez mais à frente de diversos segmentos da sociedade: na arte, na medicina e até na presidência. Não teria porque também não estar à frente do design nacional.
No decorrer da história mundial, no entanto, mesmo sabendo-se que o design sempre priorizou a criatividade acima de qualquer outro talento, este passou a ser dominado exclusivamente por homens. O argumento era de que mulheres seriam muito fracas ou até mesmo de que ficariam mal faladas em um ambiente como as oficinas. Basta somar a isso o fato de que, no começo do século XX, era impensável que as pessoas do sexo feminino trabalhassem de forma independente.
As décadas passaram, a luta por igualdade e por espaço se ampliou e a dedicação valeu a pena. Hoje, é possível encontrar diversos talentos femininos no mundo do design – da mesma forma como em outras áreas e profissões da comunicação, as mulheres têm um espaço para mostrar todo o seu poder e criatividade.
Ou seja, histórias de mulheres que marcaram e mudaram o design não faltam e a projeção é de que elas façam cada vez mais história. Isso porque quando falamos de indústria criativa, observa-se que hoje mais mulheres frequentam os cursos de design gráfico e ilustração, chegando a serem maioria nas turmas, um cenário praticamente oposto ao de alguns anos atrás, como foi mencionado.
“Esse aumento é claramente reflexo do movimento feminista no Brasil e no mundo. Há 16 anos, quando me formei, tinham seis mulheres em uma turma de 40. Digo que é um caminho sem volta. Hoje é claro no mercado que a diversidade traz ideias muito mais interessantes” diz Vanessa Queiroz, designer e co-fundadora do Colletivo Design , diretora da ADGBrasil (Associação de Designers Gráficos) e professora do curso de Direção de Criação Digital da EBAC .
Laura Teixeira, ilustradora e professora de Ilustração e Design Gráfico da EBAC , também nota uma maior participação de mulheres nos cursos hoje em dia e cita o que vê como mudança num mercado cuja presença feminina
segue aumentando. “Pensando que todas as pessoas têm aspectos masculinos e femininos dentro de si, imagino que um mercado mais feminino seria mais fluido, inclusivo e colaborativo”. Ela reforça ainda que
o mercado procura pessoas criativas, pois são elas que verdadeiramente terão condições de abrir novos caminhos para a sociedade” ”
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o desafio é a liderança
M“Eu sou tão capaz de ilustrar assuntos classificados pela sociedade como masculino quanto qualquer homem. Uma personagem de um livro infantil pode vestir tanto azul, quanto rosa.
Um cartaz para uma marcha feminista pode ser tanto roxo quanto da cor que eu quiser. O meu feminismo aparece quando eu exerço com total liberdade os assuntos que me aparecem. A liberdade é, em última instância, a minha luta”.
—
Catarina Bessell
as como esta maior participação feminina em cursos está se refletindo no mercado? No Reino Unido, por exemplo, apenas 1 em cada 5 designers profissionais são mulheres, embora 7 em cada 10 estudantes de nível superior da área sejam mulheres, segundo pesquisa do DesignMuseum , de 2018. Para Vanessa, o maior desafio hoje das mulheres é a liderança. Uma questão que não é só no design. No Brasil, em apenas 15% das empresas a presidência é ocupada por mulheres, segundo a pesquisa Panorama Brasil , de 2018.
“Temos muitos homens empreendedores nessa área ou em cargos altos nos escritórios e agências. As mulheres sofrem com o estereótipo na criação e só trabalham como atendimentos, sendo que são fundamentais na área de planejamento e branding, embalagem e até produção gráfica”, diz a designer. O caminho para ela é investir em mais cursos e eventos que tragam a mulher como pauta, mais mulheres em cargos de referência e dando aula. “É o que vai mudar a cara do mercado”.
A artista visual Catarina Bessell, conhecida por criações que brincam com o realismo mágico, inspiradas no universo de Julio Cortázar e Gabriel Garcia Márquez, aponta ainda para outra questão que pesa para
mulheres: quando assumem cargos de liderança, “eles vêm associado de estigmas como a mandona, a arrogante”. “Ter uma opinião firme, ter ambições de crescer profissionalmente, ter iniciativa, quantas dessas características não são esperadas e até cobradas de um homem mas, quando uma mulher as apresenta, elas ainda são, estranhadas ou vistas como incompatíveis com a função social que a sociedade dá para mulher”, comenta ela.
Ou seja, a sensação é de que o desafio é duplo: chegar na liderança e mostrar porque merece ocupar aquele lugar. Nesse sentido, Catarina ressalta que hoje é bom que haja debate sobre o tema e que para mudar, é preciso uma “revolução na esfera política e na esfera da intimidade”.
“Não é possível falar de feminismo sem falar de um feminismo anticapitalista, de um projeto de revolução nos costumes da sociedade”, diz ela.
A artista vê a profissão como “uma busca constante de um equilíbrio entre fazer o que o mercado pede e aquilo que você acredita”. Sendo assim, Catarina conta que a questão do feminismo, da mulher, entra muito mais na postura profissional do que no seu trabalho autoral.
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Éfato que a lista de mulheres incríveis que atuam na área do design é extensa – sendo assim, considerando especificamente a riqueza do mercado brasileiro, separamos 12 grandes profissionais para você conhecer e desde já apreciar.
Esta lista possui uma ordem que enumera primeiramente cinco nomes mundialmente reconhecidos e que são responsáveis por trabalhos igualmente influentes – Ruth Kedar, Cristiana Grether, Bea Feitler, Ana Couto e Goya Lopes. Em seguida, apresentamos Paula Cruz, Milena Cabral e Heloísa Etelvina, três nomes de designers pouco menos conhecidos que os anteriores, mas que exibem equivalente valor em seus projetos. Por último, incluímos mais quatro outras representantes dessa profissão – Yasmin Ayumi, Joice Moretto, Sarah Caos e Paula Fehper –, com o intuito de disponibilizar recomendações de profissionais competentes, que possuem produções excelentes e que merecem maior reconhecimento.
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Ruth Kedar nasceu na cidade de Campinas, em São Paulo, no dia 27 de janeiro de 1955. Ela é uma designer gráfica brasileira conhecida por ser a criadora do logotipo da empresa multinacional de serviços online e software Google.
Em 1971, sua família emigrou para Israel e Ruth se formou em Arquitetura no Technion, o instituto israelita de tecnologia. Em 1985, foi admitida na Universidade de Stanford, no estado norte-americano da Califórnia, onde pôde completar seus estudos de pós-graduação em Design.
Sua tese de mestrado abordou o design das cartas de baralho, e com o sucesso obtido, a profissional foi convidada pela Adobe Systems para ser uma das designers responsáveis pela criação do Adobe Deck, um baralho produzido em 1988. Ela projetou o premiado Analog Baralho Deck e o Duolog.
Além disso, Ruth Kedar também é uma das fundadoras do Art.Net, no qual possui o seu próprio estúdio de arte online desde 1994. Kedar também foi professora visitante do Departamento de Arte na Universidade de Stanford de 1988 a 1999 – período em que conheceu Larry Page e Sergey Brin, recebendo a proposta de encarregar-se da concepção do logotipo do Google. O design apresentado por Ruth foi aceito devido ao seu modo lúdico, tipo de letra personalizada e grande expressão visual única e foi exibido de 31 de maio de 1999 a 1 de setembro de 2015.
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Como surgiu o famoso logotipo do Google, ou melhor, como foi criado?
Ruth Kedar foi premiada com diversos prêmios de design e suas obras de arte foram mostradas internacionalmente, obtendo grande interesse público. Atualmente a profissional está à frente do seu estúdio Kedar Designs, onde busca desenvolver obras atemporais e, ao mesmo tempo, contemporâneas.
“Eu estava lecionando design em Stanford quando um amigo que estava fazendo seu trabalho de PhD no Centro de Pesquisa em Design de Stanford mencionou que dois de seus colegas tinham acabado de fundar uma empresa e estavam procurando alguém para ajudá-los com sua marca. Pouco tempo depois, recebi um e-mail de Larry Page me perguntando se eu estaria interessada em encontrá-lo. Tudo começou com uma conversa com Larry e Sergey (respectivamente os fundadores do buscador Google, Larry Page e Sergey Brin) e fomos lá. Como em todo o meu trabalho, a inspiração veio como resultado de pesquisas e conversas extensas com eles para ter uma melhor noção de quem eles eram, da empresa que eles estavam construindo, a sua visão, o seu público, a sua cultura, etc. Os fundadores do Google eram jovens, brincalhões e um pouco mal-humorados, e a empresa que eles estavam construindo – uma empresa como nenhuma outra – seria diferente do cenário inicial. E apesar de ser uma tecnologia nova e bastante intimidante para a maioria das pessoas na época, eles queriam que a experiência de seus usuários fosse intuitiva, fácil e divertida. Esse foi o núcleo da ideia de brincadeira de uma criança. É algo que evoca memórias de momentos felizes, alegres e despreocupados.
A partir daí, o uso de cores primárias foi uma escolha óbvia, já que é frequentemente usado em brinquedos de desenvolvimento na primeira infância.
Uma vez que escolhemos as cores, a próxima pergunta foi: “Em que ordem?”. Na teoria das cores, as progressões em matiz, valor e saturação têm um lugar preciso na roda de cores. A escolha de misturá-los de maneira surpreendente e inesperada refletiu o fato de que essa empresa não seguia as regras e tinha uma nova maneira de ver todas as coisas. Em 1998, o computador ainda não havia encontrado sua voz tipográfica. Ao longo da história, novas ferramentas de escrita inspiraram novos designs de tipos, mas quando os computadores pessoais estavam se tornando a nova ferramenta de escrita, as fontes de computador ainda estavam engatinhando. Questões como pixelização e legibilidade eram muito importantes, e começamos a procurar por uma fonte que fosse além desses obstáculos, além de refletir todos os valores e ideias por trás da marca Google. Da mesma forma que o Google era uma empresa de tecnologia cujas inovações foram construídas sobre os ombros de aprendizados e descobertas anteriores, a fonte Catull foi escolhida por sua visão moderna sobre as fontes tradicionais. Além disso, as formas de letras exclusivas e inclusivas da Catull, como o minúsculo “g” e o “e” e o “o” inclinados, asseguraram um logotipo que não apenas era imediatamente reconhecível, mas legível mesmo em instâncias pequenas e pixelizadas."
— Ruth Kedar
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cristiana cristiana P
Por trás das novas embalagens da Coca-Cola tem a mão de uma brasileira. A designer carioca Cristiana Grether foi até 2019 Diretora Global de Capacitação em Design da gigante de bebidas e coube a ela liderar a maior transformação em ao menos duas décadas no visual do refrigerante mais famoso do mundo, dentro da nova estratégia de marca única.
Formada pela PUC-RJ, com passagens em escritórios de design gráfico em Nova York e Londres, Cristiana entrou na Coca-Cola em 2011 e, em 2015, foi promovida para a sede internacional da empresa, em Atlanta, para coordenar todo o trabalho de agências e equipes internas nos projetos de reformulação de embalagens e comunicação visual e também com a missão de disseminar na companhia a cultura do chamado Design Thinking – conjunto de técnicas para superar obstáculos e resolver problemas como nas pessoas.
E como você chegou até esse cargo? Fale um pouco sobre a sua trajetória dentro da Coca-Cola.
“Sou designer gráfica e até então sempre tinha trabalhado somente em escritórios de design. Fiz mestrado em Nova York, voltei para o Rio, fui para Londres e, em 2011, surgiu uma oportunidade de ouro: uma vaga para abrir a área de design na Coca-Cola Brasil, que ainda não existia. Fiquei 4 anos no Brasil. Fizemos a mudança das embalagens de i9, a linha nova de garrafas de água Crystal e desenvolvemos toda a identidade visual de Coca-Cola para Copa do Mundo e Olimpíadas. O projeto que me levou para Atlanta foi a criação de uma iniciativa de capacitação em design. Formamos um grupo de pessoas de outras áreas e durante um ano treinamos esse time para trabalhar com design em suas áreas e disseminar a cultura dentro da Coca-Cola no planeta."
E qual é a contribuição que o design pode dar para as diferentes áreas de uma empresa?
"O meu papel como diretora global de capacitação em design é mostrar que o design pode ajudar o trabalho de qualquer pessoa, de qualquer área, ser mais ágil e mais assertivo. Eu acredito que o design pode mudar o mundo e facilitar a vida de qualquer um."
O fato de você ser brasileira reflete de alguma maneira no seu trabalho ou te proporciona algum diferencial?
"Tendo trabalhado em Londres e Estados Unidos, posso dizer que quando a gente chega a nossa personalidade já é um diferencial, independente de estilo. O jeito de lidar com as pessoas e com o problema é sempre um diferencial. Para gente não tem tempo ruim. Essa é uma coisa que chama a atenção e a gente recebe elogio e reconhecimento por onde vai. Outra coisa é a antropofagia da criatividade. O Brasil é um país novo, a gente recebe tudo das outras culturas, digere e expele de uma maneira melhor. Então tem muito dessa criatividade aguçada e rápida, sem muito tempo de errar. Uma terceira coisa que é o máximo são as nossas cores. Todo o projeto que eu trabalho, alguém me fala: ‘Nossa, você fez uma coisa muito colorida’. E eu penso: ‘Gente, é só vermelho e rosa’."
— Cristiana Grether para o G1 (2017)
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cristiana grether cristiana grether
trajetória
"Bacharel em Design Gráfico pela Universidade PUC do Rio de Janeiro, ganhei uma bolsa de estudos da OEA para obter um diploma de mestrado no Instituto Pratt de Nova York, em Comunicação Visual e Tipografia. Entre estudar e trabalhar, passei 6 anos lá, retornando ao Brasil em 2002. Durante os 6 anos de volta ao Rio, trabalhei em uma Consultoria de Branding e em uma Agência de Design Experiencial para clientes como P&G, Nokia, Natura Cosméticos e Petrobras Petróleo. Em 2007, mudei para Londres para me juntar à Landor Associates, desenvolvendo sistemas de identidade de marca para clientes como a British Gas, a Sony, a KLM, a Jet Lite e a Ernst Young.
Em 2011, juntei-me a The Coca-Cola Company para criar um Centro de Excelência de Design em sua unidade de negócios no Brasil e depois me mudar para a sede em Atlanta em 2015 para desenvolver as capacidades do Design Thinking em 207 países do mundo.
Em 2019, cheguei à Danone EDP para formar sua primeira equipe global de design e evangelizar uma nova Design Vision em todo o mundo." — Cristiana Grether
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Adesigner carioca Bea Feitler teve uma carreira meteórica: aos 25 anos, tornou-se codiretora de arte da Harper’s Bazaar, a revista de moda mais prestigiada dos Estados Unidos, que conduziu por mais de uma década em companhia de fotógrafos do porte de Richard Avedon.
Esse foi o trampolim para que Bea se tornasse uma das diretoras de arte mais influentes do cenário norte-americano, produzindo livros, revistas, cartazes, capas de discos e livros para personagens tão influentes como os Beatles, a revista Rolling Stone, Helmut Newton, Os Doces Bárbaros, Diaghilev e os Ballets Russes e Jackson Pollock. Não é nenhum exagero dizer que Bea esteve, em muitos momentos, no olho do furacão pop
que sacudiu o país desde meados da década de 1960 até fins dos anos 1970.
BBEA fEITLE TRAJE-
TÓRIA
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"Uma revista deve fluir. Ela deve ter ritmo. Você não pode olhar para uma página sozinha, você tem que visualizar o que vem antes e depois. Um bom design editorial é principalmente sobre como criar um fluxo harmônico."
EA ER fEITLBEAER
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Designer formada pela PUC-Rio, concluiu o mestrado em Visual Communication no Pratt Institute, em Nova York, com outstanding merit. Tem especialização em Branding na Kellogg School of Management em 2008 e, em 2015, formou-se no curso OPM (Owner/President Management Program), na Harvard University.
Fundou a agência Ana Couto em 1993, com a proposta de trabalhar o Design como ferramenta para construir marcas fortes. Desde então, expandiu a oferta da agência para um serviço integrado, que vai da Estratégia de Marca à Propaganda. Trabalha no desafio de negócio dos clientes, alinhando sua visão de integrar Marca e negócio com a construção de valor efetivo para os projetos da agência, envolvendo o time com mais de 80 profissionais, multidisciplinares e com diferentes backgrounds.
É referência em Branding no Brasil e constrói, há mais de 25 anos, valor de Marca para clientes como BASF, Beach Park, Buscapé Company, Caixa Seguradora, Youse, Itaú Unibanco, P&G, Rio Galeão, Rosa Chá, Vinci Partners, Teleperformance, entre outros.
Autora de publicações internacionais em livros especializados, seu reconhecimento também é refletido em prêmios como Wave Festival (2011); IDEA Brasil (2011, 2013 e 2014); Profissional do Ano de Comunicação – Design, pela Associação Brasileira de Propaganda (2013), entre outros. Também é jurada em diversas premiações internacionais como Festival de Publicidade de Cannes, D&AD Awards e ADC Annual Awards.
Em 2015, lançou a LAJE, plataforma de inovação com o objetivo de criar um novo mindset de negócios no Brasil.
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Quando ninguém falava sobre branding, há 13 anos, uma designer brasileira - vinda de uma temporada de cinco anos nos Estados Unidos trazendo na bagagem um mestrado em Comunicação Visual no Pratt Institute de Nova Iorque e o conceito de construção de marcas - criou um mercado e se consolidou como uma das maiores empresas de branding do Brasil. Estamos falando de Ana Couto Branding & Design (ACBD), com escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro. Se antes as empresas no Brasil viam o design como algo estritamente autoral, sem visão no negócio, Ana Couto mostrou que a marca é um grande propulsor do negócio. O desenho puro e simples passou a ter caráter estratégico.
"“AS MARCAS SÃO COMO AS PESSOAS. SE NÓS NÃO SABEMOS, ENQUANTO PESSOAS, QUAL É O NOSSO PROPÓSITO, PORQUE NÓS EXISTIMOS, OU QUAL O NOSSO PAPEL NA VIDA, COM CERTEZA NÓS VAMOS TER UMA TRAJETÓRIA UM POUCO MAIS VOLÁTIL NA NOSSA CONSTRUÇÃO DE VIDA, DE VALORES E REPUTAÇÃO. E NO FINAL, É SOBRE ISSO QUE ESTAMOS FALANDO.” Ana Couto, CEO da Agência Ana Couto
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GGoya Lopes é uma designer têxtil e artista plástica brasileira. Nasceu em Salvador, Bahia e formou-se em Belas Artes, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Através de uma bolsa de estudos, teve a oportunidade de estudar design em Florença, na Itália. De volta ao Brasil, desenvolveu projetos para algumas empresas de São Paulo. Em 1986 criou a marca Didara Design Goya Lopes, com um conceito artístico que usava a estamparia para contar a história da ancestralidade afro-brasileira. Em 1993 ganhou o prêmio Museu da Casa Brasileira. Em 2008 apresentou a exposição “Ancestralidade Africana no Brasil” em Chicago, cujos desenhos e textos compõem o livro “Imagens da Diáspora” em coautoria com o escritor Gustavo Falcón, publicado pela Solisluna Editora em 2010, ano em que lançou a marca Goya Lopes Design Brasileiro.
Goya é uma das pioneiras a trabalhar de maneira criativa com a moda afro-brasileira. Ela conta histórias através de estampas. Desde a descoberta, quando criança, de que tinha uma maneira diferente de desenhar, foi motivada por familiares e professores a seguir seu caminho criativo. Ao se formar como artista plástica e designer, se deparou com um mundo globalizado e foi neste momento que teve que adaptar sua estratégia de ser empresária, para estar no mercado em formação na época.
A designer tem o dom de desenvolver um padrão de estamparia que tem personalidade própria, um trabalho autoral que dialoga com as raízes africanas, indígenas e passeia com leveza pelo universo da cultura europeia e a brasileira. A contribuição desse trabalho pioneiro da moda afro-brasileira abriu caminhos para a discussão de um novo contexto no campo da moda. Um trabalho construído ao longo de mais de trinta anos, tendo ganhado projeção internacional. Goya tem em seu acervo mais de mil criações, em desenhos e estampas com um selo brasileiríssimo, traçadas, coloridas e enlaçadas numa linguagem e apelo universais.
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Éformada na graduação pela EBA/UFRJ e mestra em Design pela PUC-Rio, onde desenvolveu pesquisa sobre publicações híbridas e novas formas de leitura. Ela atravessou o Atlântico para estudar os mestres do design holandeses na Willem de Kooning Academie em Rotterdam, Holanda. Atualmente mora no Rio de Janeiro e atua como professora de design e ilustração no Crehana e na Miami Ad School desde 2019.
“Estudei design e ilustração como bolsista do programa Ciências Sem Fronteiras durante um ano na Willem de Kooning Academie, nomeada em homenagem ao ex-aluno pintor, em Rotterdam, na Holanda. Foi uma experiência que mudou minha vida profissional e pessoalmente. Os holandeses têm um método de ensino que combina com o desbravamento dos mares. Conciliam erro e experimentação, testam sem medo, estão sempre à procura de algo que não dá pra explicar. São ousados e divertidos. Acrescentei tudo isso ao meu processo criativo".
— Paula Cruz
É criadora do Modernismo Funkeiro, projeto que une a irreverência do funk com a sobriedade do design modernista numa série de cartazes tipográficos. Já trabalhou para clientes como Google, Descomplica, Editora Morro Branco, O Globo e Youtube Brasil. Paralelamente ao trabalho e estudos, constrói projetos autorais que unem design, ilustração e pesquisa, tais como livros, cartazes e quadrinhos.
A artista entende seu trabalho como colaboração com causas nas quais acredita.
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Milena Cabral
ilena Cabral, formada em Publicidade e Propaganda pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Antiga diretora de arte na equipe Pantynova, com passagem também por empresas como BETC São Paulo e Suno United Creators.
Milena Cabral M
Nasceu e cresceu no interior do Mato Grosso e inicialmente cursou Psicologia em seu estado-natal. Em 2012, no entanto, decidiu se mudar para o sudeste. O motivo da mudança se deu justamente por Milena ter se encontrado no mundo artístico do design e decidido iniciar uma graduação no curso de Publicidade e Propaganda da faculdade ESPM na unidade do Rio de Janeiro. Milena morou no Rio por seis anos, onde também teve a oportunidade de aprimorar seu conhecimento em design e direção de arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2019 veio para São Paulo, onde vive até então.
Milena Cabral participou na produção e concepção do case herShe, da BETC Havas para Hersheys, que levou o prêmio Leão em Industry Craft no Cannes Lions de 2020/2021.
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Heloísa Etelvina Fonseca é uma artista gráfica graduada em Gravura pela Escola de Belas Artes da UFMG com mestrado em Artes Visuais pela Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Ela se dedicava aos estudos em gravuras quando conheceu e se apaixonou pelos tipos em madeira. Desde que iniciou a sua coleção de tipos, clichês e ornamentos a designer e artista dedica boa parte do seu tempo livre a experimentações gráficas utilizando o seu prelo, de onde já saíram diversos impressos como pôsteres, estampas, experimentações de produções independentes e até mesmo uma coleção especial de selos para o INHOTIM.
A disponibilidade desses materiais garante a grande parte das suas produções uma identidade especial e única, que retoma o fazer manual e evita envolver o uso do computador em seu processo. O pensamento de que gambiarra diferencia, em certa medida, os trabalhos brasileiros e a crença na nossa capacidade de construir projetos incríveis, mesmo com o mínimo recurso disponível, aliás, levou Heloisa a inovar nas matrizes dos seus impressos, que vão desde a caixinha de fósforo ao papelão recortado. Essa essência se revela, também, quando a artista gráfica prefere iniciar um projeto de estamparia à mão, ilustrando e pintando no papel e incluindo softwares, como o Photoshop, apenas nas etapas finais da produção.
“Se a gente pudesse, de alguma forma, levar o design para as outras áreas, sair do nosso mundinho, da nossa bolha, eu acho que seria uma grande transformação, de pelo menos metade dos perrengues que a gente passa dentro da área. Então, se eu pudesse mudar algo, seria isso: levar o conhecimento do que a gente faz, do valor e da importância, não só como detalhe estético, mas como formador de cultura, como formador de repertório visual, para outras áreas.” —
Heloísa Etelvina
HELOISA
ETELVINA
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Yasmin Ayumi
Yasmin é Designer Gráfica e Ilustradora.
Adentrou nesse mundo pela sua paixão em desenhar e utilizar programas gráficos. Ao longo de sua carreira, obteve ótimas experiências de trabalho que a ajudaram a desenvolver essas habilidades.
Realizou trabalhos para a Revista Mundo Estranho, Superinteressante, Editora Moderna, UOL, Somos Educação, entre outros.
Joice Moretto
Designer, educadora e ilustradora. Há onze anos ensinando ferramentas e conceitos de Design. Mestre em Design, especialista em docência. Ministra workshops, cursos e palestras. Conhecimento avançado em Design Gráfico; Tipografia; Branding; Planejamento visual; Metodologia; Público alvo; Criatividade; Desenho expressional; Esboço.
Sarah Caos
Designer gráfica, colagista e ilustradora, Sarah vive no estado de São Paulo e divulga seu trabalho na plataforma Behance, na qual possui 19 artes postadas. Além disso, Sarah também possui uma conta na rede social Instagram que conta com mais de 13 mil seguidores. Por meio das suas composições, a artista apresenta temas sociais atuais e traz figuras célebres de lutas por causas diversificadas.
Paula Fehper
Designer digital pelo Centro Universitário Senac, com contato nesta área desde 2009, Paula Fehper define-se como uma apaixonada por design e pela possibilidade de utilizar a criatividade para tornar vidas de pessoas melhores. Com foco em UX e UI busca entender desde programação até conhecimentos sobre relações humanas, temas fundamentais para a área de design digital. Interessada em jogos digitais, mobile, IoT e inovação de maneira geral. Mais de dez anos de experiência com design e tecnologia e oito anos com inovação digital. Paula trabalha na IBM como designer e especialista em UX. Durante sua graduação teve 2 anos de pesquisa científica em computação vestível e psicologia. Possui MBA em Marketing e Comunicação Digital (ESPM) e extensão em Negócios Internacionais (EADA Barcelona). Inicia sua carreira como desenvolvedora front-end e web designer, migrou para jogos e inovação (Microsoft Innovation Center) e posteriormente ingressou na IBM Research em seu Laboratório de Inovação (IBM Think Lab) como designer criando interfaces de conceito e interações para tecnologias emergentes (processo de design) e facilitando a dinâmica da inovação aberta (cocriações, hackathons, encontros). Atualmente trabalha com projetos de inovação e pré-venda (IBM Technology Garage) utilizando diversas técnicas desde UX Design até métodos ágeis.
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