Jornal de verão 2017 final

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Notícias da Malta A g r u p a m e n t o E s c o l a

B á s i c a

d e P r o f .

E s c o l a s D o u t o r

E n g . º

A n í b a l

D u a r t e

C a v a c o

P a c h e c o

S i l v a

Ano XX - n.º 71– julho de 2017

Festa Multicultural

Nesta Edição:

Encerramento do ano letivo 2016/2017

Festa Multicultural Pág. 2 Projeto EcoEscolas Pág. 8 Notícias da BE Pág. 10

Atividades do 1.º Ciclo Pág. 18 Texto Poético Pág. 22

O Bullying Pág. 42

Viagem de Finalistas do 9.º ano Pág. 44 Escrita Criativa Pág. 48

Comunidades de Aprendizagem Pág. 56 Pelo direito ao recreio e a brincar ao ar livre Pág. 62

EDITORIAL

Entrevista a…

Amigos Leitores

Pág. 65

FICHA TÉCNICA Equipa do Jornal Escolar

O Notícias da Malta vai de férias. Mas antes deixa-vos mais um conjunto variado de artigos para enriquecer os vossos tempos livres. Agradecemos o precioso contributo dos nossos colaboradores, que mais uma vez nos enviaram os seus magníficos trabalhos. No próximo ano, contamos com a participação de todos.

7 Cuidados a ter ao sol Pág. 66

Umas Boas Férias! A Equipa do Jornal Escolar

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Prof.ª Cidália David Prof.ª Virgínia Fernandes Colaboradores: Professores e Alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Agrupamento


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FESTA MULTICULTURAL No dia 4 de julho, pelas 21 horas, teve lugar a Festa Multicultural, na Escola Engenheiro Duarte Pacheco onde foram entregues as Medalhas e os Diplomas dos Quadros de Excelência, Valor e Mérito Desportivo. Pelo palco, passou também o talento de vários alunos do Agrupamento e ainda houve convidados. Aqui ficam algumas fotos do evento.

Tutti ensamble

Grupo de dança Romena/Moldava

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Banda (João Fernandes, Ema Baptista, Lúcia Custódio e Tomé Guerreiro)

Classe de Conjunto Coral do 2.º Grau

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Clube de Música de Boliqueime

Fado - Sara Silva

Dança - Clube de Teatro Laughing Team

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Entrega de diplomas aos Melhores Leitores da BE

Fado - Sara Silva

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Entrega de Diplomas aos Quadros de Excelência e Valor

Entrega de Diplomas de Mérito Desportivo

Entrega de Diplomas das Olimpíadas da Química Júnior 2017

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Dança Hip Hop pela aluna Carolina Carvalho

Piano - Instrumental pela aluna Ema Baptista

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Projeto Eco-Escolas - Festa Final de Ano 2 de junho

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25 de abril... história de uma flor

A história do 25 de abril contada por Matilde Rosa Araújo encantou os nossos alunos. Nas ruas havia flores vermelhas por toda a parte. No peito das mulheres, dos homens, nos olhos das crianças, nos canos silenciosos das espingardas. Nem era uma guerra, nem uma festa. Era o mundo de coração aberto.

Depois da história, os alunos pintaram cravos.

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A minha professora é um monstro O Fred tem um grande problema na escola. Esse problema chama-se Dona Lurdes. A Dona Lurdes fala alto, grita e não deixa ir para o recreio quem atira aviões de papel dentro da sala de aula. A Dona Lurdes é um MONSTRO! Mas um dia, o Fred encontra a Dona Lurdes sentada num banquinho do seu jardim preferido e algo muda. Afinal, nem sempre os monstros são o que parecem... Um livro sobre as várias formas que os professores podem ter aos olhos dos alunos. Os nossos alunos adoraram esta história.

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Frederico, o poeta Uma família de ratos recolhe provisões e todos trabalham, todos exceto o rato Frederico, que aparentemente não faz nada. Mas, ele também aprovisiona: raios de sol, cores, palavras...

Notícias da BE

Quando chega o inverno, comprova-se que o seu trabalho poético foi imprescindível para os ratos suportarem melhor a crueza da estação. Os alunos trabalharam questões relacionados com o vocabulário da obra e realizaram uma atividade de texto pontilhado. Também fizeram ilustrações lindíssimas da obra.

Polegarzinha

No âmbito da Educação Literária, os alunos do 4.º Ano ficaram maravilhados com a história Polegarzinha de Hans Christian Andersen. A Professora Bibliotecária partilhou com os alunos ilustrações de um livro editado em 1975, cujas ilustrações maravilharam os alunos.

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Foi usada a ferramenta digital Educaplay para realização de atividades de compreensão da história.

Concurso Musical A BE Lídia Jorge continua a promover concursos em diferentes áreas. Um dos concursos com mais participação é o de música, dinamizado pela Professora Filomena Pires. 3.º Prémio

2.º Prémio

1.º Prémio

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O Gigante egoísta

Notícias da BE

Este livro magnífico de Oscar Wilde encantou os alunos do 4.º Ano. Depois de ler a obra, os alunos tiveram a oportunidade de fazer um pequeno jogo no kahoot. Para finalizar a atividade, os alunos enriqueceram o Kahhot com algumas questões da sua autoria.

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Um dia, um guarda-chuva

O destino de muitos guarda-chuvas é perderem o dono. Felizmente, a sensação de abandono é sempre “sol de pouca dura”, pois os guarda-chuvas perdidos depressa encontram novos proprietários (desesperados e quase sempre encharcados...), que depressa lhes devolvem a utilidade. Ao guarda-chuva deste livro aconteceu algo parecido: ficou esquecido num autocarro e foi passando de mão em mão, descobrindo novos donos e também novas funções. Nós também descobrimos novas funções...

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Ciência na BE - Lançamento de foguetes

Notícias da BE

Ao longo do ano letivo, a BE promoveu diversas atividades na área das Ciências. A última atividade foi o lançamento de foguetes. Depois da recolha de garrafas de água, os alunos do Pré-escolar, com a ajuda do Professor Alexandre Vieira, reciclaram-nas e fizeram foguetes. Foi fantástico!!!

Semana da Multiculturalidade

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A Equipa da BE, na pessoa da Professora Mónica Pereira, promoveu a Semana da Multiculturalidade. Houve uma exposição sobre os países da Europa, com os monumentos mais emblemáticos de cada país e fotoplacards. Foi ainda realizado um Peddy paper que envolveu todos os ciclos de ensino da escola.

Final do Concurso Há Talento na BE Decorreu no dia 31 de maio, na BE, a final de mais um Concurso Há Talento na BE. As vencedoras foram: Dança Carolina Lima e Daniela Dias Instrumento Vera Kuzmik (piano) Canto Sara Silva

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EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS DO 1.º CICLO NA CERCA VELHA - LOULÉ De 22 a 26 de maio, na Cerca Velha, Loulé, vão estar expostos alguns dos trabalhos dos alunos do 1.º Ciclo da nossa Escola.

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Dia da Mãe Por ocasião do Dia da Mãe, os alunos do 4.ºD pintaram desenhos, elaboraram certificados e, pendentes para fios. Os pendentes foram feitos com fechos de metal. Os trabalhos foram o orgulho das Mães.

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O Projeto – Recriação de uma obra de Juan Miró - «O galo»,

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foi desenvolvido pela turma D do 4.º ano, no 3,º período escolar, em parceria com a professora Rosalinda Lourenço. O projeto iniciou-se com a visualização de um filme/ imagens sobre a vida e obra de Juan Miró. Seguidamente, foram desenhadas e ampliadas, em papel cenário, as linhas de «O Galo». Nas aulas seguintes, visualizou-se o PPT “ El Gallo, JUAN MIRÓ”. Depois, os alunos decoraram de forma criativa e pessoal, as quadriculas correspondentes ao quadro, com o recurso a vários materiais recicláveis. Finalmente, procedeu-se à montagem do puzzle, bem como à construção da moldura do quadro, em cartão. Este quadro irá ser, posteriormente, afixado no corredor do 1.º Ciclo.

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O Texto Poético A propósito do estudo do texto poético, as turmas do 5.ºA, 5.ºB e 6.ªA escreveram poemas n as aulas de Português em articulação com Educação para a Cidadania. Aqui ficam alguns deles.

Pensa diferente O mundo devemos preservar Para o ajudar Com a poluição devemos acabar É preciso colaborar! A Terra é o nosso lugar Nada melhor para habitar Ouvir os pássaros a cantar Ouvir as ondas do mar Ouvir o silêncio e relaxar Disfrutar das maravilhas Da Natureza Todos gostam Com certeza E o que fazes para a ajudar? Já paraste para pensar?

Leonor Santos, n.º9, 5.ºA

A nuvem Neste infinito céu Nem uma ovelhinha há Estão escondidas Ou foram passear! Será que na noite chegam Perto das luzes brilhantes, Ou vão dormir e voltam logo no amanhecer para alegrar o dia? Laura Estrela, n.º8, 5.ºA

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Amar o Ambiente Amar o Ambiente O Ambiente Tê-lo no coração Não fazer poluição Dar-lhe a nossa mão Amar o Ambiente O Ambiente Torná-lo diferente Com mais pureza no ar Com os pássaros a cantar Amar o Ambiente O Ambiente Pedimos a toda a gente Por favor seja prudente Proteja o Ambiente. Amar o Ambiente O Ambiente Tê-lo no coração Não fazer poluição Dar-lhe a nossa mão La la la la la la La la la la La la la la la la La la la la la la la la La la la la la Amar o Ambiente O Ambiente Pedimos a toda a gente Por favor seja prudente Proteja o Ambiente.

Poema escrito por Beatriz Costa, Mariana Cruz e Gabriel Coelho Notícias

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A paz no mundo Viver em harmonia É o que todos procuramos Num mundo com alegria Onde todos nos amamos

O ser humano destrói e engana Sem pensar nas consequências Vive de conquistar e construir Só ligando as aparências

Temos de preservar o mundo Os sentimentos e a natureza Dar valor ao que vem de dentro Pois é ai que esta a beleza

O mundo é maravilhoso Devemos trata-lo muito bem Pois é a única casa Que o mundo tem Carolina Carvalho, n.º2, 5.º A

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Olá, eu sou a Carolina Olá, eu sou a Carolina Olhem, eu sou uma traquina Gosto de estar com as minhas amigas Pois elas são as mais queridas. Adoro dançar Transmite alegria E muita energia. Estou sempre a saltar Adoro ajudar O meu sonho é estudar E trabalhar Medicina Sei que me vai custar Mas eu vou-me esforçar Carolina Carvalho, n.º2, 5.º A

V de Vale Covo Em Vale Covo sempre vivo, Com vaidade isso digo. Em Vale Covo há videiras, Várias velhas oliveiras. E sempre verdadeiro é o povo, Que vive aqui em Vale Covo. Vera Kuzmik

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V de Vilamoura Vilamoura Vila verde Verde dos relvados Gosto de viver em Vilamoura No verão ir à praia No outono varear as oliveiras No inverno ver a chuva a regar a relva Na primavera ver o voo das aves Muitos turistas visitam Vilamoura E ficam com vontade de cá voltar. Carolina Carvalho, n.º2, 5.º A

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EC - 6ºA

Victória Ponte, 6.ºA

Ajudar o Planeta Ajudar o planeta É o nosso dever Se não poluíres Vai vê-lo renascer. Ajudar o planeta É a nossa missão Melhorar o ambiente Ajuda o coração. Ajudar o planeta É a nossa obrigação Por isso contribui Não faças poluição.

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Reciclagem Neste dia especial Nós vamos reciclar Com a ideia fundamental De o planeta ajudar.

O papel no azul O plástico no amarelão O vidro no verde As pilhas no pilhão.

Se tu contribuíres O mundo será melhor Mas se tu o poluíres Haverá lixo a teu redor. Leonor Rosa 6.º A

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RECICLAGEM ECOPONTO, QUE ÉS VERDE E TENS MUITOS VIDROS ESTÁS SEMPRE ENCOSTADO À PAREDE E NÃO POLUIS O RIO.

O AZUL GOSTA DE PAPEL SEJA ELE FINO OU GROSSO ATÉ O DO PAINEL JOGADO PELO MOÇO.

AMARELO, ÉS ESPECIAL BEBES ÁGUA DAS GARRAFAS TAMBÉM GOSTAS DE METAL ASSIM É QUE TE SAFAS. Maria Afonso N.º

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Os Santos Populares Santo António beijoqueiro Que só cheira a manjerico já que és casamenteiro casa - me com um homem rico

Santo António, São João São Pedro na folia É assim o mês de junho Há festa todo o dia

São João de martelinho Não se cansa de bater Quando tem o alho-porro Põe toda a gente a correr

São Pedro para acabar Quando a gente está cansada Pede-nos para sentar E comemos a sardinhada.

Maria Afonso, 6.ºA

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Reciclagem Temos de contribuir Para um mundo melhor Continuemos a sorrir Senão fica pior

Olha para as cores Dos contentores Para ajudar Basta reciclar

Papel é no azul Plástico no amarelo Vidro no verde Não recicles um chinelo

Olha para as cores Dos contentores Para ajudar Basta reciclar

Joana Rocha n.º14 Maria Leonor Rodrigues, n.º 22 6.ºA

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Gabriel Gonçalves, 5.ºA

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Poesia Visual

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Martim Café, 5.ª B

Daniela Dias, 5.ª B

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Marfalda Coelho, 5.ª B

Filipa Coelho, 5.ª A

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João Rolo, 5.ª B

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Beatriz Costa, 5.ºA

Carolina Carvalho, 5.ºA

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Carolina Lima, 5.ºB


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Leonor Santos 5.ºA

Leonor Inácio, 5.ºA

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Jessica Sellars, 5.ºA

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Gabriel Gonçalves, 5.ºA

Muriela Silva, 5.ºA

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O Quico não saiu para o recreio. Os amigos, preocupados, foram procurá-lo. Encontraram-no num canto, sozinho e triste. E chamaram o Psicólogo Manuel. Ele, sim, poderia ajuda-lo. Psicólogo - Olá, Quico! dizer o que se passa?

Queres -me

Quico - Eu nunca mais vou lá para fora. É sempre a mesma coisa... Todos gozam comigo por eu ter o cabelo espetado e por ter sardas na cara. E chamam-me nomes feios. Dizem: "Lá vem o dentuças!” E eu agora tenho muita vergonha. Psicólogo – Olha, Quico, vou preparar um bilhetinho para ti e para os teus colegas que sentem o mesmo que tu.

BILHETE:

A escola é um lugar onde deves sentir-te seguro e feliz; Há muitas pessoas que gostam de ti exatamente como tu és. E para elas tu és muito importante; Não sofras em silêncio; Fala com os teus pais acerca do que está a acontecer na escola, dos problemas que tens com os teus colegas, que te rejeitam e magoam; Diz-lhes como te sentes. Eles conhecem-te bem, amam-te e com certeza poderão ajudar-te; Conversa com o teu professor e conta-lhe o que se passa; Tenta ignorar as ofensas e os comentários "menos bonitos"; Lembra-te que ninguém tem o direito de te fazer sentir mal contigo próprio. O problema não está em ti, mas sim naqueles que te maltratam. Anima-te, Quico!

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O “bullying”

é caracterizado por violência intencional que se verifica entre crianças e adolescentes. Traduz-se em maus tratos físicos e psicológicos. O “bullying”, por reflexo das múltiplas e complexas mudanças sociológicas, tem assumido proporções preocupantes e nem sempre é detectável pelos Pais e Professores. Através de práticas continuadas de intimidação psicológica ou física, o “bullying” é exercido por alunos mais velhos, ou fisicamente mais fortes, sobre os mais novos ou menos capazes de se defenderem, podendo decorrer entre grupos ou individualmente. Nota: Há uma enorme diferença entre o bullying – um comportamento maléfico de humilhação sistemática – e as pequenas brincadeiras e piadas entre colegas – comportamento de interação saudável.

Como enfrentar o problema? Crianças/jovens alvos de "bullying": Aconselhe-as a ignorar as alcunhas e as intimidações morais, a cultivar amizades com colegas não agressivos, a evitar os locais de risco na escola e a apresentar queixa aos professores, sempre que necessário. Se possível, fale com a direção da escola ou com um professor que lhe pareça mais sensível ao problema e que possa acompanhar a situação. Crianças/jovens autores de “bullying": Evite castigos e punições físicas, que só desencadearão mais violência! Aconselhe-os a controlar a sua irritabilidade e a ocupar os tempos livres com actividades lúdicas de que gostem (desporto, jogos, música). Explique -lhes, insistentemente e ao longo do tempo, que a amizade com pessoas de diferentes personalidades pode trazer benefícios e aprendizagens úteis. Crianças/jovens testemunhas de atos de "bullying": Encoraje-as a intervir em defesa da vítima, fazendo queixa a um professor e não sendo conivente para com o agressor, de modo a tentar desencorajá -lo. Todos devemos identificar a tratar o problema em tempo útil, envolvendo agressores, agredidos, testemunhas, professores e pais, é, portanto, essencial, como forma de prevenção e redução de casos deste flagelo social. Alberto Gonçalves Delegado de Segurança

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Viagem de Finalistas do 9.º Ano

As turmas A,B e C do 9º ano foram até ao Parque Aventura, em Óbidos, nos dias 30 de junho e 1 e 2 de julho. Os 35 alunos divertiram-se imenso como ilustram as fotos que se seguem. No Parque, os alunos puderam participar em várias atividades como escalada, paintball, high ropes, tiro com laser, light zone disco, batismo de mergulho, rappel, resgate e slide. A abrir as atividades as turmas foram até às Caldas da Rainha onde realizaram com bravura e destreza provas de automobilismo no Kartódromo dessa localidade. As refeições no Parque foram sempre muito variadas e abundantes, com jantar na Pizzaria. No final, ainda foi possível fazer uma visita turística à vila antiquíssima de Óbidos.

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Fotos antigas inspiram Histórias de Vida

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A Leiteira de Cacela Velha

Escrita

Chamo-me Maria Antónia Fontes Guerreiro e nasci em Cacela Velha, no dia 15 de abril de 1943.

Criativa

Todos os dias me levanto às quatro horas da manhã para começar a ordenhar as vacas, com as minhas duas irmãs, Júlia e Rosa. Este é

Os alunos da professora Dulce Rodrigues receberam mais um desafio de escrita nas aulas de apoio.

um hábito que já os meus falecidos pais, José Guerreiro e Marieta Fontes, criaram há muitos anos, pois na aldeia onde nasci as pessoas não tinham muitos estudos. Eu e as minhas irmãs temos apenas a primeira classe, porque

Os textos foram feitos a partir da seleção de uma fotografia antiga, de entre várias que lhes foram fornecidas. Depois de escolherem a fotografia, os alunos tinham de inventar uma "história de vida" para uma ou mais pessoas retratadas. As fotografias que acompanham os textos são as que lhe deram origem.

tivemos de começar a trabalhar muito novas. O nosso trabalho é vender leite, o que quer dizer que todas as manhãs vamos com a nossa carroça até à cidade, vendê-lo às casas das pessoas. Juntamente com o leite levamos também frutas e legumes, que cultivamos na parte da tarde, na nossa horta. Cultivamos laranjas, melão, melancia, alface, feijão, tomates e batatas. O nosso negócio vai dando lucro, porque as pessoas preferem comprar os alimentos caseiros aos do supermercado. Elas adoram os nossos frutos e legumes, porque não têm produtos químicos e são muito mais saudáveis e saborosos. Agora passo a contar um pouco mais sobre a minha vida pessoal. Começo por dizer que sou viúva. O meu marido era um homem muito trabalhador, passava o dia inteiro sem tirar os olhos da terra. Juntamente

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meu marido tive dois filhos. A minha Mariana, que tirou um curso de medicina e foi trabalhar para Lisboa e o meu João, que é pai de três lindas meninas e que tirou um curso de advocacia e ficou a viver em Tavira.

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Desde que os meus filhos saíram de casa, comecei a viver com a minha irmã Júlia, que nunca se casou. Quando acabamos o nosso trabalho na horta, eu e a Júlia, vamos para a nossa casa. Normalmente, depois de fazermos o jantar, costumamos jogar às cartas, ver a telenovela e às vezes, ao fim de semana, o meu filho vem deixar a minha neta Joana para lhe ensinar a fazer croché. As minhas duas outras meninas, Diana e Inês, como ainda são pequeninas ficam a jogar às cartas com a tia Júlia. Esta é a minha vida, cheia de trabalho, por vezes, cansaço e dores, mas estou rodeada das pessoas que mais amo e não trocaria esta vida por mais nada neste mundo! Trabalho realizado por: Beatriz Baião Mendes, Nº4, 8ºB

O Ardina Lembro-me de quando eu tinha mais ou menos doze anos, vinha aqui todos os dias a este sítio vender o jornal diário. O sítio eram as ruas da baixa pombalina, em Lisboa. Todos gritavam “Carlos, quero o jornal!”. Neste momento tenho 71 anos e vou-vos contar a parte da minha vida que mais me marcou. Foi entre os oito e os doze anos. Meu pai, Aníbal Silva, era muito duro com a minha mãe, Cidália Sousa, e com minha irmã mais velha, Maria Silva. Minha irmã nunca gostou da escola, por isso, o meu pai logo que acabou a primeira classe tirou-a da escola e meteu-a a trabalhar junto com a mãe. Eu, como era rapaz, naquela altura meu pai nem pensou meter-me na escola. Queria que eu aprendesse a trabalhar como ele.

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Mas eu sabia que a escola era muito importante para o que eu queria ser no futuro. Eu queria ser alguém na vida. Pensei em ir à escola sem o meu pai saber. Minha mãe também estava de acordo e assim o fiz. Melhor aluno que eu não havia na turma, tinha quase sempre as notas máximas nos testes. Mas um dia, meu pai apercebeu-se de que algo estava errado comigo, porque eu passava a maior parte do tempo fora da casa. Até que uma certa tarde ele decidiu seguir-me para ver o que eu fazia nesse tempo todo fora de casa. Eu também me apercebi que ele estava nas minhas costas. Por isso, decidi não ir à escola nesse dia para ver se conseguia esconder o meu grande segredo. Eu sabia que se ele descobrisse era um escândalo total na minha casa. Mas de repente encontro-me com um dos meus professores, que começa a falar comigo. Nessa altura meu pai aproximou-se, como se estivesse a passar ali por acaso e perguntou: – “Filho, quem é este homem?”. Nesse momento, o meu mundo caiu, porque o meu professor contou-lhe tudo. Mal cheguei a casa, meu pai começou a chatear-se e a darme porrada porque eu lhe tinha escondido uma coisa daquelas. Minha mãe, com as lágrimas nos olhos, implorando para ele parar, que a culpa tinha sido toda dela. Mas meu pai nem quis saber. Tirou o cinto e começou a dar na minha mãe também. Nesse momento estava mesmo muito aflito, porque sabia que tudo tinha acontecido por minha culpa. Eu tinha sido teimoso e não tinha ouvindo o meu pai quando ele disse “ Não, tu não vais à escola! “. Assim, meu pai castigou-me. Um mês sem ir brincar com meus amigos e, durante esse mês, vender jornais para ganhar minha própria comida. E foi assim que comecei a ser ardina. Marco Bejenariu, n.º9, 8º B

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A Oleira de Vila Verde Todos os dias passo pelo mercado de Vila Verde para fazer as minhas compras, e sempre que lá vou passo pela antiga parte da olaria, que foi agora substituída por um local onde se vende roupa. E por que razão o faço? Bem, sinceramente, nem eu sei bem. Acho que foi porque fiz uma espécie de promessa a mim própria. Devem estar já a achar que sou maluquinha ou algo do género, mas para não seguirem esse tipo de pensamento, vou então contar-vos uma história de vida de alguém que gostei muito de conhecer. E esse alguém é o motivo pelo qual passo sempre pela antiga parte da olaria, apesar de agora já não existir lá nada. Antes de começar a falar da pessoa pela qual estou a escrever, deixem-me fazer uma pequena introdução de mim mesma. Chamo-me Alice Almeida, tenho quarenta e quatro anos, sou divorciada e tenho um filho, fruto da minha relação com o meu ex-marido. Vivo atualmente em Vila Verde. E adoro objetos feitos de barro. Isto pode parecer-vos uma informação insignificante, mas mais à frente irão entender o porquê de a ter dado. Tal como agora, todos os dias passava pelo mercado de Vila Verde para tratar das compras. Na altura ainda não estava divorciada do meu ex-marido, mas as coisas já não estavam a correr bem. Houve um dia em que ele chegou a casa muito bêbado e acabou por destruir, de propósito, todos os objetos de barro que eu tinha em casa e tanto estimava, apenas para me provocar. O que vou confessar agora pode ser um pouco ingénuo, mas esta foi uma das principais razões pelas quais eu me divorciei do meu marido. Depois de me divorciar, mudei de casa e decidi mudar de vida. Uma das minhas primeiras decisões já devem ter adivinhado qual foi: comprar novos objetos de barro. Então, numa das minhas visitas diárias ao mercado, passei, pela primeira vez, na parte da olaria. Observei com calma todos os objetos de barro, escolhi-os e depois fui pagar. Quem vendia aqueles objetos era uma senhora já de uma idade bastante avançada. Mas o que mais me chamou à atenção foram os seus olhos, e o quão tristes eles eram. Depois de ter pago as minhas coisas fui-me embora, mas não pude deixar de pensar naquela senhora. Uma semana depois e lá estava eu de novo no mercado. Daquela vez não precisava de ir fazer compras. Passei apenas pela parte onde estava a velhinha dos olhos tristes. Não sei o que me deu naquele dia para ir conversar com uma estranha sem mais nem menos, pois sempre fui um pouco tímida. Acho que foi porque me identifiquei com aqueles olhos, pois ainda não tinha superado o divórcio e, pior ainda, o facto de ter perdido a guarda total do meu filho. Quando cheguei, a senhora esboçou um pequeno sorriso. Sorri-lhe também. Enquanto ia observando o que ali se vendia, comecei a conversar com ela. Passados cerca de dez minutos, a senhora convidou-me a sentar e a conversar mais um pouco com ela. Aceitei. E a partir desse dia, durante quase dois anos, passei a ir lá todos os dias para conversar com a senhora. E foram estas conversas amenas que me fizeram esquecer os meus problemas e que me animavam todos os dias.

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Uma semana depois e lá estava eu de novo no mercado. Daquela vez não precisava de ir fazer compras. Passei apenas pela parte onde estava a velhinha dos olhos tristes. Não sei o que me deu naquele dia para ir conversar com uma estranha sem mais nem menos, pois sempre fui um pouco tímida. Acho que foi porque me identifiquei com aqueles olhos, pois ainda não tinha superado o divórcio e, pior ainda, o facto de ter perdido a guarda total do meu filho. Quando cheguei, a senhora esboçou um pequeno sorriso. Sorri-lhe também. Enquanto ia observando o que ali se vendia, comecei a conversar com ela. Passados cerca de dez minutos, a senhora convidou-me a sentar e a conversar mais um pouco com ela. Aceitei. E a partir desse dia, durante quase dois anos, passei a ir lá todos os dias para conversar com a senhora. E foram estas conversas amenas que me fizeram esquecer os meus problemas e que me animavam todos os dias. Nos dias piores, aguardava ansiosamente pelo fim do dia para sair do trabalho e ir ao mercado conversar com ela. Esta senhora chamava-se Gertrudes de Almeida Pires Cavaco. Nasceu no dia 24 de julho de 1937, em Vila Verde, e tinha 88 anos. Tinha uma irmã gémea e era filha de um casal que se amava muito. Em pequena era uma rapariga muito traquina, ao contrário da sua irmã gémea. De igual tinham só mesmo o físico, porque de resto, pelo que ela me contou, nada tinham a ver uma com a outra. Em pequena, Gertrudes adorava estar na rua a brincar com as suas duas amigas e a irmã. Fez várias asneiras e ela recordava-se de levar umas belas varadas, especialmente do pai. Apesar disso, a sua relação com os pais era boa. Gertrudes andou na escola até à 3ª classe. Depois disso, começou a trabalhar com os pais na agricultura e a ajudar a mãe a fazer olaria. Foi em criança que nasceu nela o gosto pela olaria. Casou aos 18 anos com um homem chamado Alfredo. Segundo ela, odiavam-se quando se conheceram, mas com o passar do tempo esse ódio transformou-se em amor. Ela disse-me que gostava de ter casado mais tarde, mas os pais queriam que ela se casasse o mais depressa possível, então “teve de ser” como ela dizia. A sua vida de casada foi uma vida muito feliz. A sua relação com o marido era uma relação óptima, davam-se muito bem. Tiveram dois filhos, um chamado António e outro chamado José. Uma espécie de tradição que eles tinham um com o outro era saírem da cama ao mesmo tempo e comerem as refeições sempre juntos. Certa vez Gertrudes tinha de se levantar muito cedo para ir ao poço buscar água, mas como o marido andava muito cansado naqueles dias, ela teve pena de o acordar. Então, levantou-se e fez as coisas sozinha sem o avisar. No entanto, atrasou-se. Quando chegou a casa, por volta do meio-dia, o marido estava sentado na mesa da cozinha com o pequeno-almoço por comer à espera dela, mas com os olhos amigos. Notícias

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Gertrudes sempre foi uma mulher muito apegada aos filhos. Quando eles se casaram, sentiu muito a sua falta e confessou-me que, na altura, sentiu um pouco de ciúmes das mulheres dos filhos por elas lhos terem “roubado”. Com o casamento dos filhos, vieram então os netos. No total teve seis netos, quatro raparigas e dois rapazes. Digamos que o nascimento destas crianças foi uma espécie de sol que se iluminou na vida de Gertrudes, tal como acontece com qualquer avó. Quando eles vinham da escola adoravam passar na casa dela e, como qualquer avó, tinha sempre alguma coisa para dar de comer aos netos. Mas a vida de Gertrudes não foi sempre um mar de rosas. No ano de 1973, a mãe de Gertrudes é diagnosticada com cancro da mama, acabando por morrer três meses depois do diagnóstico. Este ano foi um dos piores, senão o pior, da sua vida. Durante este tempo, ela foi-se muito abaixo e os seus maiores apoios foram sem dúvida os filhos e o marido. Passados os momentos mais difíceis, Gertrudes levava uma vida muito simples. Todas as manhãs acordava cedo com o marido. Tomavam o pequeno-almoço juntos e depois, enquanto ele ficava a trabalhar no campo, ela ia ao poço buscar água. Quando voltava, fazia o almoço e depois comiam. À tarde ficava a ajudar o marido a cavar e a plantar. Às vezes encontrava-se com amigas e ficavam todas em amena cavaqueira. Aos domingos ia à missa. Uns anos mais tarde, depois da morte da mãe, Gertrudes decidiu recomeçar a fazer olaria. No início era apenas um passatempo, mas o jeito que ela tinha para aquilo notava-se a milhas de distância e as pessoas começaram a interessar-se pelos objetos que ela criava. Então, de um passatempo fez-se um negócio e ela passou a vender os seus objetos de barro. No início era um negócio pequeno, vendia os seus objetos apenas à vizinhança e, de tempos a tempos, a alguém de um local próximo. Mas o tempo foi passando e a fama dos seus objetos foi crescendo e Gertrudes passou a vendê-los no mercado de Vila Verde. E foi nesse mesmo mercado que eu a conheci. Dessa altura, recordo-me dos seus olhos tristes, como referi no início deste texto. Vim a saber que a razão da sua tristeza tinha sido a morte do marido. Provavelmente foi o maior golpe que teve na vida. Ficou muito em baixo e pensou até em desistir do negócio da olaria. Conheci-a mais ou menos na mesma altura. Sempre me disse que se eu não tivesse aparecido, possivelmente, não teria ultrapassado a falta do marido. E eu, que sempre tive indícios de depressão, teria tido uma se não fosse esta senhora. Infelizmente, não tive a oportunidade de a conhecer mais cedo, pois tenho a certeza de que a minha vida teria sido muito melhor. Há cerca de duas semanas, ao passar pelo mercado, reparei que a velhota não estava a vender os objetos como de costume. Vim então a saber que estava doente. No início, pensei que fosse algo insignificante, mas a sua idade já avançada e a ausência prolongada fez-me temer pelo pior. E eis que veio então a notícia. Passadas duas semanas de ausência, perguntei aos vendedores que costumavam estar ao seu lado o que se tinha passado. A cara de tristeza deles fez-me antecipar a resposta. “- Então, ainda não sabes? A Gertrudes faleceu ontem à tarde.” Depois de ouvir estas palavras, o meu primeiro impulso foi sair dali. Comecei a correr até casa e fechei-me lá dentro. E chorei, chorei como nunca me lembro de ter chorado com a morte de alguém. A morte dela foi algo que demorei muito tempo a aceitar e, mesmo passado quase um ano, sempre que me lembro dela ainda me vêm as lágrimas aos olhos. Durante aqueles dois anos fomos, basicamente, o apoio uma da outra. E sou-lhe muito agradecida, porque graças a ela consegui ver uma luz ao fundo do túnel, mesmo quando tudo parecia estar a desmoronar. Mariana Bernardo, n.º 10, 8º B Notícias

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Obrigada, Fernanda! A Fernanda Almeida foi das melhores companheiras que já tive, mas infelizmente faleceu. Se estivesse viva faria hoje os seus sessenta e quatro anos. A Fernanda sempre foi uma rapariga muito feliz, mesmo tendo a vida que tinha: viúva e dois filhos para sustentar. Foi fantástica a forma como nada a impediu de ser feliz como era. Mas bem, o que vos quero contar é o que aconteceu naquele dia. No dia 19 de março de 1966, estávamos desanimadas, não estávamos a ter o sucesso que tivemos nos dias anteriores e ela ajudounos. http://restosdecoleccao.blogspot.pt De manhã, como sempre, eu (Maria), a Fernanda e a Isabel tínhamos ido buscar o peixe que, aparentemente, tinha acabado de chegar. Caminhávamos pelas ruas da Figueira da Foz, estava um calor desgraçado, ainda tínhamos bacalhaus por vender e os nossos pés já se queixavam das malditas dores. Nós não sabíamos o porquê da falta de sucesso naquele dia. Eu e a Isabel atirávamos ideias ao ar, aquilo estava a descontentar-nos, mas a Fernanda, mesmo assim, não desistiu. Ela continuou a puxar-nos e a dizer que íamos conseguir e que nos íamos livrar daquele maldito peixe que, cada vez mais, tresandava. Andámos, andámos, andámos e ninguém nos comprava nada. A Fernanda continuava a dizer a mesma coisa, mas até ela já estava a perder as esperanças. Mesmo assim não nos deixou desistir. Eu sei que para vocês não tem muita importância, mas nós tínhamos que vendê-lo, precisávamos do dinheiro para nos podermos governar. Quando já estávamos para desistir, avistámos uma praça com um grande número de pessoas e a Fernanda teve uma ideia. Ainda me lembro do que ela disse: - Veem! Eu bem disse que íamos conseguir. Uma pessoa não deve desistir, deve ir sempre até ao fim, mesmo que estejam quase quarenta graus na rua, os seus pés doam e tenha uns bons bacalhaus a cheirar mal. Mas agora ouçam-me com atenção. Maria, vai para perto daquela estátua e grita que tens bacalhaus frescos, acabados de apanhar. Isabel, faz o mesmo, só que vais para o lado esquerdo da praça. Eu também vou para aquele lado gritar que estão à venda uns bacalhaus bons e fresquinhos! E querem saber, resultou. Eu até ouvia os gritos que a Fernanda dava. No dia a seguir ela estava sem voz, mas todo aquele esforço foi, não só para nos ajudar, mas também para ter dinheiro suficiente para poder comprar comida para os seus filhos. Hoje estou muito agradecida por tê-la conhecido. Fernanda, obrigada por tudo! Teresa Dias Coelho, n.º 18, 8ºB

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Maria Fonseca, minha amiga Todos os dias acordávamos às cinco da manhã. Eu, Maria e Fernanda vivíamos em Coimbra, cidade na qual eramos lavadeiras. Apesar de ser uma profissão dura e bastante repetitiva, era muito importante na altura. Mesmo nos dias mais cinzentos, quando todos estavam de espírito em baixo, havia uma que estava sempre bem disposta: Maria. Maria Fonseca, filha de Arminda e José Fonseca, nasceu em Coimbra e lá viveu toda a sua vida. Apesar de ter estudado apenas até à 4ª classe possuía bastantes conhecimentos. Era muito inteligente e tinha uma forte personalidade. Era guerreira, empenhada, características que herdara da sua mãe. Desde pequena sempre sonhou ser professora. Mas os problemas financeiros limitaram o seu sonho. Todos os dias, de nós as três era a que ia sempre mais sorridente e alegre. Mesmo estando exausta, o sorriso não lhe faltava. Era como se ir buscar as roupas aos moradores e ir lavá-las ao rio Mondego fosse a sua recarga de energias. Apesar de nunca ter alcançado a profissão que sempre desejou, era feliz. Considerava que a coisa mais importante da vida era fazer feliz os que a rodeavam. Conhecemo-nos num dia em que ambas estávamos a lavar roupa no rio Mondego. Fomos amigas durante muitos anos. A Fernanda já era minha amiga e vizinha há vários anos. Tenho andado nas arrumações e acabo de achar uma fotografia em que estávamos as três com as nossas www.google.pt bacias de roupa à cabeça. Esta fotografia foi tirada há Lavadeiras – vintage Portugal by Aníbal Sequeira mais de trinta anos. Na altura, ela tinha trinta e eu trinta e três anos. Mesmo com o passar do tempo, ela continua a mesma pessoa. Há muita gente que com o passar dos anos vai mudando a sua opinião pessoal, a forma de ver as coisas e de pensar, mas esta minha amiga não é uma delas. Por causa disso e de muitas outras coisas tenho o prazer de considerar Maria Fonseca a minha melhor amiga. Tiago Silva, n.º 19, 8º B

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Comunidades de Aprendizagem

Sob a coordenação da professora Ana Paula Mestre, responsável pelo Projeto “Sustentabilidade e Criatividade: Educar para Aprender a (RE) Conhecer, (RE)Aproveitar e (RE)Criar”, realizou-se o evento intitulado “Comunidades de Aprendizagem”, em formato de feira, sustentado numa vertente pedagógica, ecológica, criativa e sustentável, cujo objetivo primordial pretendia apresentar as experiências e os artefactos concebidos pelos alunos. As turmas do 2.ºciclo envolvidas neste evento foram o 5.ºA/5.ºB/5.ºC e contou com a colaboração dos docentes de Português, Ciências Naturais, Matemática, Educação Visual e Educação Visual e Tecnológica. Um leque diversificado de temas e produtos compuseram este evento, com bancas temáticas de nomes sugestivos, aliciantes e gulosos contámos com a presença das seguintes: “ Verdes Matrimónios ” – Consorciação de Plantas em copos reciclados, acompanhados de desdobráveis explicativos sobre a temática em questão – colaboração do 5.ºA e dinamizado pelas professoras Sónia Fernandes, Virgínia Fernandes e Ana Paula Mestre;

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“ Encantos da Natureza ” – MicroVegetais, Germinado de Sementes, Flores Comestíveis, Chás e Aromáticas (acompanhado de desdobráveis explicativos) e Produtos da Horta – colaboração do 5.ºB e dinamizado pela docente Ana Paula Mestre; “ Ciclo do Cogumelo ” – Frutificação de Cogumelos em substrato de palha – colaboração do 5.ºB e dinamizado pela professora Ana Paula Mestre; “ Jardins Por Um Fio ” – Kokedamas de Plantas Aromáticas em casca de palmeira e musgo – colaboração do 5.ºB e dinamizado pelas docentes Ana Paula Mestre e Sónia Fernandes; “ Aromas da Terra ” – Sabonetes e Cosméticos confecionados com produtos naturais e livres de químicos – colaboração do 5.ºC e dinamizado pelas docentes Chantal Gomes e Ana Paula Mestre; “ Círculos Aromáticos ” – Círculos de Plantas Aromáticas – colaboração do 5.ºB e dinamizado pelas docentes Sónia Fernandes e Ana Paula Mestre; “ Pigmentos Naturais ” – Extração de Pigmentos Naturais a partir de flores e legumes e Confeção de Pincéis – dinamizado pela docente Annette Cebola e colaboração das turmas do 9.ºA/9.ºB/9.ºC;

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Na Horta às Quintas O despertar da consciência ambiental incita nos jovens uma significativa proximidade com a mãe natureza e um maior entendimento e respeito pelo planeta e pelos recursos existentes. A “Alma Verde”, horta biológica da nossa escola, serviu de múltiplas aprendizagens onde os conhecimentos do 5.ºano exploramse com aulas ao ar livre ou através de aprendizagens espontâneas que surgiam no momento. Por iniciativa dos alunos do 1.º/2.º/3.º Ciclos, estes inscreviam-se nas tarefas da horta que semanalmente eram afixadas, em local próprio para o efeito, dando assim, o seu contributo na horta. Não existia imposição de ciclos e qualquer aluno pôde inscrever-se.

Pondo em prática os conteúdos do programa de Ciências, os alunos dos diferentes ciclos ficaram responsáveis pelo tratamento do terreno, arejamento do solo, cultivo e crescimento das plantas hortícolas. Como o controle biológico de pragas, os alunos do 2.º Ciclo conceberão produtos naturais a utilizar na horta para evitarem as pragas mantendo o equilíbrio do ambiente. Efetuaram pesquisas sobre plantas que realizam associação mutualista com outras espécies, identificando-as, estudando-as e registando os seus benefícios na agricultura biológica. Cultivaram ervas aromáticas e, nesse momento, procuraram conhecer a importância e uso das ervas aromáticas dentro da horta, apurando as vantagens que esse tipo de cultivo fornece.

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Os alunos da Educação Especial (Emanuel Vieira e Bruno Pereira) dedicaram-se ao estudo da permacultura e à recolha de técnicas e procedimentos no combate de insectos invasores da agricultura. A construção de um “Hostel para Joaninhas” foi o produto final concebido por estes, cujo objectivo principal visava o chamamento da Joaninha, um dos insectos mais importante no controlo das pragas. Uma comunidade que, ao longo do ano, veio a crescer e reuniu todos aqueles que gostam de um ensino livre, autónomo e vontade em aprender algo diferente. A docente responsável, Ana Paula Mestre

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Cosméticos Naturais A linha de produtos de cosmética é, hoje em dia, um negócio rentável para as empresas. Os produtos inovadores e potenciais redutores do envelhecimento humano, são uma aposta significativa na comunidade científica. Embora testados em laboratório, muitos deles comportam uma indecifrável composição, ao nível dos ingredientes, para o ser humano e duvidosos do ponto de vista da saúde. A longo prazo, comprovase que a maioria tem efeitos secundários, pese embora a propaganda veiculada como sendo seguro e eficaz na função que lhe é reservada. Do ponto de vista ecológico é possível a conceção destes mesmos produtos com a utilização de ingredientes naturais, de baixo custo e de elevado benefício para a saúde e educação ambiental. Uma iniciativa que a escola deveria ofertar no âmbito da consciência ambiental através de atividades práticas e criativas com a utilização de recursos ecológicos e sustentáveis.

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No âmbito do “Projeto de Sustentabilidade e Criatividade”, os alunos do 5.ºB e do 5.ºC, confecionaram cosméticos naturais sob as orientações e conhecimentos de uma técnica e especializada na área. Neste workshop, os alunos aprenderam a composição dos ingredientes e o processo de os utilizar para a confeção de desodorizantes naturais, pasta de dentes, sabonetes, hidratantes entre outros. Um trabalho que estimula a mudança na escola, tendo em vista um ensino mais prático e mais próximo das vontades dos alunos.

A docente responsável, Ana Paula Mestre

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Pelo direito ao recreio e a brincar ao ar livre

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Filipe Glória Silva Pediatra do Desenvolvimento Cláudia Rocha Silva Psicomotricista Unidade de Neurodesenvolvimento, Hospital CUF Descobertas

Face à indiscutível mudança nos hábitos e estilos de vida verificada sobretudo nas duas últimas décadas, o tema do brincar e do jogar tem sido alvo de discussão e reflexão por parte de especialistas em educação e saúde. Especialistas da Academia Americana de Pediatria (AAP), num artigo publicado em 2013, defendem que, assim como já foi reconhecido que a prática da Educação Física traz benefícios no domínio pessoal e académico, também os momentos de recreio, enquanto tempo de pausa entre as aulas, permitem às crianças e jovens “descansar, brincar, imaginar, pensar, mover-se e socializar”. Definitivamente, o recreio contribui para que “os estudantes estejam mais atentos e mais aptos para um desempenho cognitivo superior”. Aos mais pequenos, refere a mesma fonte, “o recreio dá a possibilidade de desenvolverem competências sociais que não podem ser adquiridas num ambiente mais estruturado, numa sala de aula”. De facto, é fácil de entender que o tempo de pausa entre as aulas é indispensável para “descomprimir”. São vários os estudos já publicados que mostram que o recreio modifica os níveis de atenção em sala de aula, mesmo que seja utilizado “apenas” para socializar, ou seja, qualquer que seja a atividade realizada. Portanto, quaisquer atividades de recreio potenciam o desempenho cognitivo. Por outro lado, também foram estudados os benefícios sociais e emocionais. Como quaisquer outras competências, as sociais e emocionais também necessitam de oportunidades de treino e o recreio, a este nível… é onde tudo acontece. O recreio é o palco das relações sociais, o porto de partida e chegada de todas as emoções que, nas várias fases do desenvolvimento humano, vê muitas marés em que é preciso aprender a navegar.

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No recreio, aprendemos “a comunicar, a negociar, a partilhar, a resolver problemas, a cooperar e a desenvolver a perseverança e o autocontrolo”. Sendo o recreio o espaço de encontro com o outro, torna-se uma oportunidade única de conhecer outras formas de estar, pensar, sentir e (re)agir e de, num processo de autoconstrução, estabelecer maior proximidade com certos colegas, formando o seu círculo de amizade. No âmbito dos benefícios a nível físico, os trabalhos são também abundantes. É certo que nem todas as crianças e jovens correm, saltam e se mexem vigorosamente durante o recreio, mas o que importa salientar é que podem escolher fazê-lo. Mesmo que optem por atividades de baixa intensidade, certamente que estas contribuirão para os 60 minutos diários de atividade física recomendada pela APP para diminuir o risco de obesidade, essa terrível pandemia do nosso século.

Temos visto, em vários países, um decréscimo claro da importância dada ao recreio enquanto espaço de lazer, não estruturado, imprescindível para um saudável e equilibrado desenvolvimento da criança. Esse decréscimo verifica-se, não só em termos de tempo - traduzindo-se em pausas cada vez mais curtas entre aulas cada vez mais longas – mas também em termos de espaço, sendo visível um investimento mínimo nos espaços de lazer em muitos lugares e/ou com uma manutenção inexistente. Poder brincar e/ou jogar num espaço exterior cuidado, seguro, em contacto com a natureza é um direito que deveria ser assegurado a qualquer criança. Aliás, a Declaração dos Direitos da Criança menciona que “a criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a atividades recreativas” (Princípio 7º) e situa o tempo de lazer ao mesmo nível de outros direitos fundamentais: “A criança tem direito a uma adequada alimentação, habitação, recreio e cuidados médicos” (Princípio 4º).

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Contudo, brincar ao ar livre é uma realidade ameaçada. Ameaçada por horários corridos de atividades estruturadas, a maior parte realizada indoor, com pouco espaço para a expressão do movimento e da criatividade. Ameaçada pela indisponibilidade de espaços abertos apropriados. Ameaçada pelo excesso de preocupação com a repercussão das más condições climatéricas da saúde (mesmo com temperaturas “quase tropicais” quando comparadas com o norte da Europa!). Ameaçadas pelas atividades de ecrã (tablet, consola, televisão) que, para muitas crianças, adquirem um caracter de dependência, tomando demasiado tempo do tempo disponível. Cabe-nos a nós, pais e educadores, procurar o melhor para as nossas crianças também nesta dimensão. Para crianças de natureza mais reservada ou sedentária, pode requerer um papel ativo dos adultos em programar e incentivar este tipo de atividades mesmo que não pareçam estar no top 10 das mais apetecidas. E afinal, a posteriori, e apesar das resistências, a experiência de brincar no exterior e de disfrutar da natureza acaba por ser reconhecida e recordada como positiva, um tempo bem passado com os amigos e com a família. In Gazeta Valsassina, n.º 62

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Entrevista a...

Rian Sabarense frequenta o 6.º ano de escolaridade e inscreveu-se no Desporto Escolar. Boa tarde, Rian! Boa tarde! Sabes explicar como surgiu o teu interesse pelo basquete? Vi o Michel Jordan a jogar na televisão e desde então gosto e tenho um fascínio pelo basquete. Praticas outras modalidades? Não, nem quero, pois gosto muito desta modalidade. Consegues conciliar o desporto com os estudos? Não é fácil, mas tento, pois preciso das notas para a minha mãe não me tirar do desporto escolar. Quais são os teus objetivos? Melhorar a nota de Educação Física e ocupar o tempo com algo saudável. Quanto tempo treinas por semana? Normalmente treino 3 horas, 2 delas no treino escolar e a outra nos intervalos. Porque é que te inscreveste no desporto escolar? Inscrevi-me porque queria experimentar e depois gostei, pois pude interagir com muita gente fixe e interessante.

Rian Sabarense e Andreia António 6.ºB

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7 Cuidados a ter ao sol Sem as medidas de prevenção adequadas, a exposição solar é um fator de risco para o melanoma e outros tipos de cancro da pele. Aprenda a lidar com o sol.

1.365 dias de proteção! Aplicar protetor solar no rosto deve ser um hábito diário. Até nos dias nublados ou com nevoeiro a radiação UVA consegue atingir a superfície terrestre. Existe uma vasta oferta de cosméticos que incorporam fator de proteção solar, como hidratantes de dia ou BB Cream (cremes que hidratam e têm cor, como as bases), entre outros.

2. Pele muito clara Quanto mais clara for a tonalidade da pele, mais elevado deve ser o Fator de Proteção Solar (FPS). O mínimo deve ser 30+.

3. Horas perigosas Evite expor-se ao sol entre as 11 e as 16 horas. Estar à sombra, na praia, obriga também à aplicação de protetor solar, pois existe irradiação pela areia.

4.Tratamentos/cirurgias recentes Se fez um tratamento ou cirurgia estética há pouco tempo, certifique-se junto do Dermatologista/Cirurgião Plástico quanto tempo depois poderá apanhar sol. Existem tratamentos estéticos que implicam a não exposição solar durante 72 horas.

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A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s E n g . º D u a r t e P a c h e c o E s c o l a B á s i c a P r o f . D o u t o r A n í b a l C a v a c o S i l v a

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5.Aliados do protetor solar Os óculos escuros e um chapéu devem fazer parte da sua «bagagem», seja para o campo, praia ou piscina. As crianças devem usar chapéu e uma T-shirt escura.

6.Cabelo protegido Aplique um protetor solar capilar quando se expuser ao sol. Este produto protege o cabelo dos danos do sol, mar e cloro e preserva a cor.

7.Hidrate-se! Beba muitos líquidos e, em casa, depois de tomar duche, aplique um hidratante pós-solar no rosto e corpo.

Atenção! Escolha um protetor solar que proteja a pele das radiações UVA e UVB, apliqueo cerca de 30 minutos antes de se expor ao sol e renove a aplicação de 2 em 2 horas. https://www.saudecuf.pt/mais-saude/artigo/7-cuidados-a-ter-ao-sol

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Notícias da Malta Agrupamento de Escolas Eng.º Duarte Pacheco Escola Básica Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva

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