Engenheiro 05

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engenheiro Revista do Centro da Memória da Engenharia - Gestora da Associação dos Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG • Set / 2013 • Ano V - Nº 5

BRT - MOVE

Qualidade nos meios de transporte em BH

Entrevista com

Dr. Ramon Victor Cesar Presidente da BHTrans

Entrevista com

Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo Metropolitano de BH


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Índice

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Editorial Entrevista Dr. Ramon Victor Cesar - Presidente da BHTrans BH vai ganhar um centro estratégico de monitoramento de trânsito Formandos 2013 Brasmic: Sustentabilidade e rentabilidade para construção civil Mineirão - Obras de reforma do estádio são concuídas Ibram - Bons parceiros na preservação da história Arquidiocese de BH: Missa marca início da construção da catedral de BH Centro de Memória da Engenharia é realidade Turismo - Nova revolução cubana: do sol, do mar, do luxo História

Participaram desta edição: Gilson de Souza

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Fotos: Secopa-MG

Dr. Ramon Victor Cesar Presidente da BHTrans Engenheiro Civil da turma de 1979 da UFMG

Arquivo: Ibram

39 Dr. Ângelo Oswaldo Presidente do Ibram Direito Turma de 1971 da UFMG

Expediente

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Fotos de Capa: Arquivo: Arquidiocese de Belo Horizonte Ônibus MOVE: Moisés Magno / Blog: http://moisesmagno.blogspot.com.br/ acessado em 16 de setembro de 2013

Ricardo Barra Presidente do Consórcio Arena

Arquivo: Arquidiocese de BH

42 Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte

Versão Digital disponível em: www.issuu.com/gilsondesouza/docs/ revista_engenheiro_04

A Revista ENGENHEIRO é uma publicação do Centro de Memória da Engenharia, Gestora da Associação dos Ex-alunos da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Presidente: Tárcio Primo Belém Barbosa 1º Vice-presidente: Fábio B. Simoni 2º Vice-presidente: Geraldo Dirceu de Oliveira 3º Vice-presidente: Danilo Amaral Secretário Geral: André de Oliveira Pinto 1º Secretário: Sidon Clevio Pimenta Etrusco Secretário Adjunto: Carlos Márcio de Oliveira 1º Tesoureiro: Salomão Jorge Netto 2º Tesoureiro: Maria Consuelo B. Cardoso Máximo Diretores Técnicos: Adir José de Freitas e Sílvio Piroli Diretor Cultural: Guilherme Brandão Federman Diretor Social: Maeli Estrela Borges Diretores Adjuntos: Clovis Vaz da Costa, Olavo Aurélio P. Albuquerque, Delmiro Schmidt de Andrade, Emílio Elias Mouchrek Filho, Enid Brandão Carneiro e José Carlos Laender de Castro Superintendente do ITPD: Euller Magalhães da Rocha Conselheiro Deliberativo: Presidente de Honra: Levínio da Cunha Castilho Presidente: Hilton Homem de Castro Vice-presidente: Gabriel Lustosa de Andrade Membros: Éderson Bustamante, José Ignácio Brum Ribeiro, Gilson de Carvalho Queiroz Filho, Onofre Resende, Paulo José de Lima Vieira, Fernando Amorim de Paula, Marita Areas de Souza Tavares, Edson Durão Júdice, Rodney Rezende Saldanha Endereço: Rua da Bahia, 52 • 2º Andar – Centro / Belo Horizonte – Minas Gerais CEP 30.160-090 Telefone: (31) 3273-3023 Secretária: Izabelle Pessoa Jornalista AEAEEUFMG: Daniela Mendonça Revista ENGENHEIRO 5ª Edição • Ano V Departamento Comercial: Produtos BH Jornalista Responsável: Gilson de Souza (MG - 12.251 JP) Assessoria e Revisão: Mônica Salomão (MG - 10.543 JP) Designer dos Anúncios: Gilmar de Rezende Agenciador de Mídia: Julio Cesar de Abreu e Alexandre Wilson Marques Diagramação e Arte: Gilson de Souza (31) 3462-0515 Impressão: Gráfica Lastro Tiragem: 20.000 exemplares


Editorial

07 Gilson de Souza

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Estamos em contagem regressiva para o Evento Primordial da Associação dos ExAlunos da Escola de Engenharia da UFMG, o “Top Engenharia”. O que faz com que este evento tenha tal importância para a Engenharia Mineira e também a Engenharia Brasileira, é que através dele se reconhece e premia Autoridades, Empresas e Profissionais de todo Brasil, valorizando aqueles que contribuem para o desempenho e desenvolvimento desta notória formação profissional: a Engenharia. Sem ela não há progresso. Queremos mostrar ao mundo que nosso País cresce, tendo como aliada esta profissão que tanto nos orgulha e realiza. Com grande expectativa aguardamos o acontecimento do dia 27 de setembro. O congrassamento e a confraternização que marcam este evento, contagiam os participantes e seu reflexo atinge aos que por justo motivo, não puderam comparecer. O 6º Prêmio “Top-Engenharia” já pode ser considerado sucesso tendo em vista o brilhantismo dos já realizados. Queremos aqui patentear os agradecimentos de nossa Diretoria, principalmente às adesões, autoridades e convidados que irão compartilhar nossa promoção e alegria. Muito obrigado.


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Dr. Ramon Victor Cesar BHTrans

Entrevista

Gilson de Souza

MOVE – Qualidade nos meios de transporte com rapidez e eficiência chegando a BH

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Presidente da BHTrans Engenheiro Civil formado na turma de 1979 da UFMG

Com o tema “Mobilidade Urbana” em alta e com as obras do BRT em toda região Norte e Central de BH em pleno vapor, a Revista ENGENHEIRO presta um grande serviço de utilidade pública ao procurar o presidente da BHTrans, responsável pelas obras, para explicar todo o processo do chamado “MOVE”, o BRT de Belo Horizonte. Além de divulgar na íntegra a matéria sobre a construção do COP, Centro de Operação da Prefeitura, que irá acompanhar em tempo real todo o tráfego dos ônibus que possuem uma capacidade para levar até 160 passageiros na metade do tempo em relação ao processo atual. Belo Horizonte ganha com a implantação do BRT e a prefeitura promete uma interação com outros meios de transporte já disponíveis, como é o caso do metrô. Deixa claro que haverá ampliação do sistema em direção às cidades de Contagem e Betim e demonstra que o maior beneficiário de todo processo, serão os usuários, pois terão a seu dispor ampla tecnologia para evitar contratempos e aumentar a comodidade. A Revista ENGENHEIRO apresenta também como é a marca “MOVE” que estará estampada nas estações, ônibus e em toda comunicação que envolve o novo sistema.


Entrevista

09 Como está hoje o Projeto do BRT em Belo Horizonte? O projeto neste momento envolve dois corredores importantes da cidade em volume de tráfego, que fará a ligação do vetor Norte ao Centro da Capital e será o grande eixo de expansão de Belo Horizonte e de toda região Metropolitana. São os corredores Antônio Carlos, Pedro I e o corredor da Avenida Cristiano Machado. O Projeto BRT prevê expansão para outros corredores nos anos subsequentes, mas neste momento estamos totalmente dedicados a esses dois corredores. Está em fase de implantação da infraestrutura física, ou seja, estamos fazendo as adaptações no sistema viário e a construção das estações e terminais. Paralelamente a isso, que é a parte visível, tem todo o desenvolvimento da rede de transporte que já está pronta, sendo toda a organização dos serviços e também todo o desenvolvimento da parte de tecnologia da informação, denominado de “Sistemas Inteligentes de Transporte”, que permitirá o controle automatizado das operações e seu acompanhamento online a partir de uma central de operações, além de informações em tempo real para os usuários. Como se denomina essas estações intermediárias? Nós as chamamos de estações de transferência. Elas ficam no centro da via e os usuários terão acesso aos ônibus pela parte da esquerda, entrando pelas estações. É onde está o “X” da questão do BRT, sendo o “R” da sigla a palavra mais relevante de todo o processo: ser mais rápida a viagem em relação ao sistema convencional de ônibus. Por dois motivos principais: os ônibus circulam por dentro de uma canaleta exclusiva, ou seja, numa via específica sem interferência do tráfego em geral. A operação dessas estações é outro fato relevante, pois os usuários entram nessas estações já efetuando o pagamento de sua passagem numa bilheteria. A parte interna das estações são as “áreas pagas”. O usuário passa pela catraca com seu cartão ou com seu bilhete individual adquirido no próprio local. O piso dessa Estação de Transferência é nivelado com o piso do ônibus eliminando qualquer tipo de escada para o acesso aos ônibus, além do número de portas serem maiores do que em um ônibus comum. A operação de embarque elimina tanto o passar pela roleta quanto o subir e descer escadas, que além de gerar desconforto são a principal fonte de atraso nas viagens. Nós ganhamos tempo de duas formas. Primeiro: com os ônibus do BRT, já que eles circulam livremente em suas vias. E segundo, com os usuários que embarcam e desembarcam sem a interferência do pagamento e da diferença do nível que os forçam a subir e descer dos veículos. Como funcionam as engrenagens do BRT? O Sistema BRT é o que chamamos de “tronco-alimentado”. Ele se organiza através de terminais de integração que são os terminais que se situam nas pontas. Vamos imaginar que os bairros sejam os pontos iniciais, ou seja, a ponta de origem, no nosso caso o vetor norte da capital. Teremos o terminal de integração de Venda Nova, na Av. Vilarinho, com sua estação sendo adaptada ainda no ano de 2013. O terminal do bairro São Gabriel, que já está passando por uma total reformulação, foi inteiramente demolido para receber o BRT. O novo terminal da Pampulha, denominado de Estação de Integração da Pampulha, está sendo construído na intercessão das avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Portugal. No entorno dessas estações, todos os serviços de ônibus que saem dos diversos bairros, ao invés de se dirigirem para o centro da cidade, que é o convencional, ficarão nas estações. Esses ônibus funcionarão como alimentadores, saindo do bairro e se dirigindo até aquela estação. Se tiver interesse, o usuário ficará por lá mesmo, normalmente como é hoje. Mas se quiser se direcionar ao centro ou no intervalo entre aquela estação e o centro, poderá utilizar uma das opções de serviço que chamamos de “troncais”. Ele pode pegar uma linha que sai daquela estação e vai direto ao centro da cidade, sem paradas ao longo da viagem, denominada de “expresso”. Outro serviço “troncal” é o que chamamos de “parador”, que vai atender aos usuários que ficarão ao longo do corredor, onde irão utilizar as estações de transferência. Seja para descer num determinado ponto do corredor, seja para fazer uma troca. Se o usuário sai do ônibus e desce numa estação, poderá entrar


Entrevista

Gilson de Souza

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Através de estudos sobre Mobilidade Urbana, o vetor Norte da Capital é que possui maior número de usuários do transporte urbano. Com o BRT ligando as principais vias: av. Cristiano Machado e av. Antônio Carlos (foto) ao centro de Belo Horizonte cerca de 700 mil pessoas serão transportadas diariamente.

Divulgação MOVE

O interior das estações terão todas as informações necessárias para os usuários em tempo real.


Entrevista

11 em qualquer outro ônibus sem necessidade de efetuar o segundo pagamento. Esses ônibus chamados “troncais”, podendo ser “expressos” ou “paradores”, serão os ônibus articulados com capacidade de transporte três vezes maior do que o veículo convencional. Muito mais moderno em termos tecnológicos e em termos do seu layout interno, eles podem transportar em torno de 160 pessoas entre assentadas ou em pé. Lógico que, dentro dos parâmetros de qualidade internacional, em termos de pessoas por metro quadrado.

A BHTrans se baseou em qual modelo de mobilidade para a criação do sistema BRT? O chamado sistema BRT utilizado no mundo inteiro é, na verdade, uma invenção brasileira. Surgiu em Curitiba, idealizado pelo então prefeito Jaime Lerner que, como arquiteto e urbanista de profissão, desenvolveu esse processo que ele chama de “metronização do ônibus”, ou seja, fazer com que o serviço de ônibus opere o mais próximo possível do modelo do metrô. Ele pensou da seguinte maneira: “vamos ver o que o metrô tem de diferente e vamos trazer essa tecnologia Na verdade, o BRT é uma invenção operacional para o ônibus”. Evidentemente que, ao longo brasileira. Surgiu em Curitiba, idealizado dos anos, isso evoluiu muito em termos de concepção, tecpelo então prefeito Jaime Lerner que, nologia e de gestão. Enquanto o BRT rodava o mundo, aqui como arquiteto e urbanista de profissão, no Brasil ficou estagnado durante muitos anos. idealizou esse processo que ele chama de Cidades da América Latina como Bogotá, na Co“metronização do ônibus. lômbia, adotaram desde o ano 2000 o chamado Sistema “Transmilênio”. No México, a própria cidade do México, uma das maiores do mundo, também adotou com sucesso o Sistema BRT. Além de ser utilizado em cidades da Europa e dos Estados Unidos, como Los Angeles, Las Vegas, Cleveland, entre outras, também é muito utilizado em cidades da China e agora vem sendo construído em diversas cidades da Índia, Turquia e África do Sul. Temos observado que onde há muita aglomeração de pessoas se torna recomendável o uso do BRT como forma de acelerar o processo de mobilidade urbana sem um alto investimento, sendo essa uma das vantagens desse sistema. Ele consegue oferecer um padrão de qualidade, uma capacidade de transporte muito próxima do metrô, mas com um custo de investimento pequeno, além do tempo de implantação muito mais rápido que o metroviário. No nosso caso aqui em Belo Horizonte, tínhamos uma oportunidade que era a questão da Copa do Mundo. O Governo Federal colocou à disposição dos municípios, via empréstimo da Caixa Econômica Federal, recursos para implantação de sistemas de transporte coletivo, mas que deveriam estar prontos até a Copa do Mundo de 2014. Ao colocar esse condicionante numa linha do tempo, com cronograma bastante definido, tivemos como opção estratégica o investimento no BRT, que permitirá conciliar o montante de recursos que nos foi colocado à disposição para o município com o prazo que temos para apresentar seus resultados. Por essas razões que a BHTrans optou pelo BRT, sem descartar outros modelos que nos foram apresentados. Nosso plano diretor de mobilidade propõe que o sistema principal de transporte de Belo Horizonte e de seu entorno seja estruturado por uma combinação de linhas de metrô e de linhas de BRT que estejam interligadas. Dentro desse tema, transporte público “Transmodal”, foi pensado a implantação de estacionamentos ou até mesmo bicicletários próximos a essas estações extremas? Essa é uma questão muito importante. Ao ficar pronta, a Estação Pampulha vai contar com um estacionamento com cerca de 500 vagas. Sendo extremamente relevante para atrair pessoas que se direcionam ao centro e são usuários do carro. Na Estação Vilarinho, temos ali bem próximo um Shopping Center com estacionamento com grande capacidade de vagas que pode ter um uso compartilhado, evidentemente. Nas estações Venda Nova e São Gabriel não temos essa facilidade, mas estamos nesse momento prospectando áreas no entorno dessas áreas que possam vir a servir como sítio ou local de estacionamento. E o uso da Bicicleta? Sim. A mesma coisa. Em todas essas estações estão previstas a implantação de bicicletários. Também queremos incentivar as viagens intermodais de bicicletas e BRT, seja na ponta de origem ou na ponta do destino. Temos até avaliado e fizemos uma consulta ao Conselho Nacional de Trânsito, o Contran, sobre a possibilidade do transporte da bicicleta


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Entrevista dentro do próprio ônibus. Evidentemente que nos horários de pico seria mais complicado, mas nos entre picos, estamos avaliando a possibilidade legal e operacional de permitir o transporte da própria bicicleta dentro do veículo. Estamos analisando inclusive, um suporte fixo que levaria a bicicleta na parte externa do ônibus com total segurança para o equipamento. E toda essa avaliação também tem sido feita com a participação dos diversos grupos de ciclistas que existem em Belo Horizonte. Queremos, dessa forma, atender a todas as necessidades dos usuários. Em relação ao Projeto “Amar BH”, como o BRT se une a ele? Essa é uma operação urbana, para trabalhar a fiscalização ao longo dos corredores. Condição das calçadas, travessia, de observação e manutenção dos passeios. A BHTrans faz parte deste projeto como qualquer órgão que esteja ligado à prefeitura. Evidentemente que o BRT vai adotar e facilitar a mobilidade do pedestre em toda sua extensão. Agora no centro da cidade, acho muito importante dizer isso, esses dois corredores que vêm das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado convergem ali para o hipercentro. Estamos preparando também uma intervenção viária muito intensa nas avenidas Santos Dumont e Paraná, denominadas de “rotor de distribuição” do BRT, pois serão vias totalmente dedicadas ao transporte coletivo. Ali terá um tráfego muito restrito ao automóvel, apenas para acessos a garagens e estacionamentos que já existem nas avenidas. Nessas duas avenidas não haverá tráfego de atravessamento e de passagem de veículos. Terá sim uma grande movimentação de pedestres. As estações que estão sendo construídas são diferenciadas das demais, pois são maiores e bem mais robustas. Teremos um esquema de orientação e movimentação especial, pois traremos àquelas vias uma alta movimentação de pessoas que vão usufruir de todo o sistema. Ou seja, todas as reclamações que existem em torno das obras do BRT vão se transformar radicalmente? Sim. Essas vias vão ganhar uma movimentação muito grande de pedestres, irão se transformar num verdadeiro shopping a céu aberto. Existem estudos nas cidades que adotaram o BRT, como Bogotá e Cidade do México, que apontam que o comércio situado no entorno das vias dedicadas inteiramente ao BRT teve um acréscimo de 30% em média em toda sua receita.

As vias vão ganhar uma movimentação muito grande de pedestres, irão se transformar num verdadeiro shopping a céu aberto. Existem estudos nas cidades que adotaram o BRT, como Bogotá e Cidade do México, que o comércio situado no entorno das vias dedicadas inteiramente ao BRT, teve um acréscimo de 30% em média em toda sua receita.

E como a BHTrans vai controlar tudo isso? Ao lado de onde funciona o escritório principal da BHTrans, no bairro Buritis, está sendo construído um novo Centro de Controle Operacional. Este Centro de Controle de tráfego já existe aqui dentro e será transferido para o novo prédio. Vai aumentar em tamanho como em suas funcionalidades, mas será também um Centro de Controle do BRT. Todos os ônibus terão um novo sistema de GPRS, com suporte de aparelhos de GPS instalados em seus interiores. Com isso, haverá um controle e uma comunicação simultânea entre o Centro de Controle Operacional e cada um dos veículos, e também com cada estação, as de transferência além das principais. O sistema é totalmente controlado com a finalidade de gerar informações ao usuário e para controlar a movimentação e a operação de todos os ônibus, assemelhando ao controle do tráfego aéreo. Ao chegar à estação, o usuário terá a seu dispor um quadro em que saberá exatamente o tempo que precisará ficar esperando seu transporte com total conforto e praticidade. Em todas as estações, painéis de LED com informações variadas trarão mensagens instantâneas sobre cada uma das linhas, sobre cada um dos ônibus. Mostrando, inclusive, possíveis atrasos e a previsão exata da chegada de cada linha, tudo online com o Centro de Controle. Gostaria de adicionar alguma outra informação? Agradeço e deixo claro minha satisfação em participar da Revista ENGENHEIRO, uma revista da Associação dos Ex-alunos da Escola de Engenharia da Federal que é a responsável pela minha formação profissional e minha formação intelectual, que é a UFMG. A ela, devo toda a base de minha formação profissional.



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MOVE

Divulgação - BHTrans

BH vai ganhar um centro estratégico de monitoramento de trânsito

Centro de Operação da Prefeitura terá câmeras de TV, painéis de mensagens e sistemas centralizados de semáforos, serviços que vão aprimorar o gerenciamento e a segurança viária da cidade, trazendo melhorias à mobilidade urbana

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Com o intuito de aprimorar o gerenciamento e a segurança do trânsito, a capital mineira vai ganhar no final deste ano o Centro de Operação da Prefeitura de Belo Horizonte (COP). Com o novo equipamento, o trânsito será monitorado por meio de câmeras de TV, painéis de mensagens e sistemas centralizados de semáforos. O COP também vai dar suporte operacional, tanto na parte da manutenção da sinalização como no gerenciamento de agentes, equipamentos, remoção de veículos, atendimento de ocorrências e também nas ope-

rações realizadas pela Unidade Integrada de Trânsito, formada por membros da BHTrans, da Polícia Militar e da Guarda Municipal. O COP está em construção na Avenida Engenheiro Carlos Goulart, 900, no bairro Buritis, sede da BHTrans. O objetivo é que o COP seja um centro estratégico de tomadas de decisão, com alta tecnologia, segurança e acessibilidade, garantindo melhorias na mobilidade urbana e promovendo a sustentabilidade ambiental. A cidade já conta com 79 câmeras de videomonito-


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Fotos: Divulgação - BHTrans

MOVE

Além do prefeito Marcio Lacerda e do diretorpresidente da BHTrans, Ramon Victor, as obras foram acompanhadas pelo secretário municipal de Obras e Infraestrutura, José Lauro Nogueira, e por uma equipe técnica de engenheiros. O COP receberá investimentos de aproximadamente R$ 38 milhões e deve começar a operar antes da Copa do Mundo, no ano que vem. Ao lado, o mapa de distribuição do Sistema BRT em BH.

ramento de trânsito de um total de instalação que chegará a 96 equipamentos. Elas estão distribuídas estrategicamente pela área central e pelos principais corredores de tráfego da cidade, como as avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Amazonas, Carlos Luz, Pedro II, Raja Gabaglia, Contorno e Afonso Pena, além de outros pontos da capital. Além das câmeras, o sistema atual conta com 19 painéis de mensagens variáveis espalhados pela cidade, dando informações atualizadas sobre a situação de trânsito nos principais corredores e também divulgando mensagens educativas. O prefeito Marcio Lacerda, que visitou o espaço onde vai funcionar o COP, afirmou que o novo sistema vai garantir mais fluidez ao trânsito da cidade. “Com a instalação de novos radares e câmeras de monitoramento serão necessários menos agentes e guardas municipais supervisionando o trânsito, já que o COP fará o trabalho de monitoramento viário e prestará informações sobre o tráfego”, salientou. De acordo com o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, o COP não servirá apenas para operações do trânsito, ele dará suporte também às atividades de órgãos como a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, Guarda Municipal, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização (Smafis). Além do prefeito Marcio Lacerda e do diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor, as obras foram acompanhadas pelo secretário municipal de Obras e Infraestrutura, José Lauro Nogueira, e por uma equipe técnica de engenheiros. O COP receberá investimentos de aproximadamente R$ 38 milhões e deve começar a operar antes da Copa do Mundo, no ano que vem.

Inovações Tecnológicas Também faz parte do projeto de ampliação do COP a implantação de um painel digital com um mapa gráfico, no qual todas as ocorrências que demandam intervenções da BHTrans estarão representadas em uma grande tela com informações como desvios, quedas de árvores e acidentes. O painel mostrará também, simultaneamente, a localização dos agentes em campo e a posição dos reboques, entre outros dados. Através do portal da BHTrans (www. bhtrans.pbh.gov.br), a população poderá consultar as ocorrências de trânsito de forma mais detalhada, decidindo pelo melhor caminho antes de sair de casa. O COP vai contar ainda com um aplicativo computacional de controle do tráfego, incluindo um mapa digital gráfico georreferenciado. O centro vai permitir a modernização do sistema de centralização de semáforos nos corredores de Belo Horizonte. Cerca de 120 interseções semaforizadas em seis dos principais corredores da cidade (avenidas Antônio Carlos, Pedro I, Cristiano Machado, Amazonas, Pedro II e Carlos Luz) serão controladas através de novos softwares, o que possibilitará a melhoria do sistema semafórico. Outra inovação tecnológica são os computadores de mão que serão utilizados pelos agentes em atividades de campo. Com os equipamentos, denominados PDAs (Personal Digital Assistent), os agentes irão receber e enviar informações mais detalhadas sobre as operações de trânsito. Esse equipamento, somado às câmeras de monitoramento do trânsito, painéis de mensagens e ao sistema de controle dos semáforos, fornecerão dados gerenciais para a BHTrans e informações sobre o tráfego para a população, que pode acessar os dados pelo portal até mesmo pelo telefone celular.


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MOVE

Divulgação - BHTrans

BRT em números

As estações de integração farão a ligação do BRT com as linhas convencionais de ônibus, além de outros meios de transporte, como automóveis e bicicletas. Nos corredores e no Hipercentro, serão instaladas modernas estações (foto) de embarque e desembarque que garantirão também o acesso dos passageiros com mobilidade reduzida.

A transformação do transporte coletivo de Belo Horizonte será muito grande. Os corredores exclusivos e as linhas de operação direta com o Centro da cidade vão proporcionar mais conforto, segurança e agilidade. A economia de tempo de viagem prevista pode chegar a 50%. Na primeira eta do BRT em Belo Horizonte, dois importantes corredores - as avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos (incluindo Pedro I e Vilarinho) terão vias exclusivas para o BRT. Eles estarão integrados ao Hipercentro através das avenidas Paraná e Santos Dumont, que se transformarão em corredores exclusivos do sistema. Ao todo, serão 23 Km de vias. O BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus) é um sistema de transporte por ônibus, eficiente, de alta capacidade e alta qualidade, operado de forma semelhante ao metrô, capaz de atender os usuários com rapidez e conforto. É uma combinação

de infraestrutura viária, veículos, operação, sistemas de controle e informação ao usuário, para oferecer ao cidadão um serviço de transporte público de qualidade. Esse modelo de transporte já é utilizado com sucesso em grandes cidades do mundo, como Pequim na China, Joanesburgo na África do Sul, Bogotá na Colômbia e Los Angeles nos Estados Unidos. Em Belo Horizonte, o sistema BRT recebeu o nome MOVE, termo que remete ao sentido de deslocar, movimentar e progredir. Seus veículos têm capacidade de transporte de passageiros quase três vezes maior que os ônibus convencionais e vão circular por corredores exclusivos. Neles serão instaladas modernas estações, onde os passageiros poderão comprar a passagem antes de embarcar, garantindo mais segurança e agilidade. As estações terão piso nivelado com as portas dos ônibus, facilitando o acesso aos veículos.


MOVE

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Dados MOVE: • Possui extensĂŁo de: - 14,7Km, da Estação Venda Nova ao Centro (sendo 3 estaçþes: Vilarinho, Pampulha e Venda Nova); - Cristiano Machado: 7,1Km, da Estação SĂŁo Gabriel ao Centro; - Hipercentro: 1,3Km (nas avenidas ParanĂĄ e Santos Dumont. • AtenderĂĄ por dia, 400 mil passageiros na av. AntĂ´nio Carlos, 300 mil na Cristiano Machado e no Hipercentro, 16.700 no pico da manhĂŁ e 14.300 no pico da tarde. • SerĂŁo 26 estaçþes na av. AntĂ´nio Carlos, 10 estaçþes na av. Cristiano Machado e 6 estaçþes na ĂĄrea central. A distância mĂŠdia entre as estaçþes ĂŠ de 400 metros. • Ao todo, foram empreendidos R$858.653.006,85. • O tempo mĂŠdio serĂĄ de 40 minutos entre o centro e a estação Vilarinho (hoje sĂŁo 75 minutos) e de 20 minutos para a estação SĂŁo Gabriel ao centro (hoje sĂŁo gastos 35 minutos). Uma redução mĂŠdia de quase 50% nas viagens.

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Formandos 2013

Gilson de Souza

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UFMG conclui formação de nova turma de engenheiros


Formandos 2013

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Em cerim么nia no audit贸rio do pr茅dio da Engenharia no 煤ltimo dia 08 de agosto, se formaram cerca de 80 engenheiros civis. a Revista ENGENHEIRO tem o prazer de apresentar alguns dos novos profissionais ao mercado de trabalho.


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Formandos 2013

Fotos: Gilson de Souza

Assim como na edição anterior, aleatoriamente, foi escolhido alguns alunos que disseram se já trabalham na área, suas expectativas e experiências no mercado de trabalho. Veja em ordem alfabética o depoimento de cada um deles:

Bruno Belisário Elias Não. Tenho experiência em Construção Civil e Projetos.

Ana Paula Nardy Nascimento Não. Possuo experiência em Cálculo Estrutural, Construção Civil e Orçamento.

Daniel Henrique Costa Avelar Não. Tenho experiência em Projetos, Cálculo e Obras.

Carolina Primo Fernandes Pereira Não, mas durante o tempo em que fiquei na Construtora SOINCO, trabalhei com construção predial de médio porte, execução de obra e projetos estruturais e acabamento.



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Formandos 2013

Fotos: Gilson de Souza

Debora Lopes de Moura Toniom Sim, na Neo Consultoria e Gestão Empresarial. Tenho experiência em Planejamento e Controle Físico e Financeiro.

David Resende Vieira Sim, na Construtora Pimenta de Ávila. Possuo experiência em Hidrotécnica.

Felipe Amorim Sim, na Mus Engenharia. Tenho experiência em Construção Civil e execução de obras.

Eduardo Nascimento Santos e Gomes Não. Minha experiência é em Saneamento Hidráulico.


Formandos 2013

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Hélvio Luiz Felisberto Sim, na Geogaphos Engenharia. Minha experiência é em Geotecnia.

Gustavo Oliveira Campolina Azeredo Não. Possuo experiência em Estruturas, em Obras e Construções.

Nara Cristina Santos Pereira Sim, na SR Engenharia. Sou Calculista de Concreto Armado.

Igor Flávio de Sousa Não. Possuo experiência em Cálculo de Estruturas.


Fotos: Gilson de Souza

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Formandos 2013

Frederico Zucheratto Sim. Na Construtora Caparaó. Trabalho com Gerenciamento das Obras.

Gabriel dos Santos Vicente Sim, na Racional Sistemas Construtivos. Possuo experiência em Cálculo e Projetos Estruturais.

Glayson Reder Lopes Viana Sim, na Cobrape. Trabalho com Estruturas.

Guilherme da Silva Ribeiro Sim, na Caltra Engenharia. Trabalho com Cálculo Estrutural.



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Formandos 2013

Fotos: Gilson de Souza

Ismar Linhares Stangherlin Como estagiário. Possuo experiência em Planejamento e Obras.

Isabela Rezende Carvalho Não. Minhas experiências são na Avaliação de Imóveis e Obras.

Juliano Carlos Vilaça Não. Tenho experiência em Cálculo de Estruturas.

João Paulo Alves Polcaro Macedo Sim, na Construtora Canopus. Tenho experiência em Construção Predial.


Formandos 2013

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Luis Carlos Costa Carvalho Sim, na MRV. Sou Analista de Obras e trabalho em Construção Civil.

Laís Cristina Freitas Silva Sim, na GeoEstável. Possuo experiência em Geotecnia.

Márcio Gabriel Freitas Sim, na Codeme Engenharia. Tenho experiência em Estrutura Metálica.

Luiza Franco Barroso Faço mestrado em Transportes. Possuo experiência em Transporte Aéreo e Logística.


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Formandos 2013

Fotos: Gilson de Souza

Vinicius Cordeiro de Oliveira Rocha Sim. Trabalho na RCK Engenharia. Trabalho com Cálculo Estrutural em Concreto Armado.

Victor Braga Fiz estágio na UFMG. Trabalho com Planejamento e Orçamento.

Warley Souza Lima Sim, na Adonai. Tenho experiência em Projetos Estruturais.

Wagner Fernando Dias Não. Fiz estágio na UFMG e tenho experiência em Estruturas.

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Brasmic

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Areias Brasmic, sustentabilidade e rentabilidade para construção civil Novas tecnologias agregam valor ao produto e geram sustentabilidade

A indústria da construção civil é uma das maiores consumidoras de matérias-primas naturais, usufruindo entre 20% e 50% dos recursos naturais. Isto se deve, principalmente, às indústrias de cimento e de beneficiamento de agregados, areia e pedra britada. Os meios utilizados para exploração de areia são: dragagem, escavação mecânica ou desmonte hidráulico. Estima-se que 90% da produção nacional de areia, considerada natural, têm sido obtidas a partir da extração em leitos de rios. Esta exploração tem grande potencial de degradação ambiental, além de causar problemas sanitários à população local, pois as cavas provenientes da retirada de material causam gigantescas “poças” de água parada, criando um ambiente propício à proliferação de mosquitos transmissores de inúmeras doenças como a dengue e febre amarela. A exaustão de areias próximas aos grandes centros consumidores e restrição desta atividade extrativa conduz o mercado consumidor a buscar novas alternativas, a que mais oferece benefícios, como qualidade e menor degradação ambiental e a exploração das cavas de areia “in natura” além da classificação através do processo de beneficiamento mecanizado em lavadores helicoidais e hidro ciclones. O que representa uma alternativa ao processo convencional de extração por dragas de sucção, em leitos de rios e várzeas, considerado um método natural. A produção de areia por este processo apresenta duas vantagens: uma ambiental e a outra econômica. A primeira visa à redução dos impactos ambientais ocasionados pela extração convencional, principalmente das áreas mineradas nos leitos e várzeas dos rios. A segunda é econômica, pois uma das grandes vantagens da areia beneficiada é que pode ser produzida em instalações de

Areia

Grossa

Extra Grossa

beneficiamento. Localizadas próximas aos grandes centros urbanos, o que reduz o custo da matéria prima para seu maior mercado consumidor: a indústria da construção civil. Além disso, ela possui maior uniformidade e qualidade, sendo processadas de forma a atender as diferentes etapas da obra com padronização e respeitos as normas técnicas brasileira ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas ). O processo de beneficiamento da Brasmic Mineração Areia & Brita e constituído da remoção de impurezas finas (lavagem), classificação e secagem. Em principio o material e retirado da jazida e transportado até a planta de beneficiamento, onde ocorrerá a sua transformação. Com a homogeneização do produto e descarte da argila e material contaminante é possível produzir areia grossa, extra grossa, média, média mista, fina e cascalho. O controle tecnológico e respeito às normas da ABNT é visível em todas as etapas de produção e a padronização do produto são visíveis no processo. Evitando desperdício de matéria prima viabilizando um impacto ambiental menor e recuperável. A areia beneficiada pela Brasmic Mineração Areia & Brita é um produto de qualidade superior, por ser limpa e categorizada através da granulometria determinada pela ABNT. Cada tipo segue uma especificação, que resulta em atestado de qualidade e fidelidade às normas. Seu uso é diversificado, como por exemplo, na fabricação de concreto, junção de vários agregados (areia, brita, pedra, pó de pedra). Todos os tipos de agregados devem estar livres de impurezas orgânicas e seguir a curva granulométrica, de acordo com sua classificação. A qualidade do produto é essencial, pois interfere no processo e no resultado final da obra.

Aplicações Concreto estrutural; dreno/filtros; asfalto e artefatos de concreto em geral Drenos e filtros

Média

Dreno/filtro; concreto estrutural; concreto de vigas; lajes maciça e pré- fabricada; piso e artefatos de concreto

Média mista

Concreto estrutural de vigas; lajes pisos e artefatos de concreto, alvenaria e reboco externo e interno

Fina

Cascalho

Alvenaria e reboco interno Filtros, dreno e sub-base e encascalhamento de estradas e ruas sem pavimentação asfáltica


Brasmic

Fotos: Divulgação

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A Brasmic Mineração Areia & Brita mantem à disposição dos clientes uma equipe especializada de consultores para atender individualmente as necessidades do cliente. Uma empresa honesta só sobrevive dentro de uma sociedade se for para contribuir para a satisfação das necessidades das pessoas. Este é o objetivo principal da Brasmic Mineração Areia & Brita, este fato é tomado como premissa. Sobre este aspecto nossa primeira prioridade são os consumidores, é necessário e mesmo vital para a empresa, que eles se sintam satisfeitos por um longo tempo após a compra de nossos produtos e utilização de nossos serviços. Acontece que as necessidades das pessoas mudam continuamente, para se manter competitiva no mercado a Brasmic Mineração Areia & Brita desenvolve novos produtos e serviços melhores, seguros, de entrega rápida, e aplicação mais rápida e econômica que a dos concorrentes. A Brasmic Mineração Areia & Brita fornece areia para de-

pósitos de construção, construtoras e consumidores finais, o cliente é a nossa prioridade. Se a Brasmic marca a entrega, pode ter certeza que vai chegar. Em um negócio tão dinâmico como a construção, logística é fundamental, afinal, por dia, 3,0 mil toneladas de areia precisam chegar ao seu destino. Para alcançar seus objetivos logísticos a empresa conta atualmente com 130 funcionários, 26 caminhões toco, 20 caminhões traçados e 10 carretas, carregadeiras, tratores, escavadeiras e moderna unidade de beneficiamento de areia. A frota é constantemente ampliada e renovada para atender a demanda crescente. A Brasmic Mineração Areia & Brita mantem à disposição dos clientes uma equipe especializada de consultores para atender individualmente as necessidades do cliente. Para facilitar a relação


Brasmic

Divulgação

com os clientes mantém um moderno site: www.brasmicmineração. com.br, que permite fazer pedidos, programar a entrega da mercadoria e conhecer mais sobre esta empresa que prima pela transparência e respeito ao consumidor. A importância da mineração de areia para a indústria da construção civil é pouco conhecida pela população local e órgãos encarregados do planejamento urbano e regional, no Brasil. Provavelmente, isto se deve aos preços relativamente baixos dos insumos minerais, ainda que a relevância deles possa ser constatada através da alta demanda pela indústria da construção civil. A areia é extremamente importante para a sociedade, pois está diretamente ligada à qualidade de vida da população. O seu uso possibilita a construção de moradias, silos, armazéns, saneamento básico, hospitais, pavimentações, escolas e toda uma gama de melhoria no

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desenvolvimento urbano. Como reconhecimento de nossos esforços em produzir e atender a demanda do mercado da construção civil da região metropolitana de Belo Horizonte a Brasmic Mineração Areia & Brita conquistou seguidamente nos últimos anos o 3º, 4º, 5º, 6º Top Engenharia 2010, 2011, 2012, 2013 conferido pela associação de Ex Alunos da UFMG, o Top Of Quality Brasil 2012, 2013 e o 10º, 11º premio IMEC de Engenharia 2012, 2013 concedido pelo Instituto Mineiro de Engenharia Civil em reconhecimento pelo desenvolvimento e melhoria da construção civil na região metropolitana da Capital Mineira. Diretoria da Brasmic se sente honrada e com grande responsabilidade em continuar a atender com personalização, qualidade, padronização, inovação, e logística eficiente a todos os clientes que nos honram com sua parceria.

A areia beneficiada pela Brasmic Mineração Areia & Brita é um produto de qualidade superior, por ser limpa e categorizada através da granulometria determinada pela ABNT.


Gilson de Souza

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Mineirão

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Obras de reforma do estádio Mineirão são concluídas


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O

Mineirão

Fonte: Secopa-MG

com capacidade para 65 mil pessoas, onde funcionará o estacionamento e área de serviços do estádio, e de uma passarela de 15 m de extensão até o Mineirinho. Em estrutura metálica, a nova cobertura tem 26 m a mais que a anterior e uma membrana PTFE parcialmente translúcida. Já a esplanada foi executada em estruturas de concreto prémoldadas, sendo composta por 530 pilares, 556 vigas e 3.815 lajes pré-moldadas. “Visando a otimização de tempo e recurso, as peças foram montadas concomitantemente com a descarga dos caminhões de transporte. Este procedimento nos proporciona menor prazo de execução e reduz a movimentação de guindastes no canteiro de obras”, disse Ricardo Barra, presidente do consórcio Minas Arena. A usina solar na cobertura do estádio foi instalada pela empresa portuguesa Martifer Solar. O sistema tem capacidade de geração de 1,4 MWp, o suficiente para abastecer, em média, 1.500 residências. Aproximadamente 10% da energia gerada serão fornecidas à arena. Além da energia solar, o Mineirão ainda adotou outras medidas sustentáveis para obtenção do selo Leed. Entre elas, a reutilização da terra retirada para rebaixamento do campo, reaproveitamento dos entulhos provenientes da obra, controle de emissão de poeira e reuso do gramado no Plug Minas, projeto de inclusão social do Governo de Minas Gerais.

Visando a otimização de tempo e recurso, as peças foram montadas concomitantemente com a descarga dos caminhões de transporte. Este procedimento nos proporciona menor prazo de execução e reduz a movimentação de guindastes no canteiro de obras.

A instalação da usina solar do Mineirão honra um calendário de ações sustentáveis implementadas na obra de modernização do estádio. É um privilégio ter em funcionamento a primeira usina solar dos estádios da Copa de 2014

Fotos: Secopa-MG

O Governo de Minas Gerais entregou a obra do Estádio Mineirão (Governador Magalhães Pinto), o gigante da Pampulha. Iniciada em 25 de janeiro de 2010, a reforma para adequar a arena aos critérios da FIFA com a finalidade de receber a Copa do Mundo de 2014 custou cerca de R$ 670 milhões. O projeto básico de arquitetura é do escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados, que assinou em conjunto com o escritório BCMF Arquitetos o projeto executivo. As obras foram divididas em três etapas: na primeira, entre janeiro a junho de 2010, foram feitos reparos estruturais no Mineirão. O serviço foi orçado em R$ 8,3 milhões e os recursos vieram do Governo do Estado. Já a segunda fase de execução envolveu a retirada das cadeiras, a demolição de parte das arquibancadas inferior e geral, e o rebaixamento do campo em 3,4 m para melhorar a visibilidade. Essa etapa foi realizada entre junho e dezembro de 2010 ao custo de R$ 3,5 milhões e os recursos também vieram Governo de Minas Gerais. Em janeiro de 2011, finalmente iniciou-se a terceira e mais importante etapa da reforma. Desta vez, o investimento foi de R$ 654,5 milhões, pagos pela empresa Minas Arena, que é formada pelas construtoras Construcap Indústria e Comércio, Egesa Engenharia e Hap Engenharia. A obra incluiu a cobertura, novos assentos e outras adequações internas do Mineirão, além da construção de uma esplanada

Ricardo Barra - Presidente do Consórcio Arena

Tiago Lacerda - Secretário de Estado Extraordinário da Copa (Secopa)



Mineirão

Fotos: Secopa-MG

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Arena agora tem o gramado rebaixado, cobertura para todos os 64 mil assentos e uma esplanada para o estacionamento e as áreas de serviços. A reforma do estádio, iniciado em 25 de janeiro de 2010, teve custo total de R$ 666,3 milhões. Energia elétrica gerada será injetada na rede por meio de uma subestação de alimentação situada dentro do estádio de Belo Horizonte

Novo Mineirão: Transformação em três anos de obras O dia 25 de janeiro de 2010 foi o ponto de partida da reforma do Mineirão, sendo quase três anos de trabalho. O torcedor que estava acostumado a frequentar a arena vai constatar que a fachada, eleita como patrimônio municipal, foi mantida. Mas internamente o estádio foi completamente renovado. “A fachada foi mantida porque é um bem tombado pelo patrimônio histórico. Então tivemos de adequar a modernidade à estrutura antiga. Quando o Mineirão foi construído, não havia as técnicas de

engenharia nem as exigências do futebol atual, então tivemos que pegar a antiga carcaça e transformá-la numa moderna arena”, disse Ricardo Barra, diretor-presidente do Consórcio Minas Arena. Na reforma e modernização, mais de 9 mil toneladas de aço, 717 toneladas de concreto e 137 máquinas foram utilizadas. Trabalharam três mil pessoas no momento de pico, sendo 82 jovens que assinaram a carteira pela primeira vez, 103 mulheres e 46 detentos que puderam reduzir a pena com o trabalho no estádio. Também foram oferecidos cursos de alfabetização e noções de informática aos operários.


Mineirão

Além de ter sido o responsável pela reforma, o consórcio responderá pela operação do estádio nos próximos 25 anos. Pelo modelo da parceria, o Estado de Minas foi responsável pelo monitoramento da reforma e agora vai fiscalizar o funcionamento da arena. O contrato estabelece 200 indicadores de desempenho para assegurar a qualidade do serviço prestado pelo parceiro privado. A nova arena reúne 62.160 assentos – todos cobertos – e conta com 98 camarotes, além de lounges com instalações exclusivas. Outra novidade é o restaurante panorâmico em um espaço de 1.160 m², com capacidade para 370 pessoas. Os jornalistas contam com área exclusiva com capacidade para atender 388 profissionais, com 160 estações de trabalho. Uma área comercial de mais de 7,5 mil m² terá até 47 lojas. Além disso, 58 bares e lanchonetes estarão espalhados por todos os setores. Perto dos bares, televisores garantem que o torcedor não perca um lance da partida. Cinquenta e quatro banheiros vão atender o público em geral, 15 são destinados às áreas de hospitalidade e dez estão na área externa, totalizando 79. Vestiários Jogadores também estão bem instalados. Há vestiários para duas equipes de cada lado, o que evita a divisão dos espaços em dias de rodada dupla. Outros dois vestiários são exclusivos para árbitros, um feminino e um masculino, além de espaços dedicados à comissão técnica, sala do roupeiro e sala do mascote. Os locais são equipados com armários, chuveiros e banheiras de hidromassagem. Segurança O sistema de monitoramento conta com 364 câmeras, sendo 170 fixas. A equipe de segurança privada trabalha com o apoio da Polícia Militar e pode chegar a 800 homens em dias de grandes eventos. Dois telões de LED de 98m² acima dos gols transmitem informações ao público. Sustentabilidade Práticas sustentáveis foram adotadas desde o início da reforma, em 25 de janeiro de 2010. Ao longo dos quase três anos de trabalho, várias ações foram implementadas para que o estádio possa conquistar a certificação LEED na categoria “Nova construção e renovação principal”. Cerca de 90% do entulho da obra foi reaproveitado. As antigas cadeiras foram doadas a outros estabelecimentos esportivos do Estado. Foi feito um controle da emissão de poeira, produtos sustentáveis foram priorizados e a água da chuva foi reaproveitada com a ajuda de um reservatório de seis milhões de litros. Outra marca importante está na cobertura: uma usina solar é capaz de transformar a radiação em energia elétrica. As placas fotovoltaicas presentes na cobertura têm potência de 1,6 megawatt e captam energia suficiente para suprir a demanda de cerca de 1.200 residências de médio porte. Investimento e gestão O custo total da obra foi de R$ 666,3 milhões, sendo R$ 400 milhões de financiamento federal. Para a reforma, foi feita uma “Parceria Público-Privada” (PPP) entre o governo de Minas e o consórcio vencedor da licitação realizada em 2010, o Minas Arena. Além de conduzir o trabalho de modernização, cabe ao consórcio a operação do estádio por 25 anos. Nesse modelo, o Estado de Minas tem a função de monitorar a obra e fiscalizar o funcionamento do estádio.

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Inaugurada Usina Solar Fotovoltaica do Mineirão Segundo estádio para a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 a ser entregue, o Mineirão agora tem uma usina solar. O Governo de Minas e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) promoveram a cerimônia de entrega da Usina Solar Fotovoltaica (USF) do estádio no dia 17 de maio desse ano. O empreendimento foi financiado em 80% com fundos do Banco de Desenvolvimento da Alemanha, Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW). O evento faz parte das comemorações do Ano da Alemanha no Brasil. A USF Mineirão tem uma potência instalada de 1,42 MWp, com cerca de 6.000 módulos fotovoltaicos, sendo que toda a energia gerada será injetada na rede de distribuição da Cemig. Já a implantação da USF Mineirinho, que terá potência de 1,1 MWp, está em processo de elaboração de edital. Os empreendimentos fazem parte do Projeto Minas Solar 2014 da Cemig. Com essa potência, a usina será capaz de atender aproximadamente 900 residências de médio porte. A energia elétrica será injetada na rede da Cemig por meio da subestação de alimentação do Mineirão, situada dentro do estádio. Toda a energia produzida será introduzida na rede, sendo que 10% vai retornar à Minas Arena e será utilizada dentro do Gigante da Pampulha. Modelo alemão A iniciativa de se instalar uma central geradora de energia a partir dos raios do sol no Mineirão e no Mineirinho foi inspirada nos estádios de Freiburg, considerada a capital solar da Alemanha, de Berna, na Suíça, e nos estádios solares construídos para a Eurocopa 2008. A usina começou a ser montada no Mineirão em dezembro do ano passado, com os trabalhos de preparação e impermeabilização da cobertura para a montagem das estruturas metálicas de suporte das placas fotovoltaicas. A Usina vai contribuir para que o Mineirão seja reconhecido como uma edificação sustentável e obtenha a certificação de Green Building. “A instalação da usina solar do Mineirão honra um calendário de ações sustentáveis implementadas na obra de modernização do estádio desde as primeiras demolições até os dias de hoje. Cerca de 90% dos resíduos sólidos gerados com a obra, por exemplo, tiveram destinações sócio-ambientais responsáveis, como a terra, o metal e o concreto. É um privilégio ter em funcionamento a primeira usina solar dos estádios da Copa de 2014”, destaca Tiago Lacerda, secretário de Estado Extraordinário da Copa (Secopa). Durante a obra, cerca de 75.000 m³ de concreto foram britados e reutilizados para pavimentação de ruas de municípios vizinhos, 250.000 m³ de terra foram aproveitadas em recuperação de áreas degradadas em cavas de mineradoras na Região Metropolitana e em outras obras do estado. Mais de 50.000 cadeiras foram doadas para ginásios e estádios do interior do Estado e toda a sucata metálica foi destinada para usinas recicladoras. Dezoito mil metros quadrados de grama foram replantados no Plug Minas, no bairro Horto, com economia de R$ 130 mil para o estado. Além disso, foram implantados lava-rodas para limpeza dos caminhões na saída da obra para evitar sujeira no entorno do estádio, mas com um sistema eco eficiente, com reaproveitamento da água por meio de caixas de decantação e bombas, com economia média de 18.000 litros de água por dia. Fonte: Novo Mineirão – Governo de Minas Gerais


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Ibram

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Arquivo Ascom: Ibram

Bons parceiros na preservação da história

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Ângelo Oswaldo: formado em Direito pela UFMG na turma de 1971, é Presidente do Ibram, Instituto Brasileiro de Museus

Natural de Belo Horizonte, Ângelo Oswaldo cursou Direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde se formou em 1971. Sempre ligado à cidade de Ouro Preto, participou ao lado de Murilo Rubião da criação da Fundação de Arte de Ouro Preto, a FAOP. Como gestor público, foi secretário de Turismo e Cultura da Prefeitura Municipal de Ouro Preto entre 1977 e 1983, além de ter sido prefeito da cidade histórica por três mandatos: 1993 a 1996, 2005 a 2008 e 2009 a 2012. A convite do então governador Itamar Franco, assumiu o cargo de Secretário de Cultura do Estado de Minas Gerais entre 1999 e 2002. Foi presidente do Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Cultura (2002) e Ministro Interino de Estado da Cultura do Brasil nos anos de 1986 e 1987, na gestão do então Ministro Celso Furtado. O cargo de Presidente do Ibram, Instituto Brasileiro de Museus, veio a convite da Ministra da Cultura, Marta Suplicy, e sobre sua responsabilidade estão cerca de 3.300 museus espalhados por todo o Brasil, sendo 30 administrados diretamente pelo órgão que preside. “É uma tarefa empolgante. Todo museu é um grande espaço privilegiado no meio cultural, por ser um centro de memória e

apresentar uma dinâmica intensa através dos desdobramentos sociais que se desenvolvem dentro dele”, explica o presidente que tem procurado nos seus primeiros quatro meses de gestão intensificar e estimular a criação de novas unidades museológicas em diversos municípios brasileiros. Para isso, “é necessário alertar os governos, planejadores e políticos para a importância dos museus como um instrumento de transformação social para modelos reais de avanços para determinadas regiões”, detalha. Outras iniciativas estão sendo traçadas, como no caso do Museu Mariano Procópio (Mapro), situado na cidade mineira de Juiz de Fora, que possui em seu acervo mais de 50 mil objetos de grande valor histórico, artístico e científico. “Conseguimos liberar recursos e minha gestão já começa com respostas muito importantes graças ao apoio da ministra Marta Suplicy”, ressalta. Currículo Ângelo Oswaldo dirigiu o IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, entre 1985 e 1987. Em 2009, tornou-se presidente da Associação Brasileira de Cidades Históricas. Membro


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Ibram

Fotos: Gilson de Souza

fundador da Rede de Cidades Barrocas da América Latina foi eleito vice-presidente para o biênio 2011-2012, em Puebla, México, o que lhe proporcionou muita experiência no sentido amplo do seu trabalho. “É um privilégio trabalhar com museus e uma experiência muito rica num país como o nosso. Ajuda na formação da cidadania de cada indivíduo e desperta no brasileiro a identidade real do que é ser Brasileiro, pois auxilia na compreensão histórica da formação de um povo”, explica. Ângelo Oswaldo teve a oportunidade de trabalhar em diversas missões internacionais. Por meio dessas experiências, trouxe para o Brasil pontos positivos, observados em muitos museus que visitou pelo mundo. Essa oportunidade lhe possibilitou adquirir um conhecimento mais amplo de diversidade cultural, assim como quando participou em agosto último, na cidade do Rio de Janeiro, da 23ª Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus, o ICOM. “As experiências trocadas neste evento são muito importantes para nós, como IBRAM, pois é um momento de projetar diversas realizações para o Brasil”, define. Algumas ideias marcaram o evento como a criação de “Pontos de Memória”, iniciativas comunitárias reconhecidas e apoiadas pelo IBRAM, em que as comunidades são as principais responsáveis pela preservação de sua história e de sua memória. Durante os dias do Congresso, o Museu construído dentro da Favela da Maré foi um dos mais procurados pelos congressistas estrangeiros, que optaram por conhecer uma comunidade local que se abriu para receber o primeiro museu criado dentro de uma favela do Rio de Janeiro. “Essa iniciativa traz uma maior valorização da vida individual e coletiva dos moradores, fazendo com que eles se autoconheçam”, explica Ângelo

Em sentido horário: Museu de Arte Religiosa e Tradicional - Cabo Frio (RJ) Museu Imperial - Petrópolis (RJ) Museu da Inconfidência - Ouro Preto (MG) O Instituto Brasileiro de Museus é responsável pela administração direta de 30 museus. São casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. Para conhecer mais, acesse: www.museus.gov.br/os-museus

Oswaldo, que completa com a frase: “é a musealização de espaços que se abrem democraticamente para todo o povo brasileiro”. Em Belo Horizonte não é diferente. Pudemos ver como o Centro da capital se revitalizou depois da criação do “Museu de Artes e Ofícios”, na Praça da Estação. Um local público antes tomado por andarilhos e moradores de rua, “abriu seu espaço para a criação de um museu que transformou por completo uma cidade”, detalha o presidente do IBRAM. “Além do Cine Brasil, situado na Praça Sete, que trará em suas dependências museus com o mesmo molde dos ‘Pontos de Memória’ e será inaugurado em breve para revitalizar ainda mais o hipercentro de BH”, ressalta. Minas Gerais sempre ganhou notoriedade com sua história. As nossas cidades históricas são bem procuradas internacionalmente, com destaque para Ouro Preto e suas diversas igrejas e museus. “Podemos regionalizar ainda mais essas mudanças, citando a criação do Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico do Inhotim, que projetou Minas Gerais para o mundo. É a visibilidade que ganhamos com a criação de um museu a céu aberto”, destaca Ângelo Oswaldo. O presidente do Instituto Brasileiro de Museus é um dos homenageados no VI Prêmio Top de Engenharia. Perguntado sobre o prêmio recebido, enfatizou sensibilizado: “Fico extremamente feliz por esta homenagem. A gestora da Associação dos ex-alunos da Escola de Engenharia da UFMG é uma entidade que nos dá um belíssimo exemplo de museologia ao preservar a história da Escola de Engenharia, da própria Engenharia em Belo Horizonte e dela como um todo. Acompanho sempre sua evolução e deixo registrado meu desejo de longa vida a este brilhante projeto”, finaliza.



Arquidiocese

Como as grandes capitais, Belo Horizonte também terá sua própria catedral, cuja maquete, pode ser observada à esquerda.

Missa marca início da construção da Catedral de Belo Horizonte

Divulgação: Arquidiocese de São Paulo

Acima, Catedral de Brasília, ao lado, a Catedral de São Paulo e abaixo a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro

Divulgação: Arquidiocese de São Paulo

Arquivo: Arquidiocese de Belo Horizonte

Gilson de Souza

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Arquidiocese

por Mônica Salomão

Projeto assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com previsão de custo de R$ 100 milhões, será edificado em um terreno de 24 mil metros quadrados na Região Norte da capital mineira Arquivo: Arquidiocese de Belo Horizonte

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Nesse ano, o Domingo da Misericórdia teve um significado a mais para os fiéis belo-horizontinos. No dia 7 de abril, durante missa presidida pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D’Aniello, foi iniciada a construção da Catedral Cristo Rei. A igreja-mãe da Arquidiocese de Belo Horizonte será erguida em um terreno de 24 mil metros quadrados na Avenida Cristiano Machado, no Bairro Juliana, na Região Norte da capital. A Catedral será formada por duas peças laterais, com 100 metros de altura, que irão sustentar uma cúpula de 60 metros de diâmetro. Pavimentos formarão uma praça, que será equipada com concha acústica para celebrações, com estrutura para missa campal e apresentações culturais e artísticas. No terreno já está a Cruz de Cristo Rei, com 20 metros de altura, feita de aço e nióbio, minérios de Minas Gerais. O campanário terá sete sinos que representam as notas musicais. Quando estiver concluída, a Catedral terá capacidade para receber milhares de fiéis. Em entrevista à Revista Engenheiro, dom Walmor de Oliveira Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, fala sobre a história da Catedral, a parceria com Niemeyer e as expectativas em relação ao desenvolvimento da obra.


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Arquivo: Arquidiocese de Belo Horizonte

Arquidiocese

A Catedral Cristo Rei muito me encanta. É especial. Tenho grande satisfação por esse projeto, tanto que foi escolhido para ser a capa do livro sobre as catedrais que minha equipe e eu projetamos. É um projeto que me gratifica.

Quando foi desenvolvido o projeto de construção da Catedral de Belo Horizonte e quem o idealizou? A história da Catedral Cristo Rei é quase centenária. Começa em 1921, quando foi instituída a Arquidiocese de Belo HoriA Catedral Cristo Rei é a última que faço. zonte. Naquela época, a cidade contava com apenas três igrejas: Tem tudo o que um arquiteto pode querer: São José, Nossa Senhora da Boa Viagem e Nossa Senhora do aspectos relacionados à estrutura, luz, Rosário. Dom Antônio dos Santos Cabral, primeiro arcebispo contraste da forma e da natureza. É uma metropolitano, deveria escolher uma delas para ser a catedral arquitetura rica, complexa e abrangente. provisória, até que a definitiva fosse edificada. Dom Cabral esEstou certo que esse templo será o lugar colheu a igreja Nossa Senhora da Boa Viagem. Em 1936, após a mais visitado de Belo Horizonte e de Minas realização de um grande evento na capital mineira, o Congresso Gerais. Eucarístico Nacional, começa a ser edificada a Catedral Cristo Rei, no lugar onde atualmente é a Praça Milton Campos. Lá, dom Oscar Niemeyer (1907-2012) Cabral abençoou a pedra fundamental e a cripta chegou a ser Responsável pelo projeto arquitetônico da construída. O projeto era arrojado, uma réplica da Basílica de São Catedral Cristo Rei Pedro, em Roma, coincidindo com a previsão feita pelo urbanista Depoimento retirado do site Aarão Reis, quando projetou Belo Horizonte, a primeira cidade www.catedralcristorei.com.br planejada do Brasil. Porém, os numerosos desafios da época e a enfermidade de dom Cabral adiaram por décadas esse sonho. Em razão do sentido rico do que é uma catedral - a igreja-mãe de uma diocese ou arquidiocese - retomamos o projeto. Após um período de consultas, de diálogo com bispos, padres da Arquidiocese, religiosos e fiéis, procuramos o arquiteto Oscar Niemeyer e pedimos o desenvolvimento de um projeto. Não tenho dúvidas de que a Catedral Cristo Rei será um centro de irradiação da fé, lugar para a acolhida de todos que desejam viver a fraternidade, a caridade e cultivar os princípios necessários para a vida cidadã.


Arquidiocese Marcos Figueiredo / Divulgação Arquidiocese de BH

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Em abril, operários receberam a bênção do arcebispo durante a cerimônia que marcou o início da construção da Catedral Cristo Rei

O que motivou a escolha da Região Norte da capital para a construção da Catedral? Belo Horizonte e sua região metropolitana mudaram bastante ao longo dos anos. A própria Arquidiocese, que inicialmente contava com apenas três igrejas, hoje está presente em 28 municípios, congrega quase 1,5 mil comunidades de fé, instituições na área da educação, saúde, comunicação e cultura. O local escolhido para a edificação da Catedral Cristo Rei, na Av. Cristiano Machado, em frente à Estação Vilarinho do Metrô, é estratégico, pois está no epicentro da Arquidiocese de Belo Horizonte e, ao mesmo tempo, na periferia da capital. Ao ser construída no chamado Vetor Norte de Belo Horizonte, a Catedral Cristo Rei poderá decisivamente contribuir para o desenvolvimento humano, social e promover a inclusão de muitos cidadãos, particularmente daqueles que são mais necessitados. Para a Arquidiocese de Belo Horizonte, qual a importância de se ter um projeto assinado por Niemeyer? Na identidade de Belo Horizonte está o trabalho do arquiteto Oscar Niemeyer, que ganhou projeção nacional e internacional a partir de suas obras na capital mineira, do Complexo da Pampulha, referência especial à igreja São Francisco de Assis. Assim, ao escolher Niemeyer, respeita-se a arquitetura que identifica a cidade. A escolha deve-se também às características do trabalho do arquiteto, que se aproxima da obra de arte. A arte é um caminho para a transcendência e diálogo com Deus. Na opinião do Sr. qual o diferencial do projeto da Catedral Cristo Rei em relação às outras catedrais do país? As catedrais são igrejas-mãe das comunidades de fé que formam uma diocese ou arquidiocese. Assim, cada catedral traduz a riqueza de um povo, sua cultura e religiosidade. As grandes cidades brasileiras têm belíssimas catedrais. Belo Horizonte precisa de uma igrejamãe capaz de acolher um grande patrimônio de seu povo, a fé cristã católica. Será um espaço para grandes celebrações, para a evangelização e, ao mesmo tempo, para integrar e ampliar os serviços que a Igreja oferece à sociedade, sobretudo aos mais necessitados.


4,5 m


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Arquidiocese Qual é o custo da obra e quanto a Arquidiocese tem em caixa? A Arquidiocese de Belo Horizonte arrecadou 20% dos recursos necessários para a obra, que, segundo projeções, requer um investimento da ordem de R$ 100 milhões. Todos devem cultivar o entendimento de que a Catedral Cristo Rei é uma obra que marcará para sempre a história da capital e de sua região metropolitana. Lembro-me do que me disse, certa vez, o arquiteto Oscar Niemeyer. Ele acreditava que a Catedral Cristo Rei será o lugar mais visitado da cidade e de Minas Gerais. É importante lembrar que o desenvolvimento da obra será determinado pelo solicitado Quem é a empresa responsável pela execuengajamento de todos os segmentos da ção do projeto? sociedade e de todos os cidadãos. Cada um A Mendes Júnior é a empresa responsável pela é convidado a ajudar, para que o mais rápido execução do projeto. Trata-se de uma empresa mineira, possível termine a edificação da Catedral Cristo especializada no desenvolvimento de obras projetadas Rei. pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que são de grande complexidade. Nos trabalhos que envolvem a edificação da Dom Walmor de Oliveira Azevedo, arcebispo Catedral, temos priorizado a competência das empresas metropolitano de Belo Horizonte sobre a previsão de de Minas Gerais. entrega da Catedral Cristo Rei Neste momento, qual etapa do projeto está sendo executada e qual a previsão para a entrega da Catedral Cristo Rei? Estamos na primeira etapa, que abrange operações de terraplanagem e contenções. A edificação da Catedral Cristo Rei será marcada por seis grandes fases. Mas, é importante lembrar que o desenvolvimento da obra será determinado pelo solicitado engajamento de todos os segmentos da sociedade e de todos os cidadãos. Cada um é convidado a ajudar, para que o mais rápido possível termine a edificação da Catedral Cristo Rei. A proposta da Catedral é fazer com que os fieis se sintam mais acolhidos? O que a estrutura vai oferecer aos fieis? A Catedral Cristo Rei será um grande centro de irradiação da fé, do serviço social, da educação, arte e cultura. Sua infraestrutura servirá às obras sociais de evangelização da Arquidiocese, que se articulam e incentivam outras iniciativas nas paróquias e instituições diversas. Assim, cada fiel, ao olhar para a Catedral Cristo Rei, deverá compreender que ali será lugar para fortalecer a sua comunidade e a comunhão entre as paróquias. Espaço importante para a arte e a cultura, com o projeto do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, bem como da educação, sendo coerente com a tradição da Arquidiocese de formar integralmente o cidadão.

Marcos Figueiredo / Divulgação Arquidiocese de BH

Para os interessados em contribuir com o projeto, como as doações podem ser feitas? A campanha “Faço Parte” congrega todos que contribuem para a edificação da Catedral. Aquele que deseja apresentar sua oferta deve procurar a Campanha, pelo telefone (31) 3209-3559 ou pelo site da Catedral Cristo Rei (www.catedralcristoreibh.com.br).


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Centro de Memória

Divulgação Centro de Memória da AEAEEUFMG

Gilson de Souza

Centro de Memória da Engenharia é realidade

I

por Raisa Mendes Fernandes – Bibliotecária responsável da AEAEEUFMG

Instalado no prédio da Rua da Bahia, nº 52, cedido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Centro de Memória da Engenharia deixa de ser um projeto de professores idealistas para transformar-se em realidade. A criação do Centro de Memória da Engenharia é uma iniciativa da Associação de Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG, com o objetivo primordial de recupera, reunir e manter o acervo histórico da Biblioteca Prof. Mário Werneck, da Escola de Engenharia da Universidade, além de preservar objetos e peças relativas à evolução da Engenharia. O Centro de Memória é composto por duas unidades de informação: O Museu Prof. Hugo Luiz Sepúlveda e a Biblioteca Prof. Olavo Aurélio Lacerda Pires e Albuquerque.

Museu Prof. Hugo Luiz Sepúlveda Através de doações diversas, foram reunidos no Museu Prof. Hugo Luiz Sepúlveda, equipamentos e máquinas que hoje compõem um acervo de mais de 900 peças museológicas. Trata-se de aparelhos relacionados ao exercício da profissão de engenheiro em suas várias

especialidades: eletrotécnica, transmissão e recepção, computação, topografia, instrumentos de pesos e medidas, entre outros. O Museu Prof. Hugo Luiz Sepúlveda em breve sofrerá reformas em sua estrutura para voltar ao funcionamento normal com abertura para o público. Biblioteca Prof. Olavo Aurélio Lacerda Pires e Albuquerque O projeto foi iniciado em 2006, em parceria com a Eletrobrás e Cemig. Foi aprovado pelo Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet que se tornou a alavanca propulsora para que os procedimentos de processamento técnico, pessoal e compra de equipamentos pudessem ser viabilizados para a futura inauguração e abertura da Biblioteca Prof. Olavo Aurélio Lacerda Pires e Albuquerque, parte integrante do Centro de Memória da Engenharia. As atividades relacionadas ao tratamento do acervo já foram iniciadas, envolvendo a catalogação, higienização e reparo dos livros. Futuramente será disponibilizado no site da AEAEEUFMG o portal


PASI

O que Ê o PASI O Plano de Amparo Social Imediato, PASI, foi criado em 1989 com o propósito de resgatar a dignidade dos trabalhadores brasileiros e de suas famílias nas horas mais difíceis. Pioneiro e inovador, o PASI Ê o seguro de vida em grupo mais conhecido e recomendado do seu segmento de atuação. Aceito em âmbito nacional, este seguro protege os trabalhadores ativos legalizados, os trabalhadores em regime de trabalho temporårio, e os terceirizados.

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Abrange, ainda, empresas de qualquer porte, alÊm de possuir a melhor relação preço x produto do mercado. Atende empresas de todos os setores. No entanto, Ê especializado e possui ampla experiência no atendimento a Convençþes Coletivas de Trabalho (CCT). Hå 21 anos no mercado, o PASI foi desenvolvido para aprimorar as questþes sociais das empresas oferecendo tranquilidade para o empresårio e amparo ao trabalhador. Com processos simplificados, proporciona recursos financeiros imediatos caso ocorra algum dos eventos cobertos pelo plano. Equipe PASI O Clube PASI de Seguros Ê uma empresa que se preocupa com o bem estar de seus colaboradores, oferecendo um agradåvel ambiente de trabalho em uma moderna sede exclusiva, que proporciona aos funcionårios ambientes especialmente projetados para integração, conforto e relaxamento. Investimos na capacitação pessoal e profissional de nossa equipe, promovendo a interação e o crescimento do grupo. Somos uma empresa socialmente responsåvel, que se baseia nos princípios do desenvolvimento sustentåvel para incentivar em nossos colaboradores uma consciência que ultrapassa as fronteiras da empresa.

Premiaçþes PASI 2012 O PASI foi homenageado em 4 importantes prêmios por sua excelência na atuação no mercado de seguros ao longo do ano de 2012. Ser indicado e receber essas premiaçþes reforçam o reconhecimento do mercado e o pleno comprometimento do seguro em contribuir cada vez mais para o desenvolvimento e crescimento dos empresårios e segurados no cenårio nacional.

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Fotos: Divulgação Centro de Memória da AEAEEUFMG

Centro de Memória

para consulta deles. Todos poderão realizar buscas pelo acervo da biblioteca de seu computador pessoal, sem haver necessidade de deslocamento até a biblioteca. Os equipamentos já foram comprados pelo projeto, como por exemplo, uma mesa higienizadora, um aspirador e também um purificador de ar, além de estantes de aço para armazenar as obras raras e estantes para exposição de livros. Também haverá uma reforma do espaço físico da Biblioteca Prof. Olavo Aurélio Lacerda Pires e Albuquerque, onde a unidade será dividida em setores. O projeto arquitetônico foi elaborado pelo arquiteto André Pinto, também diretor da AEAEEUFMG e nele, estão previstos uma sala para leitura informal, com sofás, jornais e revistas. Um espaço para pesquisa do acervo nos terminais de consulta e outro espaço para estudo individual e em grupo. A Biblioteca Prof. Olavo Aurélio Lacerda Pires e Albuquerque será voltada, principalmente, para o associado e ex-aluno da Escola de Engenharia da UFMG que já concluiu a graduação e não possui mais vínculo com a Universidade. A Biblioteca, além de possuir o próprio acervo, será também uma espécie de ponte de ligação com a Biblioteca Prof. Mário Werneck, da Escola da Engenharia da UFMG, por meio do empréstimo entre bibliotecas. Dessa forma, o ex-aluno se sentirá incluído novamente como usuário do acervo da Universidade.

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Centro de Memória

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Fotos: Divulgação Centro de Memória da AEAEEUFMG

Realidade que todos podemos fazer parte

Instalado na rua da Bahia, 52, o Centro de Memória da Associação faz parte do acervo histórico da própria capital dos mineiros

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A Associação dos Ex-Alunos da EEUFMG (AEAEEUFMG) foi fundada em 20 de dezembro de 1959, é a entidade Gestora do Centro da Memória da Engenharia, criado pela Reitora da UFMG Vanessa Guimarães, em 28 de setembro de 1993, cujo patrono é o Professor Hugo Luiz Sepúlveda e, ambos, não possuem fins lucrativos. A AEAEEUFMG, desde sua criação, tem desenvolvido inúmeras atividades de união e congraçamento de todos os profissionais da Engenharia e mantém as publicações do seu Jornal A Ponte e da Revista Engenheiro, que sempre enviamos aos nossos As-

por Eng. Tárcio Primo Belém Barbosa Presidente

sociados. Em Convênio com o CREA-MG a Associação está providenciando a reforma de sua Sede à rua da Bahia 52, que temos a honra de ocupá-la, por deferência da UFMG e do Governo Federal, naquilo que é de sua competência onde, no 1º andar será montado o Centro da Memória e, no 2º andar, a Secretária da Associação e a Biblioteca do Centro da Memória. O Centro da Memória já dispõe de um acervo histórico de 1.200 instrumentos, doados por diversos colegas da Engenharia, que


Centro de Memória

Fotos: Gilson de Souza

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Escadaria liga recepção ao segundo andar, onde se localiza a Biblioteca Prof. Olavo Aurélio Lacerda Pires e Albuquerque. Local onde será totalmente reformulado para atender melhor os ex-alunos da Escola de Engenharia e demais visitantes, além do Museu Prof. Hugo Luiz Sepúlveda



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Projeto mostra como será o layout interno do prédio situado na rua da Bahia A reforma completa do prédio onde está inserida a gestora do Centro de Memória da Associação de Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG pode começar a qualquer momento.

Centro de Memória




Centro de Memória

Fotos: Gilson de Souza

poderão ser aumentados através de outras coações. Nossa Biblioteca possui cerca de 30.000 exemplares, dos quais 3.000 são de obras raras, todas doações de nossos profissionais. Para sua informação, lembramos-lhe que a Associação possui: e-mail: aeaeeufmg@yahoo.com.br, site: www.aeaeeufmg.eng.br,

Objetos raros poderão ser visitados com mais comodidade após as reformas que poderão ser iniciadas ainda esse ano de 2013

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endereço: rua da Bahia 52 – Belo Horizonte – 30160-010, telefone: (031) 3273-3023. A participação de todos os profissionais da área de engenharia é fundamental para que possamos continuar o nosso trabalho de união dos nossos amigos de trabalho.


CENTRO DE MEMÓRIA DA ENGENHARIA O Centro de Memória da Engenharia da UFMG é formado por duas unidades de informação: o Museu Professor Hugo Sepúlveda e a Biblioteca Professor Olavo Aurélio de Lacerda Pires de Albuquerque, ambos administrados pela Associação de Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG.

Museu Prof. Hugo Sepúlveda Possuidor de um acervo de mais de 1000 peças museológicas, o Museu é composto por aparelhos e objetos relacionados com o exercício da profissão de engenheiro em suas várias especialidades: eletrotécnica, transmissão e recepção, computação, topografia, instrumentos de pesos e medidas etc.

Biblioteca Prof. Olavo Aurélio de Lacerda Pires e Albuquerque Detentora de um rico acervo de obras raras e de obras doadas por professores da EEUFMG, a biblioteca será voltada principalmente para os alunos do 7º, 8º, 9º e 10º períodos da graduação (aspirantes) e para os formados associados à AEAEEUFMG.

Fonógrafo de Edson, 1870. Wattímetro, 1904.

Além do envolvimento de ex-alunos e professores, o Centro precisa do apoio e iniciativas de grande alcance para a comunidade em geral e dos engenheiros, em particular. O Centro de Memória será reformado para assim retomar o seu atendimento ao público externo. Enquanto isso, contamos com a participação de todos com doações para o nosso acervo.

Fotos ilustrativas do Projeto Preliminar do Museu Prof. Hugo Sepúlveda

Ajude o Centro de Memória da Engenharia

Em fase de abertura, a Biblioteca já iniciou os trabalhos preliminares de higienização e catalogação do acervo, para sua inauguração em futuro próximo.

Os associados e aspirantes terão na Biblioteca um espaço para estudo, discussão e lazer.

A participação de professores e ex-alunos e as contribuições da comunidade empresarial, por meio de doações ou da utilização de incentivos da Lei Rouanet, são fundamentais para que o Centro de Memória da Engenharia sejam plenamente alcançados. Fotos ilustrativas do Projeto Preliminar da Biblioteca Olavo Aurélio de Albuquerque

DOE LIVROS PARA A BIBLIOTECA! DOE PEÇAS PARA O MUSEU! SEJA O NOSSO PATROCINADOR!

Se ainda não pode ser um associado, seja um aspirante e fique por dentro das novidades da Biblioteca! Contato: biblioteca@aeeaeufmg.eng.br

Associação de Ex-Alunos da Escola de Engenharia – UFMG Rua da Bahia, nº 52 – Centro – Belo Horizonte, MG Contatos: (31) 3273-3023 secretaria@aeaeeufmg.eng.br www.aeaeeufmg.eng.br





Gilson de Souza

64 Turismo


Turismo

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Nova Revolução Cubana: do sol, do mar, do luxo


Gilson de Souza

Turismo

Entender Cuba é preciso entender um pouco de sua história. Ao chegar à maior ilha do Caribe a primeira impressão do visitante é de uma viagem ao tempo, daí o turismo cultural ser tão difundido. Um terço das pessoas que por aqui passam vêm em busca de sua história. Panorama que aos poucos está se transformando, pois o que Cuba deseja mostrar ao mundo é seu outro lado. O lado do sol, do mar, pois aqui existe apenas uma única estação do ano, o verão. Tudo envolto de muito luxo nos resorts de categoria 5 estrelas all inclusive de alto padrão internacional construídos nos últimos 10 anos ao norte da Ilha. Imagine praias paradisíacas com areia branca que, de tão fina, não esquentam os pés. Imagine aquela água calma na cor inconfundível do azul-turquesa a perder de vista. Agora imagine tudo isso com um quiosque de bebidas free a pouco mais de 50 metros da piscina ou do seu bungalow interligadas por passarelas de madeira. Imagine. Os Cayos de Cuba estão bem mais próximos que você pode imaginar.


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Fotos: Gilson de Souza

Turismo

Da barbearia (página anterior) com os móveis centenários na cidade de Remédios ao “El Capitólio” na capital Havana, centro do poder da família Castro; aos carros das décadas de 1940, 1950, que são os marcos de glórias passadas e do embargo econômico que fechou as portas de Cuba.


Turismo

Gilson de Souza

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J

História Janeiro de 1959. Liderados por Fidel Castro, cerca de 80 guerrilheiros conseguem tomar o poder do então presidente-ditador Fulgêncio Batista com total apoio da população que, na época, era miserável, analfabeta e sem perspectivas de futuro. Cuba havia se tornado uma ilha dos prazeres para o vizinho do norte, os Estados Unidos. Eles comandavam indiretamente toda economia da Ilha que girava em torno da cana de açúcar. “A figura mais importante de Cuba era o Embaixador americano e não o próprio Presidente”, dizia um senador americado. Diversos empresários americanos se infiltraram no governo de Batista, explorando legalmente o jogo através de cassinos. Bordéis cubanos eram frequentados em sua maioria por fuzileiros navais o que aumentou radicalmente o índice de prostituição e o uso de drogas no país. Desde que Cuba declarou sua independência dos espanhóis em 1898, último país das américas a fazer isso, tornou-se extremamente dependente dos Estados Unidos. Primeiro, pela proximidade: são apenas 145 quilômetros mar adentro e, segundo, pela relação comercial com seu principal produto de exportação, o açúcar produzido: quase uma dependência colonial. Foram mais de 50 anos de exploração, culminando na revolução cubana de Fidel Castro, Ernesto Che Guevara e Camilo Cienfuegos, que tanto se ouve e desenhou a Cuba histórica que vemos hoje.

Santa Clara Cidade com quase 300 mil habitantes está situada bem próxima do centro de Cuba a 270 quilômetros a leste da capital, Havana.

Sua distância do litoral foi a causa de sua fundação à 323 anos comemorada em julho próximo: seus primeiros moradores estavam fugindo dos constantes ataques piratas da vizinha e litorânea cidade de San Juan de los Remédios. Para a história recente, foi aqui, em 1958, que Che Guevara liderou 23 guerrilheiros contra 408 soldados de Fulgêncio Batista, tornando-se vitorioso ao desencarrilhar um trem blindado usando um trator para arrancar os trilhos. Ele estava carregado de munições e até um fuzil capaz de derrubar aviões e, se direcionava ao leste, na tentativa de barrar Fidel Castro e sua conquista revolucionária em Sierra Maestra. Travada a batalha, muitos soldados se renderam sem ao menos dar um tiro sequer. No outro dia, Santa Clara estava em poder de Guevara, e como Batista fugiu menos de 12 horas depois para a República Dominicana, a batalha foi determinante para a Revolução e o governo instaurado a partir daí. Socialismo Ao tomar o poder, Castro tomou diversas atitudes para o bem-estar da população, entre eles, a maior reforma agrária da América Latina. Foram mais de 200 mil camponeses recebendo títulos de propriedades, acabando com os grandes latifundiários do país, além de proibir estrangeiros de possuírem terras. Em plena Guerra Fria entre USA e URSS, os planos marxisistas de Fidel não agradaram os americanos desprezados, resultando no embargo econômico à Ilha. Começou então o relacionamento comercial entre Cuba e União Soviética com praticamente toda produção de açúcar sendo trocada por petróleo e outros produtos industrializados. No meio dessa situação toda, o golpe final para os americanos: Cuba se declara socialista.


Turismo

A nova Revolução Décadas mais tarde, depois de passarem por diversas crises financeiras, Cuba olha para si própria e percebe a riqueza que tem em mãos. Dotada de uma natureza sem igual, encontra no turismo o grande aliado para quaisquer problemas enfrentados. “Apostamos no desenvolvimento do turismo. Cuba, juntamente com seus recursos naturais, é um lugar único onde o diferencial é a bondade, generosidade e a hospitalidade de nosso povo”, disse Manoel Marrero, Ministro de Turismo de Cuba, num evento para jornalistas e operadores de viagem do mundo todo. A população cubana conta hoje com pouco mais de 12 milhões de pessoas. Eles possuem um sistema de saúde excepcional e, impressionantes, 99,8% no índice de alfabetismo. A renda é baixa e o transporte ainda é ultrapassado. Mas são pontos que, aos poucos, vão sendo vencidos, principalmente pelo desenvolvimento na área turística. Nas cidades, o serviço de táxi é muito eficiente: levam mais que um passageiro nos grandes veículos cinquentenários, além de possuírem sempre algo a mais a oferecer, como é o caso dos pacotes de charutos inconfundíveis de Cuba.

um material abundante encontrado nos arredores: pedraplén. Uma espécie de aterro sobre a água, com pequenas pontes para manter o fluxo marítimo, ao longo de 48 quilômetros mar adentro. Recebeu em 1998 o “Premio Internacional Puente de Alcántara” em sua sétima edição, concedida a grandes obras públicas no âmbito iberoamericano. Para se atravessar, um pedágio no valor de $4 CUC ($1 CUC equivale a $0,75 Euros) é cobrado tanto para carros, como para veículos maiores. Nos Cayos Las Brujas no estado de Villa Clara, encontra-se nove hotéis com quase seis mil habitações, sendo 94% deles na categoria de 5 estrelas. Além dos resorts, uma clínica internacional para atendimentos médicos de emergência, diversos Pueblos espalhados, pequenas vilas com lojas de artesanato local, restaurantes dotados de cozinha internacional e farta oferta cultural, tanto para o dia, quanto para a noite. Conta ainda com uma Marina de onde saem passeios regulares de Catamarã, com especial destaque para o “Crucero del Sol”, de onde se tem uma vista privilegiada do pôr do sol. O retorno para terra firme é feito pelo Acuario & Delfinário que possui um refinado restaurante esperando os navegantes com suas delícias do mar. Aquário e Delfinário Com shows aquáticos de golfinhos e focas é uma visita obrigatória para os amantes da vida marítima. A entrada custa $12 CUC e pode-se passar o dia assistindo à apresentações dos animais que se

Gilson de Souza

Cayos do norte A maior revolução ocorrida nos últimos anos está situada ao norte. São os chamados Cayos, pequenas ilhas dotadas de uma natureza exuberante. Para vencer a distância com o continente, as ilhotas foram interligadas ao continente por uma impressionante obra de engenharia. Em 1995, estradas foram construídas por cima da água com

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Para vencer a distância com o continente, as ilhotas foram interligadas ao continente por uma impressionante obra de engenharia. Em 1995, estradas foram construídas por cima da água com um material abundante encontrado nos arredores: “pedraplén”. Uma espécie de aterro sobre a água, com pequenas pontes para manter o fluxo marítimo, ao longo de 48 quilômetros mar adentro. Recebeu em 1998 o “Premio Internacional Puente de Alcántara” em sua sétima edição, concedida a grandes obras públicas no âmbito iberoamericano.


Turismo

Fotos: Gilson de Souza

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Em sentido horário: turistas se divertem com o show dos golfinhos: bem de perto é muito mais fascinante. Mausoléu onde se encontra os restos mortais de Che Guevara: “Hasta La victoria siempre”. Teatro da Cidade de Santa Clara: história e cultura caminham lado a lado. Sempre bem receptivos, grupos de dança encantam com sua simpatia. Artistas locais sempre se apresentam para os turistas nos “Resorts All Inclusive”. Famoso pelos charutos que são exportados para o mundo todo, as fábricas situadas no interior de Cuba oferecem empregos que são bem disputados pelos moradores. Experimentar o produto final pode render um salário razoável ao final do mês.



Fotos: Gilson de Souza

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“Jardines Del Rey” é considerada uma das 10 praias mais lindas do planeta pelo guia “The Lonely Planet”. Seu azul turquesa, é confundido muitas vezes com a cor da piscina de algum Spa que pode estar a poucos metros de distância.

Turismo


Turismo exibem ao lado de seus treinadores. O contato direto também é permitido através de um pacote extra de $60 CUC, onde o turista pode ficar até vinte e cinco minutos na água interagindo com dóceis golfinhos. Em Cayo Las Brujas, para aumentar a comodidade para o visitante, cinco instalações que oferecem serviço de SPA´s com banhos especiais e massagens foram construídos em locais estratégicos que dão vista para o privilegiado mar do Caribe. Um aeroporto com vôos regulares desde Havana ainda é uma boa alternativa para quem deseja fugir das estradas nacionais de Cuba que, mesmo sendo calmas, ocupam boa parte do precioso tempo. Todos esses atrativos podem ser percorridos através de ônibus panorâmicos regulares oferecidos a todos os hóspedes dos resorts nos cayos. Sem dúvida, um outro prazer sem igual, pois a vista do segundo andar desses veículos, aliada à brisa do mar proporciona uma satisfação extra ao turista, principalmente quando se está bem acompanhado.

Gilson de Souza

Trans-Gaviota Todos esses serviços de hotelaria, transportes marinhos e terrestres, além de traslados aéreos domésticos; agências de turismo, logística e entretenimento estão associados ao grupo de turismo cubano Trans-Gaviota. Uma empresa responsável por comercializar os produtos turísticos de Cuba formada em 1988, responsável por capacitarem profissionais que irão oferecer um serviço requintado e diferenciado ao visitante, como o de guias bilíngues e com treinamentos específicos de sua área de atuação, como é o caso do capitão Leonel Sabatés Amaral que a mais de 25 anos navega pelas águas transparentes entre os Cayos de Las Brujas, Cayo Coco e Cayo Guilhermo. Aportando na charmosa Playa Pilar, Capitão Amaral diz que o trajeto feito foi seguindo os mesmos passos de Ernest Hemingway, quando escreveu sua auto-biografia “O velho e o mar” lhe rendendo

O jornalista Gilson de Souza viajou a Cuba a convite da operadora Sanchat Tour, na ocasião do FITCuba 2012, a Feira Internacional do Turismo cubano.

73 o prêmio Pulitzer em maio de 1952 e mais tarde o Prêmio Nobel de Literatura em 1954. “Aqui é uma das mais belas praias de todo mundo”, dizia Hemingway. All Inclusive Ao voltar para o hotel, o turista sente-se em casa. Por vezes, encontra sobre sua cama, uma delicada obra de arte feita com a toalha de piscina. As camareiras costumam deixar um bilhete escrito à mão dizendo do prazer que sente em atender sua habitação. Com certeza, uma agradável forma de conhecer quem é responsável por arrumar o seu quarto. Como todos os resorts dos Cayos possuem o sistema All Inclusive, ou seja, não é necessário gastos extras na alimentação e nas bebidas, o jantar se torna outra fonte de prazer. Os Cubanos são muito festeiros e suas músicas contagiantes. Costumam recepcionar aqueles que chegam ao luxuoso salão do jantar com músicas típicas. São canções que contam a história da Revolução Cubana, exaltam nomes como o de Fidel e Raul Castro, além do eterno el Comandante, Che Guevara e sua famosa frase: “Hasta la victoria siempre”, imortalizada em versos. Esquecer dos problemas do dia-a-dia, esquecer dos problemas enfrentados pelos cubanos e sua baixa renda é inevitável quando se está frente a frente com as danças e suas canções. É contagiante e você vai acabar se entregando à salsa, ao mambo e ao merengue. Em meio a diferentes tipos de queijos e à farta carta de vinhos espanhóis, você acaba entendendo o sentido do refrão que se ouve: “hoje sou cubano, mesmo não sendo um legítimo cubano”, é uma revolução e uma quebra de paradigmas culturais muito fáceis de ser absorvido.


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a o d r u a t z u f e t o d r e a i c t a garan

é a i r ó t s i h a r a v r e s Pre

Acervo Paulo Campos Christo

Rodoviária de BH

A imagem mostra ao centro o canteiro de obras do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro, nossa atual Rodoviária. Sua construção se iniciou em Agosto de 1969 e foi concluída no início de 1971, sendo inaugurada em 9 de Março do mesmo ano. Foi erguida numa área de 28.000 metros quadrados na Praça Rio Branco, no local outrora ocupado pela Feira Permanente de Amostras, que tinha frente para a Avenida Afonso Pena e foi demolida em 1965, e pela antiga Estação Rodoviária do Brasil, construída em 1941, que tinha frente para a Avenida do Contorno. Foto de 1969. Fonte: Acervo Paulo Campos Christo Fonte: bhnostalgia.blogspot.com.br

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