CACT informa #10, março de 2013

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mar 2013

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Todos os saberes estão no caminho certo?

Unicamp decide em 20 e 21 de março seu novo “magnífico” reitor JOSÉ TADEU JORGE

MARIO JOSÉ ABDALLA SAAD

18/02/1953 (60 anos)

09/08/1956 (56 anos)

Eng. de alimentos (Unicamp, 1975), mestre (1977), doutor (1981), livre-docente (1991), professor titular (1997)

Medico (FMTM, atual UFTM, 1979), mestre (1985), doutor (1988), livre-docente (1996), professor titular (2004)

Diretor da Feagri (1987-1991 e 1999-2002), diretor-executivo da Funcamp (1990-1992), chefe de gabinete do reitor (1992-1994), pró-reitor de desenvolvimento universitário (1994-1998), coordenador geral da Unicamp (2002-2005), reitor (2005-2009), presidente do CRUESP (2007-2008), secretário municipal de educação de Campinas (2009-2011)

Diretor da FCM (1998-2002 e desde 2010), diretor pro-tempore da FCA(2009-2010)

Na lista de supersalários, com ganho anual de R$ 338.441,37 em 2011

Na lista de supersalários, com ganho anual de R$ 265.530,16 em 2011

48,3% dos votos no 1º turno — 41,95% dos docentes, 62,48% dos servidores e 35% dos discentes

40,08% dos votos no 1º turno — 41,95% dos docentes, 26,51% dos servidores e 52,01% dos discentes

VICE: ALVARO PENTEADO CRÓSTA, 07/08/1954 (58 anos), geólo- VICE: MARCELO KNOBEL, 18/07/1968 (44 anos), físico (Unicamp, go (USP, 1977), mestre (1982), doutor (1990), livre-docente 1989), doutor (1992), livre-docente (2000), professor titular (1995), professor titular (2004), diretor do IG (2005-2009), chefe (2008), coordenador do NUDECRI (2002-2006), diretor do Museu -adjunto de gabinete do reitor (2000-2001) e pró-reitor de desen- Exploratório de Ciências (2006-2008), pró-reitor de graduação volvimento universitário (2001-2002) (desde 2009) Apoios declarados no IG: Elson Paiva de Oliveira, Emilson Pereira Leite, Fresia Ricardi-Branco, Giorgio Basilici, Roberto Perez Xavier, Sueli Yoshinaga Pereira (DGRN), Alfredo Borges de Campos, Pedro Wagner Gonçalves (DGAE), Archimedes Perez Filho, Francisco Ladeira, Marcio Cataia, Ricardo Castillo (DGEO), Newton Pereira (DPCT), Creuza Fujii, Josefina Steiner, Magali Moreira (secretárias), Eduardo Lopes (ATU)

Apoios declarados no IG: Maria Beatriz Bonacelli, Sergio Queiroz, Renato Pedrosa (DPCT)


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ARTE

EDITORIAL

O que esperar do CACT em 2013?

O HEMETERIO RUFINO arquiteto, cartunista e ilustrador cearense de Fortaleza, é autor do livro de cartuns Garatujas (Assis Almeida, 2006) e de Chibata! (Conrad, 2009), sobre a Revolta de 1910. Entre outros trabalhos, vale a pena ver Zeca Dastro e as Diretrizes para o Cadastro Territorial Multifinalitário. | Contato: @hemeterio (twitter) e oiretemeh.blogspot.com

Correio

O

s Anais das Semanas de Geografia foram publicados no fim de dezembro. Algumas das mensagens que chegaram:

É com muita satisfação que tenho a oportunidade de acessar essa página, faço geografia no Centro Universitário Claretiano, estou cursando o 2º ano de Geografia, gostaria de nos próximos Parabéns mais uma vez pelo ex- anos poder participar deste evencelente trabalho realizado (: — to. — Luciano Pinto da Silva André Pasti Parabéns pelo ótimo trabalho! Nossa, os dois anais ficaram mui- Boas Festas! — Rodrigo Cavalto bons - melhores que os de mui- canti do Nascimento tos congressos. — Pedro Michelutti Cheliz Em nome da diretoria do IG, envio os parabéns pelo excelente trabalho! abs, Profs. Silvia e André — Profª Silvia Figueirôa

mundo não acabou. E alguém realmente esperava que acabasse? Ao menos no CACT, não. Em 2012, o CA foi conduzido por estudantes que, desde 2010, com o registro do estatuto da entidade, vêm trabalhando por sua institucionalização e crescimento. A continuidade deste projeto foi garantida com a eleição da chapa “Por um CACT ativo!”, no fim do ano, que já iniciou seus trabalhos. Em 2013, o corpo discente da Geografia pode contar com todo apoio e empenho do CACT, como já vem acontecendo há tempos. Entre as realizações do ano passado, destacamos a organização da VIII Semana de Geografia da Unicamp, em setembro, a maior até agora; a viabilização de transporte para eventos como o XVII Encontro Nacional de Geógrafos em Belo Horizonte, em julho, e o XV Encontro Regional de Estudantes de Geografia do Sudeste em Duque de Caxias (RJ), em novembro. O CACT também vem mantendo bom diálogo com outras entidades e instâncias do IG e da Unicamp, como o CAGEAC,

Transporte para os estágios Os estudantes matriculados nos estágios obrigatórios da licenciatura, no IG ou na FE, têm direito a auxílio transporte de 30 reais por mês durante o semestre letivo. A escola tem de estar a mais de 3 quilômetros da Unicamp. Alertem seus orientadores!

Semana de Geografia Já tem data a IX Semana de Geografia da Unicamp. Anote na agenda: será realizada entre 23 e 27 de setembro. A organização acontece durante as reuniões do CACT.

Semestre movimentado O segundo semestre promete: também acontecerão na Unicamp o III Encontro Regional de Ensino de Geografia, organizado pelo professor Rafael Straforini e o X ENANPEGE — Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação em Geografia, em agosto e setembro, respectivamente. A professora Tereza é Novo nome para a FEC O CACAU — CA da Arquitetura a presidente da associação e o e Urbanismo — promove eleição secretário é o professor Lindon. entre os estudantes do curso para IGC 5 sugestão de novo nome para a FEC, cuja sigla exclui o curso, A Unicamp ficou em terceiro lucriado há quinze anos, assim co- gar entre as dez universidades mo a Geografia da Unicamp. São públicas brasileiras na Faixa 5 do sete opções, FECAUrb, FE- Índice Geral de Cursos (IGC) do CivAU, FEAU, FAEC, FAUEC, INEP, na atualização divulgada FECFAU e FECArqUrb. O cacó- em janeiro. São 27 IES nesta faifono FECAU ficou de fora. xa, 1,3% do total.

A Coordenação

Quer participar do CACT informa? Textos, elogios, críticas, fotos, charges podem ser enviadas cact@ige.unicamp.br

EXPEDIENTE

A pauta é discutida nas reuniões ordinárias, que acontecem às terças!

CENTRO ACADÊMICO DE GEOGRAFIA E CIÊNCIAS DA TERRA — GESTÃO “POR UM CACT ATIVO!”

CACTadas do Guaxinim Setentinha Seu Aníbal completou 70 anos de vida em fevereiro e se aposentou na compulsória. Sua comunidade no orkut — “Aníbal porta de entrada do IG”, criada em 2005 — ainda existe e tem 69 membros.

a Atlética e o DCE, o que demonstra o amadurecimento político conquistado ao longo das gestões. A mudança da sede conjunta para um prédio reformado proporcionou um canto mais confortável para os estudantes nos momentos de ócio (criativo, é claro), para os bares do CACT e para as reuniões, como os Cafés com os RDs, que voltaram a ser regulares. O início da publicação do CACT informa, que chega agora à sua décima edição, também foi um dos trunfos da gestão. O boletim prossegue, agora com nova tipografia e novo formato. As fontes usadas são a Prociono (que em esperanto significa “guaxinim”!) e a StoneSans. Ainda quanto à comunicação, estão previstas também a reformulação e a atualização do site. Porém, nem tudo está feito ainda, como um sistema de avaliação do curso e das disciplinas alternativo e mais eficaz. Neste sentido, o apoio do corpo discente às iniciativas do CACT também é importante para superar os desafios colocados pelo ano que começa, que certamente não será o último!

Cursos de línguas O projeto CPL — Cursos Populares de Línguas (projetocpl.org) — do Centro Acadêmico de Filosofia (CAFIL) recebe novas inscrições a partir de 18 de março. Francês, inglês, italiano, alemão e espanhol a preços acessíveis. Diretor da ESRI na PUC David Dibiase, master of Science em Cartografia e diretor da ESRI, estará na PUC-Campinas no dia 29 de maio, comemorando o dia do geógrafo. As inscrições são gratuitas. Contato: Gabriela Ippoliti (gippoliti@img.com.br). PIBIC As inscrições de projetos para a nova leva de bolsas de iniciação científica do CNPq serão feitas na entre 1º e 14 de abril! Converse com seu orientador! Ordinária E as reuniões ordinárias do CACT acontecem todas as terças, às 18 horas. Compareça!

Anderson Cordeiro Sabino (101466), André Lopes de Souza (080674), Diogo Ronchi Negrão (081170), Éverton Vinícius Valezio (091055), Gustavo Henrique Beraldino Teramatsu (081566), Iago Vernek Fernandes (136105), Jonathas José Paghi Magalhães (117427), Lincoln John Leite Medeiros (141953), Luciano Pereira Duarte Silva (106127) , Lucinei da Silva Cordeiro (117781), Marcos Henrique dos Reys Lourenço (141759), Paulo Edson Schink Gonçalves (141986), Rafael Cesar Rigamonte (137337), Rolver Bernardes Costa (120130), Stéphanie Rodrigues Panutto (092994), Thiago Corrêa Zanini (137714) e Valderson Salomão da Silva (104238) CACT INFORMA #10 | MAR 2013 Boletim dos estudantes de Geografia da Unicamp

Edição Gustavo Teramatsu Textos Gustavo Teramatsu e Thiago Zanini Leitura crítica André Lopes de Souza e Melissa Steda Capa Fotos oficiais das campanhas dos reitoráveis (tadeuealvaro.blog.br e nocaminhocerto.org)


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Nos meandros do Velho Chico A expedição de PH pelas margens de um dos mais importantes rios brasileiros

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ovembro de 2011. Philipe Geraldi Branquinho, o PH, atualmente no quinto ano do curso, teve sua bicicleta, recémadquirida e parcelada em doze vezes, furtada na Unicamp. Faltavam ainda nove meses para pagá-la. O boletim de ocorrência e o cartaz dedicado ao ladrão de bicicletas, como no clássico filme de Vittorio de Sica, não foram suficientes para reavê-la. Para reaver a bicicleta, PH preparou uma rifa. Enquanto vendia os números, PH não sabia que os amigos e a família se organizavam e, em poucos dias, conseguiram reunir o dinheiro suficiente para comprar uma nova. O presente foi entregue numa festa dedicada a PH, em dezembro, o que reforçou a vontade de fazer a viagem. “Agora, mais do que nunca, preciso fazer a viagem para o Rio São Francisco e queria que soubessem que esta viagem, a partir de agora, não é só pra mim, mas pra todos vocês que de uma forma ou de outra me ajudaram! Acho que é parte de um todo que eu posso

fazer para retribuir este feito maravilhoso que fizeram”, ele escreveu aos amigos, na época. A primeira etapa da viagem, com cerca de 250 quilômetros, foi feita no início de janeiro, entre Campinas e Poços de Caldas, onde PH teve de extrair um siso. A continuação da expedição — dali até Delfinópolis, passando por Franca, onde vive a família do amigo Diego Peliciari, que organizou a vaquinha para a nova bike — foi adiada em duas semanas. Foi nesse período que a história de nosso colega passou a ser conhecida nacionalmente. Primeiro no Jornal de Poços e, depois, no portal de notícias G1 (Estudante da Unicamp faz expe-

des às margens do Velho Chico”. A viagem, que só vai terminar no fim de junho, serve também de trabalho de campo da pesquisa que culminará com a publicação do trabalho de conclusão de curso a ser orientado pelo professor Vicente. No começo de fevereiro, PH passou pela nascente do rio, na Serra da Canastra (foto), e mandou notícias de Iguatama e Lagoa da Prata (MG). A estrada longa e sinuosa

De Lagoa da Prata, PH seguirá para o norte, por rodovias estaduais mineiras. Ainda em Minas dição de bicicleta ao Rio São Gerais, passará pela represa de Francisco e Universitário vai via- Três Marias e alguns de seus mujar 3,5 mil km de bicicleta até foz nicípios lindeiros, e também por do Rio São Francisco, 19 de janei- Buritizeiro e Pirapora — separadas pelo rio —, além de algumas ro). Ao jornal, PH explicou: “o outras cidades situadas à marobjetivo da minha expedição é gem direita do rio, como a homômostrar, por meio da fotografia e nima São Francisco. PH cruzará o rio novamendos relatos, os vários ‘rios são te perto de Januária, ainda em franciscos’ que existem ao longo Minas Gerais, seguindo pela do percurso. Para fazer isso, é inevitável não conhecer as cida- margem esquerda até Carinha-

nha, a primeira cidade baiana do roteiro. De novo pela margem direita, atingirá Bom Jesus da Lapa e passará por cidades como Xique-Xique e Barra, antes de chegar à represa de Sobradinho. Ali, na divisa de Bahia e Pernambuco, está a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE) do polo Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). O rio divide os dois estados até o complexo hidrelétrico de Paulo Afonso, já na divisa com Alagoas. Próximo do fim da viagem, PH cruzará o Sergipe e deverá chegar à foz do rio em Piaçabuçu, no sul de Alagoas, completando quase sete dezenas de municípios visitados. Apesar de ser uma viagem solitária, os amigos podem acompanhar e comentar pelo blog e pela página no Facebook, onde PH compartilha fotografias e impressões: nosmeandrosdovelhochico.blogspot.com

facebook.com/ nosmeandrosdovelhochico


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Tranquilidade e integração marcam as matrículas no IG

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Luciano Duarte

Calouros foram recebidos com guache e informações sobre o curso e a Unicamp

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novidade da Comvest em 2013 foi a préconfirmação de matrícula online, que agilizou o processo de chamadas do vestibular. As matrículas em primeira e em segunda chamadas ocorreram na Engenharia Básica nas manhãs de 18 e 21 de fevereiro. A Comissão de Trote preparou uma recepção bemhumorada com o que tinham à mão — tintas, farinha, orégano e até suco de caju. A matrícula no IG foi destaque no portal da Unicamp, com entrevistas de alguns dos alunos ingressantes. Os monitores e os veteranos tiravam dúvidas dos pais e dos calouros sobre a vida acadêmica e os cursos de Geografia e Geologia, pela segunda vez com ingresso separado no vestibular. O professor Lobão — que, apesar de aposentado, ainda contribui na disciplina Ciência do Sistema Terra — acompanhou todas as

matrículas, como costuma fazer há anos, e conheceu alguns de seus novos alunos. A confirmação de matrícula aconteceu na véspera do início das aulas, durante todo o dia 25. Na ocasião, os alunos receberam seus cartões provisórios e informações do Trote da Cidadania e foram convidados para o tradicional banho de lama, realizado numa república próxima à Unicamp. Nos dias seguintes, nos intervalos da grade horária, ocorreram os pedágios necessários à arrecadação para a choppada do IG, que será realizada em breve, na primeira semana de abril. As matrículas seguintes ocorreram em 27/fev, 8, 12 e 15/mar. O DCE faz campanha contra o trote machista. Neste mês, ocorrem diversas atividades cujo alvo são os novos estudantes, como as Calouríadas, a Calourada Integrada do DCE e a Calourada Colorida.

Intercambistas haitianos são agora alunos regulares do IG Decisão foi aprovada pela Congregação do Instituto

C

onhecidos por sua simpatia, nossos colegas Guerby Sainte, Ismane Desrosiers e Ralph Charles, três dos 45 intercambistas do Haiti que chegaram à Unicamp em 2011 por meio do Programa Emergencial Pró-Haiti, da CAPES, poderão concluir seus estudos no Brasil e se formar em Geografia pela Unicamp. Outros 33 estudantes haitianos terão a mesma oportunidade, possível

graças a uma articulação entre a CAPES e diversas instâncias da Unicamp. Ismane, da Université d'État d'Haïti, veio matriculado para o curso de Ciências Sociais, mas ficou no IG. Guerby estudou na Université Polyvalente d' Haïti e Ralph, por sua vez, na Université Autonome de Port-au -Prince, todas localizadas na capital Porto Príncipe, assolada pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010.

Dois novos colegas entram nas vagas remanescentes Ambos estudavam em Sorocaba

T

ransferências, desistências, integralização antes do prazo, mortes: por uma série de motivos uma turma pode ficar com menos alunos do que no primeiro ano, com o ingresso pelo vestibular. Essa diferença é chamada de “vagas remanescentes”, que devem ser novamente preenchidas. O remanejamento interno e a complementação de currículo servem para alunos que já estudam na Unicamp. Mas também, todo ano, paralelamente ao vestibular, ocorre o Processo Seletivo de Vagas Remanescentes. Desta vez, para os cursos de Geografia, foram ofertadas quinze vagas no total: duas no curso integral — para o terceiro semestre (catálogo 2012) —, cinco no curso noturno — uma no 5º semestre (catálogo 2011), três no 7º semestre (2010) e mais três no 9º — (2009), além de oito no antigo Ciências da Terra: quatro para o 5º e quatro para o 9º. As etapas O exame de conhecimentos gerais, com quarenta questões de múltipla escolha, foi realizado em setembro passado. Essa é a primeira etapa. O candidato passa ainda por uma análise curricular. No caso da Geografia, é necessário ter ao menos 10% de compatibilidade dos programas e das cargas horárias das discipli-

nas para estar apto a realizar a prova específica. Sete passaram para esta última fase: três para o curso integral, dois para o curso noturno e mais dois para o antigo Ciências da Terra. De volta a Campinas Para a aprovação, seria necessário obter nota superior a cinco na prova específica, cujo conteúdo é variável de acordo com o semestre em que se pretende ingressar. Para o quinto, por exemplo, as provas são relacionadas às disciplinas GF301 — História do Pensamento Geográfico e GN107 — Ciência do Sistema Mundo I. As provas foram realizadas na primeira quinzena de dezembro, na Engenharia Básica, e o resultado foi divulgado no dia 18 de janeiro na página da Comvest. Apenas dois estudantes foram aprovados para o catálogo 2011: Beatriz de Aragão Sadalla, no curso noturno, e Maurício Moysés, no antigo Ciências da Terra. No ano passado, enquanto ainda eram alunos da UFScar de Sorocaba, ambos participaram da Semana de Geografia da Unicamp. A motivação em transferir o curso para a Unicamp é fácil de entender. Os dois são campineiros: a mãe de Beatriz é professora na Faculdade de Educação e a esposa de Maurício é estudante de Pedagogia também na FE.


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40 bacharéis e licenciados recém-formados

Discurso proferido pelo orador Camilo Coelho aos colegas formandos

B

oa noite. Agradeço a presença de todos vocês que vieram a este auditório nos prestigiar neste momento tão importante para nós. Quero parabenizar os meus colegas que estão se formando na noite de hoje e, em especial, os colegas da Geografia, para os quais dedico estas breves palavras. Cada um de nós possui uma trajetória particular de vida, que nos fez escolher a Geografia e nos deu forças para chegar até aqui. Talvez alguns tenham escolhido por influência de algum professor do colégio; outros porque gostavam da matéria; alguns porque gostavam de mapas, e assim por diante. Entretanto, há algo em comum a todos nós. Todos aqueles que optam pela Geografia têm dentro de si um misto de curiosidade e inconformismo. São curiosos porque querem entender como este mundo se formou e como este mundo funciona. E são inconformados, pois, à medida que estudam o mundo e a sociedade em que vivemos, percebem que um mundo melhor, mais justo e igualitário, é possível. A partir deste momento, cada um de nós fará suas escolhas profissionais. Alguns vão continuar na universidade, envolvidos com a pesquisa; outros vão atuar dentro de empresas e governos, e outros ainda vão encarar a nobre, porém dura, missão de ensinar.

Independentemente do rumo escolhido, faço a vocês uma ressalva: jamais percam de vista esta vontade de compreender e mudar o mundo em que vivemos. Muitos serão as adversidades e obstáculos. Talvez nos tentem encaixar dentro de ideologias, escolas e formas de pensamento; teremos de enfrentar rígidas estruturas burocráticas, a mediocridade e o conformismo. Não vai faltar gente tentando nos vender consensos e verdades absolutas. Não faltarão situações em que seremos convidados a abrir mão do que somos e acreditamos para nos encaixar em um padrão dentro deste pacto de mediocridade que impera em nossa sociedade hoje. Entretanto, jamais podemos deixar isso nos dominar. Jamais podemos ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Jamais podemos nos acomodar e simplesmente aceitar como imutável tudo isso que nos cerca. É fundamental que todos nós mantenhamos um pouco de sonho e de utopia, pois sem isso a vida fica pesada e desprovida de sentido. A meu ver não é simplesmente esse pedaço de papel que recebemos hoje que nos faz geógrafos, bacharéis ou licenciados. O que nos faz geógrafos é esse desejo por estudar, compreender e mudar este mundo. É o sonho de viver num mundo melhor e contribuir para este mundo melhor, seja trabalhando dentro do Estado ou da política, seja produzindo conhecimento, seja ensinando as novas gerações. Meus amigos, se nos deixarmos abater, se nos acomodarmos, se formos passivos e deixarmos a vida nos levar, todo o nosso esforço para chegar até aqui — e nós sabemos quão dura foi essa caminhada, pois esse curso não é nada fácil — terá sido, de alguma forma, em vão. Meus amigos, para encerrar, gostaria de dizer que lá fora, para além deste auditório, há um mundo cheio de contradições, de possibilidades, dúvidas e desafios. Pra lá deste auditório tem muita coisa para fazer. Então vamos à luta, pois ainda tem muita vida pela frente. Isso aqui é só o começo.

A

colação de grau dos cursos do IG foi realizada na noite de 22 de fevereiro, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas, conduzida pela mestre de cerimônias Neide Furlan e presidida pela diretora Silvia Figueirôa. A plateia estava repleta de familiares e amigos dos formandos. E vamos à luta, de Gonzaguinha, foi a trilha durante a entrada dos formandos. Uma comissão organizadora composta por alguns formandos se ocupou dos detalhes do evento: becas americanas e rosas (para quem quis), convites, aluguel de cadeiras, placas de homenagem e exibição de fotos e vídeos e outros frufrus que marcam cerimônias do tipo. Os estudantes usaram beca com faixa azul — por tradição da Unicamp, a mesma de todos os cursos de Humanas, Artes, Exatas, Ciência, Tecnologia e Enfermagem. Medicina, Biologia e Educação Física usam faixa verde e apenas a Odontologia veste faixa vermelha. O patrono da turma foi o professor Archimedes Perez Filho, que lembrou que leciona há mais de quatro décadas, e o paraninfo, responsável pela en-

trega dos diplomas — ao som de Another Brick in the Wall, do Pink Floyd — foi o professor Francisco Ladeira. Ambos fizeram discursos aos formandos, desejando sucesso nas futuras carreiras, que acabavam de se iniciar. O orador foi Camilo Coelho que, ao fim do discurso (ao lado), saudou o colega William Chinelato pelo nascimento de seu filho Pedro Vincenzo, ocorrido naquela manhã. Filipe Nóbrega fez o juramento, repetido em coro pelos formandos. O professor Vicente Eudes Lemos Alves, que ingressou em 2010 no quadro docente do IG, foi homenageado pela turma. Os funcionários Antonio Guerreiro, Aníbal Romano, recémaposentado, Josefina Steiner e Raimunda Nonata de Almeida, também homenageados, foram aplaudidos de pé pelos novos geógrafos e geólogos. O coordenador associado de graduação, professor Giorgio Basilici, encerrou a cerimônia com mais um discurso de humor. O prêmio do CREA de honra ao mérito deste ano, concedido pelo excelente desempenho acadêmico, foram para os bacharéis André Lopes de Souza e Melissa Steda.

Os formandos Estudantes de diversas turmas do curso colaram grau. Nem todos compareceram à cerimônia: André Braga de Souza, André Lopes de Souza, Beatriz Barbi de Oliveira Santos, Bernard Jorge de Andrade. Bianca Gomes de Queiroz, Camila Neubert Favero, Camila Zago Vilela, Camilo Silva de Oliveira Coelho, Claudiane Gonçalves Tonetti, Daniela Aparecida Lanza, Deyse Cristina Brito Fabricio, Diogo Ronchi Negrão, Fábio Rocha Campos, Felipe Lautenschlaeger Pereira, Fernanda da Silva Oliveira, Fernanda Fernandes de Matos, Fernando Zanardo, Filipe da Silva Teixeira de Nóbrega, Flávia Seixas

Lisboa, Gabriel Almeida Angelin, Guilherme Borçal, Guilherme Henrique Gabriel, Gustavo Henrique Beraldino Teramatsu, João Humberto Camelini, Kédima Rodrigues de Carvalho Perroti, Larissa Vieira Oão Lourenço, Luiz Tiago de Paula, Maico Diego Machado, Marcos Roberto dos Reis, Melissa Maria Veloso Steda, Naia Godoy Padovanni, Rafael Felipe Candido, Rafael Vázquez Doce, Renato Calistro Lopes, Sueli de Almeida Santos, Rodrigo César Ruivo, Thiago Correa Jacovine, Vitor Augusto Monteiro Pelegrin, Wagner Wendt Nabarro e Wellington Gomes dos Santos.

Renata Beltramin

Renata Beltramin

Colação de grau de 22 de fevereiro outorga diplomas aos formandos do segundo semestre de 2012


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Dinheiro tem, eu quero o meu também! Proposta de Distribuição Orçamentária deste ano prevê mais recursos para o IG em relação a 2012

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m tempos de folga no orçamento — o que levou o governador Geraldo Alckmin a se irritar com a falta de investimentos das universidades estaduais paulistas e da Fapesp —, a Proposta de Distribuição Orçamentária da Unicamp para este ano foi aprovada pelo Conselho Universitário no fim de dezembro. Revisada trimestralmente, ela oferece um panorama do planejamento orçamentário de nossa universidade. Programa de bolsas e assistência estudantil O programa de bolsas prevê despesas de R$ 17.958.728 entre bolsas de pesquisa e de permanência estudantil. Para o PAD, serão destinados R$ 1.570.230,00; R$ 318.309,00 vão para o Programa de Moradia Estudantil (PME), que recebe um adicional de R$500.000,00 para execução de reformas nos blocos de casas.

No IG Embora o orçamento do IG tenha aumentado em 2013 (tabela abaixo) — 7,25% em relação a 2012 —, este aumento se verificou sobretudo nas despesas com folha de pagamento. 95,2% do orçamento do IG para este ano — R$ 21.151.018,00, contra R$ 18.725.157,00 em 2012 — são para despesas de pessoal, que cres-

N

PESSOAL E REFLEXOS FOLHA DE PAGAMENTO DA UNICAMP

FUNCIONÁRIOS DOCENTES

2013

2012 (R$)

2013 (R$)

4.476.766

5.100.206

variação 20122013 (%)

% do orçamento

13,93

24,11

Ativos

51

51

Aposentados

11

11

689.961

743.676

7,79

3,52

Ativos

49

47

10.957.189

11.233.128

2,52

53,11

Aposentados

13

16

2.331.241

3.058.078

31,18

14,46

18.725.157

20.135.088

7,53

95,20

227.997

3,04

1,08

CATEGORIA B: DESPESAS COMPROMISSADAS DESPESAS CONTRATUAIS PROGRAMA DE MANUTENÇÃO PREDIAL

221.270 97.298

94.317

-3,06

0,45

APOIO ENS. GRADUAÇÃO - PAEG

106.339

101.805

-4,26

0,48

APOIO QUAL. PROD. - PAQPP

145.506

147.161

1,14

0,70

MANUTENÇÃO DE ATIVIDADES EXISTENTES // DESPESAS DE CUSTEIO/CAPITAL

425.502

444.650

4,50

2,10

TOTAL

19.721.072

21.151.018

7,25

100

PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA - PQO

CATEGORIA C: OUTRAS DESPESAS

dual. Ironicamente, mantendo-se estável a parte que cabe à Unicamp, a universidade só receberá mais recursos caso haja aumento do consumo e, portanto, da arrecadação de impostos. Atualmente, a Unicamp

Duas ex-estudantes do programa na Geografia

D

2012

TOTAL

O IG e o ProFIS

e três vagas para o curso de Geografia — uma no curso integral e duas no noturno —, somente a primeira foi preenchida. Mariana da Silva Lima, 19 anos, que fez o Ensino Médio na EE Prof. Milton de Tolosa, no Jardim Leonor, matriculou-se na Geografia, embora sua primeira escolha fosse a Geologia. Garantindo uma vaga para até os dois melhores colocados no ENEM de cada escola pública de Campinas, o ProFIS — Programa de Formação Interdisciplinar Superior, da Pró-Reitoria de Graduação —passou a oferecer, a partir de 2011, 120 vagas anuais. O IG participa nas disciplinas Planeta Terra e Ciência, Tecnologia e Sociedade. Menos da metade dos ingressantes da primeira turma, contudo, colou

Contudo, há pequenos avanços: a diária dos trabalhos de campo subiu de R$47,00 para R$53.00 e os estudantes que realizam estágio obrigatório da licenciatura têm agora de ajuda de custo mensal de R$30,00, estes últimos vindos dos “bolo” de 17 milhões das bolsas da Unicamp, um oásis de riqueza na Região Metropolitana de Campinas.

CATEGORIA A: DESPESAS FIXAS

De onde vem o dinheiro da Unicamp? ão é segredo: o motor da Unicamp vem de transferências mensais do tesouro do estado de São Paulo com base na arrecadação líquida de ICMS, em quota-parte definida por lei esta-

ceram 7,53%. Só as despesas com o pagamento de aposentadoria de docentes cresceram 31,18%! O pagamento dos docentes na ativa equivale a mais de metade do orçamento do IG. Os recursos do subprograma de apoio ao ensino de graduação (PAEG), que correspondem a 0,48% dos 21 milhões de reais, ao mesmo tempo, caíram 4,26%.

grau na mesma noite em que se realizava a formatura do IG (leia na página 5). Alguns desistiram e outros se formarão fora de fase. Outros, ainda, saem por motivos diversos: Érica Rodrigues Soares, 18 anos, que estudou na ETEC Bento Quirino e foi “bixete” de Mariana, não esperou a formatura e prestou o vestibular ao terminar o primeiro ano do ProFIS. Segundo ela, foi uma tentativa bem-sucedida de garantir uma vaga no curso de Geografia. Isto porque a distribuição de vagas nos cursos de graduação para os egressos do ProFIS leva em conta três fatores: o CR do aluno e, portanto, sua classificação na turma, uma lista de preferências de curso (com mais de cinquenta opções a serem assinaladas, em ordem de preferência!)

recebe uma fatia equivalente a 2,1958% do bolo. Somando receitas próprias da ordem de 62 milhões de reais, o valor total previsto para este ano é de R$ 1.917.670.000,00 (~1,9 bilhão de reais) — ligeiramente superior ao do ano passado (quadro ao lado). Mantendo-se a expectativa de aquecimento da economia para 2013, o repasse pode ultrapassar os dois bilhões de reais.

e o número de vagas em cada curso. Suponhamos que os três primeiros colocados queiram medicina, mas só há duas vagas. Os dois primeiros entram no curso, mas o terceiro terá de se matricular em sua segunda opção. Um prato cheio para a evasão. Apesar da meritocracia, as novas estudantes de Geografia relatam que há uma ajuda mútua entre os estudantes do ProFIS, que realmente entendem a vivência universitária como uma grande oportunidade e se dedicam à altura. A carga horária é extensa — quase 30 créditos semestrais, em disciplinas que percorrem diversas áreas do conhecimento. Todos recebem bolsa. Trata-se de uma experiência nova e os estudantes das primeiras turmas sofrem um pouco com isso. Não há, ainda, por exemplo, um centro acadêmico do ProFIS. Apesar de serem unidos, a organização política destes estudantes ainda é frágil para

Transferências para a Unicamp em 2012 MÊS

REALIZADO (R$)

EM RELAÇÃO AO PREVISTO (%)

JANEIRO

147.153.076

+1,7

FEVEREIRO

136.105.237

-5,94

MARÇO

129.513.404

-10,49

ABRIL

141.873.292

-1,95

MAIO

145.284.910

+0,4

JUNHO

139.893.926

-3,32

JULHO

142.446.041

-1,56

AGOSTO

142.700.377

-1,38

SETEMBRO

149.138.576

+3,07

OUTUBRO

152.031.200

+5,07

NOVEMBRO

153.287.728

+5,94

DEZEMBRO

170.153.644

+17,59

TOTAL

1.749.518.411

+0,76

reivindicar melhorias no programa. Mas, de fato, há boas oportunidades, como a iniciação científica, que é obrigatória. Érica começou um projeto com o professor Roberto Greco, do DGAE, sobre recursos didáticos audiovisuais em Geociências e, agora, pode continuá-la. Mariana, por sua vez, fez a iniciação científica com o professor Bernardino Figueiredo, do DGRN, sobre particulados atmosféricos no baixo Tapajós. Apesar dos problemas de uma experiência incipiente, as duas elogiam o curso. “Sinto que o ProFIS contribuiu muito com a minha preparação para o ingresso no curso tradicional de graduação, tendo em vista que já estou habituada com o espaço, com os procedimentos e com o ritmo de estudos”, diz Mariana.


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CACTinforma

Conhecendo a Geografia da Unicamp Levantamento proposto pelo CACT busca o perfil dos estudantes do curso; saiba como participar

A

dúvida surgiu de uma conversa no bandejão: na Unicamp, há cursos de graduação considerados masculinos, isto é, cuja maioria do corpo discente é masculina — caso dos cursos do IC e da FEM —, enquanto há outros que são conhecidos pela quantidade de estudantes do sexo feminino: a Pedagogia, a Engenharia de Alimentos e a Enfermagem, por exemplo. Pode ser que não seja verdade. Mas há também um grupo de cursos em que não é tão fácil atribuir um gênero predominante. Aí se enquadra a Geografia. Com base nos dados dos estudantes matriculados no primeiro semestre de 2012, oferecidos pela Secretaria de Graduação para as Eleições do CACT do ano passado e sintetizados nos gráficos ao lado, foi possível conhecer um pouco melhor o perfil do aluno de Geografia da Unicamp. Trata-se de um curso majoritariamente masculino, embora haja uma distribuição interessante. No curso diurno, a maioria é feminina, mas no curso noturno ocorre o inverso. Não buscamos explicar, por enquanto, a razão para que isso aconteça. Como o número de vagas oferecidas sempre foi maior para o período noturno, há um ano, 82% dos alunos estavam matriculados nas duas modalidades. Porém, essa porcentagem tende a ser cada vez menor, com o ingresso direto no vestibular e a garantia de vinte vagas no curso integral. Antes disso, o curso 54 tinha apenas 26 matriculados em todos os catálogos. De qualquer forma, dada a grande mobilidade de catálogos que marca a graduação — muitos alunos migram de um curso para outro, cursam disciplinas no contraturno sem problema algum de “violar reserva”, terminam uma modalidade e reingressam, já formados, em outra etc. —, é difícil, assim, determinar qual das duas modalidades é preferida pelos estudantes. Isto é: formam-se, no IG, principalmente, professores ou bacharéis? Os dados revelaram que 38% dos alunos estavam matriculados apenas no bacharelado. A pesquisa acadêmica seria mesmo a preferência da maioria dos alunos? Mais uma dúvida. Com o oferecimento da licenciatura nos catálogos mais recentes

Quer saber mais? do curso integral, pode haver um aumento do número de estudantes que cumprem as duas modalidades. Atualmente, são 34%, denotando certo equilíbrio. O parágrafo anterior é especulativo. Buscando maiores informações sobre os estudantes do curso que representa, o CACT preparou um questionário online. Queremos saber mais a res-

Responda o questionário em ige.unicamp.br/cact/conhecendo peito dos estudantes atuais e os egressos. Quantos são hoje? Quem são? De onde vêm? O que fazem? Quais são suas expectativas em relação ao curso e à carreira profissional como professores e/ou geógrafos? Com os resultados, será possível ter uma ideia mais precisa do que desejam os estudantes do IG. Isso subsidiará ações pos-

teriores do centro acadêmico: oferecimento de cursos extracurriculares e organização de espaços para discussão de temas mais relevantes, por exemplo. O questionário pode ser respondido em poucos minutos e, com a ajuda de todos, o que agora é mera especulação vai se tornar, definitivamente, algo concreto e a favor da Geografia.


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CACTinforma

Novos horários dos treinos

Quadras já estão reservadas pela Atlética do IG na FEF para os treinos SEGUNDA

O

s horários de treinos esportivos para os alunos do IG já estão disponíveis! São horários em que as quadras da Faculdade de Educação Física (FEF) ficam reservadas apenas para os estudantes de Geografia e Geologia. Os treinos são ministrados pelos próprios alunos, no formato dos famosos “amistosos”. No caso do basquete feminino e do futsal feminino, haverá um treinador nos treinos de quarta e quintafeira, respectivamente. Não são necessárias inscrições: basta aparecer nos horários determinados e jogar!

FUTEBOL masculino (Quadra 11)

21h — 22h30

Conheça a coordenação do CACT para este ano

E

FUTEBOL DE CAMPO e BASQUETE feminino (Quadra 1)

FUTEBOL feminino (Quadra 10)

ano, passa a ser o novo coordenador de finanças, cargo que estava vago devido ao intercâmbio de João Paulo Marçola na Espanha. Thiago Corrêa Zanini, que cursa o 2º ano, é o novo coordenador geral. Rafael Rigamonte, também novato no CACT, é o novo secretário. O cargo era ocupado por Gustavo Teramatsu. Um dos trunfos da nova coordenação é ter membros em diferentes momentos do curso, o que deve facilitar o diálogo com os estudantes de todos os anos. Mesclam-se coordenadores com ampla experiência na gestão do CACT e na representação estudantil e integrantes mais novos, que devem garantir a continuidade dos trabalhos realizados pelo centro acadêmico.

FUTEBOL feminino (Quadra 4) e VÔLEI masculino e feminino

FUTEBOL masculino (Quadra 4)

BASQUETE masculino (Quadra 2)

Novos coordenadores

m reunião extraordinária realizada no dia 28 de fevereiro, foram indicados os novos coordenadores do CACT para o ano de 2013. Diogo Negrão, no CACT desde 2008, continua como coordenador de assistência estudantil e Luciano Pereira Duarte Silva, do 4º ano, como coordenador de comunicação. Stéphanie Panutto, também do 4º ano, será a nova coordenadora de ensino, pesquisa e extensão, cargo antes ocupado por Diego Nascimento, que deixa o CACT. Everton Valezio, do 5º ano, por sua vez, será o novo coordenador de eventos, substituindo Maico Machado, que se formou. O excoordenador geral Valderson Salomão da Silva, o Zinho, 4º

QUINTA

HANDEBOL (Quadra 4)

17h — 19h

19h — 21h

QUARTA

VÔLEI masculino e feminino

12h — 14h

15h — 17h

TERÇA

BASQUETE feminino (Quadra 1)

No smartphone CCUEC lança app para Android Instale o Unicamp Serviços com o QR code

N

ada mais decepcionante: depois de longos minutos sob o sol na fila do RA, o cartão não passa na catraca: o saldo é insuficiente. É possível, agora, consultar os créditos do cartão universitário pelo smartphone para comer sem problemas. Esta é uma das comodidades oferecidas pelo Unicamp Serviços, aplicativo gratuito para o sistema Android lançado pelo Centro de Computação da Unicamp (CCUEC) no final de 2012. A ferramenta é frequentemente atualizada pelos desenvolvedores e permite, também, consultar o cardápio de todos os restauran-

tes, os horários do circular interno do campus, localizar obras na base Acervus e renovar livros. Já foram mais de mil downloads. Ainda melhor Já que a consulta ao saldo é feita com o login da DAC, o aplicativo poderia trazer, também, os serviços online da Diretoria Acadêmica, como consulta ao calendário e ao histórico escolar, às disciplinas e às grades de horários que já estão no GDE. Outro aplicativo útil seria o Unicaronas, site com 20.700 usuários e mais de 15o.000 caronas oferecidas entre estudantes universitários de todo o país.


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CACTinforma

Quem comandará a Unicamp até 2017? Dois candidatos hegemonizam o primeiro turno da consulta

O

s quatro candidatos, todos professores titulares da Unicamp, eram donos de excelentes currículos acadêmicos e já ocuparam — ou ainda ocupam — cargos administrativos. A campanha começou em setembro passado. Edgar De Decca, atual coordenador geral da Unicamp, foi o último a entrar na disputa, após circular petição pública que pedia: “seja o nosso candidato a reitor” e reuniu pouco mais de 20 assinaturas. Uma delas era de José Tadeu Jorge, que tem o apoio de De Decca — que até participou do lançamento de sua candidatura, no Campinas Hall — no segundo turno. Em sua campanha e nos debates, o ifchiano fez críticas à atual gestão da reitoria e bateu de frente com o candidato Mario Saad. Foi

o último colocado, com 4,93% dos votos ponderados. Geromel, terceiro colocado, não declarou apoio no segundo turno. “Não usamos camisetas, não imprimimos propaganda e nem fizemos a chamada boca de urna. Acreditamos que esses comportamentos não condizem com aquilo que deve ser uma universidade de excelência”, escreveu em seu blog. A disputa foi mesmo polarizada por Tadeu e Saad, que dedicaram maiores recursos financeiros às suas campanhas e tinham o maior número de apoios entre os docentes. Obtiveram incrível empate nos votos da categoria: 714 a 714. Tadeu, contudo, sai na frente no segundo turno, já que conseguiu mais do que o dobro de votos entre os servidores.

A questão da paridade E a fracassada campanha do voto nulo

A Detalhe da chamada da assembleia geral do DCE aponta a diferença do peso do voto — e, portanto, a hierarquia — entre as categorias

E se houvesse a paridade? CANDIDATO

DIFERENÇA

JOSÉ C. GEROMEL

-1,03%

MARIO SAAD

-0,53%

DE DECCA

-0,67%

TADEU JORGE

+2,24%

O

s votos dos docentes valem 3/5 e os votos dos servidores e estudantes valem 1/5. É o que determinam os Estatutos da Unicamp, baixados em decreto em 1969. Pela proporção, considerando o colégio eleitoral divulgado com o resultado da apuração (1963 docentes, 7569 servidores e 26032 alunos), atualmente, o voto de um docente tem peso praticamente igual ao voto de 12 servidores ou de 40 estudantes — o cálculo do DCE (acima) estava desatualizado. Levando em conta que os votos brancos e nulos não são computados como válidos e o colégio eleitoral é composto apenas daqueles que votaram, como seriam os resultados do primeiro turno se os votos de cada catego-

ria tivessem o mesmo peso (1/3)? É o que revela o quadro acima, que demonstra, também, que a diferença não seria tão grande em relação ao resultado com os pesos atuais. De toda maneira, o desnível atual entre as categorias seria bastante atenuado. O peso de um voto docente seria equivalente ao de 4 servidores e 13 discentes. Parece não haver argumento que sustente a contrariedade à paridade, apenas o fato de que é mais difícil fazer uma barganha política com 13 alunos ou 4 servidores (imagine 40 ou 12!) do que com um professor. Com o voto dos estudantes podendo desempatar a consulta, estariam os candidatos preparados para fazer um discurso a favor deles?

assembleia geral dos estudantes convocada pelo DCE para a véspera da consulta, no dia 5 de março, recomendava que os estudantes anulassem o voto. A pauta chamava a atenção para os diferentes pesos entre os votos das categorias: o voto dos docentes tem peso 6, enquanto o voto dos demais funcionários e dos estudantes têm peso 2 — e defendia o voto paritário. Criticava, também, o sistema de indicação do reitor: o resultado da consulta da comunidade, cuja comissão foi presidida pela diretora do IG, Silvia Figueirôa, passa ainda por uma sessão do CONSU, que elabora uma lista tríplice. Apenas depois de publicada em diário oficial, a lista passa pelo governador do Estado, que dá a palavra final e não precisa indicar, necessariamente, o primeiro colocado na consulta. Foi o caso da indicação de João Grandino Rodas por José Serra à reitoria da USP, em 2009. Também foi questionado o fato de a consulta ser realizada no início de março — o que supostamente reduziria a participação dos estudantes —, sem considerar, entretanto, que a campanha já acontecia há meses. O DCE participou dos debates e da sabatina aos reitoráveis, tudo gravado em vídeo e disponibilizado online, assim como os programas de gestão de cada candi-

dato. Fato é que a maioria dos estudantes sequer participa das eleições para a coordenação do DCE e dos representantes discentes nos órgãos colegiados, realizadas no fim do segundo semestre. A grande abstenção do alunado não surpreende. Apenas 68 estudantes anularam o voto e 21 votaram em branco. No caso dos servidores, o peso do voto nulo se fez sentir, já que os votos anulados foram maiores do que os votos aos candidatos De Decca e Geromel. Mas 90% dos estudantes não foram votar, o que indica que são mesmo poucos aqueles que estão interessados no processo político na Universidade. O fato preocupa, pois os rumos tomados pelo ensino da Graduação, que afetam diretamente a qualidade dos cursos da Unicamp e o cotidiano dos estudantes, estarão nas mãos do novo reitor e de seu projeto político. Embora as perspectivas não sejam muito animadoras — um dos candidatos representa o grupo político atualmente na reitoria e o outro já foi reitor por um período em que quase nada foi feito para atender a pauta estudantil —, a participação dos estudantes ainda é importante. De qualquer modo, mais do que apenas votar nulo, conhecer as propostas e a articulação política que se escondem sob suas candidaturas é fundamental.


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CACTinforma

O senhor Aníbal Romano, o querido Seu Aníbal, que completou 70 anos no dia 9 de fevereiro e se aposentou na compulsória, mostra a homenagem dos formandos de 2012 na colação de grau

J David Lee fez o desenho da Geocalourada 2013, que ilustra a camiseta dos bixos deste ano. David, da turma 2007, se formou em 2011 e atualmente é professor da rede municipal de São Paulo. Outros desenhos podem ser encontrados em seu blog: leejdavid.blogspot.com

José Tadeu Jorge e Álvaro Crósta, que foram, respectivamente, reitor da Unicamp e diretor do IG entre 2005 e 2009, e hoje são candidatos à reitoria e à CGU, estiveram no IG — e no CACT — durante a confirmação de matrícula, no dia 25 de fevereiro Na quadra ao lado do novo IG, a área de atendimento aos usuários e o setor administrativo da biblioteca do IEL foram consumidos por um incêndio, na manhã do dia 3 de março

Campinas é uma das poucas cidades do mundo parcialmente cobertas com imagens em 45° e em alta resolução no Google Maps feitas em agosto de 2012. No detalhe acima, o IG novo

Depois da confirmação de matrícula, alguns calouros foram recepcionados com o banho de lama numa república


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