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Números de quedas entre idosos aumentam quase
35% em um ano

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Deve-se ter atenção à osteoporose, acuidade visual e doenças locomotoras

Estão no Hub de Cuidados 380 profissionais especializados em dependência química e 200 para escuta qualificada
Ogoverno de São Paulo entregou o Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas.
A unidade, localizada na Rua Prates, 165, Bom Retiro visa ampliar a oferta de ações com um olhar para o acolhimento e para a singularidade de cada pessoa que busca atendimento ou é encaminhada para o tratamento da dependência química.
Localizado na região central da capital, o equipamento foi estruturado para oferecer desde o acolhimento do usuário de drogas em grupos de auto ajuda, até serviços ambulatoriais que vão da desintoxicação do corpo a atendimentos intensivos, tudo a partir de avaliação médica.

A capacidade do hub é de 700 atendimentos clínicos e 6 mil atendimentos sociais por mês, que são feitos em parceria com outros equipamentos públicos e assistenciais, como centro de reabilitação, comunidades tera - pêuticas, entre outros. Uma das características do Hub é não ser um equipamento apenas receptivo, ele é um equipamento ativo. Uma equipe de 380 profissionais especializados em dependência química está sendo integrada, com 200 pessoas voltadas exclusivamente para o desenvolvimento de abordagens e escuta qualificada.
O grande diferencial será o de estabelecer um protocolo de manejo adequado à singularidade de cada caso, potencializando as oportunidades para o desenvolvimento de um processo de convencimento e tratamento do dependente químico.
Além dos profissionais especializados, a unidade conta com 20 veículos identificados à disposição para auxiliar nos traslados dessa etapa do trabalho.
Dentro da estrutura do Hub destaque para a ala de Acolhimento e Assistência Social com capacidade para acolhimentos, avaliação dos riscos médicos e clínicos 24 horas, além de leitos de hospitalidade dia e noite para acolhimento de curta duração e encaminhamento para demandas sociais.





O Hub também possui uma ala clínica de saúde voltada para desintoxicação, centro de monitoramento do processo de recuperação e reinserção que serão através de indicadores assistenciais e intersetoriais. Salas de multiuso também estão disponíveis para uso de grupos de mútua ajuda, espaços para grupos de abordagem de organizações missionários do centro e de apoio a grupos de familiares. Usuários que procuram ajuda para tratamento no Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps AD) também receberão atendimento. A instituição também terá como função ser um polo agregador e norteador para outras estratégias de cuidados, como por exemplo: acolhimento assistido com 40 vagas e parcerias com grupos da sociedade civil, que atuam no território.



DA REDAÇÃO
ASecretaria Municipal da Saúde (SMS), registrou aumento de 35% no número de notificações de quedas acidentais entre pessoas com mais de 60 anos no último ano. Em 2021, o Sistema de Informação para a Vigilância de Acidentes (Siva), recebeu 9.671 notificações de quedas nesta população, enquanto em 2022, foram 13.075.
A quantidade de internações decorrentes de quedas cresceu quase na mesma proporção. Em 2021 foram 3.055 internações, número que passou para 3.903 no ano seguinte, uma elevação de 27,75%, segundo registros do Sistema de Informação Hospitalar (SIH). Por outro lado, a Prefeitura afirmou ter elevado as ações preventivas em 174% no ano passado na comparação com 2021. De acordo com registros do Sistema Integrado de
Gestão e Assistência em Saúde (Siga Saúde), em 2022 foram, ao todo, 103.997 atendimentos de orientação a idosos, enquanto em 2021 foram 37.959. Esses dados contemplam as seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), que abrangem todas as unidades de saúde da cidade.
Nos últimos quatro anos, de 2019 a 2022, mais de 160 mil pessoas, a maioria idosos, receberam orientações sobre como se prevenir e o que fazer em caso de queda ou acidente. Para isso, a SMS faz ações de prevenção de quedas em todas as UBSs, assim como aos assistidos pelo Programa Acompanhante de Idosos (PAI) e nas 13 Unidades de Referência à Saúde do Idoso (Ursis).
Além disso, é recomendado o acompanhamento clínico da osteoporose, acuidade visual, doenças do aparelho locomotor, alterações do estado nutricional, sarcopenia (redução da força e da massa muscular) e vigilância dos eventos de quedas.

A cidade tem 1,9 milhão de pessoas com mais de 60 anos de idade, ou seja, 15% de idosos e, em 2050, a estimativa é que idosos representem 30% da população, de acordo com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

FATORESDEQUEDA
A queda de idosos tem causas diversas, como histórico prévio de quedas; polifarmácia, principalmente o uso de drogas psicoativas, vasodilatadores e diuréticos; condições crônicas de saúde com descompensação clínica; distúrbios da marcha e equilíbrio; sedentarismo e piora da capacidade funcional; deficiência visual ou declínio cognitivo. Também pode estar relacionada a fatores do ambiente, como iluminação; superfícies escorregadias; tapetes, desníveis e obstáculos no caminho e roupas ou calçados inadequados.