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COMPORTAMENTO
Internet exige atenção
POR MARCOS AKIRA MIZUSAKI
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Em pouco mais de três décadas, a internet revolucionou a comunicação em todo o mundo, com reflexos no comportamento social. Atualmente, conseguimos falar em áudio e vídeo com um ente querido em qualquer lugar do mundo, desde que estejam conectados à internet, aproximando pessoas de locais distantes. No entanto, o acesso elevado à internet tem provocado o inverso entre pessoas próximas, inclusive dentro da própria casa, tornando-se um vício. Pesquisas revelam que a retirada imediata do aparelho celular ou seu computador de uma pessoa que tem seu uso descontrolado, as reações foram semelhantes à abstinência de drogas por viciados. Para as pessoas que estão em desenvolvimento (crianças e adolescentes), os prejuízos emocionais têm sido maiores ainda.
Para o desenvolvimento da personalidade de um indivíduo, é indispensável a convivência coletiva, como conversar olho no olho, trocar ideias, sentir o afeto, um abraço, praticar esportes, refeições em família, frequentar escolas, dentre outras, de modo que a interação entre pessoas não pode ser suprimida, e sim vivida.
O período que os filhos ficam em TVs, computadores, celulares e deixam de interagir com outras pessoas, acaba prejudicando no aprendizado de convivência em grupo. A consequência é ser mais individualista, com dificuldades de interagir com as demais pessoas de sua idade. Por essa razão, a associação norte-americana de pediatria recomendou que crianças com
Falta de líderes: a causa dos nossos problemas
menos de 2 anos de idade não assistam televisão e que crianças maiores não o façam por mais de duas horas por dia.
O uso descontrolado do meio digital faz com que a pessoa viva numa bolha fictícia, desconectada do mundo real. Como se fosse artista de um filme, habitua-se com seus “amigos digitais”, direcionando-se mentalmente para uma fictícia conexão (apenas digital). A relação entre pessoas por meio digital na verdade é apenas unilateral, onde ele se torna o centro das atenções de forma imaginária por ele próprio criado. Portanto, quanto maior o uso do meio digital, mais distante a pessoa fica do mundo real, afastando-se da família, dos amigos e de outras pessoas em geral que são relevantes para o seu desenvolvimento emocional, onde acaba tendo um aprendizado distorcido de como devem ser as relações entre as pessoas. Na verdade, fomos programados para nos conectar nas relações interpessoais. A neurociência descobriu que o próprio desenho do cérebro o torna sociável, atraído de uma íntima conexão cérebro a cérebro sempre que interagimos com alguém. Esta conexão harmônica nos faz sentir bem, gerando o brilho da simpatia, fortalecendo os laços para ambos os interlocutores, tornando-a mais agradável, cativante e prazerosa. Aliás, até a frustração com alguém também faz parte de seu amadurecimento emocional. Não temos dúvidas que a conexão digital excessiva tem provocado uma verdadeira desconexão da vida real.
ECONOMIA De olho nas logtechs
POR THOMAS GAUTIER
Com um mercado de transporte rodoviário que movimenta mais de R$ 500 bilhões, o Brasil reúne, como poucos países, inúmeras condições favoráveis para se tornar uma potência de logtechs. Depois das fintechs, de soluções financeiras, as startups de logística têm tudo para se transformar na próxima sensação do mercado. Começa pelo desafio de integrar um território de dimensões continentais, malha rodoviária gigantesca, demanda crescente nas empresas, extensas áreas de plantio e dois milhões de caminhoneiros, quase todos com acesso à internet via celular. E como isso está sendo feito?
Temos assistido a uma revolução que vai mudar muito a estrada brasileira e a forma de fazer logística nos próximos anos. Estamos saindo de um estágio em que dependíamos da morosidade do analógico para a eficiência do 100% digital. Por exemplo, caminhoneiros autônomos, que levavam alguns dias para realizar o cadastro para transportar cargas de uma empresa, hoje realizam o processo em 10 minutos, com suporte de dados e inteligência artificial. Um dos principais beneficiados pela agilidade dos processos high-tech são as organizações que contratam os motoristas. Somos o país das commodities. E para manter a competitividade dependemos de recursos que a logística manual não alcança e apenas o digital movimenta. O resultado é que a digitalização do frete pode impulsionar, inclusive, o PIB. Estamos com uma supersafra em andamento até maio, de itens como soja, tri- go, arroz e milho. Historicamente, o País tem dificuldade de armazenagem desses insumos e a principal solução passa pela logística. Escoar a colheita com agilidade para que chegue aos mercados, trens e navios, antes que os alimentos apodreçam nos campos ou silos. Não temos tempo a perder, e nisso as logtechs se tornaram um divisor de águas para todas as indústrias.
Sem apoio da tecnologia, um motorista costumava dirigir 150 quilômetros extras a cada entrega para encontrar um novo frete. Através das plataformas que gerenciam o transporte, o caminhoneiro faz isso sem sair do lugar e reduz o tempo rodando vazio. Organiza agenda, cria histórico transparente na relação com o contratante, escolhe as cargas mais adequadas, otimiza rotas, melhora suas margens de ganhos e ainda administra melhor o tempo. O resultado é que ele trabalha mais satisfeito.
Com a digitalização da logística, ganham todos que utilizam as estradas. Na China, estima-se que 40% do trânsito dos caminhoneiros nas rodovias seja à procura de frete. Na Europa, 20%. Organizar o fluxo e eliminar boa parte desse percentual significa mais pista livre para os motoristas, desde os que dirigem a trabalho aos que viajam de férias e não desejam ficar atrás dos caminhões. A revolução das logtechs representa a menor chance de acidentes, diminuição nas despesas com combustíveis e das emissões de CO2.
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DIVULGAÇÃO
Por Henrique Medeiros
Em um cenário dominado pela desigualdade, individualidade, conflitos generalizados ao redor do mundo, pobreza e outras mazelas, apresento-lhes agora o que, na minha visão, trouxe-nos até esse modelo falido de organização mundial. E não tenho dúvidas: o principal fator de degradação da humanidade está intimamente relacionado com a maneira com a qual governos, empresas e a sociedade vêm atuando quando, soberbamente, optaram por transformar os seres humanos em mero meio de produção e não um fim em si mesmo. O dinheiro virou um bem, produto, algo a ser produzido independente de gerar benefícios para a sociedade. Vou até um pouquinho mais longe. Independente de gerarmos dinheiro pelo dinheiro, o próprio acréscimo do PIB também já não reflete, há tempos, aumento na qualidade de vida. O que nos sugere buscar urgentemente novos mecanismos mais eficazes para medir o desenvolvimento humano.
Mas, de volta ao nosso tema central, pergunte-lhes: por que, se dinheiro não tem vontade própria, chegamos a essa situação, fora de qualquer propósito, surreal, de degradação humana e ambiental? A resposta é simples. Em decorrência do maior problema que temos atravessado nas últimas décadas: a falta de líderes. Pela falência no processo de preparação de novas lideranças, capazes de juntar pessoas em torno de objetivos comuns, de colocar os seres humanos em primeiro lugar.
Gazeta H 20 Anos
Líderes que valorizem o ser humano, não o poder, e tenham a destreza de propor e negociar novas formas viáveis de existência humana, catalisando os diferentes anseios das pessoas e endereçando-os com suas devidas especificidades. E que, ao respeitarem a diversidade humana, tenham a capacidade de extrair o melhor de cada um.
Um verdadeiro governante, um verdadeiro líder acorda, todos os dias, perguntando-se: estou fazendo tudo o que eu posso para melhorar a vida das pessoas? Minhas ações estão preservando o planeta? Estou tornando a população dependente de esmolas ou agindo para torná-la autossustentável? O que eu preciso aprimorar, em mim, para que possa melhorar a vida do meu semelhante?
No mínimo, necessitamos de lideranças que mantenham a integridade, o discurso e a prática coerentes, capazes de ouvir, de serem humildes, de reconhecerem seus próprios erros e corrigirem os caminhos, quando necessário.
A verdade, nesse caso, é uma só: se deixarmos tudo como está, se seguirmos com esse modelo existencial, centrado no dinheiro, precisaremos dedicar um esforço infinitamente maior, do que hoje precisamos, para formar líderes que ajudem a transicionar o atual modelo de sobrevivência para um modelo digno de existência. Líderes: sem eles, continuaremos sem esperança. Com eles, criaremos um novo mundo.
O QUE ERA NOTÍCIA EM 20 de abril de 2003 EDIÇÃONº 845
Policiais da 5ª Cia. do 8º Batalhão da PM passaram a atuar também sobre a passarela da estação Tatuapé do Metrô. De acordo com o comandante da Cia., capitão Paulo Ivo, o objetivo do policiamento ostensivo é o de impedir o comércio de drogas no local, além de diminuir os furtos de celulares dos passageiros. A ação foi constituída de diversas abordagens sobre suspeitos e ainda contou com a presença de várias viaturas circulando no entorno da estação.

Aprevenção às drogas e ao álcool passa a ser prioridade das escolas públicas de São Paulo, que poderão encaminhar ao serviço médico e psicológico da Prefeitura, gratuitamente, os jovens viciados para tratamento e orientação.
Isto porque, foi sancionada, no final de março, pela prefeita Marta Suplicy, lei de autoria da vereadora Myryam Athiê (PPS), que dispõe sobre a instalação, na cidade de São Paulo, do programa de prevenção e orientação contra o uso de entorpecentes, álcool, drogas e afins.
“Este programa é de fundamental importância, principalmente para a formação dos nossos jovens, que passarão a receber uma orientação sistemática e especializada sobre as formas de prevenção, tratamentos e cura da dependência”, afirma a vereadora.
CONVÊNIOS
Visando eficiência no atendimento e na divulgação do programa a todos os cidadãos, o Poder Público poderá estabelecer convênios e parcerias com empresas públicas ou privadas, entidades religiosas, comunitárias
Acontecendo
ONGSNOSCADES
Estão abertos, até 8 de maio, os cadastramentos das Organizações Não Governamentais (ONGs) para os Cades - Conselhos Municipais do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Os registros serão efetivados através do preenchimento da ficha disponível no link: https://bit.ly/3ULCcks e com a apresentação dos documentos solicitados no edital. Serão eleitos dez representantes titulares e seus suplentes para o mandato de dois anos 2023/2025 das seguintes macrorregiões: Macrorregião Leste 2 (Aricanduva, Formosa, Carrão, Vila Prudente, Sapopemba, Ermelino Matarazzo e Penha) e Macro Região Centro-Oeste 2 (Sé, Vila Mariana, Ipiranga e Mooca). A lista das organizações consideradas aptas para a participação nas assembleias deverá ser publicada no Diário Oficial no dia 26 de maio.
RESPEITO e organizações não governamentais que mantenham também serviços preventivos, de orientação ou assistência aos usuários de entorpecentes, alcoólatras ou drogados.
“Longe de ser um caso de polícia, o consumo de drogas e álcool é um grave problema social e de saúde pública. A repressão policial e de força da lei devem ser aplicadas contra o tráfico de drogas, este sim, o mal a ser combatido. Mas as jovens vítimas do tráfico, principalmente as crianças e adolescentes, que são cooptados por esses marginais e acabam experimentando as drogas, e com o tempo vão se tornando usuários e dependentes, precisam de atendimento médico, psicológico e de atenção especial do governo”, diz.
Foi com o objetivo de elucidar aos cidadãos paulistanos sobre as consequências do uso de drogas, para oferecer as informações necessárias para a prevenção e o tratamento, bem como para proporcionar toda a ajuda terapêutica às famílias necessitadas, sem nenhum custo adicional para a população, que a vereadora apresentou o projeto que virou lei.
A SPTrans (São Paulo Transporte) lançou a nova edição do Jornal do Ônibus com uma campanha de conscientização sobre o respeito ao espaço dos passageiros nos assentos dos ônibus municipais. A proposta é que os passageiros fechem as pernas quando estiverem sentados, para não atrapalhar a pessoa ao lado. Com o título, “Respeite o espaço das outras pessoas”, o texto traz os seguintes dizeres: “Não ocupe mais de um assento no ônibus. Respeitar o espaço de quem viaja ao seu lado é um ato de cidadania”.
A ação está nos 12,9 mil coletivos que operam na capital até o próximo dia 30. A iniciativa está sendo bem recebida. Em menos de dois dias, já foram cerca de 2 milhões de visualizações nas redes sociais da SPTrans. Quem sabe, agora, as mulheres tenham vez.
TRÁFEGO
A CET alterou a circulação nas ruas Luís Geraldo da Silva e João Fialho de Carvalho, na Vila Santa Clara. Foi implantada mão única de direção na Rua Luís Geraldo da Silva, no sentido da Rua Antônio Gomes para a Rua João Fialho de Carvalho. Inversão de direção da Rua João Fialho de Carvalho, no sentido da Rua Luís Geraldo da Silva para a Avenida Sapopemba. Alternativas: Os veículos oriundos da Rua Luís Geraldo da Silva, sentido bairro, devem seguir à esquerda na Rua João Fialho de Carvalho e à direita na Avenida Sapopemba. Os veículos oriundos da Avenida Sapopemba devem seguir pela Rua Antônio Gomes, para acessar a Rua Luís Geraldo da Silva, no sentido centro, ou seguir pela Rua João Carnevalli, para acessar a Rua Luís Geraldo da Silva no sentido bairro.

ADOLESCÊNCIA