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Museu do Cais do Valongo não será 'da escravidão', diz Anielle
Disse também que será decido um nome para o museu do Cais
Uma menina chinesa de 1 ano precisou passar por uma cirurgia delicada após uma equipe de médicos descobrirem que ela carregava o feto de um "gêmeo parasita" no cérebro.
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A condição rara é chamada de Fetus-in-fetu (FIF). Durante a gestação da paciente, no quinto dia de desenvolvimento embrionário, houve um problema na separação das células do que seriam gêmeos idênticos. Com isso, houve uma má-formação, fazendo um dos fetos se alojar dentro do outro. Durante o passar da gravidez, ambos se desenvolveram no útero da mãe — mas um deles, o "gêmeo parasita", cresceu dentro do crânio da irmã.
Conforme detalhes da revista científica Neurology, a menina apresentava "atraso motor e perímetro cefálico aumentado", e por isso a remoção teve que ocorrer com urgência. Mesmo um ano após o nascimento da menina, o "gêmeo parasita" continuou a sobreviver porque compartilhou um suprimento de sangue com a irmã.
Após o remoção cirúrgica, o "gêmeo parasita" — que tinha 10cm — passou por exames e o sequenciamento de todo o genoma revelou "variantes idênticas de nucleotídeo único na criança e no feto."
A condição de gêmeo parasita é considerada extremamente rara. Pouco mais de 200 casos já foram documentados, dos quais apenas 18 ocorreram dentro do crânio.
Países pedem que Talibã respeite direitos das mulheres no Afeganistão
As ministras da Cultura, Margareth Menezes, e da Igualdade
Racial, Anielle Franco, e a primeira-dama Janja Lula da Silva e o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, visitaram o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, na tarde de ontem (9). Durante a visita, Anielle explicou que um museu que deve ser erguido na região não vai ser chamado Museu da Escravidão e terá o nome decidido por toda comunidade. Em consultas, o nome tinha sido rechaçado por amplo consenso da sociedade civil envolvida.
O evento marcou a retomada do Comitê Gestor do Cais do Valongo,que tem o papel de estruturar ações de ocupação, sinalização e qualquer outro tipo de intervenção no sí- tio arqueológico que, em 2018, foi declarado pela Unesco Patrimônio Histórico da Humanidade.
Anielle Franco afirmou que em maio será anunciado um projeto para aumentar a frequência turística no Cais do Valongo. Já existe um projeto de um museu na frente do cais em andamento, que deve ser impulsionado agora.
O prédio que era do Comitê da Fome, construído por André Rebouças - primeiro engenheiro negro do Brasil-, deve ser a sede do museu ou centro de referência para a cultura negra no Rio de Janeiro, mas esses detalhes ainda vão ser decididos nas datas mencionadas pelas ministras e presidente do BNDES.
"[A visita] é um marco desse movimento, esse museu, esse memorial, para trazer esse respeito a memória, respeito a história do povo afro-brasileiro a partir do Rio de Janeiro desse lugar tão emblemático e tão grandioso para todos nós", disse Margareth Menezes.
Uma promessa que estava na candidatura do Cais do Valongo ao título de Patrimônio da Humanidade era ocupar um armazém com uma exposição permanente sobre a ancestralidade africana é de 2017.
A promessa que foi adiada várias vezes. Atualmente, o galpão abriga mais de um milhão de achados arqueológicos da região e está fechado para a visitação pública.
O cais
Encontrado em escavações feitas durante as obras de revitalização da região, o local guarda parte da história da escra- vidão.
De acordo com o antropólogo Milton Guran, as ruínas do Cais do Valongo são os únicos vestígios materiais de desembarque de africanos escravizados nas américas.
O Valongo possui cerca de 350 metros de comprimento e vai da Rua Coelho e Castro até a Sacadura. Ele começou a ser construído no no fim do século XVIII e ficou pronto em 1811. A região era desabitada na época e o acesso era difícil. Por isso, foi escolhida para sediar o porto de desembarque de escravos.

A área deixa de funcionar como ponto de entrada de escravos por volta de 1831, quando leis contra a escravidão começaram a ser assinadas. Nessa época, o tráfego passou a ser clandestino e acontecia no período noturno.
Novo decreto da Lei Rouanet deve ser assinado até o fim deste mês
Dez países-membros das Nações Unidas, incluindo o Japão e o Reino Unido, emitiram uma declaração conjunta sobre o Dia Internacional da Mulher. Eles instam o grupo islâmico Talibã a salvaguardar os direitos das mulheres no Afeganistão.

O Talibã tem adotado medidas para limitar os direitos das mulheres, como, por exemplo, proibir meninas de frequentar escolas do ensino médio.
Na quarta-feira (8), o embaixador da Albânia na ONU, Ferit Hoxha, leu a declaração afirmando que mulheres e meninas no Afeganistão estão enfrentando uma das piores crises de direitos humanos do mundo.
O documento exige que o Talibã reverta imediatamente todas as medidas opressivas contra as mulheres e meninas, além de respeitar os direitos humanos de todos os afegãos. Posteriormente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas discutiu a situação no Afeganistão. Países-membros, sobretudo do Ocidente, expressaram preocupação com as medidas do Talibã.
Odecreto que regulamentará as mudanças na Lei Rouanet deve ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o fim deste mês, informou, ontem (9), o secretário de Economia Criativa e Fomento à Cultura, Henilton Menezes. O secretário participou, ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, de um evento na B3, a bolsa de valores paulista, no centro da capital. Em entrevista, a ministra disse que um dos focos da mudança na política de fomento cultural é levar recursos para regiões do país nem sempre atendidas pelas políticas públicas atuais. “A Lei Rouanet está vindo com um decreto novo para descentralizar mais, sensibilizar as empresas, para que esses investimentos cheguem a todo o Brasil”, afirmou Margareth Menezes. Durante o evento na B3, foi lançada a captação de recursos para construção de um teatro pelo Instituto
Baccarelli, em Heliópolis, comunidade da zona sul paulistana. Com custo estimado em R$ 37 milhões, o teatro será construído em um terreno cedido pela prefeitura de São Paulo e terá com capacidade para mais de 500 pessoas. Há 25 anos, o instituto mantém um projeto de formação musical para jovens na região central da cidade. Assim, como em todos os projetos aprovados pela Lei Rouanet, os valores destinados pelos financiadores do empreendimento poderão ser abatidos do Imposto de Renda.
A ministra da Cultura informou também que, ainda neste mês, deve começar o repasse de recursos das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, que têm como objetivo amenizar os impactos da pandemia de covid-19 no setor cultural.

“Agora, nós conseguimos remontar o ministério e vamos começar a executar as leis”, ressaltou Margareth, ao lembrar que o Ministério da Cultura tinha sido extinto no governo anterior e, por isso, precisou de um esforço para ser recomposto. Sensibilizada pelos temporais que causaram 64 mortes no litoral norte paulista, a ministra da Cultura disse que também pretende criar um mecanismo para atender o setor cultural em áreas atingidas por catástrofes.