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GAZETA RIO
Governo do RJ assina contrato de um ano com a Barcas S/A
O Governo do RJ assinou um contrato de um ano com a Barcas S/A para a gestão do transporte aquaviário do estado. A informação foi revelada ontem (03/02) pelo jornalista Edmílson Ávila. O acordo encerra o impasse entre as partes e determina nova concessão de um ano, considerada de “transição” pelo governo. O estado vivia um
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Bruno Dantas
impasse já que o contrato antigo terminaria dia 12 de fevereiro. Na quinta-feira (02/02), o Ministério Plúbico do Rio de Janeiro (MPRJ) requereu ao Tribunal de Justiça (TJRJ) uma intervenção judicial nas Barcas caso o Estado não comprovasse em 48h que assumiria o serviço.
Alexandre de Moraes confirma conversa com senador Marcos do Val
Opresidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, comentou as investigações que buscam levantar o prejuízo causado ao patrimônio nacional com os ataques do dia 8 de janeiro em Brasília.
O ministro do TCU disse que o processo ainda está na fase de “consolidação dos prejuízos”.
“Depois de nós consolidarmos todo o prejuízo iremos abrir uma tomada de contas especial para cobrar no CPF [Cadastro de Pessoa Física] de cada uma das pessoas que foi identificada. Claro que isso é um trabalho que está a cargo da polícia, a identificação das pessoas, mas tão logo nós temos a lista de depredadores, de vândalos, nós iremos responsabilizar no CPF.”

Em evento realizado pelo grupo Lide em Lisboa, a responsabilização de culpados pelos atos de vandalismo foi enfatizada por Dantas, e também por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como forma de evitar episódios semelhantes ao 8 de janeiro no futuro.
“A história ensina que indulgência não é a melhor forma de se lidar com criminoso. Criminoso precisa ser punido com rigor da lei”, disse o presidente do TCU.
O Ministério Público solicitou ao TCU auxílio na identificação dos responsáveis pelos ataques.


O órgão está ajudando a contabilizar os prejuízos causados. Dantas afirmou que possíveis envolvidos já estão tiveram cerca de R$ 18 milhões em bens bloqueados.
“Já há uma medida judicial, que foi inaugurada pela Advocacia Geral da União. Já tem mais de 18 milhões de reais bloqueados do patrimônio dessas pessoas, mas nós sabemos que muitas vezes o bloqueio judicial leva muito tempo. O processo do Tribunal de Contas da União é um processo mais rápido. Talvez as coisas possam ser resolvidas com mais velocidade”, afirmou Dantas.
Lisboa
Oministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou ontem (3) ter tido uma conversa com o senador Marcos do Val (Podemos-ES) na qual o parlamentar lhe relatou ter participado de reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro onde lhe foi proposto que gravasse o magistrado.

O ministro disse ainda que o parlamentar se recusou a formalizar em depoimento a denúncia de que teria recebido proposta para participar de um eventual plano golpista.
Em conferência de negócios do Grupo Lide, fundado pelo ex-governador de São Paulo
João Doria, em Lisboa, Moraes disse que, diante da recusa do senador em formalizar a denúncia, se despediu de Do Val pois "o que não é oficial, para mim não existe".
Ele também disse que o senador – com quem afirmou não ter nenhuma intimidade – lhe contou que a gravação seria usada para tentar retirá-lo da presidência de inquéritos que investigam Bolsonaro.
"Eu indaguei ao senador se ele reafirmaria isso e colocaria no papel, que eu tomaria imediatamente o depoimento dele. O senador me disse que isso era uma questão de inteligência e que infelizmente não poderia confirmar. Então eu levantei, me despedi do senador, agradeci a presença, até porque o que não é oficial, para mim não existe", disse o ministro, que participou do evento por videoconferência.
"A ideia genial que tiveram foi colocar uma escuta no senador para que o senador, que não tem nenhuma intimidade comigo – conversei exatamen- te três vezes na vida com esse senador – pudesse me gravar e, a partir dessa gravação – e aí é até onde chegou ao senador –, pudesse solicitar a minha retirada da presidência dos inquéritos", relatou.
Entenda
Na quinta-feira (2), a revista Veja publicou reportagem afirmando ter tido acesso a mensagens que comprovariam um encontro em dezembro de do Val com Bolsonaro e com o então deputado federal Daniel Silveira no Palácio da Alvorada.
Na ocasião, segundo a reportagem, Bolsonaro teria proposto ao senador que gravasse uma conversa com Moraes sem o conhecimento do ministro, na tentativa de que o magistrado dissesse algo comprometedor que pudesse levar a uma tentativa de prendê-lo e anular a eleição presidencial de outubro.
Segundo a revista, do Val relatou o episódio a Moraes e, posteriormente, recusou a proposta de gravar o ministro.
Também na quinta, do Val confirmou ter se reunido com Bolsonaro e Silveira, mas disse que a proposta de gravar Moraes partiu do então deputado federal, e que Bolsonaro apenas a ouviu em silêncio.
O senador também disse ter se reunido com Moraes antes do encontro com Bolsonaro e Silveira para dizer que havia sido chamado a conversar com ambos e que o ministro o teria encorajado a ir à reunião para colher informações. Indagado sobre este suposto primeiro encontro com do Val, Moraes negou que ele tenha ocorrido. "A conversa que eu tive com ele foi a que eu anteriormente transcrevi", disse Moraes.