Gazeta do Pontal de Minas

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Minas remove 24 milhões de toneladas de gases de efeito estufa em 2023 e avança no enfrentamento às mudanças climáticas

Estado conta com o apoio da ferramenta MRV Climático, instrumento fundamental para a execução do planejamento referente à crise do clima

Minas Gerais avança cada vez mais no enfrentamento às mudanças climáticas. Além de formular ações para promover o desenvolvimento sustentável de baixo carbono, o estado investe em ferramentas para acompanhar o andamento dos trabalhos de combate à crise do clima. Os primeiros resultados dos esforços já começaram a aparecer: 24 milhões de toneladas de gases de efeito estufa removidos apenas em 2023. Para dar continuidade ao trabalho e atingir a neutralidade até 2050, conforme preconiza a campanha global Race to Zero, o Governo de Minas realiza diversas ações, como o financiamento de projetos sustentáveis e a construção do Plano Estadual de Ação Climática (Plac). E, para verificar o andamento das metas e ações prioritárias do plano, o estado passou a utilizar a ferramenta MRV Climático. Lançada pelo Estado em novembro, durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), no Azerbaijão, trata-se de uma estrutura robusta de governança, reporte, monitoramento e uma avaliação que fortaleça e promova uma atuação mais assertiva e estratégica do Governo de Minas na agenda climática, de forma que seja possível direcionar os esforços do estado em termos de investimentos e de redução de emissões.

“Quando conseguimos calcular a emissão propriamente, setor a setor, e já temos estabelecidos quais são os nossos alvos, nós desenhamos as estratégias e, através do MRV, medimos se elas estão sendo eficientes. Se não, atuamos para mudar a estratégia ou para garantir que quem tem que cumprir a meta de descarbonização atue diretamente”, explica o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus.

O MRV Climático foi desenvolvido no âmbito do projeto “Melhorando o desempenho climático do es-

tado de Minas Gerais como força motriz para mobilizar investimentos verdes”. O MRV foi aprovado no edital de financiamento climático do Reino Unido, o UK Pact de 2023, e elaborado pelo Centro Brasil no Clima e pela WayCarbon, em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad). Desenvolvimento da plataforma

Para a primeira versão da ferramenta, foram selecionadas metas cujos objetivos eram mais quantificáveis e de longo prazo. Para cada uma dessas metas, foram, então, elaborados indicadores que refletissem o seu cumprimento e seu impacto, levando em conta os dados disponíveis atualmente. Por fim, trabalhou-se na estrutura a ser utilizada para a ferramenta.

O Plac é composto por 28 ações setoriais, 103 subações e 199 metas, que

contemplam ações de mitigação, adaptação, inovação e justiça climática.

Uma das metas que o MRV Climático já monitora é em relação aos transportes. Um dos objetivos do Plac é promover a ampliação da substituição da gasolina e do diesel por biocombustíveis, ampliando em 10% sua participação na demanda energética até 2030 e, em 50%, até 2050.

De acordo com a ferramenta, o volume de etanol comercializado em Minas Gerais no segundo trimestre de 2023 foi de 382.220 metros cúbicos, índice que foi elevado para 613.047 metros cúbicos para o segundo trimestre de 2024.

Outra meta que já está em acompanhamento pela plataforma é a que busca alcançar 900 mil veículos movidos por propulsão alternativa à combustão até 2050 na frota veicular registrada no estado.

No primeiro semestre de 2023, eram 5.848 veículos do tipo registrados em Minas. Já no primeiro semestre de 2024, o número subiu para 14.884 automóveis.

Apresentação de resultados

Em 2025, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas será

realizada em Belém (PA). Minas Gerais estará presente no evento para apresentar os resultados da execução das 199 metas do Plac, tendo como base justamente os dados extraídos pela ferramenta MRV Climático.

“Essa ferramenta permitirá dar transparência à sociedade da

execução de todas essas ações, as metas que estão sendo cumpridas e, também, calcular o que essas metas e ações repercutem em termos de redução de emissão de gases de efeito estufa e de aumento de captura de gases de efeito estufa”, conclui a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo.

Com maior queijo do mundo, Governo de Minas encerra homenagens aos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal

Governo de Minas vai iniciar capacitações para jovens rurais em fevereiro de 2025

Programa Futuro no Campo

vai beneficiar 500 jovens, com qualificação e ações de fomento

Diante do cenário de envelhecimento da população rural, demonstrado pelo censo Agropecuário 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Governo de Minas lançou, em novembro, uma iniciativa para criar mais oportunidades para a juventude no meio rural. O programa Futuro no Campo, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), vai beneficiar 500 jovens em 2025.

A partir de fevereiro, o Futuro no Campo vai oferecer capacitações em gestão de empreendimentos, cooperativismo, comercialização, inclusão digital e outros temas relevantes no setor, fortalecendo o protagonismo e a permanência dos jovens no campo. As capacitações serão em formato híbrido (presencial e virtual), proporcionando flexibilidade e maior alcance. Além dos cursos, os participantes terão um acompanhamento técnico mensal de profissionais da Emater-MG.

Protagonismo feminino

O Futuro no Campo recebeu 1.409 inscrições e a seleção dos beneficiados seguiu os critérios do edital. “São jovens de várias regiões, mas a predominância é do Norte e Nordeste de Minas. Também temos muitas mulheres, 49% dos selecionados, porque o primeiro critério de desempate foi ser do sexo feminino. A adesão das garotas foi muito significativa”, conta a coordenadora técnica da Emater-MG e gestora do programa, Luziane Dias de Oliveira.

Os selecionados para o programa têm idade entre 16 e 29 anos e são agricultores, ou filhos de agricultores familiares, produtores rurais e/ou residentes no meio rural. O projeto é dividido em seis áreas: Jovens do Café (60 vagas) e no Jovens do Leite (60 va -

Diretora Responsável

Heny de Souza

Sócio-proprietário

Marciano Malaquias

Jornalista Responsável

Marciano Malaquias(MTB-nº 0021813/MG)

gas). Os demais projetos são: Fruticultura (50 vagas), Olericultura (168 vagas), Apicultura (60 vagas) e Avicultura (102 vagas).

“Alguns participantes receberão um notebook e terão orientações focadas na gestão do empreendimento. Além das capacitações e assistência técnica, esses jovens receberão kits, com sementes, mudas ou criações, conforme o projeto, além de insumos, para a implantação da atividade do projeto”, explica a Luziane Oliveira.

Oportunidades para os jovens

Adriele de Jesus Freitas é uma das jovens selecionadas para o programa e fará parte do projeto Jovens em Fruticultura. “Estou muito empolgada de poder participar do Futuro no Campo. Será uma ótima oportunidade de ter a orientação e a ajuda de uma empresa que tem uma longa experiência no campo, como é o caso da Emater-MG”, comenta a produtora de 25 anos, de Montes Claros.

Com o projeto, a Emater-MG espera estimular o desenvolvimento econômico, social e educacional no meio rural mineiro, incentivando a geração de renda, a melhoria da qualidade de vida e a sucessão nas propriedades familiares.

“O que estamos promovendo com o Futuro no Campo é a

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garantia da sucessão nas áreas rurais, especialmente das famílias mais pobres. Em Minas, há uma dificuldade histórica em garantir que os proprietários de pequenos módulos rurais fiquem em suas terras, por conta da dificuldade em sustentar suas famílias com a produção”, salienta o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus.

Para o diretor presidente da Emater-MG, Otávio Maia, a permanência dos jovens no campo é fundamental para garantir essa sucessão na agricultura familiar e a continuidade das atividades agrícolas no Brasil. “Esperamos que o programa seja uma catapulta profissional para a juventude rural. Queremos que eles cresçam como produtores e construam um futuro no campo. Nosso objetivo é criar oportunidades para aqueles que quiserem permanecer no campo, produzindo e cuidando do meio ambiente”, afirma Otávio.

Programa em expansão De acordo com censo Agropecuário 2017 (IBGE), a população rural com idade entre 25 anos e 35 anos, são 9,48% do total, abaixo dos 13,56% do censo anterior. O valor para implantação do Futuro no Campo é de cerca de R$ 2 milhões. Os recursos são da Emater-MG, mas poderão vir de outras fontes públicas (municipal, estadual e federal) e privadas. Além dos 500 jovens selecionados, a Emater-MG criou uma lista de espera, que inclui todos os inscritos que atendiam as exigências do programa. “A empresa agora está buscando parcerias para também beneficiar os jovens da lista de espera. Então o número de jovens beneficiados pode aumentar em 2025”, revela Luziane.

Com maior queijo do mundo, Governo de Minas encerra

homenagens aos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal

Evento deste domingo (15/12) em Belo Horizonte faz parte de um calendário de ações do Estado para celebrar o reconhecimento como Patrimônio Cultural da Humanidade junto

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o vice-governador Professor Mateus, participaram, neste domingo (15/12), do encerramento das celebrações oficiais em 2024 pelo reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.

Para marcar a data, o Governo do Estado apresentou o maior queijo do mundo em um evento realizado em frente à Igreja de São Francisco de Assis, a Igrejinha da Pampulha, em Belo Horizonte. Produzida em Ipanema, no Vale do Rio Doce, a iguaria presta uma homenagem aos produtores e ao Queijo Minas Artesanal. Durante o evento, foi feito o corte e distribuição do queijo para os visitantes.

“É uma felicidade enorme para nós mineiros que apreciamos tanto esse produto que está sempre presente nas nossas casas e nas nossas mesas. Um brinde para Minas Gerais e o meu reconhecimento ao trabalho da Emater, do IMA, da Faemg, de muitos que tiveram envolvidos nessa conquista tão grande e principalmente dos produtores de queijo artesanal, que são os grandes protagonistas dessa conquista”, disse o governador Romeu Zema.

O evento deste domingo destacou o valor das práticas artesanais que mantêm vivos os modos de fazer únicos, passados de geração para geração nas dez regiões pro-

dutoras do Queijo Minas Artesanal, e o turismo de experiência, convidando visitantes a conhecer de perto as queijarias, os processos de produção sustentável e as paisagens culturais que fazem do queijo um dos maiores símbolos de Minas Gerais.

“Não estamos falando de um queijo único, mas do jeito mineiro de fazer queijo. Temos hoje dez regiões que já possuem reconhecimento de origem, o que demonstra nosso compromisso em proteger essa tradição e a mineiridade. O que a Unesco reconheceu é que o queijo produzido em Minas Gerais carrega a essência do mineiro, levando com ele um pedaço de Minas a cada lugar em que é servido”, reassaltou o vice-governador Professor Mateus.

Celebração dos Modos

de Fazer Queijo Minas Artesanal

A programação, realizada por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), também contou com a apresentação do violinista e compositor Marcus Viana, que interpretou a canção “Pátria Minas”, escolhida como a música oficial da celebração. A decisão de reconhecer os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade foi em 4/12 em reunião realizada em Assunção, no Paraguai. Com o título, o Brasil passou a ter o primeiro produto da cultura

alimentar incluído na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, explicou a relevância que o reconhecimento dos Modos de Fazer Queijo Artesanal tem para Minas Gerais.

“É tão importante porque não são mais do que dez alimentos no mundo, sendo o único do Brasil a ter esse reconhecimento. Minas Gerais, com isso, lidera o número de patrimônios mundiais com folga nas nossas terras, reforçando a centralidade do nosso Estado, da nossa gente e da mineiridade”, enfatizou.

Por sua vez, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, reforçou a importância que o queijo tem

para o mineiro.

“O queijo está no sentimento do mineiro, está na aveia, no sangue. O mineiro gosta de presentear com queijo, o mineiro adora servir cafezinho com queijo, e esse reconhecimento vem realmente coroar o que representa este produto para nós”, observou.

Calendário em BH e no interior

A apresentação do maior queijo do mundo em Belo Horizonte é o desfecho de uma agenda diversa e descentralizada realizada em dezembro em várias regiões do estado.

Na capital mineira, no dia 4/12, data do anúncio da Unesco, houve apresentação de Marcus Viana e o Coro Sinfônico do Palácio das Artes na varanda do Palácio da Liberdade, que também re-

cebeu uma feira da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG), reunindo mais de 20 produtores de queijos artesanais de várias regiões do estado. Espetáculos de drones com imagens de queijos, montanhas e símbolos da cultura mineira foram realizados, entre 6/12 a 14/12, em BH e em cidades das dez regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal: São Roque de Minas, Diamantina, Araxá, Serro, Serra do Salitre, Santa Bárbara, Patos de Minas, Coronel Xavier, Uberlândia e Lima Duarte.

O Governo de Minas também promoveu, entre 5/12 e 8/12, uma imersão em cidades das dez regiões produtoras do QMA com a participação de 80 jornalistas de todo o país.

à Unesco

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