Gazeta de Varginha - 16/10/2013

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GAZETA DE VARGINHA, 16/10/2013

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SAÚDE

Pessoas com HIV poderão iniciar terapia logo depois do diagnóstico Pessoas com HIV poderão iniciar o tratamento antirretroviral assim que receberem o diagnóstico. A mudança faz parte das novas diretrizes terapêuticas para o cuidado do HIV no Brasil, aprovadas pelo Comitê Assessor para Terapia Antirretroviral em Adultos Infectados pelo HIV e Aids, do Ministério da Saúde. Até o dia 5 de novembro, o texto do “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em

Os medicamentos da classe de inibidores de protease passam a constituir a segunda linha de tratamento

Adultos” estará aberto para consulta pública e poderá receber sugestões. Atualmente, a indicação para início da terapia antirretroviral ocorre quando o paci-

ente já apresenta sintomas da Aids – como perda de peso, febre, diarréia e fadiga – ou quando o exame de contagem de linfócitos CD4 apresenta resultados alterados (abai-

xo de 500 células/ mm3). Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério, o objetivo da estratégia é diminuir a transmissão

Mais de 90% dos europeus vivem em áreas com nível nocivo de poluição Quase 90% dos moradores de zonas urbanas europeias continuam expostos a uma poluição com partículas e um número ainda maior ao ozônio, em níveis que superam os recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), adverte um relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente (AEE). “Grandes proporções da população não vivem em um ambiente saudável (...). A Europa deve ir mais longe na legislação aprovada”, menos rígida que as recomendações da OMS, considera o diretor-executivo da AEE, Hans Bruyninckx. A emissão de partículas PM10 (de diâmetro inferior a 10 microns) e PM 2,5 diminuiu respectivamente 14% e 16% na União Européia entre 2002 e

2011, indica o relatório da AEE. No entanto, em 2011, 33% dos habitantes da UE viviam em zonas onde as concentrações máximas autorizadas de PM10 em 24 horas foram superadas. De acordo com as normas da OMS, que não são obrigatórias, trata-se de 88% da população urbana. As partículas de menor tamanho pene-

tram profundamente nos pulmões e no sangue, provocando patologias respiratórias e cardiovasculares. As PM10 são emitidas principalmente por processos mecânicos como as atividades de construção, enquanto as PM 2,5 resultam da combustão (madeira, combustível, especialmente diesel). Por sua vez, 98% das populações urba-

nas estiveram expostas desde 2011 a concentrações de ozônio superiores às recomendações da OMS. O ozônio resulta das transformações, sob os efeitos dos raios solares, das emissões dos veículos a motor e das atividades industriais, e provoca irritação para as vias respiratórias. Um relatório europeu publicado baseado em 14 estudos realizados em 12 países em 74 mil mulheres, mostra que uma exposição ainda limitada a PM 2,5 durante a gravidez aumenta os riscos de peso insuficiente no recém-nascido. Um peso de menos de 2,5 kg após 37 semanas de gestação pode provocar problemas respiratórios durante a infância, assim como dificuldades cognitivas.

do HIV por pessoas já diagnosticadas e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus. Outra alteração trazida pelo protocolo é a definição do tratamento de primeira linha, que passa a ser composto pelos medicamentos tenofovir, lamivudina e efavirenz. Os medicamentos da classe de inibidores de protease passam a constituir a segunda linha de tratamento, ou seja: são a opção caso o paciente não responda

bem à primeira linha. Depois de terminada a consulta pública, o novo protocolo deve ser publicado em forma de portaria. Para o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, a partir dessa publicação, o protocolo determinará claramente a conduta que deve ser adotada pelos médicos em relação ao HIV. Anteriormente, existiam apenas recomendações, que os médicos poderiam acatar ou não.

Celulares têm efeitos biológicos no corpo A exposição às ondas eletromagnéticas pode provocar modificações biológicas sobre o corpo, mas os dados científicos disponíveis não evidenciam efeitos comprovados sobre a saúde, afirma a Agência Nacional de Saúde (Anses) da França em um relatório divulgado nesta terça-feira (15). A Anses não considera necessário modificar a regulamentação que fixa os níveis limites, mas recomenda evitar a exposição às ondas, em particular os telefones celulares, sobretudo em crianças e usuários intensivos. O documento foi elaborado por um grupo de 16 especialistas. Eles revisaram mais de 300 estudos científicos publicados em todo o mundo desde

2009, data do relatório anterior da agência sobre o tema. As dúvidas sobre os efeitos para a saúde das ondas eletromagnéticas se multiplicam à medida que novas tecnologias sem fio entram no mercado, e particularmente com a chegada do 4G. As novas tecnologias podem, potencialmente, aumentar a exposição da população em geral, com novas antenas ou novos aparelhos (smartphones de última geração, tablets, etc), sintetiza a Anses. “As conclusões não evidenciaram efeitos comprovados para a saúde, mas demonstram, com níveis de prova limitados, que há diferentes efeitos biológicos”, completa a agência.


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