Padrões espaciais e criminalidade na UFSC - Campus Trindade

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Apropriação do espaço

Embora a análise da quantidade de pessoas que passam por um local forneça uma base de da-

dos sólida e realista para o desenvolvimento de estudos sobre a apropriação do espaço, ficou evidente também a necessidade de se diferenciar essa quantidade por período do dia. Assim, buscamos representar pessoas que transitaram pelo local no período letivo da UFSC, que compreende os horários entre 07:30 e 22:00, contando com uma diferenciação de pessoas circulando pelo local no período definido pelo grupo como “noturno”, compreendido entre 19:00 e 23:00. Sentimos a necessidade de também especificar as pessoas circulando pelo local nos horários de pico da universidade, que são 12:00 e 18:00, conforme explicação melhor detalhada na Metodologia.

Uma análise mais detida sobre os padrões de ocupação do espaço em cada par (figuras 33 e

34) revela que, em ambos os casos, há uma maior quantidade de pessoas transitando por dentro do estacionamento naqueles com menor quantidade de crimes (1B e 2B). No caso do estacionamento 1A, as pessoas se concentram nos dois eixos de circulação principais, um deles junto à Rua Engenheiro Agronômico Andrei Cristian Ferreira e o outro em direção ao RU. Por sua vez, no estacionamento da BU (1B), além de haver grande concentração de pessoas nos caminhos adjacentes, há também uma quantidade significativa de pessoas passando pelo seu interior, na direção de uma das conexões do campus com a Rua Delfino Conti. A existência de dois pontos de ônibus de uso recorrente justifica a circulação constante.

Os estacionamentos 2A e 2B possuem elevada quantidade de pessoas circulando no seu inte-

rior, mas o desenho espacial do estacionamento 2A faz com que uma parcela dos transeuntes circule na parte de trás do Fórum e, portanto, distante dos principais fluxos de passagem. Chama a atenção também a considerável ocupação do caminho adjacente ao estacionamento 2B, que conecta a área central do campus ao Centro Tecnológico, o que provavelmente oportuniza uma maior vigilância natural daqueles que não trafegam por dentro do estacionamento, em conssonância com o estacionamento 1B e em contraste com o estacionamento 1A, pertencente ao outro par, onde os principais trajetos de pedestre estão mais distantes do estacionamento do que no caso 2B.

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