Arrumação dos escravos no porão de um navio negreiro Pormenor de Gravura da obra The Slave ship Brooks, de James Phillips, Liverpool 1814. National Maritime Museum
O PROJETO TESTEMUNHOS DA ESCRAVATURA. MEMÓRIA AFRICANA Anabela Valente, Ana Cristina Leite
No século XV, Portugal iniciou aquilo a que podemos chamar de tráfico de escravos a nível mundial. Se é verdade que no nosso território se praticava a escravatura desde sempre, também é verdade que é nesta altura que se inicia o comércio em larga escala e o seu desvio para o Atlântico. Os negros, capturados e comprados em África, serviam às tradições escravistas da Europa, mas eram sobretudo mão-de-obra necessária para a exploração das riquezas dos novos mundos encontrados. Portugal foi um país esclavagista por mais de quatro séculos. Os portugueses, conjuntamente com os ingleses, franceses, espanhóis, holandeses (e também brasileiros e norte-americanos, etc.), dominaram o tráfico negreiro, transportando um número que se calcula de cerca de 10 a 12 milhões de africanos para a Europa e América. Um crime contra a humanidade que alterou radicalmente o desenvolvimento futuro dessas regiões e das comunidades. Lisboa foi o destino do primeiro carregamento de escravos, muito diminuto no início, mas símbolo do que se veio a tornar depois. Em 1441, chegam a Lisboa dois escravos, capturados a sul do Bojador, acontecimento descrito por Gomes Eanes de Zurara na Crónica dos Feitos da Guiné. O número de escravos negros rapidamente aumenta na cidade, passando a estar presentes em todas as casas, diferenciando-se ricos e pobres, sobretudo, pelo número de escravos que possuíam. A presença e a herança dos negros em Lisboa e os testemunhos que a escravatura deixou na memória da cidade, foram um dos alicerces deste projeto, uma iniciativa do Gabinete de Estudos Olisiponenses, integrada na Capital Ibero-americana de Cultura Lisboa 2017. Projecto nascido de uma reflexão acerca dos problemas, da existência de racismo, traumas e desafios que hoje enfrentam as sociedades ibero-americanas (nas quais nos incluímos), como resultado do acontecimento trágico da história da humanidade que foi a migração forçada e escravização de milhões de africanos.
Placa de bronze. Reino do Benim. Finais do século XVI. Representação de soldado português rodeado de manilhas. Museum für Volkerkunde, Viena (Áustria).
As manilhas (geralmente em bronze, havendo algumas em latão ou cobre) eram uma das mercadorias usadas, como moeda, para a aquisição de escravos. Nos inícios do século XVI um escravo custava 10 a 12 manilhas de bronze. Com o aumento do tráfico e da procura, o valor aumentou para as 40, 50 manilhas.
A identificação de um conjunto de museus, arquivos, bibliotecas e de outras instituições da cidade de Lisboa e a constatação da ausência explícita de narrativas patrimoniais da escravatura e das memórias africanas, foram o ponto de partida para o convite a estes equipamentos para selecionarem, nas suas coleções, peças e/ ou documentação que, de uma forma direta ou indireta, se pudessem relacionar com a pessoa escravizada negra. Estes testemunhos e heranças recuperados e resgatados, foram objeto de uma abordagem particular por parte das 43 instituições parceiras (na maioria dos casos pela primeira vez), tendo resultado na construção de novas narrativas, numa variabilidade de leituras históricas e de reflexões sobre o tema. Mais de duas centenas de peças e documentos (do século XV aos inícios do século XX, acessíveis no site do projeto www.testemunhosdaescravatura.pt), são mostrados em pequenas exposições, ou destacados nas próprias exposições permanentes ou apenas em sítio web, permitindo abordar diversos tópicos: o tráfico, o combate e abolição da escravatura, as questões económicas, as vivências e os quotidianos do escravo, o racismo, a legislação, as tradições culturais e religiosas da presença africana, as heranças africanas ou ainda, entre outras matérias, olhar para a iconografia do africano e para a visão do europeu sobre o negro. Um vasto património e uma parte da nossa história controversa que se vai desvendando. Com este projeto, que parte das representações e das novas narrativas agora construídas do que a escravatura foi no passado, pretende-se contribuir para uma consciencialização dos equipamentos culturais, bem como para a construção de uma discussão do que, ainda no presente, significa a escravatura.
Navio negreiro português Diligente Aguarela s/papel. Henry Samuel Hawker. 1838. Smithsonian’s National Museum of African American History and Culture
Este navio negreiro português foi capturado pela marinha inglesa a 12 de Janeiro de 1837, por tráfico ilegal, na costa de África, quando se dirigia com 400 escravos para Cuba. Um importante registo das precárias e insalubres condições em que viajavam os escravos, sendo possível observar cerca de 120 pessoas acomodadas e amontoadas no convés, com sinais de mal-nutrição. Elementos da tripulação atiram borda fora um escravo morto. Calcula-se que um em cada cinco africanos morria nestas viagens.
O TRÁFICO ATLÂNTICO DE MÃO-DE-OBRA ESCRAVA Arlindo Manuel Caldeira
Em 1444, chegou ao sul de Portugal o primeiro grande contingente de escravos, resultante das viagens de expansão. Neste, como nos desembarques imediatamente posteriores, os escravizados eram africanos do Sudão (trazidos pelas caravanas transarianas) e azenegues, obtidos, uns e outros, através de acções de pilhagem. No mesmo ano de 1444, as caravelas portuguesas chegavam ao litoral da África Negra mas as formas de captura não mudaram. A partir de 1448, porém, o infante D. Henrique, que patrocinara a maioria das expedições, proibiu formalmente as razias a sul do Bojador, interrompendo a prática, consolidada pela tradição de séculos, em que o corso e as razias coexistiam com a actividade comercial. Esta decisão do Infante, embora saibamos que o seu cumprimento esteve longe de ser total, não deixou de constituir uma viragem histórica, pois significava a vitória do comércio sobre as acções armadas. Mas, a partir de então, também as autoridades locais africanas passaram a estar directamente envolvidas e a ser, cada vez mais, parte interessada no tráfico atlântico e transatlântico de escravos que então se iniciava. Podemos distinguir três grandes fases no seu desenvolvimento. Durante cerca de 180 anos, entre 1444 e 1620, os portugueses praticamente detiveram o exclusivo desse comércio de “mercadoria humana”. Ainda assim, um exclusivo relativo: quase desde o início que castelhanos, franceses e ingleses desafiavam as restrições do mare clausum desenhadas no Tratado de Tordesilhas e apareciam a negociar no litoral africano. Os primeiros dois séculos foram ainda, em volume e em estrutura, uma pequena amostra do tipo de tráfico que viria a seguir, embora já cerca de três mil escravizados tenham sido vendidos em cada ano. O destino principal foi, durante as primeiras décadas, o continente europeu e os arquipélagos atlânticos onde tinha sido introduzida a produção de açúcar (São Tomé, Canárias, Madeira). A partir de Portugal, um grande número de escravos era reexportado para Espanha, para as repúblicas italianas e até para a Europa do Norte. Dos escravos recebidos em Espanha, um número significativo era depois reembarcado em Sevilha ou Cádis em direcção à América Espanhola.
Porém, a partir de 1520, ou mesmo um pouco antes, passou a ser autorizado o envio directo de mão-de-obra escrava de África para a América Espanhola, tornando-se os arquipélagos de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe os entrepostos onde os navios portugueses (e alguns espanhóis) se iam abastecer. Depois da década de 1530, também no Brasil começou a crescer a procura de mão-de-obra escrava, movimento que se acentuaria à medida que o território se consolidou como grande produtor/exportador de açúcar. A 2ª fase do tráfico atlântico inicia-se cerca de 1620, prolonga-se pelos séculos XVII e XVIII e atinge ainda a primeira década do século XIX, tendose caracterizado por uma transferência massiva de população africana para as Américas, sem paralelo nos séculos anteriores, e pela internacionalização do tráfico. A Europa do Norte juntou-se decididamente a Portugal no “infame negócio”, sobretudo através de três potências: a Holanda (Países Baixos), a Inglaterra e a França. Mas não são os únicos: a partir do século XVII vão também participar no tráfico a Dinamarca, a Suécia e até os alemães do principiado de Brandeburgo. Todos esses países estabeleceram feitorias e construíram fortes ao longo da costa africana, muitas vezes quase lado a lado, desafiando a concorrência. Só na costa do Ouro, além de São Jorge da Mina (que os holandeses tinham conquistado aos portugueses em 1638) foram levantadas mais de duas dezenas de fortalezas. A inicial hegemonia neerlandesa no tráfico seria efémera, face à emergência da França e da Inglaterra como grandes potências coloniais a nível mundial, passando a ter um papel central no fornecimento de escravos africanos às Américas, nomeadamente às ilhas açucareiras das Caraíbas. Embora os portugueses, sobretudo os luso-brasileiros, pelo seu conhecimento dos mercados e pelo domínio das relações directas entre África e o Brasil, mantivessem uma parcela significativa do tráfico, foram os britânicos quem predominou no conjunto do século XVIII, particularmente na segunda metade. As colónias da América central inglesas, francesas, holandesas e dinamarquesas absorveram, no século XVIII, 57% de todos os escravos negociados, num total de quase quatro milhões de indivíduos. A esta intensa procura de mão-de-obra escrava e à disponibilidade económica para pagá-la, corresponderam os intermediários africanos alimentando o tráfico com um fluxo de escravos mais intenso e a preços cada vez mais elevados, numa espiral de crescimento que vai atravessar todo o século. Em 1781-1790, a década em que o tráfico foi o mais intenso de sempre, atingiu-se o valor médio de perto de 90 000 africanos deportados como escravos em cada ano.
Na 3ª fase do tráfico atlântico, que se iniciou na segunda década do século XIX, foi-se eclipsando a participação dos países do Norte da Europa, onde cresciam as campanhas abolicionistas e as consequentes proibições. Inversamente, o tráfico resistiu nos países ibéricos (e nas suas colónias ou ex-colónias americanas), que tiveram então por companhia, embora a grande distância, os Estados Unidos da América. O volume do tráfico, em vez de diminuir, iria em crescimento até 1850, só quebrando nessa data, em que o Brasil proibiu finalmente o comércio negreiro. A possibilidade de grandes lucros, muito maiores do que na fase legal, falara mais alto que as interdições e que o próprio risco financeiro. Os portugueses, que tinham sido os iniciadores do tráfico atlântico de escravos, foram, com os seus “sucessores” brasileiros, dos últimos a abandonarem essa prática. De acordo com cálculos que merecem credibilidade, quase metade dos escravizados levados a atravessar o Atlântico fizeramno em navios com bandeira de um desses dois países. Globalmente, a estarem certas as estimativas mais recentes, a África perdeu entre 1500 e 1870, só através do tráfico transatlântico, mais de 12 500 000 dos seus filhos. Desses, apenas 10 700 000 terão postos os pés nas Américas. Os restantes, quase dois milhões, cerca de 14,5% do total, morreram nos porões dos navios, chamados adequadamente “tumbeiros”, de sede, de fome, ou de doença. E, se conhecêssemos todos os passos de todos os escravos, desde o momento em que foram vendidos pela primeira vez, no interior de África, até que chegaram ao último porto de desembarque, seriam ainda bem mais aterradores os números com que se poderia quantificar este enorme drama colectivo, o maior da história moderna. (o autor escreve segundo a antiga ortografia)
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Portugal/Brasil
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1651-1700
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18 500
186 400
3 300
26 300
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1701-1750
1 011 100
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10 600
2 560 500
1751-1800
1 201 900
1 580 700
759 000
10 700
173 100
152 000
56 700
3 934 100
1801-1850
2 460 600
284 000
203 900
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3 000
111 400
16 300
3 648 000
1851-1870
9 300
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215 800
0
500
0
225 600
5 848 300
3 259 500
1 381 400
1 061 500
554 400
305 300
111 000
12 521 400
Totais
Quadro 1. Estimativa do tráfico atlântico de escravos por países/bandeira,1501-1870 (números arredondados à centena). Fonte: The Trans-Atlantic Slave Trade Database. Consultada em Maio de 2017.
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一
Medalhão com cabeça de negro Claustro do Mosteiro dos Jerónimos. Século XVI.
O encontro de novos territórios alimentou uma imagem inovadora e real da humanidade que antes era do domínio exclusivo do imaginário. A representação do “outro” ou de elementos étnicos estranhos, não como um exotismo decorativo, mas como registo etnográfico é característica da arte manuelina, sendo o tema da cabeça de negro um motivo frequente.
ARQUIVOS, BIBLIOTECAS E MUSEUS NO PROJETO / ÍNDICE ZONA 1
ZONA 2
ZONA 3
ZONA 4
ZONA 5
ZONA 6
1 Arquivo Histórico Ultramarino pág 16 2 Biblioteca da Ajuda pág 17 3 Biblioteca Central de Marinha pág 18 4 Biblioteca Central de Marinha - Arquivo Histórico pág 19 5 Centro de Arqueologia de Lisboa pág 23 6 Museu Coleção Berardo pág 24 7 Museu de Marinha pág 25 8 Museu Nacional de Arqueologia pág 26 9 Museu Nacional dos Coches pág 27 10 Museu Nacional de Etnologia pág 28 11 Palácio Nacional da Ajuda pág 29 1 Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia pág 32 2 Biblioteca da Academia das Ciências pág 33 3 Fundação Mário Soares pág 34 4 Museu das Comunicações pág 35 5 Museu do Dinheiro pág 36 6 Museu da Farmácia pág 37 7 Museu da Marioneta pág 40 8 Museu Nacional de Arte Antiga pág 41 9 Museu Nacional de Arte Contemporânea pág 42 10 Museu Nacional de História Natural e da Ciência pág 43 11 Museu de S. Roque (SCML) pág 46 12 Sociedade de Geografia de Lisboa pág 47 1 2 3 4 5 6 7
Arquivo Histórico Militar pág 50 Museu de Artes Decorativas Portuguesas pág 51 Museu do Fado pág 52 Museu de Lisboa – Santo António pág 53 Museu de Lisboa – Teatro Romano pág 55 Museu Militar pág 56 Museu Nacional do Azulejo pág 57
1 2 3 4
Academia Militar pág 59 Arquivo Histórico do Tribunal de Contas pág 60 Casa-Museu Anastácio Gonçalves pág 61 Casa-Museu Medeiros e Almeida pág 63
1 2 3 4 5 6
Arquivo Nacional da Torre do Tombo pág 65 Biblioteca Nacional de Portugal pág 66 Museu Bordalo Pinheiro pág 67 Museu de Lisboa – Palácio Pimenta pág 69 Museu Nacional do Teatro e da Dança pág 70 Museu Nacional do Traje pág 71
1 Arquivo Municipal de Lisboa pág 73 2 Gabinete de Estudos Olisiponenses pág 74 3 Museu Nacional da Música pág 75
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1 5ZONA MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA 椀爀愀 愀搀攀
UM MUSEU TANTAS COLEÇÕES
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de ArqueologiaAbus senihilinum horterox movenicae, seresul conclus, nis, ora, prit. ex se mus tem tuisquid poptili cavessidem, quam hebatia L. Evigitem vemo vilin no. Nos prehebul vit aut invertam mus firis et alerta ex morice cones consultor 䔀猀琀搀椀漀 audam acemortus crum ia res, sentere ssolis. 搀漀 刀攀猀琀攀氀漀 Nentraeti, in sul ta, quam. Hinem ad pos vatabentemus es? Hum tudam iae te, que cae inium perfini senata publicae ressa niciem 刀攀猀琀攀氀漀revideps, sestrav entemuntum acit; et in vigilis scero eto ignatic atquas cre atuid consilis. 氀漀 攀猀琀攀 搀漀 刀 ⸀ 瘀 䄀 Vocchui pero, non pubi practam in sessa dit? Icaet iaedeest pe
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1 ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO O Arquivo Histórico Ultramarino possui milhares de documentos relevantes para a história da escravatura. De entre os documentos, foi selecionada uma gravura que ilustra o método de lavagem de diamantes, feita por escravas, em Minas Gerais, Brasil. O desenho ilustra um ofício remetido por João da Rocha Damas, Intendente Geral dos Diamantes, para Martinho de Melo e Castro, Secretário da Marinha e dos Domínios Ultramarinos de Portugal.
sítio web
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EX PLO RA ÇÃO
2 BIBLIOTECA DA AJUDA Conjunto diversificado de documentos onde é referida a presença dos negros nas vivências das famílias portuguesas. A documentação reflete o estatuto de bem transmissível da pessoa escravizada, passível de ser comprada, vendida e herdada. Documentos também sobre a ação do Marquês de Pombal e a abolição da escravatura, assim como a cristianização dos escravos.
sítio web
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ES CRA VI ZA DO
3 BIBLIOTECA CENTRAL DE MARINHA ESCRAVATURA: TRÁFICO, CONSCIENCIALIZAÇÃO E COMBATE A exposição, que percorre em dois espaços (Arquivo Histórico e Biblioteca Central), apresenta documentação ilustrativa da alteração das posições oficiais do Estado Português relativamente à escravatura, exemplificando desde atitudes de aceitação através da regulamentação do transporte de escravos, passando aos documentos que atestam o papel da marinha no combate ao tráfico negreiro e a defesa das atitudes abolicionistas.
exposição 28 junho a 29 setembro seg a sex, 9h30-12h30 | 13.30h-17h Praça do Império ccm.marinha.pt/pt/biblioteca
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TRÁ FI CO
4 BIBLIOTECA CENTRAL DE MARINHA - ARQUIVO HISTÓRICO ESCRAVATURA: TRÁFICO, CONSCIENCIALIZAÇÃO E COMBATE Diversos documentos que atestam o desempenho da Marinha Portuguesa no combate ao tráfico ilegal de escravos, bem como a manutenção deste tráfico, muitos anos após a a abolição da escravatura.
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exposição 5 abril a 23 junho seg a sex, 10-12h | 13-17h Rua da Junqueira arquivohistorico.marinha.pt
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NE GREI RO
Vista do Chafariz D’El Rei. Lisboa. Óleo s/ madeira. Finais do século XVI. Coleção Berardo.
Esta pintura é representativa da presença africana e de escravos no quotidiano da vida lisboeta. No século XVI estima-se que 10% da população fosse negra, ou seja, em 1551 haveria 10 mil escravos na cidade, o que levou a que o escritor espanhol Bartolomé de Villalba y Estaña se referisse a Lisboa como "mãe de negros".
5 CENTRO DE ARQUEOLOGIA DE LISBOA Foram selecionados utensílios em barro, do século XVIII, representativos das técnicas de fabrico resultantes da influência africana na olaria. Utensílios semelhantes foram encontrados no sul dos Estados Unidos (Virgínia e Carolina do Sul), nas Caraíbas e no Brasil. Fazem parte também da mostra uma grilheta, do século XV, proveniente das escavações do Largo das Olarias, documentada com o levantamento fotográfico do esqueleto agrilhoado.
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peças e documentos em destaque 4 maio a 30 junho seg a sex, 9.30h-12.30h | 14-17h Avenida da Índia, 166 www.museuarquelogia.pt
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O LA RIA
6 MUSEU COLEÇÃO BERARDO Foram selecionados dois quadros, representando as visões contemporâneas da escravatura. Os trabalhos dos dois autores, Manuel Ocampo (Filipinas) e Adriana Varejão (Brasil) refletem a crítica à escravatura e ao colonialismo, e às suas consequências nas relações sociais nas regiões colonizadas.
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peças e documentos em destaque 26 maio a 30 dezembro seg a dom, 10-19h Praça do Império museuberardo.pt
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MA NI FES TO
7 MUSEU DE MARINHA A Marinha Portuguesa desempenhou um papel importante no combate ao tráfico negreiro ilegal, após ter sido decretada a extinção da escravatura em todos os territórios portugueses, pelo Marquês de Sá da Bandeira, em 1869. No acervo do museu encontramos modelos de alguns dos navios usados nessa ação, dos quais foi selecionado o Modelo de Corveta Mista Rainha de Portugal.
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peças e documentos em destaque 19 junho a 30 dezembro ter a dom, 10-17h Praça do Império ccm.marinha.pt/pt/museu
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I LE GAL
8 MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA UM MUSEU. TANTAS COLEÇÕES! Uma exposição que mostra uma parte do acervo do museu, reunido por José Leite de Vasconcelos, que nos remete para a presença das populações africanas em Portugal. A temática da escravatura negra assume particular relevância, documentada com vários objetos, entre eles um conjunto de instrumentos de sujeição, com destaque para as coleiras de escravos com identificação de proprietário. Demonstração clara da visão de desumanização e animalização do escravo.
exposição 22 abril a 30 dezembro ter a dom, 10-18h Praça do Império www.museuarquelogia.pt
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A NI MA LI ZA ÇÃO
9 MUSEU NACIONAL DOS COCHES As representações de africanos (quer sejam figuras femininas, masculinas ou crianças) e da figura alegórica do continente África, sempre com grilhões ou acorrentados, usados na decoração de alguns dos coches setecentistas da coleção e numa pintura mural do teto do antigo Picadeiro Real, remetem-nos para o universo do tráfico e da escravatura, pela associação direta da figura do negro africano à submissão e à pessoa escravizada.
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peças e documentos em destaque 19 junho a 30 dezembro ter a dom, 10-18h Avenida da Índia, 136 museudoscoches.pt/pt
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SUB MI SSÃO
10 MUSEU NACIONAL DE ETNOLOGIA O Museu coloca em destaque um objeto que evoca a escravatura. Trata-se de um grilhão ou prisão de escravos que permitia o aprisionamento conjunto de pés e mãos. Proveniente do Brasil (Ouro Preto), é um dos raros exemplares, senão único com esta tipologia, existente em Portugal, que ilustra a brutalidade e a desumanidade com que eram tratados os africanos escravizados.
peças e documentos em destaque 18 abril a 30 dezembro ter 14-18h | qua a dom, 10-18h Avenida Ilha da Madeira mnetnologia.wordpress.com
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CA TI VEI RO
11 PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA A coleção de retratos régios foi o pretexto para traçar um percurso cronológico onde são enunciados os acontecimentos relevantes relacionados com a abolição da escravatura em Portugal. Da mesma forma se fez coincidir algumas outras obras expostas, com datas referentes à história da escravatura em geral. Entre estas, destaque para a pintura oitocentista de Jean-Louis Géricault “Cabeça de Negro”.
peças e documentos em destaque 27 março a 30 dezembro seg a ter e qui a dom, 10 -18h Largo da Ajuda www.palacioajuda.pt
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HIS TÓ RI A
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1 ARQUIVO HISTÓRICO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA Documentação extraída dos Livros de Registos de Pretos e Pardos, na qual se pode seguir o percurso de um exposto, de nome José, a partir do seu registo no Livro de Entradas e nos Registo de Criação de Leite e Seco e Dados a Ofício. Foi a partir de um parecer de 1779, de José António de Castilho Furtado de Mendonça, sobre a administração da Casa da Roda de Lisboa, dando conta que muitas das pessoas que iam buscar expostos “pretos e pardos” à Santa Casa para os criar, acabavam por os vender como escravos, que se criaram livros de registos separados para os expostos ditos “pretos e pardos”.
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EX POS TOS
2 BIBLIOTECA DA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS A Biblioteca da Academia das Ciências selecionou a História do Reino d’Angola, ou História Geral d’Angola, escrita por António de Oliveira Cadornega entre 1680 e 1681, da qual esta instituição guarda os volumes 1.º e 3.º. De carácter memorialista, a obra descreve as guerras entre portugueses e nativos, entre portugueses e holandeses, bem como o território e as formas de organização social dos seus povos. Selecionou também um documento, no qual se denuncia o comércio de escravos no Grão-Pará e Maranhão, após a extinção da Companhia Geral que havia sido fundada em 1755 para controlar e fomentar o tráfico de escravos na região.
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DE NÚN CI A
3 FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES Imagem mostrando o antigo Porto do Cacheu, na Guiné Bissau, que serviu para o embarque de escravos, segundo a tradição oral. Este registo fotográfico foi realizada no âmbito do Memorial da Escravatura e do Tráfico Negreiro, em Cacheu, inaugurado em 8 de julho de 2016.
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ME MO RI AL
4 MUSEU DAS COMUNICAÇÕES (FPC) Destacaram-se selos das Companhias Majestáticas de Moçambique e do Niassa. Estas companhias foram fundadas em finais do século XIX para administrar os vastos territórios de Moçambique, dada a impossibilidade de Portugal os explorar. Detinham direitos de soberania, podendo cobrar impostos, cunhar moeda e emitir selos. Tiveram uma política bastante dura de recrutamento de mão-de-obra, com recurso frequente ao trabalho forçado.
peças e documentos em destaque 13 janeiro a 30 dezembro seg a sex, 10-18h | sáb 14-18h Rua do Instituto Industrial, 16 www.fpc.pt/pt
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TRA BA LHO FOR ÇA DO
5 MUSEU DO DINHEIRO Através de narrativas de um acervo de moedas nas suas diversas formas, pretende-se compreender o modo como a movimentação de milhões de escravos africanos influenciou as economias e as sociedades atlânticas a partir do século XV. Das peças selecionadas, destaca-se a Ação da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba. Esta Companhia foi fundada pelo Marquês de Pombal e detinha a exclusividade do comércio de Pernambuco e Paraíba com África. Foi responsável pelo tráfico negreiro para as Capitanias de Pernambuco e Paraíba.
peças e documentos em destaque 10 maio a 30 dezembro qua a sáb, 10-18h Rua de S. Julião, 150 www.museudodinheiro.pt/destaques
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E CO NO MIA
6 MUSEU DA FARMÁCIA O almofariz presente na coleção do Museu conta a história dos rituais de cura do povo Yoruba, que habitavam na zona dos atuais Benim, Togo e Nigéria. A partir de meados do século XVIII, o tráfico negreiro afetou drasticamente esta população. Os negros escravizados foram levados maioritariamente para Brasil e para Cuba, levando consigo as culturas africanas, as suas crenças e os seus rituais, dos quais ainda hoje persistem muitos elementos.
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peças e documentos em destaque 18 maio a 30 dezembro seg a sex, 10-18h | 14-18h Rua Marechal Saldanha, 1 www.museudafarmacia.pt
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RI TU AIS
Cena de pesca fluvial Pormenor de painel de azulejos. Século XVII. Jardins do Palácio Fronteira.
O trabalho escravo espalhava-se por toda a frente ribeirinha de Lisboa, envolvendo tarefas várias, com destaque para a construção naval e para a pesca.
7 MUSEU DA MARIONETA “Mamulengos” é um dos nomes por que são conhecidos os bonecos utilizados no teatro de marionetas popular do Nordeste do Brasil, onde existem influências de culturas africanas e indígenas, assim como do teatro de marionetas itinerante da Europa. A provável origem dos bonecos remete para a escravatura e seria reação aos maus tratos e injustiças infligidos aos negros.
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peças e documentos em destaque 25 janeiro a 30 dezembro ter a dom, 10-18h Rua da Esperança, 146 www.museudamarioneta.pt
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HE RAN ÇAS
8 MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA A representação de negros é escassa nas coleções do MNAA, dada a posição de subalternidade que ocupavam na sociedade portuguesa. Surgem figurados nas tarefas do quotidiano, onde desempenhavam as funções mais humildes, na corte, nos lares domésticos e no espaço público.
peças e documentos em destaque 22 abril a 30 dezembro ter a dom, 10-18h Rua das Janelas Verdes www.museudearteantiga.pt
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QUO TI DI A NOS
9 MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA Regressado da expedição a África, Serpa Pinto traz para Lisboa os carregadores negros Veríssimo, Camutombo, Catraio, Moero, Pepeca, Mariana e Augusto. Destes, Catraio e Mariana são pintados por Miguel Ângelo Lupi, em 1879, eventualmente por encomenda de Serpa Pinto. Não chegou a ser acabado e foi vendido ao Estado Português por Adelaide Lupi, sobrinha do pintor.
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peças e documentos em destaque 27 abril a 30 dezembro ter a dom, 10-18h Rua Serpa Pinto, 4 | Rua Capelo, 13 www.museuartecontemporanea.pt
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RE TRA TOS
10 MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA Pintura representando Ciríaco, um negro de cerca de 12 anos, sofrendo de piebaldismo. Natural de Catingumba (Brasil), Ciríaco chegou a Lisboa em julho de 1786 como oferta do Governador da Baía, D. José de Menezes e Noronha ao Infante D. José I.
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E XO TIS MO
Pretos de São Jorge à porta da Sé. Grupo musical que integrava a Procissão do Corpo de Deus. Fot. Joshua Benoliel. 1910. AML
11 MUSEU DE S. ROQUE (SCML) O museu apresenta três pinturas, sendo uma do século XVI e duas do século XVII, com representações do africano em que este surge não como um pagão, mas integrado na fé cristã e, por isso mesmo, valorizado como um homem bom convertido. Estamos, como em muitos outros casos, perante representações do entendimento da cultura europeia desta comunidade.
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peças e documentos em destaque 8 março a 30 dezembro ter a dom, 10-19h | qui, 14-21h Largo Trindade Coelho www.museu-saoroque.com
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CON VER SÃO
12 SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA O espólio da Sociedade de Geografia conserva, entre muitos outros artefactos, uma cruzeta de cobre, utilizada em África com valor de moeda. Tem a forma de Cruz de Santo André e variava no tamanho e espessura. Uma cruzeta pagava uma ou duas pessoas escravizadas. Os povos de Angola eram exímios ferreiros e as cruzetas circularam por toda a África até finais do século XIX.
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1 ARQUIVO HISTÓRICO MILITAR Documentação histórica do Exército. Contempla documentos relativos à fiscalização do transporte de escravos nos navios, segundo o alvará de 23 de setembro de 1664 ou Regimento das Arqueações, à abolição da escravatura e ao combate ao tráfico de escravos, destacando-se a série sobre a célebre questão do apresamento do navio negreiro “Charles et George”.
peças e documentos em destaque 2 fevereiro a 30 dezembro seg a sex, 10h-12.15h | 14.45h – 16.45h Largo dos Caminhos de Ferro, 2 arqhist.exercito.pt
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FIS CA LI ZA ÇÃO
2 MUSEU DE ARTES DECORATIVAS PORTUGUESAS (FRESS) Conjunto de peças com a representação do negro como elemento exótico, como “tipo” popular e, provavelmente, na condição de escravo, ou de liberto, como serviçal integrado na sociedade e no quotidiano urbano, executando funções domésticas.
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peças e documentos em destaque 20 março a 30 dezembro seg a dom, 10-17h Largo das Portas do Sol, 2 www.fress.pt
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SER VI DÃO
3 MUSEU DO FADO Cena de dança inserida numa obra inglesa sobre costumes portugueses, de 1826, que parece corresponder à coreografia do Fado no Brasil. O lundum era uma dança africana introduzida pelos escravos em Portugal no século XV (e no século XVII no Brasil) e exercia grande fascínio na sociedade.
peças e documentos em destaque 6 abril a 30 dezembro ter a dom, 10-18h Largo Chafariz de Dentro, 1 www.museudofado.pt
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DAN ÇA
4 MUSEU DE LISBOA – SANTO ANTÓNIO Destaque da imagem de um Santo António da boa sorte ou “Toni Malau”, peça do Reino do Kongo, utilizada como uma espécie de amuleto e que simboliza o encontro de culturas.
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peças e documentos em destaque 19 junho a 30 dezembro ter a dom, 10-18h Largo de Santo António da Sé, 22 www.museudelisboa.pt
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SIN CRE TIS MO
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5 MUSEU DE LISBOA – TEATRO ROMANO Apresenta uma panela de fabrico manual, conhecida habitualmente como “africana” por poder corresponder a uma tradição de fabrico de artefactos cerâmicos pelos escravos. Foram encontrados, também em intervenções arqueológicas, vários outros exemplares destas cerâmicas, na cidade de Lisboa, alguns mostrados no Centro de Arqueologia de Lisboa. (ao lado) Negra vendedeira de mexilhão Fot. de Francisco Rocchini. 2ª met. do séc. XX. Museu de Lisboa
Fotógrafo italiano que veio para Portugal na década de 40 do século XIX, tendo montado estúdio em Lisboa. Foi um dos mais influentes fotógrafos de retratos comerciais e artísticos da época. Este retrato de estúdio, faz parte de um conjunto de tipos populares e é dos raros exemplos conhecidos de fotografias de africanos em Lisboa, além de um outro da Tia Carolina, conhecida pela Preta dos Pinhões, fotografada c. de 1900 na Av. da Liberdade por Charles Chusseau-Flaviens, um dos primeiros repórteres fotógrafos (coleção George Eastman Museum). Após a abolição da escravatura, os africanos continuaram a desempenhar os mesmos trabalhos.
peças e documentos em destaque 13 janeiro a 30 junho ter a dom, 10-18h Rua de São Mamede, 3 A www.museudelisboa.pt
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AR TE FA CTO
6 MUSEU MILITAR As representações da escravatura no Museu, além de uma manilha que integra o acervo, estão, sobretudo, associadas às alegorias dos continentes que figuram nas pinturas murais setecentistas dos tetos do edifício, onde surgem representadas várias figuras agrilhoadas, numa clara alusão à subjugação dos povos e aos modelos esclavagistas.
peças e documentos em destaque 28 março a 30 dezembro ter a dom, 10-17h Largo do Museu da Artilharia www.exercito.pt
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ES CLA VA GIS MO
7 MUSEU NACIONAL DO AZULEJO A grande “Vista Panorâmica de Lisboa” em azulejo, datada de cerca de 1700, uma das mais importantes peças da iconografia olisiponense, permite-nos a identificação do antigo Bairro do Mocambo (hoje Madragoa), onde residiu grande parte da população africana de Lisboa, livre e escrava.
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peças e documentos em destaque 11 abril a 30 outubro ter a dom, 10-18h Rua Madre de Deus, 4 www.museudoazulejo.pt
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MO CAM BO
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1 ACADEMIA MILITAR MARQUÊS DE SÁ DA BANDEIRA, O ANTIESCLAVAGISTA A exposição reúne objetos e documentos do Marquês de Sá da Bandeira, representativos da sua vida, bem como do seu pensamento e ação relativos à abolição da escravatura. O Marquês de Sá da Bandeira foi o responsável pela legislação que em 1869 levou à abolição da escravatura, em Portugal e nas Colónias.
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exposição 13 janeiro a 30 dezembro seg, sex e sáb, 14-17h Palácio da Bemposta, Paço da Rainha, 29 academiamilitar.pt
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A BO LI ÇÃO
2 ARQUIVO HISTÓRICO DO TRIBUNAL DE CONTAS Documentos do Erário Régio, instituição criada em 1761, no reinado de D. José I, que centralizava todas as receitas e todas as despesas da Coroa. Foi selecionada documentação (produzida entre 1758 e 1807) sobre os rendimentos provenientes do trabalho escravo, bem como a administração e controle dos contratos dos indivíduos escravizados, nomeadamente registos das receitas cobradas pela Coroa no Brasil.
sítio web www.tcontas.pt/pt/arquivo_ biblioteca/projectos/memoria_ africana/apresentacao.html
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LU CRO
3 CASA-MUSEU ANASTÁCIO GONÇALVES Óleo de Veloso Salgado representando uma cabeça de negro, apresentada em 1887, último ano da sua frequência no curso de Pintura na Academia Nacional das Belas Artes. Trata-se de um retrato anónimo de um homem, provavelmente modelo da Academia, que transmite uma certa revolta interior, patente na expressão de alheamento com que é representado.
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peças e documentos em destaque 30 março a 30 dezembro ter a dom, 10-13h | 14-18h Avenida 5 de Outubro, 68 www.patrimoniocultural.pt/pt/museuse-monumentos/rede-portuguesa
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MO DE LO
4 CASA-MUSEU MEDEIROS E ALMEIDA As peças selecionadas entre o variado acervo do Museu, representam negros em ambiente doméstico e que estariam, provavelmente, na entrada de habitações das classes mais elevadas. No painel de azulejos, datado do século XVII, pode-se observar um negro vestido de casaca, refletindo a presença usual dos escravos negros nas grandes casas de Portugal. As estátuas representando um par de negros, destacam-se pela cuidada escolha dos materiais, realçando o exotismo da diferença da cor dos negros. (ao lado) Pai Paulino Barro vermelho pintado. Assinado Raphael Bordallo Pinheiro. 1893 Museu Bordalo Pinheiro
Figura popular na Lisboa do século XIX. Nasceu no Brasil e participou nas Lutas Liberais, com D. Pedro. Foi caiador, toureiro, gaiteiro dos Pretos de S. Jorge e defensor dos direitos dos negros.
peças e documentos em destaque 21 março a 30 dezembro seg a sex, 13h-17.30h | sáb, 10h-17.30h Rua Rosa Araújo, 41 www.casa-museumedeirosealmeida.pt
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DES PER SO NA LI ZA ÇÃO
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1 ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO Apresenta-se um conjunto de documentos relacionados com o comércio de escravos, como a bula “Romanus Pontifex”, na qual são concedidos a D. Afonso V e D. Henrique e seus sucessores os territórios de África e o comércio com os negros, assim como a carta de Gonçalo Milheiro para António Carneiro, dando conta da venda de negros vindos da Ilha do Príncipe. Em complemento, um conjunto de diplomas legislativos sobre a abolição da escravatura.
MER CA DO RIA
peças e documentos em destaque 23 março a 27 junho seg a sex, 9.30h-17.15h | sáb, 9.30h-12.15h Alameda da Universidade antt.dglab.gov.pt
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2 BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL Seleção de documentos e obras que ilustram o comércio negreiro, com destaque para um desenho que representa a distribuição dos escravos nos navios, assim como desenhos de escravos nas explorações de ouro, bem como testemunhos sobre a abolição da escravatura.
peças e documentos em destaque 13 janeiro a 29 abril seg a sex, 9.30h-19.30h sáb, 9.30h-17.30h Campo Grande, 83 www.bnportugal.pt
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CAR GA
3 MUSEU BORDALO PINHEIRO O moringue “Gungunhana” utiliza como modelo o régulo derrotado por Mouzinho de Albuquerque e trazido para Portugal. Esta representação demonstra o preconceito que enformou a relação com os negros, inquinada pela escravatura e consequente construção das noções de superioridade racial. Gungunhana foi alvo de várias outras representações, de caráter vexatório.
peças e documentos em destaque 1 abril a 30 outubro ter a dom, 10-18h Campo Grande, 382 museubordalopinheiro.cm-lisboa.pt
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PRE CON CEI TO
4 MUSEU DE LISBOA – PALÁCIO PIMENTA Duas obras da coleção do Museu, entre muitas outras, que documentam o quotidiano do trabalho escravo doméstico, na cidade de Lisboa (ou eventualmente já na condição de liberto, embora as tarefas executadas pelos africanos tenham sido as mesmas durante um largo período de tempo). A figura de uma negra amanhando peixe, desenhada em painel de azulejo e o escravo negro, um pajem, percorrendo com o seu senhor o Terreiro do Paço.
(ao lado) A Mascarada Nupcial Conrado Roza. Óleo s/ tela, 1788. Museu do Novo Mundo, La Rochelle.
Este grupo de escravos, conhecidos como “A corte da Rainha D. Maria I”, eram usados como elementos exóticos e excêntricos de grande raridade, animando os serões do Palácio de Belém. A sua condição de escravos foi mantida mesmo depois da lei pombalina de 1761, a qual determinava a abolição do tráfico para a metrópole.
peças e documentos em destaque 19 fevereiro a 30 abril ter a dom, 10-18h Campo Grande, 245 www.museudelisboa.pt
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FO RROS
5 MUSEU NACIONAL DO TEATRO E DA DANÇA “O Preto Fernando Disfarçado em Diabo” é um figurino da peça “ O Tição Negro” , representado com traje de animal com cascos e um bico, com uma forquilha na mão. “O Tição Negro” é uma farsa lírica composta por Henrique Lopes de Mendonça sobre motivos de Gil Vicente , com música de Augusto Machado e figurinos de Manuel de Macedo.
peças e documentos em destaque 19 junho a 30 dezembro ter a dom, 10-18h Estrada do Lumiar, 10 www.museudoteatroedanca.pt
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FI GU RI NOS
6 MUSEU NACIONAL DO TRAJE Um conjunto de peças de joalharia setecentistas (botões, fivelas, alfinetes) decoradas com “minas novas”, uma pedra incolor, originária do Brasil, e muito utilizada na joalharia portuguesa da segunda metade do século XVIII e primeiro quartel do século XIX, remete-nos para a utilização do trabalho escravo africano na exploração mineira.
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peças e documentos em destaque 28 março a 30 dezembro ter, 14-18h | qua a dom, 10-18h Largo Júlio Castilho www.museudotraje.pt
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MI NE RA ÇÃO
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1 ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA O Arquivo Municipal de Lisboa possui muita e variada documentação sobre escravatura e escravos negros em Lisboa, abrangendo vários assuntos. Destacamos o documento regulamentando o enterramento dos negros, em que D. Manuel manda que se faça num poço aberto para esse fim, e que vai dar origem, possivelmente, ao topónimo Poço dos Negros.
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sítio web
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TRA FI CAN TES
2 GABINETE DE ESTUDOS OLISIPONENSES Seleção de documentação sobre a escravatura. Inclui legislação variada, entre os quais o Regimento da condução dos negros cativos de Angola para o Estado do Brasil, documento pelo qual se estabeleciam as cargas máximas do transporte de escravos nos navios e a autorização régia que permitia aos “homens pretos da Confraria de Nossa Senhora do Rosário de S. Salvador, desta Cidade” pedir esmola aos domingos. Inclui também anúncio de fugas de escravos e divulgação de espetáculos em que participavam negros.
peças e documentos em destaque 8 abril a 30 dezembro seg a sex, 10-18h Estrada de Benfica, 368 geo.cm-lisboa.pt/
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RE SIS TÊN CIA
3 MUSEU NACIONAL DA MÚSICA Partindo do núcleo da coleção de instrumentos musicais africanos do museu, foram selecionados alguns instrumentos musicais ligados às migrações, ao trabalho, ao lazer e à religião que terão sido utilizados durante o período da escravatura e consequentemente levados pelos negros para outros continentes.
peças e documentos em destaque 3 abril a 30 dezembro seg a sáb, 10-18h Rua João de Freitas Branco, 12 www.museudamusica.pt
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FES TA
Parceiros
Ficha técnica
Academia Militar Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia Arquivo Histórico do Tribunal de Contas Arquivo Histórico Militar Arquivo Histórico Ultramarino Arquivo Municipal de Lisboa Arquivo Nacional da Torre do Tombo Biblioteca Central de Marinha Biblioteca da Academia das Ciências Biblioteca da Ajuda Biblioteca Nacional de Portugal Casa-Museu Anastácio Gonçalves Casa-Museu Medeiros e Almeida Centro de Arqueologia de Lisboa Fundação Mário Soares Gabinete de Estudos Olisiponenses Museu Bordalo Pinheiro Museu Coleção Berardo Museu da Farmácia Museu da Marioneta Museu das Comunicações Museu de Artes Decorativas Portuguesas Museu de Lisboa – Palácio Pimenta Museu de Lisboa – Santo António Museu de Lisboa – Teatro Romano Museu de Marinha Museu de S. Roque (SCML) Museu do Dinheiro Museu do Fado Museu Militar Museu Nacional da Música Museu Nacional de Arqueologia Museu Nacional de Arte Antiga Museu Nacional de Arte Contemporânea Museu Nacional de Etnologia Museu Nacional de História Natural e da Ciência Museu Nacional do Azulejo Museu Nacional do Teatro e da Dança Museu Nacional do Traje Museu Nacional dos Coches Palácio Nacional da Ajuda Sociedade de Geografia de Lisboa
Projecto Gabinete de Estudos Olisiponenses Curadoria do projecto Anabela Valente Ana Cristina Leite Projeto Gráfico João Rodrigues Apoio à produção Vanda Souto
Roteiro Produção Gabinete de Estudos Olisiponenses Divisão de Promoção e Comunicação Cultural Textos Anabela Valente Ana Cristina Leite Arlindo Caldeira Grafismo João Rodrigues Ilustração (mapas) Patrícia Furtado Revisão Divisão de Promoção e Comunicação Cultural
2017 Gabinete Estudos Olisiponenses Dep Legal: 431 035/17