Lxnortenews ano 2| Nº9

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COMUNICAMOS COM (A) SAร DE

Ano I * Nยบ 3

Ano II Nยบ 9


EDITORIAL

Permitam-me que aproveite este editorial para refletir sobre uma das premissas caras ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), sobre a qual se tem gerado amplas trocas de informação e conhecimento e profícuas discussões: a acessibilidade aos cuidados de saúde. A acessibilidade aos cuidados de saúde tem que ser planeada, face a um diagnóstico prévio, e esse planeamento terá que ter por base a avaliação de necessidades existente, os critérios de qualidade dos serviços e os princípios de gestão de recursos.

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Um dos recursos inegáveis para a promoção da acessibilidade, preconizada no Plano Nacional de Saúde 2011 e agora (maio de 2015) estendido até 2020, centra-se entre outras premissas, na valorização dos sistemas de informação e monitorização do acesso e na promoção de estratégias de articulação, entre os diferentes níveis de cuidados de saúde. É inegável pois, a importância do investimento na área da saúde, no que são as novas tecnologias e sistemas de informação. O seu aperfeiçoamento vem repercutir-se em verdadeiros ganhos em saúde, centrados no utente, e igualmente no âmbito da gestão hospitalar, através do acréscimo de fluidez no circuito dos procedimentos, na segurança, fiabilidade e adequada partilha dos dados, com eficazes repercussões na prestação dos cuidados de saúde. Ciente da importância desse eixo estratégico, o Conselho de Administração tem conferido uma atenção particular ao desenvolvimento das TIC. Internamente, é importante referenciar a existência, a partir de 2014, de um plano de investimento próprio, com amplitude considerável e em aplicação no nosso Serviço de Sistemas de Informação (SSI). Neste âmbito, foram renovados os servidores e o storage, procedeu-se à atualização das maiores aplicações informáticas utilizadas na instituição, levando em consideração o acréscimo substancial das funcionalidades e da existência de uma maior celeridade na resposta por parte dos fornecedores. Igualmente fizemos uma renovação de 25% do parque informático do CHLN e está igualmente em curso, a renovação dos equipamentos centrais da rede de comunicações, a qual será posteriormente extensível à restante rede. Foram também adquiridas soluções de alojamento de dados mais eficientes, bem como uma solução de disaster recovery, o que representa para instituição uma maior eficácia e segurança no acesso aos seus dados informáticos. Os investimentos feitos foram compensados pelas significativas poupanças alcançadas nas negociações contratuais dos serviços de voz e dados. As renovações informáticas foram efetivas, não só em termos de espaço (físico e virtual), como também nas poupanças de energia e mão-de-obra por equipamento. O processo clínico eletrónico é um dos projetos já em curso e que, esperamos até final do ano, que esteja implementado em 40% da instituição. A prescrição interna por via eletrónica e o desktop de Enfermagem são projetos que se encontram igualmente em fase de desenvolvimento. O projeto designado por “Circuito do Medicamento” encontra-se, igualmente, numa fase de finalização, com conclusão prevista para breve. Mas o acesso às TIC não se esgota só na gestão da informação interna. Externamente, assumimos a importância da monitorização dos dados em saúde, através dos estudos de benchmarking (no caso do CHLN através da IASIST) onde, através da comparação inter-hospitalar, se fazem reflexões no sentido se aperfeiçoar as boas práticas em saúde, se revêm os posicionamentos da instituição, face ao País e à Europa, por forma a percecionarmos e alinharmos os respetivos eixos estratégicos. Termino, frisando que a Qualidade e a Sustentabilidade em Saúde, aliada à transparência na gestão são, efetivamente, as bases do Serviço Nacional de Saúde que todos os portugueses merecem. No CHLN, trabalhamos diariamente para que esta última afirmação seja uma realidade constante nos cuidados de saúde que prestamos, a milhares de cidadãos, diariamente. Lisboa e CHLN, junho de 2015 Dr. Carlos Neves Martins Presidente do Conselho de Administração


#1. Editorial|2 #2. Breves|4 #3. Formação em Investigação Clínica e MS do Luxemburgo visita IMM|5 #4. Peregrinos de Santa Maria: Diário da Peregrinação a Fátima|6 #5. 48º Curso para Pós Graduados da Clínica Universitário de Pneumologia|7 #6. Rastreio e Jornada Científica do Dia Mundial da Voz |8 #7. Visita HSEIT|9 #8. Em Foco: Consulta de Enfermagem de Estomaterapia do CHLN – Entrevista |10 , 11 e 12 #9. Prof. Pereira Miguel recebe Ordem de Mérito atribuída pelo PR|13 #10. Um caso clínico inédito: Sónia & Rita |14 e 15

#11. Receção aos novos profissionais contratados - Enfermeiros e Assistentes Operacionais|16 #12. SAER do CHLN promove Reunião Inter Religiosa| 17

#14. Dia Mundial da Higiene das Mãos e entrevista com vencedora do Concurso |19, 20 e 21 #15. CHLN realiza primeira cirurgia VAST em Doente com Cancro do Pulmão|22 #16. FMUL: Corrida Solidária e Protocolos de Cooperação |23

#17. 40º Aniversário do Hospital Pulido Valente |24 e 25 #18. Dia Internacional do Enfermeiro no CHLN |26 #19. Sessão de Boas Vindas aos Internos do CHLN|27 #20. Visita do Cardeal Patriarca ao Departamento de Coração e Vasos|28 #21. Lançamento do Livro “Histórias da Vida de Uma Enfermeira”|29 #22. Dia Mundial da Criança|30 e 31 #23. Reunião de Dirigentes|32 #24. 1ª Reunião do Conselho Consultivo|33 #25. Além D’Colaborador |Alfredo|34 e 35 #26. HOPE 2015: “Hospitals 2020”|36 #27. Boas-Vindas e Despedidas |Ficha Técnica|Última Página

ÍNDICE

#13. Dia Nacional da Higiene e Segurança no Trabalho |18


Curso “Aleitamento Materno para Profissionais de Saúde” Decorreu no Centro de Formação do CHLN, no dia 15 de abril de 2015, o Curso “Aleitamento Materno para Profissionais de Saúde”, coordenado e organizado pelo Departamento de Pediatria da instituição. Este curso teve como coordenadora científica a Dra. Graça Oliveira, Assistente Graduada Hospitalar do Serviço de Neonatologia, e realizou-se no âmbito da certificação do CHLN como “Hospital Amigo dos Bebés”. A formação em causa centrou o seu objetivo na formação dos técnicos de saúde, contribuindo, de forma decisiva, para a implementação de medidas que promovam um maior sucesso do aleitamento materno e para a melhoria da saúde das crianças.

Ortopedia do CHLN reconhecida como AOTRAUMA FELLOWSHIP Host Center

Serviço Porta-a-Porta Alvalade O Serviço “Porta-a-Porta Alvalade” é um serviço de transporte urbano gratuito, com um circuito definido, que percorre várias ruas da Freguesia de Alvalade, incluindo a Av. Prof. Egas Moniz Hospital de Santa Maria.

O Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) foi reconhecido , no passado dia 20 de abril, como idóneo para a realização de estágios (AO Trauma Fellowships) de ortopedistas pela AO Foundation, a mais prestigiada e reconhecida instituição internacional da educação médica na área de ortopedia, uma distinção que a todos nos honra, e em particular aos profissionais deste serviço. .

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Este transporte está acessível aos utentes durante os dias úteis, das 9h00 às 17h00, e facilita a mobilidade dos cidadãos dentro da zona periférica da Freguesia de Alvalade, visando assim colmatar as limitações aos transportes públicos, promovendo os acessos a serviços, zonas comerciais, museus, bibliotecas, entre outros.


Iª Formação em Investigação Clínica – DIM A Direção do Internato Médico (DIM) do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), realizou de 6 a 30 de abril de 2015, a Iª Formação em Investigação Clínica. A organização esteve a cargo da Prof.ª Doutora Helena Canhão, do Serviço de Reumatologia, do Prof. Doutor Joaquim Ferreira, do Serviço de Neurologia, do Prof. Doutor João Forjaz Lacerda, do Serviço de Hematologia e Assessor da Direção do Internato Médico, e do Dr. João Paulo Farias, Diretor do Internato Médico. Na sessão de abertura, que decorreu na sala de formação do DIM, estiveram presentes a Dra. Margarida Lucas, Diretora Clínica do CHLN, e o Dr. João Paulo Farias. A formação, constituída por dois momentos, centrou-se na abordagem dos temas de Epidemiologia, Bioestatística, Genética e Bioinformática entre outros, tendo sido ministrada por formadores do CHLN, do Instituto de Medicina Molecular (IMM)/Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), da Direção Geral da Saúde (DGS), da Universidade Católica de Lisboa (UCL) e da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). De realçar o caráter inovador do curso não só pela abordagem referida, mas também pela experiência dos formadores, tanto a nível de saúde e investigação , como formação. A formação teve como principal objetivo capacitar os internos com metodologias de investigação clínica que lhes permitam elaborar e desenvolver, de forma autónoma, projetos de investigação clínica, aumentar os seus conhecimentos e a sua capacidade crítica em relação aos resultados de investigação publicada e disponível, torná-los autónomos na colocação de questões de investigação com impacto clínico, reconhecer as limitações da evidência em que se baseiam muitos procedimentos e decisões clínicas, reforçar o gosto pela curiosidade, estudo e conhecimento, bem como dotá-los de capacidade de liderança, com o objetivo final de melhorar os cuidados prestados aos doentes. De acordo com os organizadores, a participação no curso excedeu amplamente as expetativas, tendo sido preenchidas as 30 vagas, sendo 28 do CHLN, 1 do Instituto Português de Oncologia e 1 do Centro Hospitalar de Setúbal, tendo tido uma apreciação francamente positiva, tanto pelos formandos como pelos formadores. Pelo sucesso alcançado por este curso, a Direção do Internato Médico planeia organizar, em breve, uma segunda formação.

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Ministra da Saúde do Luxemburgo visita o IMM No passado dia 10 de abril, pela tarde, o Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) e do Centro Académico Médico de Lisboa (CAML), Dr. Carlos Neves Martins recebeu, em conjunto com a Diretora Executiva do IMM, Prof.ª Maria Mota, a visita de Sua Excelência, a Ministra da Saúde do Luxemburgo, Dr.ª Lydia Mutsch. A governante luxemburguesa fazia-se acompanhar por uma delegação, composta por altos dirigentes e conselheiros na área da Saúde e pelo Embaixador acreditado em Lisboa, Dr. Paul Schmit. A receção desta comitiva foi feita no Instituto de Medicina Molecular (IMM), onde, após os formais cumprimentos formulados pelo Dr. Carlos Neves Martins, na qualidade de Presidente do CAML, a Profª Maria Mota, fez uma breve apresentação do Instituto, do seu posicionamento estratégico e das suas principais características. Seguiu-se uma visita aos laboratórios do IMM para conhecimento dos múltiplos trabalhos científicos em curso e dos respetivos investigadores, muito apreciada pela comitiva luxemburguesa.

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Peregrinos de Santa Maria – “Peregrinação a Fátima”

Dia 8- 5-2015 A iniciar a peregrinação! Na Capela do HSM/CHLN.

Dia 10-5-2015 A começar o terceiro dia… e a primeira pausa da manhã.

Uma das pausas dos peregrinos… em Vila Franca de Xira! Quase no final da etapa do primeiro dia!

Dia 9-5-2015 A caminhar pela lezíria no segundo dia! Com o melhor apoio! No final do dia, no local de pernoita.

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Dia 11-05-2015 Nesta etapa, passamos por Olhos de Água e “fomos a banhos”!

Dia 12-5-2015 Chegámos junto a Nossa Senhora de Fátima !!!


48º Curso para Pós-Graduados DE da HOSPITAIS I ENCONTRO DE ENFERMAGEM Clínica Universitária de Pneumologia do CHLN

O 48º Curso para Pós Graduados da Clínica Universitária de Pneumologia do CHLN, sob o tema “Doença Respiratória Crónica – da prevenção aos cuidados de fim de vida”, permitiu revisitar as diversas fases da história natural da doença respiratória crónica, numa perspetiva de visão integrada da doença. Organizado pelo Serviço de Pneumologia do CHLN, o qual abrange dois pólos (um no HPV e outro no HSM) e assegura um conjunto de de urgências, respetivamente a urgência central, duas urgências internas, duas unidades de cuidados intensivos. Este curso, que decorreu entre os dias 26 e 28 de maio de 2015, esteve direcionado para a doença respiratória em todas as suas vertentes, mas mais concretamente, quando esta é proveniente dos cuidados de saúde primários. O 48º Curso teve início com 3 Cursos Teórico-Práticos: “Ventilação Não Invasiva no Doente Agudo”, “Inaloterapia” e “Avaliação Funcional Respiratória”. Os parceiros que ajudaram a planear estes cursos foram essencialmente o Núcleo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (GRESP), sendo o seu líder o Professor Jaime Correia de Sousa, em que foi partilhada a realização do Curso no sentido de ir ao encontro das necessidades e que tem vindo a ser plasmado nesta interação entre a Pneumologia e a Medicina Geral e Familiar. Relativamente à Comissão Científica, esta foi partilhada com o GRESP e com um conjunto de profissionais que são os coordenadores das diversas áreas do Serviço de Pneumologia. No encerramento a Profª Dra. Cristina Barbara, Presidente do Curso, agradeceu o enorme esforço da indústria farmacêutica que apoiou à realização do mesmo e que possibilitou igualmente, uma excelente parceria, agradecendo ainda a participação de todos os participantes, palestrantes e o trabalho de organização. Em suma, o 48º Curso de Pneumologia contou com 606 inscritos, um número superior ao do ano passado. Nele participaram 262 profissionais do Serviço de Pneumologia, 46 provenientes de outros Serviços, 93 de outros Hospitais, 68 da Medicina Geral e Familiar, 64 Alunos, 292 Médicos que funcionaram em equipas multidisciplinares, 173 Enfermeiros, 40 Técnicos de Cardiopneumologia e Fisioterapeutas. Relativamente aos casos clínicos apresentados, houve 4 casos clínicos interativos, sendo 18 casos do serviço de Pneumologia, 28 casos clínicos de outros Hospitais, bem como 3 posters científicos. Foram explanadas no programa um total de 7 sessões, correspondendo a 18 palestrantes na totalidade. No final, houve ainda oportunidade de apresentar o tema do próximo curso, a decorrer em março de 2016: “Doenças respiratórias, desafios de hoje, oportunidades de amanhã”.

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ENCONTRO ENFERMAGEM DE HOSPITAIS DiaIMundial da VozDE no CHLN – Rastreio e Jornada Científica No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Voz, o Serviço de Otorrinolaringologia (ORL) do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) organizou, nos dias 16 e 17 de abril, um rastreio da voz e uma Jornada Científica, designadamente. O rastreio gratuito para diagnóstico de patologia da voz, dirigido aos colaboradores e população em geral, decorreu no piso 3, na zona das Consultas do Serviço de ORL, e contou com uma enorme adesão. A Jornada Científica, subordinada ao tema “Voz, comunicação e deglutição”, teve lugar na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), e permitiu a todos os profissionais de saúde e presentes abordarem as mais diversas temáticas do foro da ORL, de uma forma mais completa e abrangente. Todos os serviços envolvidos puderam dar o seu contributo e mostrar quais as problemáticas com que se defrontaram e os esforços que fizeram para tratar os doentes. Nesta Jornada, foi possível juntar médicos de 12 especialidades diferentes, com o objetivo comum de unir esforços em benefício do doente. Este objetivo vai ao encontro da criação da nova Consulta de Voz, Comunicação e Deglutição, para a qual serão encaminhados os doentes provenientes dos mais diversos serviços, de forma a serem investigadas as causas dos seus problemas de disfagia e disfonia. Nas palavras do Dr. Paulo Martins, é muito importante que se comemore este dia, porque a voz “é o nosso principal meio de expressão e de manifestação. A nossa sociabilidade, afetividade e emotividade passa muito pela voz”, realçando que nestas comemorações se faça uma chamada de atenção para os problemas que podem prejudicar ou condicionar o uso da voz e a deglutição, essencial para uma boa qualidade de vida. Com o programa realizado, foram superados todos os objetivos, que serviram de ponto de partida para as comemorações deste ano, alusivas ao Dia Mundial da Voz.

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CHLN recebe Comitiva do HSEIT

No passado dia 16 de abril, pelas 16h00, decorreu na sala do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) uma reunião entre os membros dos órgãos de gestão do Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) e desta instituição. Da parte do CHLN, estiveram presentes, o Dr. Carlos Neves Martins, Presidente do CA, Dr. Júlio Pedro, Vogal Executivo, o Eng.º João Louro, Diretor do Serviço de Sistemas de Informação do CHLN, e a Dr.ª Dulce Afonso, Assessora para a Cooperação e Internacionalização. O HSEIT esteve representando através da sua Presidente, Dr.ª Paula Moniz e da Vogal do CA, Dr.ª Ana Laranjeira. A reunião, que centrava o seu objetivo na sedimentação de relações de cooperação, iniciou com a intervenção do Presidente do CHLN, que saudou os presentes e recordou a importância da assinatura, no passado dia 26 de março, do Protocolo entre o Centro Académico de Medicina de Lisboa (CHLN/FMUL/IMM) e o HSEIT, bem como da necessidade de definição das prioridades, em termos de cooperação, entre as duas instituições, para a assinatura dos Acordos Específicos. Seguidamente, decorreu a intervenção da Presidente do HSEIT que, após os cumprimentos protocolares, sublinhou a importância da afirmação do Presidente do CHLN, ressalvando que esta recente ligação entre as duas instituições para, numa primeira fase, apoiar uma reestruturação estratégica do processo de organização e gestão dos Serviços de Informática do HSEIT, com vista à sua otimização na utilização das ferramentas informáticas, e de uma estruturação dos sistemas de informação e suporte, face às necessidades atuais. Foram ainda referenciadas, a necessidade de reajustamento a nível do enquadramento da instituição hospitalar, visando o seu papel não só na qualidade de prestador de cuidados de saúde mas, igualmente, na sua vertente de potencial económico (enquanto empregador) e social (no apoio prestado às pessoas e famílias residentes). Foi ainda formulado o convite ao Presidente do CHLN, para presidir ao futuro Conselho Consultivo do HSEIT, que se encontra em fase de criação, prevista para muito breve, qual foi aceite pelo Dr. Carlos Neves Martins.

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Em foco: A Consulta de Enfermagem em Estomaterapia – Urologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) celebrou, em fevereiro, um ano de funcionamento. A LX Norte News foi ter com esta equipa e perceber a importância desta consulta e o apoio que é conferido aos utentes ostomizados do foro urinário. São quatro os profissionais de enfermagem que estão dedicados à intervenção nesta consulta: o Enf.º Bruno Alves, o Enf.º Luís Esteves e o Enf.º Luís Oliveira; com apoio de um elo de ligação entre a Consulta e o Serviço, a Enf.ª Clara Rodrigues e com o apoio da Enf.ª Chefe Susana David, que explicou a génese do início da consulta: « (…) surgiu decorrente da convergência de trabalhos multidisciplinares, em cursos diferentes, mas com áreas comuns e de acordo com os vários interesses pessoais. Assim, resultou numa abordagem deste tema de forma a podê-lo trabalhar, face às dificuldades quotidianas, nomeadamente no acompanhamento dos utentes ostomizados do foro urinário, no seu retorno à vida quotidiana e nas suas múltiplas dimensões.» Quais os principais desafios que um utente da consulta de Estomaterapia atravessa, sobretudo no retorno à sua vida quotidiana ? (O Enf.º Bruno Alves respondeu contextualizando, genericamente a consulta) “É importante referir que Estomaterapia é a área da ciência relacionada com os ostomizados tanto do foro respiratório, alimentação e eliminação. No que respeita às ostomias de eliminação existem dois tipos: ostomias de eliminação intestinal e de eliminação urinária, sendo neste último que nos situamos. No âmbito da Consulta de Enfermagem em Estomaterapia estamos a fazer o acompanhamento de todos os utentes ostomizados portadores de ureterostomia cutânea, ureteroileostomia cutânea e nefrostomia percutânea. Relativamente aos utentes com perspetiva de construção de estoma abdominal – urostomia o acompanhamento inicia-se no pré-operatório com a marcação do mesmo, com o início dos primeiros ensinos, com a referenciação do familiar ou pessoa significativa a integrar nos ensinos, entre outras atividades.” Quando nos referimos ao ostomizado de eliminação é sempre pertinente abordarmos a questão da independência no cuidado à ostomia. No que respeita ao ostomizado portador de nefrostomia percutânea, este tendencialmente não será independente devido à localização anatómica do respetivo cateter. Devidamente treinado, poderá ter capaz de esvaziar o dispositivo coletor mas não de prestar cuidados diretos. Todos os restantes urostomizados, com estomas abdominais, terão expectativa de serem independentes logo que a sua condição lhes permita. Inerente à independência do urostomizado no cuidado ao estoma é possível relacionar vários fatores: capacidade física e cognitiva, motivação para o autocuidado, adaptação dos dispositivos adotados, localização do estoma e nível de ensino realizado. Ao analisarmos alguma literatura relativa à qualidade de vida do ostomizado de eliminação, poder-se-ão destacar algumas dimensões frequentemente estudadas: adaptação ao estoma; integridade da pele perístoma; atividades e relações sociais; imagem corporal; sexualidade e questões financeiras. No decorrer do processo de adaptação da pessoa à nova condição de ostomizado estas questões vão naturalmente levantando-se, não é algo puramente teórico, conseguimos percecioná-lo.

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O projeto de implementação da Consulta pressupõe um acompanhamento ao longo de todo o percurso do ostomizado, começando na fase pré-operatória e prolongando-se após a alta hospitalar, assim se pressupõe a disponibilização de informação ao utente, às pessoas de referência ou núcleo familiar. E, neste projeto, os desafios passam por «(…) conseguir integrar novamente na sociedade a pessoa ostomizada, de forma a retomar as atividades que tinha anteriormente duma forma tranquila e segura. O emprego, as tarefas do dia-a-dia, o lazer, a atividade física, a alimentação, o vestuário, a auto-imagem, a auto-estima, a intimidade, o estabelecimento e manutenção de relações, são áreas passíveis de intervenção de Enfermagem. De facto, a abordagem à pessoa ostomizada não se esgota no cuidado direto à ostomia.» Toda esta dinâmica é de âmbito multidisciplinar, acrescentam «(…) não somos só nós enfermeiros a trabalhar com estes utentes, trabalha diretamente connosco uma equipa multidisciplinar constituída por um elemento de vários departamentos: Urologista, Psicóloga, Assistente Social e Nutricionista. Na génese da constituição desta equipa, estão as várias dimensões da qualidade de vida do ostomizado, a qual pretendemos promover», acrescenta o Enf.º Luís Oliveira « (…) o grande objetivo da Estomaterapia, é a manutenção e promoção da qualidade de vida do ostomizado, para que depois da alta se aproxime o mais possível do que tinha antes da intervenção. Embora a construção de um estoma possibilite erradicar o problema original, não podemos descurar que a sua construção pode gerar novos problemas que as pessoas até nem tinham antes de serem operadas. A gestão de todos os materiais a utilizar, as implicações inerentes e as possíveis complicações, são alguns dos novos desafios que terão impacto direto na qualidade de vida do ostomizado.» Em que dia concretamente foi iniciada a Consulta de Estomaterapia? «A 3 de fevereiro de 2014 iniciámos a consulta, foi este o primeiro dia» começa por dizer o Enf.º. Bruno Alves «(…) funcionamos na Unidade de Técnicas de Urologia duas vezes por semana das 14h00 às 18h00, não sendo estanque este horário, mas de acordo com as urgências que surjam, utentes com fugas frequentes de urina, lesões da pele perístoma ou outras complicações. Realizamos também o apoio a outros serviços do HSM na abordagem a estes utentes. Por princípio temos planeado o atendimento a quatro utentes por cada dia de consulta».


Consulta de Enfermagem de Estomaterapia

Podemos então dizer que funcionam muito com a lógica de Hospital de Dia, em termos de ensino e de acompanhamento dos utentes? «Realizamos o acompanhamento em ambulatório, foi criado um esquema de acompanhamento próprio, com momentos de avaliação precisos e critérios específicos de adequação às necessidades de cada utente. Conseguimos realizar uma gestão da agenda, que permite uma marcação mais célere em situações que carecem de uma abordagem com maior brevidade, evitando assim o agravamento de complicações que podem carecer de episódios de urgência, possíveis internamentos, maiores custos económicos em materiais de ostomia e acima de tudo maior sofrimento para o utente. Existe uma vertente muito prática inerente às atividades que desempenhamos. O ensino e treino do ostomizado/pessoa significativa são alvo de grande atenção, é também contemplada uma vertente preventiva relacionada com o despiste e tratamento precoce de complicações, bem como a capacitação do ostomizado para a sua manutenção. Tanto o estoma, como a superfície cutânea circundante sofrem alterações ao longo do trajeto de vida, o que frequentemente requer adaptação dos cuidados prestados, assim como do tipo de dispositivo ou materiais utilizados, o que enaltece a importância desta vigilância regular». E será que nos podem falar um pouco sobre a importância do apoio da Psicologia? «Foi implementada a avaliação pré-operatória, acompanhamento durante o internamento e após a alta hospitalar, (caso exista necessidade) por parte da Psicologia, a todos os utentes propostos a construção de estoma urinário. Esta medida demonstrou-se positiva no que respeita ao processo de adaptação da pessoa à condição de ostomizado. É um avanço significativo na qualidade do acompanhamento que realizado. A literatura diz-nos que existem fatores de alteração da autoimagem associados ao ostomizado, podendo estes traduzir-se na dificuldade em retomar atividades de vida, no desempenho de papéis e na manutenção de relações. Existem pessoas que têm, desde logo, dificuldade em observar o seu estoma no pós-operatório, demonstrando alguns sentimentos de repulsa associados a esta nova condição. Despistar e acompanhar estes casos desde o pré-operatório é uma boa prática, facilitando assim todo o processo após a cirurgia.»

A nível emocional, são diferentes os laços criados com utentes acompanhados desde o pré-operatório relativamente aos iniciam o acompanhamento numa fase mais tardia? «Os laços de confiança são manifestamente mais fortes nos doentes acompanhados desde o início do processo. Essa confiança acaba por manifestar-se na qualidade de vida do mesmo. É interessante verificar que os utentes que acompanhamos desde o pré-operatório, conseguem retomar mais rapidamente as suas atividades de vida. Por outro lado, existem utentes intervencionados antes do início deste projeto que no momento em que chegam até nós apresentam grandes restrições nas suas atividades, fugas frequentes de urina, lesões cutâneas perístoma ou dispositivos inadequados para a sua situação atual. É óbvio que tem impacto na qualidade de vida. Os pedidos de ajuda e as questões já eram uma realidade antes da consulta. As pessoas sentiam-se desapoiadas e tentavam obter ajuda através do serviço de internamento. Este é um projeto pioneiro no centro hospitalar, no entanto é importante perceber que esta não é uma área inexplorada, antes pelo contrário. Neste momento, já existe uma estrutura diferenciada e que pode disponibilizar mais e melhor apoio quando compara com a oferta do passado.» Podemos traçar um perfil destes utentes? «A grande maioria tem por base uma doença oncológica. Temos uma percentagem de utentes já com uma idade avançada e com algumas patologias associadas. O principal desafio prende-se com a capacitação e manutenção de alguma autonomia nos cuidados à ostomia, bem como o ensino ao cuidador ou pessoa significativa. A adequação dos procedimentos e dos materiais manifestam-se como fatores importantes. Por outro lado, temos utentes noutros momentos da sua vida com atividade laboral ativa, com perspetivas de reiniciar atividades lúdicas como viagens, praia ou desporto. Por si só a ostomia não é impeditiva, requer sim algumas adaptações.» No final do primeiro ano da Consulta de Enfermagem em Estomaterapia Urologia, qual o balanço? «Durante o primeiro ano de atividade foram avaliados 70 utentes, na sua grande maioria portadores de ureteroileostomia cutânea – urostomia ou nefrostomia percutânea. Para tal, foram realizadas 314 consultas de enfermagem, registando-se uma taxa de utilização de 86%, concluindo assim que ficámos próximos de atingir a capacidade máxima da consulta. É considerado uma boa prática a avaliação pré-operatória no âmbito da estomaterapia dos utentes propostos a construção de um estoma abdominal. Ao longo de 2014, foi possível realizar a marcação do estoma e restante abordagem pré-operatória a 95% dos utentes propostos. Percentagem que demonstra uma adequada referenciação a esta valência. A marcação do estoma é uma atividade realizada na consulta de enfermagem que carece de articulação direta com o cirurgião. Em 80% dos utentes o estoma foi construído de acordo com a marcação pré-operatória realizada, este número reflete um elevado nível de articulação.»

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Consulta de Enfermagem de Estomaterapia (cont.) Por outro lado, as complicações associadas à pessoa ostomizada podem registar-se a vários níveis. No que respeita a lesões cutâneas perístoma registou-se uma taxa de prevalência de 46%, dados sobreponíveis á investigação existente nesta mesma área. Será importante referir que grande parte dos utentes que nos foram referenciados, por ser o ano inicial, não foram seguidos desde o pré-operatório, não foi realizada a marcação do estoma, o plano de treino e ensino foi diferente do atual, não foram avaliados uma semana após a alta hospitalar e não foram alvo da vigilância que atualmente realizamos. Com o acompanhamento desde o pré-operatório e imediatamente após a alta hospitalar implementado a todos os utentes mencionados, pensamos ser possível a redução da taxa de prevalência de lesões cutâneas perístoma. No que respeita à independência no cuidado ao estoma, decorrido 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano após a alta hospitalar, 47%, 64%, 50% e 38% dos urostomizados (respetivamente) registaram-se independentes. Consideram-se os primeiros meses como um período propício para aquisição de competências, treino e promoção do auto-cuidado. Todos os utentes com avaliação da independência 1 ano após a alta hospitalar, não foram acompanhados desde o pré-operatório como os restantes. Será sensato afirmar que o acompanhamento que realizámos poderá ter influenciado o aumento da independência observado nos utentes acompanhados desde o pré-operatório. Assim sendo, consideramos muito proveitoso o desenvolvimento realizado no ano de 2014, no âmbito da Estomaterapia, ao nível do CHLN. Reconhecemos o mérito de todos os órgãos de gestão superior e intermédia pela visão de futuro demonstrada, ao apoiarem o desenvolvimento desta área em particular.» Testemunho de um utente de 64 anos numa Consulta de Enfermagem em Estomaterapia – Urologia

Como tem sido o seu dia-a-dia após a alta? Tenho saído muito de casa. Como estive aqui internado durante um mês, sentia falta de sair. Só ainda não fui à praia, porque ainda estou a tentar encontrar material mais adequado. Mas posso dizer que já fui a Oeiras (Marginal) andar e fiz 5 km a pé. Desta vez, custou-me um pouco mais… Qual a importância que tem este encontro, esta consulta e nomeadamente no sentido prático e no sentido de apoio? O apoio que me tem sido prestado, não há dúvida que é muito bom. Procuro sempre o apoio do Enf.º. Luís ou do Enf.º. Bruno. É importante o apoio que esta consulta me proporciona, porque não se consegue aprender tudo na mesma altura. É fundamental, nesta fase, sentirmo-nos apoiados e integrados. Para ser sincero, ansiava por ter esta consulta e quando ela terminar vou ficar ansioso pela próxima. Aprende-se sempre um pouco mais e conversa-se sobre as etapas superadas e dificuldades sentidas..

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I ENCONTRO Prof. Pereira Miguel agraciado com Ordem de Mérito DE O Prof. Doutor José Pereira Miguel, Presidente da Comissão de Ética do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CHLN/FML/IMM) e Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) foi agraciado, pelo Presidente da República, com a Grã Cruz da Ordem de Mérito, tendo a atribuição desta ordem honorífica sido consagrada por alvará do Chefe de Estado, no dia 16 de fevereiro, e tendo o Ministro da Saúde efetuado a ordenação das respetivas insígnias no Dia Mundial da Saúde, no passado dia 7 de abril. José Manuel Domingos Pereira Miguel é, atualmente, Professor Catedrático de Medicina Preventiva e Saúde Pública e Diretor do Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública e é, igualmente, Diretor do Instituto de Saúde Ambiental e membro eleito do Conselho Geral da Universidade de Lisboa (UL). É licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) e fez, em 1976, a sua especialidade em Medicina Interna. É, igualmente, na FMUL que faz seu doutoramento, em Medicina Interna, e onde se consagra, enquanto Professor Associado (1988), Agregado (1994) e, posteriormente, Catedrático (1998) de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Em 1996, é-lhe atribuída pelo Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos, a Competência em Epidemiologia. Possui um Diploma em Educação Médica, pela Universidade de Gales - Cardiff e Pós-graduação em diversas áreas relacionadas com medicina interna, cardiologia, medicina preventiva, saúde pública e epidemiologia, em Portugal e no estrangeiro. Em termos profissionais, entre 1978 e 1988, exerceu funções no Hospital de Santa Maria, enquanto especialista de Medicina Interna. Posteriormente, desempenhou funções na qualidade de Diretor do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa e de Diretor do Centro de Saúde dos Estudantes da Universidade de Lisboa. Entre 1998 e 1999, assume as funções de Subdiretor Geral da Saúde e, de 2001 a 2005, de Diretor Geral da Saúde, onde simultaneamente, desempenha as funções de Alto Comissário da Saúde. Até 2014, assume as funções de Presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, a que acresce, desde 2009, às de membro do Conselho Nacional de Saúde Pública.

Enquanto investigador, esteve ligado ao Centro de Estudos de Cardiologia Preventiva do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e à Unidade de Investigação da FCT do Instituto de Medicina Preventiva da UL. É membro do Comité Consultivo de Investigação em Saúde da OMS - Europa e CEO do Conselho Executivo do Consórcio Lisbon Living+. Em termos internacionais, desde 1998, que representa Portugal em vários grupos e Comités da União Europeia, junto da OMS e igualmente no quadro das Cimeiras Ibero Americanas. Participou em várias missões de cooperação para o desenvolvimento de S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Angola. Foi eleito Vogal do Conselho Executivo da OMS – Europa e Conselheiro da OMS, por diversas ocasiões, desde 1974. Atualmente, integra o Grupo Europeu de Peritos da OMS em Serviços de Saúde Pública. O Prof. Doutor José Pereira Miguel é autor de mais de 200 publicações, ligadas às áreas da epidemiologia e prevenção cardiovasculares, à epidemiologia e à medicina preventiva e saúde pública. Foi distinguido, em 2008, com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos do Ministério da Saúde e, em 2012, com o Prémio Nacional “Personalidade Saúde Sustentável”.

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I ENCONTRO DE ENFERMAGEM HOSPITAIS Um caso Inédito em SantaDEMaria: Sónia Matos, 43 anos, foi a protagonista de um caso clínico experimental nunca antes reportado pela comunidade científica. Passou cerca de duas semanas no Hospital de Santa Maria, grávida e com a sua “barriga aberta” para que a sua gravidez (gemelar) pudesse ser levada até a um nível de segurança para os bebés, as 28 semanas de gestação e para si. A sua serenidade, a contar a experiência que viveu não transmite a complexidade da qual está imbuída. Um exemplo de coragem, comum aos diferentes “personagens” desta história, da Mãe Sónia, dos Profissionais de Saúde envolvidos e, particularmente, da sobrevivente: a pequena Rita. Esta gravidez revestia-se de grande importância: se não fosse levada até ao fim Sónia, que já tinha sido submetida a vários tratamentos de fertilidade, dificilmente conseguiria realizar o sonho da maternidade. Foi uma gravidez muito desejada, que decorria com a tranquilidade normal de uma gravidez de risco, mas que foi perturbada aos 5 meses: «(…) era uma gravidez de risco por serem gémeos e estive em casa, em repouso absoluto, para que tudo corresse bem. E correu sempre tudo bem até que tive uma dor, quando estava com 5 meses de gravidez. Desloquei-me ao Hospital de Abrantes |área de residência| e após observação, deram-me alta das duas primeiras vezes; à terceira vez, a equipa de médicos permitiu-me optar por continuar no Hospital de Abrantes, ou vir para Lisboa, para o Hospital de Santa Maria (HSM)», conta Sónia. O que inicialmente aparentava ser uma apendicite, mas sem certezas, pois a própria gravidez não estava a permitir um diagnóstico mais concreto, levou a equipa de profissionais a deixar à consideração de Sónia a sua transferência para o HSM, dada a sua vasta experiência em bebés de risco e prematuros. Sónia optou pelo HSM e foi, efetivamente, operada a uma apendicite no dia 18 de novembro. Mas a história estava longe de ter fim, «(…) era mesmo uma apendicite que, entretanto, evoluiu para uma peritonite. Fui operada novamente e colocaram-me um dreno. Nesta altura, nada estava a resultar, pois a infeção continuava a aumentar, colocando-me em risco a mim e aos meus bebés. A equipa de cirurgia estava sempre a trabalhar em conjunto com a equipa de obstetrícia… Este hospital tem esta boa característica: possui equipas que se conjugam. Em conjunto, conferenciavam e explicavam-me sempre tudo. A equipa de obstetrícia dizia que, enquanto os bebés não estivessem em risco de vida, iam tentar mantê-los na minha barriga, o mais possível, para que eles pudessem crescer. Conseguimos manter a situação até às 27 semanas e 6 dias.» A sua situação – nomeadamente a sua evolução para peritonite – fez com que uma equipa multidisciplinar, sob a responsabilidade do Diretor do Departamento de Cirurgia da instituição, Prof. Mendes de Almeida se “debruçasse” sobre este caso. «(…) para controlar esta peritonite, tínhamos que não só operar, mas a seguir à operação a barriga teria que ficar aberta, por forma a continuar a proteção aos bebés, (para que o pus que circula dentro da barriga quando uma pessoa tem uma peritonite fosse retirado). Portanto, estávamos sob pressão para não se desenvolver uma septicémia e não comprometer o estado fisiológico dos bebés e a própria mãe», diz o Professor.

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I ENCONTRO DE ENFERMAGEM DE HOSPITAIS Sónia & Rita

A equipa multidisciplinar chegou à conclusão que as soluções convencionais não iriam servir, e que a barriga teria que permanecer “aberta”. O Prof. Mendes de Almeida acrescenta «Chegou-se à conclusão que no caso da Sónia, tínhamos que ter a barriga aberta, o que é um problema e para o qual tínhamos duas opções: ou, sabendo que a situação era grave e que a mãe já estava com a barriga aberta e assim ficava, retiraríamos os bebés para salvar a mãe, ou por outro lado, iríamos seguir uma linha de orientação inédita. E é isso que torna este caso especial. Deliberadamente neste caso, com uma doente grávida e com peritonite, optámos por mantê-la com a barriga aberta, o tempo suficiente para que os bebés pudessem amadurecer, e serem retirados às 28 semanas de gestação com condições de sobrevivência bem mais seguras. Sabíamos que iríamos correr alguns riscos. Mas era uma situação de risco controlada, porque, a qualquer momento, poderíamos retirar os bebés». Sónia conta a sua experiência «Estive 15 dias na Unidade de Cuidados Intensivos com a barriga literalmente aberta, o que nunca tinha sido feito. Estava ligeiramente sedada para as dores, e no dia 19 de dezembro fizeram a cesariana. Estive 5 dias nos Cuidados Intensivos – onde não me recordo de nada, mas sei que estava sedada». O Prof. Mendes de Almeida explica detalhadamente, como tudo se passou: «(…)o termo “barriga aberta” significa que o útero ficou exposto ao ar. Foi um processo com várias fases: uma primeira fase, em que foram retiradas as redes, outra na qual se colocou o sistema de vácuo para aspirar o pus (...) Na realidade, o útero da Sónia esteve exposto fora da cavidade abdominal por mais de duas semanas, uma estratégia inédita que encontrámos para solucionar a situação». Ao falar sobre os riscos corridos, o Prof. acrescenta «(…) Sabíamos que se tirássemos os bebés antes das 28 semanas, a probabilidade de sobrevivência era muito reduzida. Portanto, tínhamos os factos: há uma grávida, com capacidade limitada de combate a infeções, que se encontra na sua última gravidez possível e com necessidade de tratamento da infeção e conclusão do processo, depois de ela já não ter dentro de si os bebés. Portanto, foi deliberadamente uma decisão consciente para controlar uma peritonite com o útero em crescimento, com os bebés a serem vigiados para conseguirmos chegar ao objetivo – as 28 semanas de gestação. Quando os bebés saíram, o útero já estava exposto há mais de 15 dias e estávamos com bastante receio que pudesse haver alguma hemorragia grave, mas felizmente não houve e os bebés, na altura, nasceram bem». .

Todo o processo implicou um intenso trabalho em equipa, que o Prof. Mendes de Almeida faz questão de enaltecer « (…) Só num hospital com as características do HSM é que é possível o tratamento de um doente nestas situações, porque para além de muitas outras especialidades, houve 4 pilares/especialidades fundamentais que tornaram tudo isto possível: em primeiro lugar, a Unidade de Cuidados Intensivos, através do Prof. Carlos França, que “manteve” a Sónia e os seus bebés, durante o tempo necessário, até ser possível a cesariana; o Serviço de Obstetrícia, que através do Prof. Luís Graça acompanhou a gravidez, e conferiu à Sónia todo o suporte de vigilância e que realizou, posteriormente, a cesariana e todo o apoio obstétrico especializado colaborando, obviamente, nestas decisões conjuntas; o Serviço de Cirurgia, que esteve envolvido na evolução da peritonite e no processo de “suporte” para manter a Sónia com útero exposto durante aquele período e depois, na parte final, a Neonatologia, através da Profª Maria do Céu Machado, que “acolheu” e tratou os bebés após o seu nascimento, porque mesmo às 28 semanas, são bebés extremamente frágeis». «Em suma», acrescenta «só uma instituição que conjuga todas estas áreas, com competências técnicas, recursos físicos e humanos e muita experiência em campo, é que tem a possibilidade de proporcionar este tipo de resposta altamente especializado». Os gémeos (um menino e uma menina) nasceram, mas o menino acabou por falecer. A Rita, que nasceu com 920gr, sobreviveu e será a protagonista, em conjunto com a mãe Sónia, de uma publicação científica multidisciplinar que explicará como se processou todo este caso, durante 4 meses. Findo este internamento, contudo, Sónia ainda necessita de cuidados adicionais «(…) tenho que fazer mais uma cirurgia para encerramento do intestino porque entretanto, este teve que ficar inativo para sarar e garantir o seu normal funcionamento». A gratidão de Sónia é imensa. Nas suas palavras, «só tenho a agradecer a todas as equipas: à equipa do Prof. Mendes de Almeida, à equipa de Cirurgia, à equipa do Dr. Alexandre, da Obstetrícia e a todos os pisos por onde passei, desde os Cuidados Intensivos à Neonatologia, foram todos impecáveis. Sei que no dia em que me viram chegar aqui, pela primeira vez, também eles estavam na expectativa para saber, no fundo, se eu ia sobreviver. No dia da alta, Sónia quis expressar o que sentia: «Eu sinto-me normal e sinto que preciso de viver! Sinto-me grata, muito grata por estar cá e por ter a Rita. Era meu grande desejo ter uma família, ter filhos e consegui. Apesar de tudo, é uma vitória! De resto, estou na expetativa da última cirurgia de encerramento do intestino, que só irá acontecer quando terminar a revitalização da abertura que tenho».

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Receção aos novos profissionais contratados Enfermeiros e Assistentes Operacionais

No passado dia 28 de abril, o Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), Dr. Carlos Neves Martins e a Enf.ª Diretora, Catarina Batuca, receberam, na Aula Magna, os 75 novos profissionais de Enfermagem que foram, no âmbito de uma renovada política de recursos humanos, integrados na instituição. De realçar que, em 6 meses e após os devidos procedimentos legais, a área de Enfermagem do CHLN sofreu um reforço de 150 novos profissionais, a que acresce a autorização concedida à Direção de Enfermagem para realização de uma bolsa de substituição que contempla até 60 efetivos. No passado dia 7 de maio, no Auditório Celestino da Costa decorreu, na mesma linha de orientação estratégica e contando com as mesmas presenças, a receção dos cerca de 80 novos assistentes operacionais, que iniciaram funções no CHLN. Após algumas palavras de boas vindas, a Enf.ª Diretora, Catarina Batuca reforçou a importância da qualidade do contacto com o utente, sobretudo no aspeto relacional « (…) devemos atentar no poder das palavras. Em muitas situações, o poder contido numa palavra de conforto e na empatia que criamos com o utente é imensurável.» Seguidamente, o Presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos Neves Martins usou da palavra, reiterando os votos de boas vindas aos presentes, justificando este ato mais solene, com a necessidade de « (…) conferir dignidade a este dia que, espero, seja um dia de grande importância para o vosso futuro, quer profissional, quer pessoal». Durante esta cerimónia, o Presidente do CHLN enalteceu a importância do desempenho de funções laborais num Centro Hospitalar como CHLN, em que os profissionais têm uma «Missão de serviço público, que dura as 24 horas de um dia.» numa área que não é fácil, mas onde se encontra o reconhecimento do trabalho no utente e na própria instituição. Neste Centro Hospitalar, acrescentou o Presidente do CHLN, «Os profissionais encontram uma missão duplamente importante, que não se esgota no trabalho hospitalar. Abordando a importância do CHLN, da sua missão e da sua tradição, o Presidente enfatizou que «No CHLN, todos os profissionais desempenham e representam, independentemente das suas funções, um papel importante e crucial para o funcionamento da instituição». Terminou o seu discurso, reforçando ainda a importância do cuidado humano entre o profissional e o utente e a sua família/acompanhante(s) e, reiterando votos para «Que nesta casa encontrem a felicidade profissional e também a pessoal, e que o sentido de dever cumprido seja sempre uma constante no vosso percurso».

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CHLN realiza Reunião Inter-Religiosa O Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa (SAER) do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) tomou a iniciativa de organizar uma reunião de trabalho com as diferentes confissões e comunidades religiosas presentes em Portugal, com o intuito de proporcionar aos seus utentes uma abrangência inter-religiosa organizada, regular, transparente e universal, de acordo com as suas vontades e necessidades e no respeito pela liberdade de consciência, religião e culto, tanto no Hospital de Santa Maria, quanto no Hospital Pulido Valente. Na reunião, decorrida no passado dia 28 de abril, foram apresentados os objetivos e o Decreto-Lei nº253/2009, bem como o regulamento e os procedimentos para a assistência não vinculada, a estabelecer para as diversas religiões. Da parte do CHLN, estiveram presentes o Presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos Neves Martins, a Administradora de Área, Dr.ª Maria do Céu Valente e a Diretora do Serviço Social, Dr.ª Argentina Castilho, bem como de toda a equipa do SAER. O seu Coordenador, o Capelão Fernando Sampaio conduziu os trabalhos . O Presidente do Conselho de Administração fez questão de estar presente e de intervir, enfatizando a importância da efetivação de um encontro desta abrangência e dos resultados do mesmo e enaltecendo a importância da oficialização dos procedimentos, através da integração em documentos oficiais, o que, aliás justifica, como uma necessidade de conferir, oficialmente, a igualdade de direitos aos doentes e às suas famílias, como acontece já informalmente. E reforçou que «(…) é a formalização de um trabalho que já iniciado e ao qual se irá conferir continuidade, uma vez que o CHLN, através dos seus dois Hospitais - Santa Maria e Pulido Valente recebe doentes de vários cultos, religiões, oriundos de diversas partes do mundo». Para além das diversas intervenções, houve ainda um espaço final, reservado a comentários, perguntas e sugestões. Foi ainda acordado o agendamento de reuniões, com carácter bi-anual, para discutir, refletir e avaliar a assistência prestada na instituição, bem como apontar dificuldades e sugestões de melhorias. Para o Coordenador do SAER, Pe. Fernando Sampaio, a realização de encontro com líderes de outras confissões e comunidades religiosas assinalou formalmente a assistência espiritual e religiosa não vinculada. Nas suas palavras «Inicia-se, deste modo, uma nova forma de prestação de assistência espiritual e religiosa na instituição, porque inclui a assistência espiritual vinculada, nomeadamente, a Igreja Católica, bem como todas as outras igrejas, associações e comunidades religiosas não vinculadas. Cumpre-se, assim, o direito a esta assistência, tão caro aos doentes em contexto hospitalar».

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ENCONTRO DE ENFERMAGEM DE HOSPITAIS DiaINacional da Prevenção e Segurança no Trabalho no CHLN Integradas na comemoração do Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho, decorreram, no passado dia 30 de abril de 2015, no Hospital de Santa Maria (HSM) e no Hospital Pulido Valente (HPV) do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN, EPE), as ações de sensibilização para os profissionais, promovidas pelo Serviço de Saúde Ocupacional (SSO). As atividades iniciaram-se, nos dois pólos hospitalares, pelas 8h00 e contemplaram várias ações, designadamente: - A avaliação da tensão arterial, da glicemia, do índice de massa corporal (IMC) e do nível de monóxido de carbono no ar exalado; - Alguns jogos lúdicos relativos à saúde e segurança dos profissionais; - A sensibilização para a escolha de agulhas com mecanismo de segurança integrado; - Boas práticas na utilização de corto-perfurantes e no posicionamento do profissional face ao trabalho com computador; - A sensibilização dos profissionais para a seleção de dispositivos de proteção facial (máscaras) adequados a cada contexto de trabalho. Foram ainda, projetados pequenos filmes de sensibilização para a adoção de boas práticas como forma de prevenção de acidentes no local de trabalho, intercalados com os resultados do Relatório de Acidentes de Trabalho de 2014. O Serviço de Dietética e Nutrição que colabora, desde há alguns anos, com o Serviço de Saúde Ocupacional, disponibilizando uma Consulta de Nutrição de acordo com referenciação pela Medicina do Trabalho, esteve também presente neste evento. A sua ação consistiu, essencialmente, na realização de avaliações do índice de massa corporal e do diâmetro abdominal e na sensibilização e aconselhamento dos profissionais para uma dieta saudável e mediterrânica. O evento contou ainda com a colaboração do Serviço de Radioterapia, no âmbito de um programa conjunto com o Serviço de Saúde Ocupacional. Foram efetuadas quatro sessões de ginástica laboral, com a participação de diversos profissionais, cujo objetivo essencial consistiu na promoção do bem-estar no local de trabalho. As atividades tiveram uma boa adesão por parte dos profissionais do CHLN, o que foi gratificante para o Serviço de Saúde Ocupacional e, de uma forma mais global para o CHLN, reforçando a cultura de segurança neste Centro Hospitalar. O evento, que decorreu no piso 2, frente ao Gabinete do Colaborador, contou com a presença do Conselho de Administração do CHLN, designadamente, nas pessoas do seu Presidente, Dr. Carlos Neves Martins, e do Vogal Executivo, Dr. Júlio Pedro.

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I ENCONTRO ENFERMAGEM DEfoiHOSPITAIS Dia Mundial daDE Higiene das Mãos do CHLN um sucesso À semelhança de anos anteriores, o dia 5 de maio foi dia de comemoração no Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN). Assinalase o Dia Mundial da Higiene das Mãos, um tema muito caro à comunidade hospitalar, pelo importante papel que desempenha na prevenção e combate das infeções hospitalares. O Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo das Infeções e da Resistência aos Antimicrobianos (GCLPPCIRA) da Instituição em articulação com o órgão de gestão e com os respetivos elementos dinamizadores dos diferentes serviços, procura sempre surpreender abordando a temática com inovadoras e diferentes perspetivas, motivando os profissionais para as boas práticas. Do programa, constaram várias atividades, divididas pelos dois campus de saúde. No piso 2 do Hospital de Santa Maria (HSM) encontravam-se patentes três exposições; a dos trabalhos do concurso, lançado aos profissionais e alunos, "Higiene das Mãos Outra Visão“; a exposição de trabalhos dos pequenos utentes da Pediatria sobre a temática; e a exposição da nova campanha lançada pela GCL-PPCIRA “Nu… abaixo do cotovelo" que envolveu um vasto número de profissionais, com diferentes categorias que quiseram “dar o exemplo” das boas práticas, ao se deixarem fotografar, no seu quotidiano profissional, com as mãos e braços desnudados. No piso 2, próximo do Gabinete do Colaborador, estavam ainda vários stands, vocacionados para divulgação das boas práticas na higienização das mãos. Este ano, houve ainda a novidade do criativo "Túnel da Verdade", criado especificamente para o efeito, onde os profissionais foram convidados a testar a sua própria técnica de higienização, passando por um túnel com luz ultravioleta, após o ato de higienização com desinfetante. Na parte final da manhã, no mesmo local, decorreu uma pequena cerimónia onde foi feita, pela GCL-PPCIRA e pelo Conselho de Administração, a entrega de certificados a serviços que se distinguiram com o nível "Muito Bom" nas auditorias realizadas no âmbito da Campanha Nacional de Higiene das Mãos. Foram igualmente entregues os prémios e as menções honrosas do Concurso "Higiene das Mãos - Outra Visão". A inovação centrada no concurso proposto aos profissionais teve uma adesão que primou quer pela quantidade de trabalhos apresentados (36 na totalidade), como também pela qualidade e diversidade dos mesmos. As exposições, o “Túnel da Verdade”, bem como os stands estiveram igualmente patentes no Hospital Pulido Valente (HPV). As atividades neste Campus decorreram no Hall do Edifício D. Carlos e no jardim da instituição.

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I ENCONTRO DEMundial ENFERMAGEM DE HOSPITAIS Dia da Higiene das Mãos

O desafio “Clean Care is Safer Care”, lançado em 2005, tem como objetivo a prevenção das IACS (Infeções Associadas ao Cuidados de Saúde) e, como premissa, a frase “Medidas simples salvam vidas” que preconiza, entre outras ações, a higienização das mãos. enquanto uma das medidas de maior impacto na redução deste tipo de infeções, na diminuição da resistência aos antimicrobianos e na redução dos custos associados a estas problemáticas. Portugal, a 8 de outubro de 2008, aderiu ao Primeiro Desafio Mundial da World Alliance for Patient Safety, “Clean Care is Safer Care”, agregando-se assim ao grupo de países aderentes a nível mundial. O CHLN aderiu opcionalmente à Campanha de Higienização das Mãos em 2009 e tem registado desde o início um acréscimo muito positivo em termos de serviços aderentes. No âmbito desta campanha são anualmente realizadas observações que permitem, a este grupo de trabalho, aferir os resultados e introduzir medidas específicas e adequadas a cada contexto. É importante registar o aumento gradual da taxa de adesão global da instituição à campanha, que em 2014, se fixou em 67.7%. De referir ainda que, no último biénio, assistiu-se a um aumento de 20% no número de serviços que obtiveram a classificação de Muito Bom nas suas práticas. O GCL-PPCIRA do CHLN encontra-se muito empenhado em atingir a quase totalidade dos serviços já em 2015, bem como melhorar os bons resultados que já apresentados. Importa ainda referenciar que o CHLN foi um dos hospitais selecionados (12 entre 31 instituições) para o projeto “STOP Infeção Hospitalar”, lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian, tendo no dia 31 de Março, sido assinada a respetiva carta de compromisso pelo Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), Dr. Carlos Neves Martins, na presença do Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo, e do Presidente do Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian, Dr. Artur Santos Silva. As precauções básicas e, especificamente a higienização das mãos devem ser encaradas enquanto uma responsabilidade de toda a comunidade, e cada vez mais como um franco indicador de qualidade e segurança da prestação de cuidados de saúde.

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I ENCONTRO foi um sucesso DE ENFERMAGEM DE HOSPITAIS

Sílvia Matias, Enfermeira da Unidade de Cuidados Anestésicos Pós- Operatórios (UCAPO)/Unidade de Cuidados Intensivos Médico Cirúrgico Respiratórios (UCIMCR) do Hospital Pulido Valente (HPV) Vencedora do 1º Prémio do Concurso “Higiene das mãos, Outra Visão” Há quantos anos trabalha no Hospital Pulido Valente? Trabalho nesta Unidade há 3 anos, mas no Hospital Pulido Valente trabalho há cerca 12 anos. Ganhou o 1º Prémio do Concurso “Higiene das Mãos Outra Visão”. O que motivou a sua participação neste concurso? Desde sempre que gostei de participar neste tipo de eventos e especialmente neste, porque realça a importância de uma ação mínima que, ao ser cumprida, pode salvar vidas e que, por isso, torna-se fundamental. É um procedimento básico que temos que efetuar, diariamente e em muitas circunstâncias, na qualidade de prestadores de cuidados de saúde. Protege-nos a nós e ao doente. Havendo um concurso para apelar à criatividade acerca da higienização das mãos senti-me, desde logo, muito motivada para lançar mãos à obra. Contei com a colaboração de muitos colegas do Serviço; desde os Assistentes Operacionais aos Médicos. Fui muito incentivada por todos, particularmente pela minha Enf.ª Chefe, Enf.ª Odete Mendes e pelo Dr. Filipe Fróis, Coordenador da UCIMCR.

Em que se foca o trabalho vencedor? O trabalho em causa baseou-se num vídeo com coreografia, com o nome “Dança da Mãozinha”, onde aproveitei alguns dos esquemas da “dança da mão” e os adaptei ao contexto. Através deste esquema consegui, de forma mais informal, alertar para o cumprimento dos diversos passos a seguir no processo de higienização das mãos. Esperava esta classificação? Consegui, com esta composição, alcançar o primeiro prémio. Confesso que não estava à espera deste reconhecimento, mas sinto-me particularmente satisfeita e grata pelo reconhecimento que não é só feito a mim, como também à minha equipa, ao meu serviço e ao Hospital Pulido Valente.

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CHLN realiza a primeira cirurgia VATS a doente com cancro do pulmão Uma equipa de cirurgiões e anestesistas do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte (HSM-CHLN) realizou, no passado dia 30 de abril, uma Cirurgia Torácica Vídeo Assistida (VATS) a um doente com doença oncológica pulmonar, com recurso somente a anestesia local. Este procedimento, inédito em Portugal até à data, foi realizado no HSM/CHLN. Anteriormente, esta era uma técnica minimamente invasiva, antes aplicada em exclusivo, por cirurgiões torácicos, em grandes centros de Cirurgia Torácica de países como a China, Rússia, Espanha e Reino Unido. Consiste na remoção de parte do pulmão afetado pela patologia, através de uma pequena abertura, com poucos centímetros e, através da qual, são feitos todos os procedimentos necessários à intervenção. A técnica em causa apresenta várias vantagens, quer para o doente, quer para a instituição que o trata, com significativos ganhos em saúde, pois a recuperação do doente não entubado face a uma intervenção minimamente invasiva é mais célere, menos dolorosa e com menos complicações associadas, gerando poupanças de tempo em bloco operatório. A intervenção concretizou-se graças à presença do Dr. Diego González-Rivas, Cirurgião Torácico do Hospital da Corunha, que desenvolveu a técnica da “porta única vídeo assistida”. Este procedimento é realizado, desde há 3 anos a esta parte, por uma equipa de 3 cirurgiões do Serviço de Cirurgia Torácica do HSM-CHLN, sob a direção do Prof. Dr. Ângelo Nobre, numa estreita colaboração com o Serviço de Anestesia do HSM-CHLN, liderado pelo Prof. Dr. Lucindo Ormonde. O Dr. Diego González-Rivas continuará a apoiar e a orientar a equipa multidisciplinar que realiza estas intervenções. Tradicionalmente, para a realização de resseções pulmonares por toracoscopia, os doentes são entubados sob anestesia geral e com recurso a ventilação seletiva. No entanto, graças à progressão verificada nas técnicas de Cirurgia Minimamente Invasiva, a abordagem toracoscópica sem recurso a entubação foi adotada, até mesmo, para a realização de grandes resseções pulmonares. Como resultado daquela que foi, provavelmente, a cirurgia de cancro do pulmão menos invasiva realizada em Portugal, foram já operados 2 doentes com cancro do pulmão, que entretanto, já tiveram alta hospitalar. Pensa-se que a aplicação desta técnica reúne, em si, condições para vir alterar significativamente a visão atual da Cirurgia Torácica, ao proporcionar aos doentes uma opção ainda menos invasiva e agressiva, que as tradicionalmente adotadas, no tratamento do cancro do pulmão e de outras patologias do tórax. A experiência adquirida através da aplicação cirurgia torácica vídeo assistida (VATS) de porta única, aliada à modernização dos instrumentos cirúrgicos e ao recurso a câmaras de alta definição vem permitir que, cada vez mais resseções pulmonares possam ser realizadas através do recurso à Cirurgia Minimamente Invasiva. O futuro da Cirurgia Torácica passa por uma concertação de fatores, tais como a evolução técnica da Anestesia e da Cirurgia e a implementação de procedimentos para redução do trauma cirúrgico no paciente, entre outros.

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FMUL: Corrida+ Solidária e Protocolos Institucionais

CHLN e FMUL celebram protocolo de colaboração para prestação de cuidados de saúde na área da Medicina Nuclear

Assinado no passado dia 6 de maio, este protocolo tem por objeto a celebração de um acordo de parceria entre o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) e a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), na Área dos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), designadamente na realização de exames de Medicina Nuclear, pelo Instituto de Medicina Nuclear da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (IMN-FMUL) aos doentes do CHLN, sem prejuízo de poder ser alargado a outras áreas que sejam reconhecidas como necessárias por ambas as Instituições, numa lógica de cooperação. A “2ª Corrida Saúde + Solidária”, organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (AEFMUL) decorreu, no dia 10 de maio, que decorreu num percurso compreendido entre a Alameda das Universidades e o Estádio de Honra do Estádio Universitário de Lisboa. Esta iniciativa de cariz solidário, teve como objetivo a promoção do Desporto e dos estilos de vida saudáveis, possibilitando a angariação de fundos, a serem doados, por escolha dos participantes, a uma de cinco Instituições Particulares de Solidariedade Social: a “Associação Inês Botelho”, “Os Francisquinhos”, a “Casa do Pessoal do Hospital Fernando da Fonseca”, a “Tiliascoop”, ou a “ Liga dos Amigos do Hospital de Santa Marta”. Foram inúmeros os participantes que, ativamente, quiseram dar o seu contributo para esta causa, destacando-se a participação de inúmeras famílias. O Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) associou-se a esta iniciativa com a participação de dezenas de funcionários, tendo sido uma manhã dedicada ao desporto e à convivência entre profissionais e famílias.

CHLN e FMUL celebram protocolo para prestação de assessoria técnica na área das instalações equipamentos

Considerando que o CHLN e a FMUL partilham um conjunto de infra-estruturas e instalações físicas, em muitos casos comuns, foi firmado, no passado dia 6 de maio, um protocolo de cooperação para prestação de assessoria técnica, na área das instalações equipamentos, por parte dos serviços do CHLN à FMUL. A celebração deste protocolo assenta na premissa da estrutura e capacidade técnica do CHLN para apoiar e manter as suas infra-estruturas e sistemas ser, pela sua dimensão e diversidade, mais ampla do que as que estão ao dispor da FMUL . A este fator, acresce que a cooperação entre estas instituições tem sido um vetor prioritário, assumido pelos respectivos órgãos diretivos, nas mais diversas áreas.

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I ENCONTRO DE ENFERMAGEM DE HOSPITAIS

40º Aniversário do Hospital O Hospital Pulido Valente (HVP) – Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) comemorou, no passado dia 26 de maio, o seu 40º Aniversário. As comemorações iniciaram-se com uma Sessão Solene de Aniversário, que contou com a presença dos membros do Conselho de Administração e onde interviram, respetivamente, o Prof. Roberto Palma dos Reis, na qualidade de representante dos profissionais homenageados, a Dr. ª Maria José Nogueira da Rocha, Presidente da Liga de Amigos do Hospital Pulido Valente (LAHPV) e o Dr. Carlos Neves Martins, Presidente da instituição. O Professor Roberto Palma dos Reis, numa curta mas sentida intervenção, enalteceu a singularidade e o cariz humano desta instituição de referência na saúde «(…) o Hospital Pulido Valente tem árvores, pássaros e pessoas que se cumprimentam nos corredores». Por seu lado, a Dr.ª Maria Jorge Rocha, Presidente da LAHPV fortaleceu o compromisso da associação que preside na senda de um apoio, cada vez forte, a doentes e profissionais deste hospital, com o intuito de inverter o caracter desumanizador que se faz sentir na sociedade, no global, lutando pelos princípios da solidariedade e da humanização. O Presidente do CHLN, Dr. Carlos Neves Martins, encerrou este momento solene aproveitando o momento, para enaltecer historicamente o legado da instituição e o seu papel singular no passado, não só enquanto prestador de cuidados de saúde, mas enquanto “escola” de muitos profissionais, sendo uma referência académica em muitos e distintos percursos. Ao confirmar, junto aos inúmeros profissionais presentes que o fecho da instituição nunca esteve equacionado, anunciou a vontade e o trabalho desenvolvido pela equipa de gestão no sentido de, a partir das memoráveis marcas do passado para a perspetivação de um futuro com novos projetos.

Após o encerramento, teve lugar a entrega de medalhas a todos os profissionais que completam 25 anos ao serviço da instituição. Seguidamente, todos os presentes foram convidados para participarem, no jardim do HPV, na “Aula de Movimento, Equilíbrio e Postura”, direcionada a todos os interessados e proporcionada pelo Serviço de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) do HPV. Este dia de comemoração chegou ao fim, com um inesquecível “almoço-volante”, que teve lugar no jardim, animado musicalmente pela Orquestra Médica de Lisboa e pelo Coro da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa (AEFMUL) que encantaram os presentes com a sua prestação.

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I ENCONTRO DE ENFERMAGEM DE HOSPITAIS

Pulido Valente

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Dia Internacional do Enfermeiro no CHLN No âmbito das comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro, realizou-se nos dois pólos do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), no passado dia 12 de maio, um programa de comemorações com destaque para a Sessão de Abertura com a presença do Conselho de Administração (CA) e exibição do filme “O que pensam de ti”. A Sessão de Abertura contou com a presença do Dr. Carlos Neves Martins, Presidente do Conselho de Administração do CHLN, da Dr.ª Margarida Lucas, Diretora Clínica, da Enf.ª Catarina Batuca, Enfermeira Diretora, e do Dr. Júlio Pedro, Vogal Executivo do CA. A seguir aos discursos oficiais, por parte da Enf.ª Catarina Batuca e do Dr. Carlos Neves Martins, foi exibido o filme “O que pensam de ti”, que resultou do desafio colocado, aos utentes do CHLN, sobre o que pensavam do papel do enfermeiro na prestação dos cuidados de saúde. O filme foi passado, de 2 em 2 horas, durante o resto do dia. O programa oficial das comemorações começou com a exposição fotográfica “Enfer`Imagens”, que nos deu uma amostra das diversas áreas de intervenção da Enfermagem, no âmbito da prestação dos cuidados de saúde em contexto hospitalar. Esta exposição esteve patente no piso 1 do Hospital de Santa Maria (HSM) e nos jardins fronteiriços à entrada do edifício D. Carlos, no Hospital Pulido Valente (HPV). Na consulta externa do HPV decorreu, entre as 9h00 e as 13h00, a atividade lúdico-pedagógica denominada “Um Enfermeiro, um seu parceiro: Enfermagem à “La arte”, que teve como objetivo demonstrar aos utentes a importância e o trabalho que é desenvolvido pelos profissionais de enfermagem. Assim, de forma original e com sentido de humor, fizeram-se pequenos “sketchs”, nos quais se abordaram algumas das áreas de intervenção do enfermeiro a nível das consultas externas do HPV, utilizando um discurso pedagógico, com a finalidade de realçar o enfermeiro como um parceiro que caminha com o utente no sentido de alcançar uma melhor qualidade de vida. Esta atividade foi realizada na sala de espera dos utentes, com envolvimento dos presentes que participaram e consideraram um método agradável de dar visibilidade ao trabalho que os enfermeiros realizam diariamente.

O programa deste dia finalizou com uma aula de Zumba, nos jardins do HPV, uma atividade lúdica pensada com o objetivo de os enfermeiros olharem também para si, cuidarem de si, criando hábitos de vida saudáveis que ajudem a minimizar os níveis de stress, a que estão sujeitos, no desenvolvimento da sua atividade laboral. A aderência à atividade teve grande sucesso, proporcionando muitos momentos de boa disposição e descontração entre os profissionais. O CHLN, com a realização destas ações, procurou assinalar a importância do papel do enfermeiro, dos seus conhecimentos e competências no sistema de saúde e na promoção da qualidade de vida das populações que serve.

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O dia internacional do enfermeiro é comemorado mundialmente desde 1965, mas a data oficial (12 de maio) foi decidida pelo Conselho Internacional de Enfermeiros em 1974, para realçar o seu contributo para a saúde humana. XNorte | NEWS | maio/junho’15 | 26


Sessão de Boas-vindas aos Internos do CHLN Decorreu, no dia 20 de maio, na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), a Sessão de Boas-Vindas aos novos Internos do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), que contou com a presença do Dr. Paulo Macedo, Ministro da Saúde, e da Dra. Leonor Parreira, Secretária de Estado da Ciência. O Dr. João Paulo Farias, Diretor do Internato Médico do CHLN, o segundo maior centro de formação médica do país – a seguir ao CHUC, iniciou a sessão, cumprimentando todos os presentes com uma palavra especial para «(..) aqueles que optaram pelo CHLN, por se tratar de um centro idóneo e de referência, para a sua formação nas diversas especialidades. O CHLN, como um dos elementos constituintes do Centro Académico de Medicina de Lisboa é uma garantia de proporcionar as competências e valências necessárias e suficientes para um desempenho de excelência e qualidade enquanto profissionais, seja no âmbito académico ou institucional». Seguidamente, tomou a palavra o Dr. Nuno Gaibino, representante da Comissão de Internos do CHLN, que deixou um apelo: «Sejam ousados, diferentes e não deixem de apostar na vossa formação, empenhando todos os vossos esforços numa preparação que garanta, para além de todas as adversidades, o vosso futuro.» Para a Dr.ª Margarida Lucas, Diretora Clínica do CHLN «(…) os internos são, antes de mais, médicos e devem potenciar as suas capacidades individuais de forma a que a sua formação lhes permita evoluir e vencer, quer como pessoas, quer como profissionais, num mundo exigente e difícil.» Durante a sua intervenção, o Dr. Carlos Neves Martins, Presidente do Conselho de Administração do CHLN, referiu que os Internos são «(…) um renovado estímulo para a instituição e um importante contributo para a sua atividade assistencial. No início do percurso académico e profissional, é determinante assumir que, a par do desenvolvimento de competências pedagógicas e científicas é fundamental a consolidação e otimização de competências pessoais e sociais, em sintonia com os desafios colocados pela sociedade contemporânea. O CHLN é uma das melhores instituições do país, habilitada para poder conferir uma resposta, pautada pela qualidade e pela excelência.» As conferências “A Investigação Científica no Desenvolvimento da Saúde”, proferida pela Dr.ª Leonor Parreira e “A Saúde em Mudança” proferida pelo Dr. Paulo Macedo, finalizaram a Sessão de Boas-Vindas aos novos Internos do CHLN, proporcionando momentos de profunda reflexão sobre questões, pertinentes à Educação, à Formação e à Investigação em Saúde.

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Visita do Cardeal Patriarca ao CHLN Dia 29 de maio foi um dia diferente para os doentes do Departamento de Coração e Vasos do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN). Receberam a visita, no âmbito das comemorações do 60º Aniversário do Hospital de Santa Maria (HSM), de Sua Eminência o Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente. D. Manuel Clemente foi recebido por volta das 10h00 na entrada principal da instituição, de onde seguiu para o Conselho de Administração para um breve encontro entre os órgãos de gestão e os representantes presentes do Departamento e Serviços em causa, nomeadamente os Serviços de Cardiologia, de Cirurgia Cardiotorácica e de Cirurgia Vascular). Neste encontro, Sua Eminência ficou inteirado do desenvolvimento que, neste momento, está a decorrer no Departamento em causa, bem como dos desafios atuais que ultrapassa. D. Manuel Clemente fez-se acompanhar pelo Monsenhor Feytor Pinto, e foi recebido pelo Presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos Neves Martins, pelo Capelão Fernando Sampaio, Coordenador do Serviço de Assistência Religiosa e pelo Prof. Doutor Fernandes e Fernandes Diretor do Departamento de Coração e Vasos, entre outras chefias da Instituição.

Durante o seu percurso, D. Manuel Clemente teve ainda oportunidade de reforçar publicamente a sua confiança no sistema de saúde público português «(…) mantenho confiança no Serviço Nacional de Saúde [SNS] e os utentes também deverão manter», disse Após uma visita muito emotiva, que decorreu pelos serviços de Cardiologia, Cirurgia Cardiotorácica e a Cirurgia Vascular, onde D. Manuel Clemente visitou enfermarias, blocos e cumprimentou utentes e profissionais, no decurso das suas atividade laborais, sempre com uma palavra de conforto e esperança, decorreu na Capela do HSM, uma Missa de Ação de Graças e também de Homenagem a todos os profissionais do HSM/CHLN já falecidos, presidida pelo Cardeal Patriarca. A celebração, que contou com uma ampla adesão por parte de profissionais e utentes, teve a presença, no coro, de alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

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Lançamento do Livro “Histórias de Vida de Uma Enfermeira” O hall principal do piso 2 do Hospital de Santa Maria (HSM), foi o local escolhido para o lançamento do Livro “Histórias de Vida de Uma Enfermeira” da autoria de Maria Lurdes Mixão, que decorreu no passado dia 29 de maio. Pelas 15h30, o espaço escolhido estava completamente cheio. Muitos profissionais, familiares e utentes quiseram marcar presença no lançamento do livro da Enf.ª Lurdes Mixão, conhecida pela sua experiência no Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN). «Histórias da Vida de Uma Enfermeira» é uma obra que, de forma descontraída mas sentimental, relata algumas das vivências que marcaram e moldaram o percurso profissional das vidas de Lurdes Mixão, e de outros colegas de profissão que com ela quiseram partilhar os episódios e experiências de vida mais marcantes. São relatos que transpõem para o papel, os desafios, as dificuldades, as alegrias e as tristezas dos profissionais de enfermagem, que cuidam dos utentes (e que com eles mantêm, muitas vezes, ligações afetivas) e das reflexões que daí brotam, enriquecendo a técnica de enfermagem com as várias competências do foro social, que acabam por ser desenvolvidas e aperfeiçoadas. De realçar que a formação complementar da Enf.ª Lurdes Mixão na área da Psicologia acaba por conferir, a esta obra, uma perspetiva mais completa e enriquecida do que é «a prestação dos cuidados de saúde» do ponto de vista da enfermagem. O lançamento da obra contou com a presença de César Adão, representante da Chiado Editora, do Padre Carreira das Neves, que apresentou a obra formalmente, e da parte da Instituição, com a presença da Prof.ª Doutora Maria do Céu Machado, Diretora do Departamento de Pediatria do CHLN, da Enfermeira Diretora da Instituição, Catarina Batuca, e do Presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos Neves Martins. Este momento encerrou com umas breves e sentidas palavras da autora que afirma que «(…)cuidar não é uma prática meramente técnica, mas algo que se faz igualmente com o coração e com alma». Seguiu-se o momento dos autógrafos e dos respetivos cumprimentos sociais exigidos pelo momento. A obra «Histórias da Vida de Uma Enfermeira» pode ser adquirida em livrarias e superfícies comerciais, bem como através do site da Chiado Editora.

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Dia da Criança “A Festa da Criança” marcou o início das comemorações do Dia Mundial da Criança no CHLN. Esta festa realizou-se no dia 30 de maio, sábado, entre as 10 e as 14h, no parque de estacionamento fronteiriço à Consulta Externa de Pediatria e foi organizada pelo Serviço de Educação do Departamento de Pediatria do CHLN. A festa, contou com Alda Gomes e Miguel Costa na apresentação, e conciliou, de forma fluida e prazerosa, os aspetos lúdicos com as componentes pedagógicas, num vasto conjunto de atividades destinadas aos mais novos, neste dia privilegiado para estar em família. As crianças presentes no evento, seus familiares e amigos puderam contar com um passeio a cavalo, em colaboração com a Guarda Nacional Republicana; com uma aula de zumba para pais e filhos dada por Inês Santos; com o Hospital dos Pequeninos, no qual puderam ajudar a tratar dos seus bonecos “doentes”; pinturas faciais, jogos tradicionais, baby yoga, tiro com arco, experiências na tenda do Pavilhão do Conhecimento, insufláveis, cabeleireiros e artesanato. Nas tendas do Serviço de Dietética e Nutrição do HSM e da Escola Agrícola da Paiã, foram também sensibilizados, através de jogos lúdicos, para a educação para a saúde. Os momentos musicais, que decorreram na zona relvada da Consulta Externa de Pediatria, estiveram a cargo do Ricardo Pinto, verdadeiro “encantador” de crianças e um fantástico “entretainer” e de José Barata Moura, que pôs pais e filhos a cantarem, em uníssono, os seus hits mais emblemáticos. Raquel d’Universo, jovem promissora, que deliciou a criançada, esteve presente no palco principal com as suas músicas e grande entusiasmo. A animação no espaço da Feira, entre as variadas atividades, foi realizada com a ajuda dos palhaços do Nariz Vermelho, e da Olá e do leão Max, da Olá Gelados. O sucesso da Festa foi enorme, tendo sido claramente superados os objetivos pretendidos, assim como o número de participantes, francamente superior aos dos anos anteriores. Foi uma Festa fantástica e restou a satisfação da missão cumprida.

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foi um Sucesso

Concerto do Dia Mundial da Criança

Sob a “batuta” do ator Paulo Matos, realizou-se no dia 1 de Junho, entre as 10h30 e as 12h30, um inesquecível momento musical para as crianças internadas, colaboradores, utentes e população em geral. Inesquecível porque juntou diferentes artistas que com os seus talentos únicos, criatividade e imaginação, enriqueceram este espetáculo, que pretendia proporcionar às crianças internadas e acompanhadas em regime de ambulatório no Hospital de Santa Maria, momentos extras de diversão, aprendizagem, relaxamento, bem como espaços de fantasia e imaginação, trazendo alegria à sua rotina nesta instituição hospitalar e demonstrando que, apesar de todas as contrariedades, a vida merece ser vivida e apreciada.

Neste Concerto, contámos com a presença de Ana Sofia Bento e Tiago Santos, das artes circenses; de Diana Francês, Catarina Câmara e Susana Francês, músicos instrumentistas; de Irma Ribeiro, atriz e cantora; de Victor Emanuel, ator e animador e de Cláudia Vieira, artista de pintura de rosto e mãos. No final, como reconhecimento pela sua inesquecível performance, foram oferecidas a cada um dos artistas uma Agenda do Departamento de Pediatria, feita pelas crianças internadas, com a preciosa ajuda das Educadoras do Departamento.

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CHLN reúne os seus dirigentes para apresentação dos resultados da Instituição No passado dia 15 de maio teve lugar, na Aula Magna do Hospital de Santa Maria (HSM), a reunião anual de chefias e dirigentes da instituição, destinada a partilhar os resultados globais do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), no que diz respeito à quantidade e qualidade, tanto do ano de 2014, bem como do primeiro quadrimestre de 2015. Esta reunião, que contou com a presença do Conselho de Administração do CHLN e da IASIST* Portugal, na pessoa do seu Diretor-Geral, Dr. Manuel Delgado, teve dois momentos distintos; um em que a IASIST fez a apresentação de resultados de 20112014 do CHLN através da utilização do IAMETRICS e a segunda, em que o Presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos Neves Martins, apresentou os resultados, face às prioridades 2013/2015, e analisou os dados económico-financeiros e a sua sustentabilidade. A primeira apresentação, feita pelo Dr. Manuel Delgado, incluiu um amplo estudo de benchmarking que analisou o posicionamento do CHLN, através de alguns indicadores, designadamente (i) a qualidade dos dados (através da evolução dos diagnósticos codificados por alta e da exaustividade dos registos), (ii) a casuística (através da evolução das taxas de internamento), (iii) a caracterização da complexidade (através da análise da sua evolução), (iv) a gestão dos tempos de internamento, (v) a gestão dos tempos de internamento préoperatórios (através da análise da atividade programada e urgente, (vi) a qualidade assistencial, onde foi analisada, detalhadamente e em conjunto, a evolução da mortalidade, das complicações e das readmissões, em termos das suas taxas brutas e da sua evolução ajustada pelo risco. Realça-se que os dados apresentados por esta empresa externa foram de evolução francamente positiva, com registo de algumas oportunidades de melhorias em áreas específicas. Assim, é importante referir que nas datas supramencionadas houve um franco aumento na exaustividade do preenchimento dos processos clínicos, bem como um aumento da complexidade, em termos de índice de case-mix. Verificou-se igualmente um aumento da cirurgia de ambulatório, com aproximação dos níveis de cirurgia de ambulatório de benchmark (os melhores). A estes dados, acrescenta-se a verificação, em 2014, da taxa de mortalidade mais baixa de sempre, com um ligeiro aumento da taxa de complicações.

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Seguidamente, o Presidente do CHLN fez a apresentação dos resultados, iniciando com o tema da sustentabilidade interna versus a necessidade de (re)organização interna. Foi apresentada a análise da evolução económico-financeira de 2009 a 2014, os custos, os proveitos da instituição, quer em termos de contrato-programa, quer em termos de receitas próprias, a evolução do EBITDA (earnings before interest, taxes, depreciation, and amortization), da atividade assistencial, da produção realizada (internamento, doentes saídos, demora média, taxa de ocupação, atividade cirúrgica, Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC) e tempo médio de espera, consulta externa e número de atendimentos. Foi, ainda, divulgado o estudo de benchmarking, no qual o CHLN se encontra entre as instituições portuguesas consideradas como centrais (onde estão, igualmente, o Centro Hospitalar Lisboa Central, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar de São João e Centro Hospitalar do Porto), no qual foram avaliados os seguintes indicadores de atividade: a Consulta Externa (taxa de primeiras consultas), o Internamento (lotação praticada, doentes saídos, doentes saídos por cama, taxa de ocupação, demora media, doentes saídos e dias de internamento), as Intervenções Cirúrgicas (em ambulatório, convencionais, a taxa de Ambulatorização, o número de Partos (partos, cesarianas e % de cesarianas feitas na instituição), bem como os dados de atividade do Serviço de Urgência Central (nº de atendimentos). Foi ainda apresentado um quadro resumo com os principais indicadores, no qual se verifica que o CHLN obteve os melhores resultados, no seu Grupo, em termos de percentagem de primeiras consultas, na cirurgia convencional, no item intervenções cirúrgicas, e em termos de percentagem de cesarianas. Seguidamente, o Dr. Carlos Neves Martins partilhou com os presentes os resultados da atividade do 1º quadrimestre de 2015, assim como os resultados provenientes da atual situação económico-financeira. Foi igualmente avaliada a evolução da instituição em termos do seu potencial humano designadamente, a evolução do número de efetivos, as saídas e ingressos na instituição (globais e discriminados por classes profissionais), bem como as taxas de absentismo.

Foram ainda abordados os planos, em termos de investimento e de inovação, onde constou a apresentação do Plano de Investimento de 20102015, o posicionamento da instituição face às moléculas inovadoras, bem como os projetos, já alinhados ou em desenvolvimento, no âmbito da criação do Centro Académico Médico de Lisboa (CAML): o Centro de Investigação Clínica (CIC), o Centro de Simulação (médica) Avançada (CSA) e o Centro de Estudo do Envelhecimento. A reunião encerrou com uma breve reflexão sobre os principais eixos estratégicos 2013/2015: Complexidade/Diferenciação, Qualidade/Excelência, Investigação/Inovação bem como a Cooperação/ Internacionalização. Este ultimo já conhece a sua concretização, através dos inúmeros Protocolos e Acordos Específicos formalizados pelo CHLN, tanto a nível nacional como a nível internacional, procurando por um lado, potenciar os recursos existentes, visando a continuidade de uma prestação de cuidados de saúde com excelência e diferenciação aos portugueses que deles necessitam e, por outro lado angariando parcerias estratégias que permitam explorar todo o potencial humano e técnico contido na instituição, através da ativação de diferentes fluxos, de âmbito internacional na área de recursos humanos, formação e conhecimento. *A IASIST é uma empresa mundial que desenvolve a sua atividade em Portugal desde 2005, realizando estudos de benchmarking para todas as entidades dedicadas à prestação de cuidados de saúde. Os seus estudos focam-se nos dados da atividade clínica desenvolvida pelas entidades. Baseiam os seus estudos de avaliação com base em critérios e indicadores de desempenho e análises comparativas de resultados.


1ª Reunião do Conselho Consultivo do CHLN

“Decorreu no dia 2 de junho de 2015, pelas 10h30, na Sala de Reuniões do Conselho de Administração (CA), a primeira reunião do Conselho Consultivo do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN). Estiveram presentes a Eng.ª Esmeralda Dourado, sua Presidente, o Vereador João Afonso, representante designado do Município de Lisboa, a Dr.ª Manuela Peleteiro, representante designada da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Prof. Doutor João Francisco Martins Correia, em representação dos Utentes, o Eng. João Durão de Carvalho, representante dos trabalhadores do CHLN, o Dr. João Azevedo Neves, representante dos prestadores do trabalho voluntário e a Enf.ª Maria Augusta de Sousa, escolhida pelo CA como representante dos profissionais de saúde, não vinculada à Instituição. Estiveram ainda presentes o Dr. Carlos Neves Martins, o Dr. Manuel Roque, o Dr. Júlio Pedro, a Dr.ª Margarida Lucas e a Enf.ª Catarina Batuca, respetivamente Presidente e Vogais do Conselho de Administração, bem como a Dr.ª Gabriela Mendes, designada para prestar Assessoria Jurídica ao Conselho Consultivo, o Dr. Nuno Magro, representante do Fiscal Único e a D.ª Laurinda Veiga, designada para secretariar o Conselho Consultivo. O Conselho Consultivo é um órgão previsto pelo Artigo 18º, Seção IV, Capítulo II, do Anexo (Estatutos que determinam os Hospitais EPE), do Decreto-Lei nº 244/2012, de 9 de novembro, e cujas competências atribuídas se centram na apreciação dos planos de atividade de natureza anual e plurianual, na apreciação de informações necessárias ao acompanhamento da atividade da instituição, bem como na emissão de recomendações, visando a melhoria do funcionamento dos serviços de prestação de cuidados de saúde à população, de acordo com os recursos disponíveis. Ao longo dos últimos meses, foram tomadas as medidas legais para a constituição do Conselho Consultivo do CHLN, designadamente com vista à nomeação e eleição dos diversos representantes, ações tomadas após a nomeação da sua Presidente, Eng.ª Esmeralda Dourado, por Sua Excelência, o Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo, no passado dia 30 de outubro de 2014, através do Despacho nº 13481/2014 do DR. nº 215, de 6 de novembro de 2014, 2ª Série.

O Conselho de Administração do CHLN congratula-se com a personalidade de mérito indigitada por Sua Excelência, o Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo, para o cargo de Presidente do Conselho Consultivo, bem como pela qualidade da composição deste órgão de consulta, cujos membros proporcionarão certamente « (…) uma profícua partilha de conhecimentos, traduzindose na excelência em matéria de reflexões e debates sobre os diversos assuntos na ordem de trabalhos.» Esta primeira reunião formal teve a seguinte ordem de trabalhos: (i) apresentação e instalação do Conselho Consultivo, (ii) apreciação e votação do Regulamento Interno do CHLN, (iii) apreciação e votação do Orçamento do CHLN para 2015 e da estratégia 2015/2016 (iv) apreciação do 1º quadrimestre de 2015 e (v) outros assuntos previstos. Todos estes dados foram compilados em documentação que foi entregue previamente para apreciação dos diversos representantes, por forma a assegurar a eficácia da apreciação e do andamento dos trabalhos. Nas palavras do Presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos Neves Martins, «Este é um momento de particular felicidade para o Conselho de Administração do CHLN, conquanto se inicia formalmente, através da sua primeira reunião, o funcionamento de um importante órgão de consulta da Instituição, cumprindo-se um dos pontos estatutários e legais da mesma. É importante realçar que o CHLN tem, na composição deste órgão, representantes desde o poder local até representantes dos trabalhadores, passando por representantes dos utentes e do voluntariado, até representantes dos profissionais de saúde sem carácter vinculativo, com um papel de realce na sociedade atual. É igualmente importante, o início de funções deste órgão em termos do reforço das boas práticas de governação e da transparência de funcionamento da Instituição.» Nas palavras da Presidente do Conselho Consultivo, Eng.ª Esmeralda Dourado, «Aceitei com muito gosto o convite do Sr. Ministro da Saúde para ser Presidente deste órgão, muito embora seja uma área à qual nunca estive ligada ao longo do meu percurso profissional. Naturalmente, a maior parte das pessoas que compõem o Conselho Consultivo da Instituição são pessoas que tem ou já tiveram uma ligação à área da saúde. O tipo de abordagem com que posso contribuir para as reflexões e pareceres do Conselho será uma visão externa, o chamado out of the box. Tentarei, o mais possível, que este Conselho seja muito mais do que a mera satisfação de um desígnio administrativo ou de governance. Espero que com a sua existência, ao cumprir a sua missão estabelecida por lei e respeitando aquelas que são as suas competências por determinação legal, possa prestar um contributo qualificado para o melhor funcionamento do CHLN, em prol dos doentes que diariamente assiste». No âmbito das considerações finais, previstas na ordem de trabalhos desta reunião, o Conselho de Administração informou o recém-empossado Conselho Consultivo do CHLN de que, a exemplo de situações anteriores foi, na passada semana, solicitada a intervenção de entidades oficiais (Procuradoria-Geral da República, Tribunal de Contas, Inspeção-Geral de Finanças e Inspeção-Geral das Atividades em Saúde) dado o teor de um estudo, recentemente publicado e patrocinado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

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ALÉM D’COLABORADOR Como surgiu a paixão pela música? A paixão pela música surgiu por volta dos meus 10, 12 anos quando via os acordeonistas a tocar nas festas, quando vim para Lisboa. Sou alentejano de uma aldeia perto de Vila Nova de Milfontes. Sempre que via algum espetáculo, sentia logo aquele “bichinho” e, quando vi um baterista a atuar, disse logo para mim, que aquilo é que era a minha grande paixão! Felizmente, quando vim para Lisboa, os meus pais viram a paixão que tinha e matricularam-me numa escola, a “Senófila”, a fim de inicializar a minha aprendizagem. Estive lá dois anos, durante os quais comecei a tocar em bailaricos e festivais de verão. Mais tarde, comecei a acompanhar artistas, tive duas bandas de originais, e, na atualidade tenho uma banda de tributo aos Pink Floyd.

Fale-nos um pouco mais dessa banda de tributo… Esta banda é uma banda que sempre almejei ter mas nunca tinha encontrado pessoas com disponibilidade para abraçar este projeto. Há três anos atrás, decidi parar com a música, porque sentia-me cansado da música dos bailaricos, pois por média tocava quatro horas seguidas e, como já não sou muito novo, acabei por ressentir-me fisicamente. Só que entretanto o “bichinho” foi maior que eu, e como já estava parado há dois meses, disse para mim que já não podia estar parado, pois já era tempo demais”. Entretanto, comecei a procurar na internet e deparei com um grupo que estava a solicitar bateristas para uma banda de tributo aos Pink Floyd e disse para mim: “não é tarde nem é cedo, vou arriscar!” Curiosamente, a pessoa que estava à frente desse projeto já tinha tocado comigo há vinte anos atrás e assim sendo, fui fazer provas, fui aceite e começamos logo a ensaiar. Pelo caminho, o grupo foi tendo algumas divergências, mas a banda está de “pedra e cal”. Esta banda de tributo, tirando à parte uma banda que tive de originais dos anos 80, os “Inloco”, esta foi a segunda que me deu mais gozo e, por tal, chegava a perder noites inteiras a trabalhar os trechos das músicas ao pormenor de forma a poder aperfeiçoar-me cada vez mais e melhor. Nem sempre foi uma tarefa fácil, porque depois do trabalho chegava a casa, ia buscar os meus filhos à escola, jantávamos e só depois é que tinha espaço para dedicar-me à música. Colocava os fones nos ouvidos e, embrenhava-me completamente na música e, às vezes, a minha mulher ficava a rir-se de mim, assim como os miúdos, pois já estavam fartos de tantas campainhas e de tantos sinos, das músicas das programações. Ás sextas-feiras, por exemplo, passava a noite inteira naquilo. Em que medida é que acha que este seu hobby o ajuda no desenvolvimento da profissão? O instrumento que toco, é a bateria, e como eu faço-o com muita satisfação, acaba por ajudar-me a “carregar positivamente as baterias” depois de mais um dia passado nas diversas vertentes em que nos desdobramos diariamente: laboral, social, familiar, etc. Quando ando mais stressado, também permite-me descarregar as más energias acumuladas durante o dia e, passado cinco minutos a tocar bateria, fico como novo, pronto para enfrentar todos os desafios quotidianos. E que conselho é que dá a outros colaboradores que tenham outros hobbys ou que queiram começar com um hobby na área da música? Acima de tudo, nunca desistam dos sonhos, porque ao fim ao cabo, para mim sempre foi um sonho que tive e que com ordem, método e disciplina, foi-se concretizando a pouco e pouco, se calhar não tanto como gostaria porque trabalhando e tendo o hobby não se consegue a dedicação a 100%. O meu conselho é que quem tiver um sonho não deve desistir, se conseguir viver só do sonho melhor, mas se não conseguir, faça como eu, continue a trabalhar e vá continuando a entregar-se ao hobby com muita dedicação.

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Alfredo Silva

Eletromecânico /Músico Quanto tempo é que dedica diariamente ao hobby? Duas horas por dia mas, se estiver mais cansado, apenas uma hora. Aos fins-de-semana, sou capaz de dedicar uma manhã ou uma tarde inteiras. Tenho outros dias em que simplesmente quero descansar. É dedicação diária? Sim, digamos que é quase diária, pois sempre que oiço uma música que considero importante, tenho sempre que concentrar-me naquela música de modo a “tirar”a parte que me diz respeito e começar a trabalha-la. Não sei escrever música porque não tive hipóteses para aprender isso, ainda tentei, ainda fui para a escola, andei lá uma temporada mas como era muito dispendioso em termos financeiros, acabei por desistir. É mais autodidata? Sim, escuto sempre muito os sons, que vão-me entrando pelo ouvido. Tiro as músicas, copio-as e em casa aperfeiçoo-as o mais possível, procurando memorizá-las de forma a poder dominar cada vez mais e melhor a bateria, pois sou um instrumentista acima de tudo. Já fui muito feliz a fazer aquilo que gosto e, por causa da música, tive a oportunidade de ir à Austrália fazer dois concertos, tendo ficado por lá 1 mês. Nessa altura andava a acompanhar o Roberto Leal, e, apesar de não ser o tipo de música que eu mais gostava, quero ser um músico versátil, que tanto toca Pink Floyd como Roberto Leal ou marchas. Como instrumentista que sou, gosto acima de tudo é de tocar de uma forma o mais profissional e eficaz possível.

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34º HOPE 2015: “Hospitals 2020”

O Programa de Intercâmbio HOPE 2015, cujo desenvolvimento e acompanhamento tem vindo a ser efetuado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH), desde 2002, decorreu este ano no período de 31 de maio a 2 de junho de 2015, tendo sido colocados 7 profissionais nacionais nos diferentes países europeus participantes e 8 profissionais estrangeiros em Portugal (4 em hospitais da região de Lisboa e 4 na região do Porto). A equipa de hospitais que este ano representou o programa nacional, recebendo participantes europeus incluiu o Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE, o Hospital Professor Fernando Fonseca, EPE, o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE, o Centro Hospitalar do Porto, EPE, a Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE, o Hospital Beatriz Ângelo, o Hospital de Braga e o Centro Hospitalar de São João, EPE. O CHLN recebeu, assim 2 participantes, da Dinamarca e da Suécia, que, durante 4 semanas realizaram uma série de visitas acompanhadas aos diversos serviços dos dois hospitais do CHLN, com o objetivo de obterem uma visão estruturada, focada no tema "Hospitais 2020: hospitais do futuro, de cuidados de saúde do futuro", nomeadamente sobre inovações na gestão e organização de hospitais e serviços de saúde. Segundo as 2 participantes deste ano, o intercâmbio excedeu as suas expectativas, mostrando-se agradavelmente surpreendidas com o avanço tecnológico demonstrado por muitos dos serviços que visitaram. Também referiram como aspecto positivo a disponibilidade dos profissionais dos dois hospitais em recebê-las e acompanhá-las, tendo mostrado o desejo de agradecer a todos quantos possibilitaram esta enriquecedora experiência. No final do Programa teve lugar uma reunião europeia de avaliação que contou com a presença dos 128 profissionais participantes, de 20 países europeus, em Varsóvia (Polónia), na qual cada grupo de participantes apresentou uma comunicação onde foram identificados elementos de inovação e gestão do sistema de saúde do país de acolhimento. Essas inovações foram identificadas nas áreas de atendimento ao paciente, do trabalho clínico, de enfermagem, recursos humanos, sistemas de informação, gestão de medicamentos, operações de laboratório, finanças, gestão da qualidade, e envolvimento do paciente. No final, a apresentação da equipa da Finlândia foi escolhida para primeiro lugar, tendo a Dinamarca e a Polónia ficado no segundo e terceiro lugares, respetivamente. Um dos objetivos principais do Programa HOPE é a promoção de Programas de Intercâmbio na UE, para providenciar treino e experiência a funcionários hospitalares, tentando assegurar um elevado nível de cuidados de saúde, ao encorajar a cooperação entre os Estadosmembros. Este Programa propõe um período de treino de 4 semanas, destinado a administradores e a outros profissionais hospitalares (enfermeiros, médicos, técnicos), sendo dado mais ênfase ao lado prático do que ao académico, tendo sempre em conta a motivação específica do profissional em questão.

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Damos as boas vindas a… Maio ’2015

Abril ’2015 Ana Carolina Silvino Brandão * Enfermeira Ana Catarina Afonso Costa * Enfermeira Ana Filipa Alexandre Prudêncio * Enfermeira Ana Filipa Batista Figueira * Enfermeira Ana Filipa Mendes Silvestre * Enfermeira Ana Isabel Farinha Lopes * Enfermeira Ana Margarida Henriques Filipe * Enfermeira Ana Margarida Pires da Costa * Enfermeira Ana Maria Cruz da Silva Assunção * Enfermeira André Filipe Constantino Peguinho * Enfermeiro Andreia Luísa Cardoso dos Santos * Assistente Hospitalar António João da Silva Soares Abrantes * Enfermeiro Carla Filipa Chaves Lóia * Enfermeira Catarina Asseiceira Hilario Rufino * Enfermeira Cátia Alexandra Luis Brás * Enfermeira Cátia Marina Cardoso Silva * Enfermeira Cátia Sofia Afonso Costa * Enfermeira Cátia Sofia Machuqueiro Roque * Enfermeira Cláudia Emanuela Costa Soares * Enfermeira Diana Filipa Rebelo da Costa * Enfermeira Filipe Boaventura Moreira * Enfermeiro Gonçalo Fouto Silva Tapum * Enfermeiro Helena Paula Correia Gonçalves * Enfermeira Inês Alexandra Martins Quental * Enfermeira Inês Filipa Gomes Malveiro * Enfermeira

Inês Filipa Ludovico Torres * Enfermeira Irina Alexia Pereira Neves * Enfermeira Isabel Cristina Alves Pinto * Enfermeira Jéssica Ferreira de Sousa * Enfermeira Joana Paula Barbosa Manteigas Ribeiro * Enfermeira Liliana Isabel Domingos do Prado * Enfermeira Lúcia Abrantes Mateus Pinto * Enfermeira Luísa Maria de Sousa Correia Simões * Enfermeira Maria Rita Dionísio V.C. P.M. Abreu * Assistente Hospitalar Marlene da Rocha Vieira * Enfermeira Marta Sofia Catarino Rebelo * Enfermeira Mónica Sofia Carvalho Lopes * Enfermeira Nádia Clara Martins Nora * Enfermeira Raquel Cristina Alter Chapa * Enfermeira Ruben Filipe Rodrigues Ferreira * Enfermeira Sara Alexandra Rodrigues Martinho * Enfermeira Sara Cardoso Silva * Enfermeira Sílvia Raquel Ideias da Silva Ferreira * Enfermeira Sónia Patrícia Canelas Tomás * Enfermeira Susana Rita da Silva Romão * Enfermeira Tânia Marisa Goncalves Pedrinho * Enfermeira Tânia Patrícia Madeira Dias * Enfermeira Vanessa Alexandra Rosado Catana * Enfermeira Vânia Inês dos Santos Canas * Enfermeira Vera Lúcia dos Santos Rodrigues * Enfermeira

LXNorte | NEWS | nº9| |maio/junho’15 Ficha Técnica: Planeamento, Produção, Edição e Fotografia: Gabinete de Comunicação e Relações Públicas do Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE gab.com@chln.min-saude.pt

Ana Cláudia Teixeira Lima Coelho Baião * Enfermeira Ana Cristina Pires Batista de Almeida * Assistente Operacional Ana Lúcia da Silva Gomes * Assistente Operacional Ana Paula Simões Rocha * Assistente Operacional Aurolise de Almeida Viegas Dias * Assistente Operacional Bruno Miguel Gomes da Silva Valente * Assistente Operacional Bruno Miguel Oliveira Ribeiro * Assistente Operacional Carla Marisa Ferreira dos Santos * Assistente Operacional Carlos Miguel da Silva Antunes Vicente * Assistente Operacional Catarina Isabel Mendes Moreira * Assistente Operacional Cátia Filipa Martins Rebelo * Assistente Operacional Cátia Margarida da Rocha Pinto * Assistente Operacional Cátia Patrícia Alves Lopes * Assistente Operacional Cátia Vanessa da Silva Santos * Assistente Operacional Célia dos Santos Ricardo * Assistente Operacional Celmira da Costa Cravid * Assistente Operacional César Miguel Morgado Cunha * Assistente Operacional Cláudia Andrea Duarte Santa Santos Mota* Assistente Operacional Cláudio Filipe da Silva Paiva* Assistente Operacional Cristina Maria Rodrigues da Costa* Assistente Operacional Daniel Filipe Oliveira Figueiredo * Assistente Operacional Daniela Raquel de Sousa Pereira * Assistente Operacional David José Fonseca Tabarra * Assistente Operacional Diogo Alexandre Martins * Assistente Operacional Diogo Ferreira Barbosa * Assistente Operacional Diogo Gabriel Garcia da Luz * Assistente Operacional Diogo Pereira Chaves * Assistente Operacional Elisa Carina Teixeira Pegado * Assistente Operacional Elisabete Gomes Figueiredo Valadares * Assistente Operacional Fábio Filipe Fonseca Gama * Assistente Operacional Fábio Francisco Samina * Assistente Operacional Fernando Miguel Tavares Mendes Moreira * Assistente Operacional Filipe André Robalo Correia * Assistente Operacional Graciana Isabel dos Santos Simões dos Santos * Assistente Operacional Hélder José Amaral de Almeida* Assistente Operacional Hilto Correia de Barros * Assistente Operacional Inês Margarida Ramos Dias * Assistente Operacional Joana Gaspar Rodrigues * Assistente Operacional João Miguel Martins Nabais * Assistente Operacional João Paulo Queriol Vieira Nunes Lopes * Assistente Operacional

E,

Abril ’2015 Ana Cláudia Marcelino Quaresma Maia Ferreira * Enfermeira Ana Cristina Rodrigues Mendes * Assistente Hospitalar Ana Rita Bastos Manso * Assistente Saúde Ângela Sofia Felício Rodrigues * Enfermeira António Alexandre Pinto Bugalho de Almeida * Assistente Hospitalar Belmira Maria Pestana Sousa Machado * Assistente Operacional Cláudia Marina Conceição Carvalhais * Assistente Operacional Elisabete da Conceição Junceiro Almeida Beleza * Assistente Operacional Eva Maria Zurita Cadenas * Enfermeira Fernanda Cristina Dias de Sousa * Enfermeira Gisela Mosca Teixeira * Enfermeira Helena Maria Silva Brígida Afonso * Assistente Operacional Jaime António Almeida Redondo * Assistente Graduado Hospitalar Joana Paula Barbosa Manteigas Ribeiro * Enfermeira Joana Rita Valadinha Mendes Lopes * Enfermeira Lena Maria da Silva Neves * Assistente Graduada Hospitalar Manuel Fernando Marques dos Santos * Assistente Operacional Mónica de Jesus Goncalves Costa* Enfermeira Pedro Miguel Batista de Pratt * Assistente Operacional

E,

5 Internos do Ano Comum 3 Internos da Especialidade

Judite Manuela Resende Maia Antunes*Assistente Operacional Lara Zenaida Fernandes Dabó da Silva*Assistente Operacional Luís Miguel Félix Carvalho* Assistente Operacional Luís Paulo Maia Baia*Assistente Operacional Magda Augusta Leitão Vaz Baptista * Assistente Operacional Margarida Lourenço Lemos Alle Bairrão Oleiro * Assistente Operacional Maria Cristina Fazendas Piçarra Cerqueira *A ssistente Operacional Maria da Conceição Ferreira Rodrigues Rua * Assistente Operacional Maria de Fátima Espadinha Maia * Assistente Operacional Maria Helena Alves Simões Bacelar * Assistente Operacional Maria Inês Sampaio da Silva* Assistente Operacional Maria João Natálio do Nascimento* Assistente Operacional Mariana Santos da Silva* Assistente Operacional Marta Filipa Franco Flores * Assistente Operacional Marta Isabel Nunes da Silva Miguens Silvestre * Assistente Operacional Miguel Maria de Jesus * Assistente Operacional Miguel Pedro Trindade * Assistente Operacional Natália Andrade Antunes * Assistente Operacional Natália Maria Gomes Antunes * Assistente Operacional Nuno Emanuel Gonçalves Borges * Assistente Operacional Patrícia de Jesus Moedas Teles * Assistente Operacional Pedro Alexandre Pinela da Palma * Assistente Operacional Rafael Abrantes de Almeida * Assistente Operacional Ravy Moteiro Borges * Assistente Operacional Ricardo Cardoso Carvalho Martins * Assistente Operacional Ricardo Manuel Couto Gomes * Assistente Operacional Rute Maria Fernandes Farias * Assistente Operacional Salima Jalo Sane * Assistente Operacional Sandra Cristina Barreira Cabeça * Assistente Operacional Sandra Cristina Gameiro Torrão Ferreira * Assistente Operacional Sandra Filipa Duarte Moniz da Silva * Assistente Operacional Sandra Maria Ferreira Alves * Assistente Operacional Sérgio Daniel Roseiro Maçarico * Assistente Operacional Soraia Maria Carvalho * Assistente Operacional Susana Maria Cabral Matos * Assistente Operacional Tetyana Soltys * Assistente Operacional Tiago Alexandre Moreira Vieira * Assistente Operacional Tiago Correia Pereira Baptista Jorge * Assistente Operacional Tiago Miguel Correia de Matos * Assistente Operacional Wilba Laurinda Gomes Sanha * Assistente Operacional Zita Maria Coelho Gomes* Assistente Operacional

3 Internos da Especialidade

Despedimo-nos de…

Maio ’2015 Ana da Conceição Oliveira Luis Pereira * Assistente Operacional Ana Paula Roque Alves * Assistente Operacional Anabela Joana Pereira Machado * Enfermeira Ângela Paula Gomes de Castro Lopes*Assistente Graduada Hospitalar Ania Soraia Marinho Balca*Enfermeira Carlos José Macieirinha Fardilha * Assistente Hospitalar Carlos José Xavier Cardoso*Enfermeiro Dário Henrique de Matos Contreiras * Assistente Operacional Ernestina Maria Pires Sousa Cerqueira * Assistente Operacional Fernanda Rosa Pinheiro Rego * Assistente Graduada Hospitalar Graciana Isabel dos Santos Simões dos Santos * Assistente Operacional Isabel Maria Souto Marinha Lopes * Assistente Operacional João Paulo Abreu Carvalho de Sousa * Assistente Graduado Hospitalar Joaquim António de Jesus Vicente * Assistente Operacional

Maria de Fátima da Silva Dias Costa Goncalves * Assistente Graduada Hospitalar Maria do Céu Vieira Teixeira * Assistente Operacional Maria Helena da Silva Figueiredo * Assistente Operacional Maria Inês Faísco Ramos da Cruz * Enfermeira Maria Isabel da Costa Coelho Massi * Assistente Operacional Maria Leonor Crispim Pacheco Teixeira * Assistente Operacional Maria Manuel Godinho Matos * Enfermeira Maria Rosário Martins Oliveira Sacadura Maldonado * Assistente Hospitalar Patrícia de Jesus Moedas Teles * Assistente Operacional Paula Alexandra Goncalves Pereira Torres Gago*Assistente Graduada Hospitalar Raul Fernandes Alves * Assistente Operacional Sandra Cristina do Nascimento Pereira de Carvalho* Assistente Operacional Sara Alexandra Marques Isidro * Enfermeira

E, 6 Internos do Ano Comum 15 Internos da Especialidade


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