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Unanimidade em nome da ética
ALRS CPI DOS MEDICAMENTOS
UNANIMIDADE EM NOME DA ÉTICA
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Vice-presidente da CPI dos Medicamentos, deputado Clair Kuhn destaca aprovação do relatório
Melissa Bulegon
Vice-presidente da CPI dos Medicamentos, o deputado Clair Kuhn (MDB) destacou na sessão plenária, no último dia 16 de novembro, o trabalho desempenhado pelos integrantes da comissão que investigou os aumentos exorbitantes nos preços de medicamentos e insumos usados no combate à covid-19. O parlamentar citou que os representantes dos hospitais ouvidos relataram terem adquirido itens com preços abusivos, especialmente no período mais crítico da pandemia.
"Vocês nos delegaram a tarefa de entrarmos nos hospitais do RS mesmo em época de pandemia e ouvirmos todos os relatos dos diretores, dos farmacêuticos, mas principalmente, dos médicos e intensivistas. Todos relataram a mesma situação: preços abusivos, que fugiam da realidade financeira dos hospitais, seja ele grande ou pequeno”, enfatizou Clair.
O deputado citou que alguns medicamentos subiram de R$ 2,50 para mais de R$ 100 e, algumas vezes, para mais de R$ 200. “Isso é chantagem, é extorsão. Isso é não ter compromisso com a saúde do cidadão do nosso Rio Grande do Sul”, criticou.
Ele também pontuou que o relatório final observou os cuidados técnicos e jurídicos e tem o sigilo necessário para que o Ministério Público possa fazer as investigações posteriores. O documento é de autoria do relator, deputado Faisal Karam, e contou com o suporte do vice-presidente Clair e do presidente da CPI, Dr. Thiago Duarte.
“A aprovação consolida o trabalho e faz DENÚNCIA O parlamentar citou que os representantes dos hospitais ouvidos relataram terem adquirido itens com preços abusivos, especialmente no período mais crítico da pandemia
justiça às pessoas que estavam no leito de UTI e não tiveram o medicamento de qualidade na hora certa. Quem sabe quantos desses irão ter sequela por não terem recebido medicamentos de primeira linha? Quantos perderam a vida porque o medicamento chegou mais tarde? Mais uma coisa eu digo: tenho a certeza de que o Parlamento gaúcho cumpriu o seu papel", garantiu.
O relatório final da CPI dos Medicamentos foi aprovado por 41 favoráveis, e nenhum contra, pelo plenário da Assembleia Legislativa. O documento sugere o indiciamento de 68 empresas distribuidoras de medicamentos e de três indústrias farmacêuticas, que não tiveram seus nomes divulgados publicamente.
"O nosso RS merece o trabalho que fizemos, merece pessoas que comercializem medicamentos no futuro com preços justos. E os nossos hospitais, que já enfrentam uma crise financeira muito grande, que nunca mais tenham agravamento da situação por causa da ganância de alguns”, completou o deputado Clair Kuhn.