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Simers e Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina: décadas dedicadas à medicina, ensino e a ciência

Ao longo das nove décadas de atuação em defesa dos médicos e da saúde, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) contou e conta com importantes entidades parceiras, uma delas é a Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina (ASRM)

Marjorie Schmidt

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De acordo com o presidente da ASRM, Luiz Lavinsky, as academias advém de uma tradição que remonta mais de dois mil anos, quando Platão criou uma sociedade similar em Atenas, na Grécia. Na primeira universidade da história, os seguidores de Platão recebiam educação formal destinada ao ensino da Filosofia a adultos letrados, como uma espécie de pós-graduação. A partir disso, a nomenclatura “Academia” se generalizou e passou a denominar sociedades de filósofos, cientistas, poetas e artistas. A Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina foi fundada em 1990, na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, por 20 destacados médicos de diversas especialidades. Há 30 anos, se dedica a contribuir para o desenvolvimento e progresso da medicina, colaborando com as autoridades em assuntos relacionados à saúde e problemas correlatos, além de cultivar a memória e as tradições da área médica. “A missão de uma academia é oferecer à medicina e à sociedade uma contribuição na esfera da ética, da identificação das boas práticas, além de propiciar pareceres isentos e produtivos para instituições públicas e promover a ciência, pesquisa e ensino”, aponta o presidente. Questionado sobre os desafios da profissão e a importância de contar com entidades que atuam em defesa da categoria, Lavisnky aponta que a área médica tem características específicas que a diferencia de outras. “O médico enfrenta, permanentemente, desafios que exigem uma qualificação profissional sofisticada, que envolve uma torrente de desenvolvimentos científicos, técnicos e tecnológicos que o obrigam a uma atualização constante”, diz. Para o presidente da ASRM, “a profissão impõe um trabalho com rotina de muito rigor, na qual o profissional não pode se equivocar, pois a ele não se aplica o conceito popular de que ‘Errar é humano’. Para o médico, errar pode significar o risco de uma vida. Além de ter que aceitar a incapacidade de dar solução a todos os males e doenças, também é preciso estar preparado para, inevitavelmente, conviver com situações descontroladas e imprevistas e, inclusive com a morte, por mais que isso o entristeça e o frustre”, salienta.

De acordo com o presidente Luiz Lavinsky, somado a isso está o fato de que, não raro, o médico tenha que atuar em condições inadequadas, o que aumenta ainda mais o desafio. No entanto, para o presidente, apesar das adversidades, a Medicina é uma das profissões mais gratificantes em sua função essencial de salvar vidas humanas.

“Para o êxito dessa construção dependemos de abnegados colegas que doam seu tempo para oferecer à classe um bom exercício da profissão nos aspectos profissional e ético. Enquanto estamos em nossos consultórios, blocos cirúrgicos e hospitais, podemos contar com entidades como Simers, Cremers, Amrigs, Academia de Medicina e outras, que atuam para que sejamos profissionais respeitados e que tenhamos meios para exercer a profissão com qualidade e dignidade. É inegável, portanto, que as entidades representativas são as molas propulsoras para alcançarmos nossas metas como médicos e cidadãos”, destaca.

Atualmente, a equipe diretiva da ASRM é composta por cargos administrativos, 10 diretorias e um conselho consultivo formado por ex-presidentes. Desta forma, além de estimular o desenvolvimento da Medicina através do ensino e pesquisa, presta tributo aos antepassados, os homenageando como patronos, e incentiva jovens doutores, tratados como ‘novos talentos’, por meio do programa científico da entidade.

RESPONSABILIDADE INIGUALÁVEL Segundo o presidente da ASRM, Luiz Lavinsky “A profissão impõe um trabalho com rotina de muito rigor, na qual o profissional não pode se equivocar, pois a ele não se aplica o conceito popular de que ‘Errar é humano'. Para o médico, errar pode significar o risco de uma vida”

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