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Um sindicato plural
Conheça os grupos de trabalho do Simers
Jennifer Nunes, com informações de Maria Amélia
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Assertividade é uma das principais características da gestão 2019/2021 do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Para atingir esta meta, a diretoria atual dividiu o trabalho de defesa e valorização do médico em diferentes núcleos. Estes grupos de trabalho reúnem-se sistematicamente para tratar dos temas específicos referentes às suas áreas de atuação. Da mesma forma, organiza encontros com representantes de outras entidades e órgãos, além de parlamentares e possíveis parceiros de ações e campanhas.
Conheça, a seguir, cada um destes Núcleos e as suas funcionalidades.
NÚCLEO ACADÊMICO DO SIMERS Departamento que garante suporte e inclusão dos estudantes Elo entre os futuros profissionais médicos e o seu sindicato, o Núcleo Acadêmico é o braço estudantil do Simers, e congrega mais de 600 associados de todas as faculdades de Medicina do Rio Grande do Sul. Criado em 2008 para fortalecer a ligação entre a entidade, as instituições de ensino e os futuros profissionais, o grupo de trabalho organiza anualmente o Trote Solidário, além de coordenar a Hub de Solidariedade e promover cursos sobre temas escolhidos pelos próprios alunos.
De acordo com a presidente do NAS, Scarlet Orihuela, o departamento trabalha basicamente em quatro pilares: formação de novas lideranças acadêmicas, conhecimento, responsabilidade social e a valorização do associado. A parte voltada à responsabilidade social gerencia os projetos de voluntariado e as postagens relacionadas à área. O lado científico organiza os trabalhos acadêmicos que serão enviados para congressos médicos e eventos. Na área de extensão, há contato com os representantes do interior e com as ligas acadêmicas. E o núcleo do interior faz o contato mais próximo com os representantes das faculdades de medicina localizadas em municípios de fora da Região Metropolitana.
“Para o público em geral, podemos citar eventos como a semana acadêmica, que teve as últimas edições realizadas no formato on-line devido à pandemia. Além disso, estamos conseguindo manter as lives NASuatela, com assuntos de interesse da área acadêmica médica e periodicidade mensal”, detalha Scarlet. O tradicional evento Trote Solidário também adequou-se aos modelos de distanciamento social impostos pela pandemia de coronavírus e, por isso, a atividade de doação de alimentos ocorreu apenas de forma online e a doação de sangue mediante agendamento prévio de horário. Na edição 2021, foram somadas 8,8 toneladas de alimentos arrecadados e 647 bolsas de sangue doadas. Participaram 20 universidades com cursos de medicina do Estado. “Conseguimos um engajamento expressivo no formato digital, mobilizando universidades, arrecadando alimentos e estimulando as doações de sangue. Toda a angariação é destinada às instituições carentes dos municípios, que pertencem às universidades. O momento que vivemos é crítico, por isso, pede
RESPONSABILIDADE SOCIAL De acordo com a presidente do NAS, Scarlet Orihuela, o departamento trabalha basicamente em quatro pilares: formação de novas lideranças acadêmicas, conhecimento, responsabilidade social e a valorização do associado
um esforço maior da sociedade e o trote mudou para seguir estimulando essa colaboração. Toda doação fez diferença”, comemora a presidente do NAS.
NÚCLEO MÉDICO JOVEM Com foco nas novas gerações de profissionais Ação pioneira entre os sindicatos médicos do país, o Núcleo Médico Jovem foi criado para atender às necessidades dos médicos formados há até dez anos ou com menos de 40 anos de idade. Baseado na Comissão de Integração do Médico Jovem do Conselho Federal de Medicina, tem o objetivo de oferecer soluções diferenciadas para este público. Este grupo de trabalho foi criado para valorizar recém-formados, sejam eles residentes ou não, tratando pautas específicas da realidade destes médicos e funcionando como uma interface entre estes profissionais e o Simers.
O diretor da entidade e coordenador do Núcleo, Vinícius de Souza, ressalta que “o início da carreira é muito intenso e movimentado, seja pela alta carga de trabalho ou pela disposição e comprometimento com a extensão de formação na residência médica”. Durante esse período, segundo ele, é importantíssimo que o médico tenha condições adequadas de trabalho e de estudo para que possa se dedicar inteiramente à profissão e aprimorar seus conhecimentos. Dessa forma, o Simers surge como o defensor dessas necessidades, buscando garantir o melhor início possível para estes trabalhadores.
“Contamos com a presença de jovens médicos que estão em diferentes momentos da carreira, o que nos permite abordar e compreender melhor as diferentes necessidades do médico jovem. Ao longo dos últimos anos, desenvolvemos cursos focados em segurança e proteção jurídica, gestão de carreira, inteligência financeira, marketing e publicidade médica. Também atuamos diretamente em pautas políticas relacionadas como reajuste na bolsa de residência, o pagamento de adicional de insalubridade e o pagamento de auxílio-moradia retroativo”, destaca Souza.
O Simers busca a garantia da qualidade de formação e capacitação dos iniciantes, pois o recém-formado está se desenvolvendo para a melhor prática médica, em constante aprendizado e aprimoramento. Sendo assim, a entidade tem atuado em diversas pautas políticas ao longo dos últimos anos, primariamente, exigindo que o Revalida seja aplicado nacionalmente, defendendo a antecipação de formaturas para acadêmicos que tenham cumprido os requisitos determinados, acompanhando e atendendo demandas variadas de médicos residentes de todo Estado, tendo participação nas reuniões da Comissão Estadual de Residência Médica do Rio Grande do Sul (CEREM-RS) e com dois membros ativos na Comissão de Integração do Médico Jovem do Conselho Federal de Medicina (CFM).

PIONEIRISMO Ação pioneira entre os sindicatos médicos do país, o Núcleo Médico Jovem foi criado para atender às necessidades dos médicos formados há até dez anos ou com menos de 40 anos de idade. Na foto, o diretor da entidade e coordenador do Núcleo, Vinícius de Souza NÚCLEO DE PSIQUIATRIA Uma equipe atenta à saúde mental do médico e da população Tendo em vista a inclusão da Psiquiatria nos importantes debates das pautas estadual e nacional e no contexto da pandemia do coronavírus, o Simers criou o Núcleo de Psiquiatria. O objetivo deste grupo de trabalho formado por quatro psiquiatras de diversas regiões do Estado é promover reflexões e ações imprescindíveis à saúde mental.
O coordenador do Núcleo e diretor da entidade, Fernando Uberti, destaca que as ações do grupo sempre se dão no sentido da valorização da psiquiatria e do papel dos médicos desta especialidade no Rio Grande do Sul. O trabalho é voltado para as demandas que exigem atitude de forma reativa, em relação a um hospital psiquiátrico, unidade psiquiátrica com leitos gerais, remuneração e condições de trabalho do psiquiatra.
“Também tratamos de questões estruturais, como legislação da assistência psiquiátrica, insumos e medi-

FERNANDO UBERTI O coordenador do Núcleo e diretor da entidade destaca que as ações do grupo sempre se dão no sentido da valorização da psiquiatria e do papel dos médicos desta especialidade, no Rio Grande do Sul cações fornecidas na rede de atenção estadual e municipal. Em nível nacional, participamos de campanhas em conjunto com outras entidades. Temos uma atuação diversa, que beneficia não somente os médicos e pacientes, mas a sociedade como um todo, que merece uma assistência psiquiátrica pública de qualidade”, completa Uberti.
Conforme explica o médico, o Núcleo desenvolve campanhas que obedecem a uma lógica de situação de fragilidade existente, de deterioração da assistência psiquiátrica. “Este foi o caso da campanha de valorização do Hospital Psiquiátrico São Pedro, de Porto Alegre, que teve o objetivo de mostrar à sociedade a importância da instituição para todo o Estado. A partir daí, reivindicamos melhorias na qualificação da estrutura física, dos recursos humanos, aporte maior de profissionais, fluxos mais racionais, condições de insumos e medicamentos adequados, assim como uma condição mais adequada de ensino”, salienta. Outras atividades têm um caráter mais ativo, como a do Setembro Amarelo, lançada pela Associação Brasileira de Psiquiatria, e que foi potencializada no Rio Grande do Sul pelo Simers.
“Além disso, o impacto psiquiátrico da pandemia se processa sobre toda a população, e os profissionais da saúde são duplamente impactados, pois estão na linha de frente lidando com a frustração de mortes, sobrecarga de trabalho e o medo de se contaminar ou passar o vírus para algum familiar. Este impacto adicional acaba tornando esses profissionais mais vulneráveis a apresentarem um quadro de doença psiquiátrica, como um episódio depressivo”, explica o coordenador do Núcleo. Desta forma, o Simers criou o SIM Mental, por meio do qual se possibilita aos associados o atendimento com médicos psiquiatras e psicólogos. Além disso, o Núcleo realizou uma pesquisa relativa ao impacto na saúde mental dos médicos e estudantes de medicina ao longo da pandemia. NÚCLEO DE OBSTETRÍCIA Grupo de trabalho que busca a valorização dos obstetras Comprometido em garantir condições dignas de trabalho e respeito aos profissionais da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia, este grupo de trabalho atua em questões como Parto Seguro que inclui medidas de proteção à gravidez, abortamento e puerpério no Rio Grande do Sul. Coordenado pela médica Márcia Barbosa, a atuação deste núcleo abrange todo o estado, buscando o melhor ambiente para o exercício da profissão, bem como a intermediação em cenários de crise.
Em relação a isso, o Núcleo elaborou um termo de disponibilidade obstétrica e uma pesquisa de atuação profissional. “Um exemplo foi o caso ocorrido em Pelotas, onde a lei municipal possibilitou o Parto Seguro, assegurando as boas condições de trabalho aos médicos e a certeza do melhor atendimento às gestantes, independentemente do local de atendimento”, ressalta a coordenadora do Núcleo, ao destacar que esta iniciativa que dispõe sobre medidas de proteção à gravidez, parto, abortamento e puerpério nesta localidade é uma tendência a ser estendida para todo o estado, podendo ser ampliada para todo o país.
Outra importante bandeira do grupo é vetar projetos que buscam dar autonomia às parteiras e às enfermeiras obstétricas. “Uma enfermeira precisa de apenas 15 consultas para ser habilitada ao pré-natal. Um residente de Medicina faz 15 em um só dia. É preciso uma qualificação maior, e somente o médico obstetra está qualificado para fazer o parto com segurança”, completa.
Em tempos de pandemia de Covid-19, o grupo debateu sobre a questão da vacinação em grávidas. Neste sentido, criou um documento de consentimento para aquelas que desejam e para as que não desejam tomar o imunizante. Conforme explica Márcia, com o termo assinado, o médico estará se protegendo de eventuais questionamentos posteriores.

REFERÊNCIA Coordenado pela médica Márcia Barbosa, a atuação deste núcleo abrange todo o estado, buscando o melhor ambiente para o exercício da profissão, bem como a intermediação em cenários de crise
NÚCLEO DE COMBATE À PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO MÉDICO Atuação em prol de melhores condições de trabalho aos médicos O Núcleo de Combate à Precarização do Trabalho Médico busca assegurar as melhores condições ao exercício da atividade médica. Sua atuação ocorre por meio da implementação de mecanismos que protejam estes trabalhadores da proliferação de modelos de contratação inadequados (capazes de comprometer a justa remuneração, os direitos individuais e a segurança do médico).
De acordo com a coordenadora do grupo, Gisele Belloli, há uma vigilância constante por parte da equipe para garantir estas prerrogativas: “A pandemia ainda exigiu mais do médico, com respostas de atendimento diferenciadas mesmo diante de condições de trabalho inadequadas. Dessa forma, o núcleo identifica estes pontos de precarização e busca agir para corrigir ambientes impróprios para o exercício da medicina”, explica.
Com a pandemia, o trabalho do Núcleo ficou ainda mais intenso, e a atuação médica ganhou faces acentuadas de ação. “Vem o cansaço excessivo e o estresse prolongado no trabalho, e estes podem indicar que este profissional está sofrendo de Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional. E aí é preciso parar e rever ações para evitar complicações de saúde ainda maiores”, afirma Gisele.
O principal objetivo do grupo é trazer à tona essa precarização para que se consiga conhecer estas fragilidades e reagir, em conjunto com outros departamentos do Simers, com os médicos, com os gestores e com a população. O nosso trabalho da equipe serve para apontar pontos de precarização e o que pode ser feito para reverter situações problema.
No Dia do Trabalhador deste ano, o Núcleo lançou uma campanha neste sentido. O ponto de partida da ação foi a divulgação de enquetes nas redes sociais com o objetivo de entender melhor as dúvidas e as necessidades dos médicos. Por meio de stories publicados no Instagram da entidade, questões que envolvem o reconhecimento e a valorização profissional, condições de trabalho e entendimento das diretrizes de suas atividades buscam preencher essas lacunas.
“Acredito que este projeto irá trazer maior segurança e tranquilidade aos colegas médicos e grandes benefícios à assistência da saúde da população. Ao estabelecer vínculos com os serviços de saúde, consequentemente, é estabelecido o vínculo médico-paciente. Nossa intenção é tentar melhorar estas relações”, destaca a coordenadora.

GISELE BELLOLI, COORDENADORA DO GRUPO O principal objetivo do grupo é trazer à tona essa precarização para que se consiga conhecer estas fragilidades e reagir, em conjunto com outros departamentos do Simers, com os médicos, com os gestores e com a população
O Núcleo de Combate ao Exercício Ilegal da Medicina está em atividade desde outubro de 2019, recebendo informações por meio de um Canal de Denúncias específico, https://bit.ly/3sS1j7c, que garante o sigilo do demandante e do encaminhamento da notificação.
De acordo com a coordenadora do núcleo, Anice Metzdorf, o objetivo é verificar profissionais e locais suspeitos de infringir a Lei do Ato Médico – que regulamenta a atividade médica no Brasil e discrimina as atividades de atribuição exclusiva dos profissionais com formação em Medicina, como diagnósticos e prescrição de tratamento.
NÚCLEO DE COMBATE AO EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA Com foco no profissional e no paciente, Núcleo garante a aplicação da Lei do Ato Médico Canal de Denúncias de Exercício Ilegal da Medicina Ao estabelecer os limites de atuação dos profissionais da saúde, a legislação protege a população da atuação indevida de profissionais de outras áreas. “O nosso canal permite que qualquer pessoa, seja profissional de saúde ou paciente, denuncie situações em que houver dúvida de que profissionais de outras áreas estejam realizando atos privativos de médico”, explica Anice.

EM DEFESA DA CATEGORIA De acordo com a coordenadora do núcleo, Anice Metzdorf, o objetivo é verificar profissionais e locais suspeitos de infringir a Lei do Ato Médico – que regulamenta a atividade médica no Brasil e discrimina as atividades de atribuição exclusiva dos profissionais com formação em Medicina, como diagnósticos e prescrição de tratamento A maioria das dezenas de denúncias recebidas até o momento envolvem as áreas de oftalmologia e dermatologia. As ações do Núcleo de Combate ao Exercício Ilegal da Medicina têm como objetivo a segurança da população, informando os riscos na busca por profissionais sem a devida qualificação e habilitação para realização de diagnósticos e tratamentos.
Todas as situações relatadas pela ferramenta são encaminhadas às autoridades de acordo com a demanda – como a Vigilância Sanitária, os Conselhos de Classe, o Ministério Público ou a Polícia Civil –, caso seja constatada a invasão de competência. Além do relato pelo canal, é possível enviar outros materiais, como fotos e vídeos pelo e-mail denuncia@simers.org.br.

EM EVIDÊNCIA ENTREVISTA MARCELO MATIAS

Entrevista e Introdução: Lucio Vaz
CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA
OSindicato Médico do Rio Grande do Sul chega aos seus 90 anos de existência com uma postura que vem se demonstrado cada vez mais entrosada, assertiva e democrática. Tal conduta tem despertado a reflexão mais humana e realista sobre o cotidiano dos profissionais de saúde. No cerne desta nova atitude está o nome do atual presidente do sindicato: Dr. Marcelo Matias.
Ao assumir o Simers, já havia um consenso da necessidade de uma diretoria acessível e menos burocrática, para todos os associados. Um desafio enorme que tomou dimensões assombrosas ao surgimento do coronavírus, logo nos primeiros meses da gestão.
Porém, contrariando todas as possibilidades, Matias atuou com precisão cirúrgica durante a crise. De forma inteligente, alertou a comunidade gaúcha sobre os perigos que acompanhavam a pandemia, conclamou os colegas a não se calarem sobre os possíveis descasos do poder público com a população e, sem se importar em desagradar políticos ou empresários do setor, expôs, de forma magistral, as mazelas que historicamente afetam a saúde pública brasileira. Além disso, transformou o sindicato em um quartel general nesta batalha injusta, que já custou mais de duas dezenas de vidas de médicos e milhares de outras, nos quatro cantos do RS.
Ao participar de todos os debates políticos e programas de rádio ou TV, aos quais foi convidado, o presidente engrossou a voz e o aumentou tom, para protestar contra a rotineira falta de condições de trabalho no setor, e o descaso por parte dos entes políticos: “Gostaríamos de receber dos políticos o mesmo reconhecimento que a sociedade civil, dispensa a todos nós”. Sua voz foi ampliada através de um projeto construído coletivamente, no qual a inédita Regionalização do Sindicato se tornou a cereja do bolo. Depois de 90 anos, o Simers encontra uma dinâmica plural e uma identidade muito mais fiel à causa primeira de sua existência: unir e representar uma categoria que, literalmente, nos mantém vivos, diariamente. A Revista Em Evidência, entrevistou, com exclusividade o presidente que já deixou um legado singular na história do maior sindicato médico da América latina, Confira a seguir Assim como para diversos gestores em distintas áreas, a pandemia afetou diretamente a gestão do Sindicato. Desenvolvemos novas lideranças e demos um novo rumo para o Sindicato vislumbrando o futuro
Quais as principais diferenças entre o Simers que o senhor assumiu, para o Simers que a nova diretoria irá receber em 2022?
O Simers passou duas décadas comandado por um mesmo grupo. Por 20 anos, a entidade foi administrada de forma centralizadora, nas relações institucionais, governamentais, com a mídia e com a sociedade, para tratar das questões dos médicos e da Medicina. Nossa gestão cumpre com o que se propôs: é agente de importantes mudanças no Simers.
Trabalhamos de forma dedicada, com um colegiado de médicos ativos no mercado e, por isso, sabemos e sentimos as necessidades dos médicos e, na prática, as questões de mercado, da Medicina e do sistema de saúde.
A transparência, o respeito e o zelo com a instituição é fator preponderante para atuação desta diretoria, com foco totalmente dedicado na defesa dos médicos, primando pela valorização, segurança e condições de trabalho dos profissionais. Bem como de possibilitar serviços especializados e benefícios que permitam ao médico uma vida mais saudável e disponível para melhor dedicar-se às suas atividades laborais.
O termo pode ser um pouco batido, mas resume bem o que estamos fazendo: estamos arrumando a casa e já temos bons e visíveis resultados. Colocamos em prática uma gestão séria, reduzindo gastos, revisando contratos, garantindo atendimento amplo aos associados.
A Casa está arrumada em termos de estrutura, gestão financeira e administrativa, mesmo com tantas barreiras, mudanças e entraves ocasionado por fatos passados do Simers e pela pandemia do novo coronavírus. Assim como para diversos gestores em

CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

distintas áreas, a pandemia afetou diretamente a gestão do Sindicato.
Desenvolvemos novas lideranças e demos um novo rumo para o Sindicato vislumbrando o futuro.
Sendo o Sindicato diretamente ligado ao setor de saúde, de que forma o surgimento da pandemia influenciou a atual diretoria. Quais as lições que ficaram desta situação?
Mesmo com o tempo abreviado pela pandemia, o Simers não parou. Adaptou-se para enfrentar dificuldades. Reforçou a atuação imediatamente no início da crise na saúde.
Fez campanhas de alertas sobre os cuidados contra a Covid-19 e proteção aos médicos, sob todos os aspectos, para A transparência, o respeito e o zelo com a Instituição é fator preponderante para atuação desta diretoria, com foco totalmente dedicado na defesa dos médicos, primando pela valorização, segurança e condições de trabalho dos profissionais
atender aos pacientes — e salvar vidas.
Salvaguardamos o respeito ao Código de Ética e ao Ato Médico, a Autonomia, a Valorização dos profissionais, a busca por Segurança e condições adequadas de trabalho. Além disso, reivindicamos insumos, medicamentos e leitos, defendemos a qualificação dos contratos e oferta de novos serviços.
A entidade também promoveu maior aproximação com os médicos em todo o estado, com estrutura diretiva e técnica específica para cada região.
Estabelecemos serviços especiais e atendimento 24 horas ampliado, en-
tre tantas conquistas e ações precisas em favor da categoria. Buscamos e conquistamos a prioridade da vacinação aos médicos e profissionais da saúde e com atuação em estabelecimentos afins.
Ainda resta muito por fazer — especialmente em um momento em que começamos a sonhar com a possibilidade de superação da pandemia —, mas um novo Sindicato já surgiu. Um Simers ético, trabalhador, organizado e atuante.
Por que os médicos gaúchos devem filiar-se ao Simers?
Porque o Simers vive, 24 horas por dia, em função do médico e para o médico. Todas as estratégias e ações são desenvolvidas para atender os associados, da melhor forma possível, com agilidade e precisão.
A entidade diferencia-se pela forte defesa política em favor de legislações e iniciativas que possibilitem respeito, valorização, reconhecimento e segurança aos profissionais. Além disso, o associado Simers tem facilidades, através dos serviços especializados, como assessoria jurídica, assessoria contábil, benefícios nas áreas da saúde, educação, esporte, beleza, lazer e outros.
O Sindicato receberá, ainda em 2021, comenda do Parlamento gaúcho, a medalha Mérito Farroupilha. Até que ponto tal indicação é fruto do trabalho da atual diretoria?
No ano em que o Simers completa 90 anos, esta gestão manifesta-se honrada, com gratidão e alegria imensurável, pelo reconhecimento do Parlamento Gaúcho. A conquista é dividida com todos os médicos que fazem a história da Medicina e aos associados que são a razão dessa entidade. Acreditamos que, ao defender os médicos, estamos defendendo a saúde e dessa forma, colaborando com a sociedade.
A nova diretoria do Simers ampliou o trabalho em favor da saúde dos cidadãos, com diferentes iniciativas, entre as quais está a da responsabilidade social no estado. Através dos projetos sociais que desenvolve, a exemplo do Trote Solidário, que ocorre através do Núcleo Acadêmico, com arrecadação de insumos necessários às comunidades carentes.
A história do Simers se reflete na história dos médicos, pois, tudo o que fazemos é em função do médico e para fortalecer esse profissional, sob todos os aspectos, para que ele tenha todas as condições cabíveis para atender e defender a saúde da população.
Dessa forma, temos papel preponderante na defesa da saúde.
Como o senhor analisa a forma como o poder público, de uma forma geral, tem tratado o profissional da Medicina. Em sua opinião, de que forma e o que poderia ser feito para otimizar tal relação?
O Simers busca diálogo constante com gestores, em prol das condições adequadas de trabalho aos médicos, segurança, plano de carreira, valorização, contratos pertinentes e respeito.
O trabalho incansável dos médicos e a sua relevância à vida e à saúde da população deve ser reconhecido. Assim sugerimos implementação ou atualização de programas ou promoções que propiciem uma rotina mais saudável, reconhecida e com maior valorização ao profissional.

